CENTRO INTERNACIONAL DE FORMAÇÃO DA OIT EM TURIM

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CENTRO INTERNACIONAL DE FORMAÇÃO DA OIT EM TURIM PROGRAMA DE ACTIVIDADES PARA OS TRABALHADORES DESCRIÇÃO DO PROGRAMA A9 – 01276 Formação sindical sobre organização e acção sindical Países lusófonos da América e África – Português - 3 semanas 28 de Setembro – 16 de Outubro de 2009 DESCRIÇÃO DO CURSO

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CENTRO INTERNACIONAL DE FORMAÇÃO DA OIT EM TURIM

PROGRAMA DE ACTIVIDADES PARA OS TRABALHADORES

DESCRIÇÃO DO PROGRAMA

A9 – 01276

Formação sindical sobre organização e acção sindical

Países lusófonos da América e África – Português - 3 semanas

28 de Setembro – 16 de Outubro de 2009

DESCRIÇÃO DO CURSO

1. CONTEXTO SOBRE O PROGRAMA DE ACTIVIDADES PARA OS TRABALHADORES DA OIT (ACTRAV-TURIM)

O Programa de Actividades para os Trabalhadores do Centro Internacional de Formação da OIT (ACTRAV/Turim) é parte integrante do Escritório para as Actividades dos Trabalhadores com sede em Genebra. O programa tem como finalidade específica reforçar a capacidade das organizações sindicais, nomeadamente a sua capacidade de formação, através da realização de cursos presenciais realizados tanto no próprio Centro de Turim como na Região e através de programas de formação à distância/em linha. Para mais informações sobre o Programa ACTRAV de Turim, consulte o ponto 13.

2. ANTECEDENTES SOBRE O CURSO DE FORMAÇÃO

Nos últimos anos, em muitas organizações sindicais, tem vindo a registar-se uma constante diminuição do número de filiados e, por conseguinte, uma redução do seu papel interventivo no plano sociopolítico, enquanto promotores de uma sociedade alternativa que coloque o trabalho decente no centro das políticas de desenvolvimento.

Esta situação desencadeou inúmeros debates nos quais foram identificados múltiplas causas, como a redução do emprego em sectores com elevado nível de sindicalização, aliada às mudanças estruturais ocorridas nos sistemas globais de produção, assim como os regimes jurídicos que nem sempre facilitam a sindicalização.

Apesar de haver liberdade sindical e negociação colectiva, condições necessárias para garantir um diálogo social justo e livre, em igualdade de condições, são todavia muitas as limitações ao exercício da liberdade sindical decorrentes de exigências legais que dificultam o acesso a esses direitos fundamentais consagrados pelas Convenções n.os 87 e 98 da OIT.

Essas dificuldades afectam o direito dos trabalhadores e trabalhadoras de se organizarem em conjunto para a defesa dos seus interesses e, por conseguinte, interferem no acesso democrático à tomada de decisões nos centros de trabalho, agravando a vulnerabilidade dos/as trabalhadores/as das pequenas e médias empresas ao privá-los/as das condições legais e reais que permitam a negociação colectiva.

O Comité de Liberdade Sindical da OIT regista um número significativo de países onde os direitos fundamentais dos/as trabalhadores/as, como a liberdade sindical e a negociação colectiva, são sistemática e continuamente violados, uma situação que tem claramente um impacto negativo sobre a organização sindical.

A filiação sindical nos sectores dos novos serviços e nas pequenas empresas não permitiu compensar esse retrocesso e, nos países em vias de desenvolvimento, o crescimento da economia informal e do emprego não registado tem contribuído para agravar ainda mais essa situação.

A existência de um crescente sector informal exige uma resposta à desregulação e desprotecção do sector laboral, na medida em que o sector informal também gera relações laborais. Torna-se assim necessário intervir sobre as causas que contribuem para o crescimento do “trabalho sem direitos”.

São inúmeros os factores exógenos que têm tido um forte impacto sobre as organizações sindicais, provocando em muitos casos o seu desaparecimento ou fragmentação. A todos estes factores juntam-se outros factores internos do movimento sindical, que se vê forçado a fazer face a inúmeros desafios.

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A criação da Confederação Sindical Internacional constituiu uma resposta firme e determinada para superar estes obstáculos, sendo fruto da união entre a Confederação Internacional dos Sindicatos Livres (CIOSL) e a Confederação Mundial do Trabalho (CTM). Esse processo de unidade reforçou a capacidade de resposta das organizações nacionais e regionais.

