Manual Participante Fluxo Caixa

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Palestras Gerenciais GERENCIANDO O FLUXO DE CAIXA COM EFICIÊNCIA Manual do participante Sem título-1 06/10/2004, 20:23 1

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Palestras Gerenciais

GERENCIANDO OFLUXO DE CAIXACOM EFICIÊNCIA

Manual do participante

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Autoria:

José Carlos Cavalcante

Responsáveis pela atualização:

Consultores Financeiros da Unidadede Orientação Empresarial de São Paulo

José Carlos CavalcanteJosé Eduardo Ferreira LopesLuis Alberto F. LobrigattiRicardo Simões CuradoRoberto Lessa

Projeto Gráfico: Editoração Sebrae-SPDiagramação: Lato Senso DesignRevisão: Tânia RoipheImpressão: Multiformas

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Gerenciando o Fluxo de Caixa com Eficiência

Obrigado por participar de mais esta oportunidade de dis-seminarmos e dividirmos conhecimento. Afinal, é o conheci-mento a grande ferramenta competitiva no ambiente empre-sarial de hoje e o será, mais ainda, no futuro.

Portanto, aproveite esse tempo que você está dedicandoa essa palestra e abra-se para os novos conceitos, as novasidéias e para uma grande troca de experiências e conheci-mentos.

Sua participação e a troca de informações e idéias serãode grande valia para o seu aproveitamento.

Esperamos que essa palestra lhe proporcione conhecimen-to que, agregado a sua atividade, melhore a performance dasua empresa, no seu ambiente interno e na sua atuação nomercado.

Procure compartilhar este conhecimento com todos quecolaboram, direta e indiretamente, com o seu negócio. Trans-forme o que você está adquirindo aqui em processos de mu-dança e aperfeiçoamento.

Desejamos a você um ótimo aproveitamento.

O SEBRAE conta sempre com sua presença e participa-ção e, principalmente, com a sua interação contínua conosco.Nossa organização estará sempre de portas abertas paraatendê-lo.

Se tiver dúvidas ou o desejo de conhecer melhor comopodemos ajudar e orientar no desenvolvimento do seu negó-cio, procure-nos.

Obrigado,

SEBRAE

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Todas as ações, serviços e produtos SEBRAE visam, sobretudo, ageração de mudanças, pela disponibilização de técnicas, tecnologias econhecimentos, que resultem em impactos diretos e indiretos no desen-volvimento e sustentação das micro e pequenas empresas. O objetivofinal é que as empresas possam ter a base de conhecimento que astornem cada vez mais competitivas, contribuindo para sua continuidadecom sucesso no mercado.

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ACREFone: (68) 223-2100

ALAGOASFone: (82) 216-1600

AMAPÁFone: (96) 214-1404

AMAZONASFone: (92) 2121-4900

BAHIAFone: (71) 320-4300

CEARÁFone: (85) 255-6600

DISTRITO FEDERALFone: (61) 362-1600

ESPÍRITO SANTOFone: (27) 331-5500

GOIÁSFone: (62) 250-2000

MARANHÃOFone: (98) 216-6166

MATO GROSSOFone: (65) 648-1222

MATO GROSSO DO SULFone: (67) 2106-5555

MINAS GERAISFone: (31) 3371-9060

PARÁFone: (91) 3181-9032

PARAÍBAFone: (83) 224-1510

PARANÁFone: (41) 330-5757

PERNAMBUCOFone: (81) 3227-8400

PIAUÍFone: (86) 216-1300

RIO DE JANEIROFone: (21) 2215-9200

RIO GRANDE DO NORTEFone: (84) 215-4900

RIO GRANDE DO SULFone: (51) 3216-5000

RONDÔNIAFone: (69) 217-3800

RORAIMAFone: (95) 623-1700

SANTA CATARINAFone: (48) 221-0800

SÃO PAULOFone: (11) 3177-4500

SERGIPEFone: (79) 216-7700

TOCANTINSFone: (63) 223-3300

SEBRAE NACIONALFone: (61) 348-7100

TELEFONES DOS ESCRITÓRIOS DO SEBRAE NO BRASIL

www.sebrae.com.br

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FOCO DA PALESTRA

Fornecer esclarecimento e orientação sobre os conceitos básicos de ges-tão financeira, sobretudo o Fluxo de Caixa.

