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PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE SÃO JOSÉ CENTRO UNIVERSITÁRIO MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ - USJ CURSO DE ADMINSITRAÇÃO JANAINE OLIVO PROPOSTA DE PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO PARA A ELETROCREDI SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS LTDA São José 2011

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PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ

FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE SÃO JOSÉ

CENTRO UNIVERSITÁRIO MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ - USJ

CURSO DE ADMINSITRAÇÃO

JANAINE OLIVO

PROPOSTA DE PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

PARA A ELETROCREDI SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS LTDA

São José

2011

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PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ

FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE SÃO JOSÉ

CENTRO UNIVERSITÁRIO MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ - USJ

CURSO DE ADMINSITRAÇÃO

JANAINE OLIVO

PROPOSTA DE PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

PARA A ELETROCREDI SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS LTDA

Trabalho de Conclusão de Curso de Administração do Centro Universitário Municipal de São Jose - USJ. Orientador: Prof. Msc. Débora R. Neuenfeld

São José

2011

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JANAINE OLIVO

PROPOSTA DE PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

PARA A ELETROCREDI SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS LTDA

Trabalho de Conclusão de Curso elaborado como requisito parcial para obtenção do grau de bacharel em Administração do Centro Universitário Municipal de São José – USJ avaliados pela seguinte banca examinadora:

________________________________

Prof.a Débora Raquel Neuenfeld, Msc. Orientadora

________________________________

Prof.ª Fernanda Sanchez, Msc. Membro Examinador

________________________________

Prof.o Gilson Karkotli, Dr. Membro Examinador

São José, 07 de julho de 2011.

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Dedico este trabalho aos meus pais,

José Olivo e Maria José Olivo,

ao meu marido Benjamin A. Carvalho,

aos meus irmãos e sobrinhos.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus, pela graça de estar com saúde para

enfrentar todos os desafios encontrados no decorrer destes quatro anos de

faculdade.

Agradeço a Tânia Vieira e os colaboradores do Núcleo Espírita Nosso Lar,

que me fizeram acreditar que podia vencer mais essa etapa da minha vida, com

traquilidade, força, coragem e determinação.

Agradeço com todo o meu carinho e amor ao meu marido Benjamin

Antiqueira Carvalho, pela compreensão e paciência, que por tantas vezes tive que

me ausentar de sua companhia, deixando de proporcionar toda atenção merecida.

Agradeço aos meus pais José Olivo e Maria José Olivo, aos meus irmãos,

Jaqueline Olivo, Jocelir Olivo, Janice Olivo e aos meus sobrinhos Gabriela Olivo,

Isabela Olivo, Vitória Olivo e João Olivo que apesar da distância me apóiam e me

transmitem força e esperança para continuar firme nessa jornada.

Agradeço ao meu irmão Jackson Olivo, pela compreensão e por me apoiar

em todos os momentos que precisei me ausentar da Eletrocredi.

Agradeço aos meus amigos de curso, Clécia Lima, Daniela Leal, Gabriel

Wesler, Paulo Costa, Ruth Meier, Yanna Schutz, que no decorrer desses quatro

anos estiveram sempre juntos até mesmo quando eu não estava disposta, me

fazendo sorrir e me proporcionando alegrias, estiveram presentes nas minhas festas

comemorando comigo momentos importantes e que fizeram toda a diferença em

minha vida, pois quando olhar para trás sentirei muitas saudades.

As minhas amigas Any Cristini, Dayane, Heloisa, Lisiane, Stèphanie, que me

incentivaram e me auxiliaram no início do projeto deste trabalho.

Agradeço aos meus mestres da Faculdade da USJ, que me proporcionaram

informações para que eu pudesse ter uma base sólida.

Em especial agradeço a minha Orientadora Débora Raquel Neuenfeld, pela

paciência, compreensão, dedicação e auxilio para escrever e concluir este trabalho

de conclusão de curso.

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É melhor tentar e falhar,

que se preocupar e ver a vida passar;

é melhor tentar, ainda que em vão,

que se sentar fazendo nada até o final.

Eu prefiro na chuva caminhar,

que em dias tristes em casa me esconder.

Prefiro ser feliz, embora louco,

que em conformidade viver.

Martin Luther King

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RESUMO

Para sobreviver diante de um ambiente altamente competitivo as empresas, e em especial as micros e pequenas, precisam planejar de forma estruturada as suas ações com o objetivo de melhor se preparar para as mudanças do ambiente. Este é o caso da Eletrocredi Serviços Administrativos LTDA, uma pequena empresa familiar, atualmente sem planejamento para o futuro. Nesse sentido, o objetivo do presente trabalho foi o de elaborar uma proposta de planejamento estratégico a fim de contribuir com o desenvolvimento da Eletrocredi para os próximos anos. Trata-se de uma pesquisa aplicada de uma abordagem qualitativa em que foram utilizados os seguintes procedimentos: pesquisa bibliográfica, pesquisa documental, estudo de caso e pesquisa-ação. Para isso foi realizada uma análise do ambiente externo e interno, com o intuito de diagnosticar as ameaças e oportunidades, assim como os pontos fracos e fortes da empresa. A partir da análise dos dados foram elaboradas propostas de missão, visão, valores e objetivos organizacionais. Além disso, foram elaboradas propostas de estratégias para a empresa e formulados planos de ação para implementação. Para a empresa ter o controle do planejamento proposto foi também elaborado indicadores e metas/padrão de desempenho. Concluiu-se que está proposta irá colaborar para a empresa atingir seus objetivos e metas definidos. Por fim, cabe destacar que considera-se esta proposta um diferencial que pode criar possibilidades à empresa de adaptar-se ao ambiente que está inserida, estruturando e planejando suas ações para um melhor resultado no futuro. Palavras-chave: Micro e pequena empresa. Empresa familiar. Planejamento estratégico.

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1: Composição da força de trabalho. ............................................................ 17

Quadro 2: Processos de apoio. ................................................................................. 18

Quadro 3: Principais clientes. .................................................................................... 19

Quadro 4: Principais parceiros. ................................................................................. 20

Quadro 5: Análise SWOT do ambiente externo. ....................................................... 68

Quadro 6: Análise SWOT do ambiente operacional. ................................................. 69

Quadro 7: Análise SWOT do ambiente interno. ........................................................ 69

Quadro 8: Estratégias das forças competitivas de Porter. ........................................ 73

Quadro 9: Estratégias dos objetivos organizacionais. ............................................... 73

Quadro 10: Estratégias da análise SWOT do ambiente externo e operacional. ....... 74

Quadro 11: Estratégias da análise SWOT do ambiente interno. ............................... 75

Quadro 12: Plano de ação para adequação dos processos da empresa. ................. 76

Quadro 13: Plano de ação para estabelecer parceiras com agentes autônomos ..... 76

Quadro 14: Plano de ação para intensificar ações de marketing .............................. 77

Quadro 15: Plano de ação para identificar as necessidades dos clientes. ................ 78

Quadro 16: Plano de ação para definir as funções cada colaborador. ...................... 79

Quadro 17: Plano de ação para implementar o planejamento estratégico. ............... 79

Quadro 18: Plano de ação para implementar ações de pós venda. .......................... 80

Quadro 19: Plano de ação para estabelecer negócios com órgãos diversificados. .. 80

Quadro 20: Plano de ação para buscar novos aperfeiçoamentos tecnológicos. ....... 81

Quadro 21: Plano de ação para manter atualizada a carteira de clientes. ................ 81

Quadro 22: Plano de ação para promover a capacitação dos colaboradores. .......... 82

Quadro 23: Plano de ação para desenvolver ações de comunicação. ...................... 82

Quadro 24: Plano de ação para desenvolver ações de marketing. ........................... 83

Quadro 25: Plano de ação para oferecer novos produtos por meio de parcerias. .... 83

Quadro 26: Plano de ação para promover a satisfação dos clientes. ....................... 84

Quadro 27: Plano de ação para procurar novas parcerias com outros bancos. ........ 85

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Estrutura organizacional da Eletrocredi. ..................................................... 16

Figura 2: As cinco forças competitivas de Porter. ..................................................... 46

Figura 3: Perspectivas do BSC ................................................................................. 51

LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Classificação do porte das empresas.........................................................30

Tabela 2: Indicadores para o controle estratégico.....................................................86

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 11

1.1 PROBLEMA DE PESQUISA ............................................................................... 12

1.2 OBJETIVOS ........................................................................................................ 12

1.2.1 Objetivo geral ................................................................................................. 12

1.2.2 Objetivos específicos ..................................................................................... 12

1.3 JUSTIFICATIVA .................................................................................................. 13

1.4 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO ....................................................................... 13

2 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA ..................................................................... 15

2.1 DESCRIÇÃO DA ORGANIZAÇÃO ...................................................................... 15

2.2 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL ..................................................................... 16

2.3 FORÇA DE TRABALHO ...................................................................................... 17

2.4 PRODUTOS E PROCESSOS ............................................................................. 17

2.5 CLIENTES E PARCEIROS ................................................................................. 18

2.6 FORNECEDORES E INSUMOS ......................................................................... 20

2.7 CONCORRENTES E MERCADO ....................................................................... 21

3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................................. 22

3.1 ADMINISTRAÇÃO .............................................................................................. 22

3.1.1 Principais teorias ........................................................................................... 23

3.1.2 Gestão organizacional ................................................................................... 26

3.1.3 Gestão da micro e pequena empresa ........................................................... 29

3.2 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO ..................................................................... 31

3.2.1 Fases de elaboração do planejamento estratégico ..................................... 34

3.2.1.1 Análise do ambiente ...................................................................................... 35

3.2.1.2 Estabelecimento das diretrizes organizacionais ............................................ 40

3.2.1.3 Formulação das estratégias .......................................................................... 44

3.2.1.4 Implementação das estratégias ..................................................................... 48

3.2.1.5 Controle estratégico ...................................................................................... 49

4 METODOLOGIA .................................................................................................... 53

4.1 NÍVEIS DE PESQUISA ....................................................................................... 53

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4.2 DELINEAMENTO DA PESQUISA ....................................................................... 54

4.2.1 Pesquisa bibliográfica ................................................................................... 54

4.2.2 Pesquisa documental ..................................................................................... 55

4.2.3 Estudo de caso ............................................................................................... 55

4.2.4 Pesquisa-ação ................................................................................................ 56

4.3 DEFINIÇÃO DA ÁREA E POPULAÇÃO-ALVO ................................................... 56

4.4 UNIVERSO E AMOSTRA .................................................................................... 56

4.5 INSTRUMENTOS DE COLETA DE DADOS ....................................................... 57

4.6 FORMA E ANÁLISE DOS DADOS ..................................................................... 57

5 DESCRIÇAO E ANÁLISE DOS DADOS ............................................................... 59

5.1 ANÁLISE DO AMBIENTE DA ELETROCREDI ................................................... 59

5.1.1 Análise do ambiente externo ......................................................................... 59

5.1.2 Análise do ambiente interno ......................................................................... 64

5.2 ANÁLISE SWOT DA ELETROCREDI ................................................................. 68

5.3 ESTABELECIMENTO DAS DIRETRIZES ORGANIZACIONAIS ........................ 70

5.3.1 Missão da empresa ........................................................................................ 70

5.3.2 Visão da empresa ........................................................................................... 70

5.3.3 Valores da empresa........................................................................................ 70

5.3.4 Objetivos organizacionais ............................................................................. 71

5.4 FORMULAÇÃO DAS ESTRATÉGIAS ................................................................. 71

5.5 IMPLEMENTAÇÃO DA ESTRATÉGIA ................................................................ 75

5.5.1 Ameaças .......................................................................................................... 75

5.5.2 Oportunidades ................................................................................................ 77

5.5.3 Pontos fracos ................................................................................................. 78

5.5.4 Pontos fortes .................................................................................................. 81

5.5.5 Objetivos organizacionais ............................................................................. 82

5.5.6 Força competitiva de porter .......................................................................... 84

5.6 CONTROLE ESTRATÉGICO .............................................................................. 85

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 88

REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 91

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1 INTRODUÇÃO

Nos dias atuais, devido à globalização e a concorrência de mercado, as

organizações enfrentam um ambiente de constantes transformações econômicas,

políticas, tecnológicas, culturais e sociais, por isso, devem ser ágeis para enfrentar

os desafios e aproveitar as oportunidades que aparecem.

Para poderem crescer, as empresas precisam melhorar sua gestão por meio

da aplicação de ferramentas e técnicas administrativas, que venham auxiliar o

desenvolvimento de seus processos e melhorar a sua competitividade.

Além disso, as empresas precisam conhecer o seu público-alvo, estar atentas

as variáveis econômicas que interferem no seu negócio, acompanhar o

desenvolvimento tecnológico, aumentar a sua produtividade, diminuir os custos de

produção, entre outras coisas, a fim de posicionarem-se de forma estratégica nos

segmentos em que atuam para que continuem a competir no mercado.

Nos últimos anos o planejamento estratégico tem sido utilizado por inúmeras

organizações para poderem se adaptar a essas novas exigências.

O planejamento estratégico é uma ferramenta que visa o diagnóstico e a

projeção futura de uma empresa. Com ele, pode-se analisar o ambiente externo

diagnosticando as oportunidades e as ameaças, além de verificar internamente

vendo os pontos fortes e fracos da empresa para promover os diferenciais perante

os concorrentes e conquistar novas fatias de mercado (OLIVEIRA, 2009).

Até pouco tempo acreditava-se que o planejamento estratégico era um

instrumento que se enquadrava apenas à realidade de grandes organizações,

contudo, com o passar dos anos verificou-se que as pequenas e médias empresas

podem se beneficiar com o seu uso.

As pequenas e médias empresas, além de enfrentarem a concorrência de

organizações do mesmo porte, defrontam-se ainda com a existência de

organizações de grande porte, muitas vezes internacionais, que dispõem de grande

capital de investimento e alto grau de competitividade. Nesse cenário, torna-se cada

vez mais necessário que as pequenas e médias empresas percebam o ambiente

competitivo com mais clareza e rapidez para garantir a sobrevivência do negócio.

Neste contexto, o planejamento estratégico tem sido usado como forma das

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empresas atingirem seus objetivos, buscando, sobretudo, a solução dos problemas

e o redimensionamento das oportunidades de mercado para se fortalecer e

prosperar.

Diante disso, realizou-se um estudo na Eletrocredi Serviços Administrativos

Ltda, uma pequena empresa familiar que atua como correspondente bancário desde

2005, com o objetivo de auxiliar no desenvolvimento de um planejamento estratégico

que contribua para que a empresa possa desenvolver e implementar estratégias

com maior efetividade e assim posicionar-se melhor no mercado.

1.1 PROBLEMA DE PESQUISA

A Eletrocredi Serviços Administrativos LTDA é uma empresa que trabalha

como correspondente bancário, sua atividade é atuar como agente intermediário

entre os bancos e instituições financeiras autorizadas a operarem pelo Banco

Central, seu foco é no crédito consignado para servidores públicos.

Por se tratar de uma empresa de pequeno porte em um mercado altamente

competitivo, apresenta-se o seguinte problema de pesquisa: Como planejar

estrategicamente o desenvolvimento da empresa para os próximos anos?

1.2 OBJETIVOS

São apresentados abaixo o objetivo geral e os objetivos específicos.

1.2.1 Objetivo geral

Elaborar uma proposta de planejamento estratégico para Eletrocredi a fim de

contribuir com o desenvolvimento da empresa para os próximos anos.

1.2.2 Objetivos específicos

- Analisar o ambiente interno (pontos fracos e fortes) e externo (ameaças e

oportunidades) da ELETROCREDI;

- Propor diretrizes organizacionais (missão, visão, valores e objetivos);

- Propor estratégias organizacionais;

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- Propor um plano para implantação e controle do planejamento estratégico.

1.3 JUSTIFICATIVA

Estudos científicos recentes apontam que empresas com entendimento e

prática em planejamento estratégico, tendem a alcançar os objetivos desejados com

mais segurança e eficácia. Nesse sentido, o presente trabalho apresenta uma

proposta de planejamento estratégico para organização, com intuito de servir como

base para o desenvolvimento de ações que visem o aperfeiçoamento administrativo

da empresa e o aumento de sua competitividade.

A presente pesquisa acadêmica também busca a aplicação no ambiente da

organização dos conhecimentos científicos adquiridos durante o curso de graduação

em administração, como forma de contribuir para a realização de novas produções

cientificas na instituição de ensino e para a promoção do Centro Universitário

Municipal de São José (USJ).

Atualmente, a sociedade convive com um grande índice de falência de micros

e pequenas empresas. Em Janeiro de 2010 foram registrados 68% de pedidos para

encerramento de atividade, segundo o SEBRAE (2010). De acordo com muitos

pesquisadores, grande parte das causas dessas falências deve-se ao fato de que as

empresas entram no mercado sem ter analisado com cientificidade o ambiente em

que elas estarão inseridas e os problemas que terão de enfrentar. Tal análise se

torna importante devido à grande concorrência que existe em todos os ramos de

atividades. Diante disto, nota-se a importância de um planejamento estratégico para

micro e pequenas empresas.

Ainda, a sociedade será beneficiada com a melhoria dos serviços e com a

realização de um estudo que poderá ser utilizado como base por outras

organizações de pequeno porte, que como a Eletrocredi, não estabeleceram seu

planejamento estratégico no início de suas atividades.

1.4 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO

Após esta introdução, o trabalho se organiza pelos seguintes capítulos:

- O Capítulo 2 trata da Caracterização da empresa. Nele são apresentadas a

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descrição da empresa, a estrutura organizacional, a força de trabalho, os produtos e

processos, os clientes e parceiros, os fornecedores e insumos e os concorrentes e

mercado.

- O Capítulo 3 refere-se à Fundamentação teórica. Neste capítulo são apresentados

os conceitos de administração, planejamento estratégico e as fases de elaboração

(análise do ambiente interno e externo, análise SWOT, diretrizes organizacionais,

formulação de estratégias, implementação e controle).

- O Capítulo 4 diz respeito à Metodologia. Nele são apresentados os níveis e

delineamento da pesquisa, a definição da área e da população alvo, o universo e

amostra, os instrumentos de coleta dos dados, bem como as formas e análise dos

dados adotados na aplicação da pesquisa.

- Por fim, o Capítulo 5, trata da Conclusão do trabalho. Nele são apresentadas as

conclusões finais do trabalho.

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2 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA

Neste capítulo será feita uma contextualização da empresa, desde o histórico

até o mercado que atua.

2.1 DESCRIÇÃO DA ORGANIZAÇÃO

A Eletrocredi Serviços Administrativos LTDA é uma pequena empresa familiar

foi fundada em 17 de outubro de 2005, que atua como correspondente bancário.

Seus principais objetivos são crescer e ter estabilidade no mercado.

Como correspondente bancário a organização segue a Resolução nº 3.954 de

2011- Consolidação das Normas de Correspondente Bancário do Banco Central do

Brasil. O Banco Central faz a fiscalização nos bancos que são conveniados e os

bancos fazem a fiscalização nos correspondentes.

Sua atribuição específica é fazer empréstimo para servidores públicos,

aposentados, pensionistas, ativos e inativos. Como atividade decorrente, compete à

empresa preencher o contrato de empréstimo, a averbação do boleto ou solicitação

da margem no órgão competente e encaminhar para o banco correspondente. O

banco realiza a análise dos documentos e das assinaturas para então efetuar o

pagamento.

Desde 2005, o mercado de crédito consignado, vem passando por algumas

mudanças com impacto nos resultados das empresas. Destaca-se nesse sentido o

aumento do número de bancos que prestam o serviço de crédito consignado,

fazendo assim aumentar o número de concorrentes, a alteração no período de

solicitação dos empréstimos pelos serviços, causando a ocorrência de picos de

vendas em determinados meses e queda em outros e à redução da margem

consignável dos órgãos estaduais e do INSS.

Cabe destacar, que a Eletrocredi conquistou no primeiro semestre de 2010, 1º

lugar no Top de Vendas categoria Bronze do Paraná Banco. O referido prêmio é

uma forma de reconhecimento pelo esforço no atingimento das metas da empresa e

pelo bom atendimento aos clientes.

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16

A empresa está localizada na Rua Jerônimo Coelho, 170 sala 1106, Edifício

Ceisa, Florianópolis/SC.

2.2 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

Na figura a seguir será apresentado o organograma da Eletrocredi Serviços

Administrativos LTDA.

