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CHEILA ALTHAUS TAINÁ LUANA MARASKIM PANSERA A IMPORTÂNCIA DA CONTABILIDADE GERENCIAL NA IMPLANTAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA E ANÁLISES DE INVESTIMENTO EM UMA LOJA VAREJISTA DE VESTUÁRIOS TOLEDO, Pr. 2016

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CHEILA ALTHAUS

TAINÁ LUANA MARASKIM PANSERA

A IMPORTÂNCIA DA CONTABILIDADE GERENCIAL NA IMPLANTAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA E ANÁLISES DE INVESTIMENTO EM UMA LOJA VAREJISTA

DE VESTUÁRIOS

TOLEDO, Pr.

2016

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CHEILA ALTHAUS

TAINÁ LUANA MARASKIM PANSERA

A IMPORTÂNCIA DA CONTABILIDADE GERENCIAL NA IMPLANTAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA E ANÁLISES DE INVESTIMENTO EM UMA LOJA VAREJISTA

DE VESTUÁRIOS

Trabalho de Conclusão de Curso, de Ciências Contábeis, da Faculdade Sul Brasil, exigido como requisito parcial para aprovação na disciplina de Trabalho de Conclusão de Curso II.

Orientador: Profº. Me Gilmar José Camargo.

TOLEDO, Pr.

2016

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CHEILA ALTHAUS TAINÁ LUANA MARASKIM PANSERA

A IMPORTÂNCIA DA CONTABILIDADE GERENCIAL NA IMPLANTAÇÃO DO

FLUXO DE CAIXA E ANÁLISES DE INVESTIMENTO EM UMA LOJA VAREJISTA DE VESTUÁRIOS

Trabalho de Conclusão de Curso, de Ciências Contábeis, da Faculdade Sul Brasil,

FASUL, exigido como requisito parcial para obtenção do Título de Bacharel, sob

orientação do Prof. Me. Gilmar José Camargo, considerado aprovado pela Banca

Examinadora, com a nota ___________.

FOLHA DE APROVAÇÃO

__________________________________________________

Prof. Me Gilmar José Camargo

Orientador – FASUL

__________________________________________________

Prof. Me Leandro de Araújo Crestani

Co-Orientador – FASUL

__________________________________________________

Prof. Me Evandro José Machado

Avaliador – FASUL

__________________________________________________

Prof. Esp. Marcos Rodrigo Schenato

Avaliador – FASUL

Toledo- PR, 08 de Dezembro de 2016

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DEDICATÓRIA

Dedicamos este trabalho a toda nossa

família pelo apoio e incentivo, pelas

palavras de carinho e confiança

depositada, que nos fizeram seguir até

este momento. Aos nossos pais,

declaramos nosso amor eterno, e todo

nosso esforço a eles dedicamos.

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AGRADECIMENTOS

Agradecemos a Deus por ter nos dado forças para superar as dificuldades e chegarmos até aqui; A Faculdade Sul Brasil, seu corpo docente, direção, administradores, а todos os professores que nos acompanharam durante а graduação, em especial aos orientadores Gilmar José Camargo e Leandro de Araújo Crestani pela partilha de conhecimento e suporte durante este período. Aos nossos pais, e a toda família pelo carinho, incentivo e apoio proporcionado a todo o momento.

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RESUMO O presente estudo buscou demonstrar a importância da Contabilidade Gerencial, voltada para a Demonstração de fluxo de caixa, e análise de investimentos em uma empresa de vestuários em geral, situada no Distrito de Sub-sede São Francisco, município de Santa Helena – PR. A pesquisa tem como propósito analisar a vida financeira da empresa, assim, demonstrando a importância que tem o fluxo de caixa, voltado para as contas a pagar e receber, podendo assim ter a informação do tempo necessário para ter o retorno do investimento aplicado na empresa. Desse modo o objetivo esperado é que com a implantação de um fluxo de caixa a proprietária consiga exercer uma administração mais clara e eficiente, podendo cumprir com suas obrigações com mais responsabilidade, e obter um resultado real de seu negócio, mesmo sendo uma empresa Micro Empreendedor Individual (MEI), estes procedimentos são essenciais para auxiliar na tomada de decisões. A pesquisa caracteriza-se como um estudo de caso e pesquisa documental, com isso no decorrer do trabalho foi utilizado informações repassadas pela própria proprietária da empresa, como: levantamentos, anotações e lançamentos no sistema interno do estabelecimento. Diante disso, a recomendação é que a empresa implante e aprimore o uso do fluxo de caixa, e se possível passe a utilizar um sistema gerencial. Onde possam ser lançadas todas as entradas e saídas, e gerado relatórios a tomada de decisão.

Palavras-chave: Contabilidade Gerencial; Fluxo de Caixa; Análise de Investimento.

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ABSTRACT

The current study shows the importance of the management accounting focused on the cash flow statement and analysis of investment returns in a dressing company, located in the Sub-Sede São Francisco district of Santa Helena/PR. The Research has as the objective to review the financial life of the company, therefore showing the importance that has the flow of cash focused in the to pay and receive bills, whit that will be possible to analyze the time that the company will take to receive the investment return, showing too that the a dressing company, even being a micro enterprise of an individual entrepreneur (MEI) these procedures are essentials to help in the decision making, and also to be sure of the real situation that the company is. The methods used during the work were information passed by the own company owner itself, like, surveys, notes and launching in the internal system of the company. That way, the expected objective is that the owner may exercise a clearer and efficient administration, being able to accomplish its obligations whit more responsibility and obtain a real result in his business, therewith will be able to invest whit more safety and enlarge his expectations on the company, making the decision making easier. Key-words: management accounting, cash flow, Investment analysis.