Informar o participante para que serve o Fluxo de Caixa e como elaborá-lode forma que se torne uma ferramenta de gestão operacional e estratégica.

Abordar conceitos importantes, tais como Ciclo Operacional e Ciclo Finan-ceiro e como estes influenciam o Fluxo de Caixa.

Capacitar o participante por meio de conhecimentos sobre Giro de Caixa eCaixa Operacional Mínimo e sua implantação na gestão financeira dos pe-quenos negócios.

OBJETIVOS DA PALESTRA

Indicar ações para o planejamento e a análise do fluxo financeiro de acor-do com as necessidades da empresa e contribuir para desenvolver habilida-des gerenciais com ênfase na gestão do caixa do ponto de vista operacionale estratégico.

CENÁRIO ATUAL

O cenário econômico atual, caracterizado por altas taxas de juros e escas-sez de créditos, exige em qualquer atividade empresarial uma gestão eficien-te do Fluxo de Caixa.

Alguns fatores como taxas de juros, prazos concedidos aos clientes, pra-zos obtidos dos fornecedores e administração dos estoques afetam o fluxofinanceiro das empresas.

Por essas razões torna-se necessário que os empresários fiquem atentosàs melhores fontes de financiamento do caixa, assim como à aplicação dosrecursos financeiros de forma a atingir os resultados desejados.

Portanto, para gerenciar o Fluxo de Caixa com eficiência, os gestores depequenos negócios precisam manter seus controles financeiros atualizadospara terem melhores condições de sucesso em seus empreendimentos.

DIRIGINDO UM CARRO...

Da mesma forma que através do painel de um veículo o condutor monitorapressão do óleo do motor, nível de combustível, temperatura, velocidade etc.,

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através do Fluxo de Caixa o gestor financeiro tem domínio do fluxo financeiroda empresa, verificando e analisando as entradas e saídas de dinheiro.

O painel de um carro pode ser simples, ou seja, com os instrumentos bási-cos, ou bem mais sofisticados, com computador a bordo. Com o Fluxo de Caixaas coisas não são diferentes: existem controles simples e outros bem comple-xos, que exigem capacitação e equipamentos de informática compatível.

O Fluxo de Caixa funciona como um “painel de instrumento financeiro” quenorteia o gestor com relação à quantidade e qualidade das informações so-bre as entradas e saídas de caixa.

MOVIMENTAÇÕES DO FLUXO DE CAIXA

As movimentações do Fluxo de Caixa na empresa são as seguintes:impostos – referem-se a tributos federais, estaduais e municipais que incidem

sobre o faturamento da empresa. Além deles, os encargos sociais da folha depagamento, tais como FGTS e INSS, representam também saídas de caixa.

sócios – as decisões dos sócios podem afetar o Fluxo de Caixa da empresa,ou seja, o aporte (aumento de capital) de capital representa uma entrada derecurso financeiro, já a distribuição de lucros representa a saída de dinheiro.

saídas eventuais – representam saídas de recursos financeiros que ocor-rem ocasionalmente, tais como pagamento de multa, amortização de dívi-das, indenizações trabalhistas etc.

imobilizado – venda de imobilizado representa entrada de caixa; o contrá-rio, ou seja, a aquisição de um novo imobilizado representa saída de caixa.

depreciação – refere-se à perda de valor de itens do imobilizado em virtu-de dos desgastes provocados pelo uso.

fornecedores – pagamentos efetuados em virtude das compras a prazo.salários – pagamentos efetuados aos funcionários da empresa.despesas – pagamentos realizados para manter a atividade empresarial,

tais como aluguel, água, luz, telefone etc.vendas – quando forem à vista, representam entrada de caixa.recebimento – representa recebimentos das vendas a prazo.aplicação financeira – aplicação de sobras de caixa no mercado financeiro.