Figura 1: Estrutura Organizacional da Eletrocredi.

Fonte: Cury, 2009.

A estrutura organizacional da empresa é formada por:

- Diretora: responsável pela coordenação de todos os processos e áreas da

empresa. Cabe a ela o contato direto com todos os colaboradores da empresa e das

regionais;

- Administrativo e financeiro: responsável pelos sistemas de informação da empresa,

pela administração dos contratos (preenchimento, conferência, arquivamento de

cópias), e pelo atendimento por telefone ou pessoalmente dos clientes e das

regionais;

- Comercial: responsável pela solicitação dos materiais de divulgação e dos

contratos com os bancos, pelo envio de mala direta e pelas compras dos demais

insumos de que a empresa necessita;

- Regionais: realizam a venda aos clientes nas suas respectivas regiões de atuação.

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2.3 FORÇA DE TRABALHO

As pessoas que compõem a força de trabalho são fundamentais para o

sucesso dos serviços oferecidos pela Eletrocredi. Conscientes dessa importância,

nos últimos anos foram investidos recursos financeiros e materiais na busca da

melhoria do ambiente de trabalho e da capacitação e desenvolvimento profissional

das pessoas.

Para o desenvolvimento e a capacitação da força de trabalho, a Eletrocredi

apóia decisória e financeiramente os seus colaboradores em treinamentos

profissionais e na busca pelo ensino superior. O quadro 1, a seguir, apresenta a

composição da forma de trabalho da Eletrocredi.

Área/ Função Qte Grau de escolaridade Tempo de empresa

Gerencial Geral 01 Superior incompleto

(cursando)

5 anos

Assistência Adm/Fin/Ope 01 Segundo grau completo 4 anos

Agenciador 04 Segundo grau completo 5 anos

Comercial 01 Segundo grau completo 4 anos

Limpeza 01 Segundo grau incompleto

(cursando)

6 meses

Quadro 1: Composição da Força de Trabalho.

Fonte: elaborado pela autora, 2010.

Importante destacar que na Eletrocredi mantém-se tem um bom

relacionamento entre os seus colaboradores, mantendo uma amizade com todos.

Prova disso é o tempo da maioria dos seus colaboradores na organização.

2.4 PRODUTOS E PROCESSOS

Para a realização de seus serviços a empresa realiza três principais

processos: contratos novos, refinanciamentos e quitações.

- Contratos novos: é um novo empréstimo adquirido pelo cliente.

- Refinanciamento: é a renovação do contrato de um cliente em que poderá haver

alteração no prazo de pagamento e no valor da parcela.

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- Quitação: é o encerramento de um contrato após o pagamento do empréstimo.

Neste caso o banco é informado sobre a quitação e faz a liberação da margem para

o banco que está comprando.

Os processos são feitos na empresa, a regional faz somente a venda do

empréstimo ao servidor.

Os processos produtivos não podem ter seu êxito sem a existência de

processos de apoio. Esses processos são responsáveis pelo suporte dos processos

destinados diretamente aos serviços oferecidos.

No quadro 2, são apresentados os principais processos de apoio.

Processo Descrição

Compras Aquisição de Insumos (bens ou serviços);

TI Processamento e manutenção das informações do banco de dados;

Divulgação Através de mala direta, telefone, e-mail.

Conferência Conferência de veracidade e autenticidade das informações contidas nos

documentos;

Arquivo Arquivo cópia de todos os contratos efetivados;

Limpeza Limpeza das instalações.

Recepção Atendimento por telefone e pessoalmente dos clientes que comparecem ao

escritório.

Almoxarifado Estoque e distribuição dos insumos.

Quadro 2: Processos de Apoio.

Fonte: elaborado pela autora, 2010.

Dentre os processos de apoio cabe destacar a importância da tecnologia da

informação, uma vez que o bom atendimento ao cliente depende da agilidade e

precisão dos sistemas de informação, da divulgação, pois é por meio deste processo

que a empresa divulga seus serviços e conquista novos clientes, e da conferência, já

que a empresa é a responsável pela verificação da documentação do cliente antes

do envio dos dados ao banco.

2.5 CLIENTES E PARCEIROS

Ao longo dos anos em que a Eletrocredi vem buscando a melhoria dos seus

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processos, a segmentação dos clientes vem sendo um dos principais aspectos

estudados. A cada mudança feita pelos órgãos reguladores dos convênios de taxas,

prazo e redução das margens, a empresa busca discutir com seus colaboradores

qual a melhor forma de adaptação às mudanças para que não fique prejudicada e

nem perca seus clientes.

Atualmente os clientes da Eletrocredi estão segmentados em: servidores

públicos estaduais, municipais, federais, forças armadas, aposentados e

pensionistas do IPREV e do INSS. No quadro 3, a seguir, estão os principais clientes

e o percentual que representam na empresa.

Clientes Descrição

Servidores Estaduais Representam 80% dos empréstimos efetuados

Aposentados e Pensionistas do INSS

e IPREV Representam 10% dos empréstimos efetuados

Servidores Municipais de

Florianópolis Representam 5% dos empréstimos efetuados

Servidores Federais e Forças

Armadas Representam 5% dos empréstimos efetuados

Quadro 3: Principais Clientes.

Fonte: elaborado pela autora, 2010.

Os maiores clientes da Eletrocredi são os servidores estaduais e os

aposentados e pensionistas do INSS e do IPREV.

A Eletrocredi tornou-se conhecida no mercado de crédito consignado, quando

passou a utilizar ferramentas de marketing para aumentar seus negócios. Além

disso, a empresa vem conquistando a confiança de seus clientes por meio da

qualidade nos serviços prestados e no bom atendimento, prova disso é o atual

índice de 50% de clientes fiéis.

Como prestadora de serviço de caráter público, a Eletrocredi atende a

regulamentação pertinente que define algumas diretrizes a serem seguidas como,

por exemplo, a liberação do empréstimo somente na conta salário do servidor e as

formas de averbação do empréstimo. No quadro 4 são apresentados os principais

bancos parceiros da empresa.

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Bancos Convênios

Banco Paraná Estadual, Municipal, Forças Armadas e INSS

Banco Matone Estadual, Municipal, Federal, Forças Armadas e INSS

Banco BMG Estadual, Municipal, Federal, Forças Armadas e INSS

Banco Bonsucesso Estadual, Municipal, Forças Armadas e INSS

Quadro 4: Principais Parceiros.

Fonte: elaborado pela autora, 2010.

Essas parcerias vêm desde 2005. Os parceiros com que a empresa mais

realiza negócios são Paraná Banco, Bonsucesso e Matone, devido ao atendimento,

taxas de juros competitivas e maiores disponibilidades de brindes ao cliente. De

todos os bancos que a Eletrocredi trabalha esses são os que mais observam a

resolução n 3954 de 2011 do banco central dando 100% de deságio nas quitações

das operações feitas.

A seleção dos correspondentes bancários é feita por região e volume de

vendas. Os bancos parceiros oferecem treinamento para a realização do serviço e

realizam análise dos resultados semestralmente. Caso o correspondente bancário

não atinja as metas semestrais estipuladas, é descredenciado.

Cabe ainda destacar que pode existir interferência direta dos bancos no

desempenho dos serviços oferecidos pelos correspondentes, uma vez que, efetuado

o empréstimo, o cliente não deve efetuar pagamentos do serviço ao correspondente,

pois o mesmo recebe seu comissionamento do banco. Caso haja cobrança qualquer

tarifa o banco pode descredenciar o correspondente bancário.

2.6 FORNECEDORES E INSUMOS

A Eletrocredi por ser uma empresa de pequeno porte tem poucos

fornecedores, tais como:

- Correios: com o contrato a empresa tem algumas vantagens como o

encaminhamento de impresso especial e atendimento é diferenciado (sem filas e

com busca de correspondências na própria empresa).

- Mepas distribuidora de materiais de escritório: a compra de todos os materiais de

escritório é feita com valor e prazos diferenciados;

- Escrimarte: a compra de cartuchos e suprimentos de informática é feita com preços

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e prazos diferenciados.

2.7 CONCORRENTES E MERCADO

Os principais concorrentes da Eletrocredi são:

- Banco do Brasil: que detém a folha de pagamento da maioria dos servidores

públicos;

- Associações: trabalham com taxas baixas, porém o servidor tem que ser associado

e pagar uma mensalidade;

- Correspondentes bancários: trabalham com os mesmos bancos que a Eletrocredi.

A Eletrocredi optou por estabelecer uma relação amigável com os

correspondentes bancários concorrentes, pois entendeu que deveria buscar não

somente a satisfação dos clientes com seus serviços, mas também com todas as

pessoas envolvidas no crédito consignado.

Um dos resultados dessa parceria pode ser evidenciado pela proximidade da

localização dos correspondentes, pois quatro estão situados no mesmo prédio da

Eletrocredi. Esta concentração de correspondentes num mesmo endereço é também

resultado da demanda no segmento de crédito consignado.

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3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Será apresentado neste capítulo o conceito, objetivos, histórico, principais

teorias, alguns dos principais pensadores, responsáveis pela evolução da

administração. Logo após, será abordado, gestão organizacional, planejamento

estratégico e as fases de elaboração.

3.1 ADMINISTRAÇÃO

A administração é uma atividade muito importante em nossa sociedade para

“realizar objetivos individuais, familiar, grupal, organizacional ou social”

(MAXIMIANO, 2010, p. 5). Certo (2003) coloca o conceito de administração como

conjunto de informações acumuladas que fornecem noções de como administrar. Já

para Maximiano (2010) a administração quer dizer ação, pois é um processo

dinâmico de tomar decisões e realizar ações que estão interligados com:

planejamento, organização, liderança, execução e controle.

Conforme os autores Andrade e Amboni (2009), administração é a arte de

liderar pessoas e de gerir recursos escassos e valiosos dentro e fora das

organizações. Neste viés, Silva (2002) coloca que a administração está relacionada

ao alcance de objetivos por meio dos esforços de outras pessoas. Para Lacombe e

Heilborn (2003, p. 49), “administrar é o ato de trabalhar com e por meio de pessoas

para realizar os objetivos tanto da organização quanto de seus membros”.

Para Chiavenato (2003), sem a administração seria impossível a

sobrevivência e o crescimento das organizações. Pois o administrador, segundo o

autor, define as estratégias, efetua diagnósticos de situações, planeja sua aplicação,

resolve problemas, gera inovação e competitividade. O trabalho de um administrador

pode ser desenvolvido em diversas áreas dentro da organização e requer ação, o

uso devido dos recursos, a definição das metas organizacionais e dos objetivos que

a empresa busca alcançar (SILVA, 2002).

Andrade e Amboni (2009) colocam que administrar uma organização está

relacionado com os conceitos de eficácia, eficiência, efetividade e relevância. A

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eficiência, segundo o autor, está relacionada à racionalidade econômica, a eficácia

representa a capacidade da organização de atingir seus objetivos, já a efetividade

demonstra se os serviços e os produtos da organização estão ou não atendendo as

necessidades e expectativas do mercado e a relevância é a importâncias dos atos e

fatos administrativos para as pessoas na organização.

A administração, conforme Chiavenato (2003) tem pouco mais de cem anos.

Ela é resultado da contribuição de vários precursores, filósofos, físicos, empresários,

entre outros. Os papiros egípcios atribuídos a época de 1300 a.C. já indicavam a

importância da administração, no Antigo Egito havia dirigentes que planejavam e

guiavam trabalhadores para a construção das pirâmides.

No século XX surgiram dois engenheiros que desenvolveram os primeiros

trabalhos a respeito da administração. São eles:

Um americano, Frederick Winslow Taylor que iniciou a chamada Escola da Administração Cientifica, preocupada em aumentar a eficiência da indústria por meio da racionalização do trabalho do operário. O outro era europeu, Henri Fayol, e desenvolveu a chamada Teoria Clássica, preocupada em aumentar a eficiência da empresa por meio de sua organização e da aplicação de princípios gerais da Administração em bases cientificas (CHIAVENATO, 2009, p. 48).

Na Escola da Administração Científica, Taylor criou os princípios da

administração e inspirou outros autores a desenvolver estudos específicos para a

teoria administrativa (KWASNICKA, 2006).

No entanto, para Maximiano (2010, p.37), “o crescimento das indústrias exigiu

métodos novos de administração. Essa evolução teve a participação de muitas

pessoas, uma das mais importantes foi Frederico Winslow Taylor”. Ainda conforme o

autor, os princípios da administração científica eram: seleção e treinamento de

pessoal, salários altos e custo baixo de produção, identificação da melhor maneira

de executar tarefas e cooperação entre administração e trabalhadores.

A seguir, são descritas algumas teorias da administração e suas principais

características.

3.1.1 Principais teorias

De acordo com Maximiano (2010, p. 6) “as teorias da administração são

conhecimentos organizados, produzidos pela experiência prática das organizações”.

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Na Teoria Clássica, para Chiavenato (2009), o pioneiro foi Henri Fayol que

definiu as funções da empresa como:

- Prever: visualizar o futuro e traçar o programa de ação;

- Organizar: constituir o duplo organismo material e social da empresa;

- Comandar: dirigir e orientar o pessoal;

- Coordenar: ligar, unir, harmonizar todos os atos e esforços coletivos;

- Controlar: verificar que tudo ocorra de acordo com as regras estabelecidas e as

ordens dadas.

Esta teoria dá ênfase na estrutura que a organização deveria possuir para ser

eficiente e constituir uma linha de comando. Os colaboradores da empresa precisam

de ordens para saber o que fazer, suas ações precisam de coordenação e as tarefas

precisam de controle gerencial, a organização tem que ter espírito de equipe,

estabilidade do pessoal e remuneração justa, com base nos fatores externos e

internos. (MAXIMIANO, 2010).

Logo após a Teoria Clássica, segundo Chiavenato (2009), teve o

aparecimento da Teoria das Relações Humanas, que surgiu com o desenvolvimento

das ciências sociais na década de 1930, em particular, com a psicologia do trabalho.

Segundo Maximiano (2007) o psicólogo Elton Mayo destacou-se com a

pesquisa onde concluiu que o tratamento dos gerentes aos trabalhadores

influenciava no desempenho de cada um. Os supervisores deveriam fazer o papel

de intermediários entre os grupos de trabalho e a administração superior e não de

capatazes. A autora Kwasnicka (2006) coloca ainda que, conforme Mayo, os

funcionários deveriam participar do processo de decisão nas organizações, pois com

isso a produção aumentaria a cada dia.

Por volta 1947, conforme Chiavenato (2003, p. 316), “surge um novo conceito

organizacional e um novo conceito de homem: o homem organizacional que

desempenha papéis simultâneos em diversas organizações diferentes”. A esta nova

abordagem atribuiu-se o nome de Teoria Estruturalista.

Em 1951, com o trabalho do biólogo alemão Ludwig Von Bertalanffy, surgiu a

Teoria de Sistemas. De acordo com Lacombe e Heilborn (2004), o foco desta teoria

é a interação da organização com o ambiente. Suas características são: entrada,

transformação, saída, retroação e ambiente (AMBONI; ANDRADE, 2009).

Após o término da Segunda Guerra Mundial, as organizações passaram por

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grandes mudanças e transformações. Neste contexto surgiu a Teoria Neoclássica.

Para Chiavenato (2003, p. 148), “a abordagem neoclássica nada mais é do que a

Teoria Clássica devidamente atualizada aos problemas administrativos atuais e ao

tamanho das organizações de hoje”. De acordo com o autor as principais

características da teoria são: ênfase na prática, nos princípios clássicos, nos

resultados e objetivos da administração e na reafirmação dos postulados clássicos.

Em 1957 a teoria Comportamental defendia o processo decisório, em que o

administrador deve conhecer os mecanismos motivacionais para poder dirigir

adequadamente as organizações por meios das pessoas, (CHIAVENATO, 2003).

Para Kwasnicka (2006, p. 21) esta teoria “criou um conceito para organização:

sistema social internacionalmente construído e reconstruído para atingir objetivos”.

Novos conceitos de organização tiveram origem com a Teoria do

Desenvolvimento Organizacional em 1960, seu principal foco “está em mudar as

pessoas e a natureza e a qualidade de suas relações de trabalho. Sua ênfase está

na mudança da cultura da organização” (CHIAVENATO, 2003, p. 405).

A Teoria da Contingência é a mais recente. De acordo com Silva (2002) esta

teoria estabelece que situações diferentes exijam práticas diferentes. Divulgando o

uso das teorias tradicionais, comportamentais e de sistemas, separadamente ou

combinadas, para resolver problemas das organizações. Neste pensamento

Lacombe e Heilborn (2004) colocam que a essência desta teoria diz que não existe

uma única maneira certa de montar a estrutura organizacional; existem sempre

várias alternativas, e a melhor depende de cada caso.

Ainda de acordo com a Teoria da Contingência verificou-se que as

características das organizações são decorrentes de seus ambientes. “As

organizações escolhem seus ambientes e depois passam a ser condicionadas por

eles, necessitando adaptar-se a eles para poderem sobreviver e crescer”

(CHIAVENATO, 2003, p. 555).

Os princípios apresentados pelas teorias constituem ferramentas básicas que

tornam as organizações capacitadas a gerar resultados e produzir o

desenvolvimento econômico e social (CHIAVENATO, 2003). A seguir será abordada

a gestão organizacional.

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3.1.2 Gestão organizacional

As organizações têm a função de atender as necessidades da sociedade, sua

estrutura é formada por indivíduos que se relacionam, dividem trabalho para

transformar insumos em bens e serviços. Elas fornecem os meios de subsistência

para as pessoas como salários e abonos em retribuição por seu trabalho. Esses

rendimentos permitem as pessoas adquirirem os bens e serviços de que necessitam

(MAXIMIANO, 2010).

Para Lacombe e Heilborn (2004, p. 13) a organização é um “grupo de

pessoas que se constitui de forma organizada para atingir objetivos comuns”. Logo,

os autores Andrade e Amboni (2010) enfatizam que as organizações representam

um sistema constituído de partes interdependentes que interagem entre si para o

alcance dos objetivos pretendidos.

Conforme Senge (2002 apud Chiavenato; Sapiro, 2009, p. 65) “a organização

deve se estruturar para estimular novos padrões de pensamento, incentivar o

aprendizado para aumentar a produtividade e incentivar as pessoas a ter uma visão

do todo de modo coletivo”. Elas são agências de aprendizagem, baseadas em

equipe. A cultura organizacional deve ser participativa, democrática, baseada em

confiança e valores (CHAVENATO; SAPIRO, 2009).

No mercado globalizado “as organizações bem sucedidas são aquelas que

sabem conquistar e motivar as pessoas para que elas aprendam e apliquem seus

conhecimentos na solução de problemas e na busca da inovação rumo a excelência”

(CHIAVENATO; SAPIRO, 2009). Para isso, segundo muitos autores, as

organizações utilizam modelos de gestão.

Os modelos de gestão são “um conjunto de conceitos e práticas, orientados

por uma filosofia central. Eles permitem que uma organização operacionalize suas

atividades no âmbito interno e externo” (PINTO, 2007, p. 8).

A Fundação Nacional da Qualidade (FNQ), fundada em 1992, propõe para as

organizações um Modelo de Excelência da Gestão (MEG) cuja característica mais

importante é a de ser um modelo sistêmico; portanto, com o benefício de buscar a

estruturação e o alinhamento dos componentes da gestão das organizações sob a

ótica de um sistema (FNQ, 2008).

O modelo da FNQ é composto por oito critérios, são eles:

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- Liderança: Os líderes na organização são essenciais para as tomadas de decisão e

são fundamentais para planejar o futuro da organização. De acordo com o caderno

de excelência liderança (2008), a liderança deve ser entendida como um conjunto de

práticas e ações em todos os níveis da organização.

- Estratégias e Planos: Devido ao ambiente de novas tecnologias, novos

concorrentes, novas atitudes do consumidor, novas dimensões sociais, aumenta a

cada dia as incertezas quanto ao futuro das organizações. Este cenário contribui

para que as estratégias e planos tornem-se a chave para a criação de diferenciais

no mercado competitivo. A formulação das estratégias ocorre por meio de processos

gerenciais, que contribuem para a geração de opções para escolhas vitais, como a

dos recursos a aplicar, das posições a ocupar e dos relacionamentos a manter

(CADERNO DE EXCELÊNCIA ESTRATÉGIAS E PLANOS, 2008).