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LISTA DE TABELAS

TABELA 1 - FLUXO DE CAIXA DE ANÁLISE .......................................................... 26

TABELA 2 - ANÁLISE DO TEMPO DE RETORNO DE INVESTIMENTO ................ 27

TABELA 3- ANÁLISE VALOR PRESENTE LÍQUIDO............................................... 28

TABELA 4- ANÁLISE TAXA INTERNA DE RETORNO ............................................ 29

TABELA 5- MODELO DE FLUXO DE CAIXA ........................................................... 30

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LISTA DE SIGLAS

PD – Payback Descontado

VPL – Valor Presente Líquido

TMA – Taxa mínima de Atratividade

TIR – Taxa Interna de Retorno

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SUMÁRIO

1 CONTABILIDADE GERENCIAL ........................................................................... 12

1.2 Fluxo de Caixa .................................................................................................... 13

1.2.1 Contas a Receber............................................................................................. 15

1.2.2 Contas a Pagar................................................................................................. 15

1.3 Fluxo de Caixa Projetado .................................................................................... 16

1.4 Análise de Investimentos ..................................................................................... 17

1.4.1 Payback ............................................................................................................ 17

1.4.2 Payback Descontado (PD) ............................................................................... 18

1.4.3 Valor Presente Líquido (VPL) ........................................................................... 18

1.4.4 Taxa Mínima de Atratividade (TMA) ................................................................. 19

1.4.5 Taxa Interna de Retorno (TIR) ......................................................................... 20

2 METODOLOGIA .................................................................................................... 22

3 ESTUDO DE CASO ............................................................................................... 25

3.1 Apresentação da Empresa .................................................................................. 25

3.2 Contexto de Análise ............................................................................................ 25

3.3 Análise de Resultados ......................................................................................... 29

CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................... 31

REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 32

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INTRODUÇÃO

A Contabilidade Gerencial é uma das principais ferramentas dentro de uma

empresa, servindo como auxílio para o gestor na tomada de decisões.

Toda a empresa deseja alcançar resultados financeiros que auxiliam no seu

crescimento. Mas para isso, é necessário partir de um planejamento financeiro, com

valores e metas elaboradas de acordo com seu objetivo.

Devido às dificuldades que as empresas apresentam para observar as

condições financeiras, e também sua visão para o futuro a Contabilidade Gerencial,

se torna essencial, por estar relacionada com o fornecimento de informações para

os administradores. Ou seja, os principais responsáveis pela direção e controle de

suas operações. Este estudo de caso, busca incentivar os profissionais de Micro

Empresas, a adotar informações necessárias para o desempenho profissional.

Utilizando o Fluxo de Caixa como auxílio para obter respostas rápidas e eficazes,

quanto à entrada e saída de recursos financeiros.

Segundo Crepaldi (2004), a contabilidade é um procedimento essencial na

vida econômica. Até nas economias mais claras, é necessário manter a

documentação das entradas e saídas da empresa, também das obrigações e

negociações com terceiros. Na economia moderna, torna-se ainda mais importante o

papel da contabilidade, em consequência dos recursos serem escassos, assim, tem-

se a necessidade de se escolher entre as melhores alternativas a seguir, pois para

isso são necessários os dados contábeis.

Portanto, lança-se como questionamento em relação à empresa: Qual a

importância da contabilidade gerencial na gestão financeira?

A possível hipótese, é que com a implantação de ferramentas gerenciais,

como o fluxo de caixa, será possível ter um controle de entradas e saídas, e uma

análise do retorno de investimentos.

Na primeira parte da pesquisa, seram analisados todos os dados referentes

ao andamento da empresa, e com isso, verificando quais são as dificuldades que a

mesma encontra. Logo após, investigou-se quais as ferramentas mais essenciais

que auxiliaram nas tomadas de decisões. Com isso, foram destacadas as seguintes:

Fluxo de caixa e análise de investimento.

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Enfim, foi realizado um breve histórico da empresa, e também, as

ferramentas que facilitarão no processo de gestão e conclusão sobre o estudo de

caso.

O objetivo geral da pesquisa é destacar como a implantação do Fluxo de

Caixa pode ajudar na gestão de uma empresa do ramo de vestuários.

Tendo como objetivos específicos: Conceituar a contabilidade gerencial;

Mencionar qual a importância das contas a pagar e a receber, por meio do fluxo de

caixa; Verificar qual o prazo de retorno que a empresa terá do investimento inicial.

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1 CONTABILIDADE GERENCIAL

A Contabilidade Gerencial é uma ferramenta importante nas empresas

gerando informações para tomada de decisão, ela tem um enfoque a várias técnicas

usadas tanto na contabilidade financeira, como na contabilidade de custos, e

também, a análise financeira e de balanços, e assim por diante. De fato, a

contabilidade gerencial é um resumo de informações que são repassadas à

administração geral da empresa.

Geralmente, é utilizada em grandes empresas, principalmente em

multinacionais, no entanto, em Micro Empresas Individuais (MEI), percebe-se que

muitas vezes ela não é utilizada, pois quando a empresa é pequena, o proprietário

não se preocupa em utilizar uma gestão de qualidade.

Compreende-se, que a Contabilidade Gerencial é fundamental na vida

financeira da empresa, seja ela, uma Micro Empresa, ou uma Multinacional.

Também, é vista como um conjunto de técnicas e instruções contábeis, que são

úteis à administração. Seu principal objetivo é facilitar o planejamento, avaliar o

desempenho e controle dentro da empresa, e também, para garantir o uso correto

de seus fundos.