Essas mudanças exigem uma revisão do modelo de organização sindical, assim como uma nova estrutura muito mais inclusiva, que abranja os/as milhões de trabalhadores/as da economia informal que se encontram desprotegidos, atraia e fomente uma maior participação das mulheres, dê mais espaços à criatividade e dinamismo dos/as jovens, faça da diversidade uma riqueza e construa, desde a base até ao nível global, uma sociedade alternativa, baseada na sociedade do trabalho decente face à sociedade de mercado. Esta exigência é particularmente significativa perante um desafio global como é a actual crise económica, financeira, social e de emprego.

A partir do G-20 e das Nações Unidas e em resposta à actual crise, a OIT está a definir uma posição em linha com o seu mandato, o mundo do trabalho, de forma a contribuir para a governança global.

O seu papel fundamenta-se na democracia, no diálogo social e no tripartismo, como processos de legitimação social. A Declaração sobre a Justiça Social para uma Globalização Equitativa, adoptada pela OIT durante a Conferência Internacional do Trabalho de Junho de 2008, precisamente antes que a crise se manifestasse, afirma um novo consenso entre países desenvolvidos e em vias de desenvolvimento, trabalhadores e empregadores, ao reconhecer que são necessárias medidas que travem uma "globalização sem justiça social", com crescentes desigualdades em termos de salário, emprego, crescimento produtivo e redução da pobreza. Essas medidas devem permitir combinar estabilidade financeira e investimento para o desenvolvimento, por um lado, com comércio justo e trabalho decente, por outro. Perante "uma globalização injusta, insustentável e desequilibrada", são precisas "políticas coerentes a nível nacional e internacional para os objectivos económicos, sociais e ambientais que enfrentamos, o que requer a liderança das organizações sindicais, de empregadores e governos".

Esta actividade de formação incidirá sobre alguns dos principais eixos da acção sindical, com vista a reforçar a sua capacidade de organização e de resposta face aos novos desafios.

3. OBJECTIVOS A LONGO PRAZO

O curso tem como objectivo ajudar as organizações sindicais a reforçarem sua capacidade no domínio da organização e acção sindical tendo em vista:

• criar/reforçar uma estrutura na sua organização sindical responsável pelo tema;

• reforçar a capacidade da organização sindical na definição de políticas no domínio em questão e na participação efectiva nos processos decisórios a nível internacional, regional, sub-regional e nacional;

• o desenvolvimento de um sistema de formação e/ou programas de educação laboral na área da organização e acção sindical;

• a criação de uma verdadeira rede de comunicação entre as organizações sindicais nacionais na região, que facilite o intercâmbio de informações e de experiências entre

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líderes e membros do movimento sindical que participam nos processos de integração sindical;

• a aplicação de uma abordagem transversal nas questões relacionadas com o género dentro da organização sindical.

4. OBJECTIVOS IMEDIATOS

No final do curso, os participantes estarão aptos a:

- Identificar as dificuldades internas e externas com que as organizações sindicais se deparam na sua acção sindical, assim como os seus pontos fortes e oportunidades. A análise comparativa entre os diferentes países e o intercâmbio de experiência facilita o processo de integração sindical no plano internacional.

- Descrever os procedimentos e os mecanismos de supervisão e controlo previstos no sistema de Normas Internacionais do Trabalho da OIT e as possibilidades de acção sindical nesse domínio.

- Analisar a importância dos princípios e direitos fundamentais no trabalho, consagrados na Declaração da OIT, e o seu mecanismo de acompanhamento, com particular destaque da liberdade de associação e do direito à negociação colectiva.

- Analisar temas laborais da actualidade, como os processos de integração, a estrutura do movimento sindical internacional, a capacidade de proposta sindical nos diferentes temas, a igualdade entre géneros, a igualdade de oportunidades e as tecnologias da informação, os resultados da Conferência Internacional do Trabalho de Junho de 2009 relativamente à crise, assim como a agenda da Conferência da OIT para 2010. Todos estes temas serão abordados à luz das prioridades da OIT e do seu mandato relacionado com as Normas Internacionais do Trabalho e a Declaração da OIT sobre princípios e direitos fundamentais no trabalho, da Declaração sobre a Justiça Social para uma Globalização Equitativa, bem como da agenda da OIT sobre trabalho decente.