- Clientes: Para ser conhecida a organização precisa definir suas estratégias para

ouvir e aprender com os diferentes grupos de clientes e segmentos de mercado. A

organização precisa saber onde está ou pretende estar com relação aos seus

clientes e mercados. Ela precisa conhecer as necessidades e expectativas dos seus

clientes. (CADERNO DE EXCELÊNCIA CLIENTES, 2008)

- Sociedade: “O valor da organização depende de sua credibilidade perante a

sociedade e de seu reconhecimento público. Por essa razão, o zelo com a imagem

perante a sociedade é fundamental para o sucesso e a perenidade da organização”.

(CADERNO DE EXCELÊNCIA SOCIEDADE, 2008, p. 6)

- Informações e Conhecimento: “As informações e o conhecimento são os principais

insumos para o planejamento estratégico e a comunicação necessária para a

excelência da gestão” (CADERNO DE EXCELÊNCIA INFORMAÇOES E

CONHECIMENTO, 2008, p. 5)

- Pessoas: A força de trabalho nas organizações, conforme o caderno de excelência

pessoas (2008) é composto por pessoas, podendo ser: estagiários, autônomos,

contratados e terceirizados que trabalham tempo integral ou parcial. Essas pessoas

são fundamentais para a elaboração da estratégia da organização e contribuem para

atingir os objetivos e metas estipuladas.

- Processos: Para desenvolverem as atividades, Andrade e Amboni (2010), colocam

que as pessoas necessitam de processos e conhecimentos. Os processos

sustentam as ações para o desenvolvimento da produção de bens, serviços e

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conhecimentos. Conforme o caderno de excelência processos (2008), os processos

são constituídos pelos conjuntos das atividades inter-relacionadas ou interativas que

transformam insumos (entradas) em produtos e serviços (saídas).

O conhecimento e as informações devem ser distribuídos a todos na

organização, de forma eficaz, que proporcione agilidade nas situações

(CHAVENATO; SAPIRO, 2009). Os recursos disponibilizados (tecnologias,

materiais, financeiros) são fundamentais para o funcionamento das organizações.

Sem eles e os “processos as pessoas não conseguem desenvolver as atividades

para favorecer o alcance dos objetivos” (ANDRADE; AMBONI, 2010, p. 25).

- Resultados: Os resultados mostram a medição do desempenho das organizações,

no cumprimento de metas e o posicionamento em relação ao atingimento dos

objetivos estratégicos (CADERNO DE EXCELÊNCIA RESULTADOS, 2008).

Para Pinto (2007) os modelos de gestão podem ser:

- Modelo Tradicional: era da produção em massa e da eficiência (administração

científica, administração das relações humanas e administração burocrática);

- Modelo Contemporâneo: era da qualidade e da competitividade (administração

japonesa, participativa, empreendedora e holística);

- Modelo Emergente: transição do Terceiro Milênio (empresa virtual, gestão do

conhecimento, teoria da complexidade, entre outros).

De acordo com Pinto (2010) o modelo de gestão mais atual nas organizações

e que está sendo estudado nas pesquisas acadêmicas na área de Administração é o

modelo emergente de gestão do conhecimento e a teoria da complexidade.

Contudo, conforme Pinto (2007, p. 25), “tais modelos ainda estão em fase de

concepção teórica de suas idéias básicas e praticamente são pouco percebidos

pelas organizações como práticas gerenciais”.

“A gestão do conhecimento são os processos de criação, renovação e

aplicação dos conhecimentos que são estratégicos na vida de uma organização”

(PINTO, 2010, p. 26). De acordo com o autor, as práticas da gestão do

conhecimento na organização são: Aprendizagem Organizacional, Gestão de

Competências, Gestão do Capital Intelectual, Educação Corporativa e Inteligência

Empresarial.

A teoria da complexidade é um olhar novo sobre as organizações. Devido às

evoluções no ambiente organizacional, o futuro das organizações está cada vez

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mais incerto, neste contexto as organizações devem estar em aprendizagem

contínua. O modelo de gestão da organização deve definir seu propósito,

estabelecer seus princípios, posicionar-se quanto às pessoas, fixar seu conceito,

moldar sua estrutura e configurar sua prática (PINTO, 2010).

O ambiente externo impõe e obriga as organizações a se adaptarem de

acordo com as mudanças, neste sentido as organizações devem ser proativas, se

adequando ao modelo de gestão do mercado atual. Segundo Chiavenato (2003), o

processo de planejamento estratégico pode auxiliar no desenvolvimento e

formulação das estratégias que afirma a evolução continuada e sustentável da

organização.

Desta forma, será feita uma abordagem em relação à gestão de micro e

pequena empresa, que é o foco da pesquisa.

3.1.3 Gestão da micro e pequena empresa

Para as micros e pequenas empresas serem competitivas no cenário

empresarial atual é necessário a disseminação do conhecimento, utilização

adequada das informações gerenciais e de ferramentas administrativas que possam

auxiliá-las. A maioria apresenta falhas em suas características estruturais e

organizacionais, tais como: deficiência de sistema de informação, decisão

centralizada, falta de visão do gerente para elaborar um planejamento estratégico,

desconhecimento de ações de marketing, a falta de treinamento e capacitação, entre

outros (MAZO, 2003).

Segundo Kruglianskas (1996), a existência de inúmeras micros e pequenas

empresas induz à melhor distribuição de renda, favorecendo a estabilidade social e

política. Possibilita maior dinamismo e aumenta as chances de alocação de recursos

mais condizente com a demanda. Além disso, leva à redução dos problemas

inflacionários, decorrentes da existência de oligopólios com grande poder sobre o

estabelecimento de preços de mercado.

É importante destacar que o surgimento das micros e pequenas empresas dá-

se através de uma pessoa com espírito empreendedor, que imagina, desenvolve e

realiza visões, produz novas idéias (SEBRAE, 2011).

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Conforme Maximiano (2007) as micros e pequenas empresas podem ser

classificadas de muitas maneiras, tais como: por tamanho, por área de atuação e

outros critérios. A seguir será exposto a classificação do porte das empresas de

acordo com o BNDES (2011).

Classificação Receita operacional bruta anual

Microempresa Menor ou igual a R$ 2,4 milhões

Pequena empresa Maior que R$ 2,4 milhões e menor ou igual a R$ 16 milhões

Média empresa Maior que R$ 16 milhões e menor ou igual a R$ 90 milhões

Média-grande empresa Maior que R$ 90 milhões e menor ou igual a R$ 300 milhões

Grande empresa Maior que R$ 300 milhões

Tabela 1: Classificação do porte das empresas

De acordo com o Sebrae (Serasa experian, 2011) as micros e pequenas

empresas representam cerca de 99% das empresas brasileiras, geram 60% dos

empregos e são responsáveis por 20% do PIB. São essenciais para economia

brasileira, devido a sua importância foi criada a lei geral para micro e pequenas

empresa para colaborar com a sua sobrevivência.

A lei 9.317, de 1996, criando o SIMPLES Nacional da micro e pequena

empresa, possibilita a unificação dos tributos municipais, estaduais e federais, além

de instituída com o objetivo de estabelecer normas gerais relativas ao tratamento

diferenciado cumprimento de obrigações trabalhistas e previdenciárias (SEBRAE,

2011). Contudo pesquisas mostram que as micros e pequenas empresas morrem

prematuramente, segundo Feldmann (2011) presidente do conselho da Pequena

empresa da Fecomercio 75% das micros e pequenas empresas no Brasil morrem

em até cinco anos, é considerado o percentual mais alto do mundo.

Contudo estudos mostram que surgem 460 mil novas empresas por ano,

sendo que a maioria é micro e pequena empresa, sendo que 80% atuam nas áreas

de serviços e comércio. Desde anos 90, a tendência mundial das grandes empresas

é terceirizar áreas consideradas essenciais na empresa, tentam fugir dos encargos

trabalhistas elevados. Outro fator que contribui para o surgimento das micro e

pequenas empresas é o desemprego ser ainda muito elevado no Brasil.

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A empresa estudada neste trabalho é classificada como uma micro empresa

no ramo de correspondente bancário. A atividade de um correspondente bancário é

atuar como agente intermediário entre os bancos e instituições financeiras

autorizadas a operarem pelo Banco Central e seus clientes finais (BACEN, 2011).

É importante destacar que muitas micro e pequenas empresas fecham antes

de completar cinco anos (Sebrae, 2010) devido à falta de planejamento, por isso

será abordado conceitos de planejamento estratégico para ser implementado na

empresa estudada.

3.2 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

Devido à grande competitividade, as organizações têm buscado ferramentas

para auxiliar seu desenvolvimento e crescimento. O planejamento estratégico

apresenta-se como uma ferramenta importante para as organizações atingirem seus

objetivos e metas estipuladas.

Existem alguns conceitos que precisam ser compreendidos durante a

fundamentação do planejamento estratégico. A partir disto, torna-se importante

conhecer o significado da palavra estratégia, bem como sua origem.

Conforme Maximiano (2010, p. 230) “a palavra estratégica é herdada dos

gregos, que a usavam para designar a arte dos generais”. Através da estratégia os

generais planejavam qual a melhor forma de derrotar seus inimigos, objetivando

sempre a vitória. O conceito de estratégia surgiu em decorrência de situações de

grande competitividade, como jogos, negócios e guerras. O autor argumenta que no

início do século XX os conceitos de estratégia passaram a ser utilizados pelas

empresas.

Para Chiavenato (2003, p. 234) a palavra estratégia, dentro do ambiente

organizacional, pode ser definida como “a mobilização de todos os recursos da

empresa no âmbito global visando atingir os objetivos no longo prazo”. Como as

empresas enfrentam diariamente um ambiente extremamente competitivo, nesta

hora é que as estratégias ajudam os gestores a combater a concorrência (LUECKE,

2009).

Segundo Oliveira (2009), com as estratégias as organizações procuram a

melhor forma de utilizar os seus recursos físicos, humanos e financeiros, tendo em

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vista a redução de problemas que possam surgir e geração de oportunidades. Desta

forma, entende-se que a prática de estratégias inteligentes, pode trazer retorno

financeiro e crescimento para a organização.

Diante do ambiente organizacional competitivo, Chiavenato (2003) afirma que

a estratégia direciona as organizações aos objetivos que pretendem alcançar. De

acordo com o exposto, entende-se que diante da imprevisibilidade do mercado, a

estratégia aponta um caminho para o gestor conduzir seu negócio. Chiavenato

(2003) sugere a utilização do planejamento estratégico no prazo de cinco anos para

alcançar os objetivos das organizações.

Segundo Ansoff e McDonnell (1993), o planejamento estratégico surgiu por

volta de 1960, devido à saturação do crescimento e a obsolescência tecnológica, as

organizações procuravam meios para sobreviver. Na visão do autor, “o planejamento

estratégico é um processo lógico e analítico de escolha da posição futura da

empresa vis-à-vis com o ambiente”, assim contribuindo para o futuro das

organizações (ANSOFF; MCDONNELL, 1993, p. 304).

O planejamento estratégico é uma ferramenta que auxilia o administrador a

estabelecer a direção a ser seguida pela organização, visando obter resultados

positivos. Neste contexto, o planejamento estratégico para Oliveira (2009, p. 17), é o

“processo administrativo que proporciona sustentação mercadológica para se

estabelecer a melhor direção a ser seguida pela empresa, visando o otimizado grau

de interação com os fatores externos e atuando de forma diferenciada e inovadora”.

Conforme Chiavenato e Sapiro (2009, p. 30), “o planejamento estratégico é

um processo de formulação e execução de estratégias organizacionais para buscar

a inserção da organização e de sua missão no ambiente onde atua”.

Para Maximiano (2010), o processo do planejamento estratégico compreende

as tomadas de decisão sobre os cursos de ação que a empresa pretende seguir,

produtos e serviços que pretende oferecer, e mercados e clientes que pretende

atingir.

A elaboração do planejamento estratégico é a melhor forma de transmitir para

a organização, mais capacidade e segurança de enfrentar situações que possam

surgir e auxiliar no alcance de metas desejadas pela organização.

Neste viés, Pereira (2010, pg. 47) coloca:

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O planejamento estratégico é um processo que consiste na análise sistemática dos pontos fortes (competências) e fracos (possibilidades de melhorias) da organização e das oportunidades e ameaças do ambiente externo, com o objetivo de formular estratégias e ações estratégicas com o intuito de aumentar a competitividade e seu grau de resolutividade.

O planejamento estratégico é amplo e envolve a organização como um todo,

é projetado para longo prazo, tendo seus efeitos e consequências por muitos anos

(CHIAVENATO; SAPIRO, 2009). Por isso, é importante frisar que o planejamento

estratégico está presente nas organizações que buscam a excelência e estão

sempre se atualizando, devido às varias mudanças que vêm surgindo no mercado.

O planejamento estratégico, conforme Pereira (2010, p. 53), “relaciona-se

com os objetivos de longo prazo e com as maneiras de alcançá-los; trata-se de

questões que afetam a organização como um todo; é um processo político que

envolve conflitos, poder e interesses”.

Para Certo e Peter (2010), estudos provam que o planejamento estratégico

aumenta a lucratividade da empresa. Os autores afirmam, ainda, que todos devem

participar do planejamento, pois só assim o compromisso se torna maior para atingir

as metas estipuladas. A organização corre menos risco de ser surpreendida por

movimentos de mercado ou ações de concorrentes.

Segundo Certo e Peter (2010), os administradores têm responsabilidades no

planejamento estratégico, tais como: definir a missão da empresa; formular a

filosofia da empresa; estabelecer políticas; estabelecer objetivos; desenvolver a

estratégia; planejar a estrutura da organização; engajar pessoas; estabelecer

procedimentos; fornecer instalações; fornecer capital; estabelecer padrões;

estabelecer programas de administração e planos operacionais; fornecer

informações de controle; e, manter o pessoal ativo.

O planejamento estratégico traz benefícios para a organização na visão de

Certo e Peter (2010), tais como: permite uma visão clara do negócio, facilita a

identificação das oportunidades de mercado, identifica a necessidade de mudanças

na organização, minimiza efeitos de mudanças indesejáveis, foca em realizar

objetivos predeterminados, aponta problemas que possam surgir, auxilia aos

administradores serem mais comprometidos com a organização, coordena as táticas

que compõem o plano, torna mais efetivo o tempo e os recursos, cria mais estrutura

para comunicação interna, contribui para motivação, entre outros.

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O planejamento estratégico é um processo gerencial, normalmente de

responsabilidade dos níveis mais altos da organização: o presidente e os diretores.

O nível médio é apresentado pelo planejamento tático e em seguida o planejamento

operacional. Segundo Pereira (2010, p. 53) “todos eles estão em sintonia com o todo

maior, que é o planejamento estratégico”.

O planejamento tático, conforme Pereira (2010, p. 54), “relaciona-se com os

objetivos de médio prazo; tem por objetivo aperfeiçoar determinada área de

resultado e não a organização como um todo; trabalha com as decomposições das

estratégias e ações estratégicas estabelecidas no planejamento estratégico”. Para

Chiavenato (2003, p. 31), o planejamento tático “envolve cada departamento com

seus recursos específicos, e preocupa-se em atingir os objetivos departamentais”.

O planejamento Operacional, na visão de Pereira (2010, p. 54), “formaliza a

ação; relaciona-se com os objetivos de curto prazo; é a formalização da metodologia

de desenvolvimento e implementação de resultados específicos, a serem

alcançados pelas áreas funcionais da organização”. De acordo com Chiavenato

(2003, p. 31) o planejamento operacional “é detalhado, específico e analítico,

envolve cada tarefa ou atividade isoladamente e preocupa-se com o alcance das

metas específicas”.

Para implementação do planejamento estratégico na organização, segundo

Certo e Peter (2010), deve-se seguir algumas etapas que serão vistas a seguir.

3.2.1 Fases de elaboração do planejamento estratégico

Conforme Oliveira (2009), para a elaboração de um planejamento estratégico

não existe uma metodologia universal que as empresas possam seguir, pois

depende muito do tamanho e tipos de operações que ela realiza. O autor comenta

que ao considerar uma metodologia de planejamento, devem-se verificar duas

possibilidades: primeiro, onde a empresa quer chegar e estabelecer como ela está

para chegar à situação que deseja; segundo, como está, para depois estabelecer

onde quer chegar. Este último é o mais utilizado.

As fases de elaboração podem seguir um roteiro, mas este deve ser adaptado

às condições e realidades da organização. Na visão de Certo e Peter (2010), o

processo de planejamento estratégico é contínuo, se inicia fora da organização e

desdobra-se dentro dela. Para os autores, a elaboração do planejamento estratégico

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deve seguir algumas etapas, tais como:

- Análise do ambiente;

- Estabelecimento das diretrizes organizacionais;

- Formulação das estratégias;

- Implementação da estratégia; e

- Controle estratégico.

As metodologias não seguem um cronograma universal, alguns autores

descrevem as etapas de elaboração numa ordem diferente da apresentada acima.

Independente da sequência que será seguida, os resultados deverão ser os

mesmos.

3.2.1.1 Análise do ambiente

De acordo com Certo e Peter (2010, p. 27), a “análise do ambiente é o

processo de monitoramento do ambiente organizacional para identificação das

oportunidades e dos riscos atuais e futuros que podem vir a influenciar a capacidade

das empresas de atingir suas metas”. Faz parte do ambiente organizacional um

conjunto de fatores internos e externos, que influenciam direta ou indiretamente no

processo de conquistar as metas e objetivos fixados pela empresa.

O ambiente estabelece o contexto histórico e espacial que a organização atua. Por um lado, sua atuação está condicionada a uma série de restrições ambientais de natureza econômica, social, política, cultural, legal e tecnológica. Por outro lado, a atuação de uma organização configura esse ambiente, seja em nível local, nacional ou global, (FERNANDES, BERTON, 2005, p. 33).

Chiavenato (2009) argumenta que o ambiente é dinâmico e mutável, qualquer

alteração na organização pode alterar fatores ambientais, o intercâmbio entre a

organização e o ambiente faz a organização funcionar como um sistema aberto.

Para a organização ser bem sucedida precisa conhecer o seu ambiente.

Logo, Andrade e Amboni (2010, p. 29) acrescentam que “é do ambiente que

as organizações obtêm recursos e informações necessárias ao seu funcionamento,

e é no ambiente que colocam o resultado de suas operações”.

Conforme Certo e Peter (2010), o ambiente de uma organização é dividido em

dois níveis: geral (externo e operacional) e interno. Pode-se destacar, também, a

matriz SWOT que é importante na análise do ambiente. Os administradores devem

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conhecer quais fatores eles incluem e entender a influência que cada fator tem no

desempenho da organização.

a) Análise do ambiente externo: Segundo Serra, Torres e Torres (2009, p. 87), “toda

organização é um sistema aberto e, por isso, sofre influências externas”. Ainda na

visão do autor, a organização deve analisar o ambiente com frequência para avaliar

sua competitividade no mercado.

Para Oliveira (2009, p. 71), a análise externa estuda o comportamento da

empresa diante das oportunidades e ameaças do ambiente externo, buscando

estabelecer a posição da empresa em relação ao seu mercado de atuação. O

ambiente externo pode ser entendido como um conjunto de variáveis incontroláveis

pela organização, composto por oportunidades e ameaças.

Neste viés, o autor explica que tanto o crescimento quanto a sustentação da

organização, depende de como o gestor aproveita as oportunidades e enfrenta as

ameaças existentes. Uma oportunidade, quando for estrategicamente aproveitada,

pode resultar no aumento dos lucros da empresa. Por outro lado, uma ameaça não

administrada corretamente, pode trazer sérios prejuízos ao negócio, alerta o autor.

Oliveira (2009, p. 68) cita as oportunidades como “variáveis externas e não

controláveis pela empresa, que podem criar condições favoráveis para empresa, em

relação a seu ambiente”. E as ameaças, para o autor, podem criar condições

desfavoráveis para a empresa.

Para Certo e Peter (2010) o ambiente geral é composto pelo ambiente

externo e operacional. De acordo com o autor, o ambiente externo é formado por

componentes que a organização não tem controle, são eles:

- Econômico: indica como os recursos são distribuídos e utilizados no ambiente.

Exemplos: Produto interno bruto (PIB), taxas de inflação, taxas de juros, tributos,

despesas, etc.

- Social: descreve as características da sociedade. Exemplos: Níveis educacionais,

costumes, estilo de vida, distribuição geográfica, etc.

- Político: abrange os elementos relacionados a decisões governamentais.