Para Crepaldi (2004):

A Contabilidade Gerencial é o ramo da contabilidade que tem por objetivos fornecer instrumentos aos administradores de empresas que os auxiliam em suas funções gerenciais. É voltada para a melhor utilização dos recursos econômicos da empresa, através de um adequado controle dos insumos efetuado por um sistema de informação gerencial.

Com a contabilidade gerencial, nota-se, que na vida prática da empresa não

existe um setor específico para aplicá-la, ou seja, ela não é como o departamento de

custos, departamento financeiro, que são inseridos dentro da empresa para

desempenhar ações específicas de sua área. A contabilidade gerencial não

necessita de um setor específico para realizar sua função, ela está na organização

em todos os momentos, deve estar por dentro de todos os acontecimentos, para

promover análises rápidas.

A contabilidade gerencial é um instrumento de suma importância para as

empresas, pois por meio dela, é possível ter um domínio financeiro, e assim, analisar

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a real situação que a empresa se encontra. Auxiliando a administração, a tomar as

melhores decisões estratégicas em longo prazo. Para isso, é necessário repassar

informações úteis e relevantes, que irão facilitar no encontro de respostas certas, ás

questões principais de toda empresa, focando no efeito imediato e mais tarde.

1.2 Fluxo de Caixa

O Fluxo de Caixa tem como função gerar informações essenciais, sobre as

entradas e saídas (pagamentos e recebimentos) da empresa, sejam: Diárias,

mensais ou anuais.

O Fluxo de caixa diário, é o mais conhecido como fechamento de caixa, em

que, todo comércio no final do dia, ao fechar as portas, confere tudo o que foi pago e

recebido, e checa com o dinheiro do caixa.

Sendo comércio ou não, toda empresa deve ter um controle das entradas e

saídas no final do expediente, para isso é preciso elaborar um fluxo de caixa, pois

esta ferramenta é indispensável para quem quer manter as contas em ordem, pois o

fluxo de caixa é o melhor instrumento de controle dentro de uma empresa.

Por meio do fluxo de caixa diário, é formado um relatório no final de cada

mês, sendo ele conhecido como fluxo de caixa mensal. Este é relacionado com

todos os movimentos de entradas e saídas, tendo assim, o controle dos recursos da

empresa, junto com o balanço patrimonial e a demonstração de resultados.

O fluxo de caixa mensal é de importância operacional para a realização de

pagamentos e recebimentos repentinos, este, permite a visão de um todo no

decorrer do mês, em relação ao fluxo de caixa.

Padoveze (2010) acredita que:

[...] O fluxo de caixa mensal relaciona- se com os movimentos mensais das demais contas da companhia, e dessa forma é elemento fundamental para acompanhamento e controle dos recursos da empresa, junto com o balanço patrimonial e a demonstração de resultados.

Com isso, é possível analisar se os valores que são necessários poderão ser

retirados do caixa na data prevista.

Um fluxo de caixa básico indica como gerenciar os bens que entram ou

saem da empresa, principalmente para quem não têm conhecimento na área de

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finanças e contabilidade. Ele também tem como função, demonstrar a evolução das

entradas e saídas do caixa a cada dia, e verificar em que momento a empresa

atingirá um ponto estável, ou seja, um fluxo de caixa positivo.

Segundo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas –

SEBRAE (2016, S/I):

O fluxo de caixa é o primeiro passo para a análise financeira e deve projetar, para períodos futuros, todas as entradas e as saídas de recursos financeiros. O objetivo é verificar a saúde financeira do negócio a partir de análise e obter uma resposta clara sobre as possibilidades de sucesso do investimento e do estágio atual da empresa.

O fluxo de caixa é um controle de fácil elaboração e elaboração. Ele deve

ser utilizado como um grande aliado na tomada de decisões. Nele, o empresário

deve inserir valores de entradas e saídas, conforme a necessidade da empresa.

Manter as contas em dia é importante para a saúde do negócio, e para poder

planejar uma gestão tranquila, eficiente e eficaz.

Padoveze (2010) destaca que: “O fluxo de caixa pode ser elaborado por

consulta e acumulação de dados das contas representativas das disponibilidades,

bancos e aplicações financeiras”. Com estas informações, o administrador da

empresa tem como preparar uma estrutura gerencial, sendo assim possível, calcular

sua rentabilidade, seu lucro, saber qual será o seu ponto de equilíbrio, e o prazo de

retorno do investimento.

O principal objetivo do fluxo de caixa é esclarecer as alterações das

disponibilidades da empresa ocorridas na operação. Com ele, é possível demonstrar

as origens e aplicações de bens de um determinado período, que possa afetar o

caixa da empresa.

Os valores que não significam entradas e saídas de caixa devem ser

desconsideradas. A decisão de avaliar projetos de investimentos baseando-se nos

resultados do caixa, e não do lucro econômico, corresponde a uma necessidade

econômica, mostrando a real capacidade da empresa, em remunerar o capital

aplicado e reinvestir os benefícios gerados.

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1.2.1 Contas a Receber

O controle das contas a receber tem como função principal, acompanhar os

recebimentos que são feitos dentro do prazo. Com o controle das contas a receber é

possível ter conhecimento de:

a) Qual o montante dos valores a receber;

b) Contas vencidas e a vencer;

c) Clientes que não pagam em dia;

d) Como programar suas cobranças.

O controle de contas a receber é de grande importância para gestão de uma

empresa, pois é possível ter o conhecimento dos clientes que pagam suas compras

em dia, ter o controle do montante que irá receber em determinado período, assim,

podendo comprometer este valor com compromissos e despesas financeiras, e

também, fornecer as informações necessárias para elaboração do fluxo de caixa.

