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CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO BÁSICA       PARA  JOVENS E ADULTOS DE PINHÃO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO                                            Pinhão - Paraná PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS ANO 2012

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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO                                           Pinhão ­ Paraná

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

ANO 2012

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SUMÁRIO

 FICHA DE IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO 6

CURSOS AUTORIZADOS RECONHECIDOS 07

1. FORMA DE ORGANIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO 08

1.1 HISTÓRICO 09

1.2 PERFIL DO EDUCANDO 10

1.3 CARACTERIZAÇÃO DOS CURSOS 12

1.4 NÍVEL DE ENSINO

       1.4.2 ENSINO FUNDAMENTAL  – FASE II 13

1.4.3 ENSINO MÉDIO 13

1.5 EDUCAÇÃO ESPECIAL 13

1.6 AÇÕES PEDAGÓGICAS DESCENTRALIZADAS 14

1.7 FREQÜÊNCIA 14

1.8 EXAMES SUPLETIVOS 14          

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1.9 CONSELHO ESCOLAR 14

1.10 MATERIAIS DE APOIO DIDÁTICO 15

1.11 BIBLIOTECA ESCOLAR 15

1.12 LABORATÓRIO 15

1.13 RECURSOS TECNOLÓGICOS 15

2. FILOSOFIA E PRINCÍPIOS DIDÁTICO­PEDAGÓGICOS 17

3. INDICAÇÃO DA ÁREA OU FASE DE ESTUDOS 20

4. MATRIZ CURRICULAR 21

4.1 ENSINO FUNDAMENTAL – FASE I 21

4.2 ENSINO FUNDAMENTAL – FASE II 22

4.3 ENSINO MÉDIO 23

5.     CONCEPÇÃO,     CONTEÚDOS     E     SEUS     RESPECTIVOS 24ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

5.1 ENSINO FUNDAMENTAL – FASE I 24

5.2 ENSINO FUNDAMENTAL – FASE II E ENSINO MÉDIO 32

6. PROCESSOS DE AVALIAÇÃO, CLASSIFICAÇÃO E PROMOÇÃO 106

6.1. CONCEPÇÃO TEÓRICA DA AVALIAÇÃO 106

6.2 PROCEDIMENTOS E CRITÉRIOS PARA ATRIBUIÇÃO DE NOTAS 107

6.3 RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS 108        

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6.4 APROVEITAMENTO DE ESTUDOS 109

6.5 CLASSIFICAÇÃO E RECLASSIFICAÇÃO 109

7. REGIME ESCOLAR 110

7.1 ORGANIZAÇÃO 110

7.2 FORMAS DE ATENDIMENTO 110

7.2.1 ENSINO FUNDAMENTAL – FASEI 110

7.2.2 ENSINO FUNDAMENTAL – FASEII E ENSINO MÉDIO 110

7.3 MATRÍCULA 111

7.4 MATERIAL DIDÁTICO 112

7.5 AVALIAÇÃO 112

7.6 RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS 113

7.7 APROVEITAMENTO DE ESTUDOS, CLASSIFICAÇÃO e 113 RECLASSIFICAÇÃO

7.8 ÁREA DE ATUAÇÃO 114

8. CONDIÇÕES MATERIAIS E RECURSOS TECNOLÓGICOS 115

8.1 RELAÇÃO DE RECURSOS FÍSICOS 115

8.2 RELAÇÃO DE ACERVO BIBLIOGRÁFICO 117

8.3 RELAÇÃO DE EQUIPAMENTOS DE LABORATÓRIO 129

8.4 RELAÇÃO DE RECURSOS AUDIOVISUAIS E TECNOLÓGICOS 130  

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9. RECURSOS HUMANOS E RELAÇÃO DO CORPO  DOCENTE E 132

TÉCNICO­ADMINISTRATIVO

9.1 ATRIBUIÇÕES DOS RECURSOS HUMANOS 132

9.1.1 DIREÇÃO 132

9.1.2 PROFESSOR PEDAGOGO 133

9.1.3 COORDENAÇÕES 134

9.1.4 DOCENTES 136

9.1.5 SECRETARIA E APOIO ADMINISTRATIVO 137

9.2 RELAÇÃO DOS RECURSOS HUMANOS 139

9.3 CÓPIA DA DOCUMENTAÇÃO DOS RECURSOS HUMANOS 140

10. PLANO DE AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL DO CURSO 141

11. BIBLIOGRAFIA 143  

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IDENTIFICAÇÃO

Identificação da instituição Formulário 01

1 – Denominação da instituiçãoCentro  Estadual  de  Educação  Básica  para  Jovens  e  Adultos  de  Pinhão  ­Ensino Fundamental e Médio

2 – Endereço completoRua XV de Novembro, s/nº

3 – Bairro/Distrito 4 – Município 5 – NRENossa Senhora Pinhão GuarapuavaAparecida

6 – CEP 7 –Caixa 8 – DDD 9 – Telefone86170­000 Postal 42 3677 216110 – Fax 11 – E­mail 12 – Site

[email protected]

13 – Entidade mantenedora 14 – CNPJ/MFGoverno do Estado do Paraná 76.416.965/0001­21

15 – Local e data 16 – Assinatura

Pinhão, 30 de novembro de 2012

Direção

    

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CURSOS AUTORIZADOS/RECONHECIDOS/RENOVAÇÃO

Cursos autorizados / reconhecidos Formulário 02

1 – Cursos autorizados

Cursos autorizados Número das autorizações

Ensino Fundamental Res. nº 3145/91 Res. nº 5767/08

Ensino MédioRes. nº 384/97Res. nº 5767/08

2 – Cursos reconhecidos

Cursos reconhecidos e renovação de

Número dos reconhecimentos e 

renovações   reconhecimento

Ensino Fundamental

Res. 863/98 Res. 5767/08

Res. 6077/11

Ensino Médio

Res. 4.813/99 Res. 5767/08

Res. 6077/11

3 – Observações

       

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1. FORMA DE ORGANIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO

As   práticas   culturais,   políticas,   econômicas   e   estéticas   vêm   sofrendo 

mudanças   rápidas  e   radicais,  que  exigem da humanidade um repensar  de  valores, 

princípios e métodos. Nesse contexto, a educação toma uma posição de destaque às 

exigências que a sociedade contemporânea vem apresentando.

Por fatores históricos e culturais, parte da população pinhãoense ficou 

alheia às transformações sociais, relegando a educação a segundo plano, priorizando o 

trabalho   e   conservando   hábitos   ainda   rudimentares   de   vida,   diante   do   avanço 

científico e tecnológico dos centros urbanos.

Com o passar do tempo, essa mesma população foi levada a enfrentar os 

novos desafios  que a  sociedade  impõe,  sentindo então a necessidade de buscar  os 

conhecimentos através da educação para poder acompanhar a evolução e o progresso 

do município e ter acesso a novas informações que foram surgindo, para ao mesmo 

tempo, obtê­las, articulá­las e organizá­las.

Diante dessa conjuntura,   surge a  oportunidade de escolarização desse 

contingente de pessoas adultas que busca na escola a aprendizagem essencial de sua 

formação para atuar com competência, dignidade e responsabilidade na sociedade que 

vive e na qual espera ver atendidas suas necessidades individuais, sociais, políticas e 

econômicas.

Para atender essas demandas que a sociedade atual apresenta, é que a 

atuação do Centro Estadual de Educação para Jovens e Adultos de Pinhão se consolida, 

para   que  os   alunos  possam adquirir  mais   informações   e   conhecimentos,   construir 

generalizações   e   conceitos   mais   abrangentes   ao   longo   de   suas   experiências   e 

conhecimentos   prévios,   vivências   e   saberes   acumulados.   E   a   escola   torna­   se   a 

instituição privilegiada, que possibilita novas formas de construção do conhecimento, 

promove a integração, estabelece novas relações com a cultura, e aquisição de novos 

conhecimentos, conceitos e valores.

O   objetivo   primordial   do   Centro   Estadual   de   Educação   para   Jovens   e 

Adultos de Pinhão é  de compreender o aluno como ser  integrante de uma cultura, 

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valorizar suas formas próprias de pensar e agir, sem desconsiderar as relações entre as 

diferentes   culturais  presentes  na  escola,  por   ser  esta  a  modalidade de  ensino  que 

abrange grande diversidade, multiplicidade sob todos os aspectos, diferencial este, que 

possibilita  visões  mais   críticas  e  abrangentes  de  mundo,  que   imprimem uma nova 

ordem ao tempo e espaço que vivemos.

A Educação de Jovens e Adultos torna­se, através da instituição escola, um 

espaço privilegiado de socialização de conhecimentos, valores e atitudes, oferecendo 

assim a possibilidade do aluno fazer uma tradução mais crítica das vivências que traz, 

no aprimoramento de suas capacidades e ampliação de participação na sociedade em 

que vive e atua.

1.1. HISTÓRICO

No   município   de   Pinhão,   sempre   foi   grande   o   número   de   pessoas   sem 

escolarização. Para tentar reverter este quadro foi criado em 1989, numa iniciativa da 

Secretaria Educação Municipal de Pinhão, o Posto Avançado do CES, sob a orientação e 

assessoria do Centro de Estudos Supletivos de Guarapuava. Em 1990 ficou instituído 

como   NAES   (Núcleo   Avançado   de   Estudos   Supletivos),   ainda   um   Núcleo   de 

Guarapuava.   Em   1996   torna­se   CES   (Centro   de   Estudos   Supletivos),   tendo 

administração própria. No ano de 1998 a nomenclatura passa a ser CEAD (Centro de 

Educação  Aberta,  Continuada,   à  Distância)  e   em 2000,   tornou­se  CEEBJA  (Centro 

Estadual de Educação Básica para Jovens e Adultos). Essa modalidade de ensino em 

Pinhão tem características que lhe são peculiares e possui versatilidade que permite o 

emprego   de   tecnologias   e   orientações   de   aprendizagem   que   respeitam   as 

individualidades dos alunos,  em especial  às populações que residem no  interior do 

município.

O trabalho no Centro de Educação para Jovens e Adultos de Pinhão até o ano de 

2006,   fundamentou­se   no   auto­estudo,   no   estudo   independente   e   orientado   nas 

necessidades e possibilidades, no ritmo próprio, em currículos alternativos, permitindo 

o acesso irrestrito a jovens e adultos que carecem da escola aberta para concluírem 

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seus   estudos,   favorecendo   a  utilização  dos   elementos  da   realidade.  Nesse   sentido, 

muitos   projetos   educativos   forão   desenvolvidos,   através   dos   PAC’s   Especiais   que 

abrangiam bairros (sede) e  interior dos municípios de Pinhão e Reserva do Iguaçu, 

Extensão  aos  Faxinais,  Escolarização  de  Lideranças  Sindicais,   entre  outros.  Todo  o 

trabalho desenvolvido acontecia a partir de parcerias e convênios, buscando­se com 

isso, maior integração da escola com a comunidade, e a sociedade em geral.

Para atender esses alunos, criou­se então o Projeto de Extensão aos Faxinais do 

Município de Pinhão, que apresenta características bem específicas e abrangiam oito 

(8) comunidades, contando com o apoio da Prefeitura Municipal de Pinhão para o 

transporte dos alunos e professores e espaço físico. Era o único projeto que atendia o 

interior do município em nível de 5ª a 8ª do Ensino Fundamental,  sendo uma das 

formas de impedir o êxodo rural e falta de perspectivas.

O CEEBJA realizou o Projeto de Escolarização de Lideranças Sindicais por oito 

anos.  Tal  projeto era uma parceria  da Federação dos Trabalhadores da Agricultura 

Familiar   (FETRAF),   Associação   de   Trabalhadores   das   Famílias   Rurais   de   Pinhão 

(AFATRUP) e Centro Estadual de Educação Básica para Jovens e Adultos de Pinhão 

(CEEBJA), visando escolarizar sindicalistas e lideranças de movimentos populares em 

nível  da Educação Básica (Ensino Fundamental  –  2º  segmento – e  Ensino Médio). 

Desde seu início (em 1998) o projeto foi se aperfeiçoando e se reestruturando para 

melhor atender aos anseios de seu público. Isso fez com que, a cada ano, aumenta­se a 

procura   de   dirigentes   sindicais   urbanos   e   rurais   que,   como   liderança,   sentem 

necessidade do conhecimento formal para aliar ao que já   tem de conhecimento de 

mundo.   Sendo   este   projeto   referência   nos   três   Estados  do   Sul.   Grande  parte  dos 

estudantes vieram do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, sendo também do Paraná. 

Nesse   período   atendendiamos   a   demanda   da   Casa   Familiar   Rural,   no   Ensino 

Fundamental, onde estudam filhos de pequenos agricultores e de famílias em situação 

de vulnerabilidade social.

No   ano   de   2006   os   PAC's   tornaram­se   APED's   (Ações   Pedagógicas 

Descentralizadas), continuando a atender somente os bairros da sede e interior dos 

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municípios de Pinhão e Reserva do Iguaçu. Nesse ano implantamos a nova Proposta 

Política Pedagógica da EJA, aumentando a carga horária das disciplinas,  atendendo 

alunos na organização coletiva de forma presencial e no individual, assessorando no 

estudo independente do aluno, com atendimento presencial do aluno e professor. No 

público que efetivamente freqüenta os programas de educação de jovens e adultos, é 

cada   vez   mais   reduzido   o   número  daqueles   que  não   tiveram  nenhuma  passagem 

anterior pela escola. A maioria nutre a esperança de continuar os estudos,concluir o 

Ensino   Fundamental   e   ter   acesso   a   outros   graus   de   ensino   e   as   habilitações 

profissionais. 

           1.2 PERFIL DO EDUCANDO 

     Centro Estadual de Educação Básica para Jovens e  Adultos  de Pinhão,  tem 

como público alvo, jovens (a partir de 15 anos para o Ensino Fundamental e 18 anos 

para   o  Ensino  Médio),   adultos,   idosos,   bem  como,   os   portadores  de  necessidades 

especiais,   que   não   tiveram   acesso   à   escola   na   idade   própria   ou   não   tiveram   a 

oportunidade   de   continuar   seus   estudos   por   inadaptação   às   práticas   escolares, 

necessidade  de   trabalhar,  ausência  de  estímulos  ou  repetências   sucessivas.  Em sua 

maioria sofreram desde muito cedo pressões para ingressar no mercado de trabalho e 

sem qualquer habilitação, dedicam­se a atividades à margem do mercado formal de 

trabalho. 

Os   Jovens,   adultos   e   idosos   que   procuram   a   escola   vêm   motivados   pela 

expectativa de conseguir um emprego melhor, ou então pelo desejo de elevação da 

auto­estima, como também, dar bons exemplos aos filhos, ajudá­los em suas tarefas 

escolares, manter um trabalho temporário e etc.

É marcante a participação do idoso, que busca na escola uma oportunidade 

de convivencia, encontrando no conhecimento sistemico, uma forma de integração com 

as pessoas.

Nossos alunos têm perfis diferenciados apresentando diversidades étnicas, 

culturais   e   sócio­economicas.   São   os   assalariados   rurais   temporários,   posseiros, 

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meeiros, arrendatários, acampados, assentados, reassentados, atingidos por barragens, 

agricultores familiares, vileiros rurais, população ribeirinha, empregadas domésticas, 

bóias   frias,  donas de  casa,  que  por   livre   iniciativa voltaram a  frequentar  a  escola,  

pequenos   empresários,   comerciantes,   funcionários   públicos,   desempregados   e 

estagiários remunerados com contrato temporário.

O Projeto do Ensino Fundamental e Médio do CEEBJA de Pinhão surgiu da 

necessidade de oferecer a essa população do  interior e da sede do municipio e de 

municipios vizinhos uma oportunidade a mais de escolarização, Muitos residem em 

comunidades distantes e possuem baixo poder aquisitivo. A maioria desses alunos têm 

as aulas na sua comunidade, próximas às suas moradias e alguns deles necessitam 

caminhar de 5 a 17 km de distância. Outros esperam o transporte dos professores para 

chegarem à escola, havendo superlotação dos veículos, o que torna a viagem perigosa e 

insegura. Outra parte frequenta a escola na sede.

Nosso  Município  possui   vasta   extensão   territorial,   apresenta  disparidade  em 

relação à produção agrícola e distribuição de renda pelo relevo diversificado: vastas 

áreas de campo com elevada produtividade de um lado e extensa a área de recursos 

florestais de outro (faxinais), tornando­ se o único meio de sobrevivência da população 

local   que   através   do   extrativismo   e   cultura   de   subsistência,   detém   um   elevado 

contingente   de   pessoas   com   condições   precárias   de   vida   por  não   terem   acesso   a 

informações e recursos alternativos da atualidade. Devido ao problema do êxodo rural, 

muitos alunos retomam os estudos e acabam desistindo. Saem do campo e vão para a 

cidade, iludidos por melhores condições de vida ou indo para outros municípios e até 

outros estados.

Oportunizar  o  acesso   à   escola,   adultos   e   idosos   sem escolaridade   completa, 

oferecendo­ lhes um espaço de recolocação social, de sociabilidade de formalização do 

saber   e   desenvolvimento  pessoal,   para   obter   apropriação  dos   instrumentos  básicos 

necessários ao acesso a outros graus de ensino, a incorporação ao mundo do trabalho, 

o   conhecimento   e   valorização   da   diversidade   cultural   brasileira,   formação   para 

vivência democrática,  o  fortalecimento da auto­ estima e o exercício da autonomia 

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pessoal.

O estágio atual  do desenvolvimento econômico exige dos trabalhadores uma 

educação  que os  prepare,  para  maior  autonomia  e  versatilidade  ao  assumir  novos 

papéis  que  lhes  são postos.  Cabe  também à  EJA ofertar  um processo de  educação 

continuada voltada para a formação geral e para o domínio tecnológico.

Essa modalidade de ensino vem para sanar uma dívida do Estado para com os 

que não tiveram acesso à Escola e nem domínio da escrita e leitura como bens sociais, 

pois sendo privado desse acesso, desse instrumento imprescindível para uma presença 

siginificativa na convivência social contemporânea.

 1.3  CARACTERIZAÇÃO DO CURSO

Este estabelecimento de ensino tem como uma das  finalidades,  a oferta de 

escolarização de jovens, adultos e idosos que buscam dar continuidade a seus estudos 

no   Ensino   Fundamental   ou   Médio,   assegurando­lhes   oportunidades   apropriadas, 

consideradas suas características, interesses, condições de vida e de trabalho, mediante 

ações didático­pedagógicas coletivas e/ou individuais.

Portanto, este Estabelecimento Escolar oferta Educação de Jovens e Adultos – 

Presencial, que contempla o total de carga horária estabelecida na legislação vigente 

nos níveis do Ensino Fundamental e Médio, com avaliação no processo.

Os cursos são caracterizados por estudos presenciais desenvolvidos de modo a 

viabilizar processos pedagógicos, tais como:

1. pesquisa e problematização na produção do conhecimento; 

2. desenvolvimento da capacidade de ouvir, refletir e argumentar; 

3. registros,       utilizando       recursos       variados       (esquemas,       anotações, 

fotografias,   ilustrações,   textos   individuais   e   coletivos),   permitindo   a 

sistematização e socialização dos conhecimentos;

4. vivências culturais diversificadas que expressem a cultura dos educandos, bem 

como a reflexão sobre outras formas de expressão cultural.

Para que o processo seja executado a contento, serão estabelecidos plano de 

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estudos e  atividades.  O Estabelecimento de Ensino deverá  disponibilizar o Guia de 

Estudos aos educandos, a fim de que este tenha acesso a todas as informações sobre a 

organização da modalidade.

Organização Coletiva

Será   programada  pela   escola   e   oferecida   aos   educandos   por   meio  de   um 

cronograma que estipula o período, dias e horário das aulas, com previsão de início e 

término de cada disciplina, oportunizando ao educando a integralização do currículo. 

A mediação pedagógica  ocorrerá  priorizando o  encaminhamento  dos  conteúdos  de 

forma coletiva, na relação professor ­educandos e considerando os saberes adquiridos 

na história de vida de cada educando.

A   organização   coletiva   destina­   se,   preferencialmente,   àqueles   que   têm 

possibilidade de frequentar com regularidade as aulas, a partir de um cronograma pré 

estabelecido.

Organização Individual

A organização individual destina­ se àqueles educandos trabalhadores que não 

têm possibilidade de frequentar com regularidade as aulas,  devido  às condições de 

horários   alternados   de   trabalho   e   para   os   que   foram   matriculados   mediante 

classificação, aproveitamento de estudos ou que foram reclassificados ou desistentes 

quando não há,  no momento em que sua matrícula é   reativada,  turma organizada 

coletivamente   para   a   sua   inserção.   Será   programada   pela   escola   e   oferecida   aos 

educandos por  meio de um cronograma que estipula os  dias  e  horários  das aulas, 

contemplando   o   ritmo   próprio   do   educando,   nas   suas   condições   de   vinculação   à 

escolarização e nos saberes já apropriados.

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          1.4 NÍVEL DE ENSINO

1.4.1  Ensino Fundamental

A   oferta   estudos   referentes   ao   Ensino   Fundamental   –   Fase   II,   este 

estabelecimento escolar   terá   como referência as  Diretrizes  Curriculares  Nacionais  e 

Estaduais, que consideram os conteúdos, ora como meios, ora como fim do processo de 

formação humana dos educandos, para que os mesmos possam produzir e ressignificar 

bens culturais, sociais, econômicos e deles usufruírem.

Visa, ainda, o encaminhamento para a conclusão do Ensino Fundamental e possibilita a

continuidade dos estudos para o Ensino Médio.

  1.4.2 Ensino Médio 

            Ensino Médio no Estabelecimento Escolar terá como referência em sua oferta, 

os   princípios,   fundamentos   e   procedimentos   propostos   nas   Diretrizes   Curriculares 

Nacionais para o Ensino Médio – Parecer 15/98 e Resolução n.º 02 de 07 de abril de 

1998/CNE, nas Diretrizes Curriculares Estaduais da Educação de Jovens e Adultos e 

nas Diretrizes Curriculares Estaduais da Educação Básica. 

1.5 EDUCAÇÃO ESPECIAL

EJA   contempla,   também,   o   atendimento   a   educandos   com   necessidades 

educativas especiais, inserindo estes no conjunto de educandos da organização coletiva 

ou individual, priorizando ações que oportunizem o acesso, a permanência e o êxito 

dos   mesmos   no   espaço   escolar,   considerando   a   situação   em   que   se   encontram 

individualmente estes educandos. 

Uma  vez   que   esta   terminologia  pode   ser   atribuída   a  diferentes   grupos  de 

educandos, desde aqueles que apresentam deficiências permanentes até aqueles que, 

por razões diversas, fracassam em seu processo de aprendizagem escolar, a legislação 

assegura   a   oferta   de   atendimento   educacional   especializado   aos   educandos   que 

apresentam necessidades educativas especiais.

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1.6  AÇÕES PEDAGÓGICAS DESCENTRALIZADAS

Este   Estabelecimento   desenvolverá   ações   pedagógicas   descentralizadas, 

efetivadas em situações de evidente necessidade, dirigidas a grupos sociais com perfis e 

necessidades próprias e onde não haja oferta de escolarização para jovens, adultos e 

idosos, respeitada a proposta pedagógica e o regimento escolar, desde que autorizado 

pela  SEED/PR, segundo critérios  estabelecidos pela  mesma Secretaria  em instrução 

própria.

 1.7  FREQUÊNCIA 

     A carga horária prevista para as organizações individual e coletiva é de 100% (cem 

por cento) presencial no Ensino Fundamental – Fase II e no Ensino Médio, sendo que a 

freqüência mínima na organização coletiva é de 75% (setenta e cinco por cento) e na 

organização individual é de 100% (cem por cento), em sala de aula. 

1.8 EXAMES SUPLETIVOS

     Este Estabelecimento Escolar ofertará Exames Supletivos, atendendo ao disposto na 

Lei  n.º 9394/96, desde que autorizado e credenciado pela Secretaria de Estado da 

Educação,   por  meio   de   Edital   próprio   emitido  pelo  Departamento  de  Educação   e 

Trabalho, através da Coordenação da Educação de Jovens e Adultos.

1.9 CONSELHO ESCOLAR 

     Conselho Escolar é um órgão colegiado, representativo da Comunidade Escolar, de 

natureza   deliberativa,   consultiva,   avaliativa   e   fiscalizadora,   sobre   a   organização   e 

realização   do   trabalho   pedagógico   e   administrativo   da   instituição   escolar   em 

conformidade   com   as   políticas   e   diretrizes   educacionais   da   SEED,   observando   a 

Constituição, a LDB, o ECA, o Projeto Político­Pedagógico e o Regimento da Escola/ 

Colégio, para o cumprimento da função social e específica da escola.  Conselho Escolar 

abrange   toda   a   comunidade   escolar   e   tem   como   principal   atribuição,   aprovar   e 

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acompanhar a efetivação do projeto político­pedagógico da escola  ,  eixo de toda e 

qualquer ação a ser desenvolvida no estabelecimento de ensino. 

1.10  MATERIAIS DE APOIO DIDÁTICO

Serão adotados os materiais indicados pelo Coordenação de Educação de Jovens 

e Adultos, da Secretaria de Estado da Educação do Paraná, como material de apoio.

Além desse material, os docentes, na sua prática pedagógica, deverão utilizar 

outros recursos didáticos e tecnológicos disponibilizados pela instituição.

    1.11 BIBLIOTECA 

          A Biblioteca constitui­se em espaço pedagógico, cujo acervo estará à disposição 

de toda Comunidade Escolar. A Biblioteca constitui um espaço de contato com a leitura 

e a pesquisa para professores e educandos, empréstimo de livros além de local  de 

acesso fácil à comunidade. 

    1.12 LABORATÓRIOS 

           Laboratórios constituir­se­á em um espaço de apoio ao corpo docente e está a 

disposição do mesmo e dos educandos. Para complementar o conteúdo, por meio de 

abordagens   diferentes   às   desenvolvidas   no   processo   pedagógico   escolar   com   o 

professor,  utilizando recursos diverrsificados.  Capacitar os educandos a manusear o 

computador nas atividades escolares e cotidianas. Usá­lo como um instrumento do dia­

a­dia   do   ambiente   de   estudo,   uma   ferramenta   quotidiana   de   aprendizagem,   um 

gerenciador de simulações e jogos na sala de aula, cruzando dados para pesquisas e 

fornecendo material para discussões e levantamento de hipóteses.

         1.13 RECURSOS TECNOLÓGICOS

Os recursos   tecnológicos  tem por objetivo exercitar  as  novas  linguagens para 

sensibilizar   e   motivar   os   educandos,   no   sentido   de   possibilitar   um   ensino   e   uma 

aprendizagem mais criativa, autônoma, colaborativa e interativa.

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O uso adequado da tecnologia no ambiente escolar requer disposição, cuidado e 

atenção por parte do professor para avaliar o que vai ser usado e reconhecer o que 

pode ou não ser útil para facilitar a aprendizagem de seus alunos tornado­ os críticos, 

cooperativos,   criativos.   Além   disso,   requer   uma   disposição   para   aceitar   o   novo, 

conhecê­  lo senão profundamente, em parte, para ser capaz de julgá­ lo e procurar 

encaixá   ­lo   na   sua   prática.   O   uso   das   tecnologias   deve   proporcionar   dentro   do 

ambiente escolar uma mudança de paradigma, uma mudança que vise à aprendizagem 

e não o acumulo de informações.

2. FILOSOFIA E PRINCÍPIOS DIDÁTICO­PEDAGÓGICOS

“A   educação   de   adultos   exige   uma   inclusão   que   tome   por   base   o reconhecimento  do   jovem adulto   como  sujeito.  Coloca   ­nos  o  desafio  de pautar o processo educativo pela compreensão e pelo respeito do diferente e da diversidade: ter o direito a ser igual quando a diferença nos inferioriza e o de ser diferente quando a igualdade nos descaracteriza. Ao pensar no desafio de construirmos princípios que regem a educação de adultos, há de buscar ­se uma educação qualitativamente diferente, que tem como perspectiva uma sociedade tolerante e igualitária,  que a reconhece ao  longo da vida como direito inalienável de todos.”(SANTOS, 2004)

A Educação de Jovens e Adultos – EJA, enquanto modalidade educacional que 

atende a educandos­ trabalhadores, tem como finalidade e objetivos o compromisso 

com a formação humana e com o acesso à cultura geral, de modo a que os educandos 

venham   a   participar   política   e   produtivamente   das   relações   sociais,   com 

comportamento   ético   e   compromisso   político,   através   do   desenvolvimento   da 

autonomia intelectual e moral.

Tendo em vista este papel, a educação deve voltar­ se para uma formação na 

qual   os   educandos­   trabalhadores   possam:   aprender   permanentemente,   refletir 

criticamente; agir com responsabilidade individual e coletiva; participar do trabalho e 

da vida coletiva; comportar­ se de forma solidária; acompanhar a dinamicidade das 

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mudanças   sociais;   enfrentar   problemas   novos   construindo   soluções   originais   com 

agilidade   e   rapidez,   a  partir   da   utilização   metodologicamente   adequada   de 

conhecimentos científicos, tecnológicos e sócio ­históricos.

Sendo assim, para a concretização de uma prática administrativa e pedagógica 

verdadeiramente  voltada à   formação humana,  é  necessário  que o  processo  ensino­

aprendizagem, na Educação de Jovens e Adultos seja coerente com:

•        o seu papel na socialização dos sujeitos, agregando elementos e valores 

que os levem à emancipação e à afirmação de sua identidade cultural;

• o exercício de uma cidadania democrática, reflexo de um processo cognitivo, 

crítico   e   emancipatório,   com   base   em   valores   como   respeito   mútuo, 

solidariedade e justiça; 

• os   três  eixos  articuladores  do  trabalho pedagógico  com  jovens,  adultos  e 

idosos – cultura, trabalho e tempo; 

Segundo as Diretrizes Curriculares Estaduais de EJA, as relações entre cultura, 

conhecimento   e   currículo,   oportunizam   uma   proposta   pedagógica   pensada   e 

estabelecida   a   partir   de   reflexões   sobre   a   diversidade   cultural,   tornando­   a   mais 

próxima da realidade e garantindo sua função socializadora – promotora do acesso ao 

conhecimento   capaz  de  ampliar  o  universo   cultural  do  educando  –   e,   sua   função 

antropológica ­ que considera e valoriza a produção humana ao longo da história.

A compreensão de que o educando da EJA relaciona  ­se com o mundo do 

trabalho e que através deste busca melhorar a sua qualidade de vida e ter acesso aos 

bens   produzidos   pelo   homem,   significa   contemplar,   na   organização   curricular,   as 

reflexões sobre a função do trabalho na vida humana.

É   inerente  a  organização pedagógico­   curricular  da  EJA,   a  valorização  dos 

diferentes tempos necessários à aprendizagem dos educandos de EJA, considerando os 

saberes adquiridos na informalidade das suas vivências e do mundo do trabalho, face à 

diversidade de suas características.

E ainda, conforme as Diretrizes Curriculares Estaduais de Educação de Jovens 

e Adultos no Estado do Paraná:

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I. A EJA deve constitui r­se de uma estrutura flexível, pois há um tempo 

diferenciado de  aprendizagem e  não um  tempo único  para   todos  os 

educandos, bem como os mesmos possuem diferentes possibilidades e 

condições de reinserção nos processos educativos formais; 

II. O tempo que o educando jovem, adulto e idoso permanecerá no processo 

educativo tem valor próprio e significativo, assim sendo  à escola cabe 

superar   um   ensino   de   caráter   enciclopédico,   centrado   mais   na 

quantidade   de   informações   do   que   na   relação   qualitativa   com   o 

conhecimento;

III.  Os conteúdos específicos de cada disciplina, deverão estar articulados à 

realidade,   considerando   sua   dimensão   sócio­histórica,   vinculada   ao 

mundo do trabalho, à ciência, às novas tecnologias, dentre outros;

IV. A escola é um dos espaços em que os educandos desenvolvem a capacidade 

de   pensar,   ler,   interpretar   e   reinventar   o   seu   mundo,   por   meio   da 

atividade reflexiva. A ação da escola será de mediação entre o educando 

e os saberes,  de  forma a que o mesmo assimile estes conhecimentos 

como instrumentos de transformação de sua realidade social;

V. O currículo na EJA não deve ser entendido, como na pedagogia tradicional, 

que fragmenta o processo de conhecimento e o hierarquiza nas matérias 

escolares, mas sim, como uma forma de organização abrangente, na  

qual os conteúdos culturais relevantes, estão articulados à realidade na 

qual o educando se encontra, viabilizando um processo integrador dos 

diferentes   saberes,   a   partir   da   contribuição   das   diferentes  

áreas/disciplinas  do conhecimento. 

Por   isso,   a   presente   proposta   e   o   currículo   dela   constante   incluirá   o 

desenvolvimento  de  conteúdos e   formas  de   tratamento  metodológico  que busquem 

chegar às finalidades da educação de jovens e adultos, a saber:

• Traduzir a compreensão de que jovens e adultos não são atrasados em seu 

processo   de   formação,   mas   são   sujeitos   sócio­histórico­culturais,   com 

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conhecimentos   e   experiências   acumuladas,   com   tempo   próprio   de 

formação e aprendizagem; 

• Contribuir para a ressignificação da concepção de mundo e dos próprios 

educandos; 

• O processo   educativo   deve   trabalhar   no   sentido  de   ser   síntese   entre   a 

objetividade   das   relações   sociais   e   a   subjetividade,   de   modo   que   as 

diferentes linguagens desenvolvam o raciocínio lógico e a capacidade de 

utilizar conhecimentos científicos, tecnológicos e sócio­históricos; 

• Possibilitar trajetórias de aprendizado individuais com base na referência, 

nos interesses do educando e nos conteúdos necessários ao exercício da 

cidadania e do trabalho; 

• Fornecer   subsídios   para   que   os   educandos   tornem­se   ativos,   criativos, 

críticos e democráticos; 

       Em síntese, o atendimento a escolarização de jovens, adultos e idosos, não 

refere­se   exclusivamente   a   uma   característica   etária,   mas   a   articulação   desta 

modalidade com a diversidade sócio­cultural de seu público, composta, dentre outros, 

por  populações do  campo,  em privação de  liberdade,  com necessidades  educativas 

especiais,   indígenas,   que   demandam   uma   proposta   pedagógica­curricular   que 

considere o tempo/espaço e a cultura desse grupos.

3 ­ INDICAÇÃO DA ÁREA OU FASE DE ESTUDOS

Propõe­se  a  oferta  do  curso de Educação de Jovens  e  Adultos  no nível  do 

Ensino Fundamental – Fase II e do Ensino Médio a jovens, adultos e idosos que não 

tiveram o acesso ou continuidade em seus estudos.  Conforme Matriz Curricular do 

Ensino Fundamental e Médio relacionadas abaixo:

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MATRIZ CURRICULAR 

ENSINO FUNDAMENTAL – FASE II

ESTABELECIMENTO: Centro Estadual de Educação Básica para Jovens e AdultosENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do ParanáMUNICÍPIO:   Pinhão                                         NRE: GuarapuavaANO DE IMPLANTAÇÃO:1o sem./ 2011        FORMA: Simultânea            CARGA HORÁRIA TOTAL DO CURSO: 1600/1610 horas  ou 1920/1932 horas/aula

DISCIPLINASTotal de

horas

Total de

horas/aulaLÍNGUA PORTUGUESA  280 336

ARTE 94 112LEM – INGLÊS 213 256

EDUCAÇÃO FÍSICA 94 112MATEMÁTICA 280 336

CIÊNCIAS NATURAIS 213 256HISTÓRIA 213 256

GEOGRAFIA 213 256ENSINO RELIGIOSO * 10 12

Total da carga horária do curso                                  1600/1610 horas 

                                                                                     ou 1920/1932 h/a

* DISCIPLINA DE OFERTA OBRIGATÓRIA PELO ESTABELECIMENTO DE ENSINO E 

DE MATRÍCULA FACULTATIVA PARA O EDUCANDO.

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CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO BÁSICA      PARA  JOVENS E ADULTOS DE PINHÃO

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO                                           Pinhão ­ Paraná

MATRIZ CURRICULAR 

ENSINO MÉDIOESTABELECIMENTO: Centro Estadual de Educação Básica para Jovens e AdultosENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do ParanáMUNICÍPIO: Pinhão                               NRE: GuarapuavaANO DE IMPLANTAÇÃO: 1º Sem/2007                      FORMA: SimultâneaCARGA HORÁRIA TOTAL DO CURSO: 1440 H/A ou 1200 HORAS

DISCIPLINASTotal de

horas

Total de

horas/aulaLÍNGUA PORT. E

LITERATURA174 208

LEM – INGLÊS 106 128ARTE 54 64

FILOSOFIA 54 64SOCIOLOGIA 54 64

EDUCAÇÃO FÍSICA 54 64MATEMÁTICA 174 208

QUÍMICA 106 128FÍSICA 106 128

BIOLOGIA 106 128HISTÓRIA 106 128

GEOGRAFIA 106 128ESPANHOL * 106 128

TOTAL 1200/1306 1440/1568

Total de Carga Horária do Curso               1200 horas ou 1440 h/a

                                                                   1306 horas ou 1568 h/a

* DISCIPLINA DE OFERTA OBRIGATÓRIA PELO ESTABELECIMENTO DE ENSINO E 

DE MATRÍCULA FACULTATIVA PARA O EDUCANDO.

   

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   4.   CONCEPÇÃO,   CONTEÚDOS   E   SEUS   RESPECTIVOS 

ENCAMINHAMENTOS  METODOLÓGICOS

A Educação de Jovens e Adultos   do Estado do Paraná   é uma modalidade de 

ensino da Educação Básica  cuja concepção de currículo compreende a escola como 

espaço sócio­cultural que propicia a valorização dos diversos grupos que a compõem, 

ou seja, considera os educandos como sujeitos de conhecimento e aprendizagem. 

Esse currículo entendido, ainda, como   um processo  de construção coletiva do 

conhecimento escolar  articulado à  cultura, em seu sentido antropológico,  constitui­se 

no   elemento   principal   de   mediação   entre   educadores   e   educandos   e   deve   ser 

organizado  de   tal   forma   que   possibilite   aos   educandos   transitarem  pela   estrutura 

curricular e, de forma dialógica entre educando e educador  tornar os conhecimentos 

significativos   às   suas   práticas   diárias.  Nesta   ótica   o   conhecimento   se   constitui   em 

núcleo estruturador do conteúdo do ensino.

Nesse enfoque, a organização do trabalho pedagógico na Educação de Jovens e 

Adultos, prevendo a inclusão de diferentes sujeitos, necessita ser pensada em razão dos 

critérios de uma seleção de conteúdos que lhes  assegure o acesso aos conhecimentos 

historicamente construídos e o respeito às suas especificidades. 

Após a definição das Diretrizes Curriculares Estaduais da Educação Básica,     a 

Educação de Jovens e Adultos do Estado do Paraná  como modalidade da Educação 

Básica, passa a adotar  os mesmos conteúdos curriculares previstos por essas diretrizes.

No   entanto,   cabe   ressaltar   que  a   organização   metodológica   das   práticas 

pedagógicas, dessa modalidade deve considerar os três eixos articuladores propostos 

nas  Diretrizes da Educação de Jovens e Adultos: Trabalho, Cultura e Tempo, os quais 

devem se articular tendo em vista a apropriação do conhecimento que não deve se 

restringir à transmissão/assimilação de fatos, conceitos, idéias, princípios, informações 

etc.,  mas sim compreender a aquisição cognoscitiva e estar intrinsecamente ligados à 

abordagem dos conteúdos curriculares propostos para a Educação Básico.

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ENSINO FUNDAMENTAL – FASE II E ENSINO MÉDIO

DISCIPLINA DE LÍNGUA PORTUGUESA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA 

Vivemos   numa   sociedade   letrada,   na   qual   aqueles   que   não   reconhecem   os 

códigos da linguagem escrita estão inevitavelmente marginalizados da dinâmica das 

relações sociais. Os jovens e adultos que não participaram da escola  quando crianças e, 

portanto, não tiveram oportunidade  de aprender a lidar com os sinais que constituem 

o universo das representações escritas, ficam limitados tão somente no entendimento 

das situações de leitura mais cotidianas, como a de cartazes, placas, formulários ou 

bulas de remédios.

A língua de uma nação é um dos mais destacáveis elementos culturais a serem 

considerados em cada povo, pois é através da língua que cada grupo humano exprime 

suas maneiras de pensar, sentir, agir, sua cultura em suma, e é  ela que constitui o 

maior instrumento de transmissão dessa cultura.

A   língua   é   um  elemento   aprendido  pelo  grupo  humano,   não   está   ligada   à 

hereditariedade ou ao ambiente genealógico: participa antes, do ambiente social.

Na   convivência  humana,  dialogar   é   jogo   criador,   requer   o   cumprimento  de 

algumas normas e possui finalidades próprias, como, por exemplo, criar um campo de 

iluminação  de   ideias,   buscar  a   verdade,   trocar   informações,   partilhar   sentimentos, 

fortalecer amizade. Entre as regras do jogo conversacional estão o respeito mútuo, a 

cordialidade, a sinceridade, a capacidade de ouvir o outro, o reconhecimento de tudo o 

que de relevante o outro possa dizer­nos. Por outra parte, como faz ver Martin Buber, o 

diálogo não se impõe a ninguém. “Responder não é um dever, mas é um poder.”

Hoje  o  contexto  de   todo   conhecimento  político,   econômico,  antropológico  e 

ecológico tornou­se uma necessidade ao mesmo tempo intelectual e vital. Trata­se de 

um problema que se  apresenta  a   todo cidadão:   ter  acesso  às   informações   sobre  o 

mundo e conseguir articulá­las e organizá­las. Assim, é preciso buscar no universo da 

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linguagem a possibilidade de comunicação, de lidar com o outro e com ele partilhar as 

suas reflexões.

Cabe portanto à escola a tarefa de possibilitar que seus alunos participem de 

diferentes   práticas   sociais   que   utilizem   a   leitura,   a   escrita   e   a   oralidade,   com   a 

finalidade   de   inseri­los   nas   diversas   esferas   de   interação,   e   para   que   possam   se 

constituir no âmbito de uma sociedade letrada.

Os homens recebem a língua pronta para ser usada, eles penetram na corrente 

da comunicação verbal, ou melhor, somente quando mergulham nessa corrente é que 

sua consciência desperta e começa a operar. (Bakhtin/ Volochinov­ 1999, p.108)

O   ensino   de   Língua   Portuguesa   e   a   construção   do   currículo   passa   pelo 

reconhecimento dos educandos, de seus modos de vida, de suas culturas, sua condição 

de   trabalhadores   assalariados   ou   integrantes   do   mercado   informal,   ou   ainda,   de 

desempregados.   Passa   também   pelo   reconhecimento   das   discriminações   sociais, 

étnicas,   de   gênero   e  de   tantas   outras   que   vêm  aflorando   e   não   podem  ser   mais 

reforçadas   pelos   rituais   e   práticas   pedagógicas   excludentes   que   mantêm   a 

subalternidade e opressão.

O CEEBJA de Pinhão tem como público­alvo, jovens, adultos e idosos que não 

tiveram acesso à escola na idade própria ou foram impedidos de continuar seus estudos 

por inadaptação às práticas escolares, necessidade de trabalhar, ausência de estímulos 

ou repetências sucessivas, bem como os portadores de necessidades especiais. Nossos 

alunos   têm   perfis   diferenciados,   apresentando   diversidades   étnicas,   culturais   e 

socioeconômicas.

É importante também compreender o aluno como ser integrante de uma cultura, 

valorizando suas formas próprias de pensar e agir, sem desconsiderar  as relações entre 

as diferenças culturais presentes na escola,  por  ser esta modalidade de ensino que 

abrange grande diversidade, multiplicidade  sob todos os aspectos, diferencial este, que 

possibilita  visões  mais   críticas  e  abrangentes  do  mundo,  que   imprimem uma nova 

ordem ao tempo e espaço em que vivemos.

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A escola, inserida num contexto em que a tecnologia predomina, pode formar 

cidadãos autônomos e conscientes, com postura crítica diante da gama de informações 

com que são bombardeados continuamente.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICO­ METODOLÓGICA

É importante relacionar escola e tecnologia, objetivando a construção de uma 

sociedade   em   que   todos   tenham   acesso   aos   meios   de   produção   de   discurso, 

estabelecendo diálogo em igualdade de condições e capacidade para tomar decisões 

que  levem a  mudanças   futuras  da  sociedade.  Portanto,  pensar  o  ensino  da  Língua 

Portuguesa e  da Literatura  implica pensar   também as diferenças e  contradições do 

quadro complexo da contemporaneidade.

O processo de construção da cidadania autônoma e participativa está ligado à 

apropriação dos meios e linguagens de comunicação. É importante, nesse processo, se 

estabelecer   uma   relação   crítico­produtiva­participativa,   capacitando   o   indivíduo   a 

interagir com as diversas formas de tecnologia e permitindo o diálogo com a realidade. 

A escola deve lançar mão dos recursos tecnológicos disponíveis (vídeo, computador, TV 

pendrive,etc,), em seus usos técnico e pedagógico, como suporte, chegando ao ponto 

de transformar e  transpor para o currículo o compromisso da escola em prover  os 

meios e as linguagens, cuja apropriação em nosso tempo, é exigida para que se esteja 

habilitado a participar do diálogo contemporâneo.

O mundo da escrita está hoje em plena mutação. Os meios de comunicação não 

cessam de se desenvolver e de deslocar fronteiras entre o exercício da língua escrita e o 

da língua oral. Nossas representações e nossas práticas de escrita não são imutáveis, 

mas sofrem transformações a cada novidade tecnológica.

Hoje vivemos uma mudança tão profunda na relação do homem com a escrita, 

pois o computador modifica não somente a prática cotidiana da elaboração do texto, 

mas também os modos de difusão e edição.

O que o lápis garantia há pouco tempo atrás, hoje um computador conectado à 

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internet com uma impressora, edita, expande e conquista o território da leitura, da 

escrita e da comunicação com interação imediata.

Sabemos que a  escola  não detém a hegemonia  como  fonte   “transmissão do 

saber” e que os meios de comunicação também atuam como mediadores entre o sujeito 

e   a   construção   de   sua   identidade.   Os   meios   de   comunicação,   os   novos   recursos 

tecnológicos   permitem   que   o   aluno   se   aproprie   das   múltiplas   linguagens   para   a 

construção da identidade autônoma e crítica.

É   perceptível  o   fato  de  que  as   relações   interpessoais   e   linguísticas   estão   se 

modificando à medida que as pessoas interagem, mediadas pelo computador conectado 

à internet.

A leitura digital de textos nas aulas de Língua Portuguesa contribuem para que 

os alunos tornem­se leitores imersivos, com  a avidez e agilidade,   necessárias para a 

formação   de   bons   leitores,   compreendendo   a   linguagem   como   um   saber   em 

movimento,   um   processo   dialógico   e   compartilhado,   com   práticas   interativas 

contextualizadas.

Gêneros discursivos na mídia digital:

Inscrita   na   abordagem   bakhtiniana   dos   gêneros   discursivos,   acredita­se   que 

todas as atividades humanas estão ligadas ao uso da linguagem, aqui entendida como 

prática social, ou seja, indissociável das relações que mantêm os indivíduos. Segundo 

Marcuschi(2004), os gêneros que  emergem na mídia digital são aqueles que trabalham 

com o discurso eletrônico , ou seja, são os gêneros que apresentam como suporte o 

computador.   O   ciberespaço   traz   consigo   uma   quantidade   significativa   de   gêneros 

emergentes,   dentre   eles:   e­mail,   bate­papo   virtual(chat),   aula   virtual,   weblogs, 

fotologs, videoconferência interativa. Na era da informática, no ciberespaço os alunos 

internautas podem ter blogs para virtual e coletivamente exibir através das palavras 

suas   formas   de   ver   o   mundo,   pois   os   blogs   abrem   mais   uma   possibilidade   de 

articulação entre a linguagem oral e escrita. Essa relação produz sentido, fortalece as 

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trocas   dialógicas   entre   os   sujeitos   que   participam.   No   blog,   as   letras   concretas   e 

palpáveis se transformam em bytes digitais, a página em branco do caderno ou da 

agenda torna­se o campo do monitor, o lápis é o teclado, e há uma estranha separação 

entre nosso corpo real e o texto virtual, segundo Ramal (2002).

Esse é um novo modo de se lidar com a escrita. As questões ortográficas digitais, 

que brotam nesse contexto, vão de encontro ao que é proposto pela norma vigente da 

Língua Portuguesa, pois o próprio aluno pode fazer as correções ortográficas do seu 

próprio texto por meio de pesquisas no computador ligado à internet.

A escola, que estuda a língua como fenômeno estático, direcionando o ensino 

para a sistematização das normas, deverá  necessariamente repensar e abrir espaços 

para   a   diversidade,     para   a   multiplicidade   de   interpretação   dos   signos,   para   as 

intenções   dos   sujeitos   produtores   e   coprodutores   dos   significados.   A   notação 

ortográfica na esfera digital constitui, segundo Marcuschi (2001), uma nova forma de 

nos   relacionarmos   com a  escrita,  mesclando  elementos   característicos  da   fala   com 

elementos característicos da escrita, fazendo emergir toda criatividade e interatividade 

dos sujeitos.

A   produção textual na educação linguística tem se evidenciado como prática 

discursiva importante nos processos de interação pelo meio escrito, tanto no âmbito 

acadêmico quanto na vida privada. Especialmente no ambiente virtual, a produção, 

distribuição   e   consumo   de   textos   são   requisitos   centrais   para   o   engajamento   de 

qualquer pessoa na vida social contemporânea, portanto a escola deve oferecer essa 

possibilidade de aprendizagem ao aluno. (Meurer, 2005). À escola cabe desenvolver 

habilidades comunicativas em seus alunos por meio da prática de ensino ao explorar 

gêneros discursivos e  inseri­los em  diferentes atividades sociais.

A reformulação e a interatividade, abrem novas possibilidades para o ensino de 

línguas de modo especial. O uso do hipertexto para fins pedagógicos oportuniza ao 

aluno uma aprendizagem por descoberta, pois ele pode ver seu texto exposto e sendo 

alvo de reações por parte dos colegas. É inegável a presença das tecnologias de 

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informação na  contemporaneidade,  e,  portanto  o  uso  de  atividades  mediadas  pelo 

computador   em sala  de  aula,   tem possibilidade  de  motivar  os   alunos  a  aprender, 

especialmente   a   Língua   Portuguesa   que   tem   a   linguagem   como   foco   central   das 

práticas didáticas educativas. 

O objeto de estudo da disciplina é a língua, tendo o texto oral e escrito 

como unidade e a diversidade de gêneros

Toda   educação   comprometida   com   o   exercício   da   cidadania   precisa   criar 

condições para que o aluno possa desenvolver sua competência discursiva. Um dos dos 

aspectos dessa competência é a do sujeito ser capaz utilizar a língua de modo variado 

para produzir diferentes efeitos de sentido e adequar o texto a diferentes situações de 

interlocução   oral   e   escrita.   É   o   que   aqui   se   chama   de   competência   linguística   e 

estilística.   Isso,   por   um   lado,   coloca   em   evidência   as   virtualidades   das   línguas 

humanas: o  fato de que são  instrumentos  flexíveis e permitem referir  o mundo de 

diferentes formas e perspectivas; por outro lado, adverte contra uma concepção de 

língua como sistema homogêneo, dominado ativa e passivamente por toda comunidade 

que   o   utiliza.   Sobre   o   desenvolvimento   da   competência   discursiva,   a   escola   deve 

organizar as atividades curriculares relativas ao ensino­aprendizagem da língua e da 

linguagem. Nessa perspectiva, a unidade básica do ensino é o texto.

É necessário que o texto oral ou escrito  seja o grande centro da aula de língua 

portuguesa. Isso ocorre porque as estruturas gramaticais, que antes ocupavam o núcleo 

privilegiado do aprendizado, apenas existem nos textos falados ou escritos, os quais se 

agrupam em diferentes gêneros textuais que surgem de acordo com as necessidades 

sociais dos falantes. Esses gêneros textuais atendem a campos ou esferas de atividades 

humanas e,  por   isso,  seguem regras que são não apenas  linguísticas,  mas  também 

sociais (Bakhtin, 2003,p.261). Assim, ao escrever um e­mail , a pessoa estará seguindo 

regras   de   escrita   bem   diferentes   daquelas   que   deverá   utilizar   ao   redigir   uma 

dissertação escolar.

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Os   textos   organizam­se   dentro   de   certas   restrições   de   natureza   temática, 

composicional e estilística, que os caracterizam como pertencentes a gêneros diversos.

Portanto, a noção de gênero, constitutiva do texto, precisa também ser tomada 

como objeto de ensino.

É importante contemplar, nas atividades de ensino , a diversidade de textos e 

gêneros. Tanto a compreensão oral e escrita, quanto a produção de textos de diversos 

gêneros supõem o desenvolvimento de diversas capacidades que devem ser enfocadas 

nas situações de ensino.

Seleção de textos:

Os gêneros existem em número quase ilimitado, variando em função da época 

(epopeia,   cartoon),   das   culturas   (haikai,   cordel),   das   finalidades   sociais   (entreter, 

informar), e mesmo que a escola se impusesse de tratar de todos, seria inviável.

Desse  modo,  é  preciso  priorizar  os  gêneros  que merecerão abordagens  mais 

aprofundadas. Para assegurar ao aluno o exercício pleno da cidadania, as situações 

escolares do ensino da Língua Portuguesa, devem priorizar os textos que caracterizam 

os usos públicos da linguagem. Textos que favorecem a reflexão crítica, o exercício de 

formas de pensamentos mais elaboradas e abstratas, bem como a fruição estética dos 

usos estilísticos da linguagem, ou seja, os mais vitais para a plena participação numa 

sociedade letrada.

a) Textos Orais:

Ao ingressarem na escola,  os alunos  já  dispõem de competência discursiva e 

linguística para se comunicarem em interação que envolvam relações sociais do seu dia 

a dia, inclusive as que se estabelecem em sua vida escolar.

Uma  rica   interação  dialogal  na   sala  de  aula,  dos  alunos  entre   si   e   entre  o 

professor e os alunos, é uma excelente estratégia de construção do conhecimento, pois 

permite a troca de informações, o confronto de opiniões, a negociação dos sentidos, a 

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avaliação dos processos pedagógicos em que estão envolvidos.

Cabe à escola, ensinar o aluno a utilizar a linguagem oral no planejamento e 

realização de apresentações públicas: entrevistas, debates, seminários, apresentações 

teatrais.   Propor   situações   didáticas   que   essas   atividades   façam   sentido   de   fato   e 

contribuam para o aperfeiçoamento de sua expressão oral.

b) Textos Escritos:

Para   boa   parte   dos   alunos,   a   escola   é   um   dos     únicos   espaços   que   pode 

proporcionar acesso a textos escritos, textos estes que se converterão, inevitavelmente 

em modelos para a produção.

A seleção de textos deve privilegiar textos de gêneros que aparecem com maior 

frequência na realidade social  do adulto,  e  no universo escolar  que participa.,   tais 

como:   notícias,   editoriais,   cartas   argumentativas,   artigos   de   divulgação   científica, 

verbetes enciclopédicos, contos, romances,crônicas, entre tantos outros.

É   preciso   centrar   o   ensino  de   Língua  Portuguesa  no   texto,   o   que   requer   o 

desenvolvimento de habilidades que transcendem uma visão reducionista do fenômeno 

linguístico. O texto deve ser o grande centro da aula de Português porque as estruturas 

gramaticais que antes ocupavam o núcleo privilegiado do aprendizado, apenas existem 

nos textos falados ou escritos, os quais se agrupam em diferentes gêneros textuais que 

surgem de   acordo   com as   necessidades   sociais   dos   falantes/alunos.   Esses   gêneros 

textuais atendem a campos de esferas de atividade humana, e, por isso, seguem regras 

que são não apenas linguísticas, mas também sociais (Bakhtin,2003,p.261).

Assim, ao escrever um e­mail, as regras de escrita são bem diferentes daquelas 

que deverá utilizar ao redigir uma dissertação escolar.

Há também o aspecto social da língua, que, como organismo vivo e pulsante, 

continuamente   se  metamorfoseia.  Centrar  o  ensino  de  Língua Portuguesa  no   texto 

exige   que   o   professor   tenha   acesso   a   conhecimentos,   materiais   didáticos   e 

infraestrutura para poder efetivamente coadunar vontade com ação pedagógica.

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Pelo fato da Educação de Jovens e Adultos enquanto modalidade de ensino, 

atender   alunos   trabalhadores,   o   papel   da   proposta   curricular,   planejamento   e 

encaminhamentos   metodológicos,   deve   proporcionar   práticas   escolares   que   lhes 

garanta o acesso aos saberes em suas diferentes linguagens, intimamente articulados às 

suas necessidades,  expectativas  e   trajetórias  de vida,  visando a busca constante da 

autonomia intelectual e moral, num constante exercício desses propósitos.

Por vivermos numa sociedade tecnologizada, torna­se perceptível o fato de que 

as relações interpessoais e linguísticas estão se modificando à medida que as pessoas 

interagem, mediadas pelo computador conectado à   internet.  Mas a discussão sobre 

usar ou não a internet no ensino tornou­se ultrapassada, uma vez que ela já provou ser 

útil em todos os níveis de ensino. O que falta é aprender a explorar adequadamente as 

suas possibilidades e planejar ações para sua utilização com finalidades educativas.

As Diretrizes Curriculares da Educação do Estado do Paraná  sugerem   que o 

professor   propicie   práticas   de   leituras   de   diferentes   gêneros,   considerando   os 

conhecimentos prévios por meio dos gêneros discursivos midiáticos (e­mail, blog, chat, 

home page, fotoblog e outros), para a socialização de ideias, mediados pela leitura 

digital de textos, tendo como recurso o laboratório de informática, pois essa interação 

além de compartilhar os conhecimentos, requer uma revisão dos métodos tradicionais 

de  ensino.  O computador   traz  novas  situações  de  aprendizagem,  especialmente  na 

disciplina de Língua Portuguesa, pelas quase infinitas possibilidades de leitura e escrita.

O CEEBJA de Pinhão já   tem inserida em suas práticas educativas a  inclusão 

digital dos alunos, aulas no laboratório de informática, inicialmente para que os alunos 

conheçam melhor esses meios, pois muitos deles não têm acesso às novas tecnologias, 

sendo essa uma das poucas oportunidades de reconhecer e explorar  tais recursos. Para 

que o trabalho se efetive, são propostas situações de aprendizagem em todas as áreas 

do conhecimento, tendo também o professor como mediador.

Sabe­se que a prática desenvolvida pelo professor ao usar o computador como 

recurso   pedagógico   deve   ser   planejada,   incluindo   atividades   que   contemplem   a 

conexão entre os  saberes  e  o  domínio da máquina,  propondo novas atividades,  de 

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acordo com o progresso e/ ou necessidades dos alunos.

A utilização do computador nas aulas de Língua Portuguesa promove a reflexão 

sobre   a  ação  de  domínio  da  máquina   assim  como  a   construção  do   conhecimento 

linguístico   integrado   à   informática,   num  processo   coletivo   de   aprendizagem,   mais 

ativo, dinâmico, alegre e produtivo.

Objetivos gerais da disciplina:

O ensino­aprendizagem de Língua Portuguesa visa aprimorar os conhecimentos 

linguísticos  e  discursivos  dos  alunos,  para  que  eles  possam compreender  os  vários 

discursos que os cercam e terem condições de interagir.

Para a Leitura:

 Desenvolver a competência de leitura do aluno, tornando­o, leitor eficiente e 

lúcido, despertando seu interesse pelos diferentes gêneros discursivos, com a aptidão 

necessária para identificar e compreender os aspectos discursivos do texto.

Para a Oralidade:

• Estimular   a   capacidade   do   aluno   ouvir   com   atenção   argumentos, 

posicionamentos e opiniões de seus interlocutores e principalmente expressar os 

seus de forma eficaz, para o bom desenvolvimento de sua criticidade, cidadania 

e respeito aos valores éticos e sociais.

• Para a Escrita:

• Habilitar  o  aluno a produzir   trabalhos  escritos  cuja  estrutura  e  organização, 

permitam considerá­los como textos, nos quais ele se reconheça como autor.

• Para a Análise Linguística:

• Oferecer aos alunos a orientação necessária para a refacção de seus textos nos 

aspectos   linguísticos   e/ou   discursivos,   possibilitando   a   ampliação   de   seus 

conhecimentos da língua materna.

• Para a  Informática:

• Otimizar  a  utilização  dos   computadores  do   Laboratório  de   Informática   com 

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finalidades   pedagógicas,   promovendo   a   conexão   entre   os   conhecimentos  de 

Língua Portuguesa referentes à leitura (digital) e à escrita (digitação) de textos.

• Para a Literatura:

• Aprofundar, por meio da leitura de textos literários, a criticidade e sensibilidade 

estética,   permitindo   o   aprimoramento,   aperfeiçoamento   e   expansão   de   seus 

conhecimentos .

          Aprimorar a competência do aluno na leitura, na fala, na escuta e na escrita  é 

evidentemente o objetivo central do ensino de Língua Portuguesa. Além disso, deve se 

considerar que a sala de aula é um local privilegiado para o debate de inúmeras outras 

questões relacionadas ao desenvolvimento intelectual  do educando, à expansão de sua 

competência  de análise crítica da realidade e à ampliação de sua visão de mundo.

Uma vez  que  as  práticas  de   linguagem são  uma  totalidade  e  que  o   sujeito 

expande sua capacidade de uso da linguagem e de reflexão sobre ela em situações 

significativas de interlocução, as propostas didáticas de ensino de Língua Portuguesa 

devem  ser   organizadas,   tomando  o   texto   oral   ou  escrito   como  unidade  básica  de 

trabalho,  considerando a diversidade de  textos que circulam socialmente.  Portanto, 

sugere­se que as atividades sejam apresentadas de maneira a tornar possível a análise 

crítica dos discursos para que o aluno possa identificar pontos de vista,  valores ou 

preconceitos neles veiculados.

Dessa forma o ensino de Língua Portuguesa pode constituir­se em fonte efetiva 

de autonomia, condição essencial para a participação social responsável do educando.

CONTEÚDOS

Conteúdo estruturante: 

Entende­se por Conteúdo Estruturante em todas as disciplinas, o conjunto de 

saberes e conhecimentos de grande dimensão, os quais identificam e organizam uma 

disciplina escolar. A partir dele advêm os conteúdos a serem trabalhados no dia a dia 

da sala de aula.

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A seleção do Conteúdo Estruturante está relacionada com o momento histórico­

social. Na disciplina de Língua Portuguesa, assume­se a concepção de linguagem como 

prática  que   se   efetiva    nas  diferentes   instâncias   sociais,   sendo  assim,   o  Conteúdo 

Estruturante da disciplina que atende a essa   perspectiva, é o discurso como prática 

social.

O Conteúdo Estruturante   desdobra­se no trabalho didático­pedagógico com a 

disciplina de Língua Portuguesa. A língua será trabalhada na sala de aula, a partir da 

linguagem em uso,  que   é   a  dimensão  dada  pelo  Conteúdo  Estruturante.  Assim,  o 

trabalho com a disciplina considerará os gêneros discursivos que circulam socialmente, 

com especial atenção àqueles de maior exigência na sua elaboração formal.

Na disciplina  de  Língua Portuguesa/Literatura,  o  Conteúdo Estruturante  é  o 

discurso como prática social, e, a partir dele, advêm os conteúdos básicos que são os 

gêneros discursivos a serem trabalhados nas práticas discursivas.

Para selecionar os conteúdos específicos, é fundamental considerar o objetivo 

pretendido e o gênero.

Conteúdos Básicos

Gêneros discursivos; 

Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise  linguística serão 

adotados os gêneros discursivos conforme suas esferas de circulação social de acordo 

com o Projeto Político Pedagógico, com a Proposta Pedagógica Curricular, com o Plano 

de Trabalho Docente, ou seja, em conformidade com as características da escola e com 

o nível de complexidade adequado a cada nível.

Conteúdos que atendem aos objetivos ou justificativa da proposta:

O ensino de Língua Portuguesa deve oferecer ao aluno condições de ampliar o 

domínio da  língua e da linguagem, essenciais  para o exercício da cidadania. Nessa 

perspectiva,   cabe  ao  professor   intervir,  apontar,   fornecer   informações  claras,   ser  o 

orientador e ao mesmo tempo mediador entre o aluno e o conhecimento.

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Através  da   leitura  e  da  produção de   textos,  o  aluno  tem a possibilidade de 

mergulhar em uma multidão das mais diferentes vozes, tornando­se um leitor imersivo, 

aquele que lê o não dito e é capaz de elaborar seus textos com o domínio da norma 

padrão.

No processo ensino­aprendizagem, é importante ter claro que, quanto maior o 

contato com a linguagem nas diferentes esferas sociais, mais possibilidades se tem de 

entender o texto, seus sentidos, suas intenções e visões de mundo. A ação pedagógica 

referente   à   linguagem,   portanto   precisa   pautar­se   na   interlocução,   em   atividades 

planejadas que possibilitem ao aluno a leitura e a produção oral e escrita, bem como a 

reflexão e o uso da  linguagem em diferentes  situações.  Desse modo, sugere­se um 

trabalho pedagógico que priorize as práticas sociais de utilização da língua, ou seja, o 

discurso como prática social.

Para o trabalho das práticas de oralidade, leitura, escrita e análise linguística, 

serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas 

sociais de circulação .

Por   se   tratar   de   ensino   para   Jovens   e   Adultos,   os   conteúdos   de   Língua 

Portuguesa   devem   oferecer   condições   para   que   o   aluno   cresça   culturalmente, 

psicologicamente , socialmente... E justamente por aprenderem de maneira diferente, 

possuírem   faixas   etárias   e   realidades   diferenciadas,que   a   educação   precisa   ser 

adequada a tudo isto, para que os conteúdos selecionados e a metodologia, alcancem 

os jovens e adultos, encontrando referências no seu tempo e espaço, contemplando 

uma   organização   sequencial   de   apropriação   dos   conteúdos     propostos,   com   as 

promoções e avanços durante o percurso, sem adesão ao regime seriado vigente no 

ensino regular.

Desta forma os conteúdos de Língua Portuguesa devem considerar os objetivos 

pretendidos   em   cada   etapa   de   ensino,   priorizando   a   qualidade,   participação   e   o 

desempenho de cada aluno.

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Organização dos conteúdos do Ensino Fundamental e Médio

a) Variedades linguísticas:

Norma culta, dialetos, gírias, regionalismos, outras formas de registros.

Funções da linguagem.

Linguagem verbal e não verbal.

b) Gêneros textuais discursivos:

Elementos   da   construção   dos   diferentes   gêneros   discursivos   e   tipos   de   textos 

(informativo, instrucional, poético, narrativo, carta, bilhete, sinopse, etc.)

Análise do discurso: linguagem, aspecto formal, finalidade, estilo, ideologia, posição do 

autor, contexto histórico, social, político, econômico, entre outros.

Elementos   coesivos   e   coerência   textual:   unidade   temática,   elementos   lógico­

discursivos, tese, organização dos parágrafos, contexto discursivo, interlocutor, ideia 

central, sequência lógica, progressão, retomada dos elementos coesivos, título como 

elemento coesivo entre outros.

Discurso direto e indireto.

Recursos visuais, sonoros, olfativos, gráficos, etc.

Relações referenciais: elipse, repetição, sinais de pontuação.

Aspectos   formais  do   texto:   acentuação,   pontuação,  ortografia,   paragrafação,   título, 

legibilidade, aceitabilidade, etc.

Ambiguidade como recurso e/ou como problema de construção do texto.

Informações explícitas, implícitas e intertextualidade.

Relações entre imagem e texto.

c) Elementos gramaticais na construção do texto:

Pontuação e seus efeitos de sentido na construção do texto: vírgula, ponto e vírgula, 

ponto   final,   ponto   de   interrogação,   exclamação,   dois   pontos,   aspas,   parênteses, 

travessão, reticências.

Emprego da crase na construção do texto.

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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO                                           Pinhão ­ Paraná

Classes   de   palavras:   substantivo,   adjetivo,   verbo,   preposição,   conjunção,   artigo, 

numeral, pronome, advérbio, interjeição.

Sujeito e predicado.

Adjunto adnominal, complemento nominal.

Aposto e vocativo.

Concordância verbal e nominal.

Colocação pronominal.

Figuras de linguagem.

Formação de palavras.

Para o ensino Médio são acrescidos os conteúdos de Literatura:

Arte Literária e outras artes.

História e Literatura.

Gêneros literários,períodos, autores e obras.

Periodização   e   estilos   de   época   da   Literatura   Brasileira:   Quinhentismo,   Barroco, 

Arcadismo,   Romantismo,Realismo   e   Naturalismo,   Parnasianismo,   Simbolismo, 

Vanguardas Europeias, Pré­ Modernismo, Modernismo, Pós­modernismo.

Os períodos literários e a relação com o período histórico, as artes e o cotidiano.

ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

Na sala de aula e nos outros espaços de encontro com os alunos, os professores 

de Língua Portuguesa e Literatura tem o papel de promover o amadurecimento do 

domínio discursivo   nos três eixos: oralidade, leitura e escrita, em situações que lhes 

permitam tomar consciência de que os processos de interação verbal são mediados por 

relações ideológicas estabelecidas entre os interlocutores.

O   domínio   das   práticas   discursivas   possibilitarão   que   o   aluno   modifique, 

aprimore, re­elabore sua visão de mundo e tenha voz na sociedade.

O aprimoramento   linguístico  possibilitará   ao   aluno  a   leitura  dos   textos  que 

circulam   socialmente,   identificando   neles   o   não   dito,   o   pressuposto, 

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instrumentalizando­o para assumir­se como sujeito, cuja palavra manifesta no contexto 

de seu momento histórico e das interações aí realizadas, autonomia e singularidade 

discursiva.

Os   recursos   didático­pedagógicos   e   tecnológicos     utilizados   para   efetivar   a 

aprendizagem da disciplina são :   jornais,   revistas,   textos  previamente selecionados, 

rádio, TV, CDs, DVD, quadro de giz, computadores, pendrive.

Prática da oralidade:

Na prática da oralidade, as variantes regionais devem ser reconhecidas como 

legítimas, porém o professor pode planejar e desenvolver um trabalho com a oralidade 

que permita ao aluno conhecer e utilizar a variedade linguística padrão e entender a 

necessidade   desse   uso   em   determinados   contextos   sociais,   pois   é   por   meio   do 

aprimoramento linguístico que o aluno será capaz de transitar pelas diferentes esferas 

sociais, usando adequadamente a linguagem tanto em situações do cotidiano, quanto 

nas relações mais complexas, no dizer de Bahktin e que exigem maior formalidade.

Prática da leitura:

A leitura é um ato dialógico,   interlocutivo. Ao ler, o indivíduo busca as suas 

experiências,   seus conhecimentos prévios,  sua formação  familiar,   religiosa,  cultural, 

enfim as várias vozes que o constituem.

A leitura se efetiva no ato da recepção, configurando o caráter individual que 

ela possui, dependendo de fatores linguísticos e não linguísticos.