Exemplos: Aprovação de leis, plataforma de partidos políticos, estilo de governo,

atitudes do governo diante de industriais, etc.

- Legal: é a legislação aprovada, ou seja, as regras ou leis que todos da sociedade

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devem seguir. Exemplos: Lei de Proteção do Consumidor n º 8.078, de 11 de

setembro de 1990, lei de Defesa da Concorrência n º 8.158, de janeiro de 1991,

entre outras.

- Tecnológico: são as novas abordagens para a produção de mercadorias e

serviços, como procedimentos e equipamentos novos. Exemplo: utilizar robôs para

melhorar a produtividade.

Conforme Certo e Peter (2010), o nível operacional faz parte do nível geral,

seus principais componentes são:

- Clientes: refletem as características e atitudes daqueles que compram produtos e

serviços fornecidos pela organização. O desenvolvimento de tais perfis colabora

para a administração gerar idéias de aceitação de produtos e serviços. Para Oliveira

(2009), a análise em relação aos clientes deve considerar qual a renda pessoal,

onde estão localizadas, como se comportam, quais as tendências, etc.

- Concorrência: De acordo com os autores, entender os concorrentes é um fator

chave para o desenvolvimento do planejamento estratégico, analisar o ambiente

competitivo é fundamental para a empresa. O propósito da análise da concorrência é

avaliar os pontos fortes e fracos da organização. Logo, para Oliveira (2009), os

concorrentes devem ser analisados: quem é, qual a tecnologia que o concorrente

utiliza, qual o faturamento, volume de vendas, entre outros.

- Mão-de-obra: é composto de fatores que influenciam a disponibilidade de mão-de-

obra para realizar as tarefas organizacionais necessárias. Exemplos: Nível de

conhecimento, treinamento, etc.

- Fornecedor: é responsável por fornecer recursos para a organização. Esses

recursos são transformados em mercadorias e serviços durante o processo

produtivo. Alguns aspectos a serem analisados, de acordo com Oliveira (2009), em

relação aos fornecedores são: quem são, quantos são, onde estão localizados, seus

preços, a qualidade dos produtos e serviços, etc.

- Internacional: implicações internacionais das operações organizacionais. Nem

todas as empresas lidam com questões internacionais.

b) Análise do ambiente interno: Conforme Pereira (2010), a análise interna é

composta pelos pontos fortes e fracos da empresa. O primeiro refere-se a

características ou recursos disponíveis da organização, que facilitam o resultado. É

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uma variável controlável, pois a organização pode agir sobre o problema. Os pontos

fracos, para o autor, são características ou limitações das organizações que

dificultam a obtenção de resultado.

De acordo como Oliveira (2009), a análise interna tem o objetivo de expor as

deficiências e qualidades da empresa, isto significa apontar o que ela faz de melhor

e também o que ela está fazendo de errado. A análise interna procura identificar os

pontos fortes e fracos a fim de melhorá-los. Eles podem ser definidos como variáveis

controláveis pela organização, ou seja, variáveis que estão dentro do alcance de

atuação do gestor.

Segundo Certo e Peter (2010, p. 34) “os componentes do ambiente interno

são mais facilmente perceptíveis e controláveis na organização” diferente do

ambiente externo. Conforme o autor para estabelecer os pontos fortes e fracos os

executivos devem analisar alguns aspectos, tais como: organizacionais, pessoal,

marketing, produção e financeiro.

Para Chiavenato e Sapiro (2009, p. 120) ao fazer a análise interna deve-se

“olhar para dentro da organização no sentido de analisar suas potencialidades e

forças, de um lado, e suas fragilidades e fraquezas de outro”. Desta forma pode-se

fazer uma avaliação dos pontos fortes que precisam ser mais explorados e dos

pontos fracos que precisam ser aprimorados ou corrigidos.

O ambiente interno das organizações é um “sistema social estruturado e em

estruturação contínua, com divisão de trabalho distribuída junto às pessoas para

facilitar o alcance de seus objetivos. Assim, o ambiente interno é caracterizado por

objetivos, atividades, pessoas, processos e recursos” (ANDRADE; AMBONI, 2010,

p. 24).

c) Análise SWOT: A análise SWOT, de acordo com Pereira (2010), é a junção da

análise externa com a análise interna. O autor explica que a palavra SWOT vem da

língua inglesa e é formada pelas iniciais de quatro palavras, são elas: Strenght,

Weaknesses, Opportunities, e Threats. Em português pode ser traduzida como

matriz FOFA: Pontos Fortes, Oportunidades, Pontos Fracos e Ameaças.

Segundo Serra, Torres e Torres (2009, p. 120), “a função primordial da análise

SWOT é possibilitar a escolha de uma estratégia adequada, para que se alcancem

determinados objetivos, a partir de uma avaliação crítica dos ambientes interno e

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externo da empresa”. Ainda, de acordo com os autores, ela surgiu na década de

1960 e foi fundamental para o planejamento estratégico.

A matriz SWOT é composta de quatro elementos: pontos fortes, pontos

fracos, oportunidades e ameaças.

Os pontos fortes são os aspectos positivos da organização em relação ao seu

produto e serviço (SILVA et al, 2010). Para Chiavenato e Sapiro (2009), devem-se

sugerir políticas de ações ofensivas para aproveitar as oportunidades identificadas.

Neste contexto, Luecke (2009) coloca que os pontos fortes são capacidades

que permite a empresa um bom desempenho, capacidades que precisam ser

alavancadas. Serra, Torres e Torres (2009), ainda destacam alguns aspectos que

podem ser considerados como pontos fortes em uma empresa: condição financeira,

estratégia, marca, tecnologia, vantagens de custo, bom serviço ao cliente, entre

outros.

Os pontos fracos são os aspectos negativos da organização com relação ao

que os pontos fracos revelam que as fragilidades da organização dificultam o

aproveitamento do ambiente. Para Luecke (2009), são características que impedem

que sua empresa tenha um bom desempenho.

Os autores Serra, Torres e Torres (2009) acrescentam alguns aspectos

relacionados aos pontos fracos, tais como: falta de estratégia, custo mais alto que os

concorrentes, falta de habilidades, lucros reduzidos, atrasos, problemas

operacionais, entre outros.

As oportunidades são os aspectos mais positivos para a organização em

relação ao mercado, para o seu produto ou serviço. São variáveis incontroláveis pela

organização (SILVA et al, 2010). Desta forma, Chiavenato e Sapiro (2009) colocam

que as oportunidades indicam que as forças da organização devem criar barreiras

às ameaças do ambiente externo, através das políticas de segmentação.

Neste contexto, para Luecke (2009), as oportunidades são tendências, forças,

eventos e idéias de que sua empresa pode tirar proveito. Os aspectos que

influenciam as oportunidades na visão de Serra, Torres e Torres (2009), são: novos

clientes, expansão da linha de produtos, exploração de novas tecnologias, etc.

As ameaças são os aspectos externos mais significativos para a insegurança

quanto ao sucesso do seu produto ou serviço (SILVA et al, 2010). Na visão de

Chiavenato e Sapiro (2009) as ameaças revelam as fraquezas da organização.

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Segundo Luecke (2009), as ameaças são eventos ou forças possíveis que estão

fora de seu controle e requerem que sua empresa planeje ou decida como suavizar.

Alguns aspectos que compõe as ameaças de acordo com Serra, Torres e Torres

(2009), são: novos concorrentes fortes, queda de crescimento, perda de vendas,

mudanças nas taxas, mudanças nas políticas, etc.

Os pontos fortes e fracos são variáveis controláveis pela organização, já as

oportunidades e ameaças são variáveis incontroláveis pela organização. De acordo

com Pereira (2010), é importante aplicar a matriz SWOT na organização, pois ela

permite ter uma visão geral e profunda da situação. Para Luecke (2009), a análise

SWOT permite planejar melhor o futuro da organização

.

3.2.1.2 Estabelecimento das diretrizes organizacionais

De acordo com Certo e Peter (2010) o estabelecimento das diretrizes

organizacionais é a etapa do planejamento estratégico que estabelece à missão, a

visão, valores e objetivos organizacionais. Só depois da análise do ambiente é que

os administradores são capazes de formular a missão e estabelecer os objetivos.

a) Missão: Toda organização precisar saber claramente qual a sua missão, ou seja,

por que a empresa existe. A missão estabelece a razão de ser da organização, faz

entender qual necessidade do mercado a empresa atende, ou qual a sua utilidade

para o cliente (CERTO; PETER, 2010). De acordo com Oliveira (2009, p. 107), a

missão da empresa “é uma forma de se traduzir determinado sistema de valores e

crenças em termos de negócio e áreas básicas de atuação, considerando as

tradições e filosofias administrativas da empresa”.

Para Fernandes e Berton (2005), a missão possui um caráter inspirador e

motivacional, a organização pode expressar a missão de forma criativa, para

incentivar os colaboradores, para que eles vejam que vale a pena dedicar seu tempo

e esforços na organização. O autor coloca ainda, que a missão deve ser a mais

perene possível, pois caracteriza a identidade da organização e serve para

comunicar tanto os colaboradores como o público externo através de slogan.

Conforme Pereira (2010, p. 81), “a missão visa comunicar interna e

externamente o propósito do seu negócio”. Segundo ele a organização deve

estabelecer a missão, pois ajuda a concentrar esforços em uma direção comum,

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atua como base para o desenvolvimento e objetivos organizacionais, etc.

No mesmo pensamento, Serra, Torres e Torres (2009, p. 78), “missão é a

explicação por escrito das intenções e aspirações da organização. O objetivo de

uma missão é difundir o espírito da empresa”. Neste viés, Silva et al (2006, p. 28), “a

missão é definida de forma factível e estimuladora, orientada para o futuro a partir do

presente, com a intenção de ser permanente. É o ponto de partida, identifica o

negócio, dando rumo à organização”.

Chiavenato (2009, p. 83) especifica alguns aspectos que a missão deve contemplar:

A razão de ser da organização, o papel da organização na sociedade, a natureza do negócio da organização, o valor que a organização constrói para seus públicos de interesse e os tipos de atividade em que a organização deve concentrar seus esforços no futuro.

Certo e Peter (2010) especificam algumas informações que devem ser

contidas na missão, como: produto ou serviço da empresa, mercado que atua,

tecnologia, objetivos, filosofia, autoconceito e imagem pública da empresa.

Por fim, para Andrade e Amboni (2010, p. 57) a missão “serve também de

critério geral para orientar a tomada de decisão, visando o alinhamento dos

objetivos, das estratégias e dos planos de ações; concentrar os esforços das

pessoas para uma direção comum”.

b) Visão: A visão da empresa, segundo Oliveira (2009, p. 65), “é conceituada como

os limites que os proprietários e principais executivos da empresa conseguem

enxergar dentro de um período de tempo mais longo e uma abordagem mais ampla”.

Nesse contexto, de acordo com o autor, ela proporciona o traçado do planejamento

estratégico a ser desenvolvido e implementado pela empresa.

De acordo com Pereira (2010, p. 87) a visão “funciona como uma bússola,

mostrando a direção na qual a organização está caminhando. Além de apontar o

caminho para o futuro, faz com que ela queira chegar lá; e representa suas maiores

esperanças e os seus mais expressivos sonhos”. Conforme o autor, a visão deve ser

elaborada a partir de alguns elementos, tais como: chamar a atenção das pessoas,

ser fácil de comunicar, de ler e entender, ser clara e concreta, inspirar e motivar os

funcionários, mostrar onde a organização quer chegar.

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Para os autores, Silva et al (2006, pg. 20), a visão “é o ponto de partida do

planejamento estratégico. É o que se idealiza para a empresa. A declaração de

visão das organizações deve ser construída com base nos seus valores, sonhos e

desejos, para servir como um norte aos esforços coletivos de seus colaboradores”.

Segundo Serra, Torres e Torres (2009, p. 72) “a visão deve, sobretudo, ser coerente

e criar uma imagem clara do futuro e gerar compromisso com o desempenho”.

c) Valores: Para Chiavenato (2009), é um conjunto de conceitos, filosofias e crenças

gerais que a organização respeita. São ideais que servem de orientação e

inspiração para todas as gerações futuras dentro da organização. Correspondem

aos atributos e as virtudes prezadas pela organização, como prática da

transparência, respeito à diversidade e respeito ao meio ambiente.

Neste viés, Andrade e Amboni (2010) colocam que os valores são orientados

para a tomada de decisão, define o caráter e o modo de ser de uma organização. Os

valores têm a função de orientar a vida da organização e guiar o comportamento dos

seus colaboradores.

Conforme Silva et al (2009), as empresas que tem valores positivos levam

vantagens sobre as demais, pois no momento de crise eles são muito importantes.

Todos na organização devem compartilhar os mesmos ideais. Valores indefinidos na

organização criam ausência de ética, crenças e ideais.

Os valores da organização devem ser elaborados pela equipe do

planejamento estratégico, e logo após deve-se fazer um cartaz, escrito de forma

legível e fixar no mural para que seja visível a todos os colaboradores (PEREIRA,

2010).

d) Objetivos organizacionais: Para Certo e Peter (2010, p. 59), “um objetivo

organizacional é uma meta para a qual a organização direciona seus esforços”.

Logo, Andrade e Amboni (2010, p. 63), expressam que “o objetivo pode ser

compreendido como uma situação futura que a organização, como um todo, deseja

atingir”.

“Um objetivo é um alvo futuro a atingir, uma meta a alcançar, um desejo

sonhado ou uma expectativa que se pretende realizar em função de um período de

tempo” (CHIAVENATO; SAPIRO, 2009, p. 226). Para Oliveira (2009, p. 141),

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“objetivo é alvo ou ponto quantificado, com prazo de realização e responsável

estabelecidos, que se pretende alcançar através de esforço extra”.

De acordo com Serra, Torres e Torres (2009), os objetivos “são marcos que

definem o desempenho desejado em relação aos aspectos estratégicos e auxiliam a

empresa a ter como foco os resultados”.

Na visão de Certo e Peter (2010, p. 60), “os objetivos fornecem o fundamento

para o planejamento, a organização, a motivação e o controle. Sem os objetivos e

uma comunicação efetiva, a organização pode tomar qualquer direção”.

Argumentam os autores, que os administradores devem usar objetivos para

orientar na tomada de decisão. Esses objetivos servem de guia para aumentar a

eficiência organizacional e para avaliação do desempenho. Os objetivos podem ser

de curto prazo (período para alcançar as metas de dois anos) e longo prazo (período

para alcançar as metas de três ou mais anos). Desta forma, “uma empresa pode ter

diversos objetivos e uma das tarefas do executivo é determinar o grau de

importância de cada um deles” (OLIVEIRA, 2009, p. 145).

Para Andrade e Amboni (2010) as áreas de interesse na formulação dos

objetivos organizacionais são: serviço ao cliente, serviço comunitário, relação com

os acionistas, obrigações dos empregados/administração e comunicações

corporativas. Conforme Certo e Peter (2010, p. 61), “oito áreas-chave devem ser

abordadas pelos objetivos organizacionais”: posicionamento no mercado, inovação,

produtividade, níveis de recursos, lucratividade, desempenho e desenvolvimento dos

executivos, desempenho e atitudes dos funcionários e responsabilidade social.

Os objetivos organizacionais devem ser específicos, devem exigir esforços

dos funcionários para conquistá-los, devem ser atingíveis, flexíveis, mensuráveis e

consistentes no longo e curto prazo (CERTO; PETER, 2010). Para Oliveira (2009),

os objetivos devem ser hierárquicos, quantitativos, realistas, consistentes, claros,

comunicados, utilitários, entre outros.

A vantagem dos objetivos para a organização, para Fernandes e Berton

(2005), é concentrar esforços nos resultados evitando desperdícios, dispor de um

sistema de indicadores de gestão, propiciar o aprendizado e firmar base para as

estratégias.

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3.2.1.3 Formulação das estratégias

“As estratégias organizacionais são formuladas pela alta administração e

projetadas para alcançar os objetivos globais da empresa” (CERTO; POTER, 2010,

p. 79). Para Silva et al (2006), a necessidade da formulação da estratégia para a

organização é importante para ela se posicionar de forma competitiva e sustentável,

realizar atividades diferentes dos concorrentes ou de maneira diferente, desenvolver

competitividade que não possa ser copiada. A empresa deve ser diversificada, e

oferecer valores diferentes dos que existem no mercado.

Os processos de formação de estratégias envolvem estudar, questionar, perguntar, ouvir e falar, evitando compromissos irreversíveis. É necessário estruturar conscientemente a flexibilidade, já que ninguém consegue prever a forma ou o momento de todas as ameaças e oportunidades importantes que uma organização pode encontrar (ANDRADE, AMBONI, 2010, p. 70).

De acordo com Chiavenato e Sapiro (2009), diante da concorrência atual a

organização deve buscar conjuntos de estratégias para se manter competitiva, são

elas: excelência operacional, liderança de produto e intimidade com o cliente.

Conforme Mintzberg et al (1970, apud Oliveira, 2009, p. 50), a formulação das

estratégias depende de vários fatores e condições que mudam constantemente, tais

como: a estratégia evolui e muda com o tempo; a estratégia pode ser para solução

de problemas ou procura de novas alternativas; elas não são programadas nem

previstas; são tomadas conforme as oportunidades e os problemas que ocorrem,

etc.

Existem alguns modelos estratégicos que “atuam como ferramenta que apóia

a tomada de decisão, estimulando e inspirando estratégias, a partir de suas

premissas” (CHIAVENATO; SAPIRO, 2009). A seguir são apresentados alguns

modelos de diferentes autores:

a) Modelo segundo Certo e Peter (2010):

- Estratégia de concepção: a organização enfoca uma única linha de negócios.

- Estratégia de estabilidade: a organização se concentra em sua linha ou linhas de

negócios existentes e tenta mantê-las.

- Estratégias de crescimento: as organizações buscam crescimento nas vendas, nos

lucros, fusões, diversificação e joint Ventures.

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- Estratégia de redução de despesa: torna-se necessário quando a organização está

ameaçada e sua eficiência está comprometida.

b) Modelo segundo Serra, Torre e Torres (2009):

- Alianças e parcerias: as organizações fazem alianças e parcerias para melhorar

sua competitividade, reduzir custos, etc.

- Fusões, aquisições e cisões: na fusão duas empresas se juntam para formar uma

terceira, com um novo nome. Aquisição é a compra de uma empresa por outra.

Ambas são muito utilizadas, as operações podem ser mais integradas e mais

autônomas do que na parceria, trás benefícios como melhores capacitações,

redução de custos, mais recursos financeiros, etc. Já cisão, é a divisão de uma

empresa. Tem o intuito de valorizar e dar mais autonomia as unidades.

- Integração vertical: extensão das operações de uma empresa, dentro do ramo em

que atua em direção a seus fornecedores ou a seus clientes.

- Desintegração e terceirização: a organização visa reduzir custos, aumentar a

competitividade e ganhar flexibilidade. Ao reduzir as atividades da empresa para

haver concentração nas operações e processos centrais, a organização ganha foco

e diminui de certa forma, seus riscos e custos.

c) Modelo segundo Ansoff (1965, apud CHIAVENATO, SAPIRO, 2009):

- Estratégia de penetração de mercado: A organização tenta vender mais dos seus

produtos para o mercado.

- Estratégia de desenvolvimento de mercado: A organização vende seus produtos

atuais para o mercado atual e novos.

- Estratégia de desenvolvimento de produto: exige que a organização desenvolva

novos produtos.

- Estratégia de diversificação: A organização desenvolve novos produtos para

vender em novos mercados.

d) Modelo segundo Miles e Snow (apud MAXIMIANO, 2010)

- Comportamento defensivo: este comportamento é característico em organizações

com foco estreito, não procuram oportunidades novas ou atuam de forma diferente

do que estão acostumados.

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- Comportamento prospectivo: este comportamento é a marca das empresas que

procuram novas oportunidades no mercado e procuram lidar com as ameaças de

mercado.

- Comportamento analítico: é característico das organizações que atuam em dois

mercados, mercado estável e de mudança.

- Comportamento de reação: caracteriza as empresas que atuam em mercados

turbulentos, em constante mudança e que os administradores são incapazes de dar

respostas eficazes.

e) Modelo segundo Porter (1989, apud MAXIMIANO, 2010)

- Diferenciação: a estratégia de diferenciação consiste em projetar uma identidade

própria para produtos e serviços, que os torne distintos dos concorrentes.