Um dos fatos geradores das contas a receber são as vendas a prazo, que

significa oferecer crédito aos clientes, ou seja, a empresa entrega mercadorias ou

presta serviços em certo momento, e o cliente assume o compromisso de pagar o

valor correspondente em uma data futura. Muitas vezes, as empresas correm riscos

de atrasos nos recebimentos, e até perdas por falta de pagamentos. Com isso, são

geradas as despesas adicionais com análise de crédito e cobrança. (PORTAL DE

AUDITORIA, 2016).

1.2.2 Contas a Pagar

O controle das Contas a pagar fornece informações para tomada de

decisões sobre todos os compromissos da empresa que representam gastos da

mesma.

As contas a pagar são compromissos que a empresa assumiu, como:

compra de mercadorias, insumos para produção, máquinas, serviços, salários,

impostos, aluguel, empréstimos, contribuições, dentre outros. O controle das contas

a pagar deve ser uma tarefa de rotina, pois frequentemente, envolve grande

quantidade de dinheiro.

Conforme Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas –

SEBRAE (2016), com o controle de contas a pagar é possível identificar:

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Todas as obrigações a pagar; priorizar os pagamentos hipótese de dificuldade financeira; verificar as obrigações contratadas e não pagar; não permitir a perda de prazo, de forma a conseguir descontos; não permitir a perda de prazo, de forma que implique no pagamento de multa e juros; fornecer informações para elaboração do fluxo de caixa; Conciliação com os saldos contábeis.

Para uma administração financeira eficaz, é necessário que se tenha todos

os registros das despesas, para então ter um controle sobre as operações da

empresa. O controle é responsável por verificar quais contas deverão ser pagas e

quando serão pagas. Com isso, pode se programar melhor, de modo que o caixa

não seja comprometido, e para não ocorrer atrasos nos pagamentos.

1.3 Fluxo de Caixa Projetado

Fluxo de caixa projetado é um planejamento de pagamentos e lançamentos

de um determinado período seguinte, ou seja, uma previsão do que acontecerá

nesse período, auxiliando na programação dos pagamentos.

De acordo com Administradores (2016), fazer uma projeção com as futuras

contas a pagar e a receber, incluindo prováveis gastos e a probabilidade de vendas

de produtos ou serviços, auxilia na análise de possíveis situações antes delas

ocorrerem, observando as sobras e faltas do caixa, ou seja, saber com antecedência

como estará o caixa dias à frente. Essa projeção permite que a empresa procure

soluções para possíveis faltas no caixa, podendo assim, minimizar as perdas e

direcionar as sobras para prováveis investimentos ou rendimentos.

Segundo Manzatti (2015, s/p):

[…] O fluxo de caixa projetado consiste em um demonstrativo dos recebimentos e pagamentos ocorrerem nos dias e períodos seguintes, os quais devem ser lançados em cada dia de vencimento de contas a receber, assim como das contas a pagar, apurando e consignando o saldo inicial e o final de cada dia futuro. Serve de orientação para a programação de pagamentos para os dias em que haja suficiência de caixa ou para tomada de providências necessárias ou de decisões quanto ao destino das sobras de caixa. E outras ocorrências.

Com essa ferramenta, é possível ter um real controle das futuras contas a

pagar e receber da empresa. E também, se por algum motivo, não houver

insuficiência de caixa, ou seja, saldo positivo para pagamentos, o fluxo de caixa

projetado, irá facilitar na tomada de providências necessárias.

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1.4 Análise de Investimentos

A análise de investimento tem como principal objetivo proporcionar aos

proprietários, o tempo real de retorno de um investimento aplicado na empresa,

impactando nas decisões de aplicações de longo prazo.

Para fazer um orçamento de capital, e assim envolver projetos de

investimentos, é preciso analisar se no final, o projeto vai se pagar, e também, se irá

aumentar ou diminuir a riqueza da empresa, e, por fim, se é a melhor forma de

aplicar o investimento (PORTAL DE CONTABILIDADE, 2016).

1.4.1 Payback

Payback é uma medida aproximada de tempo de retorno de um

investimento, que depende da influência de alguns fatores, internos e externos, à

organização, ou seja, é utilizado em situações em que aceita-se ou rejeita-se o

projeto. Com esta medida simples, é possível saber quantos períodos o projeto

necessita para acumular um retorno igual ao do investimento realizado.

De acordo com Casanova et al. (2007) o Payback é:

O período de recuperação de um investimento consiste na identificação do prazo em que o montante do dispêndio de capital efetuado seja recuperado por meio dos fluxos líquidos de caixa gerados pelo investimento. É o período em que os valores dos investimentos (fluxos negativos) se anulam com respectivos valores de caixa (fluxos positivos).

Rebelatto (2004, p. 230) conceitua o Payback como um método do período

de retorno do capital que consiste em:

Selecionar projetos de investimentos enfatizando o período de recuperação do capital investido, isto é, calculando o prazo necessário pra que o valor dos reembolsos (retorno de capital) se iguale ao desembolso com o investimento efetuado, visando à restituição do capital aplicado. O critério de aceitação de um projeto por esse método é o tempo do retorno de capital. Projetos com períodos de reposição menor são preferidos àqueles que indicam prazos de recuperação maiores.

Para investidores que tenham pressa com o retorno do investimento inicial,

com o Payback, é possível ter uma ideia de quanto tempo o retorno irá acontecer,

porém existem algumas desvantagens que comprometem o efeito deste processo.