- Identificar modelos e técnicas alternativas de organização sindical mais adequados para responder aos novos desafios no mundo do trabalho e nas políticas predominantes nos diferentes níveis: internacional, regional, sub-regional, nacional e territorial.

- Identificar as limitações legais existentes em cada país na filiação e na negociação colectiva.

- Descrever e formular estratégias para organizar campanhas de filiação e participação sindical, em particular, junto dos/as trabalhadores/as da economia informal, mulheres e jovens.

- Analisar experiências positivas da economia social com a participação das organizações sindicais sobre a organização de trabalhadores/as da economia informal e estabelecer alianças com a sociedade civil.

- Experimentar e analisar técnicas de comunicação e negociação para melhorar as capacidades de representação dos/as filiados/as.

- Formular novas estratégias e programas em matéria de formação sindical para potenciar o desenvolvimento de quadros sindicais preparados para responder aos novos desafios.

- Analisar as potencialidades das novas tecnologias na área da formação sindical, incluindo a formação à distância para a criação de redes sindicais de comunicação

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nacionais, regionais e internacionais entre os sindicalistas e aplicar as funcionalidades do SoliComm.

- Elaborar planos de acção individual (incluindo uma proposta de projecto) a serem implementados a nível nacional ou local.

- Compreender o movimento sindical internacional e as organizações sindicais de países industrializados, em particular o movimento sindical português através da visita de estudo em Portugal.

5. ESTRUTURA E CONTEÚDO DO CURSO

O curso incluirá as seguintes sessões:

a) Descrição do contexto internacional, regional e local

A partir dos relatórios nacionais apresentados pelos participantes, será realizada uma análise comparativa sobre os seguintes temas:

• o contexto nacional e internacional: impacto da globalização sobre as relações laborais e sobre a organização sindical. Estrutura política, económica, social e laboral, com destaque para a economia informal e a sua influência sobre a filiação sindical;

• as políticas e programas em matéria de organização e acção sindical, em particular, no que se refere aos/às trabalhadores/as da economia informal, às mulheres e os/as jovens, assim como a acção sindical no domínio dos movimentos migratórios;

• participação da sua central sindical nas coordenações sindicais organizadas a nível sub-regional e no processo de união da nova central;

• programas operacionais a nível nacional que promovam campanhas a favor dos jovens e das mulheres;

• a estrutura e organização do movimento sindical, incluindo a formação sindical. As políticas de género e a promoção da igualdade. Os principais problemas que os sindicatos enfrentam em matéria de organização e acção sindical;

• as políticas sindicais prioritárias e a descrição dos programas de formação na área visada pelo curso;

• a utilização das novas tecnologias e a participação em redes.

b) Principais temas da actualidade em matéria laboral

Análise da crise financeira, económica, social e de emprego

O curso inclui uma sessão dedicada à globalização, assim como um debate sobre os principais desafios com que os sindicatos se deparam com a globalização.

Introdução ao movimento sindical internacional

O curso comporta uma sessão dedicada à estrutura do movimento sindical internacional, versando sobre as respostas que os/as trabalhadores/as organizados/as podem fornecer no plano global.

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As Normas Internacionais do Trabalho da OIT e a Declaração da OIT relativa aos princípios e direitos fundamentais no trabalho e respectivo acompanhamento

- História da OIT, mandato, estrutura, os objectivos estratégicos e programas com destaque particular para o Programa de Actividades para os Trabalhadores (ACTRAV);

- O sistema das Normas Internacionais do Trabalho da OIT;- Conteúdos das 8 Convenções fundamentais e da Declaração da OIT relativa aos

princípios e direitos fundamentais no trabalho e respectivo acompanhamento;- A Declaração da OIT sobre a Justiça Social para uma Globalização Equitativa- A liberdade sindical e a negociação colectiva- A Declaração Tripartida dos princípios da OIT relativos às empresas multinacionais e à

política social.

Género e direito das mulheres trabalhadoras

Esta sessão visa introduzir o tema do género, que será desenvolvido ao longo de todo o curso, com especial destaque para a divisão de responsabilidades familiares entre homens e mulheres, e a conciliação da vida pessoal e profissional.

Agenda da Conferência da OIT

Esta tem como objectivo debater com os participantes os temas prioritários tratados na Conferência Internacional do Trabalho de 2009 e a agenda da CIT para 2010, assim como promover a sua participação activa nas discussões enquanto organizações sindicais nacionais.