O QUE É FLUXO DE CAIXA?

Fluxo de Caixa é um controle financeiro que tem por objetivo demonstraras entradas e saídas de dinheiro na empresa num determinado período.

Esse relatório financeiro pode ser elaborado de duas maneiras:- Valores das entradas e saídas de caixa projetadas (valores estimados):

neste caso a empresa trabalha com valores que ainda não foram pagos nemrecebidos.

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- Valores das entradas e saídas de caixa realizadas (valores já efetivados):neste caso as entradas de caixa já foram recebidas e as saídas de caixa jáforam pagas. Nessa situação o Fluxo de Caixa funciona como um Controle deMovimentação de Caixa.

Trata-se de uma ferramenta tanto de gestão operacional (curto prazo) comode gestão estratégica (médio e longo prazo).

PARA QUE SERVE O FLUXO DE CAIXA?

O Fluxo de Caixa tem várias finalidades, entre elas: ajudar no planejamen-to e controle de todo o dinheiro que entra e sai da empresa; auxiliar nastomadas de decisões sobre as fontes para financiar as necessidades de cai-xa; evitar que a empresa tenha desencaixe em períodos críticos etc.

É o único controle financeiro que propicia o equilíbrio entre as entradas esaídas de caixa.

COMO ELABORAR O FLUXO DE CAIXA?

O Fluxo de Caixa necessita de cuidados na sua elaboração, tais comoconhecimento detalhado do ciclo financeiro da empresa e implantação decontroles auxiliares.

Entre os controles auxiliares há o controle de bancos, controle de clientes,controle de fornecedores, controle de despesas e controle da movimentaçãodo caixa, essenciais à elaboração do Fluxo de Caixa.

Os valores constantes no Fluxo de Caixa, refletem a realidade da empre-sa, por isso devem ser atualizados constantemente.

Manter esse controle com valores realistas e atualizados é fundamentalpara o sucesso da gestão do caixa.

Como se vê, esse é um controle financeiro dinâmico, ou seja, o que acon-tece hoje será passado no dia seguinte, daí a necessidade de constante atu-alização dos valores correspondentes às entradas e saídas de caixa.

MOVIMENTAÇÕES QUE AUMENTAM O CAIXA

As transações que incrementam o saldo do caixa são:• Aumento de capital por parte dos sócios, quando necessário.• Uso de capital de bancos através de empréstimos e/ou financiamentos.• Venda de imobilizados que não estejam sendo utilizados pela empresa.• Principais entradas de caixa feitas através das vendas à vista e recebi-

mentos de vendas a prazo (duplicatas, cheques pré-datados e cartão decrédito).

• Juros de mora recebidos de clientes e rendimentos de aplicação financei-ra, embora sejam entradas de caixa esporádicas.

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MOVIMENTAÇÕES QUE DIMINUEM O CAIXA

As transações que diminuem o saldo do caixa são:• Distribuição dos lucros para sócios correspondente aos valores retirados

por eles, independentemente do pró-labore.• Pagamento de juros aos credores quando a empresa utiliza linhas de

crédito de bancos. A empresa também poderá pagar juros aos fornece-dores em virtude de atrasos do pagamento de compromissos.

• Novas aquisições de imobilizados. Nesse caso a empresa está trocandocapital de giro por capital fixo.

• Compra à vista e pagamento de fornecedores juntamente com as despe-sas operacionais, o que representa a maior parte dos valores de saídasde caixa. Fornecedores são terceiros que fornecem mercadorias ou ma-térias-primas, e despesas operacionais são todos os gastos necessáriospara manter a atividade empresarial.