Este critério não considera o valor do dinheiro no tempo, e não dá nenhuma atenção

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ao fluxo de caixa após o período de Payback. Assim, o investimento inicial pode

retornar mais rápido, mas não gerar muito lucro depois, enquanto outro pode

demorar mais para ter um reembolso de valores, mas trazer grande riqueza em

seguida.

1.4.2 Payback Descontado (PD)

O Payback descontado pretende reparar uma das desvantagens do Payback

simples, que é não considerar o valor do dinheiro no tempo. Este objetivo é atingido

pelo desconto ao valor presente dos fluxos de caixa do projeto em análise.

De acordo com Abreu Filho et al. (2003)

[...] no Payback descontado, a primeira coisa que se deve fazer é determinar a taxa de remuneração do dinheiro no tempo considerado pelo investidor. Em seguida, devem-se calcular todos os valores presentes. A partir daí tudo se passa como critério de Payback simples, só que o tempo necessário para o pagamento do investimento inicial é calculado com base não nos valores dos fluxos, e sim nos seus valores presentes.

Um dos benefícios desse critério, é que para análise de um só projeto, ele é

rígido no ponto de vista financeiro, pois não tem a mesma simplicidade do Payback

simples. No entanto, existem desvantagens também, que é não considerar os fluxos

de caixa que ocorrem depois do prazo de Payback. Para sua análise, baseia-se em

valores que foram trazidos em moeda do período zero pela taxa mínima de

atratividade (TMA), esta taxa pode ser definida pelos investidores ou analistas.

1.4.3 Valor Presente Líquido (VPL)

O valor Presente Líquido permite analisar a viabilidade financeira de projetos

ou de novos negócios, de acordo com as estimativas dos investimentos iniciais e

seus retornos futuros, consistindo em trazer para a data zero todos os fluxos de

caixa de um projeto de investimento e somá-los ao valor do investimento inicial,

utilizando-se como taxa de desconto, a taxa mínima de atratividade (TMA) do projeto

ou empresa.

Segundo Portal da Educação (2016), o cálculo do VPL ocorre a partir do

fluxo de caixa descontado, onde mostra que:

Primeiro, deve-se obter o fluxo de caixa com os valores de cada período. Cada fluxo, tanto os positivos como os negativos, devem ser descontados

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pelo custo de capital (CC) do projeto, trazendo-o ao valor presente. O CC, também conhecido como o custo médio ponderado de capital (WACC), é a taxa de desconto que pondera a taxa de desconto exigida ou esperada pelos acionistas (Ke) e a taxa média de juros cobrada pelos credores da dívida da empresa (Kd). Quando se trata de um projeto de financiamento, o CC do projeto pode ser acrescido de um prêmio para compensar o endividamento e os riscos incrementais gerados pelo projeto.

Quando o VPL for maior que zero, significa que o investimento irá trazer

retorno econômico, ou seja, as entradas, quando trazidas para o presente, são

maiores que as saídas de caixas.

Santos (2009, p.6) cita algumas vantagens e desvantagens do Método VPL,

são elas:

- Vantagens: a) Todos os capitais do fluxo de caixa são incluídos nos cálculos; b) Por usar a TMA no cálculo do VPL considera-se o risco das estimativas futuras do fluxo de caixa; c) O VPL pode ser aplicado em qualquer fluxo de caixa: quando tem mais de uma mudança de sinal e quando o fluxo de caixa é de um período maior que um ano; d) informa se o investimento aumentará o valor da empresa; e) Podemos somar os VPLs de projetos individuais. - Desvantagens: a) Temos que conhecer a TMA; b) O método retorna um valor monetário e não uma taxa de juros. Por isso fica difícil fazer comparações.

Contudo, o VPL proporciona uma medida clara do efeito que o investimento

terá sobre o valor da empresa.

1.4.4 Taxa Mínima de Atratividade (TMA)

A Taxa Mínima de Atratividade (TMA) refere-se à taxa de desvalorização

imposta a algum ganho futuro pelo fato de não estar disponível em determinado

momento, ou seja, ao fazer um investimento o investidor espera um retorno pelo

menos igual à TMA. Esta é única para cada investidor, e não há fórmula matemática

para calculá-la, pois ela pode variar com o tempo.

De acordo com Camargo (2007, p.26), a taxa mínima de atratividade pode

também ser definida como:

O ganho mínimo que a empresa, quando dispõe de recursos próprios para financiar o investimento, pode obter com uma segunda melhor alternativa de aplicação do capital ou ainda como o custo do capital tomado emprestado,

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quando se utiliza de fontes de financiamentos de terceiros. Portanto, se a rentabilidade estimada for menor que a TMA, o projeto deve ser rejeitado, pois isso indica uma redução no potencial de ganhos da empresa e acarreta para ela um custo de oportunidade.

A TMA é considerada pessoal, pois tem tendência ao risco e varia de pessoa

para pessoa, e pode também variar durante um certo período de tempo. Segundo

Perito (2010), a TMA é formada a partir de três componentes básicos, são eles:

Custo de oportunidade: remuneração obtida em alternativas que não as analisadas; Risco do negócio: o ganho tem que remunerar o risco inerente de uma nova ação; Liquidez: capacidade ou velocidade em que se pode sair de uma posição no mercado para assumir outra.

Ao utilizar a Taxa Mínima de Atratividade, aplicam-se técnicas em relação a

um período de tempo, como o Valor Presente Líquido ou o Custo Anual Uniforme,

para se definir se é viável ou não aquele investimento ou empréstimo.