Migrantes

Esta sessão visa sensibilizar os participantes sobre a importância da acção sindical especificamente orientada para os movimentos migratórios, bem como sobre as causas, processos e consequências destes movimentos.

c) Modelos e técnicas de organização sindical

Nesta sessão, serão analisados e discutidos os modelos de organização e a estrutura sindical. Mais concretamente, serão abordadas as seguintes questões:

- quadros jurídicos relativos ao exercício da Liberdade Sindical e à Negociação Colectiva;

- organização no território: em particular as experiências relacionadas com trabalhadores/as das zonas rurais;

- organização no local de trabalho (ao nível da empresa);

- organização por sector;

- organização a nível nacional, sub-regional, regional e internacional.

d) Organização de trabalhadores/as da economia informal e da indústria maquiladora

- Análise e discussão sobre a economia informal, o trabalho por conta própria e o emprego não registado.

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- Apresentação de casos.

- O trabalho decente e a necessidade de organizar os/as trabalhadores/as não registados/as.

- Debate sobre a economia social e a organização sindical.

- Análise das relações existentes entre género, juventude e maquilas.

e) Organização de mulheres e de jovens

Tendo em conta a importância destes grupos para a organização sindical no futuro, este tema será alvo de especial destaque.

- O respeito das diferenças para promover a igualdade.

- Estratégias para aplicar medidas de auto-afirmação.

- Resolução da OIT sobre a igualdade e o emprego dos jovens.

f) Reforço da liderança e da representação sindical

- Importância do planeamento estratégico participativo para a gestão do poder.

- Técnicas de comunicação e negociação.

- Importância da formação para o desenvolvimento de quadros sindicais e para o reforço da organização.

g) Organização de campanhas

Será apresentada e analisada a Campanha Sindical Americana para a liberdade sindical e a negociação colectiva.

h) Aplicação das novas tecnologias da informação e comunicação

- Utilização das novas tecnologias da informação para a gestão da organização sindical (base de dados e outros serviços para os/as filiados/as).

- Técnicas de informação: utilização do SoliComm nas redes sindicais.

- As novas tecnologias e suas aplicações (E-mail, base de dados, Internet, etc.). Durante o curso presencial em Turim, serão ministradas aulas de informática no laboratório para utilizar os principais programas utilizados na Internet, no correio electrónico e na formação à distância. Isso permitirá compreender melhor as suas potencialidades para a promoção e o reforço das organizações sindicais e das redes sindicais.

i) Elaboração de um projecto/plano de trabalho

No final do programa, os participantes elaborarão projectos/planos individuais de trabalho que serão implementados quando regressarem aos seus países com vista a multiplicar os conhecimentos adquiridos durante o curso realizado em Turim.

j) Visitas de estudo

Será organizada uma visita de estudo a Portugal, financiada a nível nacional, para conhecer e participar na organização do sindicalismo português.

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k) Avaliação

A avaliação do curso será contínua. Está prevista uma avaliação semanal e outra no final do curso. As revisões semanais permitirão reorientar as actividades de formação de modo que os conteúdos e a metodologia possam ser ajustados em função das necessidades e do interesses dos participantes, promovendo assim a sua plena participação no desenrolar do curso. A avaliação final do curso visa reflectir a consecução dos objectivos imediatos e o nível de satisfação dos participantes. A avaliação é um processo fundamental que contribui para melhorar as actividades de formação organizadas pelo Programa de Turim.

Será também realizada uma avaliação pós-formação, um ano depois da conclusão do programa em Turim. Serão enviados (por correio electrónico) questionários de avaliação pós-formação a todos os participantes para avaliar o impacto a longo prazo, identificando os resultados de cada plano de acção individual apresentado no final do curso.

6. PARTICIPANTES

Os participantes deverão ser:

• membros do comité executivo nacional ou dirigentes de sindicatos nos sectores mais importantes, responsáveis da organização sindical.

• dirigentes responsáveis dos Comités e/ou Direcções de jovens e mulheres, departamentos especializados em organização sindical;

Os/As candidatos/as não deverão ter mais de 45 anos.

Será dada preferência ao recrutamento de mulheres. O perfil dos/as participantes deve ser tomado em consideração de modo a facilitar a sua participação em todo o curso, para assegurar que possam aplicar as experiências, conhecimentos e competências adquiridas no seu trabalho diário após a sua participação no curso.