Nessa perspectiva, o leitor não é um mero receptor, mas tem um papel ativo, na 

medida   em   que,   para   bem   construir   sentido   ao   texto,   é   necessário   ativar   seu 

conhecimento prévio e interligá­lo às marcas deixadas pelo autor. A leitura é, então, 

um processo interativo, sendo que o sentido do texto não está apenas no texto, mas 

surge como fruto da interação do leitor com o autor, mediante o texto.

Cabe ao professor desenvolver a competência de leitura do aluno, tornando­o 

leitor eficiente   e  lúcido dos diferentes  tipos de texto, reconhecendo os objetivos e 

intencionalidades.

Enfocar a estrutura composicional,elementos de conteúdo, aspectos discursivos 

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e   propor   um   conjunto   de   questões   tais   como:   localização   e   transição,   síntese, 

inferência,   levantamento   de   hipóteses,   pressuposição,   identificação   de 

intencionalidades, subentendidos, posicionamento pessoal, opiniões, etc.

Prática da escrita:

Na prática da escrita escolar deve­se considerar o leitor, destinatário e finalidades. As 

composições dos alunos devem circular na sala de aula e fora dela em ações de uso. 

Escrever para alguém ler.

É preciso que o aluno se envolva com os textos que produz e assuma a autoria 

do que escreve, visto que é um sujeito que tem o que dizer.

Uma prática de escrita já vigente nesta escola é a produção de textos, poemas, 

crônicas e outros gêneros, com o suporte do editor de textos dos computadores do 

Laboratório de Informática, momento em que os alunos digitam seus textos para serem 

serem postados em blogs para compartilharem  na rede social da internet. Dessa forma 

o aluno tem a oportunidade de realizar a correção de seu próprio texto, visto que o 

computador sinaliza as inadequações e/ou erros de ortografia, denotando a autonomia 

na construção de seu conhecimento.

Análise linguística e práticas discursivas:

É   tarefa  do professor de Língua Portuguesa  instigar  o aluno à  percepção da 

multiplicidade   de   usos   e   funções   da   língua,   o   reconhecimento   das   diferentes 

possibilidades de ligações e de construções frasais,  a reflexão sobre   essas e outras 

particularidades  linguísticas  observadas no  texto,  conduzindo o aluno  às  atividades 

metalinguísticas, à construção gradativa de um saber linguístico mais elaborado, a um 

falar sobre a língua.

O estudo da língua que se ancora no texto extrapola o tradicional horizonte da 

palavra   e   da   frase.   Busca­se   na   análise   linguística   verificar   como   os   elementos 

verbais(os recursos disponíveis da língua) e os elementos extra­verbais (as condições e 

situação de produção) atuam na construção de sentido do texto.

A   prática   de   análise   linguística   constitui   um   trabalho   de   reflexão   sobre   a 

organização do texto escrito e/ou falado, um trabalho no qual, o aluno percebe o texto 

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como resultado de opções temáticas e estruturais feitas pelo autor, tendo em vista o 

seu interlocutor.

O ensino da Literatura:

O conhecimento da Literatura proporciona a observação e análise da condição 

humana através dos sentimentos e conflitos  existenciais  das personagens de ficção, 

levando o aluno a refletir sobre sua própria existência, chegando a uma compreensão 

mais profunda de si mesmo e do homem.

A apreciação estética pressupõe não só  a  leitura de textos,  mas também um 

trabalho   específico   de   conhecimento   e   reconhecimento   da   função   poética   da 

linguagem, evidenciando que a função cultural da literatura está em primeiro lugar.

O ensino da Literatura desenvolve habilidades linguísticas, a formação do hábito 

de   leitura,   o   conhecimento   e   assimilação   de   outras   modalidades   linguísticas,   a 

capacidade de redigir com criatividade e imaginação.

Mediante   o   conhecimento   de   autores   e   obras   literárias,   o   aluno   tem   a 

oportunidade de entrar em contato não só com a cultura de seu e outros povos, mas 

também com realidades sócio­político­econômicas próximas ou distantes no tempo e no 

espaço. Tal contato ensejaria o desenvolvimento do espírito crítico, ao mesmo tempo 

em que ampliaria  a   visão de  mundo  do aluno,  pela   compreensão da  evolução do 

pensamento humano. 

Cultura Afro­brasileira­ Língua Portuguesa  e Literatura

Um   dos   aspectos   que   a   Língua   Portuguesa   deve   mostrar   é   a   questão   da 

diversidade cultural  e racial  a quem se negou até  agora ver que os afro­brasileiros 

existem,   foram   e   são   sujeitos   da   construção   da   sociedade   brasileira,   têm 

história,cultura,   memória,   valores   que   precisam   ganhar   amplitude   e   status   de 

conhecimento também dentro da escola, no fazer cotidiano da sala de aula.

É  preciso ampliar o foco do currículo de Língua Portuguesa e Literatura para a 

diversidade cultural, racial, social e econômica brasileira.(Petronilha Beatriz Gonçalves 

e Silva).

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Cultura Afro­brasileira:

O trânsito Brasil /África, em termos literários foi intenso, e não são poucos os 

trabalhos que tratam da influência que a Literatura Brasileira escreveu na produção 

literária africana. A mesma dinâmica deve ser pensada, no sentido inverso. É notório o 

desconhecimento que temos do continente africano e o fato da assimilação do negro e 

da cultura afro­brasileira, no Brasil restringiu­se a aspectos simbólicos.

De   algum   modo,   nossa   literatura   participou   desse   processo   de   exclusão.   O 

cânone que a definia é  composto fundamentalmente por escritores brancos do sexo 

masculino, cujas obras esteticamente apresentam em sua discursividade um conjunto 

de valores morais e ideológicos, veiculados à  perspectiva etnocêntrica do branco   e 

muitas vezes do branco racista, isto é, uma perspectiva ligada aos modelos europeus. 

Isto   não   significa   que   o   negro   tenha   deixado   de   estar   presente   nesta   tradição 

canonizada, porém aparece na maioria das vezes como personagem coadjuvante, sob 

uma  visão  preconceituosa,   associada  a   esterótipos   estigmatizados  ou  destituído  de 

humanidade.

Conhecer a história da África e dos africanos e seus descendentes no Brasil, dar 

a conhecer as lendas, contos, mitos, cantigas que têm como cenário o universo negro, a 

cultura africana. 

Uma atividade que contribui nessa direção é solicitar aos alunos que recolham 

de   seus   avós   ou   pessoas   idosas   da   comunidade,   histórias,   contos,cantigas   e 

brincadeiras, e também propor ações para levantar a temática dos remanescentes de 

quilombos no Paraná, debater seu significado e trazer para o interior da escola essa 

questão.

Promover ações que denotem o reconhecimento da participação histórica e seus 

descendentes na produção de riquezas materiais e culturais dos afro­brasileiros por 

meio da apresentação de filmes, documentários, aulas expositivas, palestras, leitura de 

textos, pesquisas sobre a vida e obra de poetas afrodescendentes, recitação de poesias, 

contação   de   histórias   africanas,   enfocando   a   literatura   oral   da   África:   narrativas, 

provérbios, adivinhas, cantos de guerra, de colheita, cantigas de roda, fábulas, entre 

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outros.

Propor   também um trabalho   linguístico   significativo  para  alunos  adultos:  as 

pesquisas, as entrevistas e   os debates entre estudantes sobre a origem das diferentes 

formas de falar (palavras, expressões, sotaques, etc), presentes na Língua Portuguesa. 

Investigar   e   fazer   o   levantamento   das   palavras   de   origem   africana,   debater   suas 

origens, significados, etc, e, a partir disso, discutir a contribuição cultural dos povos 

africanos para a Língua Portuguesa do Brasil.

O trabalho a ser desenvolvido com relação à História e Cultura Afro­ Brasileira está 

contemplado na Lei nº 10.639/03.

Cultura Indígena :

A interculturalidade   considera a diversidade cultural no processo de ensino­

aprendizagem.     A   escola   deve   respeitar   os   valores,   conhecimentos,   saberes   e 

conhecimentos tradicionais, às práticas sociais de cada cultura e garantir o acesso ao 

conhecimento e à   tecnologia   da sociedade nacional,  relevantes para o processo de 

interação e participação cidadã  na sociedade nacional.

Para  isso é   fundamental  o  exercício  de um diálogo  intercultural,  em que os 

indígenas tenham voz para expressar suas perspectivas e concepções sobre a educação, 

e   que   tenham   valorizadas   sua   cultura     e   vivência   ,   definida   entre   os   princípios 

norteadores do ensino: o pluralismo de ideias e concepções pedagógicas e a gestão 

democrática   do   ensino,   deve   tornar   possível   as   experiências   educativas   variadas 

quando o  foco é  o contexto sociocultural  dos educandos e  as perspectivas de suas 

comunidades indígenas com relação à escola.

Nesse contexto, por meio da Lei nº 11.645/08, a Língua Portuguesa propõe um 

trabalho de reconhecimento da cultura  indígena por  meio da  leitura e   reflexão de 

textos que enfoquem o assunto, realizar pesquisas, debates e discussões, levantamento 

das   palavras   de   origem   indígena   incorporadas   à   Língua   Portuguesa,   bem  como  a 

relação com a história e o início da colonização portuguesa no Brasil. 

Sexualidade:

É preciso considerar que a sexualidade é uma das dimensões do ser humano que 

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envolve   gênero,   identidade   sexual,   orientação   sexual,   erotismo,   envolvimento 

emocional, amor e reprodução e, portanto, não pode ser alienada das características 

humanas.

Ao se tratar pedagogicamente da sexualidade com os alunos e alunas da rede 

pública estadual de ensino do Paraná, os professores devem discutir os conhecimentos 

sobre   esse   assunto,   o   que   pressupõe   um   discurso   pedagógico   desprovido   de 

preconceitos e discriminações.

  Por se tratar de escola para jovens e adultos supõe­se que grande parte dos 

alunos   já   tem   uma   vida   sexual   ativa,   necessitando   portanto   de   uma   abordagem 

diferenciada, mais voltada às DSTs, métodos contraceptivos e a diversidade de gêneros. 

As estratégias a serem utilizadas para a efetivação do trabalho referente à sexualidade 

devem ser desenvolvidas em parceria com profissionais da área técnica por meio de 

palestras, seminários,e outros.

As informações do modelo tido como universal (Homem, heterossexual, branco, 

masculino), podem ser problematizadas e questionadas, desestabilizando a identidade 

hegemônica.  Propõe­se aqui uma Educação Sexual que questione esses modelos, que 

busque discutir a multiplicidade e o respeito às diversas formas de viver os gêneros e as 

sexualidades na contemporaneidade. Se queremos nos opor ao machismo, ao racismo, 

ao sexismo, à hemofobia e às formas de exclusão social, essa desconstrução que coloca 

“as verdades únicas” em dúvida pode ser um caminho.

Enfrentamento à violência na escola

O tema da violência escolar tem sido uma preocupação de diversos segmentos 

sociais, sendo tratado em debates em vários segmentos da sociedade e nos últimos 

anos está presente de forma reincidente na mídia.

A   compreensão   da   violência   no   contexto   e   no   cotidiano   escolar   exige   dos 

professores uma fundamentação teórica articulada com a sociedade contemporânea e 

seus desdobramentos  sociais  e  históricos.  Neste  aspecto,  ao pensar  a  violência  e  a 

prática  pedagógica  escolar   torna­se   fundamental   saber  do  que   se   está   pensando  e 

falando. O conhecimento é um processo intrínseco à escola, trata­se de uma referência 

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histórica.  A  ausência  do  conhecimento   sobre  o  processo  e  o  contexto  da  violência 

conduz a  elaborações e  conclusões  repletas  de equívocos e  dificuldades.  Discutir  a 

questão da violência no contexto escolar  e   fora dele  e buscar uma referência para 

práticas   docentes   que   orientem   o   trabalho   pedagógico   para   o   enfrentamento   ao 

processo de violência escolar.

Esse tipo de violência é caracterizada pelas formas de organização do tempo e 

espaço   escolar,   da   relação   professor­aluno,   dos   métodos   escolares   e   pela 

homogeneização   que   é   exercida   por   meio   de   mecanismos   disciplinares,   que 

uniformizam  os   movimentos,   os   gestos   e   as   atitudes  dos   alunos,   dos   professores, 

diretores impondo aos corpos uma atitude de submissão e docilidade.

A abordagem desse assunto em sala de aula pode ser enfocado por meio da 

análise de situações vivenciadas na sociedade, relatos, noticiários, dinâmicas de grupo, 

debates, pontos de vista. 

Prevenção ao uso indevido de drogas :

A questão das drogas está repercutindo, cada vez mais nos debates públicos e a 

escola­  enquanto espaço de socialização do conhecimento cultural  e  científico­  não 

pode se omitir dessa discussão, uma vez que o foco do trabalho pedagógico também é a 

prevenção.

  A   prevenção   ao   uso   indevido   de   drogas,   no   âmbito   das   escolas   públicas 

estaduais, pode ser entendida como um processo complexo e desafiador que requer 

uma   abordagem   desprovida   de   preconceitos   e   discriminações,   bem   como   ser 

fundamentada teoricamente, por meio de conhecimentos científicos. As propostas de 

prevenção predominantes na sociedade legitimam um discurso moralista e repressivo, 

limitando, assim, a compreensão das múltiplas manifestações das drogas na sociedade. 

Diante disso, percebe­se a necessidade de problematizá­las e desconstruí­las a fim de 

avançar em outras perspectivas que possibilitem uma análise contextualizada sobre a 

questão das drogas e sua prevenção. 

Educação do Campo

Entender o campo como um modo de vida social contribui para autoafirmar a 

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identidade dos povos do campo, para valorizar o seu trabalho, a sua história, o seu 

jeito de ser,  os seus conhecimentos,  a sua relação com a natureza e com o ser da 

natureza. Trata­se de uma valorização que se deve dar pelos próprios povos do campo, 

numa atitude de recriação da história, Em síntese o campo retrata uma diversidade 

sociocultural, que se dá a partir dos povos que nele habitam. São diferentes gerações, 

etnias, gêneros, crenças, e diferentes modos de trabalhar, de viver, de se organizar, de 

resolver os problemas, de lutar, de ver o mundo e de resistir no campo.

A cultura,  os  saberes  da experiência,  a  dinâmica do cotidiano dos povos do 

campo devem ser tomados como referência para o trabalho pedagógico, bem como 

para   organizar   o   sistema   de   ensino,   a   formação   de   professores   e   a   produção   de 

materiais didáticos.

Eleger temas centrais para serem analisados e interpretados, pode ser o caminho 

para desenvolver conteúdos da Língua Portuguesa, que pode se dar no plano individual 

ou   coletivo,   mediante   diálogo,   a   indagação,   pesquisa,   e   o   registro   escrito   das 

informações referentes ao tema proposto.

Meio ambiente:

A   relação   do   ser   humano   com   o   ambiente   sempre   teve   sua   essência   na 

transformação da natureza mediante a dominação. Entretanto, como se pode constatar, 

esse domínio do ambiente, hoje não tem mais sentido. O ser humano não está mais no 

centro do universo, mas sim na periferia e, para tanto, é preciso desvencilhar­se desse 

modo de pensar e agir, próprio de uma educação tradicional, na busca de alternativas 

pautadas num processo reflexivo e crítico, com caráter político.

O estudo de educação ambiental  previsto  na Lei  nº  9.795/99,  não deve ser 

idealizada como “panaceia salvacionista” para resolução de problemas , mas sim, como 

uma via de acesso para a construção de uma sociedade mais crítica e reflexiva.

Enrique Leff(2001), utiliza a expressão saber ambiental para a emergência da 

construção de um novo saber que ressignifique as concepções do progresso atual para 

confirmar   a   nova   racionalidade   ambiental,   por   meio   do   campo,   da   produção   do 

conhecimento,   da   política   e   das   práticas   educativas.   Sob   esse   prisma,   o   saber 

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ambiental, para Leff, “problematiza o conhecimento fragmentado em disciplinas e a 

administração   setorial   do   desenvolvimento,   para   construir   um   campo   de 

conhecimentos   teóricos   e   práticos   orientado   para   a   rearticulação   das   relações 

sociedade­natureza”.(2001,p.145)

Os problemas ambientais enfatizados no centro da discussão da crise ambiental 

são:   poluição,   modificações   nos   ecossistemas,   lixo   produzido   pelo   crescimento 

populacional, entre outros, todos com enfoque nos recursos naturais, demonstrando 

vertentes   conservacionista   e   preservacionista,   decorrentes   das   tendências   dos 

movimentos   ambientalistas.   Como   se   nota,   no   século   XX,   a   natureza   passa   a   ser 

considerada   como  problema   e,  por   conseguinte,   a   educação   ambiental   emerge  na 

perspectiva de mediar esse problema.

Analisando esses aspectos, disciplina de Língua Portuguesa tem por finalidade 

proporcionar  atividades e leituras de textos envolvendo a questão ambiental em vários 

aspectos,  como forma de conscientização,  para que se possa (re) discutir  a relação 

homem/natureza, natureza/sociedade, evidenciando que a educação ambiental surge 

como mediadora da problemática socioambiental   caracterizada como um fenômeno 

social complexo. 

Educação Fiscal:

A Educação Fiscal  é  um processo que visa a  construção de uma consciência 

voltada ao exercício da cidadania. O objetivo é propiciar a participação do cidadão no 

funcionamento dos instrumentos de controle social e fiscal do Estado.

Tem como meta a formação de cidadãos conscientes do cumprimento do seu 

dever com relação às obrigações tributárias e do direito de cobrar adequadamente a 

destinação dos recursos provenientes dos tributos arrecadados pelo Estado.

A Educação Fiscal na escola tem por objetivos:

− Promover e institucionalizar a Educação como instrumento para a cidadania;

− Sensibilizar o cidadão para a função socioeconômica do tributo;

− Levar aos cidadãos o conhecimento sobre a administração pública;

− Incentivar a sociedade a acompanhar a ampliação dos recursos públicos;

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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO                                           Pinhão ­ Paraná

− Criar condições para uma relação harmoniosa entre o Estado e o cidadão.

Por   se   tratar  de  Educação  de   Jovens   e  Adultos,   esta   escola   tem o  dever   e 

compromisso  de   desenvolver   ações   coletivas   no   sentido  de   implementar   e/ou  dar 

continuidade ao Programa de Educação Fiscal na prática educativa.

Esta   escola,  por  meio  da  disciplina  de  Língua  Portuguesa   tem desenvolvido 

inúmeras ações relacionadas à Educação Fiscal  com os alunos adultos, por estes serem 

oriundos do interior do município, residirem em comunidades distantes da sede, de 

difícil   acesso,   ou   mesmo   por   desconhecerem   seus   direitos,   especialmente   àqueles 

relacionados até à sua documentação pessoal . Em 2007 foi realizada uma pesquisa e 

constatou­se   que   muitos   alunos  não  possuíam grande  parte     de   seus  documentos 

pessoais. Houve uma grande mobilização da comunidade escolar e foram tomadas as 

providências, sendo uma delas através do Projeto Cidadania, oportunidade em que os 

alunos   foram encaminhados  para   fazer  documentos   tais   como:  RG,  CPF,  Bloco  do 

Produtor, entre outros, que os mesmos ainda não possuíam.  

História do Paraná:

A história do Paraná deve ser contemplada interdisciplinarmente nas aulas   de 

Língua Portuguesa por meio de textos, pesquisas ou mesmo relatos orais, entrevistas 

com moradores   antigos,   visitas   a  museus   e   ou   cidades  históricas,   para   levantar   e 

conhecer momentos históricos relevantes, fomentando assim o interesse e despertar a 

curiosidade dos alunos  em conhecer a história do território e do povo paranaense. 

Programa Brigada Escolar – Defesa Civil na Escola:

Programa de Brigadas Escolares/Defesa Civil na Escola, Secretaria de Estado da 

Segurança Pública, Secretaria de Estado da Educação e Casa Militar da Governadoria 

conforme decreto 4837 de 04 de junho de 2012 . O Programa Brigada Escolar ­ Defesa 

Civil na Escola visa construir na rede estadual de ensino uma cultura de prevenção, 

com a formação de brigadas escolares em todas as escolas, e adequar as edificações 

escolares às normas de prevenção contra incêndio e pânico.

Direitos do Idoso e Educação para o Trânsito:

Referente a obrigatoriedade dos conteúdos dos Direitos do Idoso e Educação 

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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO                                           Pinhão ­ Paraná

para o Trânsito em atendimento à Resolução nº 10.741/03 e Lei nº 9.503/97. Serão 

abordados   de   forma   contextualizada   e   relacionadas   aos   conteúdos   da   disciplina, 

sempre que for possível a articulação entre os mesmos. 

AVALIAÇÃO

A avaliação é concebida como um instrumento para ajudar o aluno a aprender e 

é parte integrante do trabalho de sala de aula, pois a partir dela, o professor pode rever 

os   procedimentos   que   vem   utilizando   e   replanejar   o   trabalho.   Para   o   aluno,   ela 

permite perceber os avanços e dificuldades, tendo assim, uma função permanente de 

diagnóstico e acompanhamento do processo ensino­aprendizagem.

Sabe­se   que   a   avaliação   é   sempre   diagnóstica,   porém   chama­se   avaliação 

diagnóstica inicial  aquela feita nos primeiros contatos do professor com os alunos, no 

início do processo. Sua importância está em conhecer o nível dos alunos, observá­los e 

planejar as ações  e intervenções necessárias.

Ao analisar as produções dos alunos, o professor deve ter clareza dos objetivos 

do seu  trabalho,  de onde quer  chegar.   É   imprescindível  partilhar  com os alunos a 

análise   de   suas   produções,   para   reconhecer   seus   avanços   e   suas   dificuldades, 

desenvolvendo neles a consciência dos progressos, para promover a autonomia como 

sujeitos do processo de aprendizagem, e a melhoria do seu desempenho.

A avaliação  acontece  vinculada   às   atividades  do  dia  a  dia  da   sala  de  aula, 

possibilitando a reflexão contínua da aprendizagem.

A análise do que é produzido, conquistado, e dos pontos críticos identificados, 

norteará  o replanejamento e a tomada de decisões quanto à  promoção dos alunos. 

Dessa forma, a avaliação é contínua, com a função de diagnóstico e acompanhamento, 

favorecendo   a   recuperação   paralela   que   deve   ocorrer   durante   o   processo   de 

aprendizagem. Neste sentido, à medida que o professor percebe o baixo desempenho  e 

as   dificuldades   apresentadas   pelos   alunos,   atitudes   imediatas   devem   ser   tomadas 

durante o processo ensino­aprendizagem, com novos procedimentos a serem oferecidos 

para   corrigir   as   falhas   da   aprendizagem,   para   atingir   os   objetivos   propostos   e, 

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finalmente , sua promoção.  

Considera­se que o estudo da Língua Portuguesa deve possibilitar que os alunos 

leiam e escrevam, não para a escola, mas para a vida. Portanto, os conteúdos devem 

ser trabalhados em situações de uso da língua, permitindo que o aluno aperfeiçoe seus 

conhecimentos linguísticos.

Para avaliar a Linguagem Oral , o professor deve observar se os alunos estão se 

expressando de forma mais clara, compreendem as informações explícitas e implícitas 

no discurso oral e escrito, os argumentos usados em defesa de suas ideias, a clareza, 

coerência e argumentatividade, posicionamento crítico e também se procuram adequar 

sua fala a diferentes contextos, utilizando adequadamente entonação, pausas, gestos, 

respeitando o turno de fala, etc.

Quanto a Escrita, é importante verificar se o aluno consegue atribuir sentido às 

suas   escritas,     intencionalidade,   argumentação,   clareza,   coerência,   a   forma 

convencional     com   expressões   próprias   do   discurso   escrito,   ortografia,   as   normas 

gramaticais , concordância verbal e nominal, estrutura , paragrafação, etc. Finalmente, 

o professor deve observar se   o aluno   é capaz de selecionar o tipo de organização 

textual que é   mais apropriada para atingir os objetivos de sua escrita tais como: dar 

instruções,   comunicar­se   com   alguém,   convencer,   divertir,   emocionar,   enredar, 

divulgar, reivindicar, etc.

Avaliar a  Análise linguística,  significa refletir sobre a língua quando o aluno 

produz, revisa  ou re­escreve   seus textos, decide qual é a melhor forma de registrar 

suas ideias, organizar as  informações, para que o texto fique claro e coerente, sem 

repetições , erros de ortografia e pontuação, a fim de atingir os objetivos da refacção 

do texto por ele escrito.

A  Avaliação Final  é    baseada na análise do processo de evolução do aluno e 

leva em conta os avanços alcançados a partir dos parâmetros curriculares indicados na 

proposta pedagógica. Mas, decidir sobre a promoção ou não do aluno é bastante difícil, 

porque   é   necessário   observar   cuidadosamente   todo   o   caminho   percorrido, 

considerando os avanços alcançados. 

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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO                                           Pinhão ­ Paraná

A oferta da Recuperação de estudos significa encarar o erro como hipótese de 

construção do conhecimento,  de  aceitá­lo  como parte   integrante  da  aprendizagem, 

possibilitando a reorientação dos estudos. Ela se dará concomitantemente ao processo 

ensino­aprendizagem, considerando a apropriação dos conhecimentos básicos, sendo 

direito   de   todos   os   educandos,   independentemente   do   nível   de   apropriação   dos 

mesmos.  Será   individualizada,   organizada   com atividades   significativas   tendo  pelo 

menos  duas  oportunidades  de   recuperar  notas  e   conteúdos  por  período (registro), 

conforme previsto por lei.

Embora  a  Internet  não  tenha sido  para alcançar  objetivos  educacionais,  ela 

também pode ser avaliada nas diversas situações de aprendizagem, desde que seja 

trabalhada em conexão com os conteúdos da disciplina, por proporcionar novas formas 

de pensar, sentir e agir e também como instrumento de inserção dos alunos, ampliação 

de sua leitura de mundo,  possibilitando ações críticas e transformadoras. 

REFERÊNCIAS

BRITO,  Gláucia  S.,   PURIFICAÇÃO,   Ivonélia  da;  Educação  e  novas   tecnologias:  um 

repensar.2 ed. Editora EBPEX, Curitiba,2008.

ARAÚJO,   Júlio  César,   Internet   &   Ensino­   Novos   Gêneros,   outros   desafios.   Editora 

Lucerna, RJ, 2007.

PARANÁ,   Secretaria   de   Estado   da   Educação.   Diretrizes   Curriculares   de   Língua 

Portuguesa da Educação Básica, 2008. 

PARANÁ, Secretaria de Estado de Educação, Diretrizes Curriculares da Educação de 

Jovens e Adultos no Estado do Paraná, 2006, Governo do Paraná – SEED. 

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação, Cadernos Temáticos­ História e Cultura 

Afro­brasileira e Africana, Governo do Paraná, 2008. 

PARANÁ,   Cadernos     Temáticos ­ Secretaria     de     Estado   da     Educação, Educação 

Escolar Indígena, Governo do Paraná, 2008. 

PARANÁ, Cadernos   Temáticos­ Secretaria   de   Estado  da  Educação, Educando para 

as relações étnico­raciais, Governo do Paraná, 2008. 

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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO                                           Pinhão ­ Paraná

ABREU,   Ana   Silvia   Couto   de;   Leitura   e   escrita   enquanto   práticas   discursivas: 

construindo filiações. UFSCar, Brasil. 

BUBER,Martin; Do diálogo e do dialógico,p.71. Madrid: BAC, l997 

PARÂMETROS CURRICILARES NACIONAIS, Ensino Médio, Linguagens, Códigos e suas 

Tecnologias,   Secretaria   de   Educação   Média   e   Tecnológica.   BEZERRA,   M.A.   (org) 

Gêneros Textuais e Ensino. RJ: Lucerna, 2002 

Salto para o futuro: Reflexões sobre a educação no próximo milênio/ Secretaria de 

Educação a Distância. Brasília: Ministério da Educação e do Desporto, SEED, 1998. 

Salto   para   o   futuro:   Educação   de   Jovens   e   Adultos   /   Secretaria   de   Educação   a 

Distância. Brasília: Ministério da Educação, SEED, 1999. 

Proinfo: Informática e formação de professores/Secretaria de Educação a Distância. 

Brasília: Ministério da Educação, SEED, 2000. 

Revista Pátio, ano XI, n. 41­ Fev/Abr 2007. 

PARANÁ, Diretrizes Curriculares da Educação do Campo, SEED­PR, 2006.

DISCIPLINA DE ARTE

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICO­ METODOLÓGICA

         A necessidade de se expressar artisticamente é inerente ao ser humano. O homem 

pré­histórico   já   fazia   isso.   Fascinado   pelas   cores,   usava   pigmentos   extraídos   da 

natureza para imprimir as pinturas rupestres, registrando assim suas histórias e seus 

costumes. Depois de muito experimentar, ele descobriu, por exemplo, que ao esmagar 

pedras coloridas e misturá­las com gorduras de animais, obtinha grande variedade de 

cores e que o negro encontrava­se no carvão retirado das cavernas.

        Do   auto­didatismo   do   homem   primitivo   aos   dias   de   hoje,   as   técnicas   de 

representação artística foram sendo aperfeiçoadas. Surgiram, então, estilos próprios a 

cada período histórico, que se pode perceber nas obras de grandes artistas.

             É certo que as obras que fazem parte do patrimônio cultural da humanidade 

resultaram da genialidade de artistas de todas as épocas e em outras áreas.

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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO                                           Pinhão ­ Paraná

          Segundo a atual legislação educacional brasileira, a arte passa a  vigorar como 

área de conhecimento e trabalho, tendo sido incluída como   componente curricular 

obrigatório na educação básica. A área de Arte se refere às linguagens artísticas, como 

as Artes Visuais, a Música, o Teatro e a Dança.

O   ensino   de   Arte   hoje,   deixa   de   ter   uma   visão   meramente   técnica,   de 

transmissão de  conceitos  de   forma puramente   imitativa,   ,   como também refuta  os 

princípios   da   "livre­expressão",   do   "deixar   fazer     espontâneo",   sem   interferência 

externa.

Na atual concepção, entende ­ se que aprender arte envolve não apenas uma 

atividade livre de produção artística, mas também envolve compreender o que se faz e 

o   que   os   outros   fazem,   através   do   desenvolvimento   da   percepção   estética   e   do 

conhecimento do contexto histórico em que foi feita a obra.

         Portanto a arte será tratada como um objeto de cultura , criada pelo homem e 

dentro  de  um conjunto  de  relações.  A  arte   faz  parte  das   formas  de  conhecimento 

humano,apresentando especificidades em relação às outras disciplinas. Seu lugar na 

escola é inquestionável, pois uma proposta de ensino democrático considera a vivência 

e o conhecimento artístico , um direito de todos.

      O  Centro Estadual de Educação Básica para  Jovens e Adultos de Pinhão tem um 

posicionamento fundamentado quanto à disciplina de Artes numa filosofia de busca de 

valores para uma educação integral, que transforme o educando em sujeito do seu 

próprio desenvolvimento, crítico, criativo, apto a agir e modificar o mundo cultural e a 

sociedade em que vive. Portanto a experiência artística visa propiciar uma educação 

integral,que   leve   o   educando   a   uma   reorganização   interna,   que   passa   pelo   nível 

cognitivo  e   implica   em ampliação   e   aprofundamento  de   seu   conhecimento;   sócio­

emocional/sócio cultural.

O   aluno   será   sempre   o   agente   do   processo   educativo,   usando   de   sua 

individualidade para se exprimir e para se relacionar respeitosamente consigo mesmo e 

com os outros.  A concretização do papel comunicativo e social  da arte  se dará  na 

medida em que além do criador, surge um espectador para usufruir e apreciar a obra. 

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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO                                           Pinhão ­ Paraná

Na escola, o aluno é o criador e também o apreciador. O fazer artístico do aluno 

é  um  fato  humanizador,   cultural,  que  envolve  um conjunto  de  diferentes   tipos  de 

conhecimentos, gerando diferentes significações, levando o seu criador a se perceber 

como um agente de transformação. Os alunos poderão conhecer o fazer artístico  não 

só     como   experiência     poética,   como     também   como   desenvolvimento   de   suas 

potencialidades; conhecerão o fazer artístico como experiência de comunicação e de 

interação grupais, a arte como  estrutura formal e como produto cultural.

Como as demais áreas do conhecimento a Arte também foi introduzida no Brasil 

pelos Jesuítas. Nas reduções jesuíticas foram realizadas um trabalho de catequização 

dos   indígenas   com ensinamentos  de  artes   e  ofícios,  através  da   retórica,   literatura, 

musica, teatro, dança, pintura, escultura e outras artes manuais. Em todos os lugares 

onde   a   Companhia   de   Jesus   se   radicou,   promoveu   formas   artísticas   não   somente 

cultivando formas ibéricas como também assimilando as artes locais.

Por volta do Século XVIII, o mundo buscava a superação do modelo teocêntrico 

medieval   voltando   ­   se   ao   projeto   conhecido   como   iluminista,   que   tinha   como 

característica marcante a convicção de que tudo podia ser explicado pela razão e pela 

ciência.   A   Arte   acompanhou   as   mudanças   sugeridas   pelo   mundo   moderno   e   foi 

fundada  no  Brasil   a  Academia  de  Belas   –  Artes.  A  Arte   como  os  demais   campos 

sofreram as influencias de modelos ditados pelas correntes pedagógicas.   O Ensino de 

Arte na Escola Pública ganha força no Brasil pela Lei 9394/96. e No Estado do Paraná 

a  partir  do  ano de  2003 o ensino  de  arte  passa  a  ser  valorizado no Currículo  da 

Educação  Básica,   dando   à  Arte   também o  papel  de   formar   sujeitos   frente   a  uma 

sociedade em constante transformação.

O fazer arte e pensar sobre o que se realiza, pode garantir ao aluno sempre uma 

aprendizagem contextualizada em relação a valores e meios de produção artísticos das 

diferentes sociedades, em diferentes épocas. 

Para isso é importante que o aluno adquira autonomia para aprender a buscar a 

informação desejada, ser um indivíduo investigador e que saiba dividir o que aprendeu. 

É possível, através da arte, desenvolver projetos, onde o tratamento de temas 

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socialmente   relevantes   seja   privilegiado.   É   uma   oportunidade   para   ampliar   o 

entendimento e a atuação dos alunos perante os problemas vitais que estão presentes 

na sociedade, exercitando suas responsabilidade como cidadão.   Pode­se   abordar   o 

tema    do pluriculturalismo, levando o aluno não somente a identificar semelhanças e 

diferenças    culturais, como   reconhecer    a   importância   de   criar mecanismos de 

manutenção de cultura dentro de agrupamentos sociais. Permite problematizar temas 

como  preconceitos,   excepcionalidade   física   ou  mental,   estereótipos   culturais,   entre 

outros.

O ensino de arte, portanto, é  um processo de articulação da experiência , de 

significação da relação do indivíduo com o meio e consigo mesmo. Nesse processo de 

articulação e ordenação, o potencial criador dialoga com as experiências anteriormente 

acumuladas pelo sujeito da ação, relacionando o antigo com o novo, através de uma 

transformação que respeita  a  especificidade do  sujeito  e  o  objeto  a   ser  conhecido, 

dando ­ se aí uma aprendizagem por experiência significativa. A imaginação criadora 

permite conceber situações novas, ideias e articular os sentimentos em imagens, textos, 

música, dança e movimento. 

Esta faculdade     de   imaginar   está  na   raiz  de   qualquer    processo   de 

conhecimento,   seja   ele   científico,   artístico   ou   técnico.   E,   além   disto,   a   arte 

é   um    conhecimento      que    permite  aproximar     indivíduos,  culturas diferentes. 

É uma expressão universal e ao mesmo tempo pessoal, uma criação única, inserida 

num contexto cultural e histórico. A imaginação criadora permite conceber situações 

novas,     ideias       e   articular   os   sentimentos   em   imagens,   textos,   música,   dança   e 

movimento. 

Ao aluno deverá ser oportunizado desenvolver a sua cultura artística fazendo, 

conhecendo e apreciando produções artísticas, que são ações que integram o perceber, 

o pensar, aprender, recordar,  imaginar, sentir, expressar e comunicar pessoal, onde 

pode interagir e se relacionar com o ambiente.

Ele deve ter como fonte de informações não só o ambiente escolar, mas também 

ser motivado a apreciar obras de arte de outros a partir de visitas a museus, fontes de 

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informação e comunicação diversos ( textos, vídeos, gravações, rádio, Internet, entre 

outros). 

Cabe ao professor, problematizar as situações, desafiando o aluno a solucioná­

las, afim de desenvolver suas estruturas mentais e afetivas. Este deve criar situações de 

aprendizagem, apoiado em imagens, músicas, cenas, danças, livros, slides, vídeos, pois 

o aluno se atualiza e aumenta o seu próprio repertório artístico. O papel do professor é 

o de instrumentalizador técnico,  orientador, destinatário das produções dos alunos, 

documentador,  promotor  de   trocas  entre  alunos.  A  postura  metodológica  que  será 

utilizada na área de Artes constará de uma a metodologia fundamentada em propostas 

de  ensino  que  incluem a  contextualização e  a   interdisciplinaridade com as  demais 

disciplinas   do   currículo   de   forma   crítica   e   estética   para   desenvolver   no   aluno   a 

capacidade do fazer artístico ( produção artística ), leitura da obra de arte ( crítica e 

estética ), contextualização da obra de arte ( História da arte ).

O   fazer   artístico   deve   basear   ­   se   no   desenvolvimento   da   criatividade   do 

educando, dando plena vazão à sua expressividade nas mais diversas linguagens. Deve 

enfatizar o exercício da percepção, da fantasia e da imaginação criadora. O apreciar é 

desenvolvido através de exercícios de observação da própria produção, da leitura de 

obras, assistindo espetáculos teatrais, de música, de dança, na troca de experiências, 

nas discussões sobre arte,  dos meios de comunicação e do mundo social  em que a 

pessoa está  inserida. A apreciação estética deve desenvolver o senso crítico do aluno. 

Para   o   desenvolvimento   das   aulas   de   Educação   Artística   serão   utilizados   o 

quadro­negro, a fala do professor,  enriquecida com recursos didáticos como: livros, 

vídeos,   televisão,   rádio,   computadores,   jogos,   recortes  de   jornal,   revistas,   e   outros 

materiais diretamente relacionados com o dia­a­dia do aluno e ainda outros recursos 

que devem ser integrados a situações que levem o aluno ao exercício da análise e da 

reflexão. 

Assim, a organização do trabalho didático   será encaminhada de modo que os 

alunos desenvolvam a própria  capacidade para construir  conhecimentos artísticos  e 

interagir de forma cooperativa com seus pares, na busca de soluções para problemas, 

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respeitando o modo de pensar dos colegas e aprendendo com eles. 

A Inclusão   de todos os alunos com ou sem necessidades educativas    especiais, 

será   contemplada   sempre   que    o   professor identificar   o quê os alunos sabem, 

planejar em torno deste prévio conhecimento, e conhecer o estilo de aprender e as 

necessidades individuais. Todos os alunos podem se beneficiar das metodologias de 

inclusão e   todos  podem descobrir   juntos  que  existem  lugar  de  aprendizagem para 

todos.

Música:

Viver é uma arte. A arte de ser feliz que consiste na integração do eu com o 

outro, com o cosmo e com o transcendente. A música possui algo mágico, integra a 

vida das pessoas. Ignorá­la é perder o encanto a magia de viver feliz  Sendo assim, se a 

música se presta para tantas coisas, a escola não pode abrir mão desse recurso em sua 

prática pedagógica. 

É  quase impossível encontrar alguém que não goste de música. A música é 

conhecida e praticada desde a pré­história, e a história da música confunde­se com a 

própria história do desenvolvimento da inteligência humana.  Uma música ou mesmo 

palavras que bem poderiam ser poesias, surgidas num momento especial, palavras que 

tragam lembranças da infância, da mocidade, que despertem emoções de um amor 

vivido com intensidade ou mesmo de um amor perdido no tempo, de momentos que 

significam em nós porque constituem memória, fazem sentido.  

A música é a arte de combinar sons, é uma forma de fazer irromper memórias 

sentimentos, emoções e por isso torna­se uma excelente fonte de trabalho no âmbito 

escolar como forma de explorar identidades e a constituição do sujeito, enquanto ser 

social. Além de funcionar como terapia, é um exercício de interpretação, uma forma de 

observar a constituição de realidades e o funcionamento do imaginário. Nesse sentido, 

a música é um discurso, por isso, definido por (Pêcheux, 1997) como “efeito de sentido 

entre interlocutores” e ocorre no entremeio de outras disciplinas, dentre as quais estão 

as ciências sociais, pela cultura. 

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      A   sociedade atual  que  valoriza  o   ter,   levou  o  homem a  perder  a  dimensão 

humana e divina em sua relação com a natureza. Precisamos buscar novos paradigmas 

para que a alegria impere nas salas de aula, possibilitando ao aluno(a) a manifestação 

de suas habilidades artísticas. Por meio da Lei nº 11.769/08 foi regulamentada  o uso 

da música nas escolas, proporcionando a alunos e professores uma prática prazerosa de 

aprender o conteúdo proposto. 

Cultura Afro­brasileira:

Um   dos   aspectos   que   a   disciplina   de   Arte   deve   mostrar   é   a   questão   da 

diversidade cultural  e racial  a quem se negou até  agora ver que os afro­brasileiros 

existem,   foram   e   são   sujeitos   da   construção   da   sociedade   brasileira,   têm 

história,cultura,   memória,   valores   que   precisam   ganhar   amplitude   e   status   de 

conhecimento também dentro da escola, no fazer cotidiano da sala de aula.

É  preciso ampliar o foco do currículo de Arte para a diversidade cultural, racial, 

social e econômica brasileira. (Petronilha Beatriz Gonçalves e Silva). 

Cultura Afro­brasileira:

O trânsito Brasil /África, em termos literários foi intenso, e não são poucos os 

trabalhos que tratam da influência negra nas artes.  É notório o desconhecimento que 

temos  do  continente  africano e  o   fato  da  assimilação do negro  e  da  cultura  afro­

brasileira, no Brasil restringiu­se a aspectos simbólicos.

De algum modo, artes participou desse processo de exclusão. O cânone que a 

definia é composto fundamentalmente por escritores brancos do sexo masculino, cujas 

obras esteticamente apresentam em sua discursividade um conjunto de valores morais 

e   ideológicos,  veiculados  à  perspectiva  etnocêntrica  do  branco    e  muitas  vezes  do 

branco racista, isto é, uma perspectiva ligada aos modelos europeus. Isto não significa 

que o negro tenha deixado de estar presente nesta tradição canonizada, porém aparece 

na maioria das vezes como personagem coadjuvante, sob uma visão preconceituosa, 

associada a esterótipos estigmatizados ou destituído de humanidade.

Conhecer a história da África e dos africanos e seus descendentes no Brasil, dar 

a conhecer as lendas, contos, mitos, cantigas que têm como cenário o universo negro, a 

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cultura africana. 

Uma atividade que contribui nessa direção é solicitar aos alunos que recolham 

de   seus   avós   ou   pessoas   idosas   da   comunidade,   histórias,   contos,cantigas   e 

brincadeiras, e também propor ações para levantar a temática dos remanescentes de 

quilombos no Paraná, debater seu significado e trazer para o interior da escola essa 

questão.

Promover ações que denotem o reconhecimento da participação histórica e seus 

descendentes na produção de riquezas materiais e culturais dos afro­brasileiros por 

meio da apresentação de filmes, documentários, aulas expositivas, palestras, leitura de 

textos, pesquisas sobre a vida e obra de poetas afrodescendentes, recitação de poesias, 

contação   de   histórias   africanas,   enfocando   a   literatura   oral   da   África:   narrativas, 

provérbios, adivinhas, cantos de guerra, de colheita, cantigas de roda, fábulas, entre 

outros.

Propor   também   um   trabalho   significativo   para   alunos   adultos:   Discutir   a 

contribuição cultural dos povos africanos do Brasil.

O trabalho a ser desenvolvido com relação à História e Cultura Afro­ Brasileira está 

contemplado na Lei nº 10.639/03.

Cultura Indígena :

A interculturalidade   considera a diversidade cultural no processo de ensino­

aprendizagem.     A   escola   deve   respeitar   os   valores,   conhecimentos,   saberes   e 

conhecimentos tradicionais, às práticas sociais de cada cultura e garantir o acesso ao 

conhecimento e à   tecnologia   da sociedade nacional,  relevantes para o processo de 

interação e participação cidadã  na sociedade nacional.

Para  isso é   fundamental  o  exercício  de um diálogo  intercultural,  em que os 

indígenas tenham voz para expressar suas perspectivas e concepções sobre a educação, 

e   que   tenham   valorizadas   sua   cultura     e   vivência   ,   definida   entre   os   princípios 

norteadores do ensino: o pluralismo de ideias e concepções pedagógicas e a gestão 

democrática   do   ensino,   deve   tornar   possível   as   experiências   educativas   variadas 

quando o  foco é  o contexto sociocultural  dos educandos e  as perspectivas de suas 

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comunidades indígenas com relação à escola.

Nesse contexto, por meio da Lei nº 11.645/08, a disciplina de Arte propõe um 

trabalho de reconhecimento da cultura indígena fazendo uma relação   da história com 

o  início da colonização portuguesa no Brasil. 

Sexualidade:

É preciso considerar que a sexualidade é uma das dimensões do ser humano que 

envolve   gênero,   identidade   sexual,   orientação   sexual,   erotismo,   envolvimento 

emocional, amor e reprodução e, portanto, não pode ser alienada das características 

humanas.

Ao se tratar pedagogicamente da sexualidade com os alunos e alunas da rede 

pública estadual de ensino do Paraná, os professores devem discutir os conhecimentos 

sobre   esse   assunto,   o   que   pressupõe   um   discurso   pedagógico   desprovido   de 

preconceitos e discriminações.

  Por se tratar de escola para jovens e adultos supõe­se que grande parte dos 

alunos   já   tem   uma   vida   sexual   ativa,   necessitando   portanto   de   uma   abordagem 

diferenciada, mais voltada às DSTs, métodos contraceptivos e a diversidade de gêneros. 

As estratégias a serem utilizadas para a efetivação do trabalho referente à sexualidade 

devem ser desenvolvidas em parceria com profissionais da área técnica por meio de 

palestras, seminários,e outros.

As informações do modelo tido como universal (Homem, heterossexual, branco, 

masculino), podem ser problematizadas e questionadas, desestabilizando a identidade 

hegemônica.  Propõe­se aqui uma Educação Sexual que questione esses modelos, que 

busque discutir a multiplicidade e o respeito às diversas formas de viver os gêneros e as 

sexualidades na contemporaneidade. Se queremos nos opor ao machismo, ao racismo, 

ao sexismo, à hemofobia e às formas de exclusão social, essa desconstrução que coloca 

“as verdades únicas” em dúvida pode ser um caminho.

Enfrentamento à violência na escola

O tema da violência escolar tem sido uma preocupação de diversos segmentos 

sociais, sendo tratado em debates e está presente de forma reincidente na mídia.

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A   compreensão   da   violência   no   contexto   e   no   cotidiano   escolar   exige   dos 

professores uma fundamentação teórica articulada com a sociedade contemporânea e 

seus desdobramentos  sociais  e  históricos.  Neste  aspecto,  ao pensar  a  violência  e  a 

prática  pedagógica  escolar   torna­se   fundamental   saber  do  que   se   está   pensando  e 

falando. O conhecimento é um processo intrínseco à escola, trata­se de uma referência 

histórica.  A  ausência  do  conhecimento   sobre  o  processo  e  o  contexto  da  violência 

conduz a  elaborações e  conclusões  repletas  de equívocos e  dificuldades.  Discutir  a 

questão da violência no contexto escolar  e   fora dele  e buscar uma referência para 

práticas   docentes   que   orientem   o   trabalho   pedagógico   para   o   enfrentamento   ao 

processo de violência escolar.

Esse tipo de violência é caracterizada pelas formas de organização do tempo e 

espaço   escolar,   da   relação   professor­aluno,   dos   métodos   escolares   e   pela 

homogeneização   que   é   exercida   por   meio   de   mecanismos   disciplinares,   que 

uniformizam  os   movimentos,   os   gestos   e   as   atitudes  dos   alunos,   dos   professores, 

diretores impondo aos corpos uma atitude de submissão e docilidade.

A abordagem desse assunto em sala de aula pode ser enfocado por meio da 

análise de situações vivenciadas na sociedade, relatos, noticiários, dinâmicas de grupo, 

debates, pontos de vista. 

Prevenção ao uso indevido de drogas :

A questão das drogas está repercutindo, cada vez mais nos debates públicos e a 

escola­  enquanto espaço de socialização do conhecimento cultural  e  científico­  não 

pode se omitir dessa discussão, uma vez que o foco do trabalho pedagógico também é a 

prevenção.

  A   prevenção   ao   uso   indevido   de   drogas,   no   âmbito   das   escolas   públicas 

estaduais, pode ser entendida como um processo complexo e desafiador que requer 

uma   abordagem   desprovida   de   preconceitos   e   discriminações,   bem   como   ser 

fundamentada teoricamente, por meio de conhecimentos científicos. As propostas de 

prevenção predominantes na sociedade legitimam um discurso moralista e repressivo, 

limitando, assim, a compreensão das múltiplas manifestações das drogas na sociedade. 

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Diante disso, percebe­se a necessidade de problematizá­las e desconstruí­las a 

fim de avançar em outras perspectivas que possibilitem uma análise contextualizada 

sobre a questão das drogas e sua prevenção. 

Educação do Campo

Entender o campo como um modo de vida social contribui para autoafirmar a 

identidade dos povos do campo, para valorizar o seu trabalho, a sua história, o seu 

jeito de ser,  os seus conhecimentos,  a sua relação com a natureza e com o ser da 

natureza. Trata­se de uma valorização que se deve dar pelos próprios povos do campo, 

numa atitude de recriação da história, Em síntese o campo retrata uma diversidade 

sociocultural, que se dá a partir dos povos que nele habitam. São diferentes gerações, 

etnias, gêneros, crenças, e diferentes modos de trabalhar, de viver, de se organizar, de 

resolver os problemas, de lutar, de ver o mundo e de resistir no campo.

A cultura,  os  saberes  da experiência,  a  dinâmica do cotidiano dos povos do 

campo devem ser tomados como referência para o trabalho pedagógico, bem como 

para   organizar   o   sistema   de   ensino,   a   formação   de   professores   e   a   produção   de 

materiais didáticos.

Eleger temas centrais para serem analisados e interpretados, pode ser o caminho 

para  desenvolver  os  conteúdos de Arte,  que  podem se  dar  no  plano  individual  ou 

coletivo, mediante a utilização de músicas, poesias, lendas, exploração da culinária e 

tradições culturais presentes no campo. 

Meio ambiente:

A   relação   do   ser   humano   com   o   ambiente   sempre   teve   sua   essência   na 

transformação da natureza mediante a dominação. Entretanto, como se pode constatar, 

esse domínio do ambiente, hoje não tem mais sentido. O ser humano não está mais no 

centro do universo, mas sim na periferia e, para tanto, é preciso desvencilhar­se desse 

modo de pensar e agir, próprio de uma educação tradicional, na busca de alternativas 

pautadas num processo reflexivo e crítico, com caráter político.

O estudo de educação ambiental  previsto  na Lei  nº  9.795/99,  não deve ser 

idealizada como “panaceia salvacionista” para resolução de problemas , mas sim, como 

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uma via de acesso para a construção de uma sociedade mais crítica e reflexiva.

Enrique Leff (2001), utiliza a expressão saber ambiental para a emergência da 

construção de um novo saber que ressignifique as concepções do progresso atual para 

confirmar   a   nova   racionalidade   ambiental,   por   meio   do   campo,   da   produção   do 

conhecimento,   da   política   e   das   práticas   educativas.   Sob   esse   prisma,   o   saber 

ambiental, para Leff, “problematiza o conhecimento fragmentado em disciplinas e a 

administração   setorial   do   desenvolvimento,   para   construir   um   campo   de 

conhecimentos   teóricos   e   práticos   orientado   para   a   rearticulação   das   relações 

sociedade­natureza”.(2001,p.145)

Os problemas ambientais enfatizados no centro da discussão da crise ambiental 

são:   poluição,   modificações   nos   ecossistemas,   lixo   produzido   pelo   crescimento 

populacional, entre outros, todos com enfoque nos recursos naturais, demonstrando 

vertentes   conservacionista   e   preservacionista,   decorrentes   das   tendências   dos 

movimentos   ambientalistas.   Como   se   nota,   no   século   XX,   a   natureza   passa   a   ser 

considerada   como  problema   e,  por   conseguinte,   a   educação   ambiental   emerge  na 

perspectiva de mediar esse problema.

Analisando esses aspectos, a disciplina de Arte, tem por finalidade proporcionar 

atividades que remetam à  questões ambientais em vários aspectos,  como forma de 

conscientização,   para   que   se   possa   (re)   discutir   a   relação   homem/natureza, 

natureza/sociedade, evidenciando que a educação ambiental surge como mediadora da 

problemática socioambiental  caracterizada como um fenômeno social complexo. 

Educação Fiscal:

A Educação Fiscal  é  um processo que visa a  construção de uma consciência 

voltada ao exercício da cidadania. O objetivo é propiciar a participação do cidadão no 

funcionamento dos instrumentos de controle social e fiscal do Estado.

Tem como meta a formação de cidadãos conscientes do cumprimento do seu 

dever com relação às obrigações tributárias e do direito de cobrar adequadamente a 

destinação dos recursos provenientes dos tributos arrecadados pelo Estado.

A Educação Fiscal na escola tem por objetivos:

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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO                                           Pinhão ­ Paraná

− Promover e institucionalizar a Educação como instrumento para a cidadania;

− Sensibilizar o cidadão para a função socioeconômica do tributo;

− Levar aos cidadãos o conhecimento sobre a administração pública;

− Incentivar a sociedade a acompanhar a ampliação dos recursos públicos;

− Criar condições para uma relação harmoniosa entre o Estado e o cidadão.

Por   se   tratar  de  Educação  de   Jovens   e  Adultos,   esta   escola   tem o  dever   e 

compromisso  de   desenvolver   ações   coletivas   no   sentido  de   implementar   e/ou  dar 

continuidade ao Programa de Educação Fiscal na prática educativa.

Esta escola, por meio da disciplina de Arte tem desenvolvido inúmeras ações 

relacionadas à Educação Fiscal   com os alunos adultos, por estes serem oriundos do 

interior do município, residirem em comunidades distantes da sede, de difícil acesso, 

ou mesmo por desconhecerem seus direitos, especialmente àqueles relacionados até à 

sua documentação pessoal . Em 2007 foi realizada uma pesquisa e constatou­se que 

muitos alunos não possuíam grande parte   de seus documentos pessoais. Houve uma 

grande mobilização da comunidade escolar e foram tomadas as providências, sendo 

uma   delas   através   do   Projeto   Cidadania,   oportunidade   em   que   os   alunos   foram 

encaminhados para fazer documentos tais como: RG, CPF, Bloco do Produtor, entre 

outros, que os mesmos ainda não possuíam.  

História do Paraná:

A história do Paraná deve ser contemplada interdisciplinarmente nas aulas   de 

Arte por meio de história, lendas, pesquisas ou mesmo relatos orais, entrevistas com 

moradores antigos, visitas a museus e ou cidades históricas, para levantar e conhecer 

momentos   históricos   relevantes,   fomentando   assim   o   interesse   e   despertar   a 

curiosidade dos  alunos    em conhecer  a  história,  a  cultura  do   território  e  do  povo 

paranaense.

Direito da Criança e do Adolescente: 

A partir da Lei nº 11.525/07 tornou­se obrigatório nas escolas expor para os 

alunos     os   direitos   da   criança   e   do   adolescente,   assegurando   a   aquisição   dos 

conhecimentos e de matrícula na escola pública. Todos os assuntos referentes ao tema 

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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO                                           Pinhão ­ Paraná

poderão ser abordados dentro dos conteúdos de Arte .

Programa Brigada Escolar – Defesa Civil na Escola:

Programa de Brigadas Escolares/Defesa Civil na Escola, Secretaria de Estado da 

Segurança Pública, Secretaria de Estado da Educação e Casa Militar da Governadoria 

conforme decreto 4837 de 04 de junho de 2012 . O Programa Brigada Escolar ­ Defesa 

Civil na Escola visa construir na rede estadual de ensino uma cultura de prevenção, 

com a formação de brigadas escolares em todas as escolas, e adequar as edificações 

escolares às normas de prevenção contra incêndio e pânico.

Direitos do Idoso e Educação para o Trânsito:

Referente a obrigatoriedade dos conteúdos dos Direitos do Idoso e Educação 

para o Trânsito em atendimento à Resolução nº 10.741/03 e Lei nº 9.503/97. Serão 

abordados   de   forma   contextualizada   e   relacionadas   aos   conteúdos   da   disciplina, 

sempre que for possível a articulação entre os mesmos. 

OBJETIVOS:

­ Realizar       produções       artísticas,   individuais   ou     coletivas,   nas   linguagens da 

arte(artes   visuais,musica,teatro,dança),analisando,   refletindo   e   compreendendo   os 

diferentes  processos  produtivos,   com suas  diferentes  manifestações   socioculturais  e 

históricos;

­  Compreender e  utilizar  a arte  como  linguagem, mantendo uma atitude de busca 

pessoal e/ou coletiva, articulando a percepção,a imaginação,a emoção ,a investigação, 

a sensibilidade e a reflexão ao realizar produções artísticas;

­  Valorizar   a   diversidade    cultural  respeitando   as  expressões, artísticas locais e 

regionais,em seus vários aspectos como meio de preservação das tradições populares e 

de nossas raízes.

­ Apreciar     produtos   de    arte,   em    suas   varias   linguagens,  desenvolvendo  

tanto a fruição quanto a análise;

− Organizar   informações   sobre   arte   paranaense   por   meio   de   livros, 

documentos,obras e acervos, etc reconhecendo e compreendendo concepções estéticas 

presentes nessas obras e acervos,  etc,     reconhecendo e compreendendo concepções 

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estéticas presentes nessas obras.

CONTEÚDOS

           A disciplina   de arte no ensino fundamental contempla as Linguagens das Artes 

Visuais, Dança, da Música e de Teatro e os conteúdos estruturais selecionados por essa 

disciplina vem a constituir a base para a prática pedagógica.

Esses conteúdos, serão desenvolvidos visando atender todos  os alunos, levando­

se em consideração suas limitações e necessidades de encaminhamentos especiais.

ARTES VISUAIS

Elementos básicos da linguagem das artes visuais:

Imagem: representações simbólicas de uma ideia percebida de forma sensorial. 

a)­ forma: configuração visível do conteúdo, delimitação do espaço visual:

Suporte: tamanho, espaço,materiais;

Espacialidade: leitura de imagens bidimensionais   e tridimensionais, compreendendo 

ponto, figura/fundo,simetria;

Texturas: própria e produzida.

Movimento: ritmo e equilíbrio.

b)­ luz: radiação magnética que provoca uma sensação visual.

Sombra: intensidade

Cor :pigmentos (teoria das cores), escala cromática,  tons e matizes.

Texturas: tátil e gráfica,

Luz e sombra: técnica de sombreamento.

Composição: figurativa e abstrata

2 ­ Produções / manifestações artísticas das artes visuais:

Imagens   bidimensionais   (desenhos,   pinturas,   propaganda   visual,   murais,   cartazes, 

gravuras,  mosaicos,   texturas,  composições,  caricatura, design, colagem,  ilustrações  , 

poesias, leitura e releitura de obras artísticas etc.)

Imagens tridimensionais (maquetes, dobraduras, esculturas, etc.).

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DANÇA

1)­ Elementos básicos da linguagem da dança: movimento: ação corporal articulada no 

tempo e no espaço.

A dança como manifestação cultural.

Dança folclórica.

2) Produções / manifestações artísticas da dança:

Composições coreográficas (escolha e organização das sequências e relacionamentos 

dentro de um ritmo, acrescido dos cenários, figurinos, iluminação e som)

Improvisações   coreográficas   (movimentos   organizadas   sem   planejamento   prévio, 

exploração mais espontânea das possibilidades de movimento dentro do ritmo).

MÚSICA

1­ Elementos básicos da linguagem da música :

­ som;

­ ritmo;

­ melodia;

­ harmonia.

Instrumentos musicais:

­ sopro;

­ corda;

­ percussão.

Gêneros Musicais e suas classificações.

­ Bossa Nova;

­ MPB;

­ Outras tipologias musicais.

Produções / manifestações artísticas da musica:

­ audição de diferentes estilos musicais;

­ canto: músicas folclóricas e populares;

­ Paródias.

Instrumentos musicais;

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­ análise de diferentes instrumentos musicais: ­ corda, sopro,  percussão.

TEATRO

1­Elementos   básicos   da   linguagem   do   teatro:   personagem,   personagem,   expressão 

corporal , expressão gestual, vocal. organização da ação dramática a partir da História:

Organização   da   ação   dramática   a   partir   de:   Expressões   gestuais:   mímica,   jogos 

dramáticos, fantoches,  música, poesia.

 Temas folclóricos (lendas brasileiras).

­ textos literários

­ textos dramatúrgicos ;

­ poesias;

­ músicas

 ­ jogos dramáticos.

­ História da arte: plástica, visuais, cênica e musical.

­ Linguagens artísticas: apreciação artística e releitura de obras de artes e produtos 

artísticos.

­ arte bizantina

 ­ gótica,

 ­ renascentista,

­ arte indígena.

­ Arte paranaense.

APRECIAÇÃO ARTÍSTICA

A arte na consolidação da sociedade brasileira.

A arte moderna.

Produções artísticas locais.

AVALIAÇÃO

A avaliação é concebida como um instrumento para ajudar o aluno a aprender e 

é parte integrante do trabalho de sala de aula, pois a partir dela, o professor pode rever 

os   procedimentos   que   vem   utilizando   e   replanejar   o   trabalho.   Para   o   aluno,   ela 

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permite perceber os avanços e dificuldades, tendo assim, uma função permanente de 

diagnóstico e acompanhamento do processo ensino­aprendizagem.

Sabe­se   que   a   avaliação   é   sempre   diagnóstica,   porém   chama­se   avaliação 

diagnóstica inicial  aquela feita nos primeiros contatos do professor com os alunos, no 

início do processo. Sua importância está em conhecer o nível dos alunos, observá­los e 

planejar as ações  e intervenções necessárias.

Ao analisar as produções dos alunos, o professor deve ter clareza dos objetivos 

do seu  trabalho,  de onde quer  chegar.   É   imprescindível  partilhar  com os alunos a 

análise   de   suas   produções,   para   reconhecer   seus   avanços   e   suas   dificuldades, 

desenvolvendo neles a consciência dos progressos, para promover a autonomia como 

sujeitos do processo de aprendizagem, e a melhoria do seu desempenho.

A avaliação  acontece  vinculada   às   atividades  do  dia  a  dia  da   sala  de  aula, 

possibilitando a reflexão contínua da aprendizagem.

A análise do que é produzido, conquistado, e dos pontos críticos identificados, 

norteará  o replanejamento e a tomada de decisões quanto à  promoção dos alunos. 

Dessa forma, a avaliação é contínua, com a função de diagnóstico e acompanhamento, 

favorecendo   a   recuperação   paralela   que   deve   ocorrer   durante   o   processo   de 

aprendizagem. Neste sentido, à medida que o professor percebe o baixo desempenho  e 

as   dificuldades   apresentadas   pelos   alunos,   atitudes   imediatas   devem   ser   tomadas 

durante o processo ensino­aprendizagem, com novos procedimentos a serem oferecidos 

para   corrigir   as   falhas   da   aprendizagem,   para   atingir   os   objetivos   propostos   e, 

finalmente , sua promoção.  

Considera­se que o estudo da Língua Portuguesa deve possibilitar que os alunos 

leiam e escrevam, não para a escola, mas para a vida. Portanto, os conteúdos devem 

ser trabalhados em situações de uso da língua, permitindo que o aluno aperfeiçoe seus 

conhecimentos linguísticos.

Para avaliar a Linguagem Oral , o professor deve observar se os alunos estão se 

expressando de forma mais clara, compreendem as informações explícitas e implícitas 

no discurso oral e escrito, os argumentos usados em defesa de suas ideias, a clareza, 

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coerência e argumentatividade, posicionamento crítico e também se procuram adequar 

sua fala a diferentes contextos, utilizando adequadamente entonação, pausas, gestos, 

respeitando o turno de fala, etc.

Quanto a Escrita, é importante verificar se o aluno consegue atribuir sentido às 

suas   escritas,     intencionalidade,   argumentação,   clareza,   coerência,   a   forma 

convencional     com   expressões   próprias   do   discurso   escrito,   ortografia,   as   normas 

gramaticais , concordância verbal e nominal, estrutura , paragrafação, etc. Finalmente, 

o professor deve observar se   o aluno   é capaz de selecionar o tipo de organização 

textual que é   mais apropriada para atingir os objetivos de sua escrita tais como: dar 

instruções,   comunicar­se   com   alguém,   convencer,   divertir,   emocionar,   enredar, 

divulgar, reivindicar, etc.

Avaliar a  Análise linguística,  significa refletir sobre a língua quando o aluno 

produz, revisa  ou re­escreve   seus textos, decide qual é a melhor forma de registrar 

suas ideias, organizar as  informações, para que o texto fique claro e coerente, sem 

repetições , erros de ortografia e pontuação, a fim de atingir os objetivos da refacção 

do texto por ele escrito.

A  Avaliação Final  é    baseada na análise do processo de evolução do aluno e 

leva em conta os avanços alcançados a partir dos parâmetros curriculares indicados na 

proposta pedagógica. Mas, decidir sobre a promoção ou não do aluno é bastante difícil, 

porque   é   necessário   observar   cuidadosamente   todo   o   caminho   percorrido, 

considerando os avanços alcançados. 

A oferta da Recuperação de estudos significa encarar o erro como hipótese de 

construção do conhecimento,  de  aceitá­lo  como parte   integrante  da  aprendizagem, 

possibilitando a reorientação dos estudos. Ela se dará concomitantemente ao processo 

ensino­aprendizagem, considerando a apropriação dos conhecimentos básicos, sendo 

direito   de   todos   os   educandos,   independentemente   do   nível   de   apropriação   dos 

mesmos.  Será   individualizada,   organizada   com atividades   significativas   tendo  pelo 

menos  duas  oportunidades  de   recuperar  notas  e   conteúdos  por  período (registro), 

conforme previsto por lei.

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Embora  a  Internet  não  tenha sido  para alcançar  objetivos  educacionais,  ela 

também pode ser avaliada nas diversas situações de aprendizagem, desde que seja 

trabalhada em conexão com os conteúdos da disciplina, por proporcionar novas formas 

de pensar, sentir e agir e também como instrumento de inserção dos alunos, ampliação 

de sua leitura de mundo,  possibilitando ações críticas e transformadoras.

ENSINO MÉDIO ­ ARTE 

A arte é um processo de humanização e o ser humano, como criador, produz 

novas maneiras de ver e sentir que são diferentes em cada momento histórico e em 

cada cultura. Por isso é fundamental considerar as determinações econômicas e sociais 

que  interferem nas relações entre os homens,  os objetos e os outros homens, para 

compreender a  relatividade do valor  estético e  as  diversas   funções que a  arte   tem 

cumprido   historicamente   e   perceber   como   a   arte   se   relaciona   com   o   modo   de 

organização da sociedade. 

Pela  Arte,  o   ser  humano se  torna consciente da sua  existência,   Individual  e 

social, ele se percebe e se interroga, sendo levado a interpretar o mundo e a si mesmo. 

A  Arte   ensina   a  desaprender   os   princípios  das   obviedades   que   são   atribuídos   aos 

objetos e as coisas, ela é desafiadora expõe as contradições, as emoções e os sentidos 

de suas construções. Nesta perspectiva a Arte possibilita aos alunos um novo olhar, um 

ouvir mais criativo, um interpretar da realidade além das aparências com a criação de 

uma   nova   realidade   no   imaginário,   bem  como   a   ampliação   das   possibilidades   de 

fruição e expressão artística.

Um olhar sobre o passado é importante para a compreensão do Ensino de Arte 

para esse novo Século. Durante o período colonial,  incluindo o Estado do Paraná   , 

ocorreu,   nas   vilas   e   reduções   jesuíticas,   a   primeira   forma   registrada   de   arte   na 

educação. A congregação católica denominada Companhia de Jesus veio ao Brasil e 

desenvolveu uma educação de tradição religiosa para grupos de origem portuguesa, 

indígena e africana. 

Nas   reduções   jesuíticas,   realizaram­se   um   trabalho   de   catequização   dos 

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indígenas com ensinamentos de artes e ofícios, através da retórica, literatura, música, 

teatro, dança, pintura, escultura e arte manuais. Esse trabalho educacional jesuítico 

perdurou no Brasil  por  cerca  de  250 anos  e   influenciou na  constituição da matriz 

cultural brasileira, de forma que a                                                                     cultura  

popular paranaense na música caipira, na forma de cantar e tocar viola, no folclore, na 

folia de Reis, na Congada, entre outras, permanece quase que inalteradas. 

Em 1808 com a vinda da Família Real para o Brasil, inicia­se uma série de obras 

e ações para acomodar a Família Real, entre elas a chegada de um Grupo de artistas 

franceses encarregados da fundação da Academia de Belas­Artes,  mudando o    estilo 

artístico dos séculos anteriores. 

Outro marco importante na trajetória da Disciplina foi a Reforma Educacional 

em 1890,   influenciados pelas  ideias positivistas e  liberais,   foi  valorizada a arte por 

meio do Desenho Geométrico. 

Os movimentos  nacionalistas (Semana da Arte Moderna, 1922) desenhou outro 

marco na história,   influenciando os artistas brasileiros denominados “ Modernistas” 

valorizando   a   expressão   individual   e   rompendo   com   os   modos   de   representação 

realista. 

Em todos os períodos históricos o ensino de Arte se fez presente e foi ministrado 

nos  diversos  espaços   sociais.  A  partir  dos  anos  60  as  produções  e  os  movimentos 

artísticos   se   intensificaram:   nas   Artes   Plásticas   com   as   Bienais,   e   os   movimentos 

contrários a ela: a Bossa Nova e os Festivais.

No Estado do Paraná, a partir do ano de 2003 a Disciplina de Artes ganha um 

novo espaço, são atribuídas na Matriz Curricular de Educação Básica a obrigatoriedade 

de duas horas aulas semanais e a disciplina passa a ter um caráter formador, deixa de 

ser   coadjuvante   no   Sistema   Educacional   e   passa   também   a   se   preocupar   com 

desenvolvimento do sujeito frente a uma sociedade construída historicamente e em 

constante formação.