1.4.5 Taxa Interna de Retorno (TIR)

A taxa interna de retorno (TIR) é, provavelmente, a mais utilizada técnica de

orçamentos de capital, esta, representa a taxa de desconto, que faz com que o valor

presente líquido (VPL) de um investimento seja igual à zero, ou seja, a taxa que

iguala os fluxos de entrada com os de saída de caixa.

Segundo Rebelatto (2004, p. 217), A Taxa Interna de Retorno de um

investimento é:

Uma técnica sofisticada de análise de investimentos, sendo, possivelmente, a mais utilizada na avaliação de projetos econômicos. Essa taxa interna de retorno deve ser comparada com outra taxa, denominada Taxa Mínima de Atratividade (TMA) – taxa mínima para aceitação ou rejeição do projeto de investimento.

O critério para aceitação ou não de um projeto referente à taxa interna de

retorno (TIR) é:

a) TIR maior ou igual TMA – Aceita-se o projeto.

b) TIR menor que TMA – Rejeita-se o projeto.

Rebelatto (2004, p. 217) ainda destaca, que a Taxa Interna de Retorno tem

como características os seguintes aspectos:

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– Durante o período de análise do projeto, ele gerará liquidez suficiente para remunerar à taxa de X% o capital investido e ainda não retornado e reembolsar o capital investido. – Pressupõe que as receitas geradas pelo projeto (entradas de caixas) sejam reinvestidas à taxa TIR do projeto.

A taxa interna de retorno, quando utilizada para esclarecer a taxa retorno de

um investimento, é compreendida como dependente dos fluxos de caixa da escolha

de um investimento, não levando em conta as suposições em relação às taxas de

reinvestimento de valores a longo prazo.

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2 METODOLOGIA

Para desenvolver determinada pesquisa, é preciso seguir uma metodologia,

e nesta existem técnicas que auxiliam efetivamente para cumprir seus objetivos

propostos. O foco do estudo foi uma pesquisa exploratória descritiva, de uma

empresa no ramo de vestuários, do distrito de Sub Sede, Santa Helena.

Para uma pesquisa científica, deve-se acompanhar uma metodologia

sistematizada, esta, serve para a construção de um novo conhecimento. Gil (2002,

p. 17) conceitua a pesquisa como “um procedimento racional e sistemático que tem

como objetivo proporcionar respostas aos problemas que são propostos”.

Na pesquisa exploratória, existe uma ligação entre o pesquisador e o tema

pesquisado, mesmo sendo ele pouco conhecido. Para aprofundar mais as

informações, é preciso que o pesquisador inicie com um processo de investigação,

com visitas a melhorar ideias, e logo após, construir várias hipóteses.

Gil (2002, p.41) acredita que a pesquisa exploratória “[…] tem como objetivo,

proporcionar maior familiaridade com o problema, com vistas a torná-lo mais

explícito, ou a construir hipóteses”. Seu principal objetivo é o aperfeiçoamento de

ideias, ou a exploração de um tema que transmite dúvida.

Sobre a pesquisa descritiva, Prodanov e Freitas (2013), acreditam que:

Ela observa, registra, analisa e ordena dados, sem manipulá-los, isto é, sem interferência do pesquisador. Procura descobrir a frequência com que um fato ocorre, sua natureza, suas características, causas, relações com os fatos. Assim, para coletar tais dados, utiliza-se de técnicas específicas, dentre as quais se destacam a entrevista, o formulário, o questionário, o teste e a observação.

Para realização desta pesquisa utilizando-se de uma empresa, no caso uma

loja de vestuários, foram buscadas informações com a proprietária, como registros

nos caixas e assim analisando a situação do financeiro.

Na elaboração da fundamentação desta pesquisa, o embasamento maior foi

nos seguintes autores: Silvio Aparecido Crepaldi (2004), Sergio de Iudicíbus (2010),

Cloves Luis Padoveze (2010).

Já, o estudo de caso segundo Gil (1996), “é caracterizado pelo estudo

profundo e exaustivo de um ou de poucos objetos, de maneira a permitir seu amplo

23

e detalhado conhecimento”. Ou seja, este estudo é geralmente uma forma para se

aprofundar a uma unidade individual. Ele responde questionamentos que o

pesquisador ou a unidade a ser pesquisada não tem controle sobre algum problema

ou dificuldade.

Utilizou-se da pesquisa documental para compreender a empresa em

questão, para Gil (1996, p.51), “vale-se de materiais que não receberam ainda um

trabalho analítico, ou que ainda podem ser reelaborados de acordo com os objetivos

da pesquisa”. Sendo assim, podem ser utilizados, tanto as análises como também,

as pesquisas desenvolvidas. Sendo elas, impressas ou escritas em próprio punho.

Foram buscadas anotações em cadernos caixas, e em seguida, feitas a análise do

fluxo de caixa da empresa.

A empresa em pesquisa do ramo de vestuários iniciou suas atividades

recentemente, sendo no mês de setembro de 2015. Ela está localizada na Avenida

Principal, distrito de Sub Sede, na cidade de Santa Helena. Esta, visa atender seus

clientes que procuram qualidade e bom preço. Com esse enfoque a empresa vem a

cada dia aumentando seu quadro de clientes, e assim, tendo um espaço especial

dentro deste ramo tão competitivo.

A escolha da empresa se deu pelo motivo da mesma ser nova no mercado,

e assim, vem tendo dificuldades para ter um controle em suas atividades financeiras.

Observando que não é utilizado nenhum tipo de ferramenta gerencial, a qual seria

de grande importância para o desenvolvimento da empresa.