- Liderança do custo: o objetivo da estratégia da liderança do custo é oferecer um

produto e serviço mais barato.

- Foco: esta estratégia consiste em escolher um segmento de mercado e concentrar-

se nele.

Porter (apud Certo e Peter, 2010), propõe a análise das cinco forças

competitivas, conforme a figura abaixo:

Figura 2: As cinco forças competitivas de Porter.

Fonte: Adaptada de Porter, 1986.

- Ameaça de entrada de novos participantes: Empresas que entram em determinado

setor econômico querem obter participação no mercado e nos lucros, porém

enfrentam algumas barreiras. As empresas, já experientes, têm vantagens em

relação as que estão entrando. Em geral, quanto maiores às barreiras à entrada,

menor a possibilidade de entrada de outras empresas (CERTO; PETER, 2010). De

acordo com Mintzberg, Ahlstrand e Lampel (2000) as barreiras que as organizações

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devem superar são: economia de escala, requisitos básicos de capital e lealdade

dos clientes às marcas estabelecidas.

- Poder de barganha dos fornecedores: os fornecedores podem representar um risco

competitivo, pois podem aumentar o preço da matéria-prima ou reduzir sua

qualidade (CERTO; PETER, 2010). Consequentemente pode influenciar mais ou

menos, dependendo da empresa. Para Mintzberg, Ahlstrand e Lampel (2000),

devido aos fornecedores cobrarem preços elevados por seus produtos, surge uma

luta de poder entre fornecedores e organização, tendo vantagem quem possui mais

opções, assim como menos a perder, com o término da relação.

- Poder de barganha dos Compradores: os compradores podem forçar uma baixa

dos preços, podem barganhar por melhor qualidade ou mais serviços, podendo jogar

um concorrente contra outro (CERTO; PETER, 2010). Neste viés, Mintzberg,

Ahlstrand e Lampel (2000), argumentam que os clientes em geral querem que os

preços baixem ou que a qualidade suba. Logo, Torres, Serra e Serra (2009) colocam

que os compradores têm poder quando: concentram as compras de grandes

volumes, não houver beneficio econômico para o comprador, etc.

- Ameaça de produtos substitutos: Conforme Certo e Peter (2010), todas as

empresas competem com empresas que produzem produtos substitutos. Estes

limitam o retorno desejável, impondo um teto aos preços que as empresas podem

cobrar com lucro. Na visão de Torres, Serra e Serra (2009) os produtos substitutos

só tem poder quando: oferecem vantagens de preço em relação aos existentes e

proporcionam vantagens de desempenho custo/benefício, evidentes. Segundo

Mintzberg, Ahlstrand e Lampel (2000) quando uma organização inova, outra pode

sofrer.

- Rivalidade entre concorrentes existentes: De acordo com Certo e Peter (2010) as

empresas tentam atrair os clientes umas das outras. Elas competem com preços,

propagandas, introdução de novos produtos e melhores serviços aos consumidores,

com intenção de ganhar o cliente da concorrência. Para Serra, Torres e Torres

(2009), a rivalidade entre concorrentes pode ser considerada a mais significativa das

cinco forças. Os autores, Mintzberg, Ahlstrand e Lampel (2000), colocam que as

empresas manobram para conquistar posições e podem atacar umas as outras,

concordar ou até formar alianças.

De acordo com Porter (apud Certo e Peter, 2010, p. 92), “a análise dessas

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cinco forças deve moldar o desenvolvimento da estratégia de negócios”. Neste viés

os autores argumentam ainda que a chave para a formulação da estratégia é

analisar as oportunidades e restrições do setor. Há varias tipos de estratégias que

podem ser analisadas, uma delas são as estratégias funcionais que, na visão de

Certo e Peter (2010), variam de empresa para empresa, contudo as principais são:

estratégia de pesquisa e desenvolvimento, estratégia de operações, estratégia

financeira, estratégia de marketing e estratégia de recursos humanos.

Para Fernandes e Berton (2005), além das estratégias funcionais já

mencionadas, há também a estratégia de qualidade. Para o autor as estratégias

funcionais são o detalhamento da estratégia corporativa ou de negócio para as

áreas funcionais.

Conforme os autores Certo e Peter (2010), os critérios que devem ser

seguidos para a escolha da estratégia são: corresponder ao ambiente externo,

envolver uma vantagem competitiva, ser consciente com outras estratégias da

organização, fornecer flexibilidade adequada para a organização, estar de acordo

com a missão e os objetivos da organização e possa ser realizada.

3.2.1.4 Implementação das estratégias

De acordo com Maximiano (2010, p. 232) “implementação é o processo de

colocar em prática, acompanhar, controlar e avaliar a estratégia”.

É hora de definir efetivamente o que será realizado, escolher e selecionar ações que viabilizem implantar a estratégia e atingir os objetivos propostos. Estas ações devem formar um conjunto orgânico e sistemático, compondo um programa de ação (Silva et al, 2006, p. 105).

Para Certo e Peter (2010), a implantação do planejamento estratégico deve

seguir cinco estágios: determinar quanto a organização terá de mudar a fim de

implementar a estratégia em consideração; analisar a estrutura formal e informal da

organização; analisar a “cultura” da organização; selecionar uma abordagem

apropriada para implementar a estratégia; implementar a estratégia e avaliar os

resultados.

Nesse contexto, Fernandes e Berton (2005) argumentam que para

implementar uma estratégia, deve haver mudanças na organização. Essas

mudanças envolvem transformações na estrutura, nas pessoas e nos processos

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organizacionais.

Conforme Maximiano (2010), para ser colocada em prática, a implementação

da estratégia deve se desdobrar em outros planos e meios. Os principais são:

planejamento nas áreas funcionais, políticas, planos operacionais, projetos e

estrutura organizacional.

Silva et al (2006) argumenta que para implementar o planejamento

estratégico é fundamental o apoio e o suporte dos executivos da organização. Para

a implementação ser efetiva, a estrutura interna da organização, suas políticas,

procedimentos e recursos devem estar de acordo com as exigências da estratégia

que serão implantadas.

Na visão do autor a organização deve tomar cuidado com alguns erros que

podem ser cometidos na implementação, tais como: definição insuficiente das

responsabilidades, contradição estrutural, falha na comunicação interpessoal e

endomarketing, alocação inadequadas de recursos, influências políticas,

incompetência gerencial ou operacional, erro no cronograma, etc.

No pensamento de Certo e Peter (2010) a experiência dos administradores é

importante para a interação com outras pessoas, na alocação de recursos, no

monitoramento dos processos em direção aos objetivos da organização. Eles são

capazes de supervisionar a implantação da estratégia e avaliar o processo,

adotando ações corretivas quando for necessário.

3.2.1.5 Controle estratégico

Exercer controle é uma parte importante do trabalho de cada administrador.

Controlar é fazer com que algo aconteça da forma como foi planejado (CERTO;

PETER, 2010).

Neste viés, Oliveira (2009) argumenta que controle é a função do processo

administrativo, que procura mensurar e avaliar o desempenho e o resultado das

ações, com a intenção de realimentar os tomadores de decisões, de forma que

possa reparar ou reforçar esse desempenho ou interferir em outras funções do

processo administrativo, para assegurar que os resultados satisfaçam as metas, os

desafios e os objetivos estabelecidos.

Para Chiavenato e Sapiro (2009, p. 326), “a essência do controle reside em

verificar se a atividade controlada está ou não alcançando os resultados desejados.

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A função controle como etapa do processo de planejamento estratégico é assegurar

que o desempenho real alcance os resultados”. O autor argumenta que o controle

estratégico funciona em nível corporativo, os controles táticos funcionam no nível

intermediário e os controles operacionais funcionam na base da organização, cada

qual no seu nível de organização, sendo que eles se interligam e se entrelaçam.

De acordo com Certo e Peter (2010), a finalidade do controle estratégico é

ajudar a alta administração a atingir as metas organizacionais, monitorando e

avaliando o processo. Este processo resulta em uma avaliação da análise do

ambiente, estabelecimento das diretrizes organizacionais, na formulação das

estratégias e na implementação da estratégia. O controle fornece o feedback desse

processo, que é fundamental para verificar se todas as etapas estão funcionando

adequadamente.

O processo do controle estratégico segundo Certo e Peter (2010) deve seguir

três etapas:

Etapa 1 - Medir o desempenho organizacional: antes de iniciar o controle

estratégico, os administradores devem verificar o desempenho atual da organização

utilizando auditorias e métodos de mediação organizacional qualitativa e

quantitativa.

Etapa 2 - Comparar o desempenho organizacional com os objetivos e os padrões

estabelecidos: os padrões são estabelecidos para refletir os objetivos, que indicam

os níveis aceitáveis de desempenho.

Etapa 3 - Determinar a ação corretiva necessária: é definida como uma mudança

que o administrador faz no funcionamento de uma organização para garantir que ela

alcance os objetivos de modo efetivo e eficiente e trabalhe de acordo com os

padrões estabelecidos.

Para Chiavenato e Sapiro (2009) o processo de controle estratégico se

caracteriza em quatro etapas:

Etapa 1 - Estabelecimento de objetivos ou padrões de desempenho: Nesta etapa

deve se estabelecer os objetivos ou padrões que deseja manter.

Etapa 2 - Avaliação de desempenho: o objetivo da avaliação de desempenho e

verificar se os resultados estão sendo obtidos e quais as correções necessárias a

serem feitas.

Etapa 3 - Comparação do desempenho com o objetivo ou padrão: a comparação

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dos resultados é feita através de gráficos, relatórios, índices, etc.

Etapa 4 - Ação corretiva: Visa assegurar que tudo seja feito de acordo com o que se

pretendia fazer.

Muitos autores utilizam para o controle estratégico o Balanced Scorecard

(BSC). Segundo Kaplan e Norton (1997, apud, Silva et al, p. 123):

O BSC é um modelo de integração da gestão corporativa, tanto no curto quanto no longo prazo, avaliando simultaneamente todas as unidades estratégicas de negócios e gerando para a administração uma melhoria constante no nível de conhecimento de toda a cadeia de valor da empresa.

Para Fernandes e Berton (2005, p. 186) o BSC “pode ser uma ferramenta

adequada para avaliar e controlar a execução dos objetivos traçados para a

empresa, mas, primordialmente, é um instrumento para provocar a mudança e tornar

a empresa mais flexível e mais transparente”.

“Os principais objetivos do BSC são: esclarecer e traduzir a visão e a

estratégia; comunicar e associar objetivos estratégicos; planejar, estabelecer metas

e alinhar as iniciativas; melhorar o feedback e o aprendizado estratégico”

(ANDRADE; AMBONI, p. 74). A figura abaixo mostra as quatro perspectivas do BSC

segundo Kaplan e Norton (1997).

Figura 3: Perspectivas do BSC

Fonte: Kaplan e Norton, 1997.

As perspectivas do Balanced Scorecard são: financeira, cliente, processos

internos e aprendizado e crescimento.

A perspectiva financeira, segundo Andrade e Amboni (2010), permite que os

executivos especifiquem os indicadores que serão avaliados para o sucesso da

organização em longo prazo e também as variáveis consideradas importantes para

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criar e impulsionar os objetivos de resultado em longo prazo. De acordo com Serra,

Torres e Torres (2009, p. 153), “os indicadores de desempenho financeiro nos

informam se a estratégia da empresa está contribuindo para a melhoria dos

resultados financeiros”. Para Fernandes e Berton (2005, p. 188), “os principais

indicadores e metas estabelecidas pela empresa no campo financeiro dizem respeito

ao crescimento e à composição do mix de receita, à relação de custos, à melhoria

de produtividade e a administração dos riscos”.

Na perspectiva dos clientes, segundo Fernandes e Berton (2005), os

indicadores mais utilizados na perspectiva dos clientes dizem respeito à participação

de mercado, à satisfação, captação e a retenção de clientes. Desta forma, Andrade

e Amboni (2010), colocam que os gestores procuram focar os objetivos de mercado

no segmento que pretende atingir e os clientes que desejam conquistar. Conhecer

os clientes é fundamental para atingir o objetivo de satisfação e retenção de clientes,

exige ouvir o cliente, conhecer o que gosta e verificar se os produtos que estão

sendo ofertados atendem suas necessidades, etc.

Na perspectiva dos processos internos, conforme Fernandes e Berton (2005,

p. 189), “o modelo do BSC busca avaliar o grau de inovação nos processos de

gestão que a empresa possui e o nível de qualidade das suas operações”. Na visão

de Andrade e Amboni (2010) os gestores devem definir uma cadeia de valores

referentes aos seus processos em torno dos processos de inovação, processo de

operação e serviço pós-venda.

O objetivo da perspectiva do aprendizado e crescimento, Segundo Serra,

Torres e Torres (2005), é que oferece a infra-estrutura que possibilita a conquista

dos objetivos ambicionados nas outras três perspectivas, esses objetivos são

impulsionadores e levam aos resultados. De acordo com o autor é importante

investir em equipamentos, em pesquisa de novos produtos, em sistemas e nos

recursos humanos da organização.

Para Fernandes e Berton (2005), essa perspectiva corresponde à capacidade

que a empresa possui em manter seu capital intelectual com motivação, satisfação

interna e produtividade. É usada também para avaliar o nível de criatividade e

alinhamento estratégico dos colaboradores em busca de racionalização de

processos, de agregação de valor de produtos, serviços e clientes da empresa.

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4 METODOLOGIA

O método utilizado na pesquisa cientifica é fundamental, pois permite ao leitor

uma análise da viabilidade e de sua cientificidade. Desta forma serão expostos a

seguir as etapas da pesquisa, informando como, quando, em que condições, com

que instrumentos a investigação e análise foram realizadas.

4.1 NÍVEIS DE PESQUISA

De acordo com Souza, Fialho e Otani (2007), “uma pesquisa é um processo

de construção do conhecimento que tem como meta principal gerar novos

conhecimentos e/ou corroborar ou refutar algum conhecimento preexistente”.

Quanto à natureza da pesquisa, é uma pesquisa aplicada, pois tem como

objetivo “gerar conhecimento para aplicação prática e dirigida à solução de

problemas específicos. Envolve verdades e interesses locais, tendo como propósito

resolver um problema especifico” (SOUZA; FIALHO; OTANI, 2007, p. 38).

A abordagem do problema segundo Silva e Menezes (2005, apud Souza,

Fialho, Otani, 2007) pode ser quantitativa ou qualitativa. O presente trabalho

caracteriza-se por apresentar uma abordagem qualitativa, pois, não requer o uso de

métodos e técnicas estatísticas.

“A pesquisa qualitativa é uma relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito [...]. O ambiente natural é a fonte direta para a coleta de dados e o pesquisador é o instrumento chave [...]. Os pesquisadores tendem a analisar seus dados indutivamente. O processo e seu significado são os focos principais da abordagem” (SOUZA; FIALHO; OTANI, 2007, p. 40).

Conforme Richardson (1999 apud Beuren, 2006, p. 91) uma metodologia com

abordagem qualitativa “podem descrever a complexidade de determinado problema,

analisar a interação de certas variáveis, compreender e classificar processos

dinâmicos vividos por grupos sociais”. Destaca também que podem “contribuir no

processo de mudança de determinado grupo e possibilitar, em maior nível de

profundidade, o entendimento das particularidades do comportamento dos

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indivíduos”.

Quanto aos objetivos essa pesquisa pode ser caracterizada como um estudo

exploratório e descritivo. O estudo exploratório consiste em explorar o tema. Para Gil

(2009, p. 38), “visa proporcionar maior familiaridade com o problema no intuito de

explicitá-lo ou construir hipótese”. Normalmente “é a primeira etapa de uma

investigação maior que também abrangerá outros níveis de pesquisa.” (ACEVEDO,

C.R. et al, 2007, apud SILVA; KARKOTLI, 2011, p. 87).

Logo, o estudo descritivo “trata-se da descrição do fato ou fenômeno através

de levantamentos ou observação” (SOUZA; FIALHO; OTANI, 2007). Para GIL (2009)

descreve as características de uma população ou estabelecimento entre variáveis,

tais como: níveis de renda, nível de atendimento, crenças de uma população,

condições de habitação de seus habitantes, entre outras. Neste contexto Andrade

(2002 apud Beuren, 2006, p. 81) “destaca que a pesquisa descritiva preocupa-se em

observar os fatos, registrá-los, analisá-los, classificá-los e interpretá-los, e o

pesquisador não interfere neles”.

O estudo descritivo é direcionado a pesquisadores que tem conhecimento a

respeito dos fenômenos e problemas estudados (DENCKER, 2000 apud SILVA;

KARKOTLI, 2011), “exige do pesquisador uma delimitação precisa de técnicas,

métodos, modelos e teorias que orientarão a coleta e interpretação dos dados, cujo

objetivo é conferir validade cientifica à pesquisa” segundo Triviños (1987 apud

BAUREN, 2006, p.81).

4.2 DELINEAMENTO DA PESQUISA

O delineamento da pesquisa consiste em apresentar os procedimentos

utilizados para a coleta de dados. No presente estudo foram utilizados os seguintes

procedimentos.

4.2.1 Pesquisa bibliográfica

Para Martins (2002, p.35) “trata-se de estudo para conhecer as contribuições

cientificas sobre determinado assunto. Tem como objetivo recolher, selecionar,

analisar e interpretar as contribuições teóricas já existentes sobre determinado

assunto”.

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Consiste ainda “na obtenção de dados através de fontes secundárias,

utilizada como fontes de coleta de dados materiais publicados, como: livros,

periódicos científicos, jornais, revistas, teses, dissertações, etc.” (SOUZA, FIALHO,

OTANI, 2007, p. 40).

De acordo com Gil (2009, p. 50) “a principal vantagem da pesquisa

bibliográfica reside no fato de permitir ao investigador a cobertura de uma gama de

fenômenos muito mais ampla do que aquela que poderia pesquisar diretamente”.

4.2.2 Pesquisa documental

“Tem como finalidade reunir, classificar e distribuir os documentos de todo

gênero dos diferentes domínios da atividade humana” (MARTINS, 2002, p.35). As

fontes utilizadas são materiais que não receberam ainda um tratamento analítico,

são eles: documentos de arquivo públicos ou privados, documentos de empresas,

relatórios de atividades, relatórios de pesquisa, etc. (GIL, 2009).

Vale destacar que a própria empresa pesquisada mantém arquivada algumas

informações, que podem servir de grande importância para o delineamento de uma

pesquisa (MATTAR, 2008).

4.2.3 Estudo de caso

Segundo Yin (2005 apud Gil, 2009 p. 58), o estudo de caso “é um estudo

empírico que investiga um fenômeno atual dentro do seu contexto de realidade,

quando as fronteiras entre o fenômeno e o contexto não são claramente definidas e

no qual são utilizadas varias fontes de evidência”.

Neste contexto Souza, Fialho e Otani (2007, p. 42) caracterizam o estudo de

caso como “um estudo aprofundado e exaustivo de um caso especifico, que seja

relevante pelo potencial de abrangência, de forma a permitir, um amplo e detalhado

conhecimento do caso, fato ou fenômeno estudado”.

O estudo de caso pode abranger análise de exame de registros, observação

de acontecimentos, entrevistas estruturadas e não-estruturadas ou qualquer outra

técnica de pesquisa. Seu objeto pode ser um indivíduo, um grupo, uma organização,

um conjunto de organizações, ou até mesmo uma situação (DENCKER, 2000 apud

SILVA, KARKOTLI, 2011).

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4.2.4 Pesquisa-ação

Esse tipo de pesquisa de acordo com Souza, Fialho e Otani (2007, p. 42)

“envolve a participação efetiva do pesquisador e a ação por parte das pessoas ou

grupos envolvidos no problema objetivo do estudo, muito utilizada para otimização

de programas para a melhoria da eficácia organizacional”. Os pesquisadores e

participantes representativos da situação ou do problema estão envolvidos de modo

cooperativo ou participativo. (GIL, 1999).

Conforme Stringer (1996 apud KRAFTA, 2007), a pesquisa-ação compreende

uma rotina composta por três ações principais: observar, para reunir informações e

construir um cenário; pensar, para explorar, analisar e interpretar os fatos; e agir,

implementando e avaliando as ações.