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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO                                           Pinhão ­ Paraná

OBJETIVOS 

­ Aprofundar os conhecimentos sistematizados de arte, articulando­os com as 

outras áreas para proporcionar ao aluno uma compreensão da  totalidade   da 

mesma,    numa  perspectiva   de  abranger   o conhecimento artístico produzido 

pela humanidade;

­  Realizar produções artísticas,   individuais e/ou coletivas,  nas  linguagens da 

arte (música, artes visuais, dança, teatro, artes audiovisuais);

­ Apreciar produtos de arte, em suas várias linguagens, desenvolvendo tanto a 

fruição quanto a análise estética; 

­  Analisar,   refletir  e  compreender os  diferentes processos da Arte,  com seus 

diferentes   instrumentos   de   ordem   material   e   ideal,   como     manifestações 

socioculturais e históricas;

­ Conhecer, analisar, refletir e compreender critérios culturalmente construídos 

e   embasados   em   conhecimentos   afins,   de   caráter   filosófico,   histórico, 

sociológico, antropológico, semiótico, científico e tecnológico, entre outros;

­ Analisar, refletir, respeitar e preservar as diversas manifestações de Arte – em 

suas múltiplas funções – utilizadas por diferentes grupos sociais     e       éticos, 

interagindo     com    o     patrimônio     nacional       e   internacional, que se deve 

conhecer e compreender em sua  dimensão sócio­histórica.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

  Elementos Formais, Composição, Movimentos e Períodos

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Movimentos e Composição Elementos

ÁREAS

Períodos Formais

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

­ Ponto                  

­ Dimensional

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 ­ Conceito de Arte

­ Linha           

­ Arte na Pré – história 

 ARTES  

­ Cor           

 VISUAIS    

­ Textura             

­ Tridimensional 

 ­Arte    no    Egito Antigo 

­Volume           

­ Arte Grega

­ Modelagem  

AVALIAÇÃO

O processo de avaliação tem por objetivo estabelecer critérios que sirvam de 

parâmetros   que   balizem   a   ação   pedagógica.   Os   critérios   de   avaliação   em   Artes 

decorrem dos conteúdos, consistem em uma seleção de expectativas que evidenciem a 

apropriação destes conteúdos pelos alunos. 

Em Artes serão levados em conta os elementos formais na composição artística 

pelo modo de organizar e expressar as qualidades estéticas dos objetos, dos sons e da 

realidade, de forma que a resolução de uma proposta pautada em resultados positivos 

que expressem o equilíbrio, a harmonia, a dinâmica e conhecimentos que possibilitarão 

ao aluno:

­ expressar sua leitura sobre a realidade humano e social no trabalho 

artístico;

­ reconhecer e     utilizar os diferentes sistemas de representação artística;

­ fazer uma leitura da produção artística, a partir dos procedimentos que foram usados;

­ ultrapassar a cópia, a imitação e os estereótipos de representação;

­ superar os hábitos de percepção impostos socialmente, que tendem a ver os objetos 

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somente sob seus aspectos prático­utilitários;

­  construir,  a partir  da sensibilidade estética,  da imaginação       e do conhecimento 

técnico, o trabalho artístico, permitido que este venha a ser partilhado com outros. 

Assim sendo, a avaliação. em Artes   será feita através da verificação do que e 

como o aluno prática elaborações artísticas e estéticas sobre o mundo, ressaltando que 

ele está  aprendendo desde o início do trabalho pedagógico. Pois o resultado de um 

trabalho em arte reflete uma exteriorização dos sentimentos e sensações do educando 

ao   longo   do   processo   escolar.   Para   isso   a   avaliação   será   diagnóstica,   somativa, 

qualitativa, formativa, contínua, permanente, cumulativa, levando em consideração as 

atividades   desenvolvidas,   a   capacidade   de   síntese   e   a   elaboração   pessoal   sobre   a 

memorização,   e   procurando   levar   o   aluno   à   construção   da   temporalidade   e   à 

compreensão de que a própria temporalidade é uma construção histórica. 

Os alunos com necessidades educativas especiais devem ser avaliados de forma 

contínua, respeitando suas limitações e dificuldades, num processo ativo e cooperativo 

de  aprendizagem.  Para  a   verificação    de  aprendizagem serão  utilizados   técnicas  e 

instrumentos diversificados tais como:

­ testes de conhecimentos;

­ pesquisas bibliográficas;

­ debates;

­ seminários,

­ relatos de experiências;

­ elaboração de murais e painéis;

­ realização de trabalhos artísticos em grupo;

­ apresentação de teatros, saraus e danças;

­ participação em atividades artísticas coletivas e ou individuais;

­  a avaliação em Educação Artística servirá  de: Diagnóstico ,  Motivação e Análise  , 

tanto para o aluno, quanto para o Professor.

Visando proporcionar um aprendizado significativo, a recuperação de estudos é 

essencial para que o aluno tenha acesso aos conhecimentos básicos da disciplina. Nesse 

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sentido será ofertada a possibilidade de todos recuperarem os estudos realizados, após 

cada conteúdo. Aquele que necessita recuperar e ou ampliar seus conhecimentos sobre 

determinados temas, fará de forma diversificada podendo optar por:

­ Trabalho escrito;

­ Pesquisa bibliográfica;

­ Refacção de textos e atividades elaborados anteriormente;

­ Confecção de cartaz e ou murais para fixação em sala de aula.

A recuperação será   individualizada,  organizada com atividades  significativas, 

com indicação de roteiro de estudos, entrevistas para melhor diagnosticar o nível de 

aprendizagem de cada educando.

BIBLIOGRAFIA

BARBOSA, A. M . Inquietações e mudanças no ensino da arte . São Paulo. 1993.

BOSI, Alfredo. Reflexões sobre a arte . São Paulo,1991.

FAYGA, A. M . Inquietações e mudanças no ensino da arte. São Paulo. 1993.

FISCHER, Ernest. A necessidade da arte . R.J.1979

OSTOWER,Fayga, Universo da Arte.1991.

PARANÁ, Diretrizes Curriculares para a Educação Inclusiva, 2006

PARANÁ.  Diretrizes  curriculares  para o ensino da arte  para o ensino  fundamental. 

SEED 2006.

MORAIS,J. Jota. O que é música. 7. ed. São Paulo: Scipione, 1993.

SNYDERS, Georges. A escola pode ensinar as alegrias da música? São Paulo: Cultrix, 

1987.

ALVES, Rubem. A alegria de ensinar. 2ª.  ed. São Paulo: Scipione, 1993.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação, Cadernos Temáticos­  História e Cultura 

Afro­brasileira e Africana, Governo do Paraná, 2008. 

PARANÁ,   Cadernos     Temáticos  ­ Secretaria     de     Estado   da     Educação, Educação 

Escolar Indígena, Governo do Paraná, 2008. 

PARANÁ, Cadernos   Temáticos­ Secretaria   de   Estado  da  Educação, Educando para 

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as relações étnico­raciais, Governo do Paraná, 2008.

           DISCIPLINA DE LINGUA ESTRANGEIRA MODERNA (LEM) – INGLÊS]

  FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA METODOLÓGICA

A   Língua   Estrangeira   Moderna   nos   oferece   a   possibilidade   de   adquirirmos 

conhecimentos   culturais   de   outros   locais   e   ainda   gera   a   expectativa   de   análise 

comparada com a cultura do outro.

Outra   possibilidade   da   LEM   é   o   acesso   ao   conhecimento   científico   já   que 

vivemos   na   era   da   informação   e   da   tecnologia   e   então   se   torna   necessário   o 

aprendizado da LEM até como meio de emergência social e preparação para o mercado 

do trabalho.

O estudo de uma Língua Estrangeira é  fundamental ainda do ponto de vista 

econômico já que a globalização permite a difusão de produtos, hábitos e culturas. 

No Brasil, o ensino de Língua Inglesa, como Língua Estrangeira Moderna teve 

seu advento na década de 30 já que o nosso país se espelhava no desenvolvimento e 

industrialização de alguns países tais como Estados Unidos e Europa e então o Inglês 

teve o espaço nos currículos escolares por ser um idioma que favorecia e ainda favorece 

nas transações comerciais.

Durante a evolução da LEM no Brasil, a disciplina sofreu a influência de vários 

métodos porém houve um período em que o “ governo militar desobrigou a inclusão de 

Línguas Estrangeiras nos currículos de 1º e 2º graus, sob o argumento de que a escola 

não deveria se prestar a ser a porta de entrada de mecanismos de impregnação cultural 

estrangeira” ( Diretriz p. 45)

Contudo, em 1976 a LEM voltou a ser valorizada e se tornou obrigatória no 2º 

grau e recomendada ao ensino fundamental se a escola tivesse condições de oferece­la.

Posteriormente   foi   criado   os   Centros   de   Línguas   Estrangeiras   Modernas 

(CELEM) com o objetivo de oportunizar o ensino de outros idiomas além da Língua 

Inglesa. Nesta conjectura, se torna obrigatória a Língua Espanhola no Ensino Médio, 

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isto é, a escola deve oferecer porém ao aluno, a matrícula é facultativa. 

Então, podemos concluir que a Língua Estrangeira Moderna favorece a formação 

do indivíduo e deve estar problematizada aos aspectos políticos, econômicos, sociais e 

culturais do meio que nos cerca, além de propiciar uma formação crítica que permita 

relacionar as diversas culturas que nos cercam.

Diante   disso,   este   documento   fundamenta­se   também   nos   pressupostos 

norteadores para EJA (Educação de Jovens e Adultos),  pressupostos estes que são: 

Trabalho, Tempo e Cultura, priorizando­se então uma formação ampla e globalizada 

para os alunos que frequentam esta modalidade de ensino. 

CONTEÚDO ESTRUTURANTE

O discurso como prática social se constituirá o conteúdo estruturante.

Então se faz necessário que o professor leve em consideração a experiências no 

trabalho com a linguagem que o aluno já possui e que ele tenha que interagir em uma 

nova  discursividade,   interagindo   assim,   elementos   indispensáveis   da  prática   como: 

conhecimentos linguísticos, discursivos, culturais e sócio­pragmáticos. 

Os conhecimentos linguísticos dizem respeito ao vocabulário,  à   fonética e às 

regras gramaticais, elementos necessários para que o aluno interaja com a língua que 

se lhe apresenta.

O discurso, as diferentes gêneros discursivos que constituem a variada gama de 

práticas sociais que são apresentadas aos alunos. 

As   culturais,   a   tudo   aquilo   que   sente,   acredita,   pensa,   diz,   faz   e   tem  uma 

sociedade, ou seja, a forma como grupo social e vive e concebe a vida. 

Os endofragmáticos, aos valores ideológicos, sociais e verbais que envolvem o 

discurso em um contexto sócio­histórico particular. 

Além disso,  uma  abordagem do  discurso   e  uma   totalidade   será   realizada   e 

garantida através de uma atividade significativa em língua estrangeira nas quais as 

práticas de leitura, escrita e oralidade, interajam entre si  e constituam uma prática 

social cultural.

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CONTEÚDOS BÁSICOS

LEITURA

− tema   e   finalidades   do 

texto;

− texto; 

− interlocutor,

− aceitabilidade do texto;

− informatividade;

− situacionalidade;

− temporalidade;

− referência textual;

− partículas do texto;

− conectiva do texto;

−   discurso   direto   e 

indireto;

− elementos   compo­ 

sicionais;

− sentido   conotativo   e 

denotativo;

−  ironia e humor;

− léxico   e   marcas 

linguísticas   tais   como: 

coesão   e   coerência, 

função   das   classes 

gramaticais   no   texto, 

pontuação,   recursos 

gráficos   (   aspas, 

travessão, negrito, etc ) e 

 ORALIDADE

− papel   do   locutor   e 

interlocutor;

− elementos 

extralinguísticos   tais 

como: entonação, pausas, 

expressão facial, corporal 

e gestual;

− adequação do dis­   curso 

ao gênero;

− variações linguísticas;

− adequação   da   fala   no 

contexto e gírias;

− diferenças e semelhanças 

entre   o   discurso   oral   e 

escrito;

 ESCRITA

− tema do texto;

− interlocutor, 

finalidade, 

informatividade   e 

elementos 

composicionais   do 

gênero; 

− Marcas   linguísticas 

tais   como:   coesão, 

coerência,   função  das 

classes gramaticais no 

texto,   pontuação, 

recursos gráficos, 

− ortografia;

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figuras de linguagem.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

− tema   e   finalidades   do 

texto,   interlocutor, 

aceitabilidade   do   texto, 

informatividade, 

situacionalidade, 

temporalidade, 

referência   textual, 

partículas   conectivas   do 

texto,   discurso   direto   e 

indireto,   elementos 

composicionais,   sentido 

conotativo e denotativo , 

ironia   e   humor, 

polissemia,   léxico   e 

marcas   linguísticas   tais 

como:   coesão   e 

coerência,   função   das 

classes   gramaticais   no 

texto,   pontuação, 

recursos gráficos ( aspas, 

travessão, negrito, etc ) e 

figuras de linguagem.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

− apresentações   de   textos 

produzidos   pelos   alunos 

levando em consideração 

a   aceitabilidade, 

informatividade, 

situacionalidade   e 

finalidade do texto;

− contexto social de uso do 

gênero oral selecionado;

− apresentações   que 

explorem   as   marcas 

linguísticas   típicas   da 

oralidade   em   seu   uso 

formal e informal;

− contação de  histórias  de 

diferentes   gêneros, 

utilizando­se   dos 

recursos extralinguísticos 

tais   como: 

entonação,pausas, 

expressão   facial,corporal 

e gestual;

− discursos de outros;   

CONTEÚDOS 

ESPECÍFICOS

− produção   textual   a 

partir   da   delimitação 

do   tema,   do 

interlocutor,   do 

gênero, da finalidade;

− acompanhamento   na 

produção textual;

− re­escrita   textual: 

revisão   dos 

argumentos   das 

ideias,   dos   elementos 

que   compõem   o 

gênero;

− produção   textual   está 

coerente     e   coesa,   se 

há   continuidade 

temática,   se   atende   à 

finalidade,   se   a 

linguagem   está 

adequada ao contexto;

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ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

Propõe­se que o professor de Língua Estrangeira Moderna aborde vários gêneros 

textuais, analisando a função,composição, e informações, intertextualidade e elementos 

coesivos. O trabalho com a gramática será aplicada aos textos e ainda de acordo com a 

necessidade dos alunos. A aula de LEM deve se transformar num espaço em que se 

desenvolvam atividades com significado e que objetive ainda que o aluno vincule o que 

é estudado com a realidade que o cerca. O trabalho pedagógico com o texto trará uma 

problematização e a busca por sua solução deverá despertar o interesse dos alunos para 

que desenvolvam uma prática analítica e crítica e ampliem seus conhecimentos. A aula 

de LEM deve ser um espaço em que se desenvolvam atividades significativas, as quais 

explorem diferentes recursos e fontes, objetivando vincular o que é  estudado com a 

realidade que o cerca. O professor ao selecionar os gêneros textuais para a sala de aula 

deve levar em conta os temas do Programa Socioeducacional que são Enfrentamento à 

Violência na Escola, Prevenção ao uso indevido de drogas, Educação Sexual e Gênero e 

Diversidade  Sexual.  Assim  sendo,  devemos   ainda   elencar   temáticas   relacionadas   à 

Cultura Indígena ( Lei n° 11.645/08 ),    Direito da Criança e do Adolescente ( Lei n° 

11.645/08 ) e História e Cultura Afro­Brasileira ( Lei n° 10.639/03 ) objetivando então 

estimular a capacidade crítica do aluno para que ele se torne capaz de entender a 

realidade  que  o   cerca  e  ainda  estabelecer  uma abrangente  visão  social   e   cultural. 

Programa Brigada Escolar – Defesa Civil na Escola­ Decreto 4837 de 04 de junho de 

2012  . O Programa Brigada Escolar  ­ Defesa Civil  na Escola visa  construir  na rede 

estadual de ensino uma cultura de prevenção, com a formação de brigadas escolares 

em todas as escolas, e adequar as edificações escolares às normas de prevenção contra 

incêndio   e   pânico.  Direitos   do   Idoso   e   Educação   para   o   Trânsito   ­   Resolução   nº 

10.741/03   e   Lei   nº   9.503/97.   Serão   abordados   de   forma   contextualizada   e 

relacionadas aos conteúdos da disciplina, sempre que for possível a articulação entre os 

mesmos. 

Então, cabe ao professor criar situações para que o aluno seja um leitor crítico e 

entenda as ideologias presentes em cada texto e ainda ser instigado a buscar respostas 

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e soluções aos seus questionamentos. 

Quanto à  oralidade, o objetivo de deve ser expor os alunos à diversos textos 

orais não só objetivando o uso funcional da língua mas com iniciativas de expressar 

ideias em Língua Estrangeira mesmo que com alguma limitação. 

  As produções escritas devem estar embasadas de acordo com o gênero analisado 

e trabalhado em sala e o professor deve direcionar as atividades definindo os objetivos 

da produção. As atividades serão abordadas a partir de textos e envolverão práticas e 

conhecimentos de modo a proporcionar ao aluno condições  para assumir uma atitude 

crítica e transformadora. Nesta proposta, o professor pode considerar os itens:

a) Gênero: explorar o gênero escolhido e sua aplicação;

b) Aspecto Cultural/ Interdiscurso: influência de outras culturas percebidas no texto, o 

contexto, quem escreveu, para quem, com que objetivo e quais outras leituras poderão 

ser feitas a partir do texto apresentado;

c)Variedade Linguística: formal ou informal.

d)  Análise  Linguística:   concepção de   língua  sujeita  às   interferências  dos   falantes  e 

questões abertas e com possibilidade de comparação e reflexão com outras formas de 

escrita e fala.

e) Atividades: pesquisas acerca do assunto abordado, discussões a respeito do assunto 

com o objetivo de aprofundar e confrontar informações e produção de texto de acordo 

com o gênero abordado.

  Para a realização destas atividades  serão utilizados diversas tipologias textuais 

e   materiais   didáticos   disponíveis   tais   como:   livros   didáticos,   cadernos   temáticos 

específicos da EJA, textos impressos e orais,   dicionários, DVD's, CDS, laboratório de 

informática, TV multimídia e pendrive.

AVALIAÇÃO

Quando falamos em avaliação geralmente se associa com o ato de medir os 

conhecimentos adquiridos pelos alunos. Então,a partir deste ponto de vista surgiram 

vários estudos com o objetivo de analisar a prática já que a mesma contribui para a 

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verificação da aprendizagem. Portanto, a avaliação na disciplina em Língua Estrangeira 

Moderna   será   diagnóstica   e   formativa.   A   primeira   terá   a   função   de   averiguar   o 

conhecimento prévio do aluno e a formativa como meio para que o aluno passe a 

conhecer seus erros e acertos e sanar as dificuldades apresentadas e ainda orientar o 

trabalho do professor. Segundo Ramos (2001), é um desafio construir uma avaliação 

com critérios de entendimento reflexivo que nos permita formar cidadãos conscientes, 

críticos, solidários e autônomos.   Sendo assim, o erro deve ser visto como um passo 

para que a aprendizagem se efetive e com o objetivo de se refletir acerca da produção 

do aluno. Como critérios de avaliação analizar­se­á   a partir da capacidade de ler e 

entender o texto e ainda obter informações lineares e não­lineares a partir do mesmo, 

capacidade   de   estabelecer   a   intertextualidade   a   partir   de   um   mesmo   contexto; 

capacidade de pesquisa e  estabelecer   relação de uso dos vocábulos,  capacidade de 

estabelecer as diferenças e semelhanças entre os elementos que compõem cada gênero, 

capacidade   de   uso   adequado   de   vocabulário   e   outras   expressões,   argumentação, 

adequação do discurso em formal e informal, compreensão de outros discursos, uso 

adequado de elementos coesivos e entonações de fala. Os instrumentos utilizados serão 

pesquisas e organização de vocabulário, discussões, seminários, trabalhos individuais e 

em grupo, exercícios de fixação, provas escritas e orais e produções textuais.

Todo e qualquer processo avaliativo, requer uma parada, uma reflexão para que 

se possa medir os avanços e o percurso percorrido. Esta reflexão constitui­se parte 

integrante do processo de ensino­aprendizagem, tendo como princípio básico o respeito 

à diversidade de características, de necessidades e de ritmos de aprendizagem de cada 

aluno. Sendo a recuperação contínua e concomitante, deve ser realizada ao longo do 

ano, a cada conteúdo trabalhado, no momento em que são constatadas as dificuldades, 

fazendo   assim,   as   intervenções   necessárias   sendo   direito   de   todos   os   educandos, 

independentemente do nível de apropriação dos mesmos. 

                   A   recuperação  será   também individualizada,  organizada com atividades 

significativas, por meio de exposição dialogada dos conteúdos, de novos instrumentos 

de avaliação   e oportunizada a cada registro da disciplina, conforme o descrito no 

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Regimento Escolar. 

Portanto, será necessário reconstruir alguns textos identificando e solucionando 

os   equívocos   ocorridos,   revisar   os   conteúdos   a   partir   de   diferentes   abordagens   e 

oportunizar aos alunos diferentes instrumentos avaliativos. 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 

Diretrizes   Curriculares   da   Educação   Básica.   Língua   Estrangeira   Moderna   .   SEED: 

Paraná,2008.

GIMENEZ, T. Currículo de Língua Estrangeira: revisitando fins educacionais. Londrina, 

2003. Anais Midiograf.

JORDÃO, C.M. O ensino de Línguas Estrangeiras em tempos pós­modernos. Curitiba, 

UFPR,2004.

DISCIPLINA DE EDUCAÇÃO FÍSICA

                 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICO­METODOLÓGICA

 Essa disciplina propõe como área de estudo a cultura humana, ou seja, que 

estuda e atua sobre o conjunto de práticas ligadas ao corpo e ao movimento, criadas 

pelo  homem ao   longo  de   sua  história.  Trata­se,  portanto,  privilegiar  nas  aulas  de 

Educação Física além da aprendizagem de movimentos, a aprendizagem para e sobre o 

movimento.

Neste sentido, como enfatizado nas DCE's (Diretrizes Curriculares Estaduais) 

de Educação Física (2008 p.53), os objetivos da Educação Física devem estar voltados 

para   a   reflexão   sobre   as   várias   formas   e   representações   que   o   ser   humano   vem 

produzindo  no  decorrer  dos  anos,   sendo  exteriorizadas  pelas  expressões  corporais, 

através dos conteúdos estruturantes da educação física (jogos e brincadeiras, esportes, 

danças,  lutas e ginásticas). Esse entendimento permite ampliar as possibilidades da 

intervenção educacional dos professores de Educação Física, superando a dimensão 

meramente   motriz   de   uma   aula,   sem,   no   entanto   negar   o   movimento   como 

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possibilidade de manifestação   humana e, desse modo contemplar o maior número 

possível  de  manifestações   corporais  explorando os   conhecimentos   já   trazidos  pelos 

educandos e a sua potencialidade formativa.

Segundo Soares et al (1992, p. 50) a Educação Física é conceituada como:

(...) uma prática pedagógica que, no âmbito escolar, tematiza formas de atividades expressivas corporais como: o jogo, esporte, dança, ginástica, formas estas que configuram uma área de conhecimento que podemos chamar   de   cultura   corporal.   Esses   conteúdos   expressam   um sentido/significado nos quais se interpenetram.

A partir desse entendimento a proposta para a disciplina de Educação Física 

deve favorecer o estudo, a integração e a reflexão da cultura corporal de movimentos, 

formando   o   cidadão   que   vai   produzi­la,   reproduzi­la   e   transformá­la, 

instrumentalizando­o   para   usufruir   as   atividades   propostas   em   beneficio     da   sua 

inserção social,  levando­o a descobrir motivos e sentidos nas práticas corporais que 

favoreçam   o   desenvolvimento   de   atitudes   positivas,   contemplando   assim   todas   as 

manifestações   corporais   e   culturais,   partindo  da   realidade   local  para   as  diferentes 

culturas.

Cabe   aos   professores   de   Educação   Física   mediar   o   processo   de   ensino­

aprendizagem deflagrado nas aulas de Educação Física quanto à  construção de um 

ambiente que proporcione ao aluno a aprendizagem dos conteúdos significativos para 

o seu processo de conhecimento e desenvolvimento,  incrementando sua capacidade 

para   tomar   decisões   relacionadas   à   atividade   física,   isto   é,   movimento   corporal 

humano.

A Educação de Jovens e Adultos – EJA, atende um público diverso (jovens, 

adultos, idosos, povos das florestas, ribeirinhos, indígenas, populações do campo, entre 

outros) que não teve acesso ou não pode dar continuidade à escolarização mesma por 

fatores, normalmente, alheios a sua vontade. Esses educandos possuem uma gama de 

conhecimentos adquiridos em outras   instâncias  sociais,  visto que,  a  escola não é  o 

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único espaço de produção e socialização de saberes. O atendimento a esses alunos não 

se refere, exclusivamente, a uma determinada faixa etária mas a diversidade sócio­

cultural dos mesmos.

Se considerarmos que os educandos frequentadores dessa modalidade de 

ensino encontram­se em grande parte, inseridos no mundo do trabalho, é importante 

que   o   trabalho   pedagógico   nas   aulas   de   Educação   Física   seja   compatível   com   as 

peculiaridades   dessa   parcela   de   educandos.   Desse   modo,   a   aprendizagem   do 

movimento deve ceder  espaço às práticas que estejam direcionadas para e  sobre o 

movimento,   focalizando   preponderantemente   aspectos   relacionados   ao 

desenvolvimento   de   atitudes   favoráveis   à   realização   de   atividades   físicas   e   ao 

aprofundamento do entendimento de conceitos relacionados a essas atividades.

Numa primeira aproximação, tendemos a nos precipitar na constatação da 

incompatibilidade   quase   paradoxal   de   se   relacionar   a   Educação   Física   com 

adolescentes,   adultos   e   até   idosos   na   escolarização   de   Jovens   e   Adultos.   Se   nos 

apoiarmos, por exemplo, nas práticas tradicionais que enfatizam atividades como as 

“bicicletas”  do   futebol  ou  os   saques   “viagem ao   fundo  do  mar”  do  voleibol   como 

referências absolutas das possibilidades de movimento corporal humano e como tipos 

de   conteúdo   e   de   aprendizagem   presente   na   Educação   Física,   de   fato   sua 

adequabilidade será mínima.

Podemos assumir,  portanto, que o propósito da  intervenção do professor 

que   atua   no   campo   da   Educação   Física   no   contexto   da   EJA   é   potencializar   as 

possibilidades de participação ativa de pessoas com demandas educacionais específicas, 

em programas com foco na atividade física/movimento corporal humano. Outrossim, 

há   que   se   considerar   que   a   sustentação   para   ações   pedagógicas   direcionadas   ao 

processo de escolarização dessas mesmas pessoas encontra­se em fase de construção, 

carecendo ainda da produção de conhecimento capaz de contribuir para a consolidação 

da participação da Educação Física nessa modalidade de ensino.

Duas questões essenciais precisam nortear e servir de eixo orientador para o 

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Seqüênciação

Trabalho

Cultura

Avaliação

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trabalho pedagógico da disciplina de Educação Física com jovens e adultos: 

1. Quem são os alunos da EJA?

2. Como pode ser desenvolvida a Educação Física para esses alunos?

Compreendendo   o perfil do educando da EJA, a Educação Física deverá 

valorizar  a  diversidade cultural  dos  educandos  e  a   riqueza  das  suas  manifestações 

corporais, a reflexão das problemáticas sociais e a corporalidade “entendida como a 

expressão criativa e consciente do conjunto das manifestações corporais historicamente 

produzidas” (PARANA, 2005), considerando os três eixos norteadores do trabalho com 

a EJA que são a cultura, o trabalho e o tempo1.

É, portanto, imprescindível que tempo, cultura e trabalho se manifestem na 

prática   pedagógica   do   educador,   expressando   idéias   e   ações   relacionadas   a: 

seqüenciação  (organização   do   conteúdo   em   função   do   tempo   escolar), 

comprometimento   na   condução   do   processo   ensino­aprendizagem   (efetivação   da 

aprendizagem   dos   conteúdos)   e   avaliação   do   trabalho   pedagógico   (critérios   de 

acompanhamento   das   conseqüências   do   processo   ensino­aprendizagem),   conforme 

representados na figura 1:

1 Diretrizes Curriculares da Educação de Jovens e Adultos no Estado do Paraná (versão preliminar).

TempoComprometimento

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A Educação  Física  na  Educação  de   Jovens   e  Adultos   representa   importante 

possibilidade  de   contato  dos   educandos   com a  diversidade  da   cultura   corporal  de 

movimento,   sem   perder   de   vista   o   papel   da   EJA,   que   segundo   KUENZER   (apud 

PARANÁ, 2005, p. 28), deve estar voltado para uma formação na qual os educandos­

trabalhadores   possam   aprender   permanentemente;   refletir   criticamente;   agir   com 

responsabilidade   individual   e   coletiva;   participar   do   trabalho   e   da   vida   coletiva; 

comportar­se de forma solidária; acompanhar a dinamicidade das mudanças sociais; 

enfrentar problemas novos construindo soluções originais com agilidade e rapidez.

O planejamento das aulas para o perfil do educando da EJA   necessita de 

um   levantamento   junto   aos   mesmos,   de   como   foram   suas   aulas   e   experiências 

anteriores, para haver maior clareza de como o educador poderá planejar o trabalho 

pedagógico.  Outra  perspectiva  a   ser  considerada é  o   trabalho com a cultura   local, 

buscando a origem de suas práticas, transformações e diferenças em cada região.

Desse modo,  os  conteúdos  a  serem abordados  devem levar  em conta  as 

características peculiares do perfil de educador dessa modalidade de ensino, seja de 

caráter presencial ou semi­presencial. Os conteúdos que apresentamos – constituintes 

da cultura corporal  de movimento – devem ser selecionados em função do projeto 

pedagógico elaborado pela escola, considerando os interesses dos alunos observados 

nas interações iniciais com o educador .

Vários são os princípios que abrangem o ensino  da  Educação Física (BETTI, 

2002), destacando­se: o Princípio da Inclusão que tem como meta a participação e 

reflexões concretas  e  efetivas  de  todos os  membros do grupo,  buscando reverter  o 

quadro histórico da área de seleção entre indivíduos aptos e inaptos para as práticas 

corporais,   resultando  na  valorização  exacerbada  no  desempenho  e  da  eficiência,   e 

conseqüentemente na exclusão do educando .

O   Princípio   da   Diversidade   aplica­se   à   construção   da   aprendizagem   na 

escolha de objetivos e de conteúdos, que ampliem as relações entre os conhecimentos 

da cultura corporal de movimento e o perfil dos sujeitos da aprendizagem. Com isso 

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pretende­se   legitimar   as   possibilidades   de   aprendizagem   que   se   estabelece   nas 

dimensões afetivas, cognitivas, motoras e sócio­culturais dos alunos. 

Já   no   Princípio   da   Autonomia   a   relação   com   a   cultura   corporal   de 

movimento, não se dá naturalmente, mas é fruto da construção e do esforço conjunto 

de professores  e  alunos  através  de  situações concretas  e   significativas.  A busca  da 

autonomia pauta­se na ampliação do olhar da escola sobre o nosso objeto de ensino e 

aprendizagem. Essa autonomia significa a possibilidade de construção pelo educando 

dos   seus   conceitos,   atitudes   e   procedimentos,   ao   invés   de   simples   reprodução   e 

memorização de conhecimentos. 

Tais  princípios precisam estar  presentes  ao se  buscar  uma aprendizagem 

significativa, entendida como a aproximação entre o conhecimento do educando e o 

construído ao longo do tempo, não perdendo de vista que os mesmos estão inseridos 

numa   cultura   e   expressam  uma   aprendizagem  social   regida   por  uma  organização 

política e social. 

O  professor   deve  mediar   o     trabalho   pedagógico  para   que   o   educando 

compreenda o seu “eu” e o relacionar­se com o outro, a partir  do conhecimento do seu 

corpo, como instrumento de expressão e satisfação de suas necessidades, respeitando 

experiências  anteriores  e  dando­lhe  condições  de  adquirir  e   criar  novas   formas  de 

expressão.

A   avaliação   proposta   para   a   EJA   entende   a   necessidade   da   avaliação 

qualitativa e voltada para a realidade. Proceder a avaliação da aprendizagem clara e 

consciente, é entendê­la como processo contínuo e sistemático de obter informações, 

de perceber progressos e de orientar os alunos para a superação das suas dificuldades. 

Reforçando este pensamento Vasconcelos (apud PARANÁ, 1994, p. 44) diz que:

o professor que quer superar o problema da avaliação precisa a partir de uma autocrítica: abrir mão do uso autoritário da avaliação que o sistema lhe faculta e autoriza; rever a metodologia do trabalho em sala de aula; redimensionar o uso da avaliação (tanto do ponto de vista da forma como   do   conteúdo);   alterar   a   postura   diante   dos   resultados   da 

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avaliação;  criar uma nova mentalidade  junto aos alunos,  aos  colegas educadores e aos pais.

Atualmente a perspectiva tradicional de avaliação cede espaço para uma 

nova visão que procura ser mais processual, abrangente e qualitativa. Não deve ser um 

processo exclusivamente  técnico que avalia  a  práxis  pedagógica,  mas que pretende 

atender a necessidade dos educandos considerando seu perfil e a função social da EJA, 

com o reconhecimento de suas experiências e a valorização de sua história de vida. Isso 

torna­se essencial para que o educador reconheça as potencialidades dos educandos e 

os ajude a desenvolver suas habilidades para que os mesmos atinjam o conhecimento 

na busca de oportunidades de inserção no mundo do trabalho e na sociedade. 

A avaliação deverá  portanto compreender formas tais como: a linguagem 

corporal,   a   escrita,   a  oral,   por  meio  através  de  provas   teóricas,  de     trabalhos,  de 

seminários e do uso de fichas, por exemplo, proporcionando um amplo conhecimento e 

utilizando  métodos  de   acordo   com as   situações   e   objetivos   que   se  quer  alcançar. 

Devemos levar em consideração que educando idosos, ou com menos habilidades, os 

com necessidades especiais  e o grau de desenvolvimento que possuem, bem como as 

suas experiências anteriores

Pautados no princípio que valoriza a diversidade e reconhece as diferenças, 

a avaliação precisa contemplar as necessidades de todos os educandos. Nesse sentido, 

sugere­se   o   acompanhamento   contínuo   do   desenvolvimento   progressivo   do   aluno, 

respeitando   suas   individualidades.   Desse   modo   a   avaliação   não   pode   ser   um 

mecanismo apenas para classificar ou promover o aluno, mas um parâmetro da práxis 

pedagógica, tomando os erros e os acertos como elementos sinalizadores para o seu 

replanejamento.   Dentro   dessa   perspectiva,   para   que   a   avaliação   seja   coerente   e 

representativa é fundamental que a relação entre os componentes curriculares se apóie 

em um diálogo constante.

É importante lembrar no princípio da inclusão de todos na cultura corporal de 

movimento. Assim, a avaliação deve propiciar um auto­conhecimento e uma análise 

possível das etapas já vencidas no sentido de alcançar os objetivos propostos.

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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO                                           Pinhão ­ Paraná

          ORGANIZAÇÃO DOS CONTEÚDOS ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

Os conteúdos são definidos como conhecimentos necessários à  apreensão do 

desenvolvimento sócio­histórico das próprias atividades corporais e à explicitação das 

suas   significações   objetivas.   Os   mesmos   foram   estruturados   de   forma   a   garantir 

aprendizagens   novas   e   significativas,   despertando   o   interesse   e   a   atenção   dos 

educandos a consciência da necessidade de atitudes favoráveis a prática de atividades 

físicas ao longo da sua vida, valorizando a cultura corporal, logo “a cultura humana é  

uma cultura corporal, uma vez que o corpo realiza as intenções humanas” (FREIRE, 2003 

p. 34).

Desse modo a Educação Física deve considerar  conteúdos e  práticas que 

contemplem:

• a relação entre o conhecimento social e escolar do educando;

• a identidade e as diferenças sócio­culturais dos educandos na proposição 

das praticas educativas;

• ensino com base na investigação e na problematização do conhecimento;

• as diferentes linguagens na medida em que se instituem como significativas 

na formação do educando;

• as múltiplas interações entre os diferentes saberes;

• articulação entre teoria, prática e realidade social;

• atividades pedagógicas que priorizem o pensamento reflexivo.

Baseado na perspectiva dos educadores, propomos a articulação do trabalho 

docente em torno dos seguintes conteúdos: saúde, esportes, jogos, ginástica, dança e 

lazer   e   permeando   conteúdos   com   a   História   Cultura   Afro­Brasileira   (Lei   nº 

10.639/03),   Cultura   Indígena     (Lei   nº   11.645/08),     História   do   Paraná   (Lei   nº 

13.381/01), Meio Ambiente (Lei nº 9.795/99), Programa Nacional de Educação Fiscal 

e tributária (Decreto 1143/99, Portaria 413/2002 ), da música (Lei nº 11,769/08) dos 

Direitos da Criança e do Adolescente (Lei nº 11525/07).  Programa Brigada Escolar – 

Defesa Civil na Escola­ Decreto 4837 de 04 de junho de 2012 .  O Programa Brigada 

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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO                                           Pinhão ­ Paraná

Escolar ­ Defesa Civil na Escola visa construir na rede estadual de ensino uma cultura 

de prevenção, com a formação de brigadas escolares em todas as escolas, e adequar as 

edificações escolares às normas de prevenção contra incêndio e pânico.  Direitos do 

Idoso e Educação para o Trânsito ­  Obrigatoriedade dos conteúdos dos Direitos do 

Idoso e Educação para o Trânsito em atendimento à Resolução nº 10.741/03 e Lei nº 

9.503/97. Serão abordados de forma contextualizada e relacionadas aos conteúdos da 

disciplina, sempre que for possível a articulação entre os mesmos. 

Ultrapassando a tendência dominante de conceber a saúde como investimento 

individual, o conteúdo deve oferecer condições de articular o individual com o cultural, 

social e político. Ou seja, a saúde é um bem que se adquire, além de, pelas atividades 

físicas   e   corporais,   por   intermédio   de:   alimentação,   saneamento   básico,   moradia, 

educação, informação  e preservação do meio ambiente, enfim, o direito de acesso às 

condições mínimas para uma vida digna. Esse conteúdo permite compreender a saúde 

como uma construção que requer uma dimensão histórico­política e social, portanto, 

nessa   perspectiva,   pretende­se   trabalhar   com   os   programas   socioeducacionais 

(enfrentamento   à   violência,   drogas,   sexualidade,   gênero   e  diversidade   e   saúde  na 

escola).

O esporte pode ser abordado pedagogicamente no sentido de esportes “da 

escola” e não “na escola”, como valores educativos para justificá­lo no currículo escolar 

da   EJA.   Se   aceitarmos   o   esporte   como   prática   social,   tema   da   cultura   corporal, 

devemos questionar suas normas resgatando os valores que privilegiam o coletivo sobre 

o individual, o compromisso da solidariedade e respeito humano, que se deve jogar 

com o outro e não contra o outro. Por isso esse conteúdo deve ser apresentado aos 

alunos  de   forma a  criticá­lo,  promovendo  a   sua   resignificação,   e   sua  adaptação  a 

realidade que a prática  cria  e  recria,  colocando­o como um meio e  não fim em si 

mesmo, ressaltando os Direitos da Criança e do Adolescente.

Os   jogos   oportunizam   ao   jovem   e   ao   adulto   experimentar   atividades 

prazerosas,   que   envolvam   partilhas,   negociações   e   confrontos   que   estimulem   o 

exercício de reflexão sobre as relações entre as pessoas e os papéis que elas assumem 

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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO                                           Pinhão ­ Paraná

perante a sociedade, bem como a possibilidade de resgatar as manifestações lúdicas e 

culturais, favorecendo o estudo da música na disciplina, através das cantigas de roda; a 

inclusão de jogos da cultura indígena afro­brasileira; e o estudo da história do Paraná.

O estudo  da ginástica pretende favorecer o contato do educando com as 

experiências   corporais  diversificadas,   seu  caráter  preventivo,  modismo,  melhora  da 

aptidão   física,   tem   o   objetivo   de   conscientizar   os   educandos   de   seus   possíveis 

benefícios,  bem como os danos causados pela sua prática  inadequada ou incorreta, 

assim   como  pelo   consumo   inadequado   de   produtos   relacionados   ao   corpo,   o   que 

permite a inclusão de discussões sobre a educação fiscal.

A   dança   a   ser   trabalhado   na   EJA   contribui   para   o   desenvolvimento, 

conhecimento e ritmo do corpo. Ao relacionar­se com o outro, cada gesto representa 

sua   história,   sua   cultura,   como   manifestação   de   vida,   por   meio   de   um   processo 

continuo de integração e relacionamento social.

O estudo sobre o lazer proporciona  reflexões a cerca do uso do tempo livre, 

com   atividades   que   lhe   propiciem   prazer,   descontração,   alegria,     socialização, 

conscientização   clareza   das   necessidades   e   benefícios   que   serão   adquiridos   e   que 

contribuam para   o   seu  bem estar   físico,  mental   e   social.  Os   conteúdos  propostos 

poderão   ser   distribuídos   de   forma   informativa,   prática   ou   teórica   e   poderão   ser 

modificados de acordo  com cada realidade. Os conteúdos  esporte, jogos, dança, lazer 

e  ginástica são comuns ao Ensino Fundamental e ao Ensino Médio, o  conteúdo saúde 

mantêm a especificidade de cada ensino.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES DO ENSINO FUNDAMENTAL E ENSINO MÉDIO

• Esporte; • Jogos e brincadeiras; • Ginástica;  • Lutas;  • Dança.

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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO                                           Pinhão ­ Paraná

ESPORTE   E   SAÚDE 

(Ensino Fundamental)

  Determinantes histórico­sociais do Esporte 

  Definição de saúde.

  Atividade física na produção de saúde.

  Sedentarismo.

  Postura.

  Anabolizantes e suas conseqüências.

  Controle de freqüência cardíaca.

ESPORTE   E   SAÚDE 

(Ensino Médio)

  Definição de saúde.

  Obesidade.

  Stresse.

  Hábitos alimentares.

  LER e DORT.

  Ergonomia.

  Corpo do trabalhador e seus sacrifícios.

  Controle de freqüência cardíaca.

  Envelhecer com saúde.

ESPORTES

(Ensino   Fundamental   e 

Médio)

  Definições de esporte.

  História e origem.

  Princípios básicos (fundamentos).

  Táticas e regras.

  Esporte como fenômeno global.

  Atividades práticas.

JOGOS

(Ensino   Fundamental   e 

Médio)

         Definição de jogo.

         Aspectos históricos sociais.

         Tipos de jogos: jogos cooperativos, jogos recreativos,

 Jogos lúdicos, jogos intelectivos, jogos de dramatização

 e  jogos  pré­desportivos.

        Diferentes manifestações culturais.

        Atividades práticas.

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GINÁSTICA

(Ensino   Fundamental   e 

Médio

História e origem.

Tipos  de  ginástica:  ginástica  artística,  ginástica   rítmica, 

ginástica laboral e  ginástica de academia.

Princípios básicos.

Atividades práticas.

DANÇA

(Ensino   Fundamental   e 

Médio)

História e origem

Tipos   de   dança:   danças   folclóricas,   danças   circulares, 

danças de salão, danças criativas.

Expressão corporal/atividades rítmicas.

Danças da cultura local.

Atividades práticas.

LAZER

(Ensino   Fundamental   e 

Médio)

Definição de lazer.

Aproveitamento do tempo livre.

Lazer e benefícios para saúde.

LUTAS

Funções e transformaçoes através das lutas ocidentais e 

lutas orientais

Exercícios de jogos de oposição

AVALIAÇÃO

Os   critérios   para   a   avaliação   devem   ser   estabelecidos,   considerando   o 

comprometimento e envolvimento dos alunos no processo pedagógico: 

      Comprometimento   e   envolvimento   –   se   os   alunos   entregam   as   atividades 

propostas pelo professor; se houve assimilação dos conteúdos propostos, por meio da 

recriação de jogos e regras; se o aluno consegue resolver, de maneira criativa, situações 

problemas sem desconsiderar a opinião do outro,  respeitando o posicionamento do 

grupo e propondo soluções para as divergências; se o aluno se mostra envolvido nas 

atividades,   seja   através   de     participação   nas   atividades   práticas   ou   realizando 

relatórios. 

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      Partindo­se desses critérios, a avaliação deve se caracterizar como um processo 

contínuo, permanente e cumulativo, tal qual preconiza a LDB no 9394/96, em que o 

professor organizará  e reorganizará  o seu trabalho, sustentado nas diversas práticas 

corporais, como a ginástica, o esporte, os jogos e brincadeiras, a dança e a luta. 

     A avaliação deve, ainda, estar relacionada aos encaminhamentos metodológicos, 

constituindo­se   na   forma   de   resgatar   as   experiências   e   sistematizações   realizadas 

durante   o   processo   de   aprendizagem.   Isto   é,   tanto   o   professor   quanto   os   alunos 

poderão revisitar o trabalho realizado, identificando avanços e dificuldades no processo 

pedagógico,   com   o   objetivo   de   (re)planejar   e   propor   encaminhamentos   que 

reconheçam os acertos e ainda superem as dificuldades constatadas, oferecendo assim 

a recuperação de estudos.

     Outra sugestão é a organização e a realização de festivais e jogos escolares, 

cuja finalidade é demonstrar a apreensão dos conhecimentos e como estes se aplicam 

numa situação real de atividade que demonstre a capacidade de liberdade e autonomia 

dos alunos. 

Além disso, será ofertada a recuperação de estudos, o que significa encarar o 

erro como hipótese de construção do conhecimento, de aceitá­lo como parte integrante 

da   aprendizagem,   possibilitando   a   reorientação   dos   estudos.   Ela   se   dará 

concomitantemente ao processo ensino­aprendizagem, considerando a apropriação dos 

conhecimentos básicos, sendo direito de todos os educandos, independentemente do 

nível de apropriação dos mesmos.                                                                     

        A   recuperação   será   também   individualizada,   organizada   com   atividades 

significativas, por meio de exposição dialogada dos conteúdos, de novos instrumentos 

de  avaliação  e  oportunizada a  cada  registro  da  disciplina,   conforme o  descrito  no 

Regimento Escolar  e na legislação educacional LDBEN 9394/96 e Deliberação 07/99 

do CEE.

         

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REFERÊNCIAS

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Revista Mackenzie de Educação Física e Esporte. Guarulhos  I(I): 73­81.2002

COLL,  C.  Psicologia   e   currículo:  uma aproximação psicopedagógica  à   elaboração do 

currículo escolar. 2.ed. São Paulo: Ática, 1997.

COLL,  C.;  POZO,  J.I.;  SARABIA,  B.;  VALLS,  E.  Os conteúdos na reforma: ensino e 

aprendizagem de conceitos,  procedimentos e atitudes. Porto Alegre:  Artes Médicas, 

2000.

CORBIN,  C.B.  The   field  of  Physical  Education:   common goals,  not   common  roles. 

JOPERD, Reston, p.79­87, 1993.

FREIRE, J.B.; SCAGLIA, A . J. Educação como prática corporal. São Paulo: Scipione, 

2003.

LOVISOLO, H. Educação Física: a arte da mediação. Rio de Janeiro: Sprint, 1995.

NEIRA, M. G.; MATTOS. Educação Física na Adolescência: construindo o conhecimento 

na escola. São Paulo: Phorte, 2004.

NETO, L. P. X.; ASSUNÇÃO, J. R. Saiba mais sobre Educação Física. Rio de Janeiro: 

Âmbito Cultural Edições, 2005.

PARANÁ, S. E. E. Diretrizes Curriculares da Educação Básica: Educação Física, 2008.

SANTO, D.L.; Tendências e expectativas da educação física escolar. In: I Semana de 

Educação Física. São Paulo: Cortez, 1992.

SOUZA, E.S.; VAGO, T. M. Trilhas e Partilhas: Educação Física na Cultura Escolar e nas 

Práticas Sociais. Belo Horizonte: Ed. Dos Autores, 1997.

ZABALA,   A.   Aprendizaje   significativo:   el   professor   como   movilizador   de   lãs 

competências de sus alunos. In: Seminário de Educação e Sociedade, 6., 1997.

________. (Org.) Como trabalhar os conteúdos procedimentais em aula. 2ª ed. Porto 

Alegre: Artes Médicas, 1999.

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DISCIPLINA DE MATEMÁTICA

           FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICO­METODOLÓGICA

A modernização do ensino da matemática no país aconteceu num contexto de 

mudanças que promoviam a expansão da industria nacional, do desenvolvimento da 

agricultura, do aumento da população nos centros urbanos e das idéias que agitavam o 

cenário político internacional. Tudo isso após a primeira guerra mundial, assim novas 

propostas educacionais caracterizavam reações favoráveis a uma estrutura educacional. 

Nesse contexto, a educação matemática se torna um campo fértil e promissor para o 

ensino da matemática.

A   matemática   era   vista   como   uma   construção   constituída   por   estruturas   e 

relações abstratas entre formas e grandezas. Por esse motivo dava maior  ênfase ao 

processo e não ao conhecimento.

A matemática passou por várias etapas e tendências sendo que a presente “hoje” 

é  a Histórico­crítica que, atende as necessidades sociais  e teóricas.  A aprendizagem 

efetiva da matemática, não consistia apenas no desenvolvimento de competências, mas 

de   estratégicas   que   possibilitem   ao   aluno   estabelecer   relações,   justificar,   analisar, 

discutir e criar.

O ensino da matemática busca minimizar problemas de ordem social, visto que 

esta educação se dá em uma escola que por sua vez, está inserida numa sociedade, cujo 

modelo   de   organização   precisa   ser   questionado,   ou   seja,   a   pensar   nos   aspectos 

pedagógicos e cognitivos da produção do conhecimento matemático, mas também nos 

aspectos   sociais   envolvidos.   Pensar   numa   prática   docente   a   partir   da   educação 

matemática, portanto implica pensar na sociedade em que vivemos, isso requer que o 

professor   saiba   estabelecer   uma   postura   teórico­metodológica   e   seja   questionador 

frente às concepções pedagógicas historicamente difundidas.

O currículo de matemática está repleto de conteúdos de alto nível de abstração 

que   não   possuem   ligação   com  a   vida  dos   alunos.   Isso   aumenta   a  dificuldade   de 

compreensão, desestimula e desinteressa os  alunos.  Não estamos afirmando que se 

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deve ensinar apenas aqueles conhecimentos necessário no cotidiano do aluno, porque 

isso seria negar­lhe o acesso a outros conhecimentos. Acreditamos que é preciso partir 

da realidade do educando, daquilo que tem significado para ele, para então chegar a 

teoria, para depois retornar a prática e assim sucessivamente.

A Educação Matemática é um importante ramo do conhecimento humano. A sua 

origem   remonta   à   antigüidade   clássica   greco­romana.   Os   gregos   conceberam   a 

Matemática como um dos conteúdos da filosofia, portanto, como um dos instrumentos 

da arte de conhecer o mundo em sua totalidade. 

Dessa   forma,  o  educador  além de dominar  os   conteúdos  matemáticos,  deve 

também conhecer os fundamentos histórico­filósoficos da Matemática,  e ainda, o(s) 

processo(s) pelo(s) qual (is) o educando aprende; aquisição do conhecimento. 

Nesse sentido, é importante que o educador tenha conhecimento das práticas 

pedagógicas   que   norteiam   o   ensino   da   Matemática   na   atualidade.   Para   tanto,   é 

necessário   resgatar   o   processo   educacional   vivenciado,   especialmente,   a   partir   da 

década de 60 do século passado. 

O ensino da Matemática, desde então, tem sofrido alterações na sua forma de 

organização   e  de   conceber   os   conteúdos.   Pode­se  destacar   as   seguintes   fases:   até 

meados   de   1960,   prevaleceu   a   chamada   “Matemática   Tradicional”,   em   que 

predominava   a   valorização  do   conteúdo  desvinculado  da  prática   e   com ênfase  na 

memorização de regras. Depois, surgiu o “Movimento da Matemática Moderna”, cujo 

objetivo principal  era  a  unificação dos  vários  campos  da  Matemática,   tais  como,  a 

Aritmética, a Álgebra e a Geometria. O seu grande objetivo era o trabalho pedagógico 

por   meio  da   linguagem  dos   conjuntos,  mas   que   ficou   reduzida   a  um  simbolismo 

exagerado a ser memorizado pelo aluno. Os membros da comissão do Movimento da 

Matemática Moderna, por sua vez, assinalaram vários defeitos no currículo tradicional 

difundido, afirmando a importância de se abandonar o conteúdo tradicional em favor 

dos novos conteúdos, entre eles a álgebra abstrata, a topologia, a lógica simbólica e a 

álgebra de Boole.

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Com o advento da Lei 5692/71, a ênfase passou a ser a metodologia, justificada 

pela   necessidade   do   aluno   poder   desenvolver   toda   sua   potencialidade,   ou   seja, 

valorizou­se a manipulação de materiais concretos, relegando­se a segundo plano a 

fase   de   automação,   priorizando­se   o  atendimento   à   criança  em   sua   fase   de 

desenvolvimento,   mas   descuidando­se   da   sistematização   dos     conhecimentos 

matemáticos sócio­históricos acumulados pela humanidade. A grande dificuldade dos 

professores foi, então, a passagem do concreto para o abstrato, o que é fundamental 

para a matemática. 

Na   atual   proposta   pedagógica   para   a   EJA,   procura­se   a   interação   entre   o 

conteúdo e as formas. A perspectiva, nesse sentido, é estabelecer uma relação dialética 

­ teoria e prática ­ entre o conhecimento matemático aplicado no processo de produção 

da base material de existência humana e as manifestações teórico­metodológicas que 

estruturam   o   campo   científico   da   própria   Matemática.   Dessa   forma,   o   ensino   da 

Matemática deve ser concebido de modo a favorecer as necessidades sociais, tais como: 

a  formação do pensamento dialético,  a  compreensão do mundo social  e  natural,  a 

ciência como obra decorrente do modo de cada sociedade ­ Grega, Feudal, Moderna – 

produzir a vida.

Concebida   desta   forma,   a   Educação   Matemática   desempenhará   um   papel 

fundamental na aquisição da reflexão filosófica por parte dos educandos, isto é,  da 

consciência crítica que supera o senso comum que toma a aparência das coisas como 

sendo verdades absolutas, ou seja, a Matemática deve ser vista, como uma ciência viva 

e dinâmica, produto histórico, cultural e social da humanidade.

Ao   revelar   a   Matemática   como   uma   produção   humana,   demonstrando   as 

necessidades   e   preocupações   das   diferentes   culturas   em   diferentes   épocas   e   ao 

relacionar   os   conceitos   matemáticos   de   hoje   com   os   construídos   no   passado,   o 

educador   permite   que   o   educando   reflita   sobre   as   condições   e   necessidades   que 

levaram o homem a chegar até  determinados conceitos, ou seja,  o educador estará 

proporcionando   no   processo   de   ensino­aprendizagem  a   reflexão  da   construção   da 

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sobrevivência   dos   homens   e   da   exploração   do   universo,   dessa   forma,   estará 

caracterizando   a   relação   do   homem   com   o   próprio   homem   e   do   homem   com   a 

natureza.

O produto do desenvolvimento da humanidade pode ser demonstrado através 

da  historicidade.   Isto   indica  que  ao   trabalhar  nos  bancos  escolares   a  abstração,  o 

conhecimento sistematizado e teórico, o educando entenderá o avanço tecnológico, a 

elaboração da ciência, a produção da vida em sociedade.

Portanto, a abordagem histórica da matemática permite ao educando jovem, 

adulto e idoso, compreender que o atual avanço tecnológico não seria possível sem a 

herança cultural de gerações passadas. Entretanto, essa abordagem não deve restringir­

se a informações relativas a nomes, locais e datas de descobertas, e sim ao processo 

histórico, viabilizando com isso a compreensão do significado das idéias matemáticas e 

sociais.

Mas, além de compreender que o conhecimento matemático é sócio­histórico, 

faz­se necessário que o educando estabeleça relações entre os elementos internos da 

própria Matemática ­ conteúdos escolares ­ e os conceitos sociais. 

Esse conhecimento prescinde de um tratamento metodológico que considere a 

especificidade da Educação de Jovens e Adultos ­ EJA e   deve constituir o ponto de 

partida para todo o ensino­aprendizagem da Matemática, ou seja, os educandos devem 

ter oportunidades de contar suas histórias de vida, expor os conhecimentos informais 

que têm sobre os assuntos, suas necessidades cotidianas, suas expectativas em relação 

à escola e às aprendizagens em matemática.

Embora,   os   jovens,   adultos   e   idosos,   com nenhuma  ou  pouca   escolaridade, 

dominem algumas noções básicas dos conteúdos matemáticos que foram apreendidas 

de maneira  informal  nas  suas vivências,  a  EJA  tem a   função de  transformar  essas 

noções   elementares,   conceitos   espontâneos,   em   conceitos   científicos,   fazendo   o 

educando  dominar  a  Linguagem Matemática     e   suas  Representações,  os  Conceitos 

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Matemáticos  e  Sociais,  os  Cálculos  e  os  Algoritmos,  a  História  da  Matemática  e  a 

Resolução de Problemas.

A  compreensão  e  apreensão  desses  pressupostos  metodológicos  por  parte  dos 

educandos   e   dos   educadores,   dão   significado   aos   conteúdos   escolares   a   serem 

ensinados   e   estudados.   Embora   seja   importante   considerar   que   esses   significados 

também devem ser explorados em outros contextos, como por exemplo, nas questões 

internas da própria Matemática e em problemas históricos.

Desconsiderar   esses   pressupostos   metodológicos   na   Educação   de   Jovens   e 

Adultos   uma   prática   centrada   no   desenvolvimento   do   pensamento   linear   e 

fragmentado, numa concepção de ciência imutável,  estabelecendo definitivamente o 

rompimento entre o lógico e o histórico, entre o conteúdo e as formas, entre a teoria e 

a prática, entre a lógica formal e a lógica dialética, entre a totalidade e as unidades, 

enfim, entre o mundo social e natural.

A Educação Matemática deve ter, então, os seus pressupostos bem definidos e 

delimitados, uma vez que a teoria se desdobra em “prática científica”:

Ao professor, como um profissional do ensino, é dada a responsabilidade não só de dominar a  teoria  como a de inscrevê­la no universo de um cotidiano   que   a   justificaria   (...).   As  abstrações  reunidas   na  teoria, organicamente dispostas em definições e conceitos, devem transitar por um  caminho   inverso.  O  professor   precisa  demonstrar   a  utilidade  ou funcionamento do sistema teórico no real. A teoria precisa transmutar­se em   dados   ou   exemplos   concretos,   que   garantam,   justifiquem   ou expliquem o já defendido (hipoteticamente) no discurso. Nesse sentido, a  teoria  precisa   desmembrar­se,   na   voz   do   professor,   no   relato   de múltiplas interações ou mediações que repõem o problema no rastro de sua solução.(NAGEL, pp. 3­4, 2003) (Grifos nossos)

Nessa perspectiva, há de se considerar como ponto de partida a construção do 

conhecimento, os saberes desenvolvidos no decorrer da vivência dos educandos, que se 

manifestam em suas interações sociais e compõem suas bagagens culturais, que são 

freqüentemente   desconsiderados   na   prática   pedagógica   da   EJA.   No   entanto,   a 

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superação desses saberes e a incorporação dos conceitos científicos são trabalhos que a 

escola deve planejar e executar. 

É   importante enfatizar que, os conteúdos matemáticos quando abordados de 

forma   isolada,   não   são   efetivamente   compreendidos   nem   incorporados   pelos 

educandos como ferramentas eficazes para resolver problemas e para construir novos 

conceitos, pois, é perceptível que o conhecimento só se constrói plenamente quando é 

mobilizado em situações diferentes daquelas que lhe deram origem, isto é, quando é 

transferível   para   novas   situações.   Isto   significa   que   os   conhecimentos   devem   ser 

descontextualizados, abstraídos, para serem novamente contextualizados, isto é, fazer 

a transposição didática.

Nesse sentido, a educação matemática para o educando jovem, adultos e idoso 

deve ter como objetivo a reversão do atual quadro em que se encontra o ensino da 

Matemática, ou seja, a definição dos conteúdos anteriormente fragmentados deve ser 

visto  em sua totalidade,  sem o qual não é  possível  querer mudar qualquer prática 

pedagógica consistente. 

Dessa forma, é necessário que o ensino de Matemática e o seu significado sejam 

restabelecidos, visto que, o ensino e a aprendizagem de Matemática devem contribuir 

para o desenvolvimento do raciocínio crítico, da lógica formal e dialética, da coerência 

e consistência teórica da Ciência – o que transcende os aspectos práticos. Com isso faz­

se   necessário   repensar   o   ensino   de   Matemática,   pois   o   processo   de   emancipação 

política   e   social   da   humanidade   estão   diretamente   ligados   ao   domínio   do 

conhecimento. Ele é parte constitutiva da elaboração do pensamento reflexivo.

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Organização dos Conteúdos Ensino Fundamental

Conteúdo 

Estruturante

Conteúdo

Básico

Conteúdo

Específico

Números e 

Álgebra

Conjuntos 

Numéricos

­As quatro   operações

­Números decimais

­Números negativos

­Números racionais

Números e 

Álgebra

Proporcionalidade ­Razão e Proporção

­Regra de Três

Tratamento da 

Informação

Matemática 

Financeira

Porcentagem e juros

Estatística Análise de tabelas e gráficos

Geometria Geometria 

Analítica

Sistema Cartesiano

Tratamento da 

Informação

Estatística Construção de tabelas

Construção de gráficos

Números e 

Álgebra

Polinômios Linguagem algébrica

Expressões algébricas

Operações com  monômios

Números e 

Álgebra

Equações Equações de 1º grau

Geometria Geometria Plana Teorema de Pitágoras

Relações Métricas e trigonomêtricas no 

triângulo retângulo

Número e 

Álgebra

Conjuntos Conjuntos numericos

Potenciação e radiação

Números e 

Álgebra

Equação Equação do 2º grau

Geometrias Geometrica Plana  Ponto

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e Espacial  Reta

Plano

Figuras Planas

Sólidos geometricos

Números e 

Álgebra

Medidas Comprimento

Área

Volume

História da Matemática

Organização dos Conteúdos Ensino Médio

conteúdo 

estruturanteconteúdos básicos CONTEÚDOS ESPECIFICOS

números

e

algebra

conjuntos numéricos

­Conjunto dos números Reais;

proporcionalidade ­ Razão e proporção;

­ Regra de três simples;

potenciação e radiciação− Propriedades das Potencias

− Propriedades dos radicais

equações e inequações ­ Equação do 2° Grau;

­ Equações exponenciais;

­ Inequação do  2° Grau;

grandezas e 

medidasmedidas

­ Medidas de área;

­ Medidas de volume;

funçõesfunção afim

− Gráfico da função

− Construção de tabela

função quadrática − Zeros da Função Quadrática

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− Gráfico da Função

− Ponto de Máximo e de Mínimo

− Vértice da Parábola

progressão aritmética− Número de termos da P.A

− Soma dos termos da P.A

progressão geométrica− Número de termos da P.G

− Soma dos termos da P.G

geometrias

­ GEOMETRIA PLANA­ Calculo de área das figuras planas

­ GEOMETRIA ESPACIAL

− Cálculo de Volume

− Construção dos sólidos 

geométricos

­ GEOMETRIA ANALÍTICA− Equação da Reta

− Distancia entre dois pontos

tratamento da

informação

­ ANÁLISE COMBINATÓ­

RIA

− Fatorial

− Combinação

− Permutação

− Arranjo

­ MATEMÁTICA FINANCEI­

RA

− Porcentagem

− juro simples e Composto

− Interpretação de tabelas e 

gráficos

− Construção de gráficos de 

Barras, Setores

Para dimensionar o papel da Matemática na formação do jovem, adulto e idoso 

é   importante   que   se   discuta   a   natureza   desse   conhecimento,   suas   principais 

características   e   seus   métodos   particulares,   e   ainda,   é   fundamental   discutir   suas 

articulações com outras áreas do conhecimento. 

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As diversas contingências históricas têm levado os professores a deixar de lado a 

importância do conhecimento teórico, no entanto, é de fundamental importância que o 

educador   tenha   clareza   que,   sem   o   qual,   não   é   possível   mudar   qualquer   prática 

pedagógica   de   forma   significativa.   Com   isso,   só   se   tem   conseguido   mudanças 

superficiais   no   que   se   refere   à   reposição   de   conteúdos,   por   meio   de   estratégias 

metodológicas tradicionais que não levem os educandos a uma transposição didática.

É perceptível que, a mera seleção de conteúdos não assegura o desenvolvimento 

da   prática   educativa   consistente.   É   necessário   garantirmos,   como   dissemos 

anteriormente, a relação entre a teoria e a prática, entre o conteúdo e as formas, entre 

o lógico e o histórico.

Portanto,   é   de   suma   importância   que   o   educador   se   aproprie   dos 

encaminhamentos   metodológicos   do   ensino   da   Matemática,   e   acrescente,   esses 

elementos a reflexão pedagógica da Educação de Jovens e Adultos.

Nessa  perspectiva,  a  contextualização do  saber  é  uma das  mais   importantes 

noções   pedagógicas   que   deve   ocupar   um   lugar   de   maior   destaque   na   análise   da 

didática   contemporânea.   Trata­se   de   um   conceito   didático   fundamental   para   a 

expansão do significado da educação escolar. O valor educacional de uma disciplina 

expande na medida em que o aluno compreende os vínculos do conteúdo estudado 

com uma contextualização compreensível por ele (...). O desafio didático consiste em 

fazer essa contextualização sem reduzir o significado da idéias matemáticas que deram 

ao saber ensinado.”(PAIS, 2001, pp. 26­27)”.

De forma equivocada, a abordagem de determinados conceitos fundamentais na 

construção do conhecimento matemático é muitas vezes suprimida ou abreviada, sob a 

alegação de que não fazem parte do cotidiano dos educandos. Tal concepção de ciência 

e  de conhecimento viabiliza  na escola  uma visão reducionista  da Matemática,  cuja 

importância parece ficar restrita a sua utilidade prática; ao pragmatismo.

Nesse contexto, a noção de contextualização permite ao educador uma postura 

crítica priorizando os valores educativos, sem reduzir o seu aspecto acadêmico (PAIS, 

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2001, p.27).

O   processo   de   seleção   dos   conteúdos   matemáticos   escolares,   envolve   um 

desafio, que implica na identificação dos diversos campos da Matemática e o seu objeto 

de estudo; processo de quantificação da relação do homem com a natureza e do homem 

com o próprio homem. 

No   entanto,   não   devemos   deixar   de   identificar   os   conteúdos   escolares 

matemáticos   que   são   socialmente   relevantes   para   a   EJA,   pois   os   mesmos   devem 

contribuir para o desenvolvimento intelectual dos educandos. 

As Diretrizes Curriculares da Educação de Jovens e Adultos da Secretaria de 

Estado da Educação do Paraná,  em seu capítulo “Orientações Metodológicas”, aponta 

quatro critérios para a seleção de conteúdos e das práticas educativas. São eles:

.  a relevância dos saberes escolares frente à  experiência social construída 

historicamente. 

.  os processos de ensino e aprendizagem, mediatizados pela ação docente 

junto aos educandos. 

.  a   organização   do   processo   ensino­aprendizagem,   dando   ênfase   às 

atividades que permitem a integração entre os diferentes saberes. 

.  as   diferentes   possibilidades   dos   alunos   articularem   singularidade   e 

totalidade no processo de elaboração do conhecimento. 

Nessa forma de organização curricular, as metodologias são um meio e não um 

fim para se efetivar o processo educativo. É preciso que essas práticas metodológicas 

sejam flexíveis, e que adotem procedimentos que possam ser alterados e adaptados às 

especificidades da comunidade escolar.

Nessa   perspectiva,   é   de   suma   importância   evidenciar   que   o   ensino­

aprendizagem de  Matemática   sejam permeados  pela   (os):  História  da  Matemática; 

Resolução de Problemas; Conceitos Matemáticos e Sociais; Linguagem Matemática e 

suas  Representações;  Cálculos   e/ou  Algoritmos;   Jogos  & Desafios.  Estes   elementos 

devem   permear   a   Metodologia   de   Ensino   da   Matemática,   pois   eles   expressam   a 

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articulação entre a teoria e a prática, explicitando no ato pedagógico a relação entre o 

signo, o significado e o sentido dos conteúdos escolares nos diversos contextos sociais e 

históricos. 

Um dos desafios do ensino da Matemática é a abordagem de conteúdos para a 

Resolução  de  Problemas,   trata­se  de  uma  metodologia   pela   qual   o   estudante   tem 

oportunidade de aplicar conhecimentos matemáticos adquiridos em novas situações, de 

modo   a   resolver   a   questão   proposta   (DANTE,   2003).   Isso   torna   as   aulas   mais 

dinâmicas, compreendendo os argumentos matemáticos e ajudando a vê­los como um 

conhecimento   passível   de   ser   apreendido   pelos   sujeitos   do   processo   ensino   e 

aprendizagem. Cabe ao professor assegurar um espaço de discussão no qual os alunos 

pensem sobre os problemas que irão resolver, elaborem uma estratégia, apresentem 

suas hipóteses e façam o registro da solução encontrada ou de recursos que utilizaram 

para   chegarem   ao   resultado.,   favorecendo,   então,   a   formação   do   pensamento 

matemático, livre do apego às regras.

A Etnomatemática é uma metodologia importante como fonte de investigação 

da Educação Matemática, por meio de um ensino que valoriza a história dos estudantes 

pelo   reconhecimento e   respeito  e   suas   raízes  culturais.  O aluno é   capaz de  reunir 

situações novas com experiências anteriores, adaptando essas às novas circunstâncias e 

ampliando seus afazeres e saberes.  O trabalho pedagógico é   relacionar  o  conteúdo 

matemático com essa questão maior – o ambiente do indivíduo e suas manifestações 

culturais e relações de produção e trabalho.

A   Modelagem   Matemática   tem   como   pressuposto   a   problematização   de 

situações do cotidiano. Ao mesmo tempo em que propõe a valorização do aluno no 

contexto   social,   procura   levantar   problemas   que   sugerem   questionamentos   sobre 

situações de vida, sejam eles físicos, biológicos e sociais. Constituindo elementos para 

análises   críticas   e   compreensões   diversas   de   mundo.   Assim   sendo,   a   “modelagem 

Matemática   consiste   na   arte   de   transformar   problemas   reais   com   os   problemas 

matemáticos e resolvê­los interpretando suas soluções na linguagem do mundo real”. O 

trabalho pedagógico com esta metodologia possibilita a intervenção do estudante nos 

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problemas reais do meio social e cultural em que vive, por isso, contribui para sua 

formação crítica.

O uso das Mídias Tecnológicas tem suscitado novas questões,  sejam elas em 

relação ao currículo, à experimentação matemática, às possibilidades do surgimento de 

novos conceitos  e  de novas   teorias  matemáticas.  Os   recursos  tecnológicos,  como o 

software,  a   televisão,  as  calculadoras,  os  aplicativos  da   Internet,   entre  outros,   tem 

favorecido as experimentações matemáticas e potencializado formas de resolução de 

problemas.   Aplicativos   de   modelagem   e   simulação   tem   auxiliado   educandos   e 

professores a visualizarem, generalizarem e representarem o fazer matemático de uma 

maneira   passível   de   manipulação,   pois   permitem   construção,   interação,   trabalho 

colaborativo, processos de descoberta de forma dinâmica e o confronto entre a teoria e 

a prática. O trabalho com as mídias tecnológicas insere diversas formas de ensinar e 

aprender, e valoriza o processo de produção de conhecimentos.