Há também, uma necessidade de demonstrar como são as pesquisas

quantitativas e qualitativas. Uma pesquisa quantitativa serve, por exemplo, para

descobrir quantas pessoas de tal população compartilham uma ou mais

características iguais ou parecidas. Ela é projetada para geração de medidas exatas

e confiáveis, que concedem uma análise estatística (REIS, 2015).

Segundo Moresi (2003. p. 64), a Pesquisa Quantitativa é

Apropriada para medir tanto opiniões, atitudes e preferências como comportamentos. Se você quer saber quantas pessoas usam um produto ou serviço ou tem interesse em um novo conceito de produto, a pesquisa quantitativa é o que você precisa. Ela também é usada para medir um mercado, estimar o potencial ou volume de um negócio para medir a

importância de segmentos de mercado.

24

Os dados são coletados por meio de um questionário desenvolvido com

perguntas claras e objetivas, para assegurar um entendimento das perguntas e um

padrão de resultados (REIS, 2015).

Uma pesquisa qualitativa é um tipo de levantamento de dados em um grupo,

em que procura-se entender e esclarecer algumas atitudes das pessoas, sua

opinião, e quais as expectativas destas pessoas.

A pesquisa qualitativa visa entender e interpretar comportamentos, atitudes e motivações que influenciam ou determinam a escolha de produtos e marcas. Ela é utilizada tanto para aprofundar conhecimentos que já tenham sido quantificados, quanto para montar uma base de conhecimentos para posteriormente testá-los quantitativamente. (REIS 2016, S/I).

Para o desenvolvimento desta pesquisa, Reis (2016), ainda ressalta que são

utilizadas técnicas na coleta dos dados, que são, por exemplo: discussões em

grupo; entrevistas individuais, em duplas ou em trio; entrevistas por telefone; e

etnografia que é a observação do comportamento do indivíduo em casa, fazendo

compras, na internet, entre outros.

Conforme os procedimentos acima mencionados, a metodologia auxiliará no

desenvolvimento deste trabalho, a fim de seguir um método, que serve como base

para atender os objetivos da empresa. Para realizar este estudo, foi utilizada uma

pesquisa qualitativa e quantitativa. Realizando-se uma análise da qualidade de todas

as informações coletas na empresa. Esta será utilizada futuramente.

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3 ESTUDO DE CASO

Neste capítulo é apresentada a aplicação de um fluxo de caixa em uma

empresa de pequeno porte, assim controlando todas as entradas e saídas que

movimentam o caixa, com objetivo de facilitar no comando das contas a pagar e

receber. Apresentou-se como sugestão, a implantação de análises de investimento,

como: Payback, TIR e VPL, com elas, serão possíveis saber quanto tempo é

necessário para ter o retorno do investimento aplicado no momento da abertura da

empresa.

3.1 Apresentação da Empresa

A empresa do ramo de vestuários surgiu no ano de 2015, com o objetivo de

satisfazer o desejo dos clientes tanto na qualidade, como também, no preço

acessível de seus produtos. A loja situada na Avenida Principal S/N, no distrito de

Sub Sede, Santa Helena, Paraná. Como é uma empresa nova no mercado, e

também é de pequeno porte, não possui funcionários, é constituída apenas pela

sócia-proprietária. Mesmo sendo uma empresa que se instalou recentemente, ela

vem conquistando seu espaço no mercado.

O sistema que a proprietária utiliza para controlar toda parte de

recebimentos e pagamentos, no momento, é realizado na base de anotações em

cadernos caixas. Com isso, concluímos que será necessário implantar um fluxo de

caixa na determinada empresa, para assim, ter de fato o controle das contas a pagar

e receber.

3.2 Contexto de Análise

A parte gerencial da empresa, ou seja, os lançamentos que geram o fluxo de

caixa, no momento são feitos manualmente, com anotações em um caderno caixa,

onde são lançados todos os movimentos diários da empresa. No momento seu

controle interno é totalmente manual, transparecendo carência de um sistema que

possibilite agilidade de todo processo de caixa, pagamentos, recebimentos,

entradas, saídas, compras e vendas.

Foram extraídos os dados para criação de um fluxo de caixa que mostra o

controle das contas a pagar, como também nas contas a receber e,

26

consequentemente o saldo no caixa, assim, facilitando no momento das tomadas de

decisões.

Com o fluxo de caixa criado, foi possível fazer uma análise do tempo

necessário para a empresa ter retorno de seus investimentos. Assim, analisando

qual é o momento certo para investir em capital de giro.

Um fluxo de caixa é de fácil elaboração para as pequenas empresas que

possuem um controle financeiro. E é, de suma importância para as tomadas de

decisões. Nele, o empresário deve inserir informações de entradas e saídas

conforme as necessidades da empresa.

Para elaboração do fluxo de caixa da empresa em questão, extraímos

dados, como: anotações de compras de mercadoria e as despesas ocorridas nos

períodos, como também, as vendas realizadas mês a mês. Com isso em mãos,

realizamos o fluxo de caixa que segue abaixo, conforme tabela 1:

TABELA 1 - Fluxo de Caixa de análise

FONTE: Dados coletados na empresa (2016).

O fluxo de caixa (tabela 1) mostrou em um período de 12 meses os valores

de entradas referentes às receitas de vendas. Assim como a conta de saídas,

representada por custo e despesas realizadas no período. Também foi possível

apurar mês a mês o saldo de caixa, bem como a acumulação de saldos no período.

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TABELA 2 - Análise do Tempo de Retorno de Investimento

FONTE: Elaborado pelos autores da pesquisa (2016).