4.3 DEFINIÇÃO DA ÁREA E POPULAÇÃO-ALVO

É a limitação da área ou população que o estudo será aplicado para se

identificar a realidade da questão (TOLEDO; OVALLE, 2008). De acordo com

Martins (2002, p. 43) “o investigador irá caracterizar os sujeitos que serão objetos de

estudo”. Para Barbetta (2008, p.27) “a população alvo é o conjunto de elementos

que queremos abranger em nosso estudo. São os elementos para os quais

desejamos que as conclusões oriundas da pesquisa sejam válidas”.

Neste contexto, a pesquisa se desenvolveu na Eletrocredi Serviços

Administrativos LTDA, a empresa é de pequeno porte, possui atualmente oito

colaboradores que compõem a organização, sendo uma estrutura familiar. Situada

na Rua Jerônimo Coelho, 170 sala 1106, Edifício Ceisa, Centro, Florianópolis, SC.

4.4 UNIVERSO E AMOSTRA

“A amostra pode ser definida como um conjunto, uma parte selecionada da

totalidade de observações abrangidas pela população, através da qual se faz juízo

ou inferência sobre as características da população” de acordo com Toledo e Ovalle

(2008, p.17). Já universo “é a totalidade de elementos distintos que possui certa

paridade nas características definidas para determinado estudo” (BEUREN, 2006, p.

118)

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“Geralmente, as pesquisas são realizadas através de estudos dos elementos

que compõem uma amostra extraída da população que se pretende analisar”, no

entanto no presente estudo não foram utilizadas técnicas de amostragem, pois é um

estudo de caso de uma pequena empresa, neste caso foi conversado com todo o

universo da empresa.

4.5 INSTRUMENTOS DE COLETA DE DADOS

A coleta de dados foi efetuada através do conhecimento da pesquisadora no

assunto, pois possui dez anos de experiência no segmento de crédito consignado e

foi feito também entrevista informal com os colaboradores, entretanto não foi

estruturada, foi uma conversação informal com objetivo básico de coleta de dados,

as perguntas foram abertas, primeiramente sobre os aspectos que influenciam o

ambiente externo da empresa e logo após os pontos fortes e fracos do ambiente

interno de acordo com o roteiro do livro de Certo e Peter (2010) que foi utilizado

como base na pesquisa. O que se pretende com esse tipo de pesquisa é obter uma

visão geral do problema pesquisado (GIL, 2009).

“Essa técnica busca saber como e por que algo ocorre, e não apenas

conhecer a frequência das ocorrências, de maneira que os dados obtidos possam

ser utilizados em uma análise qualitativa” (BEUREN, 2006, p. 133).

È importante citar que nesta entrevista “o pesquisado expressa livre e

completamente suas opiniões e atitudes em relação ao objeto de pesquisa, bem

como os fatos e motivações que constituem o seu contexto” (GIL, 2009, p. 111).

Desta forma pode explorar mais amplamente a questão estudada (MARCONI;

LAKATOS, 2007, p. 199).

4.6 FORMA E ANÁLISE DOS DADOS

A análise “é a tentativa de evidenciar as relações existentes entre o fenômeno

estudado e outros fatores. Essas relações podem ser estabelecidas em função de

suas prioridades relacionais de causa-efeito, produtor-produto, de análise de

conteúdo” (TRIJILLO, 1974 apud MARCONI; LAKATOS, 2007, p. 169).

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Segundo Gil (1999 apud Beuren, 2006), o objetivo da análise dos dados “é

organizar sistematicamente os dados de forma que possibilitem o fornecimento de

respostas ao problema de investigação”.

Neste estudo, foi utilizado o método de análise de conteúdo. Segundo Bardin

apud Triviños (1994) o método de análise de conteúdo é um conjunto de técnicas de

análise das comunicações, visando, por procedimentos sistemáticos e objetivos de

descrição do conteúdo das mensagens, obter indicadores quantitativos ou não, que

permitam a inferência de conhecimentos relativos ás condições de

produção/recepção das mensagens. O autor ainda assinala três etapas básicas no

trabalho de análise de conteúdo: pré-análise, descrição analítica e interpretação

inferencial.

De acordo com Triviños (1994) a pré-análise é, simplesmente, a organização

do material. Na descrição analítica o material de documentos é submetido a um

estudo aprofundado, orientado este, em principio, pelas hipóteses e referenciais

teóricos. Os procedimentos como a codificação, a classificação e a categorização

são básicos nesta instância do estudo.

A fase de interpretação inferencial caracteriza-se, de acordo com Dellagnelo e

Silva (2005), como o momento de reflexão, da intuição com embasamento nos

materiais empíricos e nos referenciais teóricos disponíveis, buscando estabelecer

relações, verificar contradições, compreender os fenômenos que o pesquisador se

propõe a estudar. É o momento de buscar os sentidos daquilo que os dados tratados

nos revelam.

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5 DESCRIÇAO E ANÁLISE DOS DADOS

De acordo com a fundamentação teoria serão apresentados os dados

levantados durante o estudo na Eletrocredi e após a descrição e análise dos dados

será apresentado um plano de ação para a melhoria da empresa.

5.1 ANÁLISE DO AMBIENTE DA ELETROCREDI

A seguir será exposto a análise dos ambientes externo, operacional e interno

na Eletrocredi.

5.1.1 Análise do ambiente externo

As mudanças externas influenciam os administradores na tomada de decisão

e na forma de gerenciamento da organização. Neste contexto, serão apresentados

alguns fatores que, de acordo com Certo e Peter (2010), afetam o ambiente externo

de um correspondente bancário, são eles: ambiente geral (econômico, social,

político, legal, tecnológico) e ambiente operacional (clientes, concorrência, mão-de-

obra e fornecedor).

O fator econômico é o que mais influência o ambiente externo do crédito

consignado. Baixas taxas de juros ao consumidor fazem com que haja uma busca

maior por crédito consignado, influenciando diretamente no aumento das vendas da

Eletrocredi. O aumento da taxa de juros ao consumidor tem efeito contrário, isto é,

causa uma diminuição nas vendas da empresa.

No entanto, com o aquecimento da economia, devido à grande demanda por

crédito consignado e por financiamentos, pode haver um aumento da inflação, pois

quanto mais crédito disponível para a população, maior é o consumo e se as

indústrias não conseguem atender a demanda, a inflação dispara, seguindo a lei da

oferta e da procura.

Para conter o mercado econômico foi necessário o BACEN (2010) anunciar

para o primeiro semestre de 2011 algumas medidas para reduzir o ritmo do aumento

do crédito e intensificar o processo de desaceleração da economia, a fim de evitar o

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aumento da inflação, uma dessas medidas é o aumento das taxas, o aumento do

compulsório sobre deposito à vista e a prazo.

O fator social refere-se às características da sociedade. Para a Eletrocredi o

aspecto social de maior influencia é o crescimento populacional. De acordo com o

Censo de 2010, Florianópolis cresceu 18,08% de 2000 a 2010, porém menos que na

década anterior, entre 1991 e 2000, cujo acréscimo foi de 34%. Para o professor do

departamento de geociências da UFSC, Clécio Azevedo da Silva, o crescimento

menor da Capital em comparação há outras décadas foi influenciado pelo aumento

de outras cidades da Grande Florianópolis, como Palhoça (32,09%) e São José

(16%).

Sendo assim, Florianópolis, São José e Palhoça são cidades onde houve um

aumento do mercado em potencial. Além disso, em Florianópolis, por ser a capital

do estado, há uma concentração maior de servidores públicos. Desse modo, a

Eletrocredi deve buscar clientes nas cidades próximas de Florianópolis para poder

aproveitar o aumento do mercado e não depender apenas dos clientes de uma

cidade.

Com o avanço de alguns aspectos sociais, houve ampliação das políticas

sociais relacionadas à transferência de renda e aumento do salário mínimo, desta

forma a classe C se tornou mais representativa no mercado de consumo e no

mercado de crédito consignado. Com isso a empresa aproveita o aumento da renda

para alavancar novas vendas.

O fator político diz respeito aos aspectos relacionados às decisões

governamentais. A cada mudança de governo pode haver alterações nas regras

vigentes, limitações de taxas máximas de juros aplicáveis às entidades, prazos,

novas leis, regulamentos, decretos, entre outros.

A limitação de taxas máximas de juros aplicáveis às entidades pode causar

impacto nas vendas da Eletrocredi, pois quando é feito um contrato com taxa baixa

só é vantagem fazer o refinanciamento ou comprar a dívida para outro banco

quando a taxa a ser aplicada no novo contrato é igual ou inferior a taxa do contrato

anterior, caso seja mais alta não é lucrativo.

O fator legal refere à aprovação de regras e leis a sociedade. Os

correspondentes bancários atualmente são normatizados por resoluções, normativas

e decretos, tais como: Resolução nº 3.954 de 2011- Consolidação das Normas de

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Correspondente Bancário do Banco Central do Brasil, decreto n 80, de 11 de março

de 2011 (governo estadual de Santa Catarina), normativa INSS/PRES N 43 (INSS),

nesta resolução, normativas e decretos estão definidas os direitos e obrigações do

correspondente bancário e do servidor.

Essas regras têm impacto direto nas vendas. O decreto do estado traz

mudanças para as futuras contratações a partir de abril de 2011, tais como: aumento

do prazo para o cliente fazer o refinanciamento, penalização caso o cliente aja de

má fé, quitações de contrato antes do prazo pode sofrer bloqueio de novas

consignações, entre outras.

Já a normativa do INSS foi necessária para “propiciar um acompanhamento

dos correspondentes bancários subcontratados das instituições financeiras

identificando o operador do crédito no ato da contratação, bem como a comissão

aplicada” (DATAPREV, 2011).

Essa medida foi necessária devido ao aumento no número de fraudes por

parte de algumas empresas interessada no aumento da demanda. Os órgãos

públicos buscaram aprimorar as regras e controles para que menos servidores

sejam lesados. Para as empresas muitas dessas regras são necessárias, pois o

correspondente bancário é o responsável por todas as operações colocadas dentro

do banco, tendo que arcar com os prejuízos causados.

O fator tecnológico diz respeito às novas abordagens para a produção de

mercadorias e serviços. A partir de 2006, os bancos em parceria com as entidades

públicas (governo estadual, municipal, forças armadas, INSS) implantaram um

sistema de consignações que trouxe mais segurança e agilidade ás operações

bancárias.

Cada entidade pública adquiriu um sistema diferente, porém todos

possibilitam que o servidor tenha acesso as taxas de juros, solicitem um empréstimo

novo, consulte o saldo devedor, quite uma dívida, acompanhe seus descontos e faça

um refinanciamento.

Tal sistema impulsionou a venda de crédito consignado por que proporcionou

uma rápida penetração no mercado e diminuiu o custo operacional o que,

consequentemente, aumentou lucratividade da empresa. Contudo, houve também

um aumento da concorrência, as vendas ficaram mais disputadas, as comissões

diminuíram, pois os bancos tiveram de investir muito e pagam uma mensalidade

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para manter o custo do sistema.

Cabe esclarecer que sem o referido sistema a Eletrocredi teria que contratar

novos colaboradores uma vez que haveria mais trabalho manual com o aumento dos

serviços. Para os órgãos públicos, caso o sistema seja extinto é necessário fazer as

averbações no setor de RH de cada órgão trazendo transtornos, perda de tempo, o

custo seria mantido pelo estado, enquanto o sistema é mantido pelos bancos.

Os clientes da Eletrocredi são funcionários públicos estaduais, municipais,

federais, aposentados e pensionistas do IPREV e do INSS. A maioria dos clientes

busca o crédito consignado com o objetivo de quitar dívidas com cartão de crédito

ou cheque especial, comprar um carro, reformar ou construir a casa própria, pagar a

faculdade ou o colégio dos filhos, etc.

A atual política de reajuste salarial dos servidores públicos adotada pelo

governo, muitas vezes baseada no índice de aumento da inflação, vem significando

um aumento da utilização do crédito consignado pelos funcionários públicos, uma

vez que suas necessidades não têm sido satisfeitas devido à falta de um aumento

salarial substancial. Neste contexto um aumento salarial significativo dos

funcionários públicos implicaria em uma diminuição das vendas da Eletrocredi.

Ainda em relação aos clientes é importante destacar também a influência que

empresas concessionárias de crédito que entram no mercado com o intuito

maximizar seus lucros por meio da utilização de práticas ilegais. Tais empresas têm

como prática o uso de taxas abusivas, cobrança de tarifas, cobrança de

mensalidades, etc., que visam lesionar o consumidor.

Neste viés, muitos funcionários públicos lesionados buscam os canais de

comunicação visando solucionar os seus problemas e alertar a população sobre o

uso de tais práticas pelas empresas. Esta situação faz com que muitos possíveis

clientes deixem de buscar o crédito consignado junto aos correspondentes bancários

por receio de serem ludibriados pelas empresas, como se essa fosse uma prática

corriqueira no ramo.

A satisfação dos clientes é outro ponto que merece destaque. No ramo de

crédito consignado é comum os clientes serem indicados por outros clientes que já

utilizaram os serviços da empresa. Sendo assim, quanto maior o nível de satisfação

dos clientes maiores serão as chances do aumento do número de vendas da

empresa.

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Por outro lado, a insatisfação dos clientes pode trazer sérios prejuízos

financeiros para o correspondente bancário, tais como: perda de contrato com o

banco caso o cliente abra um processo na justiça solicitando danos morais,

ressarcimento do valor emprestado ao cliente, devoluções de comissões se for

constatado que o contrato foi fraudado ou feito de forma ilícita, propaganda negativa

pode ser passada de um cliente pro outro, etc.

A concorrência está cada vez maior entre os correspondentes bancários e

bancos devido à diminuição das comissões e o aumento das taxas impostas pelos

órgãos públicos. Na busca pelo aumento das vendas os correspondentes e bancos

têm investido em novos canais de vendas (telemarketing, agentes, propaganda,

promoções, etc.).

Os fatores que influenciam a mão-de-obra dizem respeito, fundamentalmente,

a necessidade constante de treinamento dos colaboradores, uma vez que a

normatização aplicada à realização desse serviço é extensa e minuciosa, e a

seleção de pessoas com perfil para trabalhar no ramo, ou seja, pessoas de boa

índole e com referências de trabalho em outras empresas financeiras ou similares.

Devido à facilidade de ganhar dinheiro, muitas pessoas mal intencionadas

buscam esse mercado para trabalhar. Com isso o cliente pode ser mal atendido,

pois tais pessoas prometem o que não pode cumprir e muitas vezes até falsificam

assinaturas e documentos. A ocorrência de fraudes gera uma desconfiança do

mercado consumidor em relação às empresas de crédito consignado, diminuindo as

vendas.

A empresa tem poucos fornecedores, pois os bancos fornecem a maioria do

material utilizado para efetuar o crédito consignado, como: contratos, panfletos,

brindes, canetas, cartazes, banners, etc. Atualmente a Eletrocredi busca nos

fornecedores, qualidade de atendimento, preço e diferenciação da concorrência.

Um dos fornecedores que é essencial para a empresa é o Correio. Ele

propicia um atendimento exclusivo na agência, faz o recolhimento das

correspondências diárias, a entrega da fatura em mãos mensalmente e possibilita o

encaminhamento de impresso especial, que possui um custo menor que a mala

direta, fazendo com que a Eletrocredi aumente o número de postagens. No entanto,

quando o Correio entra em greve ocorrem alguns atrasos nas entregas dos

contratos que são enviados para os clientes e com isso as vendas diminuem e em

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conseqüência os valores dos serviços aumentam.

O Fator internacional diz respeito ao impacto dos aspectos do mercado

internacional nas operações dos bancos. Para a Eletrocredi a estabilidade do

mercado internacional implica nas taxas de juros que serão aplicadas para efetuar

as vendas.

O dinheiro que os bancos emprestam na sua maioria vem do mercado

internacional, com o mercado estável os juros ficam baixos e os bancos podem

vender com taxa baixa. No entanto em momentos de crise internacional a tendência

é que haja um aumento nas taxas de juros o que implica em uma diminuição das

vendas de crédito consignado, pois a captação do dinheiro fica mais cara.

5.1.2 Análise do ambiente interno

De acordo com Certo e Peter (2010), a análise interna é composta pelos

pontos fortes e fracos da empresa que são mais perceptíveis e controláveis que os

componentes do ambiente externo. São eventos que ocorre dentro da organização

e, sendo assim, a empresa pode alterá-los a qualquer momento.

Para os autores a análise do ambiente interno envolve os seguintes aspectos:

organizacionais, pessoal, marketing, produção e financeiros.

No que se refere ao aspecto organizacional foram analisadas a estrutura

organizacional, a tomada de decisão e o planejamento organizacional.

A estrutura da Eletrocredi é pequena tanto em número de membros como o

espaço físico, um ponto fraco que se pode destacar é a falta de um funcionário e de

um espaço maior para a empresa, sendo assim para expandir é necessário a

contratação de mais um auxiliar administrativo e o aluguel de outra sala.

O poder de decisão é centralizado na gerência, a empresa não possui regras

definidas, todos fazem um pouco de tudo, as funções que cada um exerce não são

definidas, desta forma há conflito de comunicação no dia-a-dia. Por isso faz-se

necessário a descentralização de decisão, definições de funções para assim agilizar

os processos e evitar conflitos internos.

A Eletrocredi tem como um ponto fraco a falta de um planejamento

estratégico, visão, missão, valores e formulação de estratégias para se tornar

competitiva. É importante saber para que a empresa existe, qual o mercado que

atua qual o produto ou serviço, entre outros. Para a empresa ser competitiva é

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necessário acompanhar o ambiente externo e interno, conhecer o cliente, saber o

grau de satisfação e reclamações deles.

Um ponto forte da empresa é o atendimento ao cliente, que fideliza muitos

deles, em conseqüência a empresa tem uma propaganda positiva, um cliente

sempre trás outro, tem bom relacionamento com os parceiros e fornecedores.

Quanto ao aspecto pessoal foi analisado a prática de recrutamento e seleção,

programas de treinamento, sistema de avaliação de desempenho, sistemas de

incentivo, rotatividade e absenteísmo.

A empresa não tem definida uma prática de recrutamento e seleção. Quando

se verifica a necessidade de um novo colaborador os atuais colaboradores são

consultados e indicam pessoas conhecidas para uma entrevista. A entrevista é

realizada pela gerente que verifica o grau de escolaridade, habilidades com o

público, com informática, postura, comprometimento, responsabilidade, ambição

positiva, etc. Uma das conseqüências de tal forma de recrutamento e seleção é o

baixo índice de rotatividade e absenteísmo na empresa, sendo um aspecto positivo,

pois traz mais credibilidade perante os clientes.

Com a mudança dos sistemas e nos convênios, faz-se necessário dar

treinamento e incentivar os colaboradores a permanecerem em uma constante

reciclagem de conhecimento. Contudo, a empresa tem enfrentado dificuldades para

a realização de tais treinamentos, pois dos oito colaboradores da empresa, três

trabalham como agenciadores em outras cidades e por isso não conseguem

participar dos treinamentos realizados com os demais colaboradores na sede da

empresa em Florianópolis.

Os treinamentos na sede são feitos geralmente após o horário do expediente

de forma individualizada, em grupo geralmente é feito apenas quando há mudanças

radicais no sistema sendo necessário um tempo maior de treinamento. Já os

treinamentos com os outros três colaboradores são feitos por telefone ou vídeo

conferência.

A empresa, devido ao seu porte e ao pequeno número de colaboradores, não

possui avaliação de desempenho estruturada. A avaliação dos colaboradores ocorre

de maneira informal através de feedback, além disso, todos têm liberdade de dar

sugestões e emitir suas opiniões para a melhoria dos trabalhos.

Um ponto forte da empresa é a forma como ela colaborar com os

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colaboradores incentivando e financiando a realização de cursos, criando bônus por

atingimento de metas, flexibilizando os horários de trabalho, etc. Além disso, todos

são comissionados o que traz satisfação aos colaboradores.

Na Eletrocredi pode-se verificar a falta de uma política de recursos humanos

estruturada, no entanto a empresa valoriza seus colaboradores, incentiva, motiva,

busca melhorar sempre mesmo sendo de forma lenta.

No que se refere ao aspecto de marketing foram analisados o conhecimento

do mercado e da concorrência e as ações de marketing desenvolvidas pela

empresa.

A Eletrocredi tem como ponto forte o conhecimento no mercado que atua e a

realização de parcerias duradouras que fazem com que ela mantenha um fluxo

contínuo de clientes. Seus parceiros estão juntos com a empresa desde o início. A

empresa também tem conhecimento da concorrência e busca se diferenciar deles no

mercado, porém está enfrentado dificuldades por não ter um planejamento

estratégico definido e por concentrar suas vendas nos servidores públicos do estado

de Santa Catarina não investindo em novos mercados.