• Amortização de dívidas, isto é, pagamento de compromissos assumidospela empresa com seus credores.

MODELO DE FLUXO DE CAIXA

Item 1: saldo inicial de caixa.Item 2: entradas.Item 3: saídas.Item 4: saldo final.Os valores no Fluxo de Caixa podem ser realizados (fatos passados) ou

projetados (fatos futuros). O período a ser considerado na sua elaboraçãopode ser semanal, mensal, bimestral, semestral ou anual.

CONCEITOS IMPORTANTES

Ciclo operacional está diretamente ligado com a atividade operacional daempresa, ou seja, revela o espaço de tempo entre o período de aquisição dasmatérias-primas ou mercadorias até o recebimento das vendas a prazo.

Ciclo financeiro demonstra o prazo entre as saídas de caixa referentes apagamentos de fornecedores e entradas relativas aos recebimentos de ven-das a prazo.

Disponibilidade financeira são os recursos financeiros à disposição daempresa, representada por dinheiro no caixa juntamente com os saldos posi-tivos nos bancos.

O gestor de pequenos negócios deve manter tanto o ciclo operacional quan-to o financeiro o menor possível.

Para reduzir o ciclo financeiro o empresário ou gestor de pequenos negó-cios deverá manter os níveis de estoque adequados ao volume de vendas,

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adotar critérios compatíveis na concessão de créditos para vendas a prazo eprocurar desenvolver novos fornecedores ou então renegociar novas condi-ções de comercialização.

GC – Giro de Caixa

O giro de caixa representa a quantidade de vezes que o caixa se movi-menta na empresa em função do ciclo financeiro.

Prazo médio de estocagem representa a quantidade de dias que a empre-sa tem de estoque em média: O prazo médio de recebimento representa oprazo médio que a empresa está concedendo nas vendas realizadas a prazoe prazo médio de pagamento significa o prazo médio que a empresa estáobtendo dos fornecedores.

O giro de caixa é obtido através da divisão de 360 dias (ano comercial)pelo ciclo financeiro. No exemplo numérico do slide verificamos que o CicloFinanceiro foi de 60 dias. Sendo assim, o giro de caixa é de 6 vezes (360/60).

Quanto maior o giro de caixa, melhor o resultado da empresa, pois o valorda necessidade de capital de giro para investir nas atividades empresariaisserá menor.

COM – CAIXA OPERACIONAL MÍNIMO

Representa o valor dos recursos financeiros mínimos para financiar as ati-vidades operacionais.

Para efetuar o cálculo do Caixa Operacional Mínimo é necessário primei-ramente calcular o valor de SAC (Saída Anual de Caixa)

SAC representa valores que serão desembolsados pela empresa para pagarcompromissos assumidos com fornecedores como também as despesasoperacionais da empresa tais como aluguel, folha de pagamento, encargossociais e impostos, conta de água/luz/telefone, pró-labore dos sócios etc.

O valor de SAC pode ser encontrado verificando-se o valor das saídas decaixa mensal (pagamento de fornecedores e despesas operacionais) multi-plicado por 12 meses para obter o valor anual.

Como se trata de valores anuais, periodicamente o responsável pelo Fluxode Caixa deve acompanhar a movimentação de entradas e saídas de caixamensal conforme os montantes realizados no fechamento do mês e, de acor-do com a tendência, ajustar o valor de SAC.

EXEMPLO PRÁTICO DE CÁLCULO DE CAIXA OPERACIONAL MÍNIMO

Considere SAC (Saída Anual de Caixa) no valor de R$ 30.000,00, comvalor mensal de R$ 2.500,00.

O Giro do Caixa é de 6 vezes no ano (360 dias divididos por 60 dias). Vale

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lembrar que os 60 dias se referem ao Ciclo Financeiro da empresa, conformeslide anterior.