Com o Fluxo de Caixa livre foi calculado o PayBack Original e PayBack

Descontado (tabela 2). Para cálculo do PayBack original, considera-se o valor do

investimento inicial, subtraindo os saldos do fluxo de caixa, ou seja, entradas menos

saídas. Para, assim, chegarmos ao mês em que o investimento tenha o retorno. Na

análise do PayBack, a empresa obteve um retorno de seu investimento inicial em 3

(três) meses e 6 (seis) dias, demonstrando um resultado em tempo curto. Como o

Payback original não considera o valor do dinheiro no tempo, o Payback descontado

sendo o cálculo do mesmo, parecido com o Payback original, mas com o adicional

de usar uma taxa de desconto antes de se proceder com a soma dos fluxos de

caixa, em geral esta taxa é a Taxa Mínima de Atratividade (TMA), que demonstrou

também um resultado de 3 (três) meses e 7 (sete) dias para o retorno de seu

investimento inicial.

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TABELA 3- Análise Valor Presente Líquido

FONTE: Elaborado pelos autores da pesquisa (2016).

De acordo com a tabela 3, na análise do Valor Presente Líquido (VPL),

utiliza-se o saldo do fluxo de caixa, descontando-se o montante do investimento

inicial, e aplicando uma taxa para desconto, pois como os juros têm a função de

valorizar o dinheiro no tempo, pelo mesmo motivo, vamos tirar o valor dos juros para

saber qual o valor presente do recebimento que teremos no futuro. A taxa utilizada

para cálculo foi a Taxa Mínima de Atratividade (TMA), que é de 1% (um por cento).

Para o projeto ser viável, o valor de aquisição deveria ser igual ou menor ao do

apresentado pelo VPL, neste caso pelo valor de R$ 18.811,36.

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TABELA 4- Análise Taxa Interna de Retorno

FONTE: Elaborado pelos autores da pesquisa (2016).

Como demonstrado na tabela 4, analisamos a Taxa Interna de Retorno

(TIR), que para o cálculo, deve-se utilizar o saldo do fluxo de caixa. Para a execução

do cálculo, foram utilizadas as funções do Excel, apresentando assim, a taxa interna

de retorno de 18,21%, ou seja, para que o projeto seja aprovado, a taxa deve ser

igual ou maior que a TMA, e na análise mostra que o projeto seria aprovado, pois as

Taxas Internas de Retorno (TIR) são maiores que a Taxa mínima de Atratividade

(TMA), que era de 1%.

3.3 Análise de Resultados

Na empresa em estudo será necessário implantar um fluxo de caixa, onde

devem ser lançadas e controladas todas as entradas e saídas, para assim ter de fato

o controle das contas a pagar e receber. Neste contexto sugerimos para a

proprietária utilizar o mesmo modelo de fluxo de caixa que aplicamos no decorrer do

trabalho. O modelo (tabela 5) é simples, porém através dele será possível visualizar

informações relevantes para tomada de decisão.

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TABELA 5- Modelo de Fluxo de Caixa

FONTE: Sebrae (2016).

Através das informações do fluxo de caixa, também será possível elaborar

um fluxo de caixa projetado. Com o fluxo de caixa projetado pode-se elaborar uma

projeção para os meses seguintes com lançamentos de compras e vendas a prazo.

A empresa poderá saber com antecedência o momento certo para fazer

investimentos, e também pode prever determinadas situações de risco, para assim

impedir que elas ocorram.

Com a implantação do fluxo de caixa podemos analisar o valor do

faturamento mensal da empresa. A empresa em questão está enquadrada como

uma empresa Micro Empreendedor Individual (MEI). E por esse motivo, não pode

ultrapassar seu limite de faturamento anual que é de R$ 60.000,00 (sessenta mil

reais), ou seja, uma média de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) mensais. Analisando

ainda o fluxo de caixa podemos perceber que somando os faturamentos mensais

dos 5 (cinco) primeiros meses, a empresa já ultrapassou seu limite que seria dos 12

(doze) meses. Portanto a empresa passou a enquadrar-se em um novo regime de

tributação.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este estudo analisou e recomendou que é importante para a tomada de

decisão a implantação do fluxo de caixa. O mercado competitivo que as empresas

estão inseridas exige a implementação e utilização de métodos que possam auxiliar

os gestores nas tomadas de decisões. Para isso, a contabilidade gerencial

disponibiliza ferramentas que servem para direcionar os administradores na gestão

da empresa, fornecendo informações confiáveis e de relevância.

Foram apresentadas as ferramentas que a contabilidade disponibiliza aos

gestores, que formarão o processo de tomada de decisão mais eficiente. Com a

implantação do fluxo de caixa, pode-se ter o controle de todas as entradas e saídas

que movimentam o caixa da empresa. Com o fluxo de caixa elaborado, foi possível

fazer uma análise do tempo que a empresa necessita para ter o retorno de seu

investimento inicial.

Foi realizada uma análise do retorno do investimento feito pela empresa. O

resultado mostrou que o retorno é rápido, demonstrando a importância da análise

para o planejamento de investimentos. O objetivo do estudo foi atingido, de forma

que a empresa pode se utilizar do fluxo de caixa que foi implantado para

fundamentar as decisões a serem tomadas. Destaca-se então sua importância

diante do cenário econômico atual, onde o empresário precisa ter o máximo de

informações possíveis para o andamento e desenvolvimento de sua empresa.

Diante disso, a sugestão é que a empresa implante e aprimore o uso do

fluxo de caixa, e se possível passe a utilizar um sistema gerencial. Onde possam ser

lançadas todas as entradas e saídas, e gerado relatórios a tomada de decisão.

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REFERÊNCIAS

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