Atualmente a empresa desenvolve poucas ações de marketing, o que é feito

frequentemente é o envio de malas diretas aos clientes. Foram feitos também

anúncios no Jornal Diário Catarinense, porém devido à falta de retorno do

investimento, a empresa optou por encerrar o contrato com o jornal.

Cabe destacar ainda que por ter uma equipe pequena à empresa não possui

um pós-venda estruturado para identificar a satisfação dos clientes com os serviços

e o atendimento prestado, este seria um aspecto a melhorar, pois, isso faz a

empresa enfrentar algumas situações desagradáveis.

Com o aumento da competitividade entre as empresas verifica-se a

necessidade de investir na busca de novos clientes e na manutenção dos atuais. A

Eletrocredi possui como um ponto forte uma carteira de cliente vasta para ser

trabalhada, tem conhecimento no mercado, possui bom relacionamento com os

concorrentes e clientes, busca formas de estar competindo com seus concorrentes

de forma ética.

No entanto tem como ponto fraco falta de mão-de-obra, investimento em

marketing é pequeno, seu trabalho é concentrado e focalizado apenas nos

servidores estaduais de Santa Catarina, falta à busca de novos produtos para

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diversificar as vendas, tais como: seguro de vida, carro, casa, entre outros.

Quanto ao aspecto da produção foram analisados a realização do serviço, o

layout da empresa e o uso da tecnologia.

O crédito consignado é um produto que para ser comercializado exige o

cumprimento de normas e procedimentos impostos pelos órgãos públicos. A

empresa tem um aspecto positivo a destacar que é o controle de assegurar que

todos os processos sejam feitos conforme os órgãos públicos determinam.

O layout da empresa foi estabelecido de forma a facilitar a realização do

serviço e proporcionar sigilo aos clientes que, na maioria das vezes, preferem não

serem vistos entrando em um escritório de empréstimo. No entanto alguns clientes

vêem o layout como um aspecto negativo, por não estar explicito que é um escritório

de crédito consignado.

A empresa tem como ponto forte a busca de estar sempre investindo em

tecnologia e com isso aperfeiçoa o software usado para cadastrar os clientes atuais

e potenciais, desta forma agiliza a busca dos clientes que já podem fazer

refinanciamento, compra de dívida, envio de mala diretas, etc.

No aspecto financeiro é importante destacar que prefere trabalhar com uma

taxa baixa e ganhar na quantidade, pois as comissões maiores são aplicadas

apenas nas taxas mais altas, com isso consegue fidelizar os clientes e a propaganda

boca a boca faz com que a empresa tenha um volume maior de vendas, desta forma

consegue atingir as metas estipuladas pelos bancos e recebe uma bonificação por

isso.

O fluxo de caixa para uma empresa é primordial, pois é necessário lançar a

entrada e saída dos recursos financeiros da empresa. A Eletrocredi não possui um

fluxo de caixa eficiente, por isso faz os gestores perderem mais tempo no

fechamento das comissões para os colaboradores.

A empresa tem como ponto forte sua liquidez corrente que é maior que 1 isso

mostra que a empresa tem folga disponível para uma possível liquidação das

obrigações, caso seja necessário ou utilizar para investimentos na melhoria da

empresa.

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5.2 ANÁLISE SWOT DA ELETROCREDI

Após a análise do ambiente interno e externo foi feito a análise SWOT,

identificando as oportunidades e ameaças dos ambientes.

De acordo com Serra, Torres e Torres (2009, p. 120) “a função primordial da

análise SWOT é possibilitar a escolha de uma estratégia adequada, para que se

alcancem determinados objetivos, a partir de uma avaliação criticas dos ambientes

interno e externo da empresa”.

Nos quadros abaixo será apresentado à análise SWOT do ambiente externo,

operacional e interno.

Análise SWOT do Ambiente Externo

Fatores Ameaças Oportunidades

Econômico

Aumento nas taxas de juros e

na Inflação.

Baixa nas taxas de juros e na

inflação.

Social

Baixa na taxa de crescimento

populacional em Florianópolis.

Altas taxas de crescimento

populacional nas cidades vizinhas

de Florianópolis.

Aumento da renda da classe C.

Político

Mudanças nas regras,

normativas, leis, decretos.

Legal

Sem regras pode haver

fraudes, inadimplências,

cobrança de tarifas.

Proteção dos direitos do

correspondente e dos clientes.

Tecnológico

Aumento da concorrência,

vendas mais disputadas.

Aumento significativo das vendas,

chance de rápida penetração no

mercado e maior lucratividade.

Quadro 5: Análise SWOT do ambiente externo.

Fonte: elaborado pela autora, 2011.

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Ambiente SWOT do Ambiente Operacional

Fatores Ameaças Oportunidades

Clientes Falta de esclarecimento e

propaganda negativa.

Necessidade do servidor adquirir

bens e pagar dívida.

Concorrência Novos canais de vendas.

Mão-de-Obra Pessoas mal intencionadas no

mercado.

Fornecedores Greve.

Internacional Aumento da taxa de juros.

Quadro 6: Análise SWOT do Ambiente Operacional.

Fonte: elaborado pela autora, 2011.

Ambiente SWOT do Ambiente Interno

Pontos Fracos Pontos Fortes

Organizacionais Falta de funcionário, pouco

espaço físico, centralização de

decisão, falta de definições de

funções e de Planejamento

estratégico.

Atendimento e bom

relacionamento com clientes,

parceiros e fornecedores.

Pessoal Falta de política de Recursos

Humanos.

Baixo índice de rotatividade e

absenteísmo.

Treinamento, incentivos

financeiros e cursos.

Marketing Poucas ações de marketing, falta

de pós venda, venda focada em

apenas um órgão e busca de

novos produtos.

Conhecimento de mercado,

parcerias duradouras e vasta

carteira de clientes.

Produção Falta de identificação do negócio

no layout.

Cumprimento de normas e

regras, investimento em

tecnologia e aperfeiçoamento

continuo do software.

Financeiros Falta de um fluxo de caixa. Atingimento de metas, liquidez

corrente maior que 1.

Quadro 7: Análise SWOT do Ambiente Interno.

Fonte: elaborado pela autora, 2011.

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Com a identificação das ameaças e oportunidades, dos pontos fortes e fracos,

da análise SWOT foram elaborados propostas de diretrizes organizacionais, será

formulado as estratégias e os planos de ações para implementar o planejamento

estratégico na Eletrocredi.

5.3 ESTABELECIMENTO DAS DIRETRIZES ORGANIZACIONAIS

Logo após da análise SWOT segundo Certo e Peter (2010) deve-se elaborar

as diretrizes organizacionais, para assim formular a estratégia e a implementação do

planejamento estratégico.

5.3.1 Missão da empresa

A missão de uma empresa é a razão pela qual a empresa existe. Sendo

assim, entende-se que a missão da Eletrocredi é oferecer com competência o

serviço prestado para os clientes, buscar ser eficiente no atendimento, deixar claro

para o cliente as leis e regras do crédito consignado de forma transparente e com

seriedade. Desta forma, propõe-se a seguinte missão para a empresa:

Oferecer com competência soluções de crédito consignado, com

transparência e seriedade, atendendo as necessidades de nossos clientes.

5.3.2 Visão da Empresa

O que a empresa almeja ser deve estar estabelecido em sua visão. No caso

da Eletrocredi propõem-se ficar entre as cinco melhores empresas de crédito

consignado de Santa Catarina. Para isso é necessário comprometimento com as

metas da empresa, buscar resultados, cumprir o que promete, ser acessível,

dinâmica, trabalhar com ética e responsabilidade social. Sendo assim, propõe-se a

seguinte visão para a empresa:

Ser uma das cinco melhores empresas de crédito consignado no estado

de Santa Catarina.

5.3.3 Valores da Empresa

São apresentados a seguir os valores propostos para a Eletrocredi:

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Cumprimento de metas: a empresa compromete-se em atingir as metas

estipuladas pelos parceiros.

Ética nos negócios e responsabilidade social: a Eletrocredi trabalha pelas

pessoas, pela honestidade, integridade, sinceridade. Acredita em um mundo melhor.

Foco no cliente: a empresa busca atender todas as necessidades dos clientes.

Bom relacionamento com parceiros: sabemos respeitar opiniões e acreditamos

que para obter o sucesso é importante trabalhar em equipe.

Empresa ágil e com facilidade de adaptação a mudanças no mercado: a

equipe da Eletrocredi é ágil e pró-ativa, busca atender as necessidades de todos e

se adaptar as mudanças constantes do ambiente.

Orientação para resultados: com a qualidade de nosso trabalho irá determinar o

sucesso e a concretização dos objetivos da empresa.

5.3.4 Objetivos Organizacionais

Com base na missão, na visão e nos valores organizacionais foram propostos

os seguintes objetivos organizacionais para a Eletrocredi:

Assegurar o cumprimento das metas estabelecidas pelos bancos parceiros;

Promover a eficiência do crédito consignado na empresa;

Promover melhorias na comunicação com os públicos externo e interno;

Assegurar eficiência no atendimento ao cliente;

Buscar parceria de novos produtos.

5.4 FORMULAÇÃO DAS ESTRATÉGIAS

Para formulação da estratégia de negócios foi utilizada a proposta de Porter

(apud Certo e Peter, 2010), que propõe a análise das cinco forças competitivas.

Ameaça de entrada de novos entrantes: Devido à facilidade de novos entrantes

o mercado de crédito consignado está cada vez mais competitivo. Por não ter

necessidade de um investimento inicial, ter custos baixos e não haver uma forte

marca estabelecida no mercado a probabilidade de novos entrantes é grande,

diminuindo os lucros das empresas.

Poder de barganha dos fornecedores: Os fornecedores que são focados em

crédito consignado no mercado são: Banco BMG, Cruzeiro do Sul e Paraná Banco.

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Tais fornecedores, por possuírem marcas conhecidas pelos servidores públicos,

exercem um alto poder de barganha junto aos correspondentes já que os mesmos

não investem em marca própria.

Além disso, o fato de serem poucos fornecedores focados no crédito

consignado faz com que os correspondentes bancários fiquem dependentes e isso

aumenta o poder de barganha dos fornecedores. Entretanto, cabe ressaltar que os

correspondentes podem trabalhar para mais de um banco.

Poder de barganha dos clientes: Existem dois tipos de clientes os

intermediários (agentes autônomos) e os tomadores de empréstimos.

Os agentes autônomos pressionam os correspondentes por comissões

maiores, tornando o mercado mais competitivo. Por haver pouca diferença no

processo de crédito consignado de banco para banco e as taxas de juros serem

iguais, eles buscam os correspondentes bancários que oferecem comissões mais

generosas.

Os tomadores de crédito consignado buscam taxas de juros mais baixas,

menor burocracia e agilidade no pagamento, o que aumenta o poder de barganha

destes, pois a oferta é similar entre os correspondentes bancários. Podemos

destacar que os clientes tomadores de empréstimos são divididos em duas

categorias: os que são poucos educados financeiramente, para quem é mais fácil

efetuar a venda; e, os que são educados financeiramente e buscam o crédito

consignado mais raramente, para estes é mais difícil de realizar a venda.

Ameaça de produtos substitutos: A existência de outros produtos substitutos ao

crédito consignado é vasta, tais como: crédito em conta corrente, empréstimo com

financeiras por boleto bancário, saque no cartão de crédito, etc., no entanto esse

produto é uma excelente opção de crédito para aqueles que podem obter. Contudo,

uma vez que os tomadores de empréstimos não possuem mais margem consignável

para fazer o crédito consignado e provável que busquem outras formas de crédito.

Rivalidade entre concorrentes existentes: O grau de rivalidade entre os

concorrentes é elevado devido o aumento da demanda do crédito consignado. Tal

rivalidade faz com que os correspondentes bancários invistam em anúncios, agentes

autônomos, taxas mais baixas, prazos mais longos, etc. resultando em uma

diminuição da lucratividade do setor.

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Após a análise das cinco forças de Porter foram elaboradas as estratégias.

Abaixo é apresentado o quadro com as estratégias propostas para as forças

competitivas.

Forças competitivas Estratégias

Ameaça de novos entrantes. Promover a satisfação dos clientes.

Poder de barganha dos fornecedores. Procurar novas parcerias com outros bancos.

Poder de barganha dos clientes. Focar nos clientes que tem mais poder de

barganha.

Ameaça de produtos substitutos. Estabelecer parceira com algum banco que

possui um produto substituto ao crédito

consignado.

Rivalidade entre concorrentes existentes. Procurar diversificação em relação ao

concorrente.

Quadro 8: Estratégias das forças competitivas de Porter.

Fonte: elaborado pela autora, 2011.

Foram elaboradas estratégias organizacionais da análise das cinco forças

competitiva de Poter, contudo serão apresentados os planos de ações somente dos

principais pontos.

No quadro abaixo estão apresentadas as estratégias propostas para alcançar

os objetivos organizacionais.

Objetivos organizacionais Estratégias

Assegurar o cumprimento das metas

estabelecidas pelos bancos parceiros.

Desenvolver ações de marketing.

Promover melhoria de comunicação com

os públicos externo e interno.

Desenvolver ações de comunicação.

Assegurar eficiência no atendimento ao

cliente.

Promover a capacitação dos colaboradores.

Aumentar a competitividade da empresa. Oferecer novos produtos por meio de

parcerias.

Quadro 9: Estratégias dos objetivos organizacionais.

Fonte: elaborado pela autora, 2011.

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Foram elaboradas as estratégias dos objetivos organizacionais apenas dos

principais pontos, os mais relevantes para assegurar a competitividade da empresa

no crédito consignado. A seguir, são expostos as estratégias formuladas para os

principais pontos identificados com base na análise SWOT.

Análise SWOT do ambiente externo e operacional

Ameaças Estratégias

Mudança nas regras, normativas, leis e

decretos.

Estabelecer procedimento para

acompanhamento das mudanças e

adequação dos processos da empresa.

Sem regras pode haver fraudes,

inadimplência e cobrança de tarifas.

Intensificar a análise nos documentos.

Falta de esclarecimento e propaganda

negativa aos clientes.

Clarificar a importância da transparência no

serviço prestado aos clientes.

Novos canais de venda. Estabelecer parceiras com agentes

autônomas em outras regiões do estado de

Santa Catarina.

Oportunidades Estratégias

Altas taxas de crescimento populacional

nas cidades vizinhas de Florianópolis.

Intensificar ações de marketing nas cidades

vizinhas de Florianópolis.

Clientes com necessidade de adquirir

bens e pagar dívida.

Buscar a identificação das necessidades dos

clientes.

Quadro 10: Estratégias da análise SWOT do ambiente externo e operacional.

Fonte: elaborado pela autora, 2011.

Análise SWOT do ambiente interno

Pontos fracos Estratégias

Sala pequena. Procurar alugar uma loja para aumentar as

vendas.

Centralização de decisão. Definir as funções e responsabilidades de

cada colaborador.

Falta de planejamento estratégico. Implementar o planejamento estratégico.

Falta de pós venda. Delegar uma pessoa para fazer o pós venda.

Venda focada em apenas um órgão

público.

Buscar o estabelecimento de negócios com

órgãos diversificados.

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Pontos fortes Estratégias

Atendimento e bom relacionamento com

parceiros, clientes e fornecedores.

Incentivar o contínuo aprimoramento do

atendimento e do bom relacionamento com

parceiros, clientes e fornecedores.

Cumprimento de normas e regras. Manter o controle dos processos para

assegurar o cumprimento de normas e

regras.

Investimento em tecnologia. Buscar constantemente novas formas de

aperfeiçoamento tecnológico.

Vasta carteira de clientes. Manter atualizada a carteira de clientes da

empresa.

Quadro 11: Estratégias da análise SWOT do ambiente interno.

Fonte: elaborado pela autora, 2011.

Foram formuladas as estratégias da análise SWOT dos principais pontos,

para implementar na empresa, apesar de todos os pontos serem importantes, alguns

são mais críticos e precisam de mais atenção.

5.5 IMPLEMENTAÇÃO DA ESTRATÉGIA

A implementação da estratégia é o processo de colocar em prática,

acompanhar e avaliar as estratégias, definir o que será realizado, escolher as ações

para atingir o objetivo proposto do trabalho. Neste viés foram elaborados planos de

ações dos principais pontos da análise SWOT, objetivos organizacionais e das

forças competitivas de Porter.

5.5.1 Ameaças

As ameaças estão fora do controle dos gestores da empresa. Desta forma,

foram desenvolvidos planos de ação para as principais ameaças com o intuito de

que a empresa busque suavizar e enfrentar as ameaças que possam surgir.

Serão exposto as planos de ações das ameaças que mais influenciam o dia a

dia da empresa.

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Plano de ação

Ameaças: Mudança nas regras, normativas, leis e decretos.

Estratégia: Estabelecer procedimento para acompanhamento das mudanças e adequação

dos processos da empresa.

Ação Prazo Responsável Recursos

Verificar semanalmente sites dos órgãos

que controlam o crédito consignado.

Ago./11 Janaine Não mensurado

Adequar à empresa conforme as

mudanças do mercado.

Ago./11 Janaine Não mensurado

Meta / Padrão de desempenho: 2 ações semanalmente.

Indicador: Quantidade de ações realizadas.

Periodicidade: Mensal.

Quadro 12: Plano de ação para adequação dos processos da empresa.

Fonte: elaborado pela autora, 2011.

Plano de ação

Ameaças: Novos canais de venda.

Estratégia: Estabelecer parceiras com agentes autônomos em outras regiões do estado de

Santa Catarina.

Ação Prazo Responsável Recursos

Entrar em contato com agentes

autônomos de outras regiões onde a

empresa não atua.

Fev./12 Janaine Não mensurado

Oferecer um atendimento diferenciado. Mar./12 Janaine Não mensurado

Fazer um site da empresa para os

agentes digitalizarem os documentos

agilizando assim os contratos feitos, ter

acesso as comissões.

Jul./12 Jackson R$ 2.000,00/

compra site

Efetuar o pagamento das comissões 2

vezes na semana.

Mar./12 Jackson Não mensurado

Meta / Padrão de desempenho: 3 novos agentes autônomos.

Indicador: Quantidade de novos agentes autônomos cadastrados.

Periodicidade: Semestral.

Quadro 13: Plano de ação para estabelecer parceiras com agentes autônomos

Fonte: elaborado pela autora, 2011.

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A elaboração do plano de ação relacionado às ameaças da empresa se

desenvolveu pelos seguintes motivos: a empresa está inserida em uma ambiente de

constante transformação, onde cada alteração nas regras, normativas, leis e

decretos, fazem toda a diferença nos resultados da empresa.

Além disso, para aumentar a lucratividade são necessários novos canais de

vendas, pois a concorrência no crédito consignado está muito agressiva. Desta

forma os gestores da empresa estão buscando meios para sobreviver em meio ao

mercado altamente competitivo.

5.5.2 Oportunidades

A todo o momento podem surgir novas oportunidades, no entanto é

necessário que a empresa esteja preparada para poder aproveitar a situação que se

apresentar. Neste contexto foram elaborados os planos de ação para as principais

oportunidades identificadas.

Plano de ação

Oportunidades: Altas taxas de crescimento populacional nas cidades vizinhas de

Florianópolis.

Estratégia: Intensificar ações de marketing nas cidades vizinhas de Florianópolis.

Ação Prazo Responsável Recursos

Fazer telemarketing para as cidades

vizinhas de Florianópolis.

Abr./12 Cristina Não mensurado

Fazer anúncios em jornais locais. Dez./11 Benjamin R$ 1.000,00/ mês

Visitar alguns órgãos públicos. Nov./ 11 Cristina Não mensurado

Enviar malas diretas. Jun./11 Jackson R$ 452,00 mensal

Meta / Padrão de desempenho: 2 ações de marketing para as cidades vizinhas.

Indicador: Quantidade de ações de marketing para as cidades vizinhas de Florianópolis.

Periodicidade: Anual.

Quadro 14: Plano de ação para intensificar ações de marketing

Fonte: elaborado pela autora, 2011.

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Plano de ação

Oportunidades: Cliente com necessidade de adquirir bens e pagar dívida.

Estratégia: Buscar a identificação das necessidades dos clientes.

Ação Prazo Responsável Recursos

Procurar apontar ao cliente as vantagens do

crédito consignado por meio de ações de

marketing.