A História da Matemática no contexto da prática escolar é  um   componente 

necessário de um dos objetivos primordiais da disciplina, qual seja, que os estudantes 

compreendam a natureza da Matemática e sua relevância na vida da humanidade, 

vinculando as descobertas matemáticas aos fatos sociais e políticos, às circunstâncias 

históricas e às correntes filosóficas que determinaram o pensamento e influenciaram o 

avanço cientifico de cada época. A história deve ser o fio condutor que direciona as 

explicações   dadas   aos   porquês   da   Matemática,   promovendo   uma   aprendizagem 

significativa, propiciando aos estudante entender que o conhecimento matemático é 

construído historicamente a partir de situações concretas e necessidades reais (MIGUEL 

& MIORIM, 2004).

A prática pedagógica de Investigações Matemáticas tem sido recomendada por 

diversos   estudiosos   como   forma   de   contribuir   para   uma   melhor   compreensão   da 

disciplina em questão, que podem ser desencadeadas a partir da resolução de simples 

exercícios e se relacionam com a resolução de problemas. Na Investigação Matemática, 

o aluno é  chamado a agir como um matemático, não apenas porque é  solicitado a 

propor questões, mas, principalmente, porque formula conjecturas a respeito do que 

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está investigando.

É   importante   enfatizar   que   a   relação   de   conteúdos   não   deve   ser   seguida 

linearmente, mas desenvolvida em conjunto e de forma articulada, proporcionando ao 

educando a possibilidade de desenvolver a capacidade de observar, pensar, estabelecer 

relações, analisar, interpretar justificar, argumentar, verificar, generalizar, concluir e 

abstrair.   Dessa   forma,   serão   estimulados   a   intuição,   a   analogia   e   as   formas   de 

raciocínio   indutivo   e   dedutivo,   bem  como   abordar   as   Leis:   História   Cultura   Afro­

Brasileira   (Lei   10.639/03)   e   Cultura   Indígena   (Lei   nº   11.645/08)   que   busca   o 

reconhecimento   das   contribuições   de   diferentes   grupos   humanos   à   constituição 

nacional, Meio Ambiente (Lei nº 9.795/99), buscando a compreensão e construção, 

como mediadora à problemática socioambiental e caracterizada como um fenômeno 

social   complexo,   dos   Direitos   da   Criança   e   do   Adolescente   (Lei   nº   11525/07), 

oportunizando a reflexão através de dados geográficos, pesquisas com conteúdos que 

tratem dos direitos das crianças e dos adolescentes, tendo com diretriz o Estatuto da 

Criança e do Adolescente e da Educação Tributária e Fiscal (Decreto nº 1143/99 e 

Portaria nº 413/02), através dos conteúdos estimular o aluno a refletir sobre a função 

socieconômica   dos   tributos,   possibilitando   o   conhecimento   sobre   administração 

pública,   incentivando   o   acompanhamento   da   aplicação   dos   recursos   públicos   e 

proporcionando conhecimentos que oportunizem as condições para uma efetiva ação 

de cidadania. Programa Brigada Escolar – Defesa Civil  na Escola,  conforme decreto 

4837 de 04 de junho de 2012 .  O Programa Brigada Escolar ­ Defesa Civil na Escola 

visa construir na rede estadual de ensino uma cultura de prevenção, com a formação 

de brigadas escolares em todas as escolas, e adequar as edificações escolares às normas 

de prevenção contra incêndio e pânico. Direitos do Idoso e Educação para o Trânsito: 

Referente a obrigatoriedade dos conteúdos dos Direitos do Idoso e Educação para o 

Trânsito   em   atendimento   à   Resolução   nº   10.741/03   e   Lei   nº   9.503/97.   Serão 

abordados   de   forma   contextualizada   e   relacionadas   aos   conteúdos   da   disciplina, 

sempre que for possível a articulação entre os mesmos. 

A  abordagem das  Leis  acentuarão  os   conhecimentos    e  a   compreensão   crítica  das 

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situações que observam com relação aos fatos políticos, sociais, culturais e econômicas 

que envolvem o mundo. Atendendo ao conceito de contextualização como princípio 

integrador do currículo, possibilitando ao aluno ter consciência sobre seus modelos de 

explicação e compreensão da realidade e reconstruindo conceitos e apropriando novos 

conhecimentos.

Os conteúdos matemáticos presentes no ensino fundamental, a serem ensinados 

nas   escolas   de   EJA,   estão   organizados  por   eixos,   são   eles:   números   e   operações, 

geometria,   medidas  e  tratamento   de   informação,   que   compreendem   os   elementos 

essenciais da organização curricular.  Os eixos e seus respectivos conteúdos deverão ser 

trabalhados de forma articulada. esta relação pode ser viabilizada entre os eixos e/ou 

entre os conteúdos. É importante ter clareza da especificidade de cada eixo, bem como, 

que estes não devem ser trabalhados de maneira isolada, pois, é na inter­relação entre 

os conteúdos de cada eixo, entre os eixos de conteúdos e entre os eixos metodológicos, 

que as idéias matemáticas ganham significado. Para tal, há uma crescente necessidade 

de   desenvolvimento   e   apropriação   de   um   mecanismo   que   vincule   os   conteúdos 

escolares à  curiosidade e  interesse dos/as educandos/as e nesse contexto de forma 

ampla, merecem destaque o preconceito, a discriminação, enfrentamento a violência na 

escola,   a   prevenção   do   uso   indevido   de   drogas   e   gênero   e   diversidade   sexual   e, 

particularmente,   o   racismo,   sem   que   sejam   abandonados   os   desafios   antigos   que 

permanecerão na pauta de superação da comunidade escolar através dos Programas 

socioeducacionais.   Nesta perspectiva, os temas socioeducacionais no currículo deve 

pressupor ser parte desta totalidade. Portanto eles não podem se impor à  disciplina 

numa   relação     artificial   e   arbitrária,   devem   ser   “chamados”   pelo   conteúdo     da 

disciplina. 

Os conteúdos matemáticos presentes no Ensino Médio, a serem ensinados 

nas  escolas  de  EJA,  deverão  propiciar  o  desenvolvimento  de  conceitos:  numéricos, 

algébricos, geométricos e gráficos e da mesma forma, devem ser trabalhados como um 

conjunto articulado. Isso significa que o tratamento dos conteúdos em compartimentos 

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estanques deve dar lugar a uma abordagem em que as conexões sejam favorecidas e 

destacadas.  O ensino da matemática  deve ser  trabalhado numa forma mais ampla, 

trabalhar   com   situações   práticas   relacionadas   com   problemas   do   cotidiano,   que 

possibilitem   explorar   conceitos   procedimentos   matemáticos.   Deve     também 

desenvolver o raciocínio da lógica, da coerência, devendo integrar de forma articulada 

as atividades matemáticas. 

      

AVALIAÇÃO 

Avaliação   é   uma   atividade   valorativa   e   investigadora,   onde   o   objeto   é   o 

conhecimento  do  aluno e não o aluno.  É  parte   integrante  do  próprio  processo  de 

ensino­aprendizagem, onde o objetivo é  aprimorar a qualidade dessa aprendizagem, 

bem como a atuação do docente. 

     Buscando   a   verificação   de   como   os   alunos   aprendem   os   conhecimentos 

matemáticos, a avaliação deve ser contínua, dinâmica e com frequência informal. 

Tornar as informações recebidas das avaliações um instrumento de reflexão para 

a   tomada   de   decisões   em   relação   à   atuação   docente,   identificando   as   áreas   que 

apresentam dificuldades para alguns alunos. 

Avaliar em forma de atividades como pesquisa, trabalhos e provas escritas, para 

fins de observar se os alunos desenvolvem as atividades propostas como: resolução de 

problemas, aplicação dos conceitos matemáticos, capacidade de lidar com situações 

novas, argumentar, sintetizar, planejar, organizar e contextualizar. 

A   avaliação   será   realizada   em  função  dos   conteúdos   expressos  na  proposta 

pedagógica.

• Investigar ou diagnóstica: possibilita ao professor obter informações necessárias 

para propor  atividades e gerar novos conhecimentos;

• Continua: permite a observação permanente do processo ensino­aprendizagem e 

possibilita ao educador repensar sua prática pedagógica;

• Sistemática: acompanha o processo de aprendizagem do educando, utilizando 

instrumentos diversos para o registro do processo;

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• Abrangente: contempla a amplitude das ações pedagógicas no tempo­escola do 

educando;

• Permanente:   permite   um   avaliar   constante   na   aquisição   do   conteúdos   pelo 

educando no decorrer do seu tempo­escola, bem como do trabalho pedagógico 

da escola. 

As   avaliações   utilizarão   técnicas   e   instrumentos   diversificados,   sempre   com 

finalidade educativa;

• serão   registrados   as   6   notas,   que   corresponderão   as   provas   individuais 

escritas  e  também a outros  instrumentos avaliativos adotados,  durante o 

processo de ensino, a que, obrigatoriamente, o educando se submeterá na 

presença do professor, conforme descrito no Regimento Escolar;

• a avaliação será realizada no processo de ensino e aprendizagem, sendo os 

resultados expresso em uma escala  de 0 a 10,0, a nota mínima exigida na 

disciplina,  de  acordo   com a  Resolução  n.   º   3794/04­SEED e   frequência 

mínima de  75% do   total  da   carga  horária  da  disciplina  na  organização 

coletiva e 100% na organização individual;

• o   educando   deverá   atingir,   pelo   menos   a   nota   6   em   cada   registro   da 

avaliação processual. Caso contrário, terá direito a recuperação de estudos. 

Para os demais, a recuperação será ofertada como acréscimo ao processo de 

apropriação dos conhecimentos;

Alguns   critérios   devem   orientar   as   atividades   avaliativas   propostas   pelo 

professor. Essas práticas devem possibilitar ao professor verificar se o aluno:

− comunica­se matematicamente, oral ou por escrito;

− compreende, por meio da leitura, o problema matemático;

− elabora um plano que possibilite a solução do problema;

− encontra meios diversos para a resolução de um problema matemático;

− realiza o retrospecto da solução de um problema.

Dessa forma, no processo pedagógico, o aluno deve ser estimulado a:

− partir de situações­problema internas ou externas à matemática;

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− pesquisar   acerca   de   conhecimentos   que   possam   auxiliar   na   solução   dos 

problemas;

− elaborar conjecturas, fazer afirmações sobre elas e testá­las;

− perseverar na busca de soluções, mesmo diante de dificuldades;

− sistematizar   o   conhecimento   construído   a   partir   da   solução   encontrada, 

generalizando,   abstraindo   e   desvinculando­o   de   todas   as   condições 

particulares;

− socializar   os   resultados   obtidos,   utilizando,   para   isso,   uma   linguagem 

adequada;

− argumentar a favor ou contra os resultados.

          A   recuperação  de   estudos     se   dará   concomitantemente   ao   processo   ensino­

aprendizagem, considerando a apropriação dos conhecimentos básicos, sendo direito 

de todos os educandos, independentemente do nível de apropriação dos mesmos.

A   recuperação   será   também   individualizada,   organizada   com   atividades 

significativas,   com   indicação   de   roteiro   de   estudos,   entrevistas   para   melhor 

diagnosticar o nível de aprendizagem de cada educando.

Assim, principalmente para os educandos que não se apropriarem dos conteúdos 

básicos, será oportunizada a recuperação de estudos por meio de exposição dialogada 

dos conteúdos, de novas atividades significativas e de novos instrumentos de avaliação, 

conforme o descrito no Regimento  Escolar.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 

DANTE, L. R. Didática da resolução de problemas. São Paulo: Ática, 1989. 

D’ AMBROSIO, U. Etnomatemática – arte ou técnica de explicar e conhecer. São Paulo: 

Ática, 1998. 

MACHADO,   N.     Matemática   e   Realidade:   análise   dos   pressupostos   filosóficos   que 

fundamentam o ensino da matemática: São Paulo, Cortez, 1994. 

BOYER, C. B. História da Matemática. São Paulo: Edgard Blucher/Edusp, 1974. 

CARAÇA, B. J. Conceitos Fundamentais da Matemática. Lisboa, s.c.p., 1970. 

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DAVIS, P. J. A Experiência Matemática. Rio de janeiro, Francisco Alves, 1985. 

IEZZI,  G. et alii.  Coleção Fundamentos de Matemática Elementar.  São Paulo: Atua, 

1998. 

MACHADO, N. J. et alii. Coleção Vivendo a Matemática. São Paulo: Scipione, 1999. 

GUELLI, Oscar. Matemática uma aventura do pensamento: volume 1,2,3,4. 2ª edição. 

São Paulo: Ed. Ática, 1998.

GIOVANNI, José Ruy; CASTRUCCI, Benedito. GIOVANI JR, José Ruy. A Conquista de 

Matemática – Teoria e Aplicação: São Paulo: FTD, 1992.

BONGIOVANNI,   Vicenzo;   LEITE,   Olímpio   Rudinin   Vissoto;   LAURENAO,   José   Luiz 

Tavares. Matemática e Vida. São Paulo, Editora Ática SA. 1990.

RAMOS, Luzia Faraco, Série “A” Descoberta da Matemática. São Paulo – SP. Editora 

Ática S/A, 1993.

DISCIPLINA DE CIÊNCIAS NATURAIS

      FUNDAMENTOS TEÓRICOS METODOLÓGICOS

A Educação de Jovens e Adultos ­ EJA, no Estado do Paraná, de acordo com 

suas Diretrizes Curriculares e em consonância com as discussões realizadas com os 

professores da rede pública estadual de ensino, apresenta os  fundamentos teóricos, 

metodológicos   e   avaliativos  do   ensino  de  Ciências,   que  norteiam  a   elaboração  da 

proposta curricular desta disciplina. 

Partindo   do   pressuposto   que   a   ciência   não   se   constitui   numa   verdade 

absoluta, pronta e acabada, é indispensável rever o processo de ensino e aprendizagem 

de Ciências no contexto escolar, de modo que o modelo tradicional de ensino dessa 

disciplina, no qual se prioriza a memorização dos conteúdos, sem a devida reflexão, 

seja superado por um modelo que desenvolva a capacidade dos educandos de buscar 

explicações científicas   para os fatos, através de posturas críticas, referenciadas pelo 

conhecimento científico. 

É necessário distinguir   os campos de atuação da ciência, seus contextos e 

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valores, como também,  os objetivos dispensados à disciplina de Ciências no contexto 

escolar. Para tanto,

deve­se   reconhecer   que   a  ciência  é   diferente   da   disciplina   escolar ciências.  A   ciência   realizada   no   laboratório   requer   um   conjunto   de normas e  posturas.  Seu objetivo é  encontrar   resultados  inéditos,  que possam explicar o desconhecido. No entanto, quando é ministrada na sala de aula, requer outro conjunto de procedimentos, cujo objetivo é alcançar resultados esperados, aliás planejados, para que o estudante possa entender o que é conhecido. A ciência sabe como procurar mas não conhece resultados de antemão. O ensino,  ao contrário, conhece muito bem quais   são os  objetivos  a  encontrar,  mas as  discussões de como proceder  para  alcançá­los    apontam para  diferentes   caminhos. Existe  portanto  uma  diferença   fundamental   entre  a   comunicação  de conhecimento em congressos científicos, entre cientistas, e a seleção e adaptação de parcelas desse conhecimento para ser utilizado na escola por professores e alunos. (BIZZO, 2002, p.14)

Nessa   perspectiva,   a   disciplina   de   Ciências   tem   como   fundamento   o 

conhecimento   científico   proveniente   da   ciência   construída   historicamente   pela 

humanidade. 

Os   fatos   cotidianos  e   os   conhecimentos  adquiridos  ao   longo  da  história 

podem ser entendidos pela interação das várias áreas do conhecimento, revelando a 

importância da Química, da Física, da Biologia, da Astronomia e das Geociências, que 

se   complementam   para   explicar   os   fenômenos   naturais   e   as   transformações   e 

interações que neles se apresentam.

Os   fenômenos   não   são   explicados   apenas   por   um   determinado 

conhecimento,   portanto,   é   importante   estabelecer   as   relações   possíveis   entre   as 

disciplinas,   identificando   a   forma   com   que   atuam   e   as   dimensões   desses 

conhecimentos,   pois   o   diálogo   com   as   outras   áreas   do   conhecimento   gera   um 

movimento de constante ampliação da visão a respeito do que se estuda ou se conhece.

Outro   aspecto   a   ser   desenvolvido   pelo   ensino   de   Ciências   na   EJA   é   a 

reflexão sobre a importância da vida no Planeta. Isso inclui a percepção das relações 

históricas,   biológicas,   éticas,   sociais,   políticas   e   econômicas,   assim   como,   a 

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responsabilidade   humana   na   conservação   e   uso   dos   recursos  naturais   de  maneira 

sustentável, uma vez que dependemos do Planeta e a ele pertencemos.

O caminho evolutivo da ciência promoveu o avanço tecnológico que deve 

ser discutido no espaço escolar, de tal maneira que o educando possa compreender as 

mudanças ocorridas no contexto social, político e econômico e em outros meios com os 

quais   interage,  proporcionando­lhe  também o estabelecimento  das   relações  entre  o 

conhecimento trazido de seu cotidiano e o conhecimento científico e, partindo destas 

situações,   compreender   as   relações   existentes,   questionando,   refletindo,   agindo   e 

interagindo com o sistema.

Essa relação entre ciência e tecnologia, aliada à forte presença da tecnologia no cotidiano das pessoas, já não pode ser ignorada no ensino de Ciências, e sua   ausência   aí   é   inadmissível.   Consideram­se,   ainda,   os   efeitos   da ciência/tecnologia sobre a natureza e o espaço organizado pelo homem, o que leva à necessidade de incluir no currículo escolar uma melhor compreensão do balanço benefício­malefício da relação ciência­tecnologia  (DELIZOICOV; ANGOTTI; PERNAMBUCO, 2002, p.68­69).

É importante que o educando tenha acesso ao conhecimento científico a fim 

de compreender conceitos e relações existentes entre o ambiente, os seres vivos e o 

universo,  numa concepção  flexível  e processual,  por  meio do saber  questionador e 

reflexivo.  Da mesma  forma,   se   faz  necessário  possibilitar  ao  educando perceber  os 

aspectos positivos e negativos da ciência e da tecnologia, para que ele possa atuar de 

forma consciente em seu meio social e interferir no ambiente, considerando a ética e os 

valores sociais, morais e políticos que sustam a vida. 

O conjunto de saberes do educando deve ser considerado como ponto de 

partida  para  o  processo  de  ensino  e  aprendizagem,  estabelecendo   relações   com o 

mundo do trabalho e com outras dimensões do meio social. 

As Ciências Naturais são compostas de um conjunto de explicações com peculiaridades próprias e de procedimentos para obter essas explicações sobre   a   natureza   e   os   artefatos   materiais.   Seu   ensino   e   sua 

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aprendizagem serão sempre balizados pelo fato de que os sujeitos   já dispõem de conhecimentos prévios a respeito do objeto de ensino.  A base de tal assertiva é a constatação de que participam de um conjunto de   relações   sociais   e   naturais   prévias   a   sua   escolaridade   e   que permanecem   presentes   durante   o   tempo   da   atividade   escolar (DELIZOICOV; ANGOTTI; PERNAMBUCO,  2002,  p.131).

Dessa   forma,   é   importante   que   o   ensino   desenvolvido   na   disciplina   de 

Ciências na EJA, possibilite ao educando, a partir de seus conhecimentos prévios, a 

construção do conhecimento científico, por meio da análise, reflexão e ação, para que 

possa   argumentar   e   se   posicionar   criticamente.   Nesse   contexto,   ressalta­se   a 

importância de trabalhar a disciplina de forma contextualizada, ou seja, com situações 

que permitam ao educando jovem e adulto a inter­relação dos vínculos do conteúdo 

estudado com as diferentes situações com que se deparam no seu dia a dia, incluindo a 

abordagem das Leis: História Cultura Afro­Brasileira nº 10.639/03; Cultura Indígena nº 

11.645/08; Educação Tributária e Fiscal (Decreto nº.1143/99­ Portaria nº 413/02), 

sendo   que   a   educação   ambiental,   proposta   através   da   Lei   nº   9.795/99   do   Meio 

ambiente é componente essencial e permanente na disciplina, devendo estar presente, 

bem como os outros temas, de forma articulada, nos ,conteúdos específicos, buscando 

atender   e   desenvolver   princípios     básicos   com   enfoque   humanista,   holístico, 

democrático   e   participativo.   No   entanto   quando   a   Lei   nº11525/07   do   Direito   da 

Criança e do Adolescente, (Art.58) refere ao processo educacional deve respeitar os 

valores  culturais,  artísticos  e  históricos,  garantindo  lhes a   liberdade da criação e a 

cultura. Essa contextualização pode­se dar a partir de uma problematização, ou seja, 

em lançar desafios que necessitem de respostas para determinadas situações. Programa 

Brigada Escolar – Defesa Civil na Escola   decreto 4837 de 04 de junho de 2012 . O 

Programa Brigada Escolar ­ Defesa Civil na Escola visa construir na rede estadual de 

ensino uma cultura de prevenção, com a formação de brigadas escolares em todas as 

escolas, e adequar as edificações escolares às normas de prevenção contra incêndio e 

pânico. Direitos do Idoso e Educação para o Trânsito: Referente a obrigatoriedade dos 

conteúdos   dos   Direitos   do   Idoso   e   Educação   para   o   Trânsito   em   atendimento   à 

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Resolução nº 10.741/03 e Lei nº 9.503/97. Serão abordados de forma contextualizada 

e relacionadas aos conteúdos da disciplina, sempre que for possível a articulação entre 

os mesmos. 

Na medida em que se acredita numa Ciência aberta, inacabada, produto da ação 

de seres humanos inseridos num contexto próprio relativo ao seu tempo e espaço e, no 

estudo na disciplina de Ciências, como uma das formas de resgate e de construção de 

melhores   possibilidades  de   vida   individuais   e   coletivas,   há   que   se   optar   por  uma 

metodologia de ensino e de aprendizagem adequada à realidade do educando da EJA, 

em   consonância   com   as   Diretrizes   Curriculares   Estaduais   propostas   para   esta 

modalidade de ensino. Segundo RIBEIRO (1999, p.8), criar novas formas de promover 

a aprendizagem fora dos limites da organização tradicional é uma tarefa, portanto, que 

impõem, antes de mais nada, um enorme desafio para os educadores (...), romper o 

modelo de instrução tradicional implica um alto grau de competência pedagógica, pois 

para   isso   o   professor   precisará   decidir,   em   cada   situação,   quais   formas   de 

agrupamento,   sequenciação,   meios   didáticos   e   interações   propiciarão   o   maior 

progresso   possível   dos   alunos,   considerando   a   diversidade   que   inevitavelmente 

caracteriza o público da educação de jovens e adultos.

Nessa perspectiva, destaca­se a importância de propiciar aos educandos, a 

compreensão   dos   conceitos   científicos   de   forma   significativa,   ou   seja,   que   o 

conhecimento possa estar sendo percebido em seu contexto mais amplo, não somente 

nos afazeres diários, mas na forma de perceber a realidade local e global, o que lhe 

permitirá  posicionar­se e  interferir  na sociedade de forma crítica e autônoma. Para 

tanto,   o   educador   da   EJA   deve   partir   dos   saberes   adquiridos   previamente   pelos 

educandos,   respeitando   seu   tempo   próprio   de   construção   da   aprendizagem, 

considerando que o educador é mediador e estimulador do processo, respeitando, de 

forma real, como ponto de partida, o conjunto de saberes trazidos pelos educandos;

• as experiências dos educandos no mundo do trabalho;

• a necessária  acomodação entre o  tempo e o  espaço do educando, 

ainda, o tempo pedagógico e o tempo físico;

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• as   relações   entre   o   cotidiano   dos   educandos   e   o   conhecimento 

científico.

               Nesse aspecto, ressalta­se a importância de trabalhar a disciplina de Ciências 

de forma contextualizada, ou seja, com situações que permitam ao educando jovem e 

adulto a inter­relação dos vínculos dos conteúdos com as diferentes situações com que 

se deparam no seu dia­a­dia. Essa contextualização pode acontecer a partir de uma 

problematização,   ou   seja,   em   lançar   desafios   que   necessitem   de   respostas   para 

determinadas situações. “A essência do problema é a necessidade (...), um obstáculo 

que é necessário transpor, uma dificuldade que precisa ser superada, uma dúvida que 

não   pode   deixar   de   ser   dissipada"   (SAVIANI,   1993,   p.26).   As   dúvidas   são   muito 

comuns  na  disciplina  de  Ciências,  devendo  ser  aproveitadas  para   reflexão sobre  o 

problema a ser analisado, e assim, para o educador, o desafio consiste em realizar esta 

contextualização, sem reduzir os conteúdos apenas à sua aplicação prática, deixando 

de lado o saber acadêmico.Um aspecto importante a ser considerado no trabalho com a 

disciplina de Ciências é a retomada histórica e epistemológica das origens e evolução 

do pensamento da Ciência,  propiciando condições para que o educando perceba o 

significado do estudo dessa disciplina, bem como a compreensão de sua linguagem 

própria e da cultura científica e tecnológica oriundas desse processo.

METODOLOGIA DE ENSINO

           A abordagem teórico–metodológica dos conteúdos a serem selecionados para a 

disciplina de Ciências  envolve aspectos considerados essenciais pela DCE de Ciências. 

Assim, tal abordagem deve assumir a construção do conhecimento científico escolar 

como primordial no processo ensino aprendizagem da disciplina e de seu objeto de 

estudo, levando em consideração que, para tal construção há necessidade de valorizar 

as   concepções  alternativas  do   estudante   em  sua   zona   cognitiva   real   e   as   relações 

substantivas que se pretende com a mediação didática.

         Aprender uma ciência não se resume a conhecer conceitos e a aplicar fórmulas, 

mas também consiste na incorporação de atitudes e valores (condicionantes da ação 

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humana, que uma determinada visão científica produz, a exemplo do que representa 

para  a  humanidade hoje  os  avanços  da  clonagem),  expressados  estes  em distintas 

atividades   do   educando,   que   incluem   suas   discussões,   leituras,   observações   e 

experimentações.  Por  esta  razão,  se  pode afirmar  que aprender  não é  algo que se 

realiza pela simples absorção passiva de conhecimentos; ao contrário, há a exigência de 

uma transformação sobre aquilo que é objeto de interações constantes, pois, se assim 

não o fosse, poderíamos tanto afirmar o princípio do aluno “tábula rasa” quanto dizer 

que nada muda no mundo. 

        Essa   convicção   aponta   para   uma   nova   postura   metodológica,   difícil   de 

implementar, pois exige a alteração de hábitos de ensino há muito consolidados. 

           Não se trata simplesmente de convencer os professores a adotarem uma nova 

prática, o que por si só já é difícil, mas de alterar o comportamento de alunos e da 

escola, habituados por muito tempo ao aprendizado passivo, em que o professor não só 

coordena mas também concentra as ações. 

                 Especialmente nas ciências, aprendizado ativo é, às vezes, equivocadamente 

confundido   com   algum   tipo   de   experimentalismo   militante,   que   não   é   sequer 

recomendável, pois o ensino interativo deve envolver muitas outras dimensões, além 

da observação e das medidas, como o diálogo ou a participação em discussões coletivas 

e a leitura autônoma. 

                 A partir dessa compreensão do processo educativo, o desafio primeiro para o 

professor é conseguir ligar a turma de alunos no tema, num sentido mais amplo, e não 

simplesmente fazê­los prestar atenção, mas sobretudo significando tomar parte ativa, 

participar, contribuir para o aprendizado coletivo. 

Para   isto,   uma   primeira   condição   é   estabelecer   um   diálogo   real,   ou   seja, 

entender e fazer­se entender; uma outra condição é tratar os conteúdos de forma a ter 

os alunos permanentemente interessados e cientes do sentido do que se estuda. Estas 

condições permitirão ao professor conduzir o aprendizado de forma solidária com a 

turma e não em oposição a ela. 

As  estratégias  que serão adotadas em cada  turma de  alunos,   recomendando 

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leituras prévias ou sugerindo atividades pós­aula, alternando trabalhos coletivos com 

tarefas  individuais,  investigação bibliográfica com verificações práticas, exposições e 

demonstrações   com debates   e   experimentações,   são   algo   que   cada  professor  pode 

desenvolver autonomamente, a partir de sua experiência e sensibilidade, levando em 

conta   as   características   gerais   da   escola   e   de   seu   entorno   social   assim   como   as 

peculiaridades das turmas. Haja visto que tratasse de uma escola de campo, onde o 

conhecimento prévio dos alunos sobre a natureza é amplamente significativo.

         Há algumas etapas que podem ser sugeridas como indutoras de uma metodologia 

de trabalho participativa. 

         Uma delas é discutir mais com os alunos, efetivamente com a participação destes, 

os assuntos a   serem tratados no semestre ou no ano. Isto soa estranho para quem 

toma os conteúdos como prerrogativa do professor, de quem sabe a matéria, mas fica 

natural  quando se pensa  em tratar  eletricidade,  por  exemplo,  como um campo de 

conhecimento que trata de aparelhos resistivos,  como chuveiros e  ferros de passar; 

sistemas motores, como uma furadeira ou um ventilador; sistemas geradores, como um 

dínamo;   sistemas   de   comunicação,   registro   e   reprodução   de   informações,   como 

telefones, rádios e gravadores toca­fitas. Pode­se, assim, abrir a aula tratando com a 

turma algo como “eletricidade é...”, sem abrir mão de lidar, durante o curso, com toda 

a riqueza abstrata do campo eletromagnético, com todo o seu quadro de leis gerais. 

Outra etapa,   já  no  fecho,   seria,  após  a  obtenção de   leis  e  princípios  gerais, 

convidar  os  alunos  a   reverem algumas das questões práticas  com que se  iniciou o 

aprendizado, dando­lhes condição de avaliarem, também, o sentido que adquiriram do 

mesmo.   Isto   também   contribui   para   realmente   incorporar   a   avaliação   como   um 

momento do aprendizado, superando­se assim sua concepção punitiva. 

O   trabalho  pedagógico  deve   então   ter   como  base   o   ‘saber   fazer’  do   aluno, 

tornando­se este momento fundamental, pois, significa dizer que o aluno irá aplicar os 

conhecimentos   adquiridos   em  sua   formação  geral.Para   tanto,   as   relações   entre   os 

conteúdos   estruturantes   (relações   conceituais),   relações   entre   os   conteúdos 

estruturantes   e   outros   conteúdos   pertencentes   a   outras   disciplinas   (relações 

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interdisciplinares) e relações entre os conteúdos estruturantes e as questões sociais, 

tecnológicas, políticas, culturais e éticas (relações de contexto) se fundamentam e se 

constituem em importantes abordagens que direcionam o ensino de Ciências para a 

integração dos diversos contextos que permeiam os conceitos científicos escolares.

        A integração de conceitos científicos escolares tem, além da abordagem por meio 

das relações, a história da ciência, a divulgação científica e as atividades experimentais 

como aliadas nesse processo.

Esses   elementos   podem   auxiliar   os   professores   de   Ciências   nos 

encaminhamentos   metodológicos,   ao   fazerem   uso   de   problematizações, 

contextualizações,   interdisciplinaridade,   pesquisas,   leituras   científicas,   atividade   em 

grupo,   observações,   atividades   experimentais,   recursos   instrucionais,   atividades 

lúdicas, entre outros.

         O avanço da ciência e da tecnologia é, por si só, um argumento que justifica os  

Fundamentos Teórico­Metodológicos do Ensino de Ciências.

Passamos a conviver com mudanças nas áreas da ciência e novas tecnologias, 

que favorecem o ensino através  do uso da informática,  da multimídia,  de software 

específicos para a educação, rede Internet, correio eletrônico, etc., e as escolas passam 

a contar com esses produtos tecnológicos, disponíveis no mercado. 

O   curso   de   Magistério   pode   acessar   essas   novas   tecnologias,   através   de 

equipamentos   modernos,   fazendo   com   que   esse   apoio   tecnológico   ofereça   uma 

aprendizagem permanente, capacitando o aluno a aprender assuntos de seu interesse. 

Hoje,  os  novos desenvolvimentos computacionais   sugerem que a escola  seja, 

antes de tudo, um ambiente inteligente especialmente criado para a aprendizagem, 

onde os alunos possam construir os seus conhecimentos, segundo os estilos individuais 

que os  caracterizam no campo da ciência,   simulando eventos do  mundo natural  e 

imaginário.   Estas   inovações   possibilitam   uma   mudança   no   papel   do   professor, 

liberando­se para ser mais um orientador, um desafiador e equilibrador, à procura da 

informação e do conhecimento com seus alunos. 

Recursos metodológicos, sugeridos pelos professores:

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  • Aulas práticas (experimentação com base em desafios constantes,   lançados pelo 

professor,  às   certezas estabelecidas da criança, sobre o mundo e sobre si  própria) 

combinando elementos   práticos e material teórico; 

  • Pesquisa de campo (com orientação do professor,  diálogo constante e avaliação 

durante o decorrer  da mesma); 

  •  Aulas  demonstrativas   (com questionamentos,   confrontos   entre   colocações   feitas 

pelas crianças,  desafios às respostas dadas, etc.); 

  •   Elaboração   e   análise   de   textos   (exercício   da   produção   escrita,   da   criação   do 

pensamento, da liberdade de expressão, do argumento científico, etc.); 

• Aulas simuladas (onde o aluno possa se colocar como coordenador e partícipe ativo 

do processo ensino­aprendizagem, melhor compreendendo o papel de seu professor e o 

seu próprio neste ato); 

•   Visitas   (conhecimento   de   locais   que   possam   auxiliar   na   compreensão   de 

determinados conteúdos  ensinados em aula); 

• Entrevistas (troca de informações, enriquecimento cultural, etc.); 

•   Promoção   de   debates,   mesas   redondas,   painéis,   seminários   e   outros   eventos 

(participação ativa em eventos que envolvem uma série de atividades educativas); 

• Montagem e discussão de projetos (exercício da técnica de elaboração de projetos, 

organização  de  procedimentos,  determinação  de  metas  a  alcançar   com o   trabalho 

científico, etc); 

• Recursos tecnológicos (facilitam o trabalho do professor e permitem o desempenho 

independente de cada aluno): 

­ Análise e discussão de vídeos, programas na TV Escola, Teleconferências, programas 

de TV e de  computadores; 

­ Manipulação de software pedagógicos e simuladores; 

­ Filmes ilustrativos. 

•  Trabalhos   em equipe   (dinâmica  de  grupo   capaz  de  envolver   a   todos  e   fazê­los 

participar   ativamente, criando um ambiente mais socializado, de respeito mútuo, de 

colaboração, de troca de  idéias, etc); 

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• Utilização de jogos, com caráter formativo (associar estudo e prazer, sendo a tarefa 

do  pensar  um ato  agradável  na  escola,  e   indissociada  do   fazer  alguma coisa  com 

conhecimento de causa). 

• Outros. 

É importante salientar o uso criativo das metodologias pelo educador, que será 

indispensável  em todos os momentos do seu trabalho,  bem como o olhar  atento e 

crítico sobre a realidade trazida pelos educandos.

A   busca   de   soluções   para   as   problematizações   constitui­se   em   referência 

fundamental  no ensino de Ciências.  Quando elaborada  individual  ou coletivamente 

deve ser registrada, sendo valorizados os saberes trazidos pelos educandos e a evolução 

do processo de aprendizagem. É importante lembrar que a cultura científica deve ser 

incentivada mesmo que de  forma gradual,   respeitando o   tempo de  cada grupo ou 

indivíduo.

Uma estratégia comum em Ciências é a utilização de experimentos e práticas 

realizadas em laboratório. É importante que seja definido com clareza o sentido e o 

objetivo dessa alternativa metodológica, visto que muitas vezes, situações muito ricas 

do   cotidiano   são  deixadas  de   lado   em detrimento  do  uso  do   laboratório.  Deve­se 

considerar a possibilidade de aproveitamento de materiais do cotidiano, assim  como 

lugares alternativos, situações ou eventos para se desenvolver uma atividade científica. 

A utilização de experimentos e práticas  realizadas em laboratório  devem ser  vistas 

como uma atividade comum e diversificada e que não abrem mão do rigor científico, 

devendo ser acompanhada pelo professor. Segundo BIZZO (2002, p.75), é importante 

que o professor perceba que a experimentação é um elemento essencial nas aulas de 

ciências, mas que ela, por si só, não garante bom aprendizado. (...) a realização de 

experimentos   é   uma   tarefa   importante,   mas   não   dispensa   o   acompanhamento 

constante do professor, que deve pesquisar quais são as explicações apresentadas pelos 

alunos para os resultados encontrados. É comum que seja necessário propor uma nova 

situação que desafie a explicação encontrada pelos alunos. Um outro aspecto a ser 

considerado no trabalho docente, é a utilização do material de apoio didático como 

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uma das alternativas metodológicas, de tal forma que não seja o único recurso a ser 

utilizado pelo educador. A respeito do livro didático, BIZZO (2002, p. 66), propõe que 

ele deve ser utilizado como um dos materiais de apoio, como outros que se fazem 

necessários, cabendo ao professor, selecionar o melhor material disponível diante de 

sua própria realidade, onde as informações devem ser apresentadas de forma adequada 

à realidade dos alunos.

O  processo   avaliativo  precisa   ser   reconhecido   como  meio   de   desenvolver   a 

reflexão de como vem ocorrendo o processo de aquisição do conhecimento por parte 

do educando. A verificação da aquisição do conhecimento deve ser ponto de partida 

para a revisão e reconstrução do caminho metodológico percorrido pelo educando e, 

principalmente,   pelo   educador.  O   ensino   de   Ciências   na   EJA   deve   propiciar   o 

questionamento   reflexivo   tanto   de   educandos   como  de   educadores,   a   fim   de   que 

reflitam sobre o processo de ensino e aprendizagem. Desta forma, o educador terá 

condições de dialogar sobre a sua prática a fim de retomar o conteúdo com enfoque 

metodológico  diferenciado  e   estratégias  diversificadas,   sendo  essencial   valorizar  os 

acertos, considerando o erro como ponto de partida para que o educando e o educador 

compreendam   e   ajam   sobre   o   processo   de   construção   do   conhecimento, 

caracterizando­o como um exercício de aprendizagem.

Partindo da idéia de que a metodologia deve respeitar o conjunto de saberes do 

educando,   o   processo   avaliativo   deve   ser   diagnóstico   no   sentido   de   resgatar   o 

conhecimento já adquirido pelo educando permitindo estabelecer relações entre esses 

conhecimentos. Desta forma, o educador  terá possibilidades de perceber e valorizar as 

transformações ocorridas na forma de pensar e de agir dos educandos, antes, durante e 

depois do processo.

ORGANIZAÇÃO DOS CONTEÚDOS

É indispensável que a organização dos conteúdos da disciplina de Ciências na 

proposta curricular esteja vinculada ao espaço e ao tempo de estudo dos educandos e à 

experiência cotidiana destes, procurando apresentar os conteúdos como instrumentos 

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de melhor compreensão e atuação na realidade. 

Ao   pensar   nessa   organização,   o   educador   deve   priorizar   os   conteúdos   que 

possam ter significado real à vida dos educandos, possibilitando­lhes a percepção das 

diversas  abrangências   sobre  um determinado  fenômeno.  Dessa   forma,  o  ensino  de 

Ciências não pode se restringir apenas ao livro didático ou ao material de apoio. “A 

seleção de conteúdos é tarefa do professor; ele pode produzir uma unidade de ensino 

que não existe  no   livro  ou deixar  de  abordar  um de  seus  capítulos,  pode realizar 

retificações ou propor uma abordagem diferente” (BIZZO, 2000, p.66).

Considerando as Diretrizes Curriculares Estaduais para a Educação de Jovens e 

Adultos e as especificidades desta modalidade de ensino, principalmente no que tange 

ao   tempo   de   ensino   do   educador   e   o   tempo   de   aprendizagem   dos   educandos,   a 

proposta de conteúdos essenciais da disciplina de Ciências, contempla:

CONTEÚDOS

Regis

tro

Nota

CONTEÚDO 

ESTRUTURANTE

CONTEÚDO BÁSICO E ESPECÍFICO

1º  Astronomia UNIVERSO  

Conhecimentos Físicos 

Sol: fonte de luz e calor; Radiação; Instrumentos construídos 

para   estudar   os   astros:   astrolábio,   lunetas,   telescópios, 

satélites, foguetes, estações espaciais, radiotelescópio; 

Planeta   Terra:   movimento   de   rotação   (dias   e   noites)   e 

movimento de translação (estações do ano); Inclinação do eixo 

da Terra em relação ao plano da órbita; Força gravitacional; 

Medidas de tempo – instrumentos construídos pelo ser humano 

para  marcar  os  dias  no   tempo e  no  espaço:   relógio  de   sol, 

ampulhetas,   relógios   analógicos,   digitais   e   calendários; 

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Desenvolvimento   da   Astronáutica   e   suas   aplicações; 

Telecomunicações:   satélites,   internet,   ondas,   fibra   óptica, 

dentre outras; Exploração aerofotogramétrica (monitoramento 

por   imagens   de   satélites);   Utilização   dos   satélites   na 

meteorologia;   Investigação   do   espaço   sideral   por   meio   de 

foguetes, sondas espaciais, ônibus espacial e estação espacial; 

Estrelas: constelações e orientação; 

Sistema solar: posição da Terra e dos demais planetas; 

Conhecimentos Químicos 

Sol: composição química; Sistema solar: composição da Terra. 

Conhecimentos Biológicos 

Planeta   Terra:   Biosfera;   Sol:   produção   de   vitamina   D; 

Movimentos da Terra e suas conseqüências – ritmos biológicos; 

A lua como satélite natural da Terra: influências

1º Matéria Constituição da Matéria:

Átomo, partículas, Moléculas e substancias .

Solo 

Conhecimentos Físicos 

Tecnologia   utilizada   para   preparar   o   solo   para   o   cultivo; 

Conhecimentos Químicos 

Composição do solo; Tipos de solo: arenoso, argiloso, calcário 

e húmus; Agentes de transformação do solo: água,  ar,  seres 

vivos;   Utilidades   do   solo;   Adubação:   orgânica   einorgânica 

(compostagem   e   fertilizantes);   correção   do   Ph   dos   solos; 

Processos   que   contribuem   para   o   empobrecimento   do   solo: 

queimadas, desmatamento e poluição, dentre outros; 

Conhecimentos Biológicos 

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Combate à erosão: tipos de erosão; Mata ciliar; Contaminação 

do solo: doenças – prevenção e tratamento; 

Condições para manter a fertilidade do solo: curvas de nível, 

faixas de retenção, terraceamento, rotação de culturas, culturas 

associadas;  Poluição e contaminação da água, do ar e do solo 

Água 

Conhecimentos Físicos 

Estados físicos da água; Forças de atração e repulsão entre as 

partículas da água; 

Mudanças de estado físico da água: ciclo da água; Pressão e 

temperatura; Densidade; 

Pressão exercida pelos líquidos; Empuxo; Água como recurso 

energético; 

Conhecimentos Químicos 

Composição   da   água;   Potencial   de   Hidrogênio   (Ph); 

Salinidade; Água como solvente universal; Pureza; Soluções e 

misturas heterogêneas; 

Conhecimentos Biológicos 

Ciclo da água; disponibilidade da água na natureza; Água e os 

seres vivos; Hábitat aquático; Contaminação da água: doenças 

– preservação e tratamento; Equilíbrio ecológico; 

Ar 

Conhecimentos Físicos 

Existência do ar; Ausência do ar: vácuo; Aplicação do vácuo; 

Atmosfera: camadas; 

Propriedades:   compressibilidade,   expansão,   exercer   pressão; 

Movimentos do ar: formação dos ventos, tipos de vento, brisa 

terrestre   e   marítima;   Velocidade   e   direção   dos   ventos; 

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Resistência do ar; Pressão atmosférica; Aparelhos que medem a 

pressão do ar; Pressão atmosférica e umidade; Meteorologia e 

previsão do tempo; Eletricidade atmosférica; Ar como recurso 

energético;  Tecnologia   aeroespacial   e   aeronáutica;   Força  de 

atrito; Aerodinâmica; Deslocamento de veículos automotores; 

Velocidade; 

Conhecimentos Químicos 

Composição do ar;  Oxigênio (O2) e Gás Carbônico (CO2) – 

fotossíntese,   respiração  e   combustão;  Ciclos  biogeoquímicos; 

Outros   elementos   presentes   no   ar;   Gases   nobres:   suas 

propriedades e aplicações; 

Conhecimentos Biológicos 

O   ar   e   os   seres   vivos;   Pressão   atmosférica   e   a   audição; 

contaminação do ar: doenças causadas por bactérias e vírus – 

prevenção e tratamento; Poluição do ar: agentes causadores; 

Causas e conseqüências: efeitos nocivos resultantes do contato 

com esses agentes; Medidas para diminuir a poluição do ar; 

Poluição térmica; Poluição sonora; Medidas contra a poluição – 

fontes   alternativas   de   energia:   energia   eólica,   hidrelétrica, 

solar entre outras; Fenômenos: superaquecimento do planeta, 

efeito   estufa,   buraco   na   camada   de   ozônio   (alterações   de 

temperatura e 

mudanças de estado físico da matéria) 

 Conhecimentos Químicos 

Gases   tóxicos,   resíduos   industriais,   metais   pesados,   chuva 

ácida,   elementos   radioativos,   dentre   outros;   Causa   e 

conseqüências da poluição e contaminação da água, do ar e do 

solo: efeitos nocivos nos seres vivos e no ambiente; Prevenção 

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e tratamento dos efeitos nocivos resultantes do contato com 

agentes químicos; 

Prevenção   e   recuperação   de   áreas   degradadas   por   agentes 

químicos;   Substâncias   puras,   misturas   homogêneas   e 

heterogêneas;   Densidade   das   substâncias;   Separação   de 

misturas;   Fase   química   do   tratamento   da   água;Fenômenos: 

superaquecimento do planeta, efeito estufa, buraco na camada 

de ozônio e poluentes responsáveis; 

Conhecimentos Biológicos 

Equilíbrio e conservação da natureza: fauna, flora, ar, água e 

solo; Agentes causadores da contaminação e poluição da água, 

do   ar   e   do   solo;   Agentes   causadores   e   transmissores   de 

doenças; Prevenção e tratamento das doenças relacionadas à 

poluição e contaminação do ar, da água e do solo; Saneamento 

básico: estações de tratamento da água (ETA), de esgoto (ETE) 

e do lixo (aterros sanitários, reaproveitamento e reciclagem do 

lixo);  Doenças   relacionadas   à   falta   de   saneamento  básico  e 

prevenção;   Biodigestor;   Fenômenos:   superaquecimento   do 

planeta, efeito 

estufa, buraco na camada de ozônio e seus efeitos nocivos aos 

seres vivos e ao ambiente. 

2º Matéria

Biodiversidade

Sistemas 

Biológicos

– Características básicas dos seres

Conhecimentos Físicos

Temperatura; Calor; diferenças entre os conceitos de calor e 

temperatura; Equilíbrio  térmico; Transferência de calor; 

Transmissão de calor; Isolamento Térmico; Movimento e 

Locomoção;

Conhecimentos Químicos

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Metabolismo – Transformação da matéria e da energia: 

fotossíntese; respiração; fermentação; decomposição; 

combustão.

Conhecimentos Biológicos

Características básicas que diferenciam os seres vivos dos não­

vivos; Relações de interdependência: seres vivos – seres vivos; 

seres vivos – ambiente; Adaptações e  controle da temperatura 

corporal   nos   organismos;   Interações   da   pele   com   o   meio: 

proteção   do   organismo,   regulação   de   água   e   temperatura. 

Inter­relações entre os seres vivos e o ambiente.

Conhecimentos Físicos

População:   taxas,   densidade   demográfica   e   fatores   que 

influenciam;

Conhecimentos Químicos

Comunidade:   transferência   de   matéria   e   energia   (ciclos 

biogeoquímicos,   teias   e   cadeias     alimentares);   Fotossíntese: 

importância  do  processo   de  produção   e   armazenamento  de 

energia química (glicose);

Conhecimentos Biológicos

Seres vivos  – Seres vivos; Seres vivos – Ambiente; Biosfera – 

Ecossistema – Comunidade – População – Indivíduo; Hábitat e 

nicho   ecológico;   Divisões   da   Biosfera:   biociclos   terrestre, 

marinho   e   de   água   doce;   Teias   e   cadeias   alimentares: 

produtores,   consumidores   e   decompositores;   alimentação   e 

saúde: tipos e funções dos alimentos, nutrientes;

Conhecimentos Biológicos

Equilíbrio e conservação da natureza: fauna, flora, ar, água e 

solo; Agentes causadores da contaminação e poluição da água, 

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do   ar   e   do   solo;   Agentes   causadores   e   transmissores   de 

doenças;   Prevenção   e   tratamento   das   doenças   relacionadas 

poluição e contaminação do ar, da água e do solo; 

Níveis de organização dos seres vivos – Organização celular

Conhecimentos Físicos

Unidades   de   medida;   Equipamentos   para   observação   e 

descrição de células:microscópios e lupas;

Conhecimentos Químicos

Unidades   de   medida;   Conceitos   básicos:   colóides,   osmose, 

difusão, substância orgânicas e inorgânicas;

Conhecimentos Biológicos

Aspectos morfofisiológicos básicos das células; Células animais 

e vegetais (membrana, parede celular,  citoplasma e núcleo); 

Divisão celular:  mitose   (células   somáticas)  –  câncer;  divisão 

celular:  meiose   (gametogênese)  –  anomalias  cromossômicas; 

Aspectos   morfofisiológicos   básicos   dos   tecidos   animais   e 

vegetais; Conceitos básicos: biosfera –

 ecossistema – comunidade – população – indivíduo – sistemas 

– órgãos – tecidos – células – organelas – moléculas – átomos;

Biodiversidade – classificação e adaptações morfofisiológicas

Conhecimentos Físicos

Capilaridade;   Fototropismo;   Geotropismo;   Movimento   e 

locomoção: referencial, impulso, velocidade, aceleração;

Conhecimentos Químicos

Osmose;   Absorção;   Fotossíntese;   Respiração;   Transpiração; 

Gutação; Fermentação; Decomposição; Hibridação;

Conhecimentos Biológicos

Modos  de  agrupar  os   seres   vivos;  Critérios  de   classificação; 

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Cinco reinos dos  seres  vivos;  Biosfera:  adaptações dos  seres 

vivos (animais e vegetais) nos ambientes terrestres e aquáticos; 

Biotecnologia   da   utilização   industrial   de   microrganismos   e 

vegetais:   indústria   farmacêutica,   química   e   alimentícia 

(organismos   geneticamente   modificados)   dentre   outras; 

Vegetais:   raiz,   caule,   folha,   flor,   fruto   e   semente;  Vegetais: 

reprodução   e   hereditariedade   –   polinização,   fecundação, 

formação do fruto e semente,

disseminação;   Animais:   digestão   (alimentação),   respiração, 

circulação, excreção, locomoção, coordenação, relação com o 

ambiente, reprodução e hereditariedade;

Doenças, infecções, intoxicações e defesas do organismo.

Conhecimentos Físicos

Diagnósticos:   exames   clínicos   por   imagens;   Tratamento: 

radioterapia;   Intoxicações   por   agentes   físicos:   elementos 

radioativos, pilhas, baterias, dentre outros;

Conhecimentos Químicos

Imunização   artificial:   soros,   vacinas,   medicamentos; 

Diagnósticos: exames clínicos;

Tratamento: quimioterapia; Intoxicações por agentes químicos: 

agrotóxicos, inseticidas e metais pesados, dentre outros;

Conhecimentos Biológicos

Doenças   causadas   por   animais:   parasitoses,   zoonoses   e 

verminoses;   Doenças   causadas   por   microrganismos: 

parasitoses,   infecções   bacterianas,   viroses,   protozooses   e 

micoses;   Intoxicações   causadas   por   plantas   tóxicas; 

Diagnósticos: exames clínicos;

Prevenção   e   tratamento:   alopatia,   homeopatia,   fitoterapia, 

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dentre outros;  Efeitos das  intoxicações causadas por  agentes 

físicos   e   químicos   no   organismo;   Sistema  imunológico: 

imunidade,  barreira mecânica,  glóbulos brancos (fagocitose), 

anticorpos;

3º Sistemas 

Biológicos

Corpo humano como um todo integrado

Conhecimentos Físicos

Ação   mecânica   da   digestão:   mastigação,   deglutição, 

movimentos   peristálticos;   Transporte   de   nutrientes;   Pressão 

arterial; Inspiração e Expiração; Tecnologia de  reprodução in 

vitro,   inseminação   artificial:   Tecnologias   associadas   ao 

diagnóstico   e   tratamento   das   DSTs   –   AIDS;   Tecnologias 

envolvidas   na   manipulação   genética:   clonagem   e   células 

tronco;   Tecnologias   associadas   ao   aconselhamento   genético 

como forma de prevenção à má formação gênica; Tecnologia 

envolvida na doação de sangue e de órgãos; A luz e a visão; 

Propagação retilínea da luz e a formação de sombras:Reflexão 

da luz e as cores dos objetos: Olho humano como instrumento 

óptico; Modelo físico do processo de visão; Espelhos, lentes e 

refração; Poluição visual; Fibras ópticas; Propagação do som 

no ar; Velocidade do som; O som e a audição; A qualidade do 

som;   Reflexos   sonoros:   eco,   poluição   sonora;   Próteses   que 

substituem   parte   e   funções   de   alguns   órgãos   do   corpo; 

Aparelhos   e   instrumentos   que   o   homem   constrói   para 

corrigiralgumas   deficiências   físicas;   Objetos   e   aparelhos 

fabricados para corrigir deficiências dos órgãos dos sentidos; 

Tecnologias   utilizadas   para   diagnosticar   problemas 

relacionados   aos   sistemas   sensorial,   nervoso,   endócrino, 

locomotor   (esquelético   e   muscular),   genital,   digestório, 

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respiratório, cardiovascular e urinário; Tecnologias que causam 

danos  ao  sistema nervoso central:   radiação,  metais  pesados, 

drogas,  acidentes  com armas de  fogo,  acidentes  de  trânsito, 

automedicação,   dentre   outras;   Correção   de   lesões   ósseas   e 

musculares: traumatismos, fraturas e lesões;

Conhecimentos Químicos

Nutrição:   necessidades   nutricionais,   hábitos   alimentares; 

Alimentos   diet   e   light;   Ação   química   da   digestão: 

transformação dos alimentos; Aproveitamento dos nutrientes; 

Reações   químicas;   Equações   químicas;   Transformação 

energética;   Eliminação   de   resíduos;   Hemodiálise;   Sabores, 

odores e texturas; Ácidos e bases: identificação, nomenclatura 

e aplicações; Ph de diversos produtos e substâncias; Óxidos e 

sais; Substâncias tóxicas de uso industrial: soda cáustica, cal e 

ácido   sulfúrico   dentre   outras;   substâncias   tóxicas   de   uso 

agrícola: agrotóxicos, fertilizantes e inseticidas dentre outras; 

Substâncias   tóxicas   de   uso   doméstico:   detergentes,   sabões, 

ceras,   solventes,   lustra­móveis,   tintas  e   colas,  dentre  outras; 

Composição química do álcool; Teor

alcoólico das bebidas; Reações que ocorrem no sistema nervoso 

e no organismo com a liberação de neurormônios, como por 

exemplo a adrenalina;

Conhecimentos Biológicos

Sistema   digestório   (digestão);   Disfunções   do   sistema 

digestório: prevenção; Aspectos preventivos da obesidade, da 

anorexia e da bulimia, dentre outros; Sistema cardiovascular; 

Disfunções   do   sistema   cardiovascular:   prevenção;   Aspectos 

preventivos do Acidente Vascular Cerebral (AVC), do enfarte, 

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da   hipertensão   e   da   arteriosclerose,   dentre   outros;   Sistema 

Respiratório;   Disfunções   do   sistema   respiratório:   prevenção; 

Aspectos   preventivos   do   enfisema  pulmonar,   da   asma   e   da 

bronquite,   dentre   outros;   Sistema   urinário;   Disfunções   do 

sistema urinário: prevenção; Aspectos preventivos da nefrite, 

da cistite e da infecção urinária, dentre outros; Sistema Genital 

Feminino; Disfunções do Sistema Genital Feminino: prevenção; 

Sistema   Genital   Masculino;   Disfunções   do   Sistema   Genital 

Masculino: prevenção; Métodos anticoncepcionais – tipos, ação 

no organismo, eficácia, acesso, causas e conseqüências do uso; 

Tecnologia   de   reprodução   in   vitro,   inseminação   artificial; 

Tecnologias associadas ao diagnóstico e tratamento das DSTs – 

AIDS;   Manipulação   genética:   clonagem   e   células   tronco; 

Aconselhamento   genético   como   forma   de   prevenção   à   má 

formação gênica; Doação de sangue e órgãos; Reprodução – 

hereditariedade; Causas e conseqüências da gravidez precoce ­ 

prevenção;   Doenças   Sexualmente   Transmissíveis   (DSTs)   – 

Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS):  prevenção; 

Defesa   do   organismo;   Sistema   Sensorial:   visão,   audição, 

gustação,   olfação   e   tato;   Portadores   de   Necessidades 

Educacionais   Especiais:   deficiência   congênita   e   adquirida 

(causas, conseqüências e prevenção); Sistema nervoso: central, 

periférico   e   autônomo.   Disfunções   do   sistema   nervoso: 

prevenção;   Efeitos   das   drogas   (lícitas   e   ilícitas)   no   sistema 

nervoso;   Prevenção   ao   uso   de   drogas;   Sistema   Endócrino; 

Glândulas:   exócrinas,   endócrinas   e   mistas;   Disfunções   do 

sistema endócrino: prevenção; Sistema esquelético; Disfunções 

do   sistema   esquelético:   prevenção;   Sistema   Muscular; 

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Disfunções do sistema muscular:

prevenção;

4º Energia

Matéria

Sistemas 

Biológicos

Transformações da matéria e da energia

Conhecimentos Físicos

Energia: condutores – tipos, fontes, aplicações, transformações, 

segurança e prevenção; Eletricidade: condutores – fontes, 

aplicações, transformações, segurança e prevenção; 

Magnetismo: imãs; Bússola;

Conhecimentos Químicos

Química e o ambiente: átomo, molécula, ligações químicas. 

Fotossíntese; Fermentação; Respiração; Decomposição; 

Combustão;

Conhecimentos Biológicos

Cadeia   Alimentar;   Teia   Alimentar;   Relações   de 

interdependência:   seres   vivos   –   seres   vivos,   seres   vivos   – 

ambiente; Energia na célula: produção, transferência, fontes, 

armazenamento, utilização; Nutrientes: tipos e funções;

AVALIAÇÃO

   Em primeiro lugar, avaliar é, por essência, o ato de valorar, de atribuir valor a 

algo,  de perceber  as  várias  dimensões de qualidade acerca de uma pessoa,  de um 

objeto,   de   um   fenômeno   ou   situação.   Estas   percepções   da   "qualidade"   do   objeto 

avaliado poderão ser positivas ou negativas para aquele que avalia.       

               As propostas pedagógicas implantadas a partir de 1989 passaram a abranger 

mudanças de encaminhamentos metodológicos na educação básica.  Foram medidas 

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que implementaram a reestruturação curricular, a capacitação docente, o incentivo ao 

Projeto  Político  Pedagógico   e   a   expansão  da   rede   física.  Discutimos   os   problemas 

educacionais também no documento intitulado: “Avaliação escolar: um compromisso 

ético” (PARANÁ,  1993).  Nesse documento há  a defesa da escola  pública como um 

espaço de oportunidades, para que a criança oriunda da classe trabalhadora tenha a 

promoção humana e  não seja  mais  vítima social.  Que se  avalie  o  aluno de   forma 

contínua priorizando sua aprendizagem em consonância com a organização do saber 

sistematizado.   Em   decorrência   dessas   medidas   e   do   compromisso   no   sentido   de 

avanços no sistema educacional,  ocorre a aprovação da Deliberação no 07/99­CEE, 

com o seguinte propósito: 

Art.   1O   ­   A   avaliação   deve   ser   entendida   como   um   dos   aspectos do   ensino   pelo   qual   o   professor   estuda   e   interpreta   os   dados   da aprendizagem [...] dos alunos, bem como diagnosticar seus resultados e atribuir­lhes valor. A deliberação mencionada está em consonância com a LDB no 9394/96, que estabelece em seus artigos 13 e 24, a avaliação e os “estudos de recuperação”, determinando que: 

Art. 13. Os docentes incumbir­se­ão de: [...] V – a verificação do rendimento escolar observará os seguintes critérios: (a)   avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência  dos       aspectos  qualitativos   sobre  os  quantitativos  e  dos resultados ao longo do período sobre os de eventual provas finais; [...] (e)   obrigatoriedade   de   estudos   de   recuperação,   de  preferência paralelos ao período letivo, para os casos de baixo   rendimento escolar[...]. (LDB 9394/96).

 O processo avaliativo precisa ser reconhecido como meio de desenvolver a 

reflexão de como vem ocorrendo o processo de aquisição do conhecimento por parte 

do educando. A verificação da aquisição do conhecimento deve ser ponto de partida 

para a revisão e reconstrução do caminho metodológico percorrido pelo educando e, 

principalmente,   pelo   educador.  O   ensino   de   Ciências   na   EJA   deve   propiciar   o 

questionamento   reflexivo   tanto   de   educandos   como  de   educadores,   a   fim   de   que 

reflitam sobre o processo de ensino e aprendizagem. Desta forma, o educador terá 

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condições de dialogar sobre a sua prática a fim de retomar o conteúdo com enfoque 

metodológico  diferenciado  e   estratégias  diversificadas,   sendo  essencial   valorizar  os 

acertos, considerando o erro como ponto de partida para que o educando e o educador 

compreendam   e   ajam   sobre   o   processo   de   construção   do   conhecimento, 

caracterizando­o como um exercício de aprendizagem.

A avaliação não pode ter caráter exclusivamente mensurável ou classificatório, 

deve­se respeitar e valorizar o perfil e a realidade dos educandos da EJA em todos os 

seus aspectos,  oportunizando­lhe o acesso e  a permanência no sistema escolar.  Há 

necessidade, tanto por parte do educador, quanto da comunidade escolar, de conhecer 

o universo   desses educandos, suas histórias de vida e suas trajetórias no processo 

educativo, visto que, cada um seguirá seu próprio caminho, dentro dos seus limites. 

Portanto,   a   avaliação   tem   como   objetivo   promover     um   diálogo   constante   entre 

educador e educandos, visando o seu   êxito nos estudos e,  de modo algum, a sua 

exclusão do processo educativo.

        Avalia­se o aluno através de situações problemas, para verificar se  ele consegue 

relacionar   teoria   e   prática,   possibilitando   a   troca  de   ideias   para   a   construção  do 

conhecimento,   a   avaliação   deverá   valorizar   os   conhecimentos   alternativos   do 

educando,   construídos  no   cotidiano,   nas   atividades   experimentais,   ou   a   partir   de 

diferentes   estratégias   que   envolvem  recursos   pedagógicos   e   instrucionais   diversos, 

como   confecção   de   cartazes,   slids,   vídeos,   debates   e   aulas   no   laboratório   de 

informática,   tendo  o   professor   como  um mediador     para  uma  melhor   fixação  de 

conteúdo.

             A avaliação é uma maneira de verificar a prática pedagógica do professor, não 

devendo ser um fim em si mesma, mas apenas uma etapa do processo, devendo o 

professor fazer uma retomada do que foi trabalhado até então (feedback), preparando 

o educando para o instrumento avaliativo que julgar mais coerente no momento.

          Para tanto, a avaliação deve ser investigativa, contínua, sistemática, abrangente 

e permanente.

       •  investigativa ou diagnóstica: possibilita  ao professor obter               informações 

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necessárias para propor atividades e gerar novos conhecimentos; 

      • contínua: permite a observação permanente do processo ensino­aprendizagem e 

possibilita ao educador repensar sua prática pedagógica; 

             • sistemática: acompanha o processo de aprendizagem do educando, utilizando 

instrumentos diversos para o registro do processo; 

         • abrangente: contempla a amplitude das ações pedagógicas no tempo­escola do 

educando; 

                 • permanente: permite um avaliar constante na aquisição dos conteúdos pelo 

educando no decorrer  do seu tempo­escola,  bem como do trabalho pedagógico da 

escola. 

Critérios Avaliativos  dos alunos nas séries:

1º REGISTRO 

• Conhecimento acumulado e à prática social deles;

• Compreensão da necessária relação entre os conhecimentos físicos, químicos e 

biológicos para explicar os fenômenos naturais envolvidos, confronto entre esses 

conhecimentos e os conteúdos específicos.

• Assimilação dos conceitos sobre o universo, suas características e os astros que 

nele encontramos.

• Compreensão da formação do Sistema Solar, principalmente no que diz respeito 

a Terra e a  influência dos fenômenos que ocorrem no espaço sobre o nosso 

planeta;

• Reconhecimento  da existência de uma partícula formadora de toda matéria

• Entendimento sobre  a constituição e formação da Litosfera, e relacioná­la com 

o seu cotidiano e refletir sobre a importância do solo em seu dia a dia.

• Assimilação  dos conceitos explanados sobre a água e compreende a importância 

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dessa substância para a sua existência.

• Compreensão sobre a constituição do ar e suas influências no seu dia a dia.

• Reconhecimento sobre o que suas ações no meio ambiente podem acarretar ao 

planeta.

• Compreensão sobre a organização dos seres vivos, suas características.

• Reconhecimento dos diferentes ecossistemas existentes na Terra.

2º REGISTRO

• Conhecimento acumulado e à prática social deles;

• Compreensão da necessária relação entre os conhecimentos físicos, químicos e 

biológicos para explicar os fenômenos naturais envolvidos, confronto entre esses 

conhecimentos e os conteúdos específicos.

• Verificação se o aluno compreende que a Terra está em constante transformação 

ao longo do tempo.

• Assimilação do conhecimento necessário sobre as características principais dos 

diferentes seres vivos existentes em nosso planeta e sua influência no seu dia a 

dia (doenças, etc).

3º REGISTRO

• Conhecimento acumulado e à prática social deles;

• Compreensão da necessária relação entre os conhecimentos físicos, químicos e 

biológicos para explicar os fenômenos naturais envolvidos, confronto entre esses 

conhecimentos e os conteúdos específicos.

• Verificação   se   houve   a   compreensão   dos   conhecimentos   necessários   para 

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entender   a   organização   do   ser   vivo   (célula,   tecido,   órgão   e   organismo), 

mecanismos  de   fisiologia  e  anatomia  do   ser  humano e  a   importância  de  se 

conhecer sobre o funcionamento do seu corpo.

4º REGISTRO

• Conhecimento acumulado e à prática social deles;

• Compreensão da necessária relação entre os conhecimentos físicos e químicos 

para   explicar   os   fenômenos   naturais   envolvidos,   confronto   entre   esses 

conhecimentos e os conteúdos específicos.

• Reconhecimento   dos   fenômenos   físicos   e   químicos   no   seu   dia   a   dia   e   da 

importância que estes tem no seu cotidiano e para existência da vida como um 

todo.

• Para tanto sugestionasse os seguintes instrumentos de avaliação:

• Interpretação de imagens e textos;

• Relatório de atividades práticas;

• Pesquisa Bibliográfica;

• Elaboração de Mapa de Conceito;

• Avaliação Descritiva;

• Construção de tabelas e gráficos;

• Resolução de atividades de fixação;

• Avaliação objetiva;

• Seminário;

• Exposições;

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• Outros;

            A recuperação de estudos é paralela, ou seja, concomitantemente ao conteúdo 

trabalhado,  deixando   de   ser   apenas   um   refazer   do   instrumento   avaliativo,   mas 

acontecer  de forma que o aluno possa recuperar  ou assimilar  o conteúdo que não 

conseguiu entender. A carga horária total da disciplina (192 horas/aula) deve constar 

04 (quatro) médias,  a cada 48 horas/aula,  cada média, cujo o valor não pode ser 

inferior a 6,0 (sessenta).

REFERÊNCIAS

Diretrizes Curriculares para o Ensino da Ciência no Paraná ­ 2008

ACOT, Pascoal. História da ecologia. Rio de Janeiro. Editora Campus, 1990. 

ASTOLFI, Jean; DEVELAY, Michel. A didática das ciências. 4. ed. Campinas: Papirus, 

1995.  

BIZZO, Nélio M.V.; Graves erros de conceitos em livros didáticos de ciência. Ciência 

Hoje 21(121): 26­25, (jun, 1996) (Cols). 

DI CASTRI, Francesco. Ecologia: gênese de uma ciência do homem e da natureza. In: 

Correio da UNESCO no 6, ano 9. Rio de Janeiro. Fundação Getúlio Vargas, 1981. 

GIL­PEREZ, Daniel; CARVALHO, Anna M.P. Formação de professores de ciências. São 

Paulo: Cortez, 1993. . 

JOHN, B. Russell. Química geral. São Paulo: McGRAW­HILL, l981. 

KNELLER, G.G. A ciência como atividade humana. Rio de Janeiro: Zahar, 1980. 

KRASILCHICK, Mirian. O ensino de biologia. Coletâneas do III Encontro Nacional de 

Ensino de Biologia. São Paulo: USP, 1991. 

MENEZES, Luiz Carlos de. (org.) Formação continuada de professores de Ciências no 

contexto íbero­americano.  Campinas: Coleção formação de professores, 1996 

ODUM, Eugene. Ecologia. Rio de Janeiro: Guanabara, 1988. 

BIZZO, Nélio. Ciências: fácil ou difícil? São Paulo: Ática, 2002.

BORGES, R. M. R. Em debate: cientificidade e educação em Ciências. Porto Alegre: 

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SE/CEC/RS, 1996.

CANIATO, R. O céu. São Paulo: Ática, 1990.

_____. O que é astronomia. São Paulo: Brasiliense, 1981.

_____. A terra em que vivemos. Campinas: Papirus, 1985.

CHASSOT, A. I. Catalisando transformações na educação. Ijuí: Editora Unijuí, 1994.

DISCIPLINA DE BIOLOGIA

      FUNDAMENTOS TEÓRICOS­METODOLÓGICO

A Educação de Jovens e Adultos ­ EJA, no Estado do Paraná, de acordo com 

suas  Diretrizes   Curriculares,   seguindo  os   eixos  norteadores  da  proposta   (trabalho, 

tempo e cultura) e em consonância com o documento apresentado como a segunda 

proposta   preliminar   das   Diretrizes  Curriculares   Estaduais   para   o   ensino  Médio   de 

Biologia da Rede Estadual de Ensino do Paraná, apresenta os fundamentos teóricos, 

metodológicos   e   avaliativos  do   ensino  de  Biologia,   que  norteiam  a   elaboração  da 

proposta curricular desta disciplina. 