Quando seleccionarem os seus candidatos, as organizações deverão certificar-se de que os candidatos possuem as qualificações e aptidões necessárias à multiplicação dos seus conhecimentos e experiências nas respectivas organizações sindicais.

As organizações seleccionadas devem comprometer-se a prestar o apoio necessário aos candidatos por si seleccionados, preparando-os previamente para o curso e assegurando um acompanhamento posterior, nomeadamente no que diz respeito à execução do plano de acção individual elaborado no final do Programa em Turim. A organização sindical deve assegurar-se de que as competências e os conhecimentos adquiridos pelo seu participante são devidamente utilizados nas actividades da organização.

7. PRÉ-REQUISITOS PARA O CURSO

Relatório Nacional

Cada participante deverá apresentar ao Centro de Turim um relatório nacional. O relatório, a ser redigido de preferência em folhas A4, não deverá exceder 5 páginas e deverá incidir sobre os seguintes pontos:

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• o contexto nacional, regional e global: Impacto da globalização sobre as relações laborais e a organização sindical. Estrutura política, económica, social e laboral, com destaque para a economia informal e a sua influência sobre a filiação sindical;

• as políticas e programas em matéria de organização e acção sindical, em particular, no que se refere aos/às trabalhadores/as da economia informal, às mulheres e os/as jovens;

• programas operacionais a nível nacional que promovam campanhas de filiação de jovens mulheres;

• a estrutura e organização do movimento sindical, incluindo a formação sindical; as políticas de género e a promoção da igualdade de oportunidades;

• os principais problemas que os sindicatos enfrentam em matéria de organização e acção sindical;

• as políticas sindicais prioritárias e a descrição dos programas de formação na área visada pelo curso;

• a utilização das novas tecnologias e a participação em redes.

O relatório deverá ser enviado para o seguinte endereço de correio electrónico:Actrav [email protected] ou por fax (+39-011-693-6589)

Conferências em linha

Este curso inclui uma componente de formação em linha que terá início duas semanas antes do curso. Poderá encontrar em anexo instruções detalhadas sobre como participar nessa formação em linha. Essa actividade permitirá uma apresentação de cada participante, assim como uma discussão preliminar sobre os seus relatórios nacionais.

Documentos

Os participantes devem trazer documentos e/ou outras fontes de informação relacionados com os seguintes aspectos respeitantes aos seus países e organizações sindicais.

• estatutos, documentos dos últimos congressos e regulamentos internos;

• documentos relativos aos programas nacionais sobre a formação de líderes e quadros sindicais;

• documentos sobre estatísticas com dados discriminados por sexo sobre a filiação sindical;

• qualquer outro material que possa ser relevante para o curso.

8. METODOLOGIA

A metodologia de formação aplicada durante o curso permitirá integrar os conhecimentos e experiências dos participantes na área visada pelo curso. Será utilizada uma metodologia activa durante todo o curso, que estimulará a participação em todos os aspectos da formação.

9. MATERIAIS DE FORMAÇÃO

Serão distribuídos aos participantes módulos de formação, material sindical e outras publicações sobre a matéria do curso.

10. IDIOMA

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O curso será ministrado em português.

11. DURAÇÃO E DATAS

O curso terá uma duração de 3 semanas e decorrerá de 28/9 ao 16/10 de 2009.

12. RECURSOS DE FORMAÇÃO DO CENTRO E INSTALAÇÕES DA RESIDÊNCIA

O curso será ministrado por docentes do Centro da OIT em Turim com a participação de colaboradores especializados nos temas visados, oriundos do movimento sindical e possuindo uma vasta experiência a nível internacional.

O Centro conta com salas de aulas e de conferência equipadas, um centro de recursos didácticos e de documentação com sistema de pesquisa informatizado, salas audiovisuais, estúdios para a elaboração de material multimédia e apoios didácticos, uma unidade de artes gráficas, uma sala de imprensa, um laboratório de formação assistida por computador e um laboratório interactivo para a aprendizagem de idiomas.

O campus do Centro proporciona aos participantes um ambiente ideal para viver e estudar. Situado nas margens do rio Pó, o campus conta com 9 pavilhões que oferecem serviços residenciais e de formação. Os quartos incluem um espaço para estudo e dispõem de casa de banho privativa. O campus oferece outros serviços, incluindo restaurante, cafetaria, banco, agência de viagens, correios e enfermaria.