Abr./12 Equipe Não

mensurado

Sondar o cliente para saber qual a

necessidade dele.

Jun./11 Equipe Não

mensurado

Alertar o cliente quanto às taxas de juros que

estão sendo aplicadas.

Jun./11 Equipe Não

mensurado

Meta / Padrão de desempenho: Aumentar em 50% quantidade de clientes atendidos.

Indicador: Percentual de clientes atendidos.

Periodicidade: Bimestral.

Quadro 15: Plano de ação para identificar as necessidades dos clientes.

Fonte: elaborado pela autora, 2011.

Com as últimas pesquisas do censo foi possível perceber o crescimento

populacional das cidades vizinhas de Florianópolis, muitos programas do governo

como o “Minha casa Minha vida” são desenvolvidos nestas cidades e o crédito

consignado pode vir a ajudar os clientes a adquirir sua casa própria, montar seu

próprio negócio, para colaborar na expansão dos municípios, pagar dívidas,

começar uma vida tranqüila, etc. Com isso foi possível verificar uma excelente

oportunidade para empresa aumentar suas vendas, explorando estas cidades

vizinhas.

Após a análise do ambiente externo serão apresentados a seguir os planos

de ação do ambiente interno.

5.5.3 Pontos Fracos

Os pontos fracos da empresa são fatores que precisam ser melhorados,

aprimorados ou corrigidos, sendo assim a seguir foram elaborados os planos de

ação para os principais pontos fracos.

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Plano de ação

Pontos Fracos: Centralização de decisão.

Estratégia: Definir as funções e responsabilidades de cada colaborador.

Ação Prazo Responsável Recursos

Elaborar uma planilha com as funções e

responsabilidades de cada um.

Set./11 Janaine Não mensurado

Realizar treinamento individual com cada

colaborador para repassar as novas

atribuições.

Out./11 Jackson Não mensurado

Encaminhar o manual de cada convênio

para todos os colaboradores sempre que

sofrer alterações na política operacional.

Out./11 Jackson Não mensurado

Meta / Padrão de desempenho: Aumentar em 50% quantidade de clientes atendidos.

Indicador: Percentual de clientes atendidos.

Periodicidade: Bimestral.

Quadro 16: Plano de ação para definir as funções cada colaborador.

Fonte: elaborado pela autora, 2011.

Plano de ação

Pontos Fracos: Falta de planejamento estratégico.

Estratégia: Implementar o planejamento estratégico.

Ação Prazo Responsável Recursos

Disseminar pela empresa a missão, visão

e valores.

Jun./11 Janaine Não mensurado

Implementar as ações estratégicas

propostas neste trabalho.

Jun./11 Janaine Não mensurado

Controlar o planejamento estratégico. Jun./12 Janaine Não mensurado

Meta / Padrão de desempenho: Aumentar o valor das vendas em 20%.

Indicador: Percentual de crescimento das vendas.

Periodicidade: Anual.

Quadro 17: Plano de ação para implementar o planejamento estratégico.

Fonte: elaborado pela autora, 2011.

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Plano de ação

Pontos Fracos: Falta de pós venda.

Estratégia: Implementar ações de pós venda.

Ação Prazo Responsável Recursos

Contratar novo colaborador para realizar

as ações de pós venda.

Nov./11 Benjamin R$ 1.300,00/

mês

Entrar em contato com o cliente para

confirmar o pagamento.

Dez./11 Cristina Não

mensurado

Verificar a satisfação com o atendimento

via contato telefônico.

Dez./11 Cristina

Não

mensurado

Meta / Padrão de desempenho: 100% dos clientes contatados pelo pós venda.

Indicador: Percentual de clientes contatados pelo pós venda.

Periodicidade: Mensal.

Quadro 18: Plano de ação para implementar ações de pós venda.

Fonte: elaborado pela autora, 2011.

Plano de ação

Pontos Fracos: Venda focada em apenas um órgão público

Estratégia: Buscar o estabelecimento de negócios com órgãos diversificados

Ação Prazo Responsável Recursos

Buscar novas carteiras de clientes das

forças armadas e Siape.

Mar./12 Janaine Não mensurado

Intensificar mala direta para os convênios

do INSS e Prefeitura.

Jun./11 Jackson R$ 452,00/mês

Meta / Padrão de desempenho: 20% das vendas realizadas com novos clientes.

Indicador: Percentual de vendas realizadas com novos clientes.

Periodicidade: Trimestral.

Quadro 19: Plano de ação para estabelecer negócios com órgãos diversificados.

Fonte: elaborado pela autora, 2011.

Os gestores da empresa estão em busca de aprimoramentos no ambiente

interno por isso foram elaborados esses planos de ação. Busca-se melhorar a

gestão interna, por meio da descentralização das decisões, aumentar a satisfação

do cliente oferecendo um pós venda, focar a produção em outros órgãos públicos,

tendo em vista a alta competitividade do mercado.

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5.5.4 Pontos Fortes

Foram elaborados planos de ação dos pontos fortes buscando aprimorar e

reforçar as características e recursos que a empresa possui.

Plano de ação

Pontos Fortes: Investimento em tecnologia.

Estratégia: Buscar constantemente novas formas de aperfeiçoamento tecnológico.

Ação Prazo Responsável Recursos

Criar sistemática de aperfeiçoamento do

Software as empresa.

Jul./12 Jackson Não mensurado

Investir em novos produtos de

informática.

Jun./12 Jackson R$ 3.500,00/

ano

Meta / Padrão de desempenho: aumentar em 20% investimentos em tecnologia.

Indicador: Percentual de investimentos em tecnologia.

Periodicidade: Anual.

Quadro 20: Plano de ação para buscar novos aperfeiçoamentos tecnológicos.

Fonte: elaborado pela autora, 2011.

Plano de ação

Pontos Fortes: Vasta carteira de clientes.

Estratégia: Manter atualizada a carteira de clientes da empresa.

Ação Prazo Responsável Recursos

Fechar contrato com o Credilink. Nov./12 Janaine R$ 300,00/ mês

Atualizar os dados dos clientes sempre

que entrar em contato ou efetuar uma

operação.

Dez./12 Equipe Não mensurado

Meta / Padrão de desempenho: 100% dos cadastros dos clientes atualizados.

Indicador: Percentual de cadastros de clientes atualizados.

Periodicidade: Anual.

Quadro 21: Plano de ação para manter atualizada a carteira de clientes.

Fonte: elaborado pela autora, 2011.

Os planos de ação dos pontos fortes buscam aprimorar, facilitar e agilizar os

processos administrativos por meio de investimento em tecnologia colaborando

também para atualizar a carteira de clientes que a empresa possui.

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5.5.5 Objetivos Organizacionais

Uma vez que a empresa preocupa-se com o seu futuro, verificou-se a

necessidade de elaborar o plano de ação para os objetivos organizacionais.

Plano de ação

Objetivos organizacionais: Assegurar eficiência no atendimento ao cliente.

Estratégia: Promover a capacitação dos colaboradores.

Ação Prazo Responsável Recursos

Promover cursos Ago./11 Janaine R$ 1.500,00

Implantar política de incentivos

financeiros para motivar o

aperfeiçoamento profissional.

Jan./12 Jackson Não mensurado

Meta / Padrão de desempenho: 2 ações no semestre.

Indicador: Quantidade de ações desenvolvidas no semestre.

Periodicidade: Semestre.

Quadro 22: Plano de ação para promover a capacitação dos colaboradores.

Fonte: elaborado pela autora, 2011.

Plano de ação

Objetivos organizacionais: Promover melhoria de comunicação com os públicos externo

e interno.

Estratégia: Desenvolver ações de comunicação.

Ação Prazo Responsável Recursos

Enviar informativos semanais sobre o

mercado em que a empresa está inserida

para o público interno e externo.

Jun./11 Jackson Não mensurado

Aumentar o feedback com o público

interno para avaliar os planos de ações

proposto.

Out./11 Janaine Não mensurado

Meta / Padrão de desempenho: 3 ações por semana.

Indicador: Quantidade de ações de comunicação desenvolvidas semanalmente.

Periodicidade: Bimestral.

Quadro 23: Plano de ação para desenvolver ações de comunicação.

Fonte: elaborado pela autora, 2011.

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Plano de ação

Objetivos organizacionais: Assegurar o cumprimento das metas estabelecidas pelos

bancos parceiros.

Estratégia: Desenvolver ações de marketing.

Ação Prazo Responsável Recursos

Encaminhar mala direta e emails a cada 3

meses para os clientes atuais.

Jun./11 Benjamin R$ 1.356,00/

trimestral

Elaborar brindes com o logo da empresa para

intensificar a propaganda e ser lembrada.

Set./11 Benjamin R$ 1.000,00/

semestre

Fazer propaganda em rádio popular. Nov./11 Benjamin R$ 4.000,00/

mês

Efetuar a venda mesmo que seja usada taxa

de retenção com baixa comissão.

Jun./11 Equipe Não

mensurado

Meta / Padrão de desempenho: 5 ações no ano.

Indicador: Quantidade de ações de marketing desenvolvidas no ano.

Periodicidade: Trimestre.

Quadro 24: Plano de ação para desenvolver ações de marketing.

Fonte: elaborado pela autora, 2011.

Plano de ação

Objetivos organizacionais: Aumentar a competitividade da empresa.

Estratégia: Oferecer novos produtos por meio de parcerias.

Ação Prazo Responsável Recursos

Elaborar uma pesquisa junto ao servidor

para verificar qual produto seria mais

viável implementar junto às vendas do

crédito consignado.

Nov./12 Janaine Não mensurado

Procurar seguradoras para verificar quais

as vantagens e desvantagens que

poderia trazer para o servidor públicos.

Jan./12 Jackson Não mensurado

Meta / Padrão de desempenho: 3 novos produtos/serviços por ano.

Indicador: Quantidade de produtos/serviços implementados no ano.

Periodicidade: Anual.

Quadro 25: Plano de ação para oferecer novos produtos por meio de parcerias.

Fonte: elaborado pela autora, 2011.

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A empresa busca mais espaço no mercado de trabalho e para conquistar é

necessário planejar os objetivos da organização de forma ordenada, buscando

diferenciais competitivos, estabelecendo metas para direcionar o futuro da

Eletrocredi. Desta forma foi desenvolvidos planos de ações que possibilitem a

empresa conquistar mais espaço no segmento em que atua.

5.5.6 Força competitiva de Porter

Foram estabelecidos planos de ação para as principais forças competitivas de

Porter de acordo com as características da organização.

Dando ênfase na ameaça de novos entrantes, devido à concorrência ser

muito forte no mercado de consignado é importante ter diferencial competitivo no

atendimento ao cliente. Desta forma é necessário ter parcerias com vários bancos,

possibilitando que o cliente escolha o que acha melhor ou devido a mudanças na

economia há mudanças de taxas de um banco para outro.

Plano de ação

Força competitiva: Ameaça de novos entrantes.

Estratégia: Promover a satisfação dos clientes.

Ação Prazo Responsável Recursos

Promover o atendimento personalizado. Jun./11 Equipe Não mensurado

A cada operação presentear o cliente com

um brinde.

Set./11 Equipe Não mensurado

Ligar para o cliente em data importante

parabenizando.

Jul./11 Equipe Não mensurado

Implementar uma pesquisa de satisfação

dos clientes.

Mar./12 Equipe Não mensurado

Meta / Padrão de desempenho: Atingir o índice de 95% de satisfação dos clientes.

Indicador: Percentual de satisfação dos clientes.

Periodicidade: anual.

Quadro 26: Plano de ação para promover a satisfação dos clientes.

Fonte: elaborado pela autora, 2011.

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Plano de ação

Força competitiva: Poder de barganha dos fornecedores.

Estratégia: Procurar novas parcerias com outros bancos.

Ação Prazo Responsável Recursos

Fechar parcerias com outros bancos de

crédito consignado, para dar ao cliente

mais opções na hora de efetuar o crédito

consignado.

Out./11 Janaine Não mensurado

Meta / Padrão de desempenho: Estabelecer 2 novas parcerias.

Indicador: Quantidade de novas parcerias firmadas.

Periodicidade: Anual.

Quadro 27: Plano de ação para procurar novas parcerias com outros bancos.

Fonte: elaborado pela autora, 2011.

Foram apresentados os dois planos de ações principais para a continuidade

da empresa.

O outro fator refere-se à entrada constante de novos concorrentes no

mercado, no entanto é importante destacar que por não estarem preparados e não

conhecerem o mercado de crédito consignado em Santa Catarina muitos dos novos

entrantes acaba fechando antes de completar um ano. Desta forma procurou-se

elaborar planos de ações que visam à solidez da empresa no mercado e logo após

será apresentado como será feito o controle dos planos de ações propostos.

5.6 CONTROLE ESTRATÉGICO

Por meio do controle estratégico que a empresa monitora, avalia e mensura o

desempenho e o resultado das ações, para assegurar o cumprimento das metas e

dos objetivos estabelecidos. O controle estratégico visa garantir que todos os

resultados planejados durante o planejamento estratégico tornem realidade

(CERTO, PETER, 2010)

Para controlar o planejamento estratégico o presente estudo seguiu a

metodologia dos autores Certo e Peter (2010). Desta forma foi necessário estipular

as meta/padrão de desempenho que a empresa não tinha, para que no futuro seja

feito uma auditoria estratégia e a medição organizacional qualitativa (formulação de

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questões) e quantitativa (medições).

Logo após, poderá ser comparado o desempenho da organização com os

objetivos e os padrões estabelecidos. A seguir está exposto uma tabela com os

indicadores, meta/padrão de desempenho e periodicidade, formulados para o

controle do planejamento estratégico na Eletrocredi.

Indicador Meta/Padrão de desempenho Periodicidade

Percentual de cadastros de clientes atualizados.

100% dos cadastros dos clientes atualizados.

Anual

Percentual de clientes atendidos. Aumentar em 50% quantidade de clientes atendidos.

Bimestral

Percentual de clientes contatados pelo pós venda.

100% dos clientes contatados pelo pós venda.

Mensal

Percentual de clientes contatados pelo pós venda.

100% dos clientes contatados pelo pós venda.

Mensal

Percentual de crescimento das vendas.

Aumentar o valor das vendas em 20%. Anual

Percentual de investimentos em tecnologia.

Aumentar em 20% investimentos em tecnologia.

Anual

Percentual de satisfação dos clientes.

Atingir o índice de 95% de satisfação dos clientes.

Anual

Percentual de vendas realizadas com novos clientes.

20% das vendas realizadas com novos clientes.

Trimestral

Quantidade de ações de desenvolvidas semanalmente.

3 ações na semana. Bimestral

Quantidade de ações de marketing desenvolvidas no ano.

5 ações no ano. Trimestre

Quantidade de ações de marketing para as cidades vizinhas de Florianópolis.

2 ações de marketing para as cidades vizinhas.

Anual

Quantidade de ações desenvolvidas no semestre.

2 ações no semestre. Semestre

Quantidade de ações realizadas. 2 ações no semanalmente. Mensal

Quantidade de novas parcerias firmadas.

Estabelecer 2 novas parcerias. Anual

Quantidade de novos agentes autônomos cadastrados.

3 agentes autônomos. Semestre

Quantidade de produtos/serviços implementados no ano.

3 novos produtos/serviços por ano. Anual

Tabela 2: Indicadores para o controle estratégico.

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Por meio desses indicadores será possível identificar os problemas, erros e

falhas do que foi planejado, com a finalidade de corrigi-los e de evitar sua

reincidência, determinar ações corretivas necessárias para garantir que a empresa

alcance os objetivos organizacionais estabelecidos (OLIVEIRA, 2009). Sendo assim,

eles serão primordiais na tomada de decisões.

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6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Para as micros e pequenas empresas poderem acompanhar a globalização e

a concorrência do mercado faz-se necessário o uso de ferramentas administrativas

que possam conduzir as organizações na direção almejada.

O planejamento estratégico é uma dessas ferramentas que tem como um dos

objetivos tornar as empresas mais preparadas para enfrentar as constantes

transformações do mercado. Isto porque percebe-se que as possibilidades de

crescimento dessas empresas estão relacionadas não apenas com a experiência

profissional, mas também com aprimoramento de suas formas de gestão, com a

busca de informações atualizadas sobre mercados, atualizações sobre legislações e

como estabelecimento de estratégias para adaptar-se as mudanças de ordem

política, econômica e social.

Neste contexto, o objetivo geral deste trabalho foi o de elaborar uma proposta

de planejamento estratégico a fim de contribuir com o desenvolvimento da

Eletrocredi para os próximos anos. Buscando atingir este objetivo, foram definidos

quatro objetivos específicos, que foram: analisar o ambiente externo (ameaças e

oportunidades) e interno (pontos fracos e fortes); propor diretrizes organizacionais

(missão, visão, valores, objetivos organizacionais); propor estratégias

organizacionais; e, propor um plano para implantação e controle do planejamento

estratégico (planos de ações, indicadores, meta/padrão de desempenho). A seguir

são apresentadas as conclusões acerca de cada objetivo especifico traçado.

Para cumprir o primeiro objetivo que estava relacionado à análise o ambiente

externo (ameaças e oportunidades) e interno (pontos fracos e fortes) foi realizado

um diagnóstico do ambiente da empresa utilizando-se a Análise de SWOT. Para

realizar o diagnóstico foi feito um levantamento dos pontos fortes e fracos da

empresa em relação ao pessoal, organizacional, produção, marketing e financeiro.

Já para as ameaças e oportunidades foi feito um estudo das influências do ambiente

externo em relação aspecto econômico, social, política, legal, tecnológico, clientes,

concorrentes, mão-de-obra, fornecedores e internacional.

Com esta análise foi possível perceber que as principais ameaças que as

empresas enfrentam dizem respeito às constantes mudanças do ambiente externo.

Tais mudanças não podem ser controladas pela empresa, entretanto, caso sejam

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mal administradas, podem trazer sérios prejuízos ao negócio. Referente à análise do

ambiente interno constatou-se que a empresa deve buscar transformar os atuais

pontos fracos em pontos fortes. Nesse sentido, o principal problema que foi notado

foi à falta de um novo produto no mercado, deixando a empresa com um futuro um

pouco incerto devido às mudanças que podem ocorrer na economia ou no governo.

Atendendo ao segundo objetivo, que diz respeito à proposta de diretrizes

organizacionais foram apresentadas sugestões de missão, visão, valores e objetivos

organizacionais. A missão é importante para que a empresa defina a razão de sua

existência, a visão serve para nortear os rumos da empresa, os valores que são os

conceitos, filosofias e crenças que a empresa deve respeitar e os objetivos

organizacionais são aqueles que a empresa deseja atingir. Com a apresentação da

proposta de diretrizes espera-se que a empresa possa atingir o objetivo proposto no

presente estudo.

Para cumprir com o terceiro objetivo específico que diz respeito à proposta de

estratégias foram elaboradas estratégias organizacionais para os principais pontos

relativos às forças competitivas de Porter, ao ambiente externo e interno, e aos

objetivos organizacionais. As estratégias formuladas para empresa foram

elaboradas com o intuito de tentar sanar alguns problemas, melhorar e reforçar seus

produtos e processos. Desta forma espera-se que a empresa consiga atingir os

resultados positivos necessário para sua continuidade.

Com relação ao último objetivo que era propor um plano para implantação e

controle do planejamento estratégico, buscou-se formular planos de ações de forma

simples e que fossem de fácil aplicação para tornar-se possível a implementação na

empresa. Ainda, foram elaborados indicadores e definidas metas/padrão de

desempenho para a empresa com o objetivo de auxiliar no controle do planejamento

estratégico proposto. Cabe destacar que por meio do controle a empresa poderá

mensurar e avaliar as estratégias propostas, possibilitando ações corretivas caso

sejam necessárias.

Por fim, entende-se que o planejamento estratégico é uma importante

ferramenta para as micros e pequenas uma vez que possibilita a elaboração de

estratégias e ações que tornem a empresa mais competitiva perante seus

concorrentes e assim garanta a sua sobrevivência. Desta forma espera-se que essa

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proposta de planejamento estratégico auxilie a Eletrocredi a atingir seus objetivos,

metas e ser competitiva no mercado que atua.

Cabe destacar que o planejamento estratégico proposto deve ser revisado

periodicamente, devido às constantes mudanças no ambiente externo, para que

possa continuar sendo utilizado como ferramenta administrativa para a empresa.

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