Partindo   do   pressuposto   que   a   ciência   não   se   constitui   numa   verdade 

absoluta, pronta e acabada, é indispensável rever o processo de ensino e aprendizagem 

da Biologia no contexto escolar, de modo que o modelo tradicional de ensino dessa 

disciplina, no qual se prioriza a memorização dos conteúdos, sem a devida reflexão, 

seja superado por um modelo que desenvolva a capacidade dos educandos em buscar 

explicações científicas para os  fatos,  através de posturas críticas,  referenciadas pelo 

conhecimento científico.

É necessário distinguir os campos de atuação da ciência, seus contextos e 

valores, como também, os objetivos dispensados à disciplina de Biologia no contexto 

escolar.

Segundo   as   Diretrizes   Curriculares   de   Biologia   ­   Ensino   Médio,   desta 

Secretaria de Estado da Educação, “é objeto de estudo da Biologia o fenômeno vida em 

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toda sua diversidade de manifestações. Esse fenômeno se caracteriza por um conjunto 

de processos organizados e integrados, quer no nível de uma célula, de um indivíduo, 

ou ainda, de organismos no seu meio. Um sistema vivo é sempre fruto da interação 

entre   seus   elementos   constituintes   e   da   interação   entre   esse  mesmo   sistema   e   os 

demais   componentes   de   seu   meio.   As   diferentes   formas   de   vida   estão   sujeitas   a 

transformações   que   ocorrem   no   tempo   e   no   espaço,   sendo,   ao   mesmo   tempo, 

transformadas e transformadoras do ambiente”.

Nas Diretrizes, ainda, afirma­se que “ao longo da história da humanidade 

várias foram as explicações para o surgimento e a diversidade da vida, de modo que os 

modelos científicos conviveram e convivem com outros sistemas explicativos como, por 

exemplo, os de inspiração filosófica ou religiosa. Elementos da História e da Filosofia 

tornam possível, aos alunos, a compreensão de que há uma ampla rede de relações 

entre a produção científica e os contextos sociais, econômicos e políticos. É possível 

verificar que a formulação, a validade ou não das diferentes teorias científicas está 

associada a seu momento histórico.”

As Diretrizes do Ensino Médio para a disciplina de Biologia consideram que 

“o conhecimento do campo da Biologia deve subsidiar a análise e reflexão de questões 

polêmicas   que  dizem  respeito  ao  desenvolvimento,   ao  aproveitamento  de   recursos 

naturais e a utilização de tecnologias que implicam em intensa intervenção humana no 

ambiente, levando­se em conta a dinâmica dos ecossistemas, dos organismos, enfim, o 

modo   como   a   natureza   se   comporta   e   a   vida   se   processa.   Sabe­se   que   desde   o 

surgimento   do  planeta  Terra,   a   espécie   humana,   ou  Homo   sapiens,   não   foi   o   ser 

predominante, e muito menos, o ser vivo mais  importante dentre todos os diversos 

seres   vivos   que   por   aqui   passaram.   Por   outro   lado,   ao   longo   deste   processo   de 

humanização, que durou aproximadamente três milhões de anos, o homem criou a 

linguagem, a escrita e a fala, diferenciando­se de todas as demais formas de vida. Isso  

possibilitou ao homem a socialização, a organização dos espaços físicos, a fabricação de 

instrumentos utilitários e o início das atividades agrícolas”. 

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Ressaltam   também,   “o   papel   da   Ciência   e   da   sociedade   como   pontos 

articuladores entre a realidade social e o saber científico. Cabe aos seres humanos, 

enquanto sujeitos  históricos  atuantes  num determinado grupo social,   reconhecerem 

suas fragilidades e buscarem novas concepções sobre a natureza (...)  É  preciso que 

estes sujeitos percebam que sua sobrevivência, enquanto espécie, depende do equilíbrio 

e   do   respeito   a   todas   as   formas  de   vida   que   fazem do  planeta   o  maior   ser   vivo 

conhecido”. 

É importante que o educando jovem e adulto tenha acesso ao conhecimento 

científico a fim de compreender conceitos e relações existentes entre o ambiente, os 

seres vivos e o universo, numa concepção flexível  e processual,  por meio do saber 

questionador e reflexivo. Da mesma forma, se faz necessário que perceba os aspectos 

positivos   e   negativos   da   ciência   e   da   tecnologia,   para   que   possa   atuar   de   forma 

consciente  em seu meio  social  e   interferir  no  ambiente,  considerando a   ética  e  os 

valores sociais, morais e políticos que sustentam a vida.

O conjunto de saberes do educando deve ser considerado o ponto de partida 

para o processo de ensino e aprendizagem, estabelecendo relações com o mundo do 

trabalho e com outras dimensões do meio social.

Conforme as Diretrizes Curriculares para a disciplina de Biologia­ Ensino 

Médio – SEED­PR, “ na escola, a Biologia deve ir além das funções que já desempenha 

no   currículo   escolar.   Ela   deve   discutir   com   os   jovens   instrumentalizando­os   para 

resolver problemas que atingem direta ou indiretamente sua perspectiva de futuro”.

As   Diretrizes,   ainda,   consideram   que   para   a   discussão   de   todas   estas 

características socioambientais e do papel do ensino formal de Biologia, as relações 

estabelecidas entre professor­aluno e aluno­aluno são determinantes na efetivação do 

processo ensino­aprendizagem, e para isto, há necessidade de leitura e conhecimento 

sobre   metodologia   de   ensino   para   que   as   aulas   de   Biologia   sejam   dinâmicas, 

interessantes, produtivas, e resultem em verdadeira aprendizagem. 

Ressaltam também que, “pensar criticamente, ser capaz de analisar fatos e 

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fenômenos ocorridos no ambiente, relacionar fatores sociais, políticos, econômicos e 

ambientais   exige   do   aluno   investigação,   leitura,   pesquisa.   No   ensino   de   Biologia, 

diferentes metodologias podem ser utilizadas com este propósito. A metodologia de 

investigação, por exemplo, permite ao aluno investigar a realidade buscando respostas 

para solucionar determinados problemas”.

Na medida em que se acredita numa Ciência aberta, inacabada, produto da ação 

de seres humanos inseridos num contexto próprio relativo ao seu tempo e espaço e, 

ainda na disciplina de Biologia, como forma de resgate e de construção de melhores 

possibilidades de vida individuais e coletivas, há que se optar por uma metodologia de 

ensino  e  aprendizagem adequada  à   realidade do aluno da  EJA.  Segundo RIBEIRO 

(1999,  p.8),  criar   novas   formas  de  promover  a  aprendizagem  fora  dos   limites  da 

organização tradicional é uma tarefa, portanto, que impõem, antes de mais nada, um 

enorme desafio para os educadores (...),  romper o modelo de instrução tradicional 

implica um alto grau de competência pedagógica, pois para isso o professor precisará 

decidir, em cada situação, quais formas de agrupamento, sequenciação, meios didáticos 

e   interações   propiciarão   o   maior   progresso   possível   dos   alunos,   considerando   a 

diversidade que inevitavelmente caracteriza o público da educação de jovens e adultos.

Nessa   perspectiva,   destaca­se   a   importância   de   propiciar   aos   educandos,   a 

compreensão   dos   conceitos   científicos   de   forma   significativa,   ou   seja,   que   o 

conhecimento possa estar sendo percebido em seu contexto mais amplo, não somente 

nos afazeres diários, mas na forma de perceber a realidade local e global, o que lhe 

permitirá  posicionar­se e  interferir  na sociedade de forma crítica e autônoma. Para 

tanto,   o   educador   da   EJA   deve   partir   dos   saberes   adquiridos   previamente   pelos 

educandos,   respeitando   seu   tempo   próprio   de   construção   da   aprendizagem, 

considerando

• que   o   educador   é   mediador   e   estimulador   do   processo, 

respeitando, de forma real, como ponto de partida o conjunto de 

saberes trazidos pelos educandos;

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• as experiências dos educandos no mundo do trabalho;

• a necessária acomodação entre o tempo e o espaço do educando, o 

tempo pedagógico e o físico, visto que os mesmos interferem na 

sua “formação” científica;

• as   relações   entre  o  cotidiano dos  educandos  e  o  conhecimento 

científico. 

Nesse   contexto,   ressalta­se  a   importância  de   trabalhar   a  disciplina  de 

forma contextualizada, ou seja,  com situações que permitam ao educando  jovem e 

adulto a inter­relação dos vínculos do conteúdo estudado com as diferentes situações 

com que se deparam no seu dia a dia, incluindo a abordagem das Leis: História Cultura 

Afro­Brasileira nº 10.639/03; Cultura Indígena nº 11.645/08; Educação Tributária e 

Fiscal (Decreto nº.1143/99­ Portaria nº 413/02), sendo que a educação ambiental, 

proposta  através  da  Lei  nº  9.795/99 do  Meio  ambiente   é   componente  essencial   e 

permanente  na  disciplina,  devendo  estar  presente,  bem como os  outros   temas,  de 

forma   articulada,   nos   ,conteúdos   específicos,   buscando   atender   e   desenvolver 

princípios   básicos com enfoque humanista, holístico, democrático e participativo. No 

entanto quando a Lei nº11525/07 do Direito da Criança e do Adolescente, (Art.58) 

refere   ao   processo   educacional   deve   respeitar   os   valores   culturais,   artísticos   e 

históricos, garantindo lhes a liberdade da criação e a cultura. Essa contextualização 

pode­se   dar   a   partir   de   uma   problematização,   ou   seja,   em   lançar   desafios   que 

necessitem de   respostas  para  determinadas   situações.   “A essência  do  problema  é   a 

necessidade (...), um obstáculo que é necessário transpor, uma dificuldade que precisa ser  

superada, uma dúvida que não pode deixar de ser dissipada” (SAVIANI, 1993, p.26)”. As 

dúvidas são muito comuns na disciplina de Biologia, devendo ser aproveitadas para 

reflexão sobre o problema a ser analisado, e assim, para o educador, o desafio consiste 

em realizar esta contextualização, sem reduzir os conteúdos apenas à  sua aplicação 

prática, deixando de lado o saber acadêmico. Um aspecto importante a ser considerado 

no trabalho com a disciplina de Biologia é a retomada histórica e epistemológica das 

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origens   e   evolução  do  pensamento  da   Ciência,   propiciando   condições   para   que   o 

educando perceba o significado do estudo dessa disciplina, bem como a compreensão 

de sua linguagem própria e da cultura científica e tecnológica oriundas desse processo.

É importante salientar o uso criativo das metodologias pelo educador, que será 

indispensável  em todos os momentos do seu trabalho,  bem como o olhar  atento e 

crítico   sobre   a   realidade   trazida   pelos   educandos,   pois   muitos   temas   abordados 

provocam debate entre ambos, por exemplo: à Violência na Escola; Sexualidade; Saúde 

na Escola e a Prevenção ao uso indevido de Drogas. Programa Brigada Escolar – Defesa 

Civil na Escola   Governadoria conforme decreto 4837 de 04 de junho de 2012 . O 

Programa Brigada Escolar ­ Defesa Civil na Escola visa construir na rede estadual de 

ensino uma cultura de prevenção, com a formação de brigadas escolares em todas as 

escolas, e adequar as edificações escolares às normas de prevenção contra incêndio e 

pânico. Direitos do Idoso e Educação para o Trânsito ­ Referente a obrigatoriedade dos 

conteúdos   dos   Direitos   do   Idoso   e   Educação   para   o   Trânsito   em   atendimento   à 

Resolução nº 10.741/03 e Lei nº 9.503/97. Serão abordados de forma contextualizada 

e relacionadas aos conteúdos da disciplina, sempre que for possível a articulação entre 

os mesmos. 

A   busca   de   soluções   para   as   problematizações   constitui­se   em   referência 

fundamental  no ensino de Biologia.  Quando elaborada  individual  ou coletivamente 

deve ser registrada, sendo valorizados os saberes trazidos pelos educandos e a evolução 

do processo de aprendizagem. É importante lembrar que a cultura científica deve ser 

incentivada mesmo que de  forma gradual,   respeitando o   tempo de  cada grupo ou 

indivíduo. 

Uma estratégia comum em Biologia é a utilização de experimentos e práticas 

realizadas em laboratório. É importante que seja definido com clareza o sentido e o 

objetivo dessa alternativa metodológica, visto que muitas vezes, situações muito ricas 

do   cotidiano   são  deixadas  de   lado   em detrimento  do  uso  do   laboratório.  Deve­se 

considerar a possibilidade de aproveitamento de materiais do cotidiano, assim como 

espaços alternativos, situações ou eventos para se desenvolver uma atividade científica. 

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A utilização de experimentos e práticas realizadas em laboratório devem ser 

vistas  como uma atividade comum e diversificada e  que não abrem mão do  rigor 

científico, devendo ser acompanhada pelo professor. Segundo BIZZO (2002, p.75), é 

importante que o professor perceba que a experimentação é um elemento essencial nas 

aulas   de   ciências,   mas   que   ela,   por   si   só,   não   garante   bom   aprendizado.   (...)   a 

realização   de   experimentos   é   uma   tarefa   importante,   mas   não   dispensa   o 

acompanhamento constante do professor, que deve pesquisar quais são as explicações 

apresentadas   pelos   alunos   para   os   resultados   encontrados.   É   comum   que   seja 

necessário propor uma nova situação que desafie a explicação encontrada pelos alunos. 

Um outro aspecto a ser considerado no trabalho docente, é a utilização do material de 

apoio didático como uma das alternativas metodológicas, de tal forma que não seja o 

único recurso a ser utilizado pelo educador. A respeito do livro didático, BIZZO (2002, 

p. 66) propõe que ele deve ser utilizado como um dos materiais de apoio, como outros 

que   se   fazem   necessários,   cabendo   ao   professor,   selecionar   o   melhor   material 

disponível   diante   de   sua   própria   realidade,   onde   as   informações   devem   ser 

apresentadas de forma adequada à realidade dos alunos.

Ao pensar na organização dos conteúdos, o educador deve priorizar aqueles que 

possam ter significado real à vida dos educandos jovens e adultos. Os conteúdos devem 

possibilitar   aos   mesmos   a   percepção   de   que   existem   diversas   visões   sobre   um 

determinado fenômeno e, a partir das relações entre os diversos saberes, estimular a 

autonomia intelectual. Os conteúdos podem ser organizados sem a rígida seqüência 

linear  proposta nos  livros  didáticos.  Para tanto,  deve ser  avaliada a  relevância e  a 

necessidade dos mesmos, bem como a coerência dos mesmos no processo educativo.

O ensino de Biologia na EJA deve propiciar o questionamento reflexivo tanto de 

educandos como de educadores, a fim de que reflitam sobre o processo de ensino e 

aprendizagem. Desta forma, o educador terá condições de dialogar sobre a sua prática 

a fim de retomar o conteúdo com enfoque metodológico diferenciado e estratégias 

diversificadas, sendo essencial valorizar os acertos, considerando o erro como ponto de 

partida para que o educando e o educador compreendam e ajam sobre o processo de 

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construção do conhecimento, caracterizando­o como um exercício de aprendizagem.

Partindo da idéia de que a metodologia deve estar respeitando o conjunto de 

saberes do educando, o processo avaliativo deve ser diagnóstico no sentido de resgatar 

o conhecimento já adquirido pelo educando permitindo estabelecer relações entre esses 

conhecimentos. Desta forma, o educador  terá possibilidades de perceber e valorizar as 

transformações ocorridas na forma de pensar e de agir dos educandos, antes, durante e 

depois do processo.

A avaliação não pode ter caráter exclusivamente mensurável ou classificatório, 

visto que o ensino de Biologia deve respeitar e valorizar a realidade do educando em 

todos os seus aspectos, principalmente naqueles que deram origem à sua exclusão do 

processo educativo.

CONTEÚDOS

A proposta de sugestão de conteúdos básicos para a elaboração do currículo da 

disciplina de Biologia  na Educação de Jovens  e  Adultos  –  EJA,   fundamenta­se nas 

“Diretrizes   Curriculares   de   Biologia   –   Ensino   Médio”,   da   Secretaria   de   Estado   da 

Educação do Paraná– SEED – PR. 

É   importante   considerar   que   a   organização   dos   conteúdos   curriculares   da 

disciplina de Biologia na EJA tem o objetivo de contemplar as necessidades e o perfil  

dos educandos desta modalidade de ensino da Educação Básica. Segundo as Diretrizes 

Curriculares de Biologia – Ensino Médio – SEED­PR,

os   conteúdos   básicos   são   entendidos   como   os   saberes   mais   amplos   da disciplina que podem ser desdobrados nos conteúdos pontuais que fazem parte   de   um   corpo   estruturado   de   saberes   construídos   e   acumulados historicamente   e   que   identificam   a   disciplina   como   um   campo   do conhecimento.   Dentro   da   perspectiva   dos   conteúdos   escolares   como saberes,   o   termo  "conteúdo"  não  se   refere   apenas  a   fatos,   conceitos  ou explicações destinados aos alunos para que estes conheçam, memorizem, compreendam, apliquem, relacionem, etc.  Hoje,  o  critério  que  decide  se certos conhecimentos concretos devem ser  incluídos no currículo não se restringe   ao   seu   valor   epistemológico   e   aceitação   como   conhecimento válido: a relevância cultural, o valor que lhes é atribuído no âmbito de uma cultura particular em um determinado momento histórico, entra em cena. (BRASIL/07)

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Segundo   as   Diretrizes,   estabelecer   os   conteúdos   básicos   para   o   ensino   de 

Biologia requer uma análise desse momento histórico, social, político e econômico que 

vivemos;  da   relevância   e  abrangência  dos   conhecimentos  que   se  pretendem serem 

desenvolvidos nessa modalidade de ensino; da atuação do professor em sala de aula; 

dos materiais didáticos disponíveis no mercado; das condições de vida dos alunos e dos 

seus objetivos. A decisão sobre o que e como ensinar Biologia no Ensino Médio deve 

ocorrer de forma a promover as finalidades e objetivos dessa modalidade de ensino e 

da  disciplina  em questão.  Não  se   trata  de  estabelecer  uma  lista  de   conteúdos  em 

detrimento de outra por manutenção tradicional ou por inovação arbitrária. Referimo­

nos aos conceitos e concepções que têm a ver com a construção de uma visão de 

mundo; outros práticos e instrumentais para a ação, e ainda aqueles que permitem a 

formação de um sujeito crítico.Precisaremos estabelecer conteúdos básicos que, por sua 

abrangência,   atendem   às   realidades   regionais   e,   ao   mesmo   tempo   garantem   a 

identidade da disciplina.

Na proposta, elaborada a partir das discussões com os professores do Ensino 

Médio Regular, propõe­se ampliar a integração entre os conteúdos básicos, destacando 

os aspectos essenciais sobre a vida e a vida humana que vão ser trabalhados por meio 

dos conhecimentos científicos referenciados na prática.

1ª MÉDIA

CONTEÚDO 

ESTRUTURANTE

CONTEÚDOS 

BÁSICOS

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Mecanismos 

Biológicos

Origem da Vida − Experiência   de   Stanley   Millher 

(Atmosfera Primitiva);

− Abiogênise

− Biogênise – Experiência de Redi 

− Experiência de Louis Pasteur;

Características dos  ­  Metabolismo, Reprodução,  Organização 

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Biodiversidade

Seres Vivos Celular, Ciclo Vital e Excitabilidade.

Classificação dos 

Seres Vivos

− Reinos da Natureza;

Conceito de espécie

Organização dos 

Seres Vivos

Citologia − Células Eucarionte e Procariontes;

− Diferença   entre   Célula   Animal   e 

Vegetal;

− Organelas Citoplasmáticas;

Divisão Celular;

Histologia − Tecido Epitelial;

− Tecido   Conjuntivo:   ­   adiposo, 

cartiliginoso,  e sanguíneo

− Tecido Muscular;

− Tecido Nervoso.

− Vírus.

2ª MÉDIA

CONTEÚDO 

ESTRUTURANTE

CONTEÚDOS 

BÁSICOS

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Organização dos 

seres vivos

Reino Monera; − Características;

− Benefícios e Patogenias.

Reino Protista; − Características;

− Benefícios e Patogenias.

Reino Fungi; − Características;

− Benefícios e Patogenias.

­ Reino Vegetal:

­ Sequência 

­Evolutiva;

­ Função: ­ Raiz;

                ­ Caule;

                ­ Folha;

                ­ Flor;

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                 ­ Fruto;

                ­ Semente

Mecanismos 

Biológicos

­ Reino Animal:

­  Sequência 

Evolutiva dos 

Animais;

­ Filo Porífera;

­ Filo Cnidária;

­ Filo Platelmintes;

­ Filo Nematelmintes 

­ Filo Anelideos;

­ Filo Artropoda;

­ Filo Molusca;

­ Filo Equinodermata;

  ­ Filo Cordata: 

          ­ Classe    Peixes          

          ­ Classe Anfíbios;                           

         ­ Classe Répteis;                            

         ­ Classe Aves;                              

         ­ Classe Mamíferos.

3ª MÉDIA

CONTEÚDO 

ESTRUTURANTE

CONTEÚDOS 

BÁSICOS

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Sistema Nervoso

− Sistema Nervoso Central (SNC);

− Sistema Nervoso Periférico (SNP);

− Sistema Nervoso Autônomo (SNA)

     Sistema Digestivo

   

− Alimentos;

− Anatomia;

− Fisiologia

    Sistema 

Respiratório

−  Anatomia;

− Fisiologia.

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Mecanismos 

biológicos

     Sistema 

Circulatório

− Anatomia;

− Fisiologia.

      Sistema Excretor

− Anatomia;

− Fisiologia.

− Inter­relacionamento entre o sistema 

Digestivo, Respiratório, Circulatório 

e Excretor

    Sistema 

Reprodutor

− Anatomia;

− Fisiologia.

− Gêmeos;

− DSTs.

4ª MÉDIA

CONTEÚDO 

ESTRUTURANTE

CONTEÚDOS 

BÁSICOS

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

    Iniciação à 

Genética:

− Gregor Mendel (histórico)

− Fenótipo;

− Genótipo;

− Gene Dominante

− Gene Recessivo

− Homozigoto;

− Heterozigoto.

0­Primeira Lei de 

Mendel: 

Ervilhas

1. Cabelo

2. Pele

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Implicação dos 

avanços biológicos

Cruzamentos 

(Analisa 

apenas uma 

cada vez):

3. Tipagem Sanguínea:

4. Sistema ABO

­     Fator Rh

0­ Eritroblastose Fetal

Segunda Lei de 

Mendel

- Cruzamentos (Analisa duas ou mais 

características ao mesmo tempo)

- Transgênicos e Clonagem.

Mecanismos 

biológicos

          Evolução

- Criacionismo

- Evolucionismo:

- Lamarckismo

- Darwinismo

Evolução do Homem.

Biodiversidade  

         Ecologia

- Habitat;

- Nicho Ecológico;

- Ecossistema;

- Cadeia Alimentar;

- Teia Alimentar;

- Ciclos Biogeoquímicos;

Ainda no que consta nas Diretrizes Curriculares de Biologia – Ensino Médio 

– SEED­PR, há a justificativa para a organização e distribuição dos Conteúdos básicos, 

descrita a seguir:

Os   Conteúdos   básicos   de   Biologia   ao   mesmo   tempo   agrupam   as diferentes   áreas   da   Biologia   e   proporcionam   um   novo   pensar   sobre como relacioná­los sem que se perca de vista o objetivo do ensino da disciplina   no   Ensino   Médio.   A   nova   proposta   pretende   modificar   a estrutura   firmada   pela   trajetória   que   o   ensino   de   Biologia   vem atravessando nestas últimas décadas. Estabelece os conteúdos básicos e um novo olhar de forma a relacioná­los com seus conteúdos pontuais sob os pontos de vista vertical, transversal e horizontal, procurando uma 

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lógica  dialética   que   leve  o  professor   a   integrá­los   e   relacioná­los  de maneira   que   o   aluno   não   tenha   mais   uma   visão   fragmentada   da biologia.(BRASIL/07)

Organização e distribuição dos seres vivos

O   estudo   acerca   da   organização   dos   seres   vivos,   iniciou­se   com   as 

observações macroscópicas dos animais e plantas da natureza.

Somente   com o  advento  da   invenção  do  microscópio  por  Robert  Hooke 

século XVII, com base nos estudos sobre lentes de Antonie von Leewenhoeck, o mundo 

microscópico até então não observado foi evidenciado à luz da Ciência e da Tecnologia.

A descoberta do mundo microscópico colocou em xeque várias teorias sobre 

o surgimento da vida e proporcionou estudos específicos sobre as estruturas celulares. 

Como exemplos desta influência têm­se o estudo da anatomia das células das plantas 

pelo   holandês   Jan   Swammerdam  e,   o   aperfeiçoamento   das   Teorias   Evolucionistas 

ambas no séc. XVII.

No séc. XIX, à luz destas descobertas e Teorias, o alemão Christian Heineich 

Pander e o estoniano Karl Ernst von Baer desenvolveram estudos sobre a embriologia 

que estabeleceram as bases para estudos da Teoria Celular. Hugo von Mohl descobriu a 

existência do núcleo e do protoplasma da célula; Walther Fleming estudou o processo 

de mitose nos animais e Eduard Strasburger estudou este processo nas plantas.

Assim,   como   relatam   GAGLIARD   &   GIORDAN   (apud   BASTOS,   1998,   p 

255) ... a relação entre o nível microscópico e o macroscópico é um conceito básicos: 

uma vez que o aluno tenha adquirido poderá entender que a compreensão de todos os 

fenômenos   de   um   ser   vivo   requer   um   conhecimento   dos   níveis   moleculares 

subjacentes. Justifica­se este conteúdo básico por ser a base do pensamento biológico 

sobre a organização celular do ser vivo, relacionando­a com a distribuição dos seres 

vivos  na  Natureza,  o  que  proporcionará   ao  aluno  compreender  a  organização  e  o 

funcionamento dos fenômenos vitais e estabelecer conexões com os demais conteúdos 

básico da disciplina.

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Biodiversidade

A curiosidade humana sobre os fenômenos naturais e a necessidade de caçar 

para se alimentar e vestir, tentar curar doenças, entre outras atividades vitais, fizeram 

com que o homem passasse a estudar e observar a Natureza. Tem­se registros deste 

conhecimento biológico empírico das atividades humanas, através das representações 

de  animais  e  plantas  nas  pinturas   ruprestes   realizadas  nas  cavernas   e   também de 

alguns manuscritos deixados pelos Babilônios por volta do ano 1800 a.C.

A organização dos seres vivos começou a ser registrada em documentos com 

o Filósofo Aristóteles, que viveu no século IV a.C. e através de suas observações ele 

escreveu o livro “As Partes dos Animais”. Seu discípulo Teofasto deteve­se mais aos 

estudos  das  plantas,   iniciando  uma pré­classificação  dos  vegetais  agrupando­as  em 

espécies   afins.   Pelos   seus   estudos  detalhados  dos   órgãos   vegetais   e   descrição   dos 

tecidos que as formam, Teofasto é considerado o fundador da anatomia vegetal.

Percebe­se que as primeiras áreas da Biologia foram a zoologia e a botânica, 

não só pela curiosidade e necessidade, mas também pela facilidade de observação.

Justifica­se estudá­las pelos mesmos motivos dos povos antigos que seria 

conhecer a diversidade de plantas e animais que habitam a Terra, qual sua utilidade 

para a nossa sobrevivência e a sobrevivência de todos os seres vivos.

Além destes  aspectos,  há  a  necessidade de se  estudar  outras   implicações 

decorrentes da história da humanidade que permeiam hoje as atividades agrícolas, de 

manejo de Florestas, o mau uso dos recursos naturais, a destruição das espécies de 

animais e  vegetais,  a construção de cidades em lugares   impróprios  para habitação, 

como   também,   a   influência   da   tecnologia   em   nosso   cotidiano.   Esclarecer   que   ao 

estudar a Biodiversidade estaremos diante de grandes desafios  diante do progresso 

científico. Conforme Krasilchik, defende que

O significado  científico,  econômico  e  ético  do estudo  da  diversidade biológica deve ser compreendido pelos alunos, não só como análise de espécimes   mas   entendendo   que   a   observação   e   sistematização   do observado  é  uma  atividade  científica   relevante  que   se   consolida  nos sistemas de classificação e na taxionomia. (KRASILCHIK,2004).

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Processo de modificação dos seres vivos

No  século  XVII   com a   invenção  do  microscópio  pelo  holandês  Antonie   van 

Leewenhoock  (ROOSI,  2001),  a  biologia  chamada  celular  e  molecular   tiveram um 

grande avanço significativo em suas descobertas. Marcelo Malpighi examinou grande 

quantidade de tecidos animais e vegetais, Robert Hooke descobriu a estrutura celular, e 

os   primeiros   micoorganismos,   inicialmente   denominados   animáculos,   foram 

observados (ROSSI, 2001).

Houve  muitos  avanços   tecnológicos  decorrentes  do  advento  do  microscópio, 

inclusive a formulação de novas teorias sobre o surgimento da vida, colocando à prova 

teorias  tão dogmáticas como foi a Teoria da Geração Espontânea. Diferentes  idéias 

transformistas foram se consolidando entre os cientistas, mas o grande marco para o 

mundo científico e biológico foi a publicação do livro “Origens das Espécies” de Charles 

Darwin, no século XIX. Foi também, na mesma época que Louis Pasteur, demonstrou o 

papel   desempenhado   pelos   microorganismos   no   desenvolvimento   de   doenças 

infecciosas e realizou estudos sobre a fermentação.

No século XX com o advento da invenção do microscópio eletrônico foi possível 

em 1953,   a  descoberta  do  DNA (ácido  desoxirribonucléico),  material  químico  que 

constitui o gene. Foram desenvolvidas técnicas de manipulação do DNA, que permitem 

modificar espécies de seres vivos; produzir  substâncias como a  insulina, através de 

bactérias; criação de cabras que produzem remédios no leite; criação de plantas com 

toxinas contra pragas e, de porcos com carne menos gordurosa. Além disso, a terapia 

gênica   tem   sido   bastante   estudada   com   fins   de   eliminar   doenças   geneticamente 

transmitidas.

A  Biologia  ajuda  a   compreender  melhor  essas  e  outras   técnicas  que  podem 

transformar a nossa vida e aprofundar o conhecimento que temos de nós mesmos. Daí 

a importância do seu estudo, dar o mínimo de conhecimento a todas as pessoas, para 

que elas possam opinar e criticar a utilização dessas técnicas, uma vez que o controle 

delas e a aplicação destas descobertas científicas são função  importante da própria 

sociedade.

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Implicações dos avanços biológicos no contexto da vida

Os avanços científicos atuais permitiram que a genética e a biologia molecular 

alcançassem   uma   formidável   capacidade   tecnológica,   que   se   torna   cada   vez   mais 

efetiva,   como,   por   exemplo,   em   poder­se   modificar   substancialmente   um   vírus, 

bactérias, plantas, animais e os próprios seres humanos. (SIDEKUM, 2002)

Esse acelerado desenvolvimento científico e tecnológico nos deixa atordoados, 

sem saber exatamente até  onde podemos chegar e do que realmente podemos nos 

apropriar,   mas   por   outro   lado,   estes   avanços   nos   proporcionam   um   enorme 

conhecimento sobre a natureza, nos colocando muitas vezes acima dela.

É   importante   o   estudo   da   biotecnologia,   dos   avanços   científicos   e   de   suas 

implicações éticas e morais na sociedade, para que os estudantes no caso, de biologia, 

possam discutir questões como nutrição, saúde, emprego e preservação do ambiente 

que indiretamente influenciam suas vidas.

A análise de fenômenos biotecnológicos serve também para diminuir a divisão 

entre a escola e o mundo em que os estudantes vivem, na medida em que estes podem 

constatar as relações entre a pesquisa científica e a produção industrial ou a tecnologia 

tradicionalmente   usada   em   sua   comunidade.   A  busca   das   raízes   científicas   destas 

tecnologias tradicionais e de maneiras de aprimorá­las, a fim de que melhor sirvam à 

necessidade   de   elevar   a   qualidade   de   vida   é   uma   forma   de   vincular   o   ensino   à 

realidade em que vive o aluno. (KRASILCHIK, 2004, p. 186)

Quanto às questões éticas, a atual discussão sobre a manipulação genética do 

ser humano provoca inúmeras controvérsias sobre o uso da tecnologia (biotecnologia) 

e   as   perspectivas   de   mudanças   de   valores   morais.   Para   CHAUÍ,   1995,   “nossos  

sentimentos e nossas ações exprimem nosso senso moral” e movidos pela sensibilidade, 

somos   capazes   de   reagir,   de   questionar,   de   nos   manifestar   contra   ou   a   favor  de 

determinadas atitudes para procurar esclarecer ou resolver problemas.

Porém, questões sobre aborto, eutanásia, clonagem, transgenia, geram dúvidas 

quanto à  decisão a ser tomada e põem à  prova, além do nosso senso moral, nossa 

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consciência moral, “... pois exigem que decidamos o que fazer, que justifiquemos para 

nós mesmos e para os outros as razões de nossas decisões e que assumamos todas as 

conseqüências delas, porque somos responsáveis por nossas decisões”. (CHAUÍ, 1995).

Caberá  ao professor de Biologia indicar temas de discussão ética e auxiliar o 

aluno na análise “à luz dos princípios, regras e direitos alternativos, além de levar em 

conta a avaliação intuitiva do aluno” (KRASILCHIK, 2004).

AVALIAÇÃO

O   processo   avaliativo   em   biologia   precisa   ser   reconhecido   como   meio   de 

desenvolver   a   reflexão,   de   como   vem   ocorrendo   o   processo   de   aquisição   do 

conhecimento por parte do educando, proporcionando uma aprendizagem e avanço. A 

verificação da aquisição do conhecimento deve ser ponto de partida para a revisão e 

reconstrução do caminho metodológico percorrido pelo educando e, principalmente, 

pelo educador. 

A avaliação será diagnóstica, contínua, sistemática, abrangente, permanente; as 

avaliações  utilizarão   técnicas   e   instrumentos  diversificados,   sempre   com  finalidade 

educativa; 

           Como instrumentos avaliativo, citamos: 

­  Mapa   Conceitual,   com   o   objetivo   de   avaliar   o   entendido   global   de 

determinado assunto, possibilitando fazer uma relação das partes com o todo.

­ Seminários, visa fazer com que o aluno seja capaz de expor suas ideias, 

baseadas em pesquisas, verificando a oralidade, desenvoltura,  organização em grupo. 

­ Relatórios, tem como finalidade, fazer com que o educando tenha acesso 

a diversas bibliografias, adequando a uma metodologia e capacidade de síntese com a 

compreensão do tema solicitado.

­ Avaliação Dissertativa, é uma maneira abrangente de avaliar, pois faz 

com que o aluno descreva com suas palavras sobre o tema proposto, demonstrando 

individualmente o que realmente foi fixado.

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­   Avaliação   Objetiva,   é   uma   maneira   de   avaliação   mais   prática, 

possibilitando uma articulação de  ideias,  através  de uma relação de conteúdos ou 

apenas a escolha da resposta correta dentre varias alternativas.

A oferta da recuperação de estudos significa encarar o erro como hipótese de 

construção do conhecimento,  de  aceitá­lo  como parte   integrante  da  aprendizagem, 

possibilitando a reorientação dos estudos. Ela se dará concomitantemente ao processo 

ensino­aprendizagem, considerando a apropriação dos conhecimentos básicos, sendo 

direito   de   todos   os   educandos,   independentemente   do   nível   de   apropriação   dos 

mesmos.                                                                     

A   recuperação   será   também   individualizada,   organizada   com   atividades 

significativas, por meio de exposição dialogada dos conteúdos, de novos instrumentos 

de  avaliação  e  oportunizada a  cada  registro  da  disciplina,   conforme o  descrito  no 

Regimento Escolar e na legislação educacional LDBEN 9394/96 e Deliberação 07/99 

do CEE.

A carga horária total da disciplina (128 horas/aula) e deve constar 04 (quatro) 

médias, a cada 32 horas/aula, cada média, cujo o valor não poder ser inforerior a 6,0 

(sessenta) e freqüência mínima de 75% (setenta e cinco por cento)do total da carga 

horária da disciplina.

                                                         

REFERÊNCIAS

BAPTISTA, G.C.S. Jornal a Página da Educação, ano 11, no 118, dez 2002, p.19

BASTOS, F. História da Ciência e pesquisa em ensino de ciências. In: 

NARDI,R. Questões Atuais no Ensino de Ciências. São Paulo: Escrituras,1998. 

BIZZO, Nélio. Ciências: fácil ou difícil? São Paulo: Ática, 2002. 

_____. Manual de Orientações Curriculares do Ensino Médio, MEC, Brasília, 2004.

BERNARDES,J.A .& FERREIRA, F. P. de M. Sociedade e Natureza. In: CUNHA, 

S.B. da & GUERRA,A.J.T. A Questão Ambiental. Diferentes Abordagens. Rio de Janeiro: 

Bertrand Brasil, 2003. 

CARRETRO,   Mario.   Construir   y   enseñar   las   ciencias   experimentales.   Aique   Grupo 

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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO                                           Pinhão ­ Paraná

Editor. Argentina.

FRIGOTTO, Gaudêncio, CIAVATTA, Maria.  Ensino Médio:  ciência, cultura e trabalho. 

Secretaria de Educação Média e Tecnológica – Brasília: MEC, 

SEMTEC, 2004. 

KRASILCHIK, Myriam.  Prática de Ensino de Biologia. 4a ed. revisado e   ampliado. – 

São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2004. 

_____. O professor e o currículo das ciências. São Paulo: Editora da  Universidade de 

São Paulo, 1987. 

KUENZER,A   .  Z.  Ensino  Médio:  Construindo  uma proposta  para  os   que   vivem do 

trabalho. São Paulo: Cortez, 2002. 

MEC/SEB – Orientações Curriculares Nacionais do Ensino Médio. Brasília, 2004. 

MORIN,E.  O   Pensar   Complexo   e   a   Crise   da   Modernidade.  In:   GUIMARÃES,M.   A 

formação de Educadores a Ambientais Campinas, São Paulo: Papirus, 2004. 

RIBEIRO, Vera Masagão. A formação de educadores e a constituição da educação de 

jovens   e   adultos   como   campo   pedagógico.   Educação   &  Sociedade.   v.20,   n.   68, 

Campinas: dez, 1999. 

DISCIPLINA DE FÍSICA 

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICO – METODOLÓGICA

A Física tem como objeto de estudo o Universo em toda sua complexidade e, por 

isso, como disciplina escolar, propõe aos estudantes o estudo da natureza, entendida, 

segundo   Menezes   (2005),   como   realidade   material   sensível.   Ressalte­se   que   os 

conhecimentos de Física apresentados aos estudantes do Ensino Médio não são coisas 

da natureza, ou a própria natureza, mas modelos elaborados pelo Homem no intuito de 

explicar e entender essa natureza.

O processo ensino­aprendizagem em Física tem sido objeto de pesquisas por 

aqueles que se interessam ou se identificam com esse objeto. Parece haver um certo 

consenso que

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  “...  a preocupação central  tem estado na identificação do estudante com o objeto de estudo. Em outras palavras, a questão emergente na investigação dos pesquisadores está  relacionada à  busca por um real significado para o estudo dessa Ciência na educação básica – ensino médio” (ROSA & ROSA, 2005, p.2).

A Física é, em muitos aspectos, a mais básica de todas as ciências naturais (pelo 

menos   é   o   que   os   físicos   acham).  Ela   tem  uma   abrangência  notável,   envolvendo 

investigações que vão desde a estrutura elementar da matéria até a origem e evolução 

do  Universo.  Usando  uns  poucos   princípios   físicos,   podemos   explicar   uma  grande 

quantidade   de   fenômenos   naturais   presentes   no   cotidiano,   e   compreender   o 

funcionamento das máquinas e aparelhos que estão à nossa volta. A inclusão da Física 

no currículo do ensino médio dá aos estudantes a oportunidade de entender melhor a 

natureza que os rodeia e o mundo tecnológico em que vivem.

Se o conhecimento físico é ou foi produzido pelos sujeitos sociais que vivem ou 

que viveram num determinado contexto histórico, então, ele faz parte da cultura social 

humana e, portanto, é um direito dos educandos conhecê­lo.

Além disso,   se   queremos   contribuir   para   a   formação  de   sujeitos   que   sejam 

capazes de refletir  e  influenciar de forma consciente nas tomadas de decisões,  não 

podemos deixá­los alheios às questões relativas à  Ciência e à Tecnologia. Por isto é 

importante buscarmos o entendimento das possíveis relações entre o desenvolvimento 

da Ciência e da Tecnologia e as diversas transformações culturais, sociais e econômicas 

na humanidade decorrentes deste desenvolvimento que, em muitos aspectos, depende 

de uma percepção histórica de como estas relações foram sendo estabelecidas ao longo 

do tempo.

Tão importante quanto conhecer os princípios fundamentais da Física é saber 

como   chegamos   a   eles,   e   porque   acreditamos   neles.   Não   basta   ter   conhecimento 

científico sobre a natureza; também é  necessário entender como a ciência funciona, 

pois só assim as características e limites deste saber podem ser avaliados. O estudo da 

Física coloca os alunos da escola média frente a situações concretas que podem ajudá­

los a compreender a natureza da ciência e do conhecimento científico. Em particular, 

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eles tem a oportunidade de verificar como é  fundamental para a aceitação de uma 

teoria   científica   que   esta   seja   consistente   com   evidências   experimentais.   Isso   lhes 

permitirá distinguir melhor entre ciência e pseudociência, e fazer sua própria avaliação 

sobre   temas   como   astrologia   e   criacionismo.   Eles   poderão   também   reconhecer   as 

limitações   inerentes   à   investigação   científica,   percebendo   que   existem   questões 

fundamentais que não são colocadas nem respondidas pela Ciência.

Um terceiro fator é que, ao ter contato com a Física, os alunos da escola média 

farão uso de linguagens e procedimentos de aplicação muito ampla. Objetos e métodos 

utilizados   corriqueiramente   o   estudo   de   Física   –   sistemas   de   unidades,   gráficos, 

modelos matemáticos, tratamento de erros experimentais – fazem parte da maioria dos 

processos produtivos modernos, e a familiaridade com eles é um requisito importante 

para o acesso a mercados de trabalho de base tecnológica.

Considerando ainda que, como nos ensina Paulo Freire, ensinar exige respeito 

aos saberes dos educandos, o processo de ensino­aprendizagem em Física deve partir 

do conhecimento prévio dos alunos respeitando seu contexto social e suas concepções 

espontâneas a respeito da ciência.

O educando será apresentado a princípios, concepções, linguagem, entre outros 

elementos utilizados pela Física, em que o discurso do professor deve permitir que ele 

perceba as diferenças entre a sua forma e a forma utilizada pela ciência para explicar 

um determinado fenômeno. Esse processo contribuirá para que o educando reformule 

as   suas   ideias   tendo em vista  a  concepção científica.  Assim,  espera­se  que estejam 

reelaborando seus conceitos,  mas não necessariamente,  que abandonem suas idéias 

espontâneas. Poderá estar negociando ou adequando sua interpretação e linguagem ao 

contexto   de   utilização.   Ou   seja,   seus   conceitos   serão   mais   elaborados   ou   menos 

elaborados, ou mais próximos do científico quanto maior for a necessidade ou interesse 

deste sujeito em utilizar esses conhecimentos no contexto da comunidade científica.

Entendemos, então, que a Física deve educar para a cidadania, contribuindo 

para o desenvolvimento de um sujeito crítico, “...  capaz de compreender o papel  da  

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ciência no desenvolvimento da tecnologia. (…) capaz de compreender a cultura científica e  

tecnológica de seu tempo”(CHAVES &SHELLARD, 2005, p. 233).

Cabe colocar aqui que a cidadania da qual estamos falando não é a cidadania 

para   o   consumo,   não   é   a   cidadania   construída   através   de   intervenções   externas, 

doações  da  burguesia  e  do  Estado  moderno,  mas,  a   cidadania  que   se   constrói  no 

interior da prática social e política de classes. Estamos entendendo que a nossa maneira 

de   estar   no   mundo   e   com   o   mundo,   como   seres   históricos,   é   a   capacidade   de, 

intervindo   no   mundo,   conhecer   o   mundo.   Mas,   histórico   como   nós,   o   nosso 

conhecimento   do   mundo   tem   historicidade.   (…)   Daí   que   seja   tão   fundamental 

conhecer   o   conhecimento   existente   quanto   saber   que   estamos   abertos   e   aptos   à 

produção do conhecimento ainda não existente. (FREIRE, 1996, p.31).

Por   isso,   entendemos   que   a   contribuição   da   Física   no   Ensino   Médio   é   a 

contribuição para a formação dos sujeitos através das lutas pela escola e pelo saber, tão 

legítimos   e   urgentes   (…).   Por   este   caminho   nos   aproximamos   de   uma   possível 

redefinição da relação entre cidadania e educação (…) a  luta pela  cidadania, pelo 

legítimo, pelos direitos, é o espaço pedagógico onde se dá o verdadeiro processo de 

formação e constituição do cidadão. A educação não é uma precondição da democracia 

e  da participação,  mas é  parte,   fruto e  expressão do processo de sua constituição. 

(ARROYO, 1995, p.79). 

É preciso repensar os aspectos metodológicos, para que propiciem condições de 

ensino que aproxime educadores e educandos da aventura da descoberta, tornando o 

processo de ensino e aprendizagem prazeroso, criativo e estimulador.

Criar novas formas de promover a aprendizagem fora dos limites da organização 

tradicional  é  uma  tarefa,  portanto,  que   impõem,  antes  de  mais  nada,  um enorme 

desafio para os educadores 

(…), romper o modelo de instrução tradicional implica um alto grau de competência pedagógica,  pois para  isso o professor  precisará  decidir, em cada situação, quais formas de agrupamento, sequenciação, meios didáticos   e   interações   propiciarão   o   maior   progresso   possível   dos 

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educandos, considerando a diversidade que inevitavelmente caracteriza o público da Educação de Jovens e Adultos (RIBEIRO, 1999, p 7 – 8).

A partir desse pressuposto, para romper com o modelo tradicional de ensino é 

necessário   rever  os  meios de apresentação dos conteúdos,  priorizando os conceitos 

físicos  e  optando  por  metodologias  de  ensino  que   se  adaptem  às  necessidades  de 

aprendizagem dos educandos. (…),

não   vemos     como   necessário,   no   momento,   grandes   alterações   nos conteúdos   tradicionais,   mas   sim,   na   forma   como   eles   serão desenvolvidos. Entendemos que o avanço nos conhecimentos de Física deverá ser dado por uma inovação na metodologia de trabalho e não em termos de conteúdos. (GARCIA; ROCHA; COSTA, 2000, p.40).

Para entendermos o processo de construção desse quadro conceitual da Física e 

dos conceitos fundamentais que o sustentam, é imperativo que a pesquisa faça parte do 

processo educacional, ou seja, que cada professor, ao preparar suas aulas, estude e se 

fundamente   na   História   e   na   Epistemologia   da   Física.   Trilhar   esse   caminho   é 

imprescindível para se repensar o currículo para a disciplina.

Ao voltar­se para os estudos teóricos e epistemológicos da Física o professor vai 

além dos manuais didáticos e estabelece relações entre essa ciência e outros campos do 

conhecimento, de modo que os estudantes também percebam essas relações.

Desse modo o professor planeja e controla o trabalho pedagógico de maneira 

consciente, responsável pela aprendizagem de seus alunos. No desenvolvimento dos 

conteúdos é necessário abordar a importância da Física no mundo, com relevância aos 

aspectos   históricos,   o   conhecimento   enquanto   construção   humana   e   a   constante 

evolução   dos   pensamentos   científicos,   assim   como,   as   relações   das   descobertas 

científicas com as aplicações tecnológicas na contemporaneidade.

Ao preparar sua aula o professor deve ter em vista que a produção científica não 

é uma cópia fiel do mundo ou da realidade perceptível pelo senso comum, mas uma 

construção racional, uma aproximação daquilo que se entende ser o comportamento da 

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natureza.

O uso  da  experimentação é   viável  e  necessário  no  espaço e   tempo da  EJA, 

mesmo que seja por meio de demonstração feita pelo educador, ou da utilização de 

materiais   alternativos   e   de   baixo   custo,   na   construção   ou   demonstração   dos 

experimentos.  Assim,  “quando o aluno afirma que  um  ímã  atrai   todos  os  metais,  o  

professor sugere que ele coloque essa hipótese à prova com pedaços de diferentes metais.  

Por mais modesta que pareça esta vivência, é rica em ensinamentos” (AXT, s/d, p.78).

O educando traz idéias e contextos para as coisas, para compreender e atuar no 

mundo. Essas idéias podem ser aproveitadas como ponto de partida para a construção 

do conhecimento científico, mas será necessário fazer a transposição destes conceitos 

espontâneos ou do senso comum para o conhecimento científico,  com os cuidados 

necessários. O educador, portanto, deve ser o responsável pela mediação entre o saber 

escolar e as experiências provenientes do cotidiano dos educandos, as quais devem ser 

aproveitadas  no  processo  da  aprendizagem,  abordando  e  permeando   com as  Leis: 

História Cultura Afro­Brasileira (Lei 10.639/03) e Cultura Indígena (Lei nº 11.645/08) 

que   busca   o   reconhecimento   das   contribuições   de   diferentes   grupos   humanos   à 

constituição nacional, Meio Ambiente (Lei nº 9.795/99), buscando a compreensão e 

construção, como mediadora à problemática socioambiental e caracterizada como um 

fenômeno   social   complexo,   dos   Direitos   da   Criança   e   do   Adolescente   (Lei   nº 

11525/07),  oportunizando  a   reflexão  através  de  dados  geográficos,  pesquisas   com 

conteúdos que tratem dos direitos das crianças e dos adolescentes, tendo com diretriz o 

Estatuto da Criança e do Adolescente e da Educação Tributária e Fiscal (Decreto nº 

1143/99 e Portaria  nº 413/02),  através  dos conteúdos estimular o  aluno a refletir 

sobre   a   função   socieconômica   dos   tributos,   possibilitando   o   conhecimento   sobre 

administração  pública,   incentivando  o   acompanhamento  da   aplicação  dos   recursos 

públicos  e  proporcionando conhecimentos que oportunizem as condições para uma 

efetiva ação de cidadania. Programa Brigada Escolar – Defesa Civil na Escola  conforme 

decreto 4837 de 04 de junho de 2012 . O Programa Brigada Escolar ­ Defesa Civil na 

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Escola visa construir  na rede estadual de ensino uma cultura de prevenção, com a 

formação de brigadas escolares em todas as escolas, e adequar as edificações escolares 

às normas de prevenção contra incêndio e pânico. Direitos do Idoso e Educação para o 

Trânsito ­ Referente a obrigatoriedade dos conteúdos dos Direitos do Idoso e Educação 

para o Trânsito em atendimento à Resolução nº 10.741/03 e Lei nº 9.503/97. Serão 

abordados   de   forma   contextualizada   e   relacionadas   aos   conteúdos   da   disciplina, 

sempre que for possível a articulação entre os mesmos. 

       A abordagem das Leis acentuarão os conhecimentos   e a compreensão crítica das 

situações que observam com relação aos fatos políticos, sociais, culturais e econômicas 

que envolvem o mundo. Atendendo ao conceito de contextualização como princípio 

integrador do currículo, possibilitando ao aluno ter consciência sobre seus modelos de 

explicação e compreensão da realidade e reconstruindo conceitos e apropriando novos 

conhecimentos.

OBJETO DE ESTUDO DA DISCIPLINA

O conhecimento físico construído ao longo do tempo encontra­se presente hoje 

nas tecnologias do setor produtivo e de nossas casas. Daí a sua importância para as 

práticas sociais contemporâneas,a compreensão da cultura produzida pelos homens, 

para entender a relevância histórica dessa produção dentro da história da humanidade. 

Não fosse o bastante, a elegância das teorias físicas, a emoção dos debates em torno 

das ideias científicas, a grandeza dos princípios físicos, desafia a todos nós, professores 

e   educandos,   de   compartilharmos,   ainda   que   com   um   pouco   de   Matemática,   os 

conceitos   e   a   evolução   das   ideias   em   Física,   presentes   desde   que   o   homem   por 

necessidade ou por curiosidade, passou a se preocupar com o estudo dos fenômenos 

naturais. (MENEZES, 2005).

OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA

• Conhecer conceitos e princípios da Física, e ser capaz de usá­los para explicar 

fenômenos naturais e entender o funcionamento de máquinas e aparelhos.

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• Conhecer  a  definição  operacional  e  o   significado  das  grandezas   físicas  mais 

importantes, e familiarizar­se com suas unidades, identificando essas grandezas 

em situações concretas.

• Reconhecer que a definição de uma grandeza física não é arbitrária, mas tem 

raízes em experiências e ideias prévias, e é justificada por sua utilidade.

• Estar familiarizado com procedimentos básicos de medida e registro de dados, e 

com os instrumentos de medida mais comuns.

• Compreender que a medida de uma grandeza física tem sempre um grau de 

incerteza, e ser capaz de estimar este erro em situações simples.

• Estimar o valor de grandezas físicas em situações práticas.

• Saber ler e interpretar expressões matemáticas, gráficos e tabelas.

• Descrever   uma   relação   quantitativa   nessas   formas,   e   de   passar   de   uma 

representação para outra.

• Compreender   como   modelos   simplificados   podem   ser   úteis   na   análise   de 

situações complexas.

• Reconhecer   que   teorias   científicas   devem   ser   consistentes   com   evidências 

experimentais,   levar  a   previsões   que  possam ser   testadas,   e   estar   abertas   a 

questionamentos e modificações.

• Compreender em que sentido os princípios da Física são provisórios e mutáveis, 

e   perceber   como   essas   estruturas   são   aperfeiçoadas   e   estendidas   em   um 

processo de aproximações sucessivas.

• Compreender  que  os  métodos  da  Ciência  não são  os  únicos  que  devem ser 

usados   para   explorar   os   múltiplos   aspectos   do   mundo   em   que   vivemos. 

Reconhecer o papel que a Filosofia e as Artes desempenham na descoberta e 

interpretação   de   universos   tão   importantes   ao   ser   humano   quanto   o   dos 

fenômenos físicos.

• Ser   capaz   de   comunicar   de   forma   precisa   e   eficiente   o   resultado   de   suas 

atividades   relacionadas   à   Física.   Isto   inclui  organizar  dados  e   escolher  uma 

forma adequada  para  apresentá­los,   fazer  diagramas  e  esquemas  gráficos,   e 

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expressar­se de maneira lógica e bem estruturada.

CONTEÚDOS

A proposta curricular apresentada a seguir pressupõe um ensino de Física que 

enfatize a compreensão qualitativa de conceitos e não a memorização de fórmulas, e 

que esteja baseado na discussão de fatos cotidianos e demonstrações práticas feitas em 

aula, e não na realização repetitiva de exercícios pouco relevantes. Também é essencial 

que a Física não seja apresentada aos educandos como um conhecimento meramente 

introdutório,   que   só   ganhará   sentido   e   utilidade   posteriormente   nos   cursos 

universitários, que talvez nunca cheguem. Sem abandonar a construção de bases para 

estudos mais avançados, o ensino de Física deve assumir o caráter de terminalidade 

que é atribuído à escola média.

Por isso, em busca de construir um ensino de Física centrado em conteúdos e 

metodologias capazes de levar aos educandos uma reflexão sobre o Mundo das ciências 

sob a perspectiva de que esta não é somente fruto da pura racionalidade científica, a 

Física  deve   educar   para   a   cidadania   contribuindo   para   o  desenvolvimento  de  um 

sujeito   crítico.  Para   atender   esta  proposta  a   Física   foi  dividida   em  três   conteúdos 

estruturantes: MOVIMENTO (Trajetórias, Gravitação Universal e descrição clássica dos 

movimentos: Inércia e Momentum), TERMODINÂMICA (Lei Zero da termodinâmica, 

Modelos de Calor, Vapor e Movimento, Verso e reverso: a ordem do Universo, Pressão 

e Volume) e ELETROMAGNETISMO (Dualidade Onda Partícula da Luz, a Natureza da 

Luz   e   suas   Propriedades,   Carga   Elétrica,   Geração   mais   transformação   igual   à 

Conservação de Energia e Campos Eletromagnéticos), onde os conteúdos básicos são os 

seguintes:

 

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CONTEÚDOS BÁSICOS OBJETIVOS

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Natureza da ciência:

­ os métodos da ciência Física

­ dados históricos

­  a  Física   e   suas   relações   com outras 

ciências

­ métodos científicos

Caracterizar   a   atividade   científica   como 

produção humana, condicionadas por fatores 

externos   de   caráter   cultural,   social, 

econômico e político.

Conhecer a importância da observação e da 

experimentação   aliadas   a   reflexão   e   ao 

campo de ideias.

Sistema Internacional de Unidades (SI)

­ espaço, velocidade e aceleração.

­ grandezas escalares e vetoriais.

­ Cinemática Escalar.

­   Movimento   Uniforme   e 

Uniformemente Variado.

­ Princípio da Inércia.

Forças

­ Princípio Fundamental da Dinâmica.

­ Princípio da Ação e Reação.

­ Força de Atrito.

­ Componentes da força resultante.

­ Trabalho de uma força.

Energia

­ Princípio e Conservação.

Utilizar   e   efetuar   transformações   das 

unidades de medida das grandezas físicas:

­ conceituar e calcular espaço, velocidade e 

aceleração.

­ diferenciar grandezas escalares e vetoriais.

­   caracterizar   os   movimentos   uniformes   e 

uniformemente variados.

­ enunciar o princípio da Inércia.

­  compreender os  efeitos  da aceleração em 

situações reais.

Identificar as diferentes forças que atuam em 

um objeto:

­ determinar a relação entre força, massa e 

aceleração.

­   identificar  os  pares  de  ação e  reação em 

situações reais.

Reconhecer as várias formas de energia e sua 

conservação.

Energia térmica e calor:

­ conversão entre trabalho e calor

A   teoria   cinética   da   matéria,   a 

Conceituar   temperatura   como   medida   de 

energia   cinética   média   dos   átomos   do 

material.

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temperatura e suas escalas:

­ os estudos físicos da matéria

O   comportamento   dos   sólidos   e   dos 

líquidos:

­ o comportamento térmico dos gases.

­ a energia térmica em trânsito.

Dilatação   térmica   dos   sólidos   e   dos 

líquidos.

Calorimetria

Primeira Lei da Termodinâmica:

­   as   transformações   gasosas   e   trocas 

energéticas.

Segunda Lei da Termodinâmica

Ondas mecânicas e eletromagnéticas

Fenômenos luminosos:

­ Óptica geométrica.

­ Reflexão e refração da luz.

­ Espelhos e lentes.

Acústica e fenômenos sonoros.

Demonstrar que a temperatura é a grandeza 

física mais presente em nosso cotidiano.

Estabelecer   diferenças   entre   calor   e 

temperatura   com   termômetro   e   a 

importância do equilíbrio térmico.

Converter valores de temperaturas entre as 

escalas Celsius, Fahrenheit e Kelvin.

Observar  que o  aquecimento  de  um sólido 

provoca aumento de suas dimensões:

­ relacionar trocas de calor com variações de 

temperatura e mudança de fase.

­ traçar e interpretar curvas de aquecimento 

e resfriamento.

­ diferenciar gases de sólidos e líquidos.

A   importância   das   dilatações   para   as 

construções. A diferença entre calor latente e 

calor sensível.

Caracterizar   as   transformações   isobáricas, 

isotérmicas e isométricas.

Identificar diferentes formas de energia em 

diferentes tipos de máquinas térmicas.

Conceituar   ondas   como   transporte   de 

energia e classificá­las, fazendo com que os 

alunos   entendam   a   sua   aplicação   no   seu 

cotidiano.

Caracterizar luz como forma de energia.

Mostrar   a   importância   da   acústica   na 

construção de teatro, auditório, etc.

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Eletrostática:

­ carga elétrica.

­ processos de eletrização e eletroscópio

Eletromagnetismo:

­ campo magnético gerado por corrente 

elétrica.

­ força magnética.

­ indução eletromagnética.

Eletricidade estática

Força Elétrica:

­ Lei de Coulomb.

­ Campo elétrico e potencial e trabalho 

de uma força elétrica.

Tensão elétrica:

­ eletricidade atmosférica

Aprender   o   conceito   de   carga   elétrica   e 

conhecer   os   principais   processos   de 

eletrização.

Distinguir   condutores   de   isolantes,   bem 

como corpos eletrizados de não­eletrizados.

Demonstrar   a   importância   do   campo 

magnético terrestre gerado por uma corrente 

elétrica e suas aplicações.

Saber as características do campo magnético 

terrestre.

Dominar o conceito de potencial e entender 

sua relação com trabalho da força elétrica.

Aplicar a Lei de Coulomb:

­ relacionar potencial eletrônico, diferença de 

potencial   elétrico   e   energia   potencial 

elétrica.

Distinguir resistor e resistência elétrica.

Diferenciar os tipos de associações em série e 

em paralelos.

Avaliar   potência   e   consumo   elétrico   em 

aparelhos domésticos.

Comparar   e   distinguir   campo   elétrico   e 

magnético.

Fazer   análise   dos   materiais   radioativos 

como: baterias, pilhas, baterias de celulares, 

carros e outros, lançados no meio ambiente e 

seu impacto junto à natureza.     

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ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

É   importante   que   o   processo   pedagógico,   na   disciplina   de   Física,   parta   do 

conhecimento prévio dos estudantes, no qual se incluem as concepções alternativas ou 

concepções espontâneas. Os alunos aprendem de forma muito mais eficiente se o que 

lhes for ensinado estiver baseado no que eles já sabem. A concepção científica envolve 

um saber socialmente construído e sistematizado, sendo a escola, por excelência, o 

lugar   onde   se   produz   o   conhecimento   científico.   O   estudante   desenvolve   suas 

concepções espontâneas sobre os fenômenos físicos no dia a dia, na interação com os 

diversos objetos no seu espaço de convivência e as traz para a escola quando inicia seu 

processo de aprendizagem.

É preciso repensar os aspectos metodológicos, para que propiciem condições de 

ensino que aproxime educadores e educandos da aventura da descoberta, tornando o 

processo de ensino e aprendizagem prazeroso, criativo e estimulador.

Os conceitos de Física serão ministrados de forma a estimular o interesse pelos 

conteúdos   através   de   atividades   práticas,   associando   com   o   cotidiano,   levando   a 

formação   de   hipóteses,   questionamentos   e   apresentações   de   soluções.   Estes 

aperfeiçoados com os trabalhos e pesquisas individuais ou em grupos.

Criar novas  formas de promover a aprendizagem fora dos  limites da organização tradicional é uma tarefa, portanto, que impõem, antes de mais   nada,   um   enorme   desafio   para   os   educadores   (…),   romper   o modelo de instrução tradicional implica um alto grau de competência pedagógica,   pois   para   isso   o   professor   precisará   decidir,   em   cada situação, quais formas de agrupamento, sequenciação, meios didáticos e interações   propiciarão   o   maior   progresso   possível   dos   alunos, considerando a diversidade que inevitavelmente caracteriza o público da educação de jovens e adultos (RIBEIRO, 1999, p 7­8).

Demonstrações em sala de aula e atividades de laboratório permitem que os 

estudantes compreendam  melhor os conceitos físicos e os fenômenos aos quais eles se 

aplicam,   e   façam   experimentos   que   coloquem   a   teste   as   teorias   que   lhes   foram 

apresentadas.   Estas   atividades   dão   aos   alunos   familiaridade   com   aparelhos   e 

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procedimentos de medida, desenvolvendo habilidades que são de grande importância 

para estudos posteriores ou para a inserção no mundo do trabalho.

A partir desse pressuposto, para romper com o modelo tradicional de ensino é 

necessário   rever  os  meios de apresentação dos conteúdos,  priorizando os conceitos 

físicos  e  optando  por  metodologias  de  ensino  que   se  adaptem  às  necessidades  de 

aprendizagem dos educandos, enfatizando a compreensão de conceitos e a aplicação 

destes a situações concretas, e desestimular práticas como a memorização de fórmulas 

e sua utilização repetitiva em exercícios numéricos artificiais. 

O professor deve mostrar ao estudante que o seu conhecimento não está pronto 

e acabado, mas que deve ser superado, por isso, devem compartilhar significados na 

busca   da   aprendizagem   que   ocorre   quando   novas   informações   interagem   com   o 

conhecimento prévio do sujeito e, simultaneamente adicionam, diferenciam, integram, 

modificam e enriquecem o saber já existente, inclusive com a possibilidade de substituí­

lo.

Simulações   em   computador   podem   ajudar   os   estudantes   a   formar   modelos 

mentais   de   conceitos   abstratos   ou   de   fenômenos   de   difícil   visualização.   Mais 

importante   ainda,   o   computador   permite   que   os   estudantes   tenham   acesso   a 

instrumentos  de modelagem matemática  poderosos e   fáceis  de usar.  Com isso eles 

podem desenvolver e explorar seus próprios modelos de fenômenos físicos, tornando­se 

participantes mais ativos na construção de seu conhecimento.

O material  de estudo que os alunos utilizam fora de sala de aula não pode 

restringir­se a anotações de caderno e apostilas. É essencial a uma aprendizagem sólida 

de Física que os estudantes usem sistematicamente um livro­texto, e que este não seja 

apenas uma coleção de fórmulas e problemas retirados de exames vestibulares.

Para introduzir conceitos básicos em Física, serão utilizados textos históricos, de 

divulgação científica  ou  literários,   filmes  de  curta  duração e  documentários  na  TV 

pendrive,   que  despertem a   curiosidade  do   aluno  e  que   sirvam como  elos   com os 

conceitos já aprendidos.

A leitura de textos também será utilizada para familiarizar o aluno com termos, 

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símbolos, códigos, enfim a linguagem da Física escrita. Todos os textos utilizados para 

aperfeiçoar  ideias e ampliar a  linguagem Física serão amplamente aproveitados em 

trabalhos de expressão oral.

No momento em que o aluno dominar  a  escrita   física,   se   trabalhará   com a 

interpretação de acontecimentos do dia a dia através de questionamentos, pesquisas 

etc.

As   revistas   especializadas  em ensino  de  Física  podem dar  uma contribuição 

importante   ao   aperfeiçoamento   da   prática   docente.   Elas   trazem   desenvolvimentos 

recentes de materiais e metodologias educacionais, discutem tópicos atuais de Física e 

descrevem novas formas de ensinar temas tradicionais. Essas revistas são   meios de 

comunicação   importantes   dentro   da   comunidade   de   professores   de   Física,   e   sua 

utilização   pode   ajudar   a   superar   o   isolamento   profissional   em   que   muitos   se 

encontram.

É   importante   que   o   ensino   de   Física   esteja   articulado   ao   de   Matemática, 

Química   e   Biologia,   de   modo   a   dar   aos   estudantes   uma   visão   integrada   dessas 

disciplinas e de como elas podem contribuir, cada uma à sua maneira, para o estudo 

comum de problemas concretos.

Também é importante que os estudantes tenham uma perspectiva histórica do 

desenvolvimento da Física, de modo a perceber como estruturas sociais, econômicas e 

culturais podem influenciar, e ser influenciadas pela evolução da Ciência. Eles devem 

aprender a ver o conhecimento passado dentro de seu contexto histórico, e não de 

forma depreciativa à luz do conhecimento atual.

Contemplando a Lei 10639/03: Afro­Descendentes, os alunos farão pesquisas na 

Internet referentes aos físicos negros que por ventura ganharam o Prêmio Nobel de 

Física. Qual o rendimento em competições, que vantagem eles levam e outros assuntos. 

Programa Brigada Escolar – Defesa Civil na Escola ­ conforme decreto 4837 de 04 de 

junho de 2012 . O Programa Brigada Escolar ­ Defesa Civil na Escola visa construir na 

rede   estadual   de   ensino  uma   cultura  de  prevenção,   com  a   formação  de  brigadas 

escolares   em   todas   as   escolas,   e   adequar   as   edificações   escolares   às   normas   de 

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prevenção contra incêndio e pânico.  Direitos do Idoso e Educação para o Trânsito ­ 

Referente a obrigatoriedade dos conteúdos dos Direitos do Idoso e Educação para o 

Trânsito   em   atendimento   à   Resolução   nº   10.741/03   e   Lei   nº   9.503/97.   Serão 

abordados   de   forma   contextualizada   e   relacionadas   aos   conteúdos   da   disciplina, 

sempre que for possível a articulação entre os mesmos. 

Para  Tavares   (2004),  a  partir  do   conhecimento   físico,  o  estudante  deve   ser 

capaz de perceber e aprender, em outras circunstâncias semelhantes às trabalhadas em 

aula, para transformar a nova informação em conhecimento. Portanto, qualquer que 

seja a metodologia aplicada pelo professor, deve­se buscar uma avaliação cujo sentido 

seja verificar a apropriação do respectivo conteúdo, para posteriores intervenções ou 

mudanças metodológicas.

Espera­se que o ensino da Física, no Ensino, contribua para a formação de uma 

cultura   efetiva   que   permita   ao   indivíduo   a   interpretação   dos   fatos,   fenômenos   e 

processos   naturais,   situando   e   dimensionando   a   interação   do   ser   humano   com   a 

natureza como parte integrante da própria natureza em transformação.

AVALIAÇÃO

A   avaliação   é   compreendida   como   uma   prática   que   alimenta   e   orienta   a 

intervenção pedagógica.  É  um dos  principais  componentes  do  ensino,  pelo  qual   se 

estuda e interpreta os dados da aprendizagem.

É a teoria pedagógica que dará suporte para qualificar a avaliação como positiva 

ou negativa e quais os caminhos que devemos tomar para intervenção, e para isso é 

preciso um planejamento do que ensinar: os conteúdos, o que se espera do aluno ao 

final de cada conteúdo e qual o resultado esperado do sujeito que pretendemos formar.

Dessa   forma,   a   avaliação   deve   ter   um   caráter   diversificado,   levando   em 

consideração todos os aspectos: a capacidade de análise de um texto seja ele literário 

ou científico, emitindo uma opinião que leve em conta o conteúdo físico; a capacidade 

de elaborar um relatório sobre um experimento ou qualquer outro evento que envolva 

a Física.

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A   avaliação   deve   levar   em   conta   os   pressupostos   teóricos   adotados   nas 

Diretrizes, ou seja, a apropriação dos conceitos, leis e teorias que compõem o quadro 

teórico da Física com o conhecimento espontâneo ou científico que o aluno traz para a 

sala   de   aula,   pois   ambos   interferem   na   aprendizagem,   no   desenvolvimento   dos 

trabalhos e nas possibilidades de revisão do planejamento pedagógico.

Embora o sistema de registro na vida escolar do estudante esteja centrado em 

uma nota para sua aprovação, a avaliação será um instrumento auxiliar a serviço da 

aprendizagem dos alunos,  cuja   finalidade  é   sempre o crescimento  e  sua  formação, 

engrandecendo assim o seu conhecimento na disciplina.

Assim, a avaliação oferece subsídios para que tanto o aluno, quanto o professor 

acompanhem o processo de ensino­aprendizagem. Para o professor, a avaliação deve 

ser vista como um ato educativo essencial para a condução de um trabalho pedagógico 

inclusivo, no qual a aprendizagem seja um direito de todos e a escola pública o espaço 

onde a educação democrática deve acontecer.