13. GENERALIDADES SOBRE O PROGRAMA DE ACTIVIDADES PARA OS TRABALHADORES (ACTRAV – Turim)

A formação constitui uma das principais áreas de acção das organizações sindicais. A formação dos seus quadros e seus membros filiados é essencial para reforçar a organização no seu conjunto e para optimizar os níveis de eficiência no seu desempenho.

O Escritório de Actividades para os Trabalhadores (ACTRAV) tem como objectivo promover a criação de organizações de trabalhadores livres, independentes e democráticas em todos os países, com vista a reforçar o seu papel na defesa dos direitos e interesses dos/as trabalhadores/as, prestando serviços efectivos aos seus membros, tanto a nível nacional como internacional.

O Programa de Actividades para os Trabalhadores do Centro Internacional de Formação da OIT visa responder às necessidades de formação das organizações sindicais de trabalhadores. Essas necessidades estão em constante evolução à medida que evoluem os desafios impostos pela globalização e pela crise actual ao movimento sindical internacional, cuja acção necessita de ser coerente com as mudanças políticas e económicas que vão ocorrendo. O programa visa dar conta dessas exigências através de cursos de formação especializados, da produção de materiais didácticos utilizados tanto nas actividades de formação presencial como na formação em linha, de serviços de consultoria e de projectos específicos.

A execução do Programa comporta cinco categorias principais de actividades e serviços de formação:

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- A primeira consiste em cursos de formação presenciais especializados, ministrados no Centro de Turim da OIT, que integram uma componente de metodologia de formação participativa (métodos pedagógicos activos). Os planos de estudo (currículos) são essencialmente elaborados em função dos quatro objectivos estratégicos da OIT, tendo igualmente em conta a questão transversal relativa ao género e a metodologia de formação mencionada. Os quatro objectivos estratégicos da OIT são: 1) Normas e direitos fundamentais no local de trabalho 2) Emprego 3) Protecção social e 4) Diálogo social. Nesta categoria, incluem-se também os cursos especificamente elaborados para as federações sindicais mundiais (FSM).

- Uma segunda categoria abrange seminários de avaliação e acompanhamento, realizados conjuntamente com os colegas da ACTRAV da região. Estes seminários visam avaliar a contribuição do Programa de Actividades para os Trabalhadores na consecução dos objectivos de desenvolvimento das actividades de formação, assim como a sua oferta de formação avançada.

- A terceira categoria diz respeito à formação em linha destinada às organizações de trabalhadores.

- A quarta categoria corresponde à oferta de formação de pessoal destinada à ACTRAV.

- A quinta categoria abrange a prestação de serviços, essencialmente na área da assistência docente.

Nos últimos anos, a concepção e implementação das actividades de formação organizadas pela ACTRAV-Turim têm incluído de forma sistemática e multidisciplinar a questão do género. A transversalidade da questão do género em todas as suas actividades de formação constitui uma prioridade para o Programa.

Para mais informações sobre o Programa para os Trabalhadores do Centro Internacional de Formação da OIT (ACTRAV Turim), consulte a seguinte página na Internet:

http://actrav.itcilo.org/index_en.php

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Anexo: Orientação de pré-formação e actividades de pós-formação

Para optimizar a eficácia dos seus cursos, o Programa ACTRAV de Turim oferece uma orientação antes de iniciar os seus cursos e actividades após o seu termo.

Na orientação de pré-formação, os participantes receberão noções sobre os objectivos específicos e o conteúdo do curso, que lhes proporcionará uma base preparatória antes da realização do curso. Terão ainda oportunidade para se apresentarem aos outros participantes, apresentarem os seus relatórios nacionais, bem como compararem as suas metas e objectivos em relação aos do programa.

As actividades de pós-formação visarão apoiar os participantes na implementação e execução dos seus planos de acção. Estas actividades permitirão aos participantes comunicar entre si e reforçar a rede de peritos sindicais sobre o tema do curso.

As actividades de pré-formação e pós-formação serão realizadas através de videoconferência (sistema de comunicação com computador através da Internet). As instruções relativas à utilização deste sistema serão enviadas aos participantes. Durante o programa presencial em Turim, os participantes receberão formação específica para utilizar o sistema de videoconferência.

Os participantes que não possuam o nível de conhecimentos ou o equipamento técnico necessários poderão igualmente tomar parte nas actividades de pré e pós-formação através de fax ou correio postal. É importante que todos os participantes tomem parte nas referidas actividades.

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