O COM – Caixa Operacional Mínimo é de R$ 5.000,00 (R$ 30.000,00 divi-didos por 6), lembrando que o cálculo do COM é SAC (Saída Anual de Caixa)dividida pelo giro de caixa, que no exemplo dado é 6.

O COM poderá ser obtido através do seguinte cálculo:Ciclo Financeiro multiplicado pelo valor da MMC (Movimentação Mensal

de Caixa), no exemplo dado, ficaria: 2 meses (ou 60 dias de ciclo financeiro)x R$ 2.500,00, com resultado igual a R$ 5.000,00.

De acordo com esse exemplo, a empresa deverá manter uma disponibili-dade financeira de R$ 5.000,00 para atender suas atividades operacionais.

O QUE FAZER QUANDO FALTAM RECURSOS FINANCEIROS...

Melhorando o sistema de cobrança, a empresa evita perdas com clientesinadimplentes e consegue trazer recursos financeiros para melhorar as entra-das de caixa.

Quando a empresa trabalha com estoques mínimos, significa que estáimobilizando recursos financeiros extremamente necessários na aquisiçãode mercadorias ou matérias-primas.

Reduzir prazos de pagamento com fornecedores não é uma das tarefasmais simples, pois envolve habilidade nas negociações com os já tradicio-nais, assim como um trabalho de desenvolvimento de novos fornecedores,visando melhores condições de compra.

Na medida do possível, a empresa, quando está com dificuldades de cai-xa, procura fazer vendas casadas, ou seja, equilibrar os prazos de vendascom os de compras.

Negociar novos prazos de vencimentos com os fornecedores também nãoé uma tarefa fácil. Por isso só se deve utilizar desse recurso quando for extre-mamente necessário. Quando isso acontece, os fornecedores tendem a limi-tar o crédito concedido.

A venda de ativos ociosos pode ser interessante, desde que futuramentenão venha a prejudicar as atividades empresariais.

O QUE FAZER QUANDO SOBRAM RECURSOS FINANCEIROS...

Quando a empresa está com sobras de caixa, pode ser interessante ad-quirir mercadorias ou matérias-primas para o estoque, desde que tenham umgiro rápido, bem como aproveitar as condições altamente favoráveis ofereci-das pelos fornecedores nas compras à vista.

Com relação ao investimento em ativo fixo, somente deve-se fazê-lo senão afetar os recursos necessários para o giro dos negócios.

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A empresa só deve aplicar as sobras de caixa no mercado financeiro quandonão houver alternativas mais atraentes.

Antecipar o pagamento de compromissos aos fornecedores pode ser umaestratégia interessante, desde que o desconto concedido compense a ante-cipação do pagamento.

ALGUNS CUIDADOS DA ELABORAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA

Ao elaborar o Fluxo de Caixa, o empresário ou gestor de pequenos negó-cios tem de usar o bom senso, principalmente com relação às entradas, ouseja, quando ocorrer qualquer dúvida com respeito ao ingresso do recursofinanceiro, deve desconsiderar a operação na programação das entradas decaixa.

As entradas e saídas de caixa devem refletir a realidade da empresa. Quan-do estiver trabalhando com valores projetados tanto de entrada como de sa-ída, tais estimativas precisam ser feitas com bastante critério e análise.

Não resta dúvida de que os controles auxiliares, como de contas a pagar ea receber, de movimentação bancária e o movimento de caixa são indispen-sáveis à elaboração do Fluxo de Caixa.

CONCLUSÃO

O Fluxo de Caixa é um instrumento de gerenciamento fundamental paraempresa como ferramenta de gestão operacional e estratégica.

O momento econômico que estamos atravessando exige de qualquer ati-vidade empresarial uma gestão eficiente, sobretudo com base em informa-ções precisas e atuais do fluxo financeiro dos negócios.

Através do Fluxo de Caixa os riscos são minimizados e a eficiência dofluxo financeiro maximizada.

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