As avaliações serão através de:

• trabalhos de pesquisas;

• produção em sala de aula;

• trabalhos e tarefas envolvendo situações problemas;

• avaliação envolvendo situações problemas.

• relatórios das atividades práticas em laboratório.

• análise de gráficos envolvendo as grandezas físicas.

• trabalhos em grupo envolvendo os conteúdos  trabalhados em sala  de 

aula.

  A   recuperação   será   ofertada   aos   alunos   paralelamente   e   àqueles   que   não 

assimilaram os conteúdos necessários para o fechamento das notas. Sendo que essa 

recuperação será feita sempre após a aplicação de cada prova.

  

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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO                                           Pinhão ­ Paraná

REFERÊNCIAS

PENTEADO, Paulo César M; TORRES, Carlos Magno A . Física – ciência e tecnologia, 

vol.2. São Paulo: Moderna, 2005.

Física   na   Escola,   revista   dedicada   aos   professores   do   ensino   médio,   editada   pela 

Sociedade Brasileira  de  Física.  Versões  eletrônicas  dos  artigos  estão disponíveis  na 

Internet, em www.sbfisica.org.br.

Revista Brasileira de Ensino de Física, revista dedicada aos professores do ensino médio 

e superior, editada pela Sociedade Brasileira de Física. Versões eletrônicas dos artigos 

estão disponíveis na Internet, em www.scielo.br ou www.sbfisica.org.br.

Http://Física. SEED.PR.GOV.BR.

SAMPAIO, José Luiz; CALÇADA, Caio Sérgio. Física. Volume único. Atual Editora. São 

Paulo, 2005. 

DISCIPLINA DE QUÍMICA

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICO­METODOLÓGICO

A   consolidação   da   Química   como   ciência   foi   um   dos   fatos   que   permitiu   o 

desenvolvimento das civilizações, determinando maneiras diferenciadas no modo de 

viver.   A   Química   está   inserida   nas   ações   e   nos   recursos   utilizados   nas   diversas 

atividades diárias das pessoas e, segundo BIZZO (2002, p.12),

o domínio dos fundamentos científicos hoje em dia é indispensável para que se possa 

realizar tarefas tão triviais como ler um jornal ou assistir à televisão. Da mesma forma, 

decisões a respeito de questões ambientais,  por  exemplo,  não podem prescindir  da 

informação científica,  que deve estar ao alcance de todos   de acordo com os eixos 

norteadores da proposta ( trabalho, tempo e cultura).

Assim, a Química fundamenta­se como uma ciência que permite a evolução do 

ser humano nos aspectos ambientais, econômicos, sociais, políticos, culturais, éticos, 

entre outros, bem como o seu reconhecimento como um ser que se relaciona, interage 

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e modifica, positiva ou negativamente, o meio em que vive.

A Química como ciência contempla as tradições culturais e as crenças populares 

que  despertam a curiosidade por fatos, propiciando condições para o desenvolvimento 

das teorias e das leis que fundamentam as ciências. BIZZO (2002, p.17), afirma que a 

ciência não está amparada na verdade religiosa nem na verdade filosófica, mas em um 

certo tipo de verdade que é diferente  dessas outras. Não é correta a imagem de que os 

conhecimentos científicos, por serem comumente fruto de experimentação e por terem 

uma base lógica, sejam “melhores” do que os demais conhecimentos. Tampouco se 

pode pensar que o conhecimento científico possa gerar verdades eternas e perenes.

Desta forma, é importante considerar que o conhecimento químico não é algo 

pronto,   acabado   e   inquestionável,   mas   em   constante   transformação.   A   Química, 

trabalhada   como   disciplina   curricular   do   Ensino   Médio,   deve   apresentar­se   como 

propiciadora   da   compreensão   de   uma   parcela   dos   resultados   obtidos   a   partir   da 

Química   como   ciência.  A   ciência   realizada  no   laboratório   requer  um   conjunto   de 

normas e posturas. Seu objetivo é encontrar resultados inéditos, que possam explicar o 

desconhecido. No entanto, quando é ministrada na sala de aula, requer outro conjunto 

de procedimentos, cujo objetivo é alcançar resultados esperados, aliás planejados, para 

que o estudante possa entender o que é conhecido. (...) Existe portanto uma diferença 

fundamental entre a comunicação de conhecimento em congressos científicos, entre 

cientistas, e a seleção e adaptação de parcelas desse conhecimento para ser utilizado na 

escola por professores e alunos. (BIZZO, 2002, p.14)

Essa percepção deve fazer parte do trabalho pedagógico realizado nas escolas e 

conforme MALDANER (2000,  p.196),compreender a  natureza  da ciência química e 

como ela   se  dá   no  ensino  e  na  aprendizagem passou  a   ser  um  tema  importante, 

revelado a partir das pesquisas educacionais, principalmente as pesquisas realizadas na 

década de 1980 sobre as idéias alternativas dos alunos relacionadas com as ciências 

naturais. No âmbito da pesquisa educacional, mais ligado à educação científica, estava 

claro, já no início dos anos 90, que era fundamental que os professores conhecessem 

mais   o   pensamento   dos   alunos,   bem   como,   a   natureza   da   ciência   que   estavam 

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ensinando.  No  entanto,   isso  não   era  prática  usual  nos   cursos  de   formação  desses 

professores.

Tal consideração vem de encontro com a forma com que muitos educadores têm 

trabalhado esta disciplina,  priorizando fatos desligados da vida dos educandos, em que 

os   educadores   abordam,   principalmente,   os   conteúdos   acadêmicos,   enfatizando   a 

memorização, o que torna a disciplina desvinculada da realidade dos seus alunos e sem 

significação para sua vida. 

Considerando   que   uma   das   funções   do   aprendizado   dos   conhecimentos 

químicos na escola deve ser a de perceber a presença e a importância da Química em 

sua vivência, para DELIZOICOV  et.al.  (2002, p.34), a ação docente buscará constituir  

o entendimento de que o processo  de produção do conhecimento  que caracteriza  a 

ciência   e   a   tecnologia   constitui   uma   atividade   humana,   sócio­historicamente 

determinada, submetida a pressões   internas e externas, com processos e resultados 

ainda pouco acessíveis à maioria das pessoas escolarizadas, e por isso passíveis de uso e 

compreensão acríticos ou ingênuos; ou seja, é um processo de produção que precisa, 

por essa maioria, ser apropriado e entendido.

         É um desafio ensinar Química para os alunos do Ensino Médio na modalidade de 

Educação de Jovens e Adultos (EJA). De acordo com Bonenberger et al. (2006, p.1) 

muitas vezes os alunos da EJA apresentam 

dificuldades e conseqüentemente frustrações por não se acharem capazes de aprender 

química, e, por não perceberem a importância dessa disciplina no seu dia a dia. 

          A  experiência aponta  que os alunos de EJA se mostram receosos quando vão 

iniciar   a   disciplina.   Na   organização   coletiva1   nos   primeiros   dias   eles   mostram­se 

inseguros e, na organização individua costumam protelar a matrícula nessa disciplina. 

               Em   geral, os      alunos     têm     pouco     tempo      de    estudo    e         muitas 

responsabilidades   financeiras   e   familiares,   sendo   a   grande   maioria   trabalhadora   e 

responsável pelo sustento de sua família. Sua rotina é cansativa e a falta de motivação 

desses   estudantes   também   está   relacionada   com   o   grande   sentimento   de   culpa, 

vergonha por não ter concluído seus estudos na época oportuna. 

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        Segundo Peluso (2003): 

Se considerarmos  as   características  psicológicas  do educando  adulto, que   traz   uma   história   de   vida   geralmente   marcada   pela   exclusão, veremos a necessidade de se conhecerem as razões que, de certa forma, dificultam o seu aprendizado. Esta dificuldade não está  relacionada à incapacidade   cognitiva   do   adulto.   Pelo     contrário,   a   sensação   de incapacidade   trazida  pelo   aluno   está   relacionada   a  um   componente cultural que rotula os mais velhos como inaptos a freqüentarem a escola e  que culpa o próprio aluno   por  ter  evadido dela.   (PELUSO,  2003, p.43). 

             A EJA é uma modalidade de ensino reconhecida na LDB 9.394/96, que no seu 

art.37 destaca: “A educação de jovens e adultos será destinada àqueles que não tiveram 

acesso ou continuidade de estudos no ensino fundamental e médio na idade própria” 

(BRASIL, 1996, p.15). 

             Especialmente no contexto da Educação de Jovens e Adultos, não basta apenas 

informar   os   alunos,   mas   capacitá­los   para   aquisição   de   novas   competências, 

preparando­os para lidar com diferentes linguagens e tecnologias e para responder aos 

desafios de novas dinâmicas e processos (PICONEZ, 2002, p. 108). 

       Na prática diária se observa que o aluno da EJA quer ver a aplicação imediata do 

que está aprendendo o que já foi relatado anteriormente por Ortiz(2002):

                                       

O aluno da EJA quer ver a aplicação imediata do que está aprendendo. Ao   mesmo   tempo,   precisa   ser   estimulado   a   desenvolver   uma   auto­estima   positiva,   pois   a   ignorância   traz   angústia   e   complexo   de inferioridade [...].  Muitas  vezes  tem vergonha de  falar  de si,  de sua moradia, de sua experiência  frustrada da infância em relação à escola (ORTIZ, 2002, p.80). 

         Segundo Peluso (2003, p. 43) “a vontade de aprender do adulto é grande, e, por 

isso mesmo, deve­se cuidar para que este aluno permaneça na instituição escolar”. 

         De acordo com as Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do 

Estado do Paraná (PARANÁ, 2006) o objetivo do ensino da Química é formar um aluno 

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que se aproprie dos conhecimentos químicos e seja capaz de refletir criticamente sobre 

o período histórico atual. 

O ensino da química tem por fim proporcionar aos alunos o conhecimento da 

composição e da estrutura íntima dos corpos, das propriedades que delas decorrem e 

das leis que regem as suas transformações, orientando­o por tirocínio lógico e científico 

de valor educativo e coordenando­o pelo interesse da utilidade, e com as aplicações da 

vida cotidiana­Reforma Francisco Campos – 1931a 1941 (SENNA apud SCHNETZLER, 

1981, p.10). Para formar um aluno que se aproprie dos conhecimentos químicos e seja 

capz   de   refletir   criticamente   sobre   o   meio   em   que   está   inserido,   norteada   pela 

construçãoe   reconstrução   de   significados   dos   conceitos   científicos,   vinculada   a 

contextos históricos, políticos, econômicos, sociais e culturais, e estará fundamentada 

em resultados de pesquisa sobre o ensino de ciências. Propõe­se que a compreensão e a 

apropriação do conhecimento químico aconteçam por meio do contato do aluno com o 

objetivo de estudo da Química: as substancias e os materiais. Além de compreender os 

conceitos científicos para entender algumas dinâmicas do mundo e mudar sua atitude 

em relação a ele. 

        Segundo Santos e Schnetzler (2003), 

Pode­se considerar que o objetivo central do ensino de Química   para formar o cidadão é preparar o indivíduo para que ele compreenda e faça uso das informações químicas básicas necessárias para sua participação efetiva na sociedade     tecnológica em que vive. O ensino de Química precisa ser   centrado na inter­relação de dois componentes básicos: a informação química e o contexto social, pois, para o cidadão   participar da sociedade, ele precisa não só compreender a uímica, mas a sociedade em que está inserido (SANTOS E  SCHNETZLER, 2003, p. 93). 

            A importância da contextualização dos temas químicos sociais é evidenciada, 

pelo   interesse   despertado   nos   alunos   quando   se   trata   de   assuntos   vinculados 

diretamente ao seu cotidiano. 

                      Enquanto   que,  de  acordo   com Lima   e  Silva   (1997,   p.6)   “o   trabalho  

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descontextualizado  tem se mostrado com freqüência,   improdutivo para promover a 

formação de um cidadão”. 

           Neste contexto Santos e Schnetzler (1996) apontam que “.a função do ensino de 

química deve ser a de desenvolver a capacidade de tomada de decisão, o que implica a 

necessidade de vinculação do conteúdo trabalhado com o contexto social em que o 

aluno está inserido” (SANTOS E SCHNETZLER, 

1996, p.28).                                                                           

          Segundo Lopes (1997) as relações existentes entre os conhecimentos científicos 

e cotidianos, têm sido atualmente objeto de grande interesse por parte dos educadores. 

No Brasil, através dos pensadores da Escola Nova, há muito tempo essas relações vêm 

sendo   apontadas   como   umas   das   formas   de   melhorar   o   processo   de   ensino­

aprendizagem em Ciências. 

                   O domínio do conhecimento científico juntamente com as aplicações na vida 

cotidiana é apontado como sendo fundamental desde as séries iniciais da vida escolar. 

As experiências pessoais e os fatos da vida diária dos alunos, adquiridos desde o ensino 

fundamental,   fazem   parte   de   um   círculo   mais   amplo,   onde   os   valores   culturais, 

percepções do mundo gerado em um contexto social são fatores de extrema influência 

no aprendizado de cada elemento. Essas concepções prévias devem ser  trabalhadas 

através   de   idéias   de   mudanças   conceituais,   nas   quais   a   transformação   dessas 

concepções  estabeleça de  maneira   sistemática  uma  ligação entre  os   conhecimentos 

científicos   escolares   e   o   cotidiano,   assumindo   uma   racionalidade   científica   como 

critério de análise de problemas do dia­a­dia e na tomada de decisões para sanar esses 

problemas. 

           Entretanto, segundo Caruso (2003), para que isso seja possível será necessário 

que os alunos passem por um processo de alfabetização científica. 

          A questão da alfabetização científica é de extrema importância para o exercício 

da cidadania, pois fornece aos elementos de uma comunidade o suporte para a tomada 

de decisões que influenciam diretamente nas questões relativas a sociedade como um 

todo e democratizar esse conhecimento é essencial segundo Auler e Delizoicov (2001). 

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                   Como reforço dessa importância, aquele autor descreve que a educação atual 

perdeu   o   foco   da   formação   do   cidadão   e   está   mais   para   um   processo   de   mero 

treinamento de uma sociedade automatizada em que a cidadania é trocada por fatores 

de consumo. Assim o desafio da melhoria educacional está diretamente         vinculado 

ao     exercício   da     alfabetização     científica. E     a responsabilidade de mediar esse 

processo não está somente nas mãos da comunidade de professores e educadores, mas 

também à comunidade de cientistas, pesquisadores e intelectuais. 

           Segundo Almeida et al (2005) para que a visão de ciência dos alunos evolua e 

acompanhe o avanço tecnológico das últimas décadas, já que a ciência não é estática 

(Borges, 1996), é necessário que todos os professores estejam aptos a abordar temas 

científicos,   mesmo   que   essa   não   seja   sua   área   específica   de   formação,   pois   o 

questionamento dos alunos surge desde a educação infantil. 

                   Ao que é  cabível  a responsabilidade dos professores do ensino médio na 

alfabetização científica, podem ser citados os métodos como cada um deles gerenciam 

esse processo, pois a troca de experiências em um ambiente de ensino é o fator veicular 

para a disseminação do conhecimento. 

                   Segundo Auler (2003) a busca pela implantação da alfabetização científica e 

tecnológica   (ACT)   se   dá   devido   à   necessidade   de   superar   o   ensino   meramente 

disciplinar. 

                   A necessidade de que o aluno saia do ensino médio com a capacidade de 

desenvolver  na  prática  os  conteúdos  que  lhe   foram apresentados  em sala  de aula, 

relacionando­os com o meio social, científico e tecnológico é uma concepção embasada 

na própria Constituição Brasileira de 1999, no artigo 22 da LDB: “A educação básica 

tem   por   finalidade   desenvolver   o   educando,   assegurando­lhe   a   formação   comum 

indispensável para o exercício da cidadania e fornecendo­lhes meios para progredir no 

trabalho em estudos posteriores” (Brasil,1999). 

          Sendo assim, torna­se evidente a necessidade de mudar a forma de ensino. Para 

isso  é   preciso  expor  o   conteúdo   relacionando­o  ao   contexto  em que  o  aluno  está 

inserido, para que assim ele possa ter uma visão mais ampla e crítica do conhecimento. 

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                   Neste contexto, segundo Chassot (1993) para que a qualidade de ensino de 

química melhore, é necessário adotar uma nova metodologia que esteja centrada em 

alguns princípios básicos. Dentre eles o autor cita a necessidade de que o ensino esteja 

adequado à realidade econômica, política e social do meio onde se insere a escola, bem 

como a necessidade de execução de experimentos que tenham como resultados dados 

observados na realidade, utilizando o ensino de química como meio de educação para 

a vida, correlacionando o conteúdo de química com os de outras disciplinas, para que o 

aluno possa entender melhor o sentido do desenvolvimento científico. Isso corrobora 

com a função social da química descrita por Santos e Schnetzler (1996), cujo objetivo 

seria a educação para a cidadania. 

         Dentro desse enfoque, o que se pretende é priorizar aos alunos (jovens e adultos) 

a (re)construção de uma visão de mundo mais articulada e menos fragmentada.  A 

formação de um pensamento crítico é o que a escola deve proporcionar ao educando. 

         Segundo Chiappini (2007), 

A   formação   de   qualquer   estudante   deve   considerar   o   grupo   social envolvido, suas experiências e concepções, necessidades e anseios. Para isso, o educador não deve prescindir de um planejamento adequado aos seus objetivos específicos e ao grupo  com o qual se relacionará. Dessa forma, a autonomia do     professor, no sentido da seleção, preparação, organização e execução das atividades pedagógicas é  um passo a ser dado na construção de seu trabalho. Por essa razão, serão apresentados aspectos   das   estratégias   de   abordagem   do   texto   escrito:   os resumos, exercícios, vocabulário (CHIAPPINI, 2007, p.118). 

                 Para o desenvolvimento de novas práticas de ensino, aplicáveis para a EJA, o 

educador   necessita   conhecer   um   pouco   da   realidade   dos   alunos,   estudarem   os 

conteúdos propostos, pensar nas especificidades dos educandos em relação à sua faixa 

etária e propor conteúdos que estimulem e sejam motivadores. 

          Essa estratégia busca romper com aquela usual fragmentação dos conteúdos da 

Química, contribuindo para que o aluno construa seus conhecimentos em Química e 

perceba que a mesma faz parte do seu dia a dia estando está ligada a outras áreas do 

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conhecimento. 

Assim, é importante que o ensino desenvolvido na disciplina de Química na EJA, 

possibilite   ao   educando,   a   partir   de   seus   conhecimentos   prévios,   a   construção  do 

conhecimento   científico,   por   meio   da   análise,   reflexão   e   ação,   para   que   possa 

argumentar e se posicionar criticamente.

ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

Considerando   os   encaminhamentos   metodológicos   contidos   na   proposta 

pedagógica de ensino para a disciplina de Química  no Ensino Médio Regular,  faz­se 

necessário refletir as especificidades do trabalho com a Química na Educação de Jovens 

e   Adultos   (EJA),   considerando   as   Diretrizes   Curriculares   Estaduais   para   essa 

modalidade de ensino da educação básica.

Nesse   sentido,   para   o   trabalho   metodológico   com   essa   disciplina,   uma 

alternativa   seria   partir   da   seqüência:   “fenômeno–problematização–representação­

explicação”   (MALDANER, 2000, p.184). Para o autor, episódios de alta vivência dos 

alunos  passariam a   ser   importantes  no  processo  de  ensino  e  aprendizagem e  não 

obstáculo a ser superado (...)  O  importante é   identificar  situações de alta  vivência 

comuns ao maior número possível de alunos e a partir delas começar o trabalho de 

ensino. (MALDANER, 2000, p. 184)

           Os  conteúdos    devem ser    desenvolvidos   dentro   de   uma    perspectiva 

problematizadora,   tendo   como   elo   a   vivência   dos   alunos   e   valorizando   seus 

conhecimentos de vida. 

Para Moraes (2008): 

Ao   mesmo   tempo   em   que   os   alunos   nesse   tipo   de   proposta   vão transformando   seus   conhecimentos,   qualificando­os   a   partir   do conhecimento   químico,   também   aprendem   a   movimentar­se   em diferentes   perfis   epistemológicos,   compreendendo   a   diferença entre o conhecimento cotidiano e o conhecimento científico,   sabendo valorizar   ambos   e   reconhecendo   seus   limites.   O   conhecimento   final resultante, na perspectiva do aluno, não é  nem mais o conhecimento 

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cotidiano,   nem   é   o   conhecimento   científico,   mas   constitui   um conhecimento  escolar   com ampliação de     significados   em relação ao conhecimento de partida do aluno. (Moraes, 2008, pg. 3). 

Serão  empregadas  metodologias  diversas  dentre  as  quais:   leitura  de     textos 

contextualizados,   realização   de   experimentos,   aulas   com  multimídia,     pesquisa  de 

campo.   Diversos   materiais   serão   empregados:   modelos   para     representar   ligações 

químicas, rótulos de alimentos, sais coloridos, conjunto para  experimento de eletrólise, 

caixa de sapato, dentre outros. 

Durante   a   aplicação   do   projeto   serão   realizadas   avaliações   com   questões 

discursivas   e   questões   de   múltipla   escolha.   Nas   avaliações   foram   valorizadas   as 

participações em aula, resolução de exercícios, pesquisas e relatórios dos experimentos 

executados durante as aulas. 

Nessa ótica, não cabe ao educador apresentar apenas fórmulas, classificações, 

regras práticas, nomenclaturas, mas sim, trabalhar conteúdos com os quais o educando 

venha a apropriar­se dos conhecimentos de forma dinâmica, interativa e consistente, 

respeitando os diferentes tempos de aprendizagem e propiciando condições para que o 

mesmo perceba a função da Química na sua vida.

Criar novas formas de promover a aprendizagem fora dos limites da organização 

tradicional  é  uma  tarefa,  portanto,  que   impõem,  antes  de  mais  nada,  um enorme 

desafio para os educadores (...), romper o modelo de instrução tradicional implica um 

alto grau de competência pedagógica, pois para isso o professor precisará decidir, em 

cada   situação,   quais   formas   de   agrupamento,   sequenciação,   meios   didáticos   e 

interações   propiciarão   o   maior   progresso   possível   dos   alunos,   considerando   a 

diversidade que inevitavelmente caracteriza o público da educação de jovens e adultos. 

(RIBEIRO, 1999, p.8)

Conforme   SCHNETZLER   (2000)   citada   em   MALDANER   (2000,   p.   199), 

“Aprender  significa   relacionar”.  A aprendizagem dos  vários  conceitos  químicos   terá 

significado somente se forem respeitados os conhecimentos e as experiências trazidos 

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pelo educando jovem e adulto, de onde sejam capazes de estabelecer relações entre 

conceitos micro e macroscópicos, integrando os diferentes saberes – da comunidade, do 

educando e acadêmico, bem como, as Leis Direitos da criança e do adolescente nº 

11525/07; Meio Ambiente nº 9,795/99; História Cultura Afro­Brasileira nº 10,639/03; 

História do Paraná nº 13,181/01; Música nº 11,769/08; Educação Tributária e Fiscal 

decreto 1143/09 portaria 413/02; Cultura Indígena nº 11,645/08; Programa Brigada 

Escolar – Defesa Civil na Escola­  Decreto 4837 de 04 de junho de 2012 . Direitos do 

Idoso e Educação para o Trânsito­Resolução nº 10.741/03 e Lei nº 9.503/97. Serão 

abordados   de   forma   contextualizada   e   relacionadas   aos   conteúdos   da   disciplina, 

sempre   que   for   possível   a   articulação   entre   os   mesmos  que   contextualizarão   e 

oportunizarão   uma     reflexão   sobre   o   mundo   e   as   relações   com   a   disciplina.  

Considerando que a abordagem será  nos conteúdos específicos valorizando o 

conhecimento  prévio  dos  alunos,   suas  vivências  e  experiências  diárias,  buscando  a 

significação   dos   conceitos   científicos,   vinculada   a   contextos   históricos,   políticos, 

econômicos,   sociais   e   culturais,   fundamentada   em   resultados   de   pesquisa   sobre   o 

ensino   da   ciência   e   das   propostas   das   Leis   e   dos   Programas   socioeducativos 

(enfrentamento   a   violência,   drogas,   sexualidade,   gênero   de   diversidade,   saúde   na 

escola),  Programa Brigada Escolar – Defesa Civil  na Escola Decreto 4837 de 04 de 

junho de 2012, Direitos do Idoso e Educação para o Trânsito Resolução nº 10.741/03 e 

Lei nº 9.503/97,  formando um aluno que se aproprie dos conhecimentos químicos e 

seja capaz de refletir criticamente sobre o meio em que está inserido.

Segundo FREIRE (1996, p.38), “a educação emancipatória valoriza o ’saber de 

experiência feito’, o saber popular, e parte dele para a construção de um saber que 

ajude homens e mulheres na formação de sua consciência política.”

Para que isso se evidencie no ambiente escolar, para a disciplina de Química, 

considera­se a afirmação de MALDANER (2000, p. 187), de que “o saber escolar deve 

permitir o acesso, de alguma forma, ao conhecimento sistematizado. Assim ele será 

reconstruído   e   reinventado   em   cada   sala   de   aula,   na   interação   alunos/professor, 

alunos/alunos e, também, na interação com o entorno social”. Dessa forma, o ensino 

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da   disciplina   de   Química   deve   contribuir   para   que   o   educando   jovem   e   adulto 

desenvolva um olhar crítico sobre os fatos do cotidiano, levando­o a compreensão dos 

mesmos de forma consciente, dando­lhe condições de discernir algo que possa ajudá­

lo, daquilo que pode lhe causar problemas. 

Nesse   sentido,   ressalta­se   a   importância   de   trabalhar   a   disciplina   de   forma 

contextualizada, ou seja, com situações que permitam ao educando jovem e adulto a 

inter­relação dos vínculos do conteúdo estudado com as diferentes situações com que 

se   deparam   no   seu   dia­a­dia.   Essa   contextualização   pode­se   dar   a   partir   de   uma 

problematização,   ou   seja,   lançando   desafios   que   necessitem   de   respostas   para 

determinadas situações. “A essência do problema é a necessidade (...), um obstáculo 

que é necessário transpor, uma dificuldade que precisa ser superada, uma dúvida que 

não   pode   deixar   de   ser   dissipada.”   (SAVIANI,   1993,   p.26)   As   dúvidas   são   muito 

comuns em Química, devendo ser aproveitadas para a reflexão sobre o problema a ser 

analisado.   Sendo   assim,   para   o   educador,   o   desafio   consiste   em   realizar   esta 

contextualização sem reduzir os   conteúdos apenas a sua aplicação prática, deixando 

de lado o saber acadêmico.

Um  aspecto   importante   a   ser   considerado   no   trabalho   com  a   disciplina   de 

Química   é   a   retomada   histórica   e   epistemológica   das   origens   e   evolução   do 

pensamento na ciência Química, propiciando condições para que o educando perceba o 

significado do estudo dessa disciplina, bem como a compreensão de sua linguagem 

própria e da cultura científica e tecnológica oriundas desse processo, pois as diversas 

contingências históricas têm levado os professores a deixar de lado a importância do 

saber sistematizado, resultando numa prática pedagógica pouco significativa.

É fundamental mencionar, também, a utilização de experimentos e as práticas 

realizadas   em   laboratório   como   um   dos   recursos   a   serem   utilizados   no   trabalho 

docente,   a   fim   de   que   o   educando   possa   visualizar   uma   transformação   química, 

inserindo   conceitos   pertinentes   e   estabelecendo   relações   de   tal   experimento   com 

aspectos da sua vivência. Segundo BIZZO (2002, p.75), importante que o professor 

perceba que a experimentação é um elemento essencial nas aulas de ciências, mas que 

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ela, por si só, não garante bom aprendizado. (...) ...a realização de experimentos é uma 

tarefa importante, mas não dispensa o acompanhamento constante do professor, que 

deve pesquisar quais são as explicações apresentadas pelos alunos para os resultados 

encontrados. É comum que seja necessário propor uma nova situação que desafie a 

explicação encontrada pelos alunos.

Dessa forma   metodologias diversas devem ser empregadas como: leitura de 

textos contextualizados, realização de experimentos, aulas com multimídia,   pesquisa 

de campo. Empregando materiais como: modelos para  representar ligações químicas, 

rótulos de alimentos, sais coloridos, conjunto para  experimento de eletrólise, caixa de 

sapato, dentre outros.    

Nesse   sentido,  um aspecto   importante  a   ser   considerado  é   o   fato  de  que  o 

educador   não   deve   se   colocar   como   o   verdadeiro   e   único   detentor   do   saber, 

apresentando todas as respostas para todas as questões. Conforme BIZZO (2002, p.50), 

o professor deveria enfrentar a tentação de dar respostas prontas, mesmo que detenha 

a informação exata, oferecendo novas perguntas em seu lugar, que levassem os alunos 

a buscar a informação com maior orientação e acompanhamento. Perguntas do tipo 

“por   quê?”   são   maneiras   de   os   alunos   procurarem   por   respostas   definitivas,   que 

manifestem uma vontade muito  grande de  conhecer.  Se  o  professor  apresenta,  de 

pronto,   uma   resposta   na   forma   de   uma   longa   explicação   conceitual,   pode   estar 

desestimulando a busca de mais dados e informações por parte dos alunos.

Ao proceder dessa forma, o educador leva o educando a pensar e a refletir sobre 

o assunto trabalhado, estimulando­o a buscar mais dados e informações.

Um outro aspecto a ser considerado no trabalho docente, é a utilização do material de 

apoio didático como uma das alternativas metodológicas, de tal forma que não seja o 

único recurso a ser utilizado pelo educador. MALDANER (2000, p. 185), afirma que  é 

por isso que não é possível seguir um “manual” de instrução, do estilo de muitos livros 

“didáticos” brasileiros originados dos “cursinhos pré­vestibulares”, para iniciar o estudo 

de  química  no  ensino  médio.  A   lógica  proposta  nesses   “manuais”   é   a  da  química 

estruturada para quem já conhece a matéria e pode servir, perfeitamente, de revisão da 

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matéria para prestar um exame tão genérico como é o exame vestibular no Brasil.(...) 

O que seria adequado para uma boa revisão da matéria,  característica original  dos 

“cursinhos  pré­vestibulares”,   tornou­se  programa  de  ensino  na  maioria  das   escolas 

brasileiras.

  A   respeito  do   livro  didático,  BIZZO (2002,  p.  66)  propõe  que  ele  deve   ser 

utilizado como um dos materiais  de apoio,  como outros que se  fazem necessários, 

cabendo ao professor, selecionar o melhor material disponível diante de sua própria 

realidade, onde as informações devem ser apresentadas de forma adequada à realidade 

dos alunos.

Ao  pensar  os   conteúdos  a   serem  trabalhados,  o   educador  deve  priorizar  os 

essenciais, ou seja, aqueles que possam ter significado real à vida dos educandos jovens 

e adultos. Os conteúdos trabalhados devem possibilitar aos mesmos a percepção de que 

existem diversas  visões  sobre  um determinado  fenômeno e,  a  partir  dessa   relação, 

poderem   constituir   a   sua   própria   identidade   cultural,   estimulando   sua   autonomia 

intelectual.   Os   conteúdos   podem   ser   organizados   sem   a   rígida   seqüência   linear 

proposta nos livros didáticos. Para tanto, deve ser avaliada a relevância e a necessidade 

desses conteúdos, assim como a coerência dos mesmos para o processo educativo.

CONTEÚDOS DE QUÍMICA

É   importante   ressaltar   que   cabe   ao   educador,   a   partir   da   investigação   dos 

conhecimentos   informais   que   os   educandos   têm   sobre   a   Química,   sistematizar   as 

estratégias metodológicas, planejando o que será trabalhado dentro de cada um dos 

conteúdos abaixo especificados, qual a intensidade de aprofundamento, bem como a 

articulação entre os mesmos ou entre os tópicos de cada um. 

Para   a   organização   dos   conteúdos   é   indicado   que   seja   utilizada   a 

problematização, cujo objetivo consiste em gerar um tema para contextualização. Os 

temas são baseados em fatos   locais,   regionais,  nacionais  ou mundiais,  que possam 

refletir   sobre   os   acontecimentos   que   relacionam   a   Química   com   a   vida,   com   o 

ambiente, com o trabalho e com as demais relações sociais. 

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A   partir   do   contexto   abordado,   devem   ser   selecionados   os   conteúdos   que 

possam ser  trabalhados,  independentemente da seqüência usual presente nos  livros 

didáticos da disciplina. Nesse sentido, ao organizar os conteúdos, bem como, a forma 

como serão desenvolvidas as atividades para aprofundamento e avaliação, o educador 

terá   condições de desenvolver  metodologias  que visem evitar  a  fragmentação ou a 

desarticulação dos conteúdos dessa disciplina.

O   programa   de   Química   contempla   os   seguintes   conteúdos,   considerados 

essenciais para a conclusão da disciplina de Química no Ensino Médio na modalidade 

Educação de Jovens e Adultos. 

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES 

MATÉRIA E SUA NATUREZA: é o conteúdo que identifica a disciplina de química, por 

se tratar da essência da matéria. 

BIOGEOQUÍMICA:   é   caracterizado   pelas   interações   existentes   entre   a   hidrosfera, 

litosfera e atmosfera. 

QUÍMICA SINTÉTICA: conteúdo consolidado a partir da apropriação da Química na 

síntese  de  novos  produtos   e  novos  materiais   e  que  permite  o   estudo  que  envolve 

produtos farmacêuticos, a indústria alimentícia, fertilizantes, agrotóxicos. 

conteúdo estruturante conteúdo básicos

Matéria e sua natureza

Biogeoquimica

Matéria

   

solução

velocidade das reações

equilíbrio químico

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Quimica sintética 

ligação química

reações química

radioatividade

gases

Funções quimicas 

AVALIAÇÃO

A   partir   da   lei   de   diretrizes   e   bases   da   educação   n.   9394/96,   a   avaliação 

formativa  e  processual,   como resposta ás  históricas  relações pedagógicas  de poder, 

passa a ter prioridade no processo educativo. Esse tipo de avaliação leva em conta o 

conhecimento prévio do aluno e valoriza o processo dde construção e reconstrução de 

conceitos, além de orientar e facilitar a aprendizagem. A avaliação não tem finalidade 

em si, mas deve subsidiar e mesmo redirecionar o curso da ação do professor, em busca 

de assegurar a qualidade do processo educacional no coletivo da escola.

Em   química,   o   principal   critério   de   avaliação   é   a   formação   de   conceitos 

científicos. Trata­se de um processo de ”construção e reconstrução de significados dos 

conceitos   científicos”   (MALDANER,   2003,   p.144).   Valoriza­se,   assim,   uma   ação 

pedagógica que considere os conhecimentos prévios e o contexto social do aluno, para 

(re)construir os conhecimentos químicos. Essa (re)construçao acontecerá por meio das 

abordagens histórica, sociológica, ambiental e experimental dos conceitos químicos. 

Por isso, ao invés de avaliar apenas por meio de provas, o professor deve usar 

instrumentos que possibilitem várias formas de expressão doa alunos, como: leitura e 

interpretação   de   textos,   produção   de   textos,   leitura   e   interpretação   da   Tabela 

Periódica, pesquisas bibliográficas, relatórios de aulas em laboratório, apresentação de 

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seminários, entre outras. Esses instrumentos devem ser selecionados de acordo com 

cada conteúdo e objetivo de ensino.

Na perspectiva que se propõe, a avaliação na disciplina de Química vem mediar 

a   práxis   pedagógica,   sendo   coerente   com   os   objetivos   propostos   e   com   os 

encaminhamentos metodológicos, onde os erros e os acertos deverão servir como meio 

de reflexão e reavaliação da ação pedagógica como um todo. É essencial valorizar os 

acertos, considerando o erro como ponto de partida para que o educando e o educador 

compreendam   e   ajam   sobre   o   processo   de   construção   do   conhecimento, 

caracterizando­o como um exercício de aprendizagem.

A   avaliação   não   pode   ser   um   fator   terminal   do   processo,   como   forma   de 

classificação, de constatação dos erros e acertos, mas sim de função diagnóstica.

Ao considerar que esta é a nova tendência do ensino, é preciso que os docentes 

se conscientizem que o que se pretende é formar cidadãos críticos e conscientes. Dessa 

forma de nada adianta cumprir todo o conteúdo planejado se os alunos continuarem 

sendo reféns da memorização.

Nessa ótica, a avaliação deve considerar que a cultura científica é  repleta de 

falhas, de pontos de vista diferenciados e, muitas vezes, sem consenso. 

O processo de avaliação deve ser dinâmico e ao mesmo tempo interativo.

A avaliação é sempre uma atividade difícil de se realizar. Toda avaliação supõe 

um processo de obtenção e utilização de informações, que serão analisadas diante de 

critérios estabelecidos segundo juízos de valor. Portanto, não se pode pretender que 

uma avaliação seja um processo frio e objetivo; ele é, em si, subjetivo, dependente da 

valorização de  apenas  uma parcela  das   informações  que podem ser  obtidas.  Essas 

características são importantíssimas para que possamos compreender a utilidade e os 

limites   da   avaliação   e   como   ela   pode   ser   utilizada   pelo   próprio   professor   para 

reorientar sua prática. (BIZZO, 2002, p.61).

A   avaliação   contextualizada   tem   sua   importância,   quando   bem   preparada, 

contendo textos informativos, poderá servir para acrescentar algum conhecimento ao 

nosso aluno. Poderá ser uma forma de nosso aluno atingir o letramento, mesmo esse 

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processo sendo demorado. Se a informação for relevante para ele, poderá aguçar sua 

curiosidade de aprender mais sobre o tema gerando outras discussões  Assim os alunos 

criam seus próprios conceitos, os quais podem ser corrigidos gradativamente.

Assim, ao avaliar, o educador deve superar o autoritarismo, o conteudismo e o 

ato   de   avaliar   como   objeto   de   punição,   perpassando   por   vários   caminhos, 

fundamentados na concepção teórica e no encaminhamento metodológico da disciplina 

de Química, estabelecendo uma perspectiva de torná­la reflexiva, crítica, que valoriza a 

diversidade e reconhece as diferenças, voltada para a autonomia do educando jovem, 

adulto e idoso.

Concluindo a  avaliação será concebida de forma processual e formativa, sob as 

condicionantes do diagnóstico e da continuidade. Esse processo ocorrerá por meio de 

interações recíprocas, no dia a dia, no transcorrer da própria aula, portanto sujeito a 

alterações no seu desenvolvimento. 

       Além de avaliar por meio de provas, torna­se necessário usar instrumentos de 

avaliação que contemplem várias   formas  de  expressão dos  alunos,   como:   leitura  e 

interpretação de textos, produção de textos, leitura e interpretação da tabela periódica, 

leitura   de   imagens,   trabalhos,   pesquisas   bibliográficas,   relatórios   de   aulas   em 

laboratórios,   apresentação   de   seminários,   debates,   etc.   Esses   instrumentos   serão 

adequados de acordo com cada conteúdo e objetivo de ensino, lembrando que a boa 

aplicação de um instrumento permite um bom retorno para professores e alunos. Para 

os professores é um recurso para avaliar o seu trabalho e para o aluno de rever os seus 

conceitos.

      Os critérios e formas de avaliação serão esclarecidas para os alunos, como direito 

que tem de acompanhar todo o processo. 

RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS

A oferta da recuperação de estudos significa encarar o erro como hipótese de 

construção do conhecimento,  de  aceitá­lo  como parte   integrante  da  aprendizagem, 

possibilitando a reorientação dos estudos. Ela se dará concomitantemente ao processo 

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ensino­aprendizagem, considerando a apropriação dos conhecimentos básicos, sendo 

direito   de   todos   os   educandos,   independentemente   do   nível   de   apropriação   dos 

mesmos.                                                                     

                       A recuperação será   também individualizada, organizada com atividades 

significativas, por meio de exposição dialogada dos conteúdos, de novos instrumentos 

de   avaliação   (seminários,   debates,   trabalhos,   discussões,   provas   e   outros).   e 

oportunizada a cada registro da disciplina, conforme o descrito no Regimento Escolar e 

na legislação educacional LDBEN 9394/96 e Deliberação 07/99 do CEE.

REFERÊNCIAS

BIZZO, N. Ciências: fácil ou difícil? São Paulo: Ática, 2002.

DELIZOICOV,   D.,   ANGOTTI,   J.   A.   &   PERNAMBUCO,   M.   M.   Ensino   de   Ciências: 

fundamentos  e métodos. São Paulo: Cortez, 2002.

FREIRE,   P.   Pedagogia  da   autonomia:   saberes  necessários   à   prática   educativa.   São 

Paulo: Paz e Terra, 1996.

MALDANER, O. A. A formação inicial e continuada de professores de química. Ijuí: 

Editora Unijuí, 2000.

SARDELLA, A. ; FALCONE, M. Química: Série Brasil. São Paulo: ÁTICA, 2004. 

SAVIANI,   Dermeval.   Do   senso   comum   à   consciência   filosófica.   Campinas:   Autores 

Associados, 1993, p.20­28.

RABELO, E.H. Avaliação: novos tempos, novas práticas, Petrópolis: Vozes, 1998 

RIBEIRO, Vera Masagão. A formação de educadores e a constituição da educação de 

jovens   e   adultos   como   campo   pedagógico.   Educação   &   Sociedade.   v.20,   n.   68, 

Campinas: UNICAMP, dez, 1999.

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DISCIPLINA DE HISTÓRIA

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICO­METODOLÓGICO

A   História   é   um   conhecimento   construído   pelo   ser   humano   em   diferentes 

tempos e espaços. É a memória que se tornou pública, em geral, expressão das relações 

de   poder.   De   acordo     com   BEZERRA,   (2003   pg.   42)     “o   objetivo   primeiro   do 

conhecimento  histórico  é   a  compreensão  dos  processos  e  dos  sujeitos  históricos,  o 

desvendamento   das   relações   que   se   estabelecem   entre   os   grupos   humanos   em 

diferentes tempos e espaços”. 

Diferentes historiadores e sujeitos históricos contam a História a partir de sua 

visão de mundo. Nesse sentido não há  uma verdade única, mas sim aquela que foi 

tecida   por   um   grupo   social   em   diferentes   tempos   e   espaços.   Trata­se   de   um 

conhecimento científico, que precisa ser interpretado. 

Hoje,  por  exemplo  a  História     busca  os  diversos  aspectos  que  compõem a 

realidade histórica e tem nisso o seu objeto de estudo, deixando de lado uma História 

que a partir do século XIX privilegiava o fato político, os grandes feitos e os heróis em 

direção a um   progresso pautado pela   invenção do estado­nação que precisava ser 

legitimado. Nesse contexto, é criada a disciplina de História que tinha como função 

legitimar a identidade nacional.

Até   a   década   de   80,   do   século   XX,   a   disciplina   de   História   manteve   seu 

conteúdo eurocêntrico e sua divisão quadripartite, até hoje presente no currículo de 

muitos     cursos   universitários.   Numa   outra   perspectiva   algumas   universidades, 

começaram a abrir espaço ao estudo da História Oriental e da História da África. No 

entanto, essa é uma prática bem recente.

A História trata de toda ação humana no tempo em seus múltiplos aspectos: 

econômicos, culturais, políticos,  da vida cotidiana,  de gênero,   etc. Para se perceber 

como sujeito da História, o educando precisa reconhecer que essa ação transforma a 

sociedade, movimenta um espiral de mudanças, na qual há permanências e rupturas.

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O homem/mulher  como sujeito da História, deve ser conhecedor dos porquês, 

dos problemas, das idéias, das ideologias e que só com uma visão holística do mundo e 

da sociedade ele  se entenderá como cidadão ativo e conhecedor de seus direitos e de 

seus  deveres.

Na Educação de Jovens e Adultos deve­se levar em consideração o fato de que 

os  seus educandos possuem maior  experiência de vida e  que essa modalidade tem 

como finalidade e  objetivos  o  compromisso  com a  formação humana e o  acesso à 

cultura geral.  A diversidade presente na sala de aula, a partir dos diferentes perfis 

sociais, deve ser utilizada a favor do trabalho pedagógico no ensino de História. Pode­

se recorrer às diferenças para estabelecer comparações, levantar diferentes concepções 

de mundo e ainda buscar trabalhar com o respeito e a aceitação das diferenças.

É  preciso que o ensino de   História na Educação de Jovens e Adultos seja 

dinâmico e que o educando perceba que a História não está sepultada, mas sim em 

constante transformação, ou seja, é uma ciência em mutação. Nesse sentido, pode­se 

tomar sempre como ponto de partida e de chegada o próprio presente, onde estão 

inseridos   educandos  e   educadores.  Há   que   se   considerar  que  o  passado   explica   o 

presente, mas também o presente explica o passado. Isso não significa, no entanto, que 

se possa abrir mão do rigor na interpretação do passado, pois não se pode incorrer em 

anacronismos ou em posturas teleológicas.  É preciso estimular o interminável diálogo 

entre  o  presente   e  o  passado   levando em consideração as  especificidades  de  cada 

contexto histórico.

É fundamental que o educador de História  não atue  como reprodutor de um 

conhecimento pronto, de uma coleção inesgotável de fatos do passado. Mas,  que torne 

possível desconstruir na sala de aula os múltiplos olhares da História, criar argumentos 

que possam concordar  ou discordar  de  um autor,   tomar  posição diante  do  que  já 

ocorreu e ainda está ocorrendo. Não se pode ser um cidadão pleno sem que se realize 

uma análise crítica dos caminhos percorridos pelo homem/mulher ao longo da história.

Por   fim,   reconhecer  que esses   sujeitos   são  produtores  de  signos  e  utopias, 

capazes  de   transformar   a   natureza     e   escrever     sua  própria  História.   Portanto,   a 

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História é uma  construção coletiva em que  todos os sujeitos têm um papel principal e 

suas   ações   são   de   suma   importância   para   uma   participação   consciente   na 

transformação da  sociedade e do mundo em que vivem.

A disciplina atende os  eixos norteadores da proposta  da  EJA que abrange: 

Trabalho, Tempo e Cultura.

De   acordo   com   as   contribuições   da   historiografia,   nas   últimas   décadas   a 

aprendizagem histórica  se efetiva quando o conhecimento passa a ser experiência para 

o educando no sentido de que ele se aproprie do que aprendeu para ler e explicar o seu 

mundo.

No mundo contemporâneo um constante (re)pensar sobre a cultura escolar é 

fundamental   para   acompanhar   as   mudanças   que   ocorrem   quotidianamente   e   que 

implicam diretamente na vida de educandos e educadores. Nesse sentido, a partir de 

discussões   teórico­metodológicas   significativas   e   que   colocam   o   educando   na 

centralidade   do   processo   ensino­aprendizagem,   pretende­se   contribuir   para   uma 

prática de qualidade e de reflexão nas ações pedagógicas. 

Para isso, propõem­se a abordagem  dos conteúdos  a partir de temáticas, no 

ensino   de   História,   para   os     educandos   (as)   da   Educação   de   Jovens   e   Adultos 

rompendo, dessa forma, com a narrativa linear e factual num diálogo permanente com 

a realidade imediata sobre a qual se constituem os diversos saberes. Pretende­se com 

isso priorizar uma prática pautada na associação ensino­pesquisa e no uso de diferentes 

fontes e linguagens.

Nessa perspectiva, exige­se uma abordagem problematizadora dos conteúdos 

de   História,   em   que   educadores   e   educandos   possam   dialogar   e   nesse   diálogo, 

propiciar condições de pensar, argumentar e fundamentar suas opiniões através dos 

conteúdos   socialmente   significativos   relacionados   ao   contexto   político   e   social, 

reconhecendo a pluralidade étnica e cultural onde esses sujeitos estão inseridos.

Esta problematização deve propiciar uma análise crítica da realidade social, 

distinguindo­se da “educação bancária” em que o educador apresenta os conteúdos aos 

educandos, impondo­lhes um saber desprovido de reflexão (FREIRE, 1987).

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É impossível, ensinar tudo a todos, desta forma se faz necessário a seleção e a 

escolha   de   conteúdos   essenciais   que   possibilitem   o   êxito   no   processo   ensino­

aprendizagem e permitam satisfazer as necessidades dos educandos, respeitando suas 

especificidades,   objetivando   sua   formação  humanista   e   a   busca  de   sua   autonomia 

intelectual e moral.

Considerando a concepção do ensino de História pautada pela linha da cultura, 

optou­se   por   três   eixos   articuladores:   Relações   de   Poder,   Relações   de   Trabalho   e 

Relações   Culturais.   Esses   eixos   estabelecem   relações   entre   si   e   articulam­se   às 

temáticas que por sua vez articulam­se aos conteúdos.

Os  conteúdos  selecionados,   foram organizados  em quatro   temas  plurais  no 

Ensino   Fundamental:   Os   diferentes   sujeitos,   suas   culturas   e   suas   Histórias;   A 

Constituição Histórica  do  mundo  rural  e  urbano e  a   formação da  propriedade em 

diferentes tempos e espaços; O mundo do trabalho e os movimentos de resistência; 

Relações de dominação e Resistência: a formação do Estado e das Instituições Sociais. 

Para o Ensino Médio, os conteúdos estruturantes são: Relações de Trabalho, Relações 

de Poder  e  Relações Culturais contemplados pelos  temas:  Trabalho Escravo,  Servil, 

Assalariado e Trabalho Livre; Urbanização e Industrialização;  O Estado e as Relações 

de   Poder;   Os   Sujeitos,   as   Revoltas   e   as   Guerras;   Movimentos   Sociais,   Políticos   e 

Culturais e as Guerras e Revoluções; Cultura e Religiosidade além de contemplar as 

orientações  dos  Programas  Socioeducacionais   como:  Enfrentamento   à  Violência  na 

Escola; Prevenção ao uso indevido de Drogas; Educação Sexual, incluindo Gênero e 

Diversidade Sexual; 

Programa de Brigadas Escolares/Defesa Civil na Escola,  decreto 4837 de 04 de 

junho de  2012  .  Direitos  do   Idoso  e  Educação para  o Trânsito  em atendimento  à 

Resolução nº 10.741/03 e Lei nº 9.503/97 através dos conteúdos a serem abordados. É 

importante   que   na   abordagem   desses   conteúdos,   o   educador   crie   situações   de 

aprendizagem,  que respeitem o perfil dos educandos da EJA e possibilitem o diálogo 

entre os conceitos construídos cientificamente e a cultura do educando, considerando a 

sua História de vida, o ambiente social e cultural, e a identidade do grupo.

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A abordagem pode ser realizada partindo do não conhecido ao conhecido ou 

do conhecido ao conhecido de outra forma. Os conteúdos não devem ser trabalhados 

de forma isolada ou compartimentada, o estudo deve se dar de forma abrangente no 

tempo   e   no   espaço,   como   por   exemplo,   no   que   refere   as   questões   sociais,   as 

contradições, a Histórica local, conteúdos estes que estabeleçam relação entre o local e 

o global e possibilitem aos educandos, compreender as semelhanças e diferenças, as 

permanências e as  rupturas do contexto histórico.

Transformar os  conteúdos em “situações problemas” é   imprescindível    para 

demonstrar a relevância do que se vai estudar. O questionamento deve levar a reflexão 

crítica e permanente, possibilitando a construção de saberes socialmente significativos 

para que o educando interfira no sentido de transformar a sociedade, em que vive. 

Dessa forma o ensino de História será sempre possibilidade e nunca determinação.

É essencial no processo ensino­aprendizagem que a teoria esteja em sintonia 

com a prática, respeitando os níveis de compreensão dos educandos sobre a própria 

realidade.

Em suma,   esse  processo  deve   contribuir  para   formar  um educando   leitor   e 

escritor, que se aproprie dos conhecimentos históricos, a partir da leitura, análise e 

interpretação de diversas linguagens, bem como da produção de textos orais e escritos, 

que valorizem o fazer e o refletir. Também é importante que o educando da EJA possa 

ampliar a sua leitura de mundo percebendo­se como sujeito da História na busca da 

autonomia e da cidadania.

A produção do conhecimento, pelo historiador, requer um método específico, 

baseado na explicação e interpretação de fatos do passado. Construída a partir dos 

documentos e da experiência do historiador, a problematização produz uma narrativa 

histórica  que   tem como desafio   contemplar  a  diversidade  das  experiências   sociais, 

culturais e políticas dos sujeitos e suas relações.

SOBRE O MÉTODO DA HISTÓRIA

Para o aluno compreender como se dá a construção do conhecimento histórico, 

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o professor deve organizar seu trabalho pedagógico por meio:

•  do trabalho com vestígios e fontes históricas diversos;

•  da fundamentação na historiografia;

•  da problematização do conteúdo;

•   essa   organização   deve   ser   estruturada   por   narrativas   históricas 

produzidas pelos sujeitos.

SOBRE O TRABALHO COM VESTÍGIOS E FONTES HISTÓRICAS

Recorrer ao uso de vestígios  e  fontes  históricas nas aulas  de História pode 

favorecer o pensamento histórico e a iniciação aos métodos de trabalho do historiador. 

A intenção do trabalho com documentos em sala de aula é de desenvolver a autonomia 

intelectual adequada, que permita ao aluno realizar análises críticas da sociedade por 

meio de uma consciência histórica (BITTENCOURT, 2004).

O estudo das histórias locais é uma opção metodológica que enriquece e inova 

a relação de conteúdos a serem abordados, além de promover a busca de produções 

historiográficas diversas.  Segundo o historiador italiano Ivo Mattozzi (1998, p. 40), 

histórias   locais  permitem a   investigação  da   região  ou  dos   lugares   onde  os   alunos 

vivem, mas também das histórias de outras regiões ou cidades.

Esse historiador aponta alguns caminhos para o estudo das histórias locais: 

110 a   importância   da   dimensão   local   na   construção  do   conhecimento  do 

passado e que há fenômenos que devem ser analisados em uma pequena escala;

• a relação entre os fatos de dimensão local e os de dimensão nacional, 

continental ou mundial;

• o estudo e a compreensão das histórias locais do Outro (como as histórias 

dos indígenas, dos latino­americanos, dos africanos e dos povos do Oriente);

• o respeito pelo patrimônio que testemunha o passado local;

• os termos das questões relativas à administração e gestão do território em 

que vivem;

• a   função   e   o   valor   histórico­social   das   instituições   incumbidas   da 

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conservação do patrimônio e do estudo do passado;

• a utilização e divulgação pública de narrativas históricas das histórias 

locais.

SOBRE A IMPORTÂNCIA DA PROBLEMATIZAÇÃO DOS CONTEÚDOS TEMÁTICOS

  É   importante,   também,   problematizar   o   conteúdo   a   ser   trabalhado. 

Problematizar                o conhecimento histórico “significa em primeiro lugar partir do 

pressuposto  de   que   ensinar  História  é   construir   um  diálogo   entre  o  presente   e   o 

passado,   e   não   reproduzir   conhecimentos   neutros   e   acabados   sobre   fatos   que 

ocorreram em outras sociedades e outras épocas” (CAINELLI &   SCHMIDT, 2004, p. 

52).

Algumas   questões   podem   orientar   uma   abordagem   problematizadora   dos 

conteúdos,   tais  como:  “por  quê?”,   “como?”,   “quando?”,   “o  quê?”.  Entretanto,  essas 

questões são insuficientes, pois, além delas, será necessário levantar hipóteses acerca 

dos   acontecimentos   do   passado,   recorrer   as   fontes   históricas,   preferencialmente 

partindo do cotidiano dos alunos e do professor,  ou seja, “trabalhar conteúdos que 

dizem   respeito   à   sua   vida   pública   e   privada,   individual   e   coletiva”   (SCHMIDT   e 

CAINELLI, 2004, p. 53). A problematização teórica dos vestígios das experiências do 

passado   é   que   possibilita   a   sua   transformação   em   fontes   históricas   de   uma 

investigação.

ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE O MÉTODO DA HISTÓRIA

Ao usar o método da História, o professor deve considerar, também, que as 

ideias históricas dos estudantes são marcadas pelas suas experiências de vida e pelos 

meios de comunicação. Nas narrativas produzidas pelos estudantes estão presentes as 

concepções históricas da comunidade à  qual pertencem, seja na forma de adesão a 

essas ideias, seja na sua crítica. Tais ideias históricas, além do caráter de pertencimento 

social   e   cultural,   são   conhecimentos   que   estão   em   processo   de   constante 

transformação. Como tal, precisam ser consideradas na definição e problematização 

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dos conteúdos específicos.

HISTÓRIA TEMÁTICA

Para trabalhar com a História Temática deve­se se constituir uma problemática 

por meio da compreensão, na aula de História, das estruturas e das ações humanas que 

constituíram os processos históricos do presente,  tais  como a fome, desigualdade e 

exclusão social, confrontos identitários (individual, social, étnica, sexual, de gênero, de 

idade, de propriedade, de direitos, regionais e nacionais).

Assim, ao problematizar situações ligadas às Relações de Trabalho, de Poder e 

Culturais é possível explicar, interpretar e narrar o objeto de estudo da disciplina de 

história,  ou seja,  ações e   relações humanas no   tempo,   sendo que essas  devem ser 

abordadas  didaticamente,  no  processo  de  ensino/aprendizagem.   Isso  deve  ser   feito 

observando   os   recortes   espaço/temporal   e   conceituais   específicos,   à   luz   da 

historiografia de referência anunciadas nestas Diretrizes.

O   historiador   Ivo   Mattozzi   (2004)   estabeleceu   uma   metodologia   para   o 

trabalho temático, sob três dimensões: 

• primeira: deve­se focalizar o acontecimento, processo ou sujeito que se 

quer representar do ponto de vista historiográfico;

• segunda: é preciso delimitar o tema histórico em referências temporais 

fixas e estabelecer uma separação entre seu início e seu final;

• terceira: o professor e os alunos devem definir um espaço ou território de 

observação do conteúdo tematizado.

Para Ivo Mattozzi (2004), depois de selecionado o tema, o professor adotará 

três formas para construir uma narrativa histórica:

• narração: é uma forma de discurso em que se ordenam os fatos históricos 

de um período. Essa reconstrução representa o processo histórico relativo às mudanças 

e transformações por meio de acontecimentos que levem de um contexto inicial a um 

final;

• descrição: é a forma de representar um contexto histórico. É um recurso 

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para representar as permanências que ocorrem entre diferentes contextos. A descrição 

permite, também, o uso de narrações como exemplos ou provas do contexto histórico 

abordado;

• argumentação,   explicação   e   problematização:   a   problematização 

fundamenta   a   explicação   e   a   argumentação   histórica.   A   narrativa   histórica   é   a 

construção   de   uma   resposta   para   a   problemática   focalizada.   A   explicação   é   a 

reconstrução   de   determinadas   ações   e   relações   humanas,   e   a   argumentação   é   a 

resposta à problemática, a qual é construída pela narração e descrição.

O   trabalho   com   diferentes   documentos   requer   que   o   professor   conheça   a 

especificidade   de   sua   linguagem   e   a   sua   natureza,   bem   como   seus   limites   e 

possibilidades para o trato pedagógico. Para tanto, é necessário observar três níveis de 

indagação:

 • sobre a existência em si do documento: o que vem a ser o documento?

O que é capaz de dizer? Como podemos recuperar o sentido de seu dizer? Por 

que tal documento existe? Quem fez, em que circunstâncias e para que finalidade foi 

feito? 

• sobre   o   significado   do   documento   como   objeto:   o   que   significa   o 

documento como simples objeto? Como e por quem foi produzido? Qual é a relação do 

documento, como objeto singular,  no universo da produção? Qual a finalidade e o 

caráter necessário que comanda sua existência?

• sobre   o   significado   do   documento   como   sujeito:   por   quem   fala   tal 

documento?   De   que   história   particular   participou?   Que   ação   de   pensamento   está 

contida   em  seu   significado?  Em que   consiste   seu   ato  de  poder?   (MARSON,   apud 

BITTENCOURT, p. 332).

As   imagens,   livros,   jornais,   histórias   em   quadrinhos,   fotografias,   pinturas, 

gravuras, museus, filmes, músicas são documentos que podem ser transformados em 

materiais didáticos de grande valia na constituição do conhecimento histórico. Podem 

ser   aproveitados   de   diferentes   maneiras   em   aula,   como   exemplificam   Schmidt   e 

Cainelli (2004): na elaboração de biografias, na confecção de dossiês, representação de 

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danças folclóricas, exposição de objetos sobre o passado que  estejam ao alcance do 

aluno, com a descrição de cada objeto exposto e o contexto em que foram produzidos, 

de modo a estabelecer relações entre as fontes.

ORGANIZAÇÃO DOS CONTEÚDOS

Ensino Fundamental

CONTEÚDOS 

ESTRUTURAN

TES

CONTEÚDOS 

BÁSICOS

CONTEÚDOS – ENSINO FUNDAMENTAL

Relações 

de 

Trabalho; 

Relações 

Culturais e 

Relações 

de Poder.

A   experiência 

humana   no 

tempo;

Os sujeitos e suas 

relações   com   o 

outro no tempo;

As culturas locais 

e   a   cultura 

comum.

* CONSTRUÇÃO DO SUJEITO HISTÓRICO: o 

homem como sujeito histórico.

*   PRODUÇÃO   DO   CONHECIMENTO 

HISTÓRICO: o trabalho do historiador; diferentes 

temporalidades,   fontes   históricas,   patrimônio 

cultural;

* A origem do homem e o começo dos tempos.

*   DIVERSIDADE   CULTURAL   NO   PARANÁ:   o 

Paraná   no   Século   XV,   ocupação   do   espaço 

paranaense, o domínio cultural e político europeu, 

principais   etnias,   dominação   e   resistência, 

patrimônio cultural paranaense.

As   relações   de 

propriedade;

A   constituição 

histórica   do 

* MODOS DE DISTRIBUIÇÃO DA TERRA:

Primitiva;   Escravista;   Feudal;   Capitalista; 

Socialista.

* CONCENTRAÇÃO DE TERRAS NO BRASIL: 

Capitanias   hereditárias;   sesmarias;   reduções; 

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mundo do campo 

e   do   mundo   da 

cidade;

As relações entre 

o   campo   e   a 

cidade;

Conflitos   e 

resistências   e 

produção 

cultural 

campo/cidade.

engenhos;   leis   de   terras;   imigração   européia; 

oligarquias. 

*   A   QUESTÃO   DA   TERRA   NO   BRASIL 

CONTEMPORÂNEO:

Governo   Populista;   ditadura   militar;   nova 

república.

*   MOVIMENTOS   DE   LUTA   PELA   POSSE   DA 

TERRA NO ESTADO DO PARANÁ:

Rendeiros/meeiros,   posseiros,   quilombolas, 

faxinalenses e indígenas.

História   das 

relações   da 

humanidade   com 

o trabalho;

O   trabalho   e   a 

vida   em 

sociedade;

O   trabalho   e   as 

contradições   da 

modernidade;

Os   trabalhadores 

e as conquistas de 

FORMAÇÃO DO ESTADO NACIONAL: O Século 

das   Luzes;   O   Estado   Absolutista,   As   Revoluções 

Modernas;   O   poder  da   Igreja   no  Brasil   colônia. 

Separação entre Estado e Igreja no Brasil.

ESTADO   LIBERAL   CLÁSSICO:   Imperialismo, 

Primeira Guerra Mundial.

ESTADO   DITATORIAL   E   TOTALITARIO: 

ditadura   militar   no   Brasil,   ditadura   na   América 

espanhola,   princípios   fundamentais   do 

totalitarismo,   contexto   da   Segunda   Guerra, 

Apartheid.

ESTADO   INTERVENCIONISTA:   revolução   de 

1930, Crise de 1929, Constituição de 1934.

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direito;

A Constituição das 

Instituições 

Sociais;

A   Formação   do 

Estado;

Sujeitos,   Guerras 

e revoluções.

ESTADO POPULISTA: o populismo no Brasil e 

na América espanhola.

ESTADO   NEOLIBERAL:   origem,   emprego, 

flexibilização   dos   direitos   sociais,   neoliberalismo 

no Brasil.

CIDADANIA   E   PARTICIPAÇÃO:   Conceitos   de 

Cidadania   e   trabalho,   direitos   civis,   políticos     e 

sociais.

CIDADANIA EM DIFERENTE SOCIEDADES: 

A   Condição   da   Mulher;   Discriminações   e 

Preconceitos;   Desigualdade   Social;   Aquecimento 

Global.

DESAFIOS  E  OBSTÁCULOS  NA CONSTRUÇÃO 

DA   CIDADANIA   BRASILEIRA:   Educação   Fiscal; 

trabalho escravo e infantil, movimentos operários e 

sociais, a Constituição cidadã de 1988.

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ENSINO MÉDIO

EIXOS 

ORIENTA­

DORES

TEMAS CONTEÚDOS – ENSINO MÉDIO

Relações 

de 

Trabalho; 

Relações 

Culturais 

Relações 

de Poder.

Trabalho   Escravo, 

Servil,   Assalariado 

e o Trabalho Livre;

Construção do Sujeito Histórico;

O Trabalho nas Sociedades Primitivas;

O Trabalho nas Sociedades Clássicas;

O   Trabalho   e   as   Relações   Servis   no   Sistema 

Feudal;

O Trabalho no Mundo Capitalista.

Urbanização   e 

Industrialização

A   Organização   do   Sistema   Capitalista:   O 

Renascimento das Cidades e do Comércio;

Formação dos Estados Nacionais;

Iluminismo;

Absolutismo;

Renascimento;

Humanismo.

Estado   e   as 

Relações de Poder;

As   Grandes   Navegações   e   os   Descobrimentos 

Marítimos;

O  Sistema  Colonial  na  América  Espanhola  e 

Portuguesa;

Os   sujeitos,   as 

revoltas   e   as 

guerras;

As Guerras de Independência;

I Grande Guerra;

Revolução Russa;

Estados Totalitários na Europa;

II Guerra Mundial;

Guerra Fria;

Conflitos no Mundo Contemporâneo;

Movimentos  Movimentos Sociais no Brasil Imperial;

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Sociais,   Políticos   e 

Culturais   e   as 

Guerras   e 

Revoluções;

Proclamação da República no Brasil;

Republica Velha (Oligarquias);

Revolução de 30 e a Era Vargas;

República Populista no Brasil;

Ditadura Militar no Brasil;

Nova República;

Movimentos   de   Posse   pela   Terra   no   Brasil 

Contemporâneo;

Cultura   e 

Religiosidade;

Cultura Paranaense;

Principais Religiões do Mundo;

Diversidade Cultural Brasileira;

AVALIAÇÃO

A   avaliação   deverá   estar   a   serviço   da   aprendizagem   de   todos   os   alunos, 

permeando o conjunto das ações pedagógicas e não como elemento externo a este 

processo. Conforme Luckesi afirma que

Para  que  a  avaliação sirva  à  democratização do  ensino,  é   (preciso) modificar   de   classificatória   para   diagnóstica.   Ou   seja,   a   avaliação deverá ser assumida como um instrumento de compreensão do estágio de aprendizagem em que se encontra o aluno, tendo em vista tomar decisões   suficientes   e   satisfatórias   para   que   possa   avançar   no   seu processo de aprendizagem (LUCKESI, 2002. p.81).

O aprendizado e as  avaliações poderão ser  compreendidos como fenômeno 

compartilhado, contínuo, processual e diversificado, o que propicia uma análise crítica 

das práticas que podem ser retomadas e reorganizadas pelo professor e pelos alunos. 

Retomar a avaliação com os alunos permite, ainda, situá­los como parte de um 

coletivo, em que a responsabilidade pelo e com o grupo seja assumido com vistas a  

aprendizagem de todos.   Professores e alunos precisam entender que os pressupostos 

da avaliação, tais como finalidades, objetivos, critérios e instrumentos, podem permitir 

rever o que precisa ser melhorado ou já apreendido. Para isso o professor pode lançar 

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mão de várias formas avaliativas, tais como: Avaliação Diagnóstica, Avaliação Formativa  

e Avaliação Somativa.

As aulas serão expositivas e dialogadas com a participação dos alunos, com 

atividades individuais, em duplas ou grupos, para avaliar o quanto foi apreendido do 

conteúdo exposto, utilizando de debates, seminários, trabalhos variados e provas, para 

promover o estímulo à reflexão e a manifestação de pontos de vista diversos.

A avaliação deve ser feita de forma continua, mapeando e  identificando os 

problemas do aluno em seu desenvolvimento,  de  forma investigatória  na busca de 

promover   o   acesso   pleno   ao   conhecimento,   com meios   processuais   e   diagnósticos 

buscando sempre interagir com o conhecimento e a realidade dos alunos. Diante disso, 

entende­se que a avaliação deve estar a serviço da aprendizagem de todos os alunos, 

permeando o conjunto das ações pedagógicas, e não como elemento externo a este 

processo.

[...]   para   que   a   avaliação   sirva   à   democratização   do   ensino,   é (preciso)modificar a sua utilização de classificatória para diagnóstica. Ou seja,  a  avaliação deverá   ser  assumida  como um  instrumento  de compreensão do estágio de aprendizagem em que se encontra o aluno, tendo em vista tomar decisões suficientes e satisfatórias para que possa avançar no seu processo de aprendizagem (LUCKESI, 2002, p. 81).

Alguns pontos podem ser destacados como forma de auxiliar a percepção do 

professor quanto ao conteúdo apreendido pelos alunos, no processo de construção do 

conhecimento histórico. São eles:

1. Têm experiências no estabelecimento de limites históricos, como antes de 

Cristo   e   depois   de   Cristo,   geração,   década   e   século.   São   capazes   de   estabelecer 

sequência de datas e períodos, determinar sequência de objetos e imagens e relacionar 

acontecimentos com uma cronologia.

2. São   capazes   de   compreender   tipos   de   testemunho   que   o   historiador 

utiliza. Distinguem fontes primárias de secundárias. São conscientes da necessidade de 

serem críticos na análise de documento.  Têm consciência de como os historiadores 

empregam os testemunhos para chegarem a uma explicação do passado.

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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO                                           Pinhão ­ Paraná

3. Analisam as  diferentes  conjunturas  históricas  a  partir  das   relações  de 

trabalho, de poder e culturais.

4. Compreendem   o   significado   de   determinadas   palavras   num   contexto 

histórico.   Apropriam­se   de   conteúdos   e   conceitos   históricos.   Empregam   conceitos 

históricos para analisarem diferentes contextos.

5. Compreendem que o conhecimento histórico é  produzido com base no 

método da problematização de distintas fontes documentais e textos historiográficos a 

partir   dos   quais   o   pesquisador   produz   a   narrativa   histórica.   Compreendem  que   a 

produção   do   conhecimento   histórico   pode   validar,   refutar   ou   complementar   a 

produção historiográfica já existente.

6. Estabelecem   “comparações”   simples   entre   passado   e   presente,   com 

referência a uma diversidade de períodos, culturas e contextos sócio­históricos.

7. Entendem que a História é  tanto um estudo da continuidade como da 

mudança e da simultaneidade. Compreendem que um acontecimento histórico pode 

responder a uma multiplicidade de causas.

8. São capazes de se identificar como sujeitos que viveram no passado e 

cujas  opiniões,   atitudes,   culturas   e  perspectivas   temporais   são  diferentes  das   suas. 

Explicitam o respeito à diversidade étnico­racial, religiosa, social e econômica, a partir 

do conhecimento dos processos históricos. Compreendem a História como experiência 

social de sujeitos que constroem e participam do processo histórico.

É importante ter claro que o trabalho com documentos históricos exige formas 

diferentes   de   avaliação.   Schmidt   e   Cainelli   (2006)   apontam   duas   sugestões   de 

avaliações de documentos de naturezas diferentes: textos e imagens.

TEXTOS:

• Identificação: identificar o tema, o tipo de texto, a data de publicação, a 

época de produção, o autor e o contexto em que foi produzido;

• Leitura: sublinhar as palavras e expressões­chaves, resgatar e reagrupar 

as ideias principais e os temas secundários, e buscar o ponto de vista do autor;

• Explicação: compreender o sentido das palavras e expressões e esclarecer 

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as alusões contidas no texto;

• Interpretação: analisar a perspectiva do texto, comparar a outros fatos e 

pontos de vista e verificar em que medida o texto permite o conhecimento do passado.

IMAGENS:

• Identificação: identificar o tema, a natureza da imagem, a data, o autor, a 

função da imagem e o contexto;

• Leitura: observar a construção da imagem – o enquadramento, o ponto 

de vista, os planos. Distinguir os personagens, os lugares e outros elementos contidos 

na imagem;

• Explicação:  explicitar  a  atuação do autor  de  acordo  com o   suporte  e 

contexto de produção da imagem;

•   Interpretação:   compreender   a   perspectiva   da   imagem,   o   valor   do 

testemunho sobre a época e os símbolos apresentados.

Para o Ensino Fundamental  e  Médio,  a  avaliação da disciplina de História, 

nestas diretrizes, considera três aspectos:

•  A investigação e a apropriação de conceitos históricos pelos estudantes;

•  A compreensão das relações da vida humana (Conteúdos Estruturantes);

•  O aprendizado dos conteúdos básicos/temas históricos e específicos.

Na EJA – Educação de Jovens e Adultos, a recuperação paralela por registro 

dos estudos é necessária, pois além de se preocupar em continuar os estudos, esses 

adultos – na maioria – também têm outras preocupações e outros afazeres que ocupam 

sua mente, muitas vezes, tendo somente o tempo em que está presente na escola para 

desenvolver as atividades relacionadas ao estudo.

Uma vez percebida a dificuldade em uma forma de explanação do conteúdo e 

da   avaliação,   o   professor   deve   procurar   outros   meios   de   apresentar   esse   mesmo 

conteúdo  e   também outros   instrumentos  avaliativos,   oportunizando  aos   educandos 

diferentes possibilidades de apreender os conteúdos e outras formas de apresentar os 

resultados desse aprendizado.

Como sugestões de instrumentos avaliativos o professor poderá se utilizar de 

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seminários, debates, provas, trabalhos, produção de texto entre outros.

Partindo   das   variadas   formas   de   avaliação,   o   professor   deverá   observar   a 

desenvoltura   dos   alunos   ao   se   expressar   oralmente,   a   interpretação   dos   temas 

trabalhados, a coerência nas ideias, a contextualização e as mudanças e permanências 

em relação aos processos históricos. 

REFERÊNCIAS

BITTENCOURT,   Circe   (Org.).   O   saber   histórico   na   sala   de   aula.   São   Paulo: 

Contexto, 1998.

BLOCH, Marc. Introdução à História. Lisboa, Portugal: Europa­América, 1997. 

DAVIES, Nicholas (Org.). Para além dos conteúdos no ensino de história. Niterói: 

Eduff.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: Saberes necessários à prática educativa. São 

Paulo: Paz    e Terra, 2003.

HOBSBAWM, E. J. Nações e Nacionalismos desde 1780:  Programa, Mito e Realidade. 

Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2002.

______. A Era dos Extremos: o breve século XX: 1914­1991. São Paulo: Cia das Letras, 

1995.

KARNAL, Leandro (Org.). História na sala de aula. São Paulo: Contexto, 2003.

LUCKESI, C. C. Avaliação da Aprendizagem escolar. São Paulo: Cortez, 2002.

PINSKI, J; PINSKI, C.B. História da Cidadania. São Paulo: Contexto, 2003.

SEED. Diretrizes Curriculares da Educação Básica: História. Curitiba: SEED, 2008.

SILVA, Marcos A. da (Org.). Repensando a história. Rio de Janeiro: Marco Zero, 1984. 

SILVA, Thelma Nobre Machado Bittencourt & RABELLO, Heloisa de Jesus. O ensino da 

história. Niterói, RJ: Eduff, 1992.

VEYNE, Paul. & DOBBY, George. (Org). Coleção: História da Vida Privada. São Paulo: 

Companhia de Bolso, 2009.

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DISCIPLINA DE GEOGRAFIA 

     FUNDAMENTOS TEÓRICOS­METODOLÓGICOS

Atualmente, a grande velocidade com que vem ocorrendo as transformações no 

espaço planetário, tem levado a escola a rever conceitos e metodologias, pois esses 

refletem diretamente nos elementos fundamentais do ensino da Geografia,que inicia­se 

pelas reflexões epistemológicas do seu objeto de estudo, hoje entendido como o Espaço 

Geográfico   e   sua   composição   conceitual  básica   ­   lugar  paisagem,   região,   território 

natureza, sociedade entre outros.

        Para iniciar a reflexão sobre o ensino de Geografia se colocam algumas questões: 

O que é Geografia? Para que serve? Como ensinar Geografia?

     Para responder a essas questões, faz­se necessário esclarecer que a Geografia como 

ciência, sofreu ao longo da história profundas transformações, tanto em nível teórico 

quanto  metodológico.   Até   as   primeiras   décadas   do   século   XX,   predominavam  nas 

escolas concepções tradicionais e os livros se limitavam a uma Geografia puramente 

descritiva e enumerativa, tipo catálogo. Os educandos eram obrigados a memorizar 

listas intermináveis de nomes e números, ou confundiam a Geografia com a topografia 

e a cartografia.

Esta  Geografia   tradicional,   centrada   na   observação   e   na   descrição 

principalmente do quadro natural estrutura­se em três aspectos: os físicos, os humanos 

e os econômicos.

Os aspectos físicos, nesta concepção, são considerados os mais importantes. 

Abrangem especialmente a hidrografia (rios, bacias hidrográficas, redes fluviais e tudo 

o que se refere ao mundo das águas); o relevo (planícies, planaltos, serras – ou seja, as 

formas da superfície terrestre); o clima ( calor, frio, geada, neve e estados do tempo 

em geral); e a vegetação (florestas, campos, cerrados, caatinga e temas relacionados à 

distribuição das espécies vegetais pela superfície terrestre). 

Os aspectos humanos referem­se ao homem “inserido” no quadro natural, 

como se a paisagem tivesse sido moldada para recebê­lo e fornecer­lhe suas “dádivas”, 

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ou seja, seus recursos: solo, água, animais, vegetais e minerais, por exemplo.

Por   fim,   na   parte   econômica   busca­se   explicar   como   o   homem   explora   e 

transforma o ambiente por meio das atividades econômicas, expressas pela seguinte 

ordem: extrativismo, agricultura,  pecuária,   indústria,  comércio,  serviços e  meios de 

transporte – a circulação no território.

Observa­se que, na Geografia tradicional, o ensino desenvolve­se por meio de 

blocos   (Geografia   física,   humana   e   econômica)   que   não   se   relacionam   nem 

internamente, nem entre si, desarticulados no espaço e no tempo. Na Geografia física, 

por exemplo, não é estabelecida uma relação entre clima, solo, relevo e hidrografia, 

faz­se  uma descrição sem correlações  entre os  elementos.  Com tudo  isso,   segundo 

MORAES   (1993,   p.93),   no  Brasil,  “a   partir   de   1970,   a   Geografia   Tradicional   está  

definitivamente   enterrada;   suas  manifestações,   dessa   data   em  diante,   vão   soar   como  

sobrevivências, resquícios de um passado já superado”.

Assim,  se   faz necessário   repensar  o  ensino  e  a  construção do conhecimento 

geográfico, bem como a serviço de quem está  esse conhecimento. Qual o papel do 

ensino de Geografia na formação de um cidadão crítico da organização da realidade 

sócio espacial.

A partir da compreensão do espaço geográfico como “um conjunto indissociável, 

solidário  e   também contraditório  de  sistemas,  de  objetos  e   sistemas  de ações,  não 

considerados isoladamente, mas como quadro único no qual a história se dá”,  Santos 

(1996,   p.51),   propõe   uma   concepção   de   geografia   que   possibilite     ao   educando 

desenvolver um conhecimento do espaço, que o auxilie na compreensão do mundo, 

privilegiando a sua dimensão sócio espacial. Para MORAES (1998, p.166), “formar o 

indivíduo   crítico   implica   estimular   o   aluno   questionador,   dando­lhe   não   uma 

explicação pronta do mundo, mas elementos para o próprio questionamento das várias 

explicações. Formar o cidadão democrático implica investir na sedimentação no aluno 

do respeito à diferença, considerando a pluralidade de visões como um valor em si”.

Nesse contexto, a Geografia explicita o seu objetivo, de analisar e interpretar o 

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espaço   geográfico,   partindo   da   compreensão   de   que   o   espaço   é   entendido   como 

produto das múltiplas,  reais e complexas relações, pois, como mostra SANTOS (2001, 

p.174) “vive­se em um mundo de indefinição entre o real e o que imagina­se dele”. E, em 

conformidade com RESENDE (1986, p.181) “é  preciso reconhecer a existência de um 

saber geográfico, que é próprio do educando trabalhador, um saber que está diretamente  

ligado com sua atitude intelectiva, respondendo sempre ao seu caráter social, objetivo, de  

um todo integrado, um espaço real”.

Desse  modo,  à  Geografia   escolar   cabe   fornecer   subsídios  que  permitam aos 

educandos compreenderem a realidade que os cerca em sua dimensão espacial, em sua 

complexidade e em sua velocidade, onde o espaço seja entendido como o produto das 

relações reais, que a sociedade estabelece entre si e com a natureza. Segundo CARLOS 

(2002, p.165) “A sociedade não é passiva diante da natureza; existe um procedimento 

dialético entre ambas que reproduz espaços e sociedades diferenciados em função de 

momentos históricos específicos e diferenciados. Nesse sentido, o espaço é humano não 

porque o homem o habita, mas porque o produz”.

Compreender as contradições presentes no espaço é o objetivo do conhecimento 

geográfico,   ou   seja,   perceber   além   da   paisagem   visível.  Torna­se   urgente,   assim, 

romper com a compartimentalização do conhecimento geográfico. Neste sentido, faz­se 

necessário considerar o espaço geográfico a partir  de vários aspectos  interligados e 

interdependentes,   aos   fenômenos  naturais   e   as   ações   humanas,   as   transformações 

impostas pelas relações sociais  e as questões ambientais de alcance planetário,  não 

desprezando a base local e regional.

Nesse contexto, o homem passa a ser  visto como sujeito, ser social e histórico 

que produz o mundo e a si próprio. Segundo CAVALCANTI (1998, p.192) “O ensino de 

geografia   deve   propiciar   ao   aluno   a   compreensão   de   espaço   geográfico   na   sua 

concretude,   nas   suas   contradições,   contribuindo   para   a   formação   de   raciocínios   e 

concepções mais articulados e aprofundados a respeito do espaço, pensando os fatos e 

acontecimentos mediante várias explicações”. 

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O ensino de Geografia comprometido com as mudanças sociais revela as 

contradições presentes na construção do espaço, inerentes ao modo como homens e 

mulheres transformam e se apropriam da natureza. Nesta perspectiva, há que se tornar 

possível ao educando perceber­se como parte integrante da sociedade, do espaço e da 

natureza. Daí a possibilidade dele poder (re)pensar a realidade em que está inserido, 

descobrindo­se   nela   e   percebendo­se   na   sua   totalidade,   onde   revelam­se   as 

desigualdades e as contradições. Sob tal perspectiva, o ensino de Geografia contribui 

na   formação   de   um   cidadão   mais   completo,   que   se   percebe   como   agente   das 

transformações sócio espaciais, reconhecendo as temporalidades e o seu papel ativo 

nos processos.

                METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Percebe­se que a prática metodológica no tocante ao ensino de Geografia, 

tem sido assentada em aulas expositivas, na leitura de textos e  em questionários com 

respostas   pré­determinadas,   tendo   como   objetivo   a   memorização   dos   conteúdos. 

Porém, tal prática tem se mostrado insuficiente para que se concretize a construção do 

conhecimento geográfico. Portanto, faz­se necessário repensar a metodologia para que, 

de fato, se assegurem os objetivos a que a disciplina de Geografia se propõe.

É preciso que o educando se perceba enquanto sujeito, como produto e ao 

mesmo tempo  transformador do espaço, por meio de suas ações e até mesmo de suas 

omissões. Para isso,os conteúdos da Geografia devem ser trabalhados de forma crítica e 

dinâmica,interligados as diversas realidades do aluno que irá construir e se apropriar 

dos conceitos fundamentais do conhecimento geográfico,apresentados à ele, através de 

um   planejamento   que   articule   o   conhecimento   espacial   prévio   dos   alunos   ao 

conhecimento científico no sentido de superar o senso comum.

É   importante   que   a   escolha   da   metodologia   possibilite   ao   educando 

mecanismos de análise e reflexão sobre sua condição. Segundo FREIRE (1983, p.61): 

“não há educação fora das sociedades humanas e não há homens isolados”, portanto, é 

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importante   a   valorização   dos   saberes   que   os   educandos   possuem   e   que   foram 

acumulados ao longo de suas existências. Esses saberes devem ser o ponto de partida 

para a construção de outros saberes. No caso da Geografia, tais pressupostos se tornam 

mais evidentes e necessários.

A realidade dos educandos deve ser valorizada e a metodologia deve tornar 

os conteúdos significativos para que, por intermédio do diálogo, se busque explicitar e 

oportunizar   a   observação,   a   análise   e   a   reflexão,   categorias   essenciais   para   o 

desenvolvimento de “um olhar geográfico” da realidade, ou seja, do mundo vivido.

Nessa   perspectiva   a   problematização   surge   como   metodologia   para   a 

abordagem   dos   conteúdos   ou   temas.   Problematizar   significa   levantar   questões 

referentes   ao   tema   e   ao   cotidiano   dos   educandos,   o   que   implica   em   expor   as 

contradições que estão postas, buscar explicações e relações  e construir conceitos.  A 

problematização pressupõe que se estabeleça o diálogo, ou seja, que o educando seja 

ouvido, o que significa envolve­lo na construção do conhecimento.

CONTEÚDOS DE GEOGRAFIA

Considerando a concepção do ensino de Geografia, numa perspectiva crítica e 

dialética e tendo em vista que no seu encaminhamento metodológico é fundamental 

considerar os saberes que os educandos trazem consigo, vinculados a sua história de 

vida e atendendo as DCE's os conteúdos estruturantes da Geografia estão organizados 

nas seguintes dimensões: Dimensão econômica, política, socioambiental, cultural e 

demográfica do espaço geográfico. 

Esses   eixos   estabelecem   relações   entre   si   e   permitem   a   compreensão   da 

totalidade do espaço geográfico. Vale ressaltar, que a totalidade aqui não é a soma, 

mas o conjunto da formação sócio espacial. Os conteúdos  devem ser trabalhados nas 

suas interrelações,  rompendo­se com a compartimentalização e com a linearidade do 

conhecimento geográfico,  possibilitando a explicitação do processo de produção do 

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espaço pelas sociedades.

Cabe   ao   professor,   como   mediador   na   construção   do   conhecimento,   criar 

situações de aprendizagem, tomando como ponto de partida as experiências concretas 

dos educandos no seu local de vivência, seja uma área rural, uma aldeia indígena ou 

no meio urbano, de modo a permitir a resignificação de sua visão de mundo e sempre 

que   possível   estabelecer   relações   interdisciplinares   dos   conteúdos   geográficos   em 

estudo   com   os   temas   contemporâneos   como   História   Cultura   Afro­Brasileira(Lei 

nº10.639/03)   e   Cultura   Indígena(Lei   nº11525/07),Meio   Ambiente(Lei 

nº9.795/99),Educação   Tributária   e   Fiscal(Decreto   nº1143/99­Portaria   nº413/02)   e 

Programas   sócio   educacionais(enfrentamento   a   violência,   prevenção   de   drogas, 

sexualidade,   gênero  e  diversidade   sexual),  Programa  de  Brigadas  Escolares/Defesa 

Civil na Escola,  decreto 4837 de 04 de junho de 2012 . Direitos do Idoso e Educação 

para o Trânsito obrigatoriedade dos conteúdos dos Direitos do Idoso e Educação para o 

Trânsito   em   atendimento   à   Resolução   nº   10.741/03   e   Lei   nº   9.503/97.   Serão 

abordados   de   forma   contextualizada   e   relacionadas   aos   conteúdos   da   disciplina, 

sempre que for possível a articulação entre os mesmos. 

    Ensino Fundamental e Médio 

Os conteúdos propostos são os mesmos para o Ensino Fundamental e para o 

Ensino Médio. A abordagem dos conteúdos, deve ser diferenciada nos níveis de ensino 

a  partir  do  grau  de  aprofundamento  e  de  complexidade dos   textos.  Os   conteúdos 

devem ser trabalhados em diferentes escalas: local, regional, nacional e global.Porém é 

necessário que o educador perceba que o espaço geográfico só pode ser entendido em 

sua   totalidade,   sendo   que   os   recortes   de   análise   espacial,   devem   ser   apenas 

procedimentos   operacionais   para   decompor   o   espaço,   para   depois   recompô­lo, 

sobretudo para facilitar a compreensão do educando.

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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO                                           Pinhão ­ Paraná

CONTEÚDOS DO ENSINO FUNDAMENTAL E  MÉDIO

Conteúdos 

Estruturantes

Conteúdos Básicos Conteúdos Específicos

­ Dimensão 

Econômica do 

Espaço 

Geográfico

­ Dimensão 

Política do 

Espaço 

Geográfico

­ Dimensão 

Cultural do 

­ Formação e transformação 

das paisagens naturais e 

culturais.

­ Elementos naturais e culturais das 

paisagens terrestres.

­ Relações entre trabalho, sociedade, 

natureza e tecnologias.

­ A distribuição espacial das 

atividades produtivas e a 

(re)organização do espaço 

geográfico.

­ Transformações no espaço geográfico 

ao longo do tempo.

­ Movimentos de rotação e translação 

da Terra e suas consequências.

­ Zonas térmicas da Terra.

­ Dinâmica da natureza e a 

alteração pelo emprego de 

tecnologias de exploração e 

produção.

­ Modificações no espaço geográfico 

com o desenvolvimento das técnicas.

­ As relações entre campo e 

cidade na sociedade 

capitalista.

­ O ambiente da cidade; o ambiente do 

campo e suas relações de 

interdependência.

­ A transformação 

demográfica, a distribuição 

espacial e os indicadores 

estatísticos da população

­ Conceitos demográficos 

fundamentais: países populosos e 

povoados; população absoluta e 

relativa; taxa de natalidade e 

mortalidade.

­A mobilidade populacional e 

as manifestações sócio 

espaciais da diversidade 

cultural.

­ Cultura indígena.

­ O indígena na atualidade.

­ Negros no Brasil.

­ Cultura negra.

­ Imigrantes na paisagem brasileira

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Espaço 

Geográfico

Dimensão 

Socioambienta

l do Espaço 

Geográfico

­ Movimentos migratórios e 

suas motivações

­ Migrações internas e externas.

­ Tipos de migração interna: rural­

urbana, inter­regional, sazonal, 

pendular.

­ A formação, mobilidade das 

fronteiras e a reconfiguração 

do território brasileiro.

­ As diversas regionalizações 

do espaço brasileiro.

­ Formação do território brasileiro.

­ Localização do Brasil.

­ Regionalização do IBGE: Norte, 

Nordeste, Centro­Oeste, Sudeste e Sul.

­ Regionalização geoeconômica: 

Nordeste, Amazônia, Centro­Sul.

­ A formação, o crescimento 

das cidades, a dinâmica dos 

espaços urbanos e a 

urbanização.

­ Urbanização Brasileira.

­ Origem dos aglomerados urbanos.

­ Classificação das cidades brasileiras.

­ Regiões metropolitanas.

­ Problemas urbanos.

­ O espaço rural e a 

modernização da agricultura.

­ Agropecuária no Brasil.

­ Agronegócio.

­ Produção agrícola brasileira.

­ Técnicas empregadas no espaço 

agropecuário brasileiro: Agricultura 

Tradicional e Comercial.

­ Cultivos transgênicos e orgânicos.

­ As diversas regionalizações 

do espaço geográfico.

­ Países capitalistas e socialistas: A 

Guerra Fria.

­ Países Desenvolvidos e 

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Subdesenvolvidos.

­ Países do Norte e Países do Sul.

­ Regionalização de acordo com o IDH.

­ A nova ordem mundial, os 

territórios supranacionais e o 

papel do Estado.

­ A divisão internacional do trabalho e 

a nova ordem mundial.

­ Os blocos econômicos: União 

Européia, Mercosul, Nafta, Apec e 

outras associações.

­ A circulação da mão­de­

obra, do capital, das 

mercadorias e das 

informações.

­A revolução técnico­

científico­informacional e os 

novos arranjos no espaço da 

produção

­ A economia mundial atual.

­ A economia global e as 

transformações no espaço geográfico.

­ As novas relações de trabalho.

­ Os centros de poder na economia 

global.

­ A economia global e o aumento do 

desemprego.

­ O comércio mundial e as 

implicações socioespaciais.

­ As Transnacionais.

­ Os financiadores da economia 

mundial: O Fundo Monetário 

Internacional e o Banco Mundial.

­ A Organização Mundial do Comércio.

­ O espaço em rede: 

produção, transporte e 

comunicações na atual 

configuração territorial.

­ Sistemas de transporte e o fluxo de 

mercadorias e pessoas.

­ Sistemas de comunicações e as 

transformações no espaço geográfico.

­ Formação, localização e 

utilização dos recursos 

naturais.

­ Recursos energéticos no mundo e no 

Brasil.

­Petróleo, gás natural, carvão mineral, 

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biomassa, hidroeletricidade, energia 

nuclear e outras fontes de energia.

­ A formação, mobilidade das 

fronteiras e a reconfiguração 

dos territórios do continente 

americano.

­ Localização e Regionalização do 

continente americano.

­ A formação histórica do continente 

americano.

Aspectos naturais, populacionais e 

econômicos do continente americano.

AVALIAÇÃO

A avaliação dar­se­á de acordo com a legislação educacional LDBEN 9394/96 

Deliberação   07/99   do   CEE,   Diretrizes   Curriculares   da   Educação   Básica,   PPP   e 

Regimento   Escolar   e   deve   tanto   acompanhar   a   aprendizagem   dos   alunos   quanto 

nortear o trabalho do professor.

Assim, esta diretriz propõe que o processo de avaliação esteja articulado com os 

conteúdos estruturantes,  os conceitos geográficos, o objeto de estudo, as categorias 

espaço­tempo, a relação sociedade/natureza e as relações de poder; contemplando a 

escala local e global e vice­versa. Que essa  avaliação seja diagnóstica e continuada e 

que contemplem diversas práticas pedagógicas.

Dessa forma, destaca­se ainda, que a proposta avaliativa deve estar bem clara 

para os alunos,saibam como serão avaliados em cada atividade proposta.

Para que a avaliação cumpra o seu papel como parte  integrante do processo 

ensino­aprendizagem, se faz necessário definir o objetivo da atividade avaliativa e o 

conteúdo   a   ser   avaliado.   Utilizar   instrumentos   diferenciados   (trabalhos,   provas, 

debates, textos e outros)  qualificar os resultados, para que a partir deles o educando 

possa refletir e opinar sobre os saberes construídos e os conhecimentos organizados e 

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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO                                           Pinhão ­ Paraná

para que o educador possa rever a sua prática pedagógica. 

A avaliação deve contemplar situações formais e  informais e utilizar diversas 

linguagens,   dessa   forma,   o   educador   deve   encaminhar   as   ações   do   dia­a­dia, 

possibilitando   a   construção   de   conceitos   e,   ao   mesmo   tempo,   acompanhando   o 

desenvolvimento da aprendizagem dos educandos, para que, de fato, possa se efetivar 

a construção da sua autonomia e cidadania plena.

REFERÊNCIAS 

CARLOS, Ana Fani A. A Geografia brasileira hoje: Algumas reflexões. São Paulo: Terra 

Livre/AGB, vol. 1, nº 18, 2002.

CASTROGIOVANNI,   Antonio   Carlos,   (org.)  Geografia   em   sala   de   aula:   Práticas   e 

Reflexões.   Porto   Alegre,   RS:   Editora   da   Universidade   Federal   do   Rio   Grande   do 

Sul/AGB, 1999.

CAVALCANTI,   L.S.   Geografia:   escola   e   construção   de   conhecimentos.   Campinas: 

Papirus, 1998.

FREIRE, Paulo. Educação e Mudança. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1983.

MORAES, Antonio C R. Geografia: Pequena História Crítica. São Paulo: Hucitec, 1993.

MOREIRA, Ruy. O que é Geografia. São Paulo: Brasiliense, 1981.

RESENDE, M.S. A Geografia do aluno trabalhador. São Paulo: Loyola, 1986.

RODRIGUES, Neidson. Por uma nova escola. São Paulo: Cortez, 1987.

SANTOS, Milton. A Natureza do Espaço: técnica e tempo, razão e emoção. São Paulo: 

Hucitec, 1996.

_______ Por uma outra globalização: do pensamento único à consciência universal. Rio 

de Janeiro: Record, 2001.

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DISCIPLINA DE ENSINO RELIGIOSO

     FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICO­METODOLÓGICA

A disciplina de Ensino Religioso contribuirá para superar desigualdades étnico­

religiosas, para garantir o direito Constitucional de liberdade de crença e expressão e, 

por consequência, o direito à liberdade individual e política. Desta forma atenderá um 

dos objetivos da educação básica que, segundo a LDB 9394/96, é o desenvolvimento 

da cidadania.  Após uma longa trajetória histórica do Ensino Religioso no Brasil, com a 

nova   redação   ao   artigo   33   da   LDBEN   9394/96,   cumpre   destacar   que,   o   Ensino 

Religioso é parte integrante da formação básico do cidadão assegurado o respeito à 

diversidade cultural religiosa do Brasil, sendo proibido toda forma de proselitismo.

O   Ensino   Religioso   contribuiu   também   para   superar   a   desigualdade   etnico­

religiosa   e   garantir   o   direito   Constitucional   de   liberdade   de   crença   e   expressão, 

conforme Art. 5o, inciso VI, da Constituição Brasileira. 

             Assim sendo, a disciplina de Ensino Religioso tem muito a acrescentar,  pois 

permitirá   que  os   educandos  possam  refletir   e   entender   como os  grupos   sociais   se 

constitui   culturalmente   e   como   se   relacionam   com   o   Sagrado,   objeto   de   estudo. 

Também contribui para compreensão da importância das religiões na vida das pessoas, 

pois  não   trata  apenas  do   fenômeno religioso,  mas  da  própria  humanidade  no   seu 

desenvolvimento histórico, fundamental nas organizações econômicas, sociais, políticas 

e culturais, portanto um conteúdo muito amplo, abrangendo variedades de assuntos 

relevantes para a formação básica do cidadão e cidadã.

Religião   e   conhecimento   religioso   são   patrimônios   da   humanidade,   pois, 

constituíram­se   historicamente   na   inter­relação   dos   aspectos   culturais,   sociais, 

econômicos e políticos. Em virtude disso, a disciplina de Ensino Religioso na escola 

fundamental  deve orientar­se para a apropriação dos saberes sobre as expressões e 

organizações religiosas  das diversas culturas na sua relação com outros campos do 

conhecimento (DCE Ensino Religioso).

O desafio mais eminente da nova abordagem do Ensino Religioso é, portanto, 

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superar toda e qualquer forma de apologia ou imposição de um determinado grupo de 

preceitos e sacramentos, pois, na medida em que uma doutrinação religiosa ou moral 

impõe um modo adequado de agir e pensar, de forma heterônoma e excludente, ela 

impede o exercício da autonomia de escolha, de contestação e até mesmo de criação de 

novos valores.

Conforme as DCEs de Ensino Religioso, qualquer religião deve ser tratada como 

conteúdo escolar, uma vez que o Sagrado compõe o universo cultural humano e faz 

parte   do   modelo   de   organização   de   diferentes   sociedades.   Deve   propiciar   a 

compreensão,   comparação  e  análise  das  diferentes  manifestações  do  Sagrado,   com 

vistas à interpretação dos seus múltiplos significados. Ainda, subsidiará os educandos 

na   compreensão   de   conceitos   básicos   no   campo   religioso   e   na   forma   como   as 

sociedades são influenciadas pelas tradições religiosas, tanto na afirmação quanto na 

negação do Sagrado.

O espaço e o sentido do Sagrado, não se constituem, no entendimento dessas 

Diretrizes,   como   um  a   priori.     Ao   contrário,   no   contexto   da   educação   laica   e 

republicana,  as  interpretações e experiências do Sagrado devem ser compreendidas 

racionalmente como resultado de representações construídas historicamente no âmbito 

das diversas culturas e tradições religiosas e filosóficas. Não se trata, portanto, de viver 

a experiência religiosa ou a experiência do Sagrado, tampouco de aceitar tradições, 

ethos,   conceitos,   sem   maiores   considerações,   trata­se   antes,   de   estudá­las   para 

compreendê­las, de problematizá­las. Sagrado é, pois, o olhar que se tem sobre algo ou 

a   forma   como   se   vê   determinado   fenômeno.   Aquilo   que   para   alguns   é   normal   e 

corriqueiro, para outros é encantador, sublime, extraordinário, repleto de importância 

e,   portanto,   merecedor   de   um   tratamento   diferenciado   como   exemplo,   um 

determinado objeto que pode ser Sagrado para uma pessoa ou na coletividade, para 

outros não passa de apenas mais um objeto. O mesmo ocorre com locais,   templos, 

símbolos, textos orais ou escritos, manifestações, entre outros.

Para que o Sagrado seja  tratado como saber (escolar) e possa ser objeto do 

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Ensino   Religioso   é   necessário   buscar   relações   de   conteúdos   que   possam   traçar 

caminhos para atingir o objeto e compreender qual é o papel da disciplina de Ensino 

Religioso como parte do sistema escolar.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Paisagem Religiosa,

Universo Simbólico Religioso e

Textos Sagrados.

CONTEÚDOS BÁSICOS

O ENSINO RELIGIOSO 

NA ESCOLA PÚBLICA

1. Orientações Legais

2. Objetivos

3. Principais diferenças entre as aulas de Religião e o 

Ensino Religioso como disciplina escolar.

LUGARES SAGRADOS Caracterização dos lugares e templos sagrados: lugares de 

peregrinação,   de   everência,   de   culto,   de   identidade, 

principais práticas de expressão do sagrado estes locais. 

1.32 Lugares   na   natureza:   rios,   lagos,   montanhas, 

grutas, cachoeiras, etc.

1.33 Lugares  construídos:   templos,   cidades  sagradas, 

etc.

TEXTOS   ORAIS   E 

ESCRITOS SAGRADOS

Ensinamentos   sagrados   transmitidos   de   forma   oral   e 

escritos pelas diferentes culturas religiosas.

­   Literatura   oral   e   escrita   (cantos,   narrativas,   poemas, 

orações, etc.).

Exemplos: Vedas ­ Hinduismo, Escrituras Bahá'ís ­ Fé Bahá'I, 

Tradições   Orais   Africanas,   Afro­brasileiras   e   Ameríndias, 

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Alcorão ­ Islamismo, Etc.

ORGANIZAÇÕES 

RELIGIOSAS

As organizações religiosas compõem os sistemas religiosos 

organizados   institucionalmente.   Serão   tratadas   como 

conteúdos, destacando­se as suas principais características 

de  organização,  estrutura  e  dinâmica  social  dos   sistemas 

religiosos   que   expressam   as   diferentes   formas   de 

compreensão e de relações com o sagrado.

16 Fundadores e/ou Líderes Religiosos.

17 Estruturas Hierárquicas.

Exemplos de Organizações Religiosas Mundiais e Regionais: 

Budismo   (Sidarta   Gautama),   Confucionismo   (Confúcio), 

Espiritismo (Allan Kardec), Taoísmo (Lao Tsé), Etc.

SÍMBOLOS 

RELIGIOSOS

Os   símbolos   são   linguagens   que   expressam   sentidos, 

comunicam   e   exercem   papel   relevante   para   a   vida 

imaginativa e para constituição das diferentes religiões no 

mundo.

5. Símbolos das religiões existentesTEMPORALIDADE 

SAGRADA 

Podem­se trabalhar a temporalidade Sagrada apresentando 

nas   aulas   de   Ensino   Religioso   o   evento   da   criação   nas 

diversas tradições religiosas, os calendários e seus tempos 

Sagrados (nascimento do líder religioso, passagem de ano, 

data   de   rituais,   festas,   dias   da   semana,   calendários 

religiosos).   Entre   os   exemplos   podemos   citar   o   Natal 

(cristão),  Kumba  Mela   (hinduísmo),   Losar   (passagem do 

ano tibetano)

e outros.RITOS São   práticas   celebrativas   das   tradições/manifestações 

religiosas, formadas por um conjunto de rituais. Pode ser 

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compreendido como a recapitulação de um acontecimento 

sagrado   anterior,   é   imitação,   serve   à   memória   e   à 

preservação   da   identidade   de   diferentes 

tradições/manifestações   religiosas   e   também   podem 

remeter a possibilidade futura a partir  de transformações 

presentes.

6. Ritos de passagem

7. Mortuários

8. Propiciatórios

9. Outros

Exemplos:   Dança   (Xire)   ­   Candomblé,   Kiki   (kaingang   ­ 

ritual fúnebre), Via Sacra, Festejo indígena de colheita, etc.

FESTAS RELIGIOSAS São   os   eventos   organizados   pelos   diferentes   grupos 

religiosos,   com   objetivos   diversos:   confraternização, 

rememoração dos símbolos, períodos ou datas importantes.

11

12

Exemplos:   Festa   do   Dente   Sagrado   (Budismo),   Ramadã 

(Islâmica), Kuarup (indígena), Festa.

de Iemanjá (Afro­brasileira), Pessach (Judaísmo), Etc.

VIDA E MORTE As   respostas   elaboradas   para   vida   além   da   morte   nas 

diversas   tradições/manifestações   religiosas   e   sua   relação 

com o sagrado.

14 O   sentido   da   vida   nas 

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tradições/manifestações religiosas;

15 Reencarnação;

16 Ressurreição ­ ação de voltar à vida;

17 Além morte;

18 Ancestralidade  ­  vida  dos  antepassados   ­ 

espíritos   dos   antepassados   se   torna 

presentes;

19 Outras interpretações.

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

           O Ensino Religioso no sentido de contribuir para a formação da cidadania, como 

toda disciplina escolar, tem uma prática docente metodológica própria. Numa visão 

pedagógica e  holística,  o educando conhecerá  ao  longo do Ensino Fundamental  os 

elementos   básicos   que   compõem   o   fenômeno   religioso,   para   que   possa   entender 

melhor a sua busca de Transcendente.

No Ensino Religioso não se pode afirmar haver receitas prontas, fórmulas, 

métodos prontos e definitivos, pois estaríamos desconsiderando diversas variáveis que, 

num   movimento   cíclico   entre   sociedade­escola,   se   constituem.   Logo,   as   práticas 

pedagógicas desenvolvidas em Ensino Religioso em sala de aula, serão no sentido de 

fomentar o respeito às diversas manifestações religiosas, ampliando e valorizando o 

universo cultural  dos alunos, com articulação de conteúdo,  diálogo, sensibilidade à 

pluralidade, mediar conflitos e também atenção especial aos alunos com necessidades 

especiais, na inclusão social.

Propõe­se um encaminhamento metodológico baseado na aula dialogada, isto é, 

partir  da experiência religiosa do aluno e de seus conhecimentos prévios  para, em 

seguida, apresentar o conteúdo que será trabalhado.

Sugere­se  que  o  professor   faça  um  levantamento  de  questões  ou  problemas 

envolvendo essa temática para que os alunos identifiquem os quantos já conhecem a 

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respeito do conteúdo, ainda que de forma caótica. Evidencia­se, assim, que qualquer 

assunto a ser desenvolvido em aula está de alguma forma, presente na prática social 

dos alunos. 

Num  segundo  momento  didático   propõe­se   a   problematizarão   do   conteúdo. 

Trata­se da “identificação dos principais problemas postos pela prática social. [...] de 

detectar   que   questões   precisam   ser   resolvidas   no   âmbito   da   Prática   Social   e,   em 

consequência, que conhecimento é necessário dominar” (Saviani, 1991, 80). Essa etapa 

pressupõe a elaboração de questões que articulem o conteúdo em estudo à  vida do 

educando. É o momento da mobilização do aluno para a construção do conhecimento.

A abordagem teórica do conteúdo, por sua vez, pressupõe sua contextualização,

pois o conhecimento só faz sentido quando associado ao contexto histórico, político e 

social. Ou seja, estabelecem­se relações entre o que ocorre na sociedade, o objeto de 

estudo   da   disciplina,   nesse   caso,   o   Sagrado,   e   os   conteúdos   estruturantes.   A 

interdisciplinaridade é fundamental para efetivar a contextualização do conteúdo, pois 

se   articulam   os   conhecimentos   de   diferentes   disciplinas   curriculares   e,   ao   mesmo 

tempo, assegura­se a especificidade dos campos de estudo do Ensino Religioso.

O  conteúdo  a   ser   tratado  nas  aulas   de  Ensino  Religioso   contribuirá   para   a 

superação: do preconceito a ausência ou a presença de qualquer crença religiosa; de 

toda forma de proselitismo, bem como da discriminação de qualquer expressão do 

sagrado, pois a linguagem a ser utilizada nas aulas de Ensino Religioso e a pedagógica 

e não a religiosa, referente a cada expressão do sagrado, adequada ao universo escolar.

E contemplará a História Cultura Afro­Brasileira (Lei nº 10.639/03), Cultura Indígena 

(Lei nº 11.645/08), História do Paraná  (Lei nº 13.381/01), Meio Ambiente (Lei nº 

9.795/99  e  Programa Nacional  de  Educação  Fiscal   (Portaria  413/2002).  Programa 

Brigada Escolar – Defesa Civil na Escola:decreto 4837 de 04 de junho de 2012 .  O 

Programa Brigada Escolar ­ Defesa Civil na Escola visa construir na rede estadual de 

ensino uma cultura de prevenção, com a formação de brigadas escolares em todas as 

escolas, e adequar as edificações escolares às normas de prevenção contra incêndio e 

pânico.

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Direitos do Idoso e Educação para o Trânsito:

Referente a obrigatoriedade dos conteúdos dos Direitos do Idoso e Educação 

para o Trânsito em atendimento à Resolução nº 10.741/03 e Lei nº 9.503/97. Serão 

abordados   de   forma   contextualizada   e   relacionadas   aos   conteúdos   da   disciplina, 

sempre que for possível a articulação entre os mesmos. 

AVALIAÇÃO

Em Ensino Religioso é necessário destacar que os procedimentos avaliativos não 

têm a mesma orientação que a maioria das disciplinas no que se refere à atribuição de 

notas ou de conceitos. Não se constitui objeto de reprovação, mas não deixa de ser 

importante no processo educativo.

Posso identificar, por exemplo, através de ações em que medida o aluno:

• Respeita a pluralidade religiosa;

• Aceita as diferenças;

• Expressa relação harmoniosa em sala de aula, com os colegas;

• É atencioso com os alunos que tenham necessidades especiais, os da inclusão;

• Participar com prazer de todas as atividades propostas, tais como: textos, debates, 

teatro,   música,   questionamentos,   registro   formal   do   conteúdo   apresentado, 

dramatizações, relatórios e apresentações nas celebrações culturais da escola, durante 

o ano.

REFERÊNCIAS

ALVES, Rubem. O que é religião? São Paulo: Loyola, 1999.

BACH, Marcus. As grandes religiões do mundo. Rio de Janeiro: Record, 1998.

BOWKWER, John. Para entender as religiões. São Paulo: Ática, 1997.

BRASIL/MEC, Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico­

Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro­Brasileira e Africana. Brasília­ DF, 

2004.

CAPRA, Fritjol. O ponto de mutação. Cultrix: s/d.

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GIBRAN, Kahlil. Para além das palavras. São Paulo: Paulinas, 1995.

GRUEN, Wolgang. O Ensino Religioso na Escola. Petrópolis: Vozes, 1995.

HINNELS, John R. Dicionário das religiões. São Paulo: Cultrix, 1989.Jornal: Folha de 

Londrina.

LIBÂNIO, João Batista. A Busca do Sagrado. São Paulo: FTD, 1991.

Revistas: Veja, Agitação, Mundo Jovem, Diálogo, Rainha, Mundo Jovem.

SEED,  Diretrizes  Curriculares  Nacionais  da disciplina de Ensino Religioso,  Curitiba, 

2009

DISCIPLINA DE FILOSOFIA

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICO­METODOLÓGICA

Esta Proposta Pedagógica Curricular para o Ensino de Filosofia na Educação de 

Jovens e Adultos  foi  elaborada tendo como referência as Diretrizes Curriculares de 

Filosofia   para   a   Educação   Básica   do   Estado   do   Paraná   e   as   especificidade   desta 

modalidade de ensino que considera os educandos sujeitos de um processo histórico 

em que a experiência vivida fora do processos de educação institucionalizada constitui 

forte elemento formativo.

As Diretrizes Curriculares de Filosofia pontuam que ao se tratar de ensino de 

Filosofia,  é  comum retomar a clássica questão a respeito da cisão entre Filosofia e 

filosofar. Ensina­se Filosofia ou a filosofar? Muitos citam Kant, para lembrar que não é 

possível ensinar Filosofia e sim a filosofar. Ocorre que para ele não é possível separar a 

Filosofia do filosofar. Kant quer afirmar a autonomia da razão filosofante diante da 

própria   filosofia.  Do  mesmo  modo  Hegel,   não   é   possível   conhecer  o   conteúdo  da 

Filosofia sem filosofar. A Filosofia constitui seu conteúdo na medida em que reflete 

sobre   ele.  A  prática  da   Filosofia   leva   consigo  o   seu  produto  não   é   possível   fazer 

filosofias sem filosofar, nem filosofar sem filosofia, porque a Filosofia não é um sistema 

acabado, nem o filosofar apenas investigação dos princípios universais propostos pelos 

filósofos (GALLO & KOHAN, 2000, p.184).

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Não é  possível filosofar sem Filosofia e estudar Filosofia sem filosofar.  Deste 

modo, entende­se que as aulas de Filosofia, na EJA, são espaços de estudo da Filosofia 

e do filosofar. A Filosofia apresenta­se como conteúdo filosófico e também como um 

conhecimento que possibilita  ao educando da EJA o desenvolvimento de um estilo 

próprio de pensamento.

As Diretrizes Curriculares para o ensino de Filosofia no Estado do Paraná propõe 

que este  ensino   seja  um espaço  para   criação  de   conceitos,  unindo a  Filosofia  e  o 

filosofar como atividades indissociáveis que dão vida a aula. Seguindo essas Diretrizes, 

propomos que o trabalho pedagógico com a EJA tome esse ensino como criação e 

ressignificação de conceitos.

Sobre a necessidade de pensar a Filosofia e o seu ensino com caráter de criação 

de conceitos,  Deleuze & Guattari  (1992) têm uma significativa contribuição. Mas o 

conceito é  dado é  criado,  está  por criar;  não é   formado,  ele próprio se  põe em si 

mesmo, autoposição (DELEUZE & GUATTARI, 1992, p, 20).

Portanto, a Filosofia na EJA, em sua dimensão pedagógica, significa o espaço de 

experiência filosófica, o espaço de criação e provocação do pensamento original, da 

busca, da compreensão, da imaginação da investigação e da criação de conceitos.

Os conteúdos devem ser trabalhados na perspectiva de pensar problemas com 

significados histórico e social para os educandos, e serão estudados e analisados com 

auxilio de fragmentos de textos filosóficos, que devem fornecer subsídios para que o 

educando  possa  pensar   o   problema,   pesquisar,   fazer   relações,   ressignificar   e   criar 

conceitos.

Por   isso   é   importante   não   fazer   apenas   uma   leitura   histórica   dos   textos 

filosóficos,  o que seria uma atualização de formas antigas que colocaria em risco a 

atividade   filosófica.   Ir   ao   texto   filosófico   ou   à   história   da   Filosofia   não   significa 

trabalhar numa perspectiva em que esses conteúdos passem a ser a única preocupação 

da aula de Filosofia. Eles são importantes na medida em que atualizam o problema 

filosófico a ser tratado com os educandos.

O trabalho realizado em sala de aula deve assegurar, para o educando da EJA, a 

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experiência do “específico” da atividade filosófica. Este exercício poderá se manifestar 

em cada aula refazendo o percurso filosófico. O educador organiza a aula propondo 

problematizações,   leituras   filosóficas  e  análises  de  textos;  organiza debates,  propõe 

pesquisas, sistematizações e elaborações de conceitos. 

Um dos objetivos da Filosofia no ensino da EJA é a formação pluridimensional e 

democrático,   capaz   de   oferecer   aos   estudantes   a   possibilidade   de   compreender   a 

complexidade   do   mundo   contemporâneo,   suas   múltiplas   particularidades   e 

especializações, nesse mundo que se manifesta quase sempre de forma fragmentada, o 

estudante não pode prescindir de um saber que opere por questionamentos, conceitos e 

categorias de pensamento, que busque articular o espaço temporal e sócio­histórico em 

que se dá o pensamento e a experiência humana.

O ensino de Filosofia na EJA possui uma especificidade que se concretiza na relação 

com o educando com os problemas suscitados, com a busca de soluções nos textos 

filosóficos por meio do diálogo investigativo.

É neste contexto que se faz necessária a introdução desta disciplina na Educação 

de Jovens e Adultos, tendo em vista que a mesma tem o compromisso com a formação 

humana e o acesso à  cultura geral,  a Sociologia contribuirá  no desempenho de tal 

tarefa,   na   medida   em   que   propicia   aos   educandos   a   possibilidade   de   uma   maior 

compreensão da sociedade onde o mesmo vive e sua atuação sobre a mesma.

Segundo   a   DCE   específica   da   EJA,   os   eixos   norteadores   da   proposta   são: 

Trabalho, Tempo e Cultura.

Na   EJA,   o   trabalho   pedagógico   com   os   conteúdos   específicos   da   Filosofia 

constitui­se em quatro momentos: a sensibilização; a problematização; a investigação; 

e a criação de conceitos.

Em sala de aula, o início do conteúdo pode ser facilitado pela exibição de um 

filme ou de uma imagem; da leitura de um texto jornalístico ou literário; da audição de 

uma música; ou tantas outras possibilidades (atividades geralmente conduzidas, pelo 

educador, com o objetivo de investigar e mobilizar possíveis relações entre o cotidiano 

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do educando e o conteúdo filosófico a ser desenvolvido) damos o nome a essa etapa de 

sensibilização.

Após   a   sensibilização,   inicia­se   o   trabalho   propriamente   filosófico   –   a 

problematização,  a  investigação e a criação de conceitos.  Não significa dizer que a 

sensibilização não possa ocorrer diretamente a partir do conteúdo problematizado.

A problematização seria o segundo momento, quando o educador e educando 

levantam questões, identificam problemas e problematizam o conteúdo. Ë importante 

ressaltar que o recurso utilizado para a sensibilização seja o filme, a música, ou o texto, 

filosófico ou não, podem ser retomados a qualquer momento no trabalho em sala.

Problematizando,   o   educador   convida   o   educando   da   EJA   a   investigar   o 

problema   em   questão,   isto   se   dá   por   meio   do   diálogo   investigativo.   O   diálogo 

investigativo a partir do texto e com o texto é  o primeiro passo para possibilitar a 

experiência   filosófica   em   sala   de   aula.   Recorrendo   à   história   da   Filosofia   e   aos 

clássicos, o educando defronta­se com as diferentes maneiras de enfrentar o problema 

e com as possíveis soluções que já  foram elaboradas, que não obstante, podem não 

resolver o problema, mas orientar a discussão.

A aula de Filosofia na EJA deve estar na perspectiva de quem dialoga com a 

vida, por isso, é importante que a busca de resolução do problema se preocupe também 

com   uma   análise   atual,   fazendo   uma   abordagem   contemporânea   que   remeta   o 

educando   a   sua   própria   realidade.   Desta   forma,   partindo   de   problemas   atuais, 

estudados a partir da história da filosofia, do estudo dos textos clássicos, da abordagem 

realizada por outras ciências, e de sua abordagem contemporânea, o educando da EJA 

pode   formular   seus  conceitos   e   construir   seu  discurso   filosófico.  Portanto,  o   texto 

filosófico que ajudou os filósofos do passado a entender e analisar filosoficamente o 

problema em questão deve ser trazido para o presente. O contemporâneo, no sentido 

de fazer entender o que ocorre hoje e como o educando pode, a partir da história da 

filosofia, entender os problemas da nossa sociedade.

Após esse exercício, o educando terá condições de perceber o que está implícito 

nas idéias e de com elas se tornam conhecimentos e por vezes ideologias, criando assim 

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a possibilidade  de  argumentar   filosoficamente,  por  meio  de   raciocínios   lógicos  um 

pensar coerente e crítico.

É   imprescindível   que   a   aula   de   Filosofia   seja   permeada   por   atividades 

individuais e coletivas, que organizem e orientem o debate filosófico, dando um caráter 

dinâmico e investigativo ao ato de filosofar.

Assim sendo, para as teorias críticas nas quais as diretrizes se fundamentam, o 

conceito  de contextualização propicia  a   formação dde sujeitos  históricos  que ao se 

apropriarem do conhecimento compreendem que as estruturas sociais são históricas, 

contraditórias e abertas. É na abordagem dos conteúdos e na escolha dos métodos de 

ensino  advindo das discplinas  curriculares  que as   inconsistências  e  as  contradições 

presentes nas estruturas sociais são compreendidas.

No   ensino   de   Filosofia   é   necessária   a   adoção   de   múltiplos   instrumentos 

metodológicos, instrumentos estes, que devem adequar­se aos objetivos pretendidos, 

seja a exposição, a leitura e esclarecimentos do significado dos conceitos e da lógica 

dos textos (teóricos, temáticos, literários), sua análise e discussão, a apresentação de 

filmes,   a   audição   de   músicas,   enfim,   o   que   importa   é   que   o   educando   seja 

constantemente provocado a relacionar a teoria com o vivido, a rever conhecimentos e 

a reconstruir coletivamente novos saberes. 

Por   fim,   o   conhecimento   filosófico   deve   ir   além  da   definição,   classificação, 

descrição e estabelecimento de correlações dos fenômenos da realidade social. É tarefa 

primordial   do   conhecimento   sociológico   explicitar   e   explicar   problemáticas   sociais 

concretas e contextualizadas, de modo a desconstruir pré­noções e preconceitos que 

quase   sempre   dificultam   o   desenvolvimento   da   autonomia   intelectual   e   de   ações 

políticas direcionadas á transformação social.

Para uma melhor compreensão, organização e controle dos desafios nas relações 

humanas, acrescenta­se os seguintes conteúdos, interligando­os aos demais:

• História Cultural Afro­Brasileira (Lei nº 10.639/03)

• Cultura Indígena (Lei nº 11.645/08)

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• Meio Ambiente (Lei nº 9.795/99)

• Direitos da Criança e do Adolescente (Lei nº 11525/07)

• História do Paraná (Lei nº 13.181/01)

• Música (Lei nº 11.769/08)

• Educação Tributária e Fiscal (Decreto nº 1143/99­Portaria nº413/02)

Serão contemplados na disciplina de Filosofia os seguintes temas dos Programas 

Socioeducativos:

• Enfrentamento à violência na Escola;

• Prevenção ao uso indevido de Drogas;

• Sexualidade, incluindo Gênero e Diversidade Sexual.

• Programa Brigada Escolar – decreto 4837 de 04 de junho de 2012 .  Defesa Civil 

na Escola visa construir na rede estadual de ensino uma cultura de prevenção, 

com   a   formação   de   brigadas   escolares   em   todas   as   escolas,   e   adequar   as 

edificações escolares às normas de prevenção contra incêndio e pânico.

• Direitos do Idoso e Educação para o Trânsito:

conteúdos   dos   Direitos   do   Idoso   e   Educação   para   o   Trânsito   em   atendimento   à 

Resolução nº 10.741/03 e Lei nº 9.503/97. 

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

As Diretrizes  Curriculares  de Filosofia  para a  Educação Básica do Estado do 

Paraná propõe seis conteúdos estruturantes, com possibilidades para a organização do 

ensino de Filosofia,  de acordo com o número de aulas disponíveis no curso ou na 

matriz curricular. 

Esses   conteúdos   são   conhecimentos   de   maior   amplitude   e   relevância   que, 

desmembrados em um plano de Ensino, deverão garantir conteúdos significativos ao 

educando da EJA.  Estes  conteúdos  são:  Mito e  Filosofia;  Teoria  do Conhecimento; 

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Ética; Filosofia Política; Estética; Filosofia da Ciência.

1. MITO E FILOSOFIA

O homem pode ser identificado e caracterizado como um ser que pensa e cria 

explicações.   Na   criação   do   pensamento   está   presente   tanto   o   mito   como   a 

racionalidade, ou seja, a base mitológica enquanto pensamento por figuras; e a base 

racional,   enquanto   pensamento   por   conceitos   são   constituintes   do   processo   de 

formação do conhecimento filosófico. Esse fato não pode deixar de ser considerado, 

pois  é  a  partir  dele  que o homem desenvolve suas  idéias,  cria  sistemas,   inventa e 

elabora leis, códigos, práticas. Entender a conquista da autonomia da racionalidade 

(LOGOS) diante do mito, marca o advento de uma etapa fundamental na história do 

pensamento e do desenvolvimento de todas as concepções científicas produzidas ao 

longo   da   história   humana.   Autores   sugeridos:   Jean­Pierre   Vernant,   Mircea   Elíade, 

Moses Finley, Vidal Naquet.

1.1 CONTEÚDOS BÁSICOS

1.1.1 O nascimento da Filosofia;

1.1.2 A vida cotidiana na sociedade grega;

1.1.3 O mito a origem de todas as coisas;

1.1.4 Mito e razão filosófica;

1.1.5 Senso comum e conhecimento filosófico;

1.1.6 Senso comum, conhecimento filosófico e conhecimento científico;

1.1.7 Ciência e senso comum.

2. TEORIA DO CONHECIMENTO 

Este conteúdo teoriza e problematiza o sentido, os fundamentos, a possibilidade 

e a validade do conhecimento. Evidencia os  limites do conhecimento possibilitando 

perceber   fatores   históricos   e   temporais   que   influíram   na   sua   elaboração   e   assim 

retomar problemáticas  já  pensadas na perspectiva de novas soluções relativas a seu 

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tempo. Entre os clássicos que trataram do problema do conhecimento podemos citar: 

Aristóteles, Descartes, Hegel, Hume, Kant, Platão, Russell.

2.1 CONTEÚDOS BÁSICOS

2.1.1 O problema do conhecimento;

2.1.2  Fundamentos do conhecimento;

2.1.3  Filosofia e método;

2.1.4 Racionalismo;

2.1.5 Empirismo;

2.1.6 Ceticismo.

3. ÉTICA 

Trata dos fundamentos da ação humana e dos valores que permeiam as relações 

intersubjetivas. Por ser especulativa e também normativa, um dos grandes problemas 

enfrentados pela ética é  a tensão entre o sujeito (particular) e a norma (universal). 

Outra   grande   questão   está   na   fundamentação   dos   valores   e   das   ações:   razão   ou 

paixões/desejos.  A ética possibilita a  problematização,  análise  e crítica dos valores, 

virtude,   felicidade,   liberdade,   consciência,   responsabilidade,   vontade,   autonomia, 

heteronomia,  anomia,  niilismo,  violência,   relação  entre  os  meios   e  os   fins.  Alguns 

filósofos: Adorno, Aristóteles, Nietzsche, Scheler, Schopenhauer, Sêneca. 

3.1 CONTEÚDO BÁSICOS

3.1.1 Ética e moral;

3.1.2 Concepções éticas;

3.1.3 O que é liberdade?;

3.1.4 Liberdade e autonomia;

3.1.5 Liberdade e determinismo;

3.1.6 Sociabilidade e reconhecimento;

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3.1.7 Autoridade e autoritarismo;

3.1.8 Responsabilidade e liberdade;

3.1.9 Questões de gênero;

3.1.10 Diversidade e sociedade.

4. FILOSOFIA POLÍTICA

Discute as relações de poder para compreender os mecanismos que estruturam e 

legitimam os diversos sistemas políticos. Ocupa­se na investigação sobre a necessidade 

humana da vida em comum, seja pela capacidade de autogoverno ou pela necessidade 

da existência de um poder externo e coercitivo. Problematiza conceitos  como o de 

cidadania,   democracia,   soberania,   justiça,   igualdade,   liberdade,   público   e   privado, 

retórica,   indivíduo   e   cidadão.   Alguns   pensadores   clássicos:   Aristóteles,   Arendt, 

Gramsci,   Hegel,   Hobbes,   J.S.   Mill,   Kant,   Locke,   Maquiavel,   Marcuse,   Marx, 

Montesquieu, Platão, Rousseau, Voltaire.

4.1. CONTEÚDOS BÁSICOS

4.1.1 O preconceito contra política;

4.1.2 Os Gregos e a invenção da Política;

4.1.3 Nascimento da democracia;

4.1.4 Ética e Política;

4.1.5 Concepção liberal e Política;

4.1.6 Crítica de Marx ao liberalismo;

4.1.7 Essência da política;

4.1.8 Política e poder;

4.1.9 Política e violência;

4.1.10 Política e liberdade subjetiva;

4.1.11 Política e sociabilidade;

4.1.12 Formas de governo;

4.1.13 Liberdade Política;

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4.1.14 Crise da política contemporânea;

4.1.15 A função do político na contemporâneidade.

5. ESTÉTICA

Compreender a sensibilidade, a representação criativa, a apreensão intuitiva do 

mundo concreto e a forma como elas determinam as relações do homem com o mundo 

e consigo mesmo é objeto de conhecimento desse conteúdo. Voltada principalmente 

para a beleza e a arte, a estética está intimamente ligada à realidade e às pretensões 

humanas de dominar, moldar, representar, reproduzir, completar, alterar, apropriar­se 

do mundo enquanto realidade humanizada. Também estão em questão as diferentes 

concepções sobre a arte, as relações entre a arte e pensamento, arte e mercado, arte e 

sociedade. Alguns filósofos: Baumgarten, Hegel Hume, Dufrenne, Bachelard, Schiller, 

Eagleton, Kant, Benjamim, Adorno Rancière, Merleau­Ponty, Husserl, Paul Valéry.

5.1 CONTEÚDOS BÁSICOS

5.1.1 Pensar a beleza;

5.1.2 Estética ou Filosofia da Arte?;

5.1.3 Concepções de estética;

5.1.4 Concepções de Arte;

5.1.5 Arte como conhecimento;

5.1.6 Necessidade ou finalidade da Arte;

5.1.7 Arte e Política;

5.1.8 Crítica do gosto;

5.1.9 Arte e movimento: cinema, teatro e dança;

5.1.10 Perspectivas contemporâneas: Arte conceitual e suas perspectivas.

6. FILOSOFIA DA CIÊNCIA

É o estudo crítico dos princípios, das hipóteses e dos resultados das diversas 

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ciências. Discute a provisoriedade do conhecimento científico e o relaciona com planos 

epistemológicos, ideológicos, políticos, econômicos, religiosos. Ciência e tecnologia são 

frutos   da   cultura   do   nosso   tempo   e   envolvem   o   universo   do   empirismo   e   do 

pragmatismo   da   pesquisa   aplicada,   daí   a   necessidade   de   entendê­las.   Filósofos 

sugeridos:   Bachelard,   Feyerabend,   Foucault,   Granger,   Habermas,   Kuhn,   Popper, 

Ricouer.

6.1 CONTEÚDOS BÁSICOS

6.1.1 O que é Ciência;

6.1.2 Revoluções científicas e progresso da ciência;

6.1.3 As conseqüências sociais e políticas da ciência;

6.1.4 Bioética: geral, especial e clínica;

6.1.5 Tendências da Bioética;

6.1.6 Bioética e Aborto;

6.1.7 Bioética e experiência Genética. 

           AVALIAÇÃO 

Para Kohan e Waksman, (2002), o ensino de Filosofia tem uma especificidade 

que deve ser levada em conta no processo de avaliação. Como prática, como discussão 

com o outro, como construção de conceitos essa disciplina encontra seu sentido na 

experiência do pensamento filosófico. Entendemos por experiência esse conhecimento 

inusitado que o educador pode propiciar, preparar, porém não determinar e, menos 

ainda, avaliar ou medir.

A   avaliação  deve   ser   concebida   na   sua   função   diagnóstica;   isto   e   não   tem 

finalidade  em si mesma, mas tem a função de subsidiar  e mesmo redirecionar o curso 

da ação no processo de ensino­aprendizagem, pela  qualidade com que educadores, 

educandos e a própria instituição de ensino o constróem coletivamente. Apesar de sua 

inequívoca importância individual, no ensino de Filosofia, a avaliação não resumir­se­á 

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a perceber quanto o educando assimilou do conteúdo presente, na história da Filosofia, 

do texto ou dos problemas filosóficos, nem a examinar sua capacidade de tratar deste 

ou daquele tema.

O ensino da Filosofia é, acima de tudo, um grande desafio conforme salienta 

Langón (2003, p. 94):

Ora, parece­me que a atividade filosófica do mestre consiste em gerar ou dar poder ao outro: isto quer dizer também fazê­lo responsável. Nisto reside a fecundidade, a atividade de “produzir” a capacidade de pensar, dizer e agir de outro, que implica a realização de pensamentos, palavras, ações diferentes das do mestre, que lhe escapam ao querer e ao “controle” [...} Querer que o outro pense, diga e faça o que queira, isto não é um querer fácil.

Ao avaliar, o educador deve ter profundo respeito pelas posições do educando, 

mesmo que não concorde com ela,  pois o que está  em questão é  a  capacidade de 

argumentar e de identificar os limites dessas posições.

O que deve ser levado em conta é  atividade com conceitos, a capacidade de 

construir e tomar posições, de detectar os princípios e interesses subjacentes aos temas 

e discursos.

Assim, torna­se relevante avaliar a capacidade do educando da EJA trabalhar e 

criar conceitos sob os seguintes pressupostos:

- Qual conceito trabalhou e criou/recriou;

- Qual discurso tinha antes;

- Qual discurso tem após o estudo da Filosofia.

A avaliação da Filosofia se inicia com a sensibilização, com a coleta do que o 

educando pensava antes e  o que pensa após o estudo.  Com isso,   torna­se possível 

entender a avaliação como um processo, não como um momento separado, visto em si 

mesma.

A   avaliação,   na   disciplina   de   Filosofia,   não   pode   ser   confundida   com   um 

processo  de   técnico  de  medição,  neste   sentido  é   preciso   repensar  os   instrumentos 

utilizados nesse processo, de modo que os mesmos reflitam os objetivos desejados no 

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desenvolvimento do processo educativo, superando o conteudismo, numa perspectiva 

marcada pela autonomia do educando.

Sendo assim, as práticas de avaliação em Filosofia,  acompanham as próprias 

práticas de ensino e de aprendizagem da disciplina, seja a reflexão crítica em debates, 

que acompanham os textos ou filmes, seja na produção de textos que demonstrem 

capacidade de articulação entre teoria e prática, seja na pesquisa bibliográfica, enfim, 

várias podem ser as formas, desde que se tenha como perspectiva, ao selecioná­las, a 

clareza dos objetivos que se pretende atingir, no sentido da apreensão, compreensão e 

reflexão dos conteúdos pelo educando.

Na modalidade de EJA o aluno terá  direito à  recuperação de estudos a cada 

registro da disciplina, conforme os instrumentos de avaliação já contemplados.

REFERÊNCIA

ASPIS,  R.   O  professor   de   Filosofia:   o   ensino  da   Filosofia   no  Ensino   Médio   como 

experiência filosófica. CEDES. Campinas. n. 64, 2004.

BACHELARD, G. O ar e os sonhos. Ensaios sobre a imaginação do movimento. São 

Paulo: Martins Fontes, 1990.

BORNHEIM, G. O sujeito e a norma. In NOVAES, Adauto. Ëtica. São Paulo: Companhia 

das Letras, 1997. 

CHAUI,  M.  O   retorno  do   teológico­político.   In:  Sérgio  Cardoso   (org.).  Retorno  ao 

republicanismo. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2004.

CORBISIER, R. Introdução à filosofia. 2 ed. Rio de Janeiro: Civilização 

SEED. Diretrizes Curriculares da Educação Básica: FILOSOFIA. Curitiba: SEED, 2008.

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DISCIPLINA DE SOCIOLOGIA

FUNDAMENTOS  TEÓRICO­METODOLÓGICO

Historicamente, a sociedade tem assumido, características capitalistas e a busca 

da compreensão destas, entre outras coisas, tem sido a preocupação da Sociologia para 

sua consolidação como ciência.

O período de conformação do capitalismo foi marcado por profundas mudanças 

na   organização   social   que   fizeram   com   que   seus   contemporâneos   buscassem 

explicações para os fenômenos sociais com os quais conviviam.

As antigas formas organizativas do mundo foram sucessivamente alteradas pelas 

experiências da Modernidade que propõe, entre outras coisas, a utilização da razão 

como formatadora da realidade. Sendo assim, várias relações sociais cotidianas foram 

transformadas neste processo.

O capitalismo com sua nova forma de organização das relações sociais  e  de 

trabalho, traz em seu bojo questões econômicas/culturais que precisam de respostas. 

Surgem então  os  pensadores  da  Sociologia  que  buscam dar   conta  destas  questões 

através  da  elaboração  de   teorias   explicativas  dessa  dinâmica   social,   sob  diferentes 

olhares e posicionamentos políticos.

Com Augusto Comte (1798­1857) surge o termo Sociologia, este autor buscará 

criar um método específico para o estudo da sociedade, já que acreditava que a ciência 

deveria ser usada na organização das mesmas e afirmando que a ordem levaria ao 

progresso.

Émile   Durkheim   (1858­1917)   irá   utilizar­se   de   conceitos   de   Comte   na 

elaboração e consolidação de uma ciência que tenta entender a sociedade e as relações 

sociais. Para Durkheim o sujeito faz parte da sociedade e a sociedade o compõe, então, 

a mesma só faz sentido se :” compreendida como um conjunto cuja existência própria, 

independentemente de manifestações individuais, exerce sobre cada ser humano uma 

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coerção exterior, a partir de pressões e obrigatoriedades porque, de alguma forma ela 

não “cabe” na sua totalidade, na mente de cada indivíduo” (SEED, 2006, p.21). Sendo 

assim, a precedência da sociedade sobre os indivíduos faz com que a cooperação seja 

necessária à organização social. Tal cooperação só pode existir no consenso, daí caber à 

educação papel fundamental neste processo.

Em Max Weber(1864­1920)  a  orientação vai  num outro  sentido,  para  ele  o 

indivíduo prevalece sobre a sociedade. Ele estabelece a Sociologia Compreensiva que 

vai buscar entender a sociedade partindo da compreensão das ações individuais. Para 

ele   “compreender   a   sociedade   é   analisar   os   comportamentos   movidos   pela 

racionalidade dos sujeitos com relação aos outros, é compreender o agir dos homens 

que se relacionam uns com os outros, de acordo com um cálculo e uma finalidade que 

tem por base as regras”.(SEED, 2006, p.22).

A   sociedade estaria  marcada,   então,  pelo  desenvolvimento  da   racionalidade, 

rumando a  “burocratização”.  Caberia,  pois,  a  educação o papel  de   “(...)  prover  os 

sujeitos de conteúdos especializados, eruditos, e de disposições que os predisponham a 

ter  condições  –   conduta  de  vida  e   conhecimento  especializados  –  necessárias  para 

realizar suas funções de perito na burocracia profissional” (SEED, 2006, p22).

Outro autor relevante para o entendimento das sociedades é Karl Marx (1818­

1883). Muito embora Marx não esteja preocupado com a constituição de uma ciência, 

suas   reflexões   são   importantes   para   a   compreensão   das   sociedades.   Buscando 

compreender a sociedade capitalista e apontar uma direção para sua transformação, 

Marx   desvenda   os   mecanismos   de   exploração   e   manutenção   das   relações   sociais 

apontando para o fato das sociedades estarem divididas em classes,  enunciou “(...)  

como lei de validade geral ­ que a história das sociedades é movida pela luta entre as 

classes sociais.(SEED, 2006, p.21). Ainda de acordo com o autor, a educação é  um 

mecanismo   que,   conforme   seu   conteúdo   de   classe,   pode   oprimir   ou   emancipar   o 

homem.

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Desde então, a preocupação com a sociedade e as relações sociais tem sido a 

principal   preocupação   desta   ciência,   ou   seja,   entender,   explicar   e   questionar   os 

mecanismos de produção, organização, domínio, controle e poder institucionalizados 

ou não, que resultam em relações sociais de maior ou menor exploração ou igualdade, 

possibilitando aos indivíduos compreender e atuar de forma efetiva sobre a realidade 

que os cercam.

É neste contexto que se faz necessária a introdução desta disciplina na Educação 

de Jovens e Adultos, tendo em vista que a mesma tem o compromisso com a formação 

humana e o acesso à  cultura geral,  a Sociologia contribuirá  no desempenho de tal 

tarefa,   na   medida   em   que   propicia   aos   educandos   a   possibilidade   de   uma   maior 

compreensão da sociedade onde o mesmo vive e sua atuação sobre a mesma.

Segundo   a   DCE   específica   da   EJA,   os   eixos   norteadores   da   proposta   são: 

Trabalho, Tempo e Cultura.

No   ensino   da   Sociologia   propõe­se   que   sejam   redimensionados   aspectos  da 

realidade por meio de uma análise didática  e crítica dos problemas sociais.

É preciso, entretanto, levar em conta as particularidades da Educação de Jovens 

e   Adultos,   que   tem   por   base   o   reconhecimento   do   educando   como   sujeitos   do 

aprendizado, um compromisso com a formação humana e com o acesso à cultura geral. 

Sendo   assim,   os   conteúdos   específicos   deverão   estar   articulados   à   realidade, 

considerando sua dimensão sócio­histórica, vinculado ao mundo do trabalho, à ciência, 

às novas tecnológicas, dentre outras coisas.

Neste sentido, destacam­se os conteúdos específicos da disciplina não precisam 

ser trabalhados, necessariamente, de forma seqüencial, do primeiro ao último conteúdo 

listado, podendo ser alterada a ordem dos mesmos sem problemas para compreensão, 

já   que   eles,   apesar   de   estarem   articulados,   possibilitam   sua   apreensão   sem   a 

necessidade de uma “amarração” com os demais.

Sugere­se,   no   entanto,   que   a   disciplina   seja   iniciada   com   uma   rápida 

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contextualização   do   surgimento  da   Sociologia,   bem  como  a   apresentação   de   suas 

principais teorias na análise/compreensão da realidade.

No   ensino   de   Sociologia   é   necessária   a   adoção   de   múltiplos   instrumentos 

metodológicos, instrumentos estes, que devem adequar­se aos objetivos pretendidos, 

seja a exposição, a leitura e esclarecimentos do significado dos conceitos e da lógica 

dos textos (teóricos, temáticos, literários), sua análise e discussão, a apresentação de 

filmes,   a   audição   de   músicas,   enfim,   o   que   importa   é   que   o   educando   seja 

constantemente provocado a relacionar a teoria com o vivido, a rever conhecimentos e 

a reconstruir coletivamente novos saberes. 

Por  fim, o conhecimento sociológico deve ir  além da definição,  classificação, 

descrição e estabelecimento de correlações dos fenômenos da realidade social. É tarefa 

primordial   do   conhecimento   sociológico   explicitar   e   explicar   problemáticas   sociais 

concretas e contextualizadas, de modo a desconstruir pré­noções e preconceitos que 

quase   sempre   dificultam   o   desenvolvimento   da   autonomia   intelectual   e   de   ações 

políticas direcionadas á transformação social.

Para uma melhor compreensão, organização e controle dos desafios nas relações 

humanas, acrescenta­se os seguintes conteúdos, interligando­os aos demais: História 

Cultural Afro­Brasileira (Lei nº 10.639/03), Cultura Indígena (Lei nº 11.645/08), Meio 

Ambiente (Lei nº 9.795/99), Direitos da Criança e do Adolescente (Lei nº 11525/07), 

História   do   Paraná   (Lei   nº   13.181/01),   Música   (Lei   nº   11.769/08),   Educação 

Tributária  e  Fiscal   (Decreto  nº  1143/99­Portaria  nº413/02),  Programa de  Brigadas 

Escolares/Defesa Civil na Escola,   Militar da Governadoria conforme decreto 4837 de 

04  de   junho  de  2012  .  O  Programa Brigada Escolar   ­  Defesa  Civil  na  Escola  visa 

construir na rede estadual de ensino uma cultura de prevenção, com a formação de 

brigadas escolares em todas as escolas, e adequar as edificações escolares às normas de 

prevenção contra incêndio e pânico,  Direitos do Idoso e Educação para o Trânsito: 

obrigatoriedade dos conteúdos dos Direitos do Idoso e Educação para o Trânsito em 

atendimento à Resolução nº 10.741/03 e Lei nº 9.503/97. 

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    Serão   contemplados   na   disciplina   de   Sociologia   os   seguintes   temas   dos 

Programas Socioeducativos: Enfrentamento à  violência na Escola; Prevenção ao uso 

indevido de Drogas; Sexualidade, incluindo Gênero e Diversidade Sexual.

1­   Conteúdo   estruturante:   O   surgimento   da   Sociologia   e   Teorias 

Sociológicas.

Conteúdos   específicos:  Modernidade(Renascimento;   Reforma   Protestante; 

Iluminismo; Revolução Francesa e Revolução Industrial).

Desenvolvimento das Ciências;

Senso comum e Conhecimento científico;

Teóricos da sociologia: Comte, Durkheim, Weber, Engels e Marx;

Produção Sociológica Brasileira.

2­ Conteúdo estruturante: O processo de socialização e as instituições sociais.

Conteúdos específicos:  

Instituições familiares;

Instituições escolares;

Instituições religiosas;

Instituições políticas, dentre outras.

3 ­  Conteúdo estruturante: Cultura e Indústria Cultural.

Conteúdos específicos:

Conceitos antropológicos de cultura;

Diversidade cultural;

Relativismo;

Etnocentrismo;

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Identidade;

Sociedade de consumo;

Cultura de massa – cultura erudita e cultura popular;

Questões de gênero e outras minorias.

4 ­ Conteúdo Estruturante: Trabalho, produção e classes sociais;

Conteúdos específicos:

Salário e lucro;

Desemprego, desemprego conjuntural e desemprego estrutural;

Subemprego e informalidade;

Terceirização;

Voluntariado e cooperativismo;

Empreendedorismo;

Agronegócios;

Empregabilidade e produtividade;

Capital humano;

Reforma trabalhista e Organização Internacional do Trabalho;

Economia solidária;

Flexibilização;

Neoliberalismo;

Reforma agrária;

Reforma sindical;

Toyotismo, Fordismo;

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Estatização e privatização;

Parcerias público­privadas;

Relações de mercado, entre muitos outros.

5 – Conteúdo estruturante: Poder, política e ideologia

Conteúdos específicos:

Estado Moderno;

Tipos de Estados;

Conceito de poder;

Conceito de dominação;

Conceito de Política;

Conceito de ideologia.

6­  Conteúdo Estruturante: Direitos, cidadania e movimentos sociais.

Conteúdos específicos: 

Conceito moderno de direito;

Conceito de movimento social;

Cidadania;

Movimentos sociais urbanos;

Movimentos sociais rurais;

Movimentos sociais  conservadores.

AVALIAÇÃO

A avaliação,   na  disciplina  de  Sociologia,  não  pode   ser   confundida   com um 

processo  de   técnico  de  medição,  neste   sentido  é   preciso   repensar  os   instrumentos 

utilizados nesse processo, de modo que os mesmos reflitam os objetivos desejados no 

desenvolvimento do processo educativo, superando o conteudismo, numa perspectiva 

marcada pela autonomia do educando.

Sendo assim, as práticas de avaliação em Sociologia, acompanham as próprias 

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práticas de ensino e de aprendizagem da disciplina, seja a reflexão crítica em debates, 

que acompanham os textos ou filmes, seja na produção de textos que demonstrem 

capacidade de articulação entre teoria e prática, seja na pesquisa bibliográfica, enfim, 

várias podem ser as formas, desde que se tenha como perspectiva, ao selecioná­las, a 

clareza dos objetivos que se pretende atingir, no sentido da apreensão, compreensão e 

reflexão dos conteúdos pelo educando.

Na modalidade de EJA o aluno terá  direito à  recuperação de estudos a cada 

registro da disciplina, conforme os instrumentos de avaliação já contemplados.

REFERÊNCIAS

ALBORNOZ, S. O que é trabalho. São Paulo: Brasiliense, 1989.

ANTUNES, R. (Org.) A dialética do trabalho: Escritos de Marx e Engels. São Paulo: Expressão popular, 2004.

AZEVEDO,   F.   Princípios  de   sociologia:pequena   introdução   ao   estudo  da   sociologia geral. São Paulo: Duas Cidades, 1973.

SEED. Diretrizes Curriculares da Educação Básica: Sociologia. Curitiba: SEED, 2008.

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       5. PROCESSOS DE AVALIAÇÃO, CLASSIFICAÇÃO E PROMOÇÃO

                 5.1 Concepção de Avaliação

A avaliação é  compreendida como uma prática que alimenta e orienta a 

intervenção pedagógica.  É  um dos  principais  componentes  do  ensino,  pelo  qual   se 

estuda e interpreta os dados da aprendizagem. Tem a finalidade de acompanhar e 

aperfeiçoar  o  processo  de  aprendizagem dos  educandos,  diagnosticar  os   resultados 

atribuindo­ lhes valor. A avaliação será realizada em função dos conteúdos expressos 

na proposta pedagógica.

Na avaliação da aprendizagem é  fundamental a análise da capacidade de 

reflexão dos  educandos   frente  às   suas  próprias  experiências.  E,  portanto,  deve   ser 

entendida   como   processo   contínuo,   descritivo,   compreensivo   que   oportuniza   uma 

atitude crítico­ reflexiva frente à realidade concreta.

A avaliação educacional, nesse Estabelecimento Escolar, seguirá orientações 

contidas no artigo 24, da LDBEN 9394/96, e compreende os seguintes princípios:

• investigativa ou diagnóstica: possibilita ao professor obter informações 

necessárias para propor atividades e gerar novos conhecimentos;

• contínua:   permite   a   observação   permanente   do   processo   ensino­

aprendizagem   e   possibilita   ao   educador   repensar   sua   prática 

pedagógica;

• sistemática:   acompanha   o   processo   de   aprendizagem   do   educando, 

utilizando instrumentos diversos para o registro do processo;

• abrangente: contempla a amplitude das ações pedagógicas no tempo­ 

escola do educando;

• permanente: permite um avaliar constante na aquisição dos conteúdos 

pelo educando no decorrer do seu tempo ­escola, bem como do trabalho 

pedagógico da escola.

Os conhecimentos básicos definidos nesta proposta serão desenvolvidos ao 

longo  da   carga  horária   total   estabelecida  para   cada  disciplina,   conforme  a  matriz 

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curricular,   sendo   avaliados   presencialmente   ao   longo   do   processo   ensino­

aprendizagem.

Considerando que os saberes e a cultura do educando devem ser respeitados 

como   ponto   de   partida   real   do   processo   pedagógico,   a   avaliação   contemplará, 

necessariamente, as experiências acumuladas e as transformações que marcaram o seu 

trajeto educativo, tanto anterior ao reingresso na educação formal, como durante o 

atual processo de escolarização. 

A avaliação processual utilizará técnicas e instrumentos diversificados, tais 

como: provas escritas, trabalhos práticos, debates, seminários, experiências e pesquisas, 

participação   em   trabalhos   coletivos   e/ou   individuais,   atividades   complementares 

propostas pelo professor, que possam elevar o grau de aprendizado dos educandos e 

avaliar os conteúdos desenvolvidos.

É vedada a avaliação em que os educandos sejam submetidos a uma

 única oportunidade de aferição. O resultado das atividades avaliativas, será analisado 

pelo educando e pelo professor, em conjunto, observando quais são os seus avanços e 

necessidades, e as consequentes demandas para aperfeiçoar a prática pedagógica.

5.2  Procedimentos e Critérios para Atribuição de Notas

• as   avaliações   utilizarão   técnicas   e   instrumentos   diversificados,   sempre   com 

finalidade educativa;

• para fins de promoção ou certificação, serão registradas 02 (duas) a 06 

(seis)   notas   por   disciplina,   que   corresponderão   às   provas   individuais 

escritas e também a outros instrumentos avaliativos adotados, durante o 

processo de ensino, a que, obrigatoriamente, o educando se submeterá na 

presença do professor, conforme descrito no regimento escolar;

• a avaliação será  realizada no processo de ensino e aprendizagem, sendo 

os   resultados  expressos  em uma escala  de  0   (zero)  a  10,0  (dez  v írgula 

zero);

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• para fins de promoção ou certificação, a nota mínima exigida é 6,0 (seis 

vírgula   zero),   de   acordo   com   a   Resolução   n.º   3794/04   –   SEED,   e 

frequencia mínima de 75% do total da carga horária de cada disciplina na 

organização coletiva e 100% na organização individual.

• o educando deverá atingir, pelo menos a nota 6,0 (seis vírgula zero) em cada 

registro da avaliação processual. Caso contrário, terá direito à recuperação de 

estudos.   Para   os   demais,   a   recuperação   será   ofertada   como   acréscimo   ao 

processo de apropriação dos conhecimentos;

• para os educandos que cursarem 100% da carga horária da disciplina, a 

média final corresponderá à média aritmética das avaliações processuais, 

devendo os mesmos atingir pelo menos a nota 6,0 (seis vírgula zero);

• os   resultados  das  avaliações  dos   educandos  deverão   ser   registrados  em 

documentos  próprios,  a   fim de  que  sejam asseguradas  a   regularidade e 

autenticidade da vida escolar do educando;

• o educando portador de necessidades  educativas  especiais,   será  avaliado 

não por seus limites, mas pelos conteúdos que será capaz de desenvolver.

  5.3 Recuperação de Estudos

A oferta  da recuperação de  estudos  se  dará   concomitantemente  ao processo 

ensino­aprendizagem, considerando a apropriação dos conhecimentos básicos, sendo 

direito   de   todos   os   educandos,   independentemente   do   nível   de   apropriação   dos 

mesmos.

A   recuperação   será   também   individualizada,   organizada   com   atividades 

significativas,  com indicação de roteiro de estudos, entrevista para melhor diagnosticar 

o nível de aprendizagem de cada educando.

Assim,   principalmente   para   os   educandos   que   não   se   apropriarem   dos 

conteúdos básicos, será oportunizada a recuperação de estudos por meio de exposição 

dialogada dos conteúdos, de novas atividades significativas e de novos instrumentos de 

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avaliação, conforme o descrito no Regimento Escolar.

5.4  Aproveitamento de Estudos

O   aluno   poderá   requerer   aproveitamento   de   estudos   realizados   com   êxito 

equivalente   às   disciplinas   ofertadas   neste   Estabelecimento   Escolar,  amparado   pela 

legislação vigente, conforme regulamentado no Regimento Escolar, por meio de cursos 

ou de exames supletivos, nos casos de matrícula inicial, transferência e prosseguimento 

de estudos.

5.5 Classificação e Reclassificação 

Para a classificação e reclassificação este estabelecimento de ensino utilizará o 

previsto  na   legislação vigente,   conforme Adendo Regimental  de  Alteração nº  4  do 

Regimento Escolar.

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6.  REGIME ESCOLAR

O   Estabelecimento   Escolar   funcionará,   preferencialmente,   no   período 

noturno,  podendo atender  no  período vespertino  e/ou matutino,  de  acordo com a 

demanda  de   alunos  do   estabelecimento  de  ensino  e   com expressa  autorização  do 

Departamento de Educação de Jovens e Adultos, da Secretaria de Estado da Educação. 

As informações relativas aos estudos realizados pelo educando serão registradas no 

Histórico Escolar, aprovado pela Secretaria de Estado da Educação do Paraná.

O Relatório Final para registro de conclusão do Curso, será  emitido pelo 

estabelecimento de ensino a partir da conclusão das disciplinas constantes na matriz 

curricular.

Este   Estabelecimento   Escolar   poderá   executar   ações   pedagógicas 

descentralizadas para atendimento de demandas específicas  ­  desde que autorizado 

pelo  Departamento  de  Educação  de   Jovens  e  Adultos,  da  Secretaria  de  Estado  da 

Educação – em locais onde não haja a oferta de EJA e para grupos ou indivíduos em 

situação   especial,   como   por   exemplo,   em   unidades   sócio­   educativas,   no   sistema 

prisional,   em   comunidades   indígenas,   de   trabalhadores   rurais   temporários,   de 

moradores em comunidades de difícil acesso, dentre outros.

                 6.1 Organização

Os   conteúdos   escolares   estão   organizados   por   disciplinas.   As   disciplinas 

referentes   ao   Ensino   Fundamental   –   Fase   II   e   Ensino   Médio,   estão   dispostas   nas 

Matrizes Curriculares, de acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais, contidas nos 

Pareceres n.º 02 e 04/98­CEB/CNE para o Ensino Fundamental e Resolução n.º 03/98 

e Parecer n.º 15/98 ­ CEB/CNE, para o Ensino Médio.

                 6.2 Formas de atendimento

A educação neste Estabelecimento Escolar é  ofertada de forma presencial 

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coletiva   e   individual,   dependendo   da   condição   e   disponibilidade   de   tempo   do 

educando, considerar­se­á 100% da carga horária total estabelecida, nos:

• Ensino Fundamental – Fase II e Ensino Médio 

                6.3 Matrícula

• Para a matrícula no Estabelecimento Escolar de Educação de Jovens e 

Adultos:

•a idade para ingresso respeitará a legislação vigente;

•será respeitada instrução própria de matrícula expedida pela mantenedora;

•o educando do Ensino Fundamental – Fase II e do Ensino Médio, poderá 

matricular­ se de uma a quatro disciplinas simultaneamente;

•poderão ser  aproveitadas   integralmente  disciplinas  concluídas  com êxito 

por meio de cursos organizados por disciplina ou de exames supletivos, 

apresentando comprovação de conclusão da mesma;

•o   educando,  oriundo  de   formas  de   organização  de  ensino  diferente  da 

ofertada   neste   Estabelecimento,   que   não   comprovar   conclusão   de 

disciplina(s), poderá: ser matriculado para cursar 100% (cem porcento) 

da   carga   horária   total   da   disciplina   ou   participar   do   processo   de 

classificação ou ainda, de reclassificação após ter cumprido 25% (vinte e 

cinco porcento) da carga horária total da disciplina;

•os conhecimentos adquiridos por meios informais pelos jovens, adultos e 

idosos,   que   não   participaram   do   processo   de   escolarização 

formal/escolar; que estão há muitos anos sem participar dos processos de 

escolarização   formal/escolar,   ou   que   não   possuírem   comprovante   de 

escolaridade,  poderão ser  aferidos  por  procedimentos  de  classificação, 

definidos neste regimento  escolar;

•os   educandos   inseridos   no   processo   de   escolarização   formal/escolar, 

recebidos   por   transferência,   deverão   realizar  matrícula   inicial   em  até 

quatro disciplinas, podendo participar dos processos de reclassificação – 

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após   cursado   25%   da   carga   horária   total   de   cada   disciplina;   ou   da 

Avaliação de Apropriação de Conteúdos de Disciplinas, após cursado 60% 

da carga horária total de cada disciplina;

•será   considerado  desistente,  o   educando  que   se  ausentar  por  02  (dois) 

meses consecutivos, devendo a escola para continuidade de seus estudos, 

reativar  sua matrícula.

• Os alunos de menor só  poderão estudar no período noturno mediante 

autorização   escrita   assinada   por   seus   pais   ou   responsáveis,   Equipe 

Pedagógica e Direção. 

              Quanto as Ações Educativas, Pedagógicas e Disciplinares dos alunos, dispõem 

que o aluno que utilizar aparelhos eletrônicos de qualquer natureza durante as aulas, 

será  punido em forma de registro e comunicação ao responsável quando necessário 

além   de   ser   retido   na   escola.   Ainda   é   vedado   ao   aluno,   utilizar­se   de   aparelhos 

eletrônicos, na sala de qualquer natureza como celulares, walkman, pagers e outros.

No   ato   da   matrícula,   conforme   instrução   própria   da   mantenedora,   o 

educando será orientado por equipe de professor­ pedagogo sobre: a organização dos 

cursos, o funcionamento do estabelecimento: horários, calendário, regimento escolar, a 

duração e a carga horária das disciplinas.

O educando será orientado pelos professores das diferentes disciplinas, que 

os   receberá   individualmente   ou   em   grupos   agendados,   efetuando   as   orientações 

metodológicas,   bem   como   as   devidas   explicações   sobre   os   seguintes     itens   que 

compõem o Guia de Estudos: 

1. a organização dos cursos;

2. o   funcionamento  do   estabelecimento:  horários,   calendário,   regimento 

escolar;

3. a dinâmica de atendimento ao educando;

4. a duração e a carga horária das disciplinas;

5. os conteúdos e os encaminhamentos metodológicos;

6. o material de apoio didático;

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7. as sugestões bibliográficas para consulta;

8. a avaliação;

9. outras informações necessárias.

                6.4  Material didático

                O material didático, indicado pela mantenedora, constitui­ se como um dos 

recursos pedagógicos do Estabelecimento Escolar da Rede Pública do Estado do Paraná 

de Educação de Jovens e Adultos.

              6.5 Avaliação

a)   avaliação   será   diagnóstica,   contínua,   sistemática,   abrangente, 

permanente;

b)  as  avaliações  utilizarão  técnicas  e   instrumentos  diversificados,   sempre 

com finalidade educativa;

c) para fins de promoção ou certificação, serão registradas 02 (duas) 

a   06   (seis)   notas   por   disciplina,   que   corresponderão   às   provas 

individuais   escritas   e   também   a   outros   instrumentos   avaliativos 

adotados,  durante  o  processo  de  ensino,   a  que,  obrigatoriamente,  o 

educando se submeterá  na presença do professor,   conforme descrito 

no regimento escolar;

d) a avaliação será  realizada no processo de ensino e aprendizagem, 

sendo os resultados expressos em uma escala de 0 (zero) a 10,0 (dez 

vírgula zero);

e) para fins de promoção ou certificação, a nota mínima exigida é 6,0 

(seis vírgula zero), de acordo com a Resolução n.º 3794/04 – SEED;

f) o educando deverá atingir, pelo menos a nota 6,0 (seis vírgula zero) em 

cada   registro   da   avaliação   processual.   Caso   contrário,   terá   direito   à 

recuperação de estudos. Para os demais, a recuperação será ofertada como 

acréscimo ao processo de apropriação dos conhecimentos;

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g)   para   a   participação   na   Avaliação   de   Apropriação   de   Conteúdos   por 

Disciplina, o educando que estiver cursando a disciplina, deverá ter cursado 

no mínimo 60% da carga horária total da disciplina, com 75% de frequência 

ou mais; e ainda, ter 50% (cinquenta por cento) dos registros de nota das 

Avaliações Processuais da disciplina e média igual ou superior a 6,0 (seis 

vírgula zero) do total de registros, conforme regulamentado no Regimento 

Escolar;   na   Avaliação   da   Apropriação   de   Conteúdos   por   Disciplina   o 

educando deverá  atingir, pelo menos a nota 6,0 (seis vírgula zero);

h)   para   os   educandos   que   cursarem   100%   da   carga   horária   da 

disciplina,   a   média   final   corresponderá   à   média   aritmética   das 

avaliações processuais, devendo os mesmos atingir pelo menos a nota 

6,0 (seis vírgula zero);

i) para os educandos que participarem da  Avaliação da Apropriação de 

Conteúdos por Disciplina e obtiverem êxito, a média final corresponderá 

à   média   aritmética   entre   as   avaliações   processuais   e   a   nota   da 

Avaliação da Apropriação de Conteúdos por Disciplina; 

j) o resultado da Avaliação da Apropriação de Conteúdos por Disciplina do 

educando deverá ser registrado em ata, assinada pelo diretor, pela equipe 

pedagógica,   pelo   professor   da   disciplina   e   pelo   educando,   devendo   ser 

arquivada   na   pasta   individual   do   mesmo,   juntamente   com   a   prova 

correspondente a esta Avaliação; para o educando que não atingir a nota 

6,0   (seis   vírgula   zero)   na   Avaliação   da   Apropriação   de   Conteúdos   por 

Disciplina, a nota obtida nessa avaliação não será considerada para fins de 

composição da média final.  Este educando deverá  cursar a carga horária 

restante   da   disciplina   e   efetuar   as   avaliações   processuais   restantes,   até 

completar   100%,   não   tendo   direito   a   uma   segunda   participação   na 

Avaliação da Apropriação de Conteúdos por Disciplina;  os resultados das 

avaliações   dos   educandos   deverão   ser   registrados   em   documentos 

próprios,   a   fim   de   que   sejam   asseguradas   a   regularidade   e 

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autenticidade da vida escolar do educando;

k)   o   educando   portador   de   necessidades  educativas  especiais,   será 

avaliado não por seus limites, mas pelos conteúdos que será capaz de 

desenvolver.

               6.6 Recuperação de estudos

     A oferta da recuperação de estudos significa encarar o erro como hipótese de 

construção do conhecimento, de aceitá  ­lo como parte  integrante da aprendizagem, 

possibilitando  a   reorientação dos  estudos.  Se  dará   concomitantemente  ao  processo 

ensino­aprendizagem, considerando a apropriação dos conhecimentos básicos, sendo 

direito   de   todos   os   educandos,   independentemente   do   nível   de   apropriação   dos 

mesmos.   A   recuperação   será   também   individualizada,   organizada   com   atividades 

significativas, com indicação de roteiro de estudos, entrevista para melhor diagnosticar 

o nível de aprendizagem de cada educando.

Assim,   principalmente   para   os   educandos   que   não   se   apropriarem   dos 

conteúdos básicos, será oportunizada a recuperação de estudos por meio de exposição 

dialogada dos conteúdos, de novas atividades significativas e de novos instrumentos de 

avaliação, conforme o descrito no Regimento Escolar.

   6.7 Aproveitamento de estudos, Classificação e Reclassificação

  Os procedimentos de aproveitamento de estudos, classificação e reclassificação 

estão   regulamentados   no   Regimento   Escolar   e   atenderão   o   disposto   na   legislação 

vigente.

  6.8 Área de atuação

  As  ações  desenvolvidas  pelo  Estabelecimento  Escolar  Estadual  que  oferta  a 

Educação de Jovens e Adultos limitam­ se à jurisdição do Estado do Paraná, do Núcleo 

Regional de Educação, podendo estabelecer ações pedagógicas descentralizadas, desde 

que autorizadas pela mantenedora.

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7.  CONDIÇÕES MATERIAIS E RECURSOS TECNOLÓGICOS

7.1. Relação de Recursos Físicos

Recursos físicos Formulário 03

1 – Número de ambientes pedagógicos

− Salas de aula: 7

− Direção: 1

− Equipe Pedagógica: 3

− Coordenação: 2

2   –   Área   destinada   a   ambientes 

pedagógicos (m²)

315 m²

3 – Número de ambientes administrativos

− Secretaria 04

3 Outros

4   –   Área   destinada   a   ambientes 

administrativos (m²)

103 m²

5 – Relação dos ambientes administrativos

Ambiente Área (m²)

Sala de direção 9 m²

Secretaria 24 m²

Biblioteca 40 m²

Cozinha 35 m²

6 – Área destinada à biblioteca (m²)

40 m²

7 ­ Área destinada ao laboratório

70 m²

8 – Complexo higiênico­ sanitário

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Banheiro

4

Sexo ao qual se destina

M e F

Nº Pias

4

Nº Mictórios

4

Nº Vasos 

Sanitários

4

Banheiro nº

1

[  X  ] Masculino 

[    ] Feminino

1 1 1

Banheiro nº 

2

[    ] Masculino 

[  X  ] Feminino

1 1 1

Banheiro nº 

3

[ X  ] Masculino 

[   ] Feminino

1 1 1

Banheiro nº 

4

[   ] Masculino 

[ X  ] Feminino

1 1 1

9 – Utilização compartilhada de recursos físicos, quando for o caso:

10 – Observações:

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7.2. Relação de Acervo Bibliográfico

  No ano  letivo de 2011 a biblioteca escolar  do CEEBJA Pinhão passou pelo 

processo de informatização onde passamos a utilizar o programa Biblioteca Fácil para o 

controle do acervo. 

  Realizou­se   o cadastro dos itens existentes todos com data de aquisição de 

2011, justifica­se para fins do processo de reconhecimento deste Estabelecimento de 

Ensino  que a  biblioteca  escolar   já  existia  desde a     fundação do CEEBJA onde era 

denominado CEAD, no ano de 1991. 

 Segue como anexo 1 o relatório do acervo direto do programa, pois o mesmo 

somente permite a salvar e imprimir em PDF.

7.3. Relação de Equipamentos de Laboratório

02 Lupas Manuais;

02 Lentes Convergente de vidro com 08 cm de diâmetro com cabo, capacidade de 

aumento de 2,5x;

02 Funis;

01 Bécker de 500 ml;

01 microscópio Chase Monocular;

02 Balanças;

02 Bicos de Bunsen com regulador e espalhador de chama, botijãode 02 kg com 

válvula de segurança adaptável ao botijão, com dois metros de mangueira em modelo 

pela ABNT e braçadeiras;

02 Suportes Universal com haste vertical e base retangular de 70 cm;

05 Tripés Metálico com 12 cm de diâmetro e 20 cm de altura;

05 Telas de Amianto 14 x 14 cm;

03 Estantes Metálica com revestimento plástico para 40 tubos de ensaio de 2,5 x 20 

cm;

03 Estantes Metálica com revestimento plástico para 40 tubos de ensaio de 1,5 x 15 

cm;

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03 Pinças Metálica aço inox para manipular vidraria (tipo tesoura) com 

aproximadamente 20 com de comprimento;

03 Lamparinas à Álcool com pavio e abafador com capacidade de 100 ml;

09 Anéis Metálicos Adaptáveis ao suporte universal, sendo 03 anéis com diâmetro de 

07 cm, 03 com diâmetro de 09 cm e 03 com diâmetro de 12 cm;

Lâminas para microscópio;

Conta­Gotas;

01 agitador magnético;

02 balanças digitais;

01 manta aquecedora balão 250 ml;

01 medidor de PH digital;

04 suportes universais;

04 balões fundo chato 250 ml;

04 balões volumétricos 250 ml;

06 bastões de vidro 6 x 300 mm;

08 copos becker vidro 250 ml;

06 erlemmeyer de vidro 250 ml;

05 funis de vidro 150 ml;

05 funis de separação 250 ml;

05 pipetas de vidro graduadas 10 ml;

01 balança de plataforma sem coluna;

01 estadiometro portátil;

06 mutímetros digitais;

02 conjuntos de alicates com 03 peças;

01 aparelho para solda;

01 fonte de alimentação;

01 kit de chaves precision com 06 peças;

06 canetas laser;

06 balaças de baixa precisão;

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05 calorímetros;

06 trenas com 5 mts;

06 cronômetros;

01 termômetro;

06 conjuntos de cabos pretos com 5 un cada;

06 conjuntos de cabos vermelhos com 5 un cada;

10 suportes para pilha;

05 balanças com pesos;

7.3.1 Kit de Química Básico

01 almofariz frasco de vidro grosso com 30 ml e diâmetro de 4,8 cm;

01 balão volumétrico com rolha de borracha de vidro com 50 ml e rolha de borracha 

com 12,5;

01 base + haste base metálica com 10 cm x 13,5 cm e haste metálica com 28,5 cm;

01 bastão de vidro com 0,5 de diâmetro e 15 cm de altura;

01 becker de vidro de 100 ml;

01 capsula de alumínio forma de alumínio de aprox. 5 ml;

01 clip para bateria para jacaré terminal para ligação de bateria de 9v com dois jacarés 

pequenos;

01 colher de medida plástica de cor branca com aprox. 70 mm de comprimento e no 

bojo (bacia) 2 cm x 1 cm x 3mm de profundidade;

01 condutor de polietileno para 02 rolhas furadas cano plástico c/ aprox. 2 mm de 

diâmetro e 12 cm de comp com 1 rolha nº 9,5 em cada ponta;

01 erlemeyer de vidro com 50 ml;

01 escova de limpeza para tubo 10 de 19,5 mm de comprimento;

01 espátula pedaço de plástico com aprox. 10 cm x 8 cm;

06 fio para eletrólise par de fios metálicos enrolados com aprox. 10 cm de 

comprimento e 1 mm de diâmetro;

06 frascos plásticos de polietileno transparente com aprox. 8 ml;

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01 funil de plástico transparente de aprox. 15 ml;

01 garra de mufa com rotação;

01 modelos moleculares bolas de madeira de lei com aprox. 15 mm de diâmetro com 

molas metálicas e ligantes plásticos;

01 kit isótopos frascos plásticos com bolinhas isopor de diâmetro de 04 mm bolinhas 

metálicas de diâmetro 02 mm e bolinhas plasticas de diâm 03 mm;

01 pote de latão com bolinhas de isopor de 04 mm de diâm. Bolinha de plástico  de 03 

mm de diâm e anel de arame com aprox. 10 mm;

01 lâmpada 1,5 v + 01 soquete;

01 lamparina a álcool com aprox. 40 ml;

01 micropipeta plástica 1,5 ml aprox;

04 microtubos de ensaio microtubo plástico com 08 células medindo 08 mm de 

diâmetro cada célula;

01 miltímetro 2000 ohms v DC AC e amperímetro;

01 pestilo bastão de vidro de diâmetro 12 mm e 15 cm de altura;

01 pinça plástica pregador próprio para segurar tubo de ensaio 180 mm de 

comprimento aprox;

01 pinça metálica 110 mm de comprimento aprox.

02 pipetas jumbo pipetas plásticas de 13 ml;

01 pissete plástica almotolia de 250 ml para armazenamento de água;

01 placa de reações microbequers e tubos reunidos em uma placa plástica de aprox. 9 

cm x 12 cm;

01 porta tubo de ensaio revestido com plástico para 12 tubos de 10 cm;

01 proveta base plástica com vol. Aprox. De 10 ml;

01 rolha tamanho 20 com furo de vidro de aprox. 5 cm de comp;

01 seringa com tampa de 10 ml plástica;

01 tela metálica de aprox. 10 x 10 cm sem amianto;

01 termômetro de mercúrio de ­10 C até 110 C;

01 testador de condutividade led ligado a uma resistência, montado em frasco plástico 

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translúcido;

01 tripé de alumínio com altura aprox. De 15 cm;

04 tubos de ensaio tamanho 10 com rolha de cortiça com 11 x 8 mm cada tubo;

01 tubo de ensaio g de vidro com 22 x 200 mm;

01 tubo plástico flexível com aprox. 9 mm de diâmetro externo e de 200 mm 

comprimento;

01 vidro de relógio com aprox. 60 mm de diâmetro;

01 maleta caixa plástica com alça para acondicionamento dos materiais, dimensões 

32,5 cm x 13,5 cm;

01 manual de uso com a descrição de no mínimo 20 experimentos;

7.3.2 Kit de Biologia

01 almofariz frasco de vidro grosso com 30 ml com 4,8 cm de diâmetro;

01 arame de aço 10 cm, 01 mm de diâmetro;

01 bandeja plástica 200 mm de largura x 270 mm de comprimento por 70 m de altura;

01 bexiga g plástica tipo festa tamanho grande;

01 bexiga p plástica tipo festa tamanho pequeno;

01 caixa plástica para acondicionamento de materiais com alça de 200 mm de 

comprimento x 10 mm de largura x 60 mm de altura;

01 clips de aço nº 03;

01 colher de medida colher plástica com aprox. 90 mm de comprimento e 20 mm de 

diâmetro;

01 colher de medida colher plástica com aprox. 150 mm de comprimento e 3 mm de 

diâmetro;

01 elástico de latex para laboratório espessura de aprox. 4 mm;

02 espátulas de plástico com aprox. 10 cm x 8 cm;

02 etiquetas p de papel adesivo com 15 mm de 9 mm;

01 frasco plástico com tampa volume de 200 ml;

01 lâmina para barbear de aço inoxidado;

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04 lâminas para microscopia de vidro com aprox. 75 mm de comprimento x 01 mm de 

espessura x 25 mm de largura;

05 laminulas de vidro com aprox. 15 mm x 15 mm x 0,5 mm de espessura;

01 linha de algodão grossa 2m;

01 mangueira de pvc flexível com aprox. 01 mt;

01 papel celofane 10 cm x 10 cm;

01 papel filtro absorvente 10 cm x 10 cm;

02 papel filtro absorvente em formato redondo com aprox. 09 cm;

03 papel quadriculado tipo escolar de 130 mm x 200 mm;

01 pinça de madeira tipo prendedor de roupa de madeira;

01 rolha n 22 com furo de 1,5 mm para tubo vazado;

01 tubo de pvc em T com diâmetro interno de 4 mm x 6 mm de diâmetro externo;

01 tubo rígido de plástico duro com 15 cm x 0,6 de diâmetro externi 0,4 de diâmetro 

interno;

01 tubo vazado em plástico duro de 10 cm x 2,6 cm de diâmetro externo x 21 cm de 

diâmetro interno;

01 adaptador suporte de alumínio no tamanho aprox. 100 mm;

01 calorímetro frasco de isopor com aprox. 100 mm de comp. X 68 mm de diâmetro 

interno e 83 m de diâmetro externo;

01 disco de newton minipião em plástico com graduação de papel;

02 espelhos planos em acrílico em aprox. 35 mm x 35 mm;

03 filtros de luz filtros coloridos de 40 mm x 40 mm aprox;

20 fios fio de naylon com aprox. 01 m com 0,4 mm de diâmetro;

01 caixo de giz com 64 um giz e cera tipo escolar com 5 cores;

01 imã com polos identificados 19 mm de diâmetro x 3 mm espessura;

01 kit condutor de calor parafina com aprox. 25 mm de comp. 12 mm de diâmetro 1 

suporte condutividade arame em L com aprox. 15 mm;

01 kit eletroíma;

01 lente convergente com 50 mm de diâmetro + 4 dioptrias;

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01 lente divergente com 50 mm de diâmetro + 4 dioptrias;

01 linha torcida de algodão em poliamida de aprox. 900 mm;

05 miniparalelepipedos madeira com tinta atóxica com aprox. 18 mm de diâmetro e 80 

mm de comp;

01 mola helicoidal em metal com aprox. 25 mm de comp;

01 pêndulo de fio em chumbo aprox. 30 gramas;

02 polias em plástico branco com roldanas com aprox. 15 mm de diâmetro;

01 porta massa mini balde plástico com capacidade de 20 ml;

01 régua centimetrada em papel com graduação aprox. 12 cm;

01 termômetro flutuável de 0 a 50 C;

01 tubo plástico com óleo e bolha de ar com aprox. 200 mm de comp. E 6 m de 

diâmetro;

01 bolinha de metálica em latão substitui pesos em chumbo;

01 microscópio;

7.3.3 Kit de Ciências

02 alfinete tipo demarcador de mapas com cabeça colorida;

01 balança tarugo de pvc 290 mm c/ 2 pratos plásticos de 58 cm, em forma de cesta;

01 base + haste metálica base metálica de 10 cm x 13,5 cm em haste metálica de 28,5 

cm;

01 bastão de vidro 0,5 cm de diâmetro e 15 cm de altura;

01 bastão plástico pvc 3 mm x 12 cm;

02 becker em vidro 100 ml;

02 becker em plástico de 100 ml;

01 bolinha de isopor embalados em sacos plásticos com aprox. 2 gramas;

01 borracha branca tipo apagar 3 x 3 cm;

01 chapa de bronze com aproximadamente 20 mm x 15 mm;

05 canudos de plásticos dobrável com aprox. 20 cm;

01 capsula de alumínio com aprox. 5 ml;

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01 clips + jacaré com terminal para ligação de 9 v com 2 jacarés pequenos;

01 colher plástica de cor branca com aproximadamente 70 mm de comprimento e no 

bojo (bacia) 2 cm x 1 cm x 3 mm de profundidade;

01 copinho plástico de 50 ml descartável;

01 erlenmeyer de vidro de 50 ml;

01 escova de limpeza para tubo 10 com comp. 19,5 mm aprox;

01 fios de eletrolise par de fios metálicos enrolados com aprox. 10 cm de comp x 1 mm 

de diâmetro;

01 fóssil pedaços de calcáreo com aprox. 60 mm x 30 mm;

01 frasco de vidro ambar com aprox. 30 ml;

04 frascos plásticos de polietileno trasnparente de aprox. 8 ml;

01 frasco plástico com canudinho transparente com aprox. 50 ml com tubo flexível de 

aprox. 20 mm para saída de água;

01 funil de plástico transparente aprox. 15 ml;

01 garra com mufa com rotação;

01 lamparina a álcool com aprox. 40 ml;

01 micro elástico latex elástico em saco plástico aprox. 05 gramas;

04 micropipetas pipetas plásticas com aprox. 1,5 ml;

01 modelos moleculares bolas de madeiras coloridas com aprox. 15 mm de diâmetro 

com molas metálicas e ligantes plásticos;

01 pote de latão com bola de isopor com 04 mm de diâmetro aprox. Com bola plástica 

com 02 mm e anel de arame com aprox. 10 mm;

01 pinça metálica de aprox. 10 mm comprimento;

01 pipeta jumbo pipetas plasticas de aprox. 03 ml;

01 pisseta almotolia de 250 ml para armazenamento de água;

01 placa de petri placa plástica com aprox. 80 mm;

01 porta tubo de ensaio metálico revestido para 12 tubos tamanho aprox. 10 cm;

01 pote com contas pote plástico transparente com bolas plásticas com aprox. 02 mm;

01 prego prego de ferro com aprox. 25 mm;

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01 proveta com base plástica com volume de 10 ml;

01 régua plástica transparente com 20 cm;

01 rocha pedaço de pedra para análise;

01 rolha g rolha de borracha n 20 com 01 furo;

01 rolha g rolha de borracha n 20 com 02 furos;

01 rolha m rolha de borracha n 15 com 01 furo;

04 rolhas de cortiça diâmetro de aprox. 08 mm;

01 seringa plástica com tampa com 10 ml;

01 tela metálica sem amianto com aprox. 10 x 10 cm;

01 termômetro de mercúrio 22, de ­10 c à 110 c;

01 testador de condutividade led ligado a uma resistência montado em frasco plástico 

translúcido;

01 tripé de alumínio metálico com aprox. 15 cm de altura;

04 tubos de ensaio de vidro com aprox. 10 mm x 75 mm;

01 tubo de ensaio de vidro com aprox. 15 mm x 150 mm;

01 tubo de látex + tubo de vidro tubo de látex com aprox. 8 mm de diâmetro externo e 

25 cm de comp. Tubo de vidro aprox. 05 cm;

01 tubo flexível com aprox. 09 mm de diâmetro externo e 20 cm de comprimento;

01 tubo de vidro com aprox. 3 mm de diâmetro;

01 vidro de relógio com aprox. 60 mm de diâmetro;

01 pedaço de vidro de aprox. 5 x 5 cm;

01 manual de uso com a descrição de no mínimo 20 experimentos;

7.4 Laboratório de informática

7.4.1 Paraná Digital

04 multiterminais Paraná Digital assim compostos:

04 CPUs

15 monitores

15 teclados

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15  mouses

7.4.2 Eproinfo

08 mutiterminais PROINFO assim compostos:

08 CPUs

16 monitores

16 teclados

16 mouses

01 impressora

7.5 Relação de Recursos Audiovisuais e Tecnológicos

Quadro de giz;

Módulos;

Livros didáticos;

DVDs

Televisão; 

Jornais;

Revistas;

Painéis; 

Faixas;

Textoteca;

Videoteca;

Computadores;

Internet;

Impressoras;

Figuras geométricas acrílicas;

Material dourado;

Aparelho de som; 

Mapas;

Atlas, globo;

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Laboratórios de Física, Química e Biologia;

Tabelas periódicas;

Mapas­corpo humano; 

CD room;

Tripés;

Murais;

Dorso;

Cds;

Retroprojetores;

Data show;

Tela para projeção;

Câmera Digital;

8. RECURSOS HUMANOS

8.1. Atribuições dos Recursos Humanos

 De todos os profissionais que atuam na gestão, ensino e apoio pedagógico neste 

Estabelecimento Escolar na modalidade Educação de Jovens e Adultos, exigir ­se­ á o 

profundo conhecimento  e  estudo  constante  da   fundamentação   teórica  e  da   função 

social  da EJA, do perfil  de seus educandos  jovens,  adultos  e   idosos;  das Diretrizes  

Curriculares   Nacionais   e   Estaduais   de   EJA;   bem   como   as   legislações   e   suas 

regulamentações inerentes à Educação e, em especial, à Educação de Jovens e Adultos.

8.1.1 Direção

  O perfil do(a) diretor(a) para a Educação de Jovens e Adultos é dotado de um 

processo   permanente   de   reflexão   sobre   sua   prática   e   capacidade   de   mobilizar   a 

comunidade  escolar  para   conseguir   a  participação  de   todos  os   setores  da  escola   ­ 

educadores, alunos e funcionários – nas decisões sobre seus objetivos e metas.

  É imprescindível que o diretor conheça as normas legais que determinam as 

diretrizes   e   bases   da   educação,   trocando   informações   com   o   nível   central,   com 

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diretores de outras escolas e com os professores e funcionários da escola que atua, para 

que   o   trabalho   em   equipe   realmente   aconteça.   Ele(a)   deve   ser   um   permanente 

comunicador, liderando o trabalho coletivo da escola através de projetos, planejamento 

estratégico, políticas educacionais bem definidas, metas elaboradas em conjunto, que 

sejam compartilhadas e perseguidas por todos os envolvidos no processo educacional.

É   importante   também que  ele(a)   tenha  o  domínio  da  dimensão   técnica: 

planejamento,   administração,   ferramenta  de  administração  do   tempo,   de   conflitos, 

como   também   capacidades   pessoais   e   gerenciais   que   podem   e   devem   ser 

potencializadas. É também o diretor (a) que articula a prática de reuniões internas, o 

gerenciamento de verbas e recursos humanos, prestações de contas, interação com a 

comunidade   e   o   envolvimento  da   escola   com outras   instâncias   da   sociedade   civil 

organizada. Outra responsabilidade assumida é a de romper as barreiras burocráticas 

que tendem a fazer com que as coisas não cheguem à escola. 

Quanto   ao   que   dispõem   sobre   Estágio   Obrigatório   e   não   obrigatório, 

compete ao Diretor celebrar convênio com as instituições públicas e privadas com a 

finalidade de conceder estágios para os alunos matriculados no Ensino Médio e na 

Educação Profissional.

Para   composição   da  Equipe   Multidisciplinar  no   âmbito   escolar,   cabe   ao 

diretor compor a equipe, a equipe pedagógica subsidiar os professores, funcionários e 

alunos, e aos docentes trabalhar a temática da Educação das Relações Étnico­ Raciais, 

de   maneira   Equipe   Multidisciplinar   elabore   e   aplique   um   Plano   de   Ação   em 

conformidade com o Conselho Escolar, conteúdos, metodologias   e incorporadas ao 

Projeto Político Pedagógico.

É muito importante que a direção da escola esteja empenhada na capacitação 

dos docentes, melhorando assim sua performance. Através dessas ações,  a direção tem 

mais autonomia e liberdade para seguir seu caminho na busca da qualidade de ensino.

8.1.2. Professor Pedagogo

• Coordenar a elaboração coletiva e acompanhar a efetividade do PPP (projeto 

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político pedagógico) e plano de ação da escola;

• Coordenar a  construção coletiva e a  efetivação da proposta curricular da 

escola,   a   partir   das   políticas   educacionais   da   SEED/PR   e   das   Diretrizes 

Curriculares Nacionais do CNE;

• Promover   e   coordenar   reuniões   pedagógicas   e   grupos   de   estudos   para 

reflexão e aprofundamento de temas relativos ao trabalho pedagógico e para a 

elaboração de propostas de intervenção na realidade da escola;

• Participar e intervir, junto à direção, da organização do trabalho pedagógico 

escolar no sentido de realizar a  função social  e  especificidade da educação 

escolar;

• Participar  da  elaboração do projeto  de  formação continuada de  todos  os 

profissionais da escola, tendo como finalidade a realização e o aprimoramento 

do trabalho pedagógico escolar;

• Analisar os projetos de natureza pedagógica a serem implantados na escola;

• Coordenar  a  organização  do  espaço  –   tempo  escolar   a  partir  do  projeto 

político   –   pedagógico   e   da   proposta   curricular   da   escola,   intervindo   na 

elaboração   do   calendário   letivo,   na   formação   de   turmas,   na   definição   e 

distribuição de horário semanal das aulas e disciplinas, da hora atividade e de 

outras   atividades   que   interfiram   diretamente   na   realização   do   trabalho 

pedagógico;

• Coordenar junto a direção, o processo de distribuição de aulas e disciplinas a 

partir de critérios legais, pedagógicos­ didáticos e da proposta pedagógica da 

escola;

• Responsabilizar­se pelo trabalho pedagógico didático desenvolvido na escola 

pelo coletivo dos profissionais que nela atuam;

• Implantar   mecanismos   de   acompanhamento   e   avaliação   do   trabalho 

pedagógico escolar pela comunidade interna e externa;

• Apresentar propostas, alternativas, sugestões e / ou criticas que promovam o 

desenvolvimento e o aprimoramento do trabalho pedagógico escolar, conforme 

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o projeto político – pedagógico, a proposta curricular e o plano de ação da 

escola e as políticas educacionais da SEED;

• Coordenar a elaboração de critérios para aquisição, empréstimo e seleção de 

materiais, equipamentos e/ou livros de uso didático pedagógico, a partir da 

proposta curricular e do projeto político pedagógico da escola;

• Participar da organização pedagógica da biblioteca da escola, assim como do 

processo de aquisição de livros e periódicos;

• Orientar o processo de elaboração dos planejamentos de ensino  junto ao 

coletivo de professores da escola, promovendo estudos sistemáticos, trocas de 

experiências, debates e oficinas pedagógicas;

• Elaborar  o   projeto  de   formação   continuada  do   coletivo  de  professores   e 

promover ações para sua efetivação;

• Atuar,   junto   ao   coletivo   de   professores,   na   elaboração   de   projetos   de 

recuperação de estudos a partir de necessidades de aprendizagem identificadas 

em sala de aula, de modo a garantir as condições básicas para o processo de 

socialização do conhecimento científico e de construção do saber realmente se 

efetive;

• Motivar o coletivo da comunidade escolar de forma a promover o processo 

reflexão – ação visando garantir a aprendizagem de todos os alunos;

• Coordenar o processo coletivo de elaboração e aprimoramento do Regimento 

Escolar da escola, garantindo a participação democratização das relações, de 

acesso ao saber e de melhoria das condições de vida da população;

• Participar do Conselho Escolar subsidiando teórica e metodologicamente as 

discussões   e   reflexões   acerca   da   organização   e   efetivação   do   trabalho 

pedagógico escolar;

• Propiciar   o   desenvolvimento   da   representatividade   dos   alunos   e   sua 

participação nos diversos momentos e órgãos colegiados da escola;

• Promover a construção de estratégias pedagógicas de superação de todas as 

formas  de  discriminação,   preconceito   e   exclusão   social   e   de   ampliação  do 

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compromisso ético – políticos com todas as categorias sociais;

• Observar os preceitos constitucionais, a legislação educacional em vigor e o 

Estatuto da Criança e do Adolescente, como fundamentos da prática educativa.

• A Equipe Pedagógica deverá subsidiar na composição e elaboração do Plano 

de Ação e composição da Equipe Multidisciplinar.

O   professor   pedagogo   tem   funções   no   contexto   pedagógico   e   também   no 

administrativo, tais como:

• Orientar e acompanhar a elaboração dos guias de estudos de cada disciplina;

• Coordenar   e   acompanhar   ações   pedagógicas   descentralizadas   e   exames 

supletivos   quando,   no   estabelecimento,   não   houver   coordenação(ões) 

específica(s) dessa(s) ação(ões).

• Executar a Avaliação Institucional conforme orientação da mantenedora.

8.1.3 Coordenações

 As Coordenações de Ações Pedagógicas Descentralizadas – Coordenação Geral e 

Coordenação Itinerante, bem como a Coordenação de Exames Supletivos, têm como 

finalidade a execução dessas ações pelo Estabelecimento Escolar, quando autorizadas e 

regulamentadas pela mantenedora.

Cabe ao(s) Coordenador(es) de Ações Pedagógicas Descentralizadas:

Coordenador Geral

− Receber e organizar as solicitações de Ações Pedagógicas Descentralizadas.

− Organizar os processos dessas Ações para análise pelo respectivo NRE.

− Elaborar os cronogramas de funcionamento de cada turma da Ação.

− Digitar os processos no Sistema e encaminhar para justificativa da direção do 

Estabelecimento.

− Acompanhar   o   funcionamento   de   todas   turmas   de   Ações   Pedagógicas 

Descentralizadas vinculados ao Estabelecimento.

− Acompanhar a matrícula dos educandos e a inserção das mesmas no Sistema.

− Organizar a documentação dos educandos para a matrícula.

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− Organizar as listas de frequência e de notas dos educandos.

− Enviar   material   de   apoio   didático   para   as   turmas   das   Ações   Pedagógicas 

Descentralizadas.

− Responder ao NRE sobre todas as situações dessas turmas.

− Organizar   o   rodízio   dos   professores   nas   diversas   disciplinas,   garantindo   o 

atendimento aos educandos de todas as turmas.

− Orientar   e   acompanhar   o   cumprimento   das   atividades   a   serem   executadas 

durante as horas ­atividade dos professores.

− Realizar   reuniões   periódicas   de   estudo   que   promovam   o   intercâmbio   de 

experiências pedagógicas e a avaliação do processo ensino­aprendizagem.

− Elaborar materiais de divulgação e chamamento de matrículas em comunidades 

que necessitam de escolarização.

− Acompanhar a ação dos Coordenadores Itinerantes.

− Tomar ciência e fazer cumprir a legislação vigente.

− Prestar à Direção, à Equipe Pedagógica do Estabelecimento e ao NRE, quando 

solicitado,  quaisquer   esclarecimentos   sobre  a  execução  da  escolarização  pelas 

Ações Pedagógicas Descentralizadas sob sua coordenação.

Executar a Avaliação Institucional conforme orientação da mantenedora.

Coordenador Itinerante

- Acompanhar o funcionamento in loco das Ações Pedagógicas Descentralizadas.

- Atender e/ou encaminhar as demandas dos professores e dos educandos.

- Verificar o cumprimento do horário de funcionamento das turmas.

- Observar e registrar a presença dos professores.

- Atender à comunidade nas solicitações de matrícula.

- Solicitar e distribuir o material de apoio pedagógico.

- Solicitar e distribuir as listas de frequência e de nota dos educandos.

- Encaminhar as notas e frequências dos educandos para digitação.

- Acompanhar   o   rodízio   de   professores,   comunicando   à   Coordenação   Geral 

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qualquer problema neste procedimento.

- Solicitar e organizar a documentação dos educandos para a matrícula.

- Acompanhar o funcionamento pedagógico e administrativo de todas as turmas 

das Ações Pedagógicas Descentralizadas sob sua responsabilidade.

- Participar das reuniões pedagógicas  e da hora atividade,   juntamente com os 

professores.

- Executar a Avaliação Institucional conforme orientação da mantenedora.

Coordenador de Exames Supletivos

− Tomar conhecimento do edital de exames.

− Fazer as inscrições dos candidatos, conforme datas determinadas no edital.

− Verificar o número mínimo de candidatos inscritos para que os exames possam 

ser executados.

− Digitar, no sistema, a inscrição dos candidatos.

− Conferir   a   inserção   das   inscrições   dos   candidatos   no   Sistema   por   meio   da 

emissão de Relatório de Inscritos.

− Solicitar credenciamento de outros espaços escolares, quando necessário, para 

execução dos exames.

− Solicitar, por e­mail ou ofício, com o conhecimento do NRE, as provas em Braille 

e as ampliadas, das etapas a serem realizadas, quando for o caso.

− Solicitar, por e­mail ou ofício, com o conhecimento do NRE, para o DEJA/SEED, 

autorização para a realização de quaisquer bancas especiais.

− Comunicar   ao   NRE   todos   os   procedimentos   tomados   para   realização   dos 

Exames.

− Receber os materiais dos Exames Supletivos nos NREs.

− Capacitar a(s) equipe(s) de trabalho do Estabelecimento para a realização dos 

Exames Supletivos,  quanto ao cumprimento dos procedimentos,  em especial  a 

organização e o preenchimento dos cartões­resposta.

− Acompanhar a aplicação das provas,  para que transcorram com segurança e 

tranquilidade, em conformidade com os procedimentos inerentes aos Exames.

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− Divulgar as atas de resultado.

8.1.4 Docentes

 Considerando que o aprendizado não é uma construção individual, mas sim um 

processo interativo que enfatiza a linguagem e o diálogo no desenvolvimento cognitivo 

mediado,   que   o   educador   é   mediador   desse   diálogo   entre   o   educando   e   o 

conhecimento. O educador deve portanto colocar em prática uma relação pedagógica 

democrática, aliada a um trabalho sério e rigoroso com uma didática capaz de resgatar 

a condição do educando enquanto sujeito do processo de conhecimento.

• Contribuir   para   o   desenvolvimento   da   proposta   pedagógica   dos 

estabelecimentos  de   ensino   em   que   atuar;   elaborar   o   planejamento   de   sua 

disciplina e trabalhar pelo seu cumprimento em consonância com a proposta 

pedagógica do estabelecimento de ensino, com os princípios norteadores das 

políticas  educacionais  da  SEED e  com a  legislação vigente  para  a  Educação 

Nacional.

• Realizar a transposição didática dos conhecimentos selecionados, respeitando as 

especificidades dos alunos;

• Conduzir sua ação escolar contemplando as dimensões teóricas e práticas dos 

saberes e atividades escolares;

• Realizar a avaliação da aprendizagem de modo a acompanhar o processo de 

construção do conhecimento dos alunos;

• Intervir   para   que   os   alunos   possam   superar   eventuais   defasagens   e/ou 

dificuldades;

•  Assumir compromisso com a formação continuada, participando dos programas 

de   capacitação   ofertados   pela   mantenedora   e/ou   por   outras   instituições, 

mantendo atitude permanente de estudo, pesquisa e produção; 

• Desenvolver procedimentos metodológicos variados que facilitem e qualifiquem 

o trabalho pedagógico;

• Organizar   a   rotina   de   sala   de   aula,   observando   e   registrando   dados   que 

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possibilitem intervenções adequadas, sobretudo nos momentos de dificuldade 

no processo ensino­aprendizagem e situações conflituosas;

• Utilizar o espaço e o tempo em sala de aula e demais ambientes escolares;

• Procurar identificar e respeitar entre os alunos;

• Conhecer e utilizar técnicas e recursos tecnológicos como instrumentos de apoio 

pedagógico;

• Exprimir clareza na correção de atividades propostas aos alunos;

• Conduzir   os   procedimentos   em   sala   de   aula   de   maneira   emocionalmente 

equilibrada e Ter capacidade para mediar situações de conflito;

• Desenvolver aulas que proporcionem a interação aluno­professor e aluno­aluno, 

favorecendo a atitude dialógica;

• Adotar  uma postura reflexiva,  crítica,  questionadora,  orientando os alunos a 

formular e expressar juízos sobre temas, conceitos, posições e situações;

• Expressar­se   por   meio   de   várias   linguagens,   visando   o   enriquecimento   e   a 

inteligibilidade de suas aulas bem como dos materiais produzidos para apoio 

pedagógico;

• Expressar­se   verbalmente   de   maneira   objetiva   e   compreensível,   com   dicção 

clara; 

• Desenvolver as aulas de forma dinâmica, versátil e coerente com a disciplina e 

especificidades dos educandos; obedecer aos preceitos vigentes na Constituição 

Federal, na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Estatuto da Criança 

e do Adolescente, na Legislação Estadual e demonstrar, em situações práticas, as 

atividades propostas aos educandos, utilizando­se como referência os estímulos 

visuais, auditivos e motores; Os conteúdos  e componentes curriculares, na EJA, 

estão organizados de acordo com Matriz Curricular, sendo que os temas que 

serão trabalhados ao longo do ano letivo, em todas as disciplinas, de acordo 

com as   legislações  atuais   são:  História  e  Cultura  Afro­  Brasileira,  Africana e 

Indígena,   Prevenção   ao   Uso   indevido   de   Drogas,   Sexualidade   Humana, 

Educação   Ambiental,   Educação   Fiscal,   Enfrentamento   à   Violência   contra   a 

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Criança e o Adolescente, Direito dos Idosos e Educação para o Trânsito, e ainda 

referente ao Programa de Brigadas Escolares/Defesa Civil na Escola. Trabalhar, 

demonstrativa   e   conceitualmente,   com   materiais   específicos   de   sua 

área/disciplina;  participar  e/ou  colaborar   com atividades   lúdicas,   culturais  e 

desportivas dinamizadas dentro do contexto escolar. 

Aos docentes cabe também:

• Definir e desenvolver o seu plano de ensino, conforme orientações das Diretrizes 

Curriculares   Nacionais   e   Estaduais   de   EJA   e   da   proposta   pedagógica   deste 

Estabelecimento Escolar.

• Conhecer o perfil de seus educandos jovens, adultos e idosos.

• Utilizar   adequadamente   os   espaços   e   materiais   didático­pedagógicos 

disponíveis, tornando­os meios para implementar uma metodologia de ensino 

que respeite o processo de aquisição do conhecimento de cada educando jovem, 

adulto e idoso deste Estabelecimento.

• Executar a Avaliação Institucional conforme orientação da mantenedora.

• O docente suprido neste Estabelecimento de Ensino deverá atuar na sede e nas 

ações pedagógicas descentralizadas, bem como nos exames supletivos. Deverá 

atuar em todas as formas de organização do curso: aulas presenciais coletivas e 

individuais.

8.1.5 Secretaria e Apoio Administrativo

• Executar   atividades   de   suporte   nas   áreas   de   recursos   humanos, 

administração, finanças e outras de interesse do Poder Executivo Estadual. 

Elaborar, digitar, classificar e arquivar relatórios, formulários , planilhas e 

outros   documentos.   Redigir   e   digitar   memorandos,   ofícios   e   outras 

correspondências. Preparar, fazer tramitar e arquivar protocolos. Organizar 

a rotina de serviços e procedimentos. Efetuar a entrada e transmissão de 

dados,   operar   fax,   teleimpressoras,   e   microcomputadores.   Agir   no 

tratamento, recuperação e disseminação de informações. Executar atividades 

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técnico­administrativas relacionadas às diversas rotinas da unidade. Efetuar 

cálculos   e   conferência  de  dados.  Operar   e   conferir   o   funcionamento  de 

equipamentos afetos a sua área de atuação.

• Assegurar   a   organização   física   e   o   funcionamento   administrativo   de 

Bibliotecas; viabilizar o empréstimo de livros para a comunidade escolar, de 

acordo com regulamento próprio; estabelecer e aplicar, em conjunto com o 

corpo   docente,   normas   de   segurança   para   o   uso   dos   laboratórios   de 

informática da escola;

• Disponibilizar  equipamentos   e  materiais  necessários  para  a  preparação e 

realização   das   atividades   de   ensino   previstas   nas   várias   disciplinas;   dar 

assistência ao professor e seus alunos durante a aula ajudando a manter o 

bom andamento da atividade prática de laboratório de informática; preparar 

o ambiente do laboratório para o uso do professor e alunos, coordenar e 

supervisionar   as   atividades   administrativas   referentes   à   matrícula, 

transferência,   adaptação   e   conclusão   de   curso,   aplicar   e   observar   a 

legislação que rege o registro de toda a documentação de alunos; cumprir as 

obrigações inerentes às atividades administrativas da secretaria (matrícula, 

transferência, adaptação, classificação e reclassificação, aproveitamento de 

estudos, conclusão de cursos); preparar relatório de freqüência;

• Manipular dados estatísticos para avaliação e acompanhamento do ensino­

aprendizagem;   atender   os   alunos,   professores   e   demais   interessados 

prestando  informações e  dando orientações;  manter   sigilo  quanto a  vida 

escolar  dos  alunos  e   vida  profissional  de   servidores  do  estabelecimento; 

participar   de   eventos,   cursos,   reuniões   no   intuito   de   aprimoramento 

profissional.

• Manter   atualizado   o   sistema   de   acompanhamento   do   educando, 

considerando a organização da EJA prevista nesta proposta.

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8.2. Relação dos Recursos Humanos

8.2.1 Técnico Administrativo e Pedagógico

Professor (a) Função HabilitaçãoClaudio Marcos Francesconi Diretor BiologiaMarta Clediane R. Anciuti Pedagoga     PedagogiaMarilde do Amaral Lima Pedagoga     PedagogiaAngela Aparecida Nascimento Pedagoga     PedagogiaRita de Cassia Silva Secretária     Administração

8.2.2 Técnico Administrativo

Funcionário (A) Função HabilitaçãoIvonete Ernestina da Silva Agente Educacional  I Ensino MédioMarinilda Ribeiro de Oliveria Agente Educacional  I Ensino MédioNeuracy Aparecida Tussolini Agente Educacional  I Ensino FundumentalJocélia Soares dos Santos Agente Educacional  I Ensino Médio

Funcionário (A) Função HabilitaçãoRubiane Agnes Agente Educacional  II Ciências BiológicasOtto David Silva Agente Educacional  II Ciências ContábeisElisa Lampugnani Agente Educacional  II Letras

8.2.3 Docentes

Professor (a) Disciplina HabilitaçãoSandra Mara Dellê Português LetrasSilma Apª Dellê Marcondes Português LetrasGraziela Bosquirolli Argenta Inglês LetrasOreli Diogo de Deus Inglês LetrasRenilda de Fátima Mendes Educação Física Educação FisicaEdvilson Luiz Santos Educação Física Educação FisicaEliza Iassuoka Matemática MatemáticaRaquel Amelia Leal de Almeida Matemática MatemáticaDivanir Aparecida Nunes Domingues Física MatemáticaJoão Manuel de Lima Ciências  Ciências BiológicaAna Ignêz Streski Biologia Ciências BiológicaAndreia Aparecida Sviercoski Quimica Farmácia/Bioquimica

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Roseli de Avila Matos História/Ensino 

Religioso

História

Jorge Nei Neves História HistóriaMarilis Razera Geografia GeografiaJoão Francisco Bischof Ferreira Geografia GeografiaMaria da Graça Argenta História Filosofia e SociologiaFernando Sviercoswski Filosofia FilosofiaEzilda do Nascimento Artes Visuais Arte

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 8.3 CÓPIA DA DOCUMENTAÇÃO DOS RECURSOS HUMANO

       

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9.  PLANO DE AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL DO CURSO

     A concepção de avaliação institucional explicitada pela SEED/PR, afirma que 

esta:

“deve ser construída de forma coletiva, sendo capaz de  identificar as qualidades e as fragilidades das instituições e do sistema, subsidiando as políticas educacionais comprometidas com a transformação social  e o aperfeiçoamento da gestão escolar e da educação pública ofertada na Rede Estadual.” (SEED, 2004, p.11)

Neste sentido, a avaliação não se restringe às escolas, mas inclui também os

gestores da SEED e dos Núcleos Regionais de Educação, ou seja, possibilita a todos a

identificação dos fatores que facilitam e aqueles que dificultam a oferta, o acesso e a

permanência   dos   educandos   numa   educação   pública   de   qualidade.Aliado   a 

identificação destes fatores deve estar, obrigatoriamente, o compromisso e a efetiva 

implementação das mudanças necessárias.

Assim,   a   avaliação   das   políticas   e   das   práticas   educacionais,   enquanto 

responsabilidade coletiva, pressupõe a clareza das finalidades essenciais da educação, dos

seus impactos sociais, econômicos, culturais e políticos, bem como a reelaboração e a

implementação de novos rumos que garantam suas finalidades e impactos positivos à

população que demanda escolarização.

A avaliação institucional, vinculada a esta proposta pedagógico­curricular, 

abrange todas as escolas que ofertam a modalidade Educação de Jovens e Adultos, ou 

seja,   tanto  a  construção dos  instrumentos  de  avaliação quanto os   indicadores dele 

resultantes envolverão, obrigatoriamente, porém de formas distintas, todos os sujeitos 

que fazem a educação na Rede Pública Estadual. Na escola – professores, educandos, 

direção, equipe pedagógica e administrativa, de serviços gerais e demais membros da 

comunidade escolar. Na SEED, de forma mais direta, a equipe do Departamento de 

Educação de Jovens e Adultos e dos respectivos NRE’s. 

A   mantenedora   se   apropriará   dos   resultados   da   implementação   destes 

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instrumentos para avaliar e reavaliar as políticas desenvolvidas, principalmente aquelas 

relacionadas   à   capacitação   continuada   dos   profissionais   da   educação,   bem   como 

estabelecer o diálogo com as escolas no sentido de contribuir  para a reflexão e as 

mudanças necessárias na prática pedagógica.

Considerando o que se afirma no Documento das Diretrizes  Curriculares 

Estaduais de EJA que “... o processo avaliativo é parte integrante da práxis pedagógica 

e deve estar voltado para atender as necessidades dos educandos, considerando seu 

perfil e a função social da EJA, isto é, o seu papel na formação da cidadania e na 

construção da autonomia.” (SEED, 2005, p.44), esta avaliação institucional da proposta 

pedagógico­curricular implementada, deverá servir para a reflexão permanente sobre a 

prática pedagógica e administrativa das escolas.

Os instrumentos da avaliação institucional, serão produzidos em regime de 

colaboração   com   as   escolas   de   Educação   de   Jovens   e   Adultos,   considerando   as 

diferenças entre as diversas áreas de conteúdo que integram o currículo, bem como as 

especificidades   regionais   vinculadas   basicamente   ao   perfil   dos   educandos   da 

modalidade.   Os   instrumentos   avaliativos   a   serem   produzidos   guardam   alguma 

semelhança com a experiência acumulada pela EJA na produção e aplicação do Banco 

de Itens, porém sem o caráter de composição da nota do aluno para fins de conclusão. 

A normatização desta Avaliação Institucional da proposta pedagógico­curricular será 

efetuada por meio de instrução própria da SEED. Como se afirma no Caderno Temático 

“Avaliação Institucional”,

“cada escola deve ser vista e tratada como uma totalidade, ainda que relativa, mas dinâmica, única, interdependente e inserida num sistema maior   de   educação.   Todo   o   esforço   de   melhoria   da   qualidade   da educação   empreendido  por   cada   escola  deve   estar   conectado   com   o esforço empreendido pelo sistema ao qual pertence. (SEED, 2005, p.17)

Em síntese, repensar a práxis educativa da escola e da rede como um todo, 

especificamente na modalidade EJA, pressupõe responder à função social da Educação 

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de Jovens e Adultos na oferta qualitativa da escolarização de jovens, adultos e idosos.

11. PLANO DE CAPACITAÇÃO CONTINUADA DO CORPO DOCENTE

No contexto  que  hoje   estamos  vivendo,  na  era   tecnológica,  onde   tudo  está 

acontecendo   tão   rapidamente,   faz­se     necessário   revermos   até   que   ponto   temos 

bagagens para competir com essas transformações e desafios que nos são impostos a 

cada instante.

O   educador,   concebido   como   profissional   reflexivo   e   autor   de   sua   prática 

escolar,   deve   ter   a   competência   de   identificar   e   selecionar   que   materiais   podem 

contribuir para a reflexão sobre o assunto, a ser desenvolvido com os seus educandos, 

deve   também   saber   planejar   com   que   objetivo   e   de   que   modo   serão   usados, 

considerando sempre a variedade de linguagens, de abordagens e de pontos de vista.

A seleção e uso de materiais didáticos entre os educadores das diferentes etapas, 

também é um momento de formação. Essa seleção após discussão é contextualizada no 

âmbito da organização de situações didáticas e eficazes para o aprendizado.

O   trabalho   em   equipe   é   considerado,   atualmente,   como   um   dos   fatores 

fundamentais  para   impulsionar  não só  a  melhoria  da  qualidade de  ensino  como a 

desenvolvimento  profissional  dos  professores.  A   tarefa  comum dos  profissionais  da 

educação   escolar,   tem   portanto,   dois   aspectos   inseparáveis:   a   elaboração   e   o 

desenvolvimento   constante   a   proposta   pedagógica   e   a   formação   permanente   dos 

profissionais.  Haverá   participação em cursos  de  capacitação específica  por  área  de 

conhecimento, capacitação via TV Escola, capacitação sobre as Diretrizes Curriculares 

Nacionais,   com   debate,   reuniões,   seminários   e   simpósios.   Reuniões   pedagógicas 

mensais com temas pedagógicos por profissionais da área dentro das necessidades; 

Oportunizar   a   participação   em   cursos   promovidos   por   entidades   educacionais   da 

região.

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REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

ALMEIDA,   Maria   Conceição   Pereira   de.   Centro   Estadual   de   Educação   Básica   para 

Jovens e  Adultos, a Grande Conquista, Arte & Cultura, 1999, 1ª Edição.

BRZEZINSKI, Iria. LDBEN Interpretada: diversos olhares se entrecruzam.  São Paulo: 

Cortez, 1997.

CARNEIRO, Moaci Alves. LDBEN fácil. Petrópolis, RJ : Vozes, 1998. (5ª) Conferência 

Internacional sobre Educação de Adultos (V CONFINTEA). 

PARANÁ. Conselho Estadual de Educação. Deliberação 011/99 – Curitiba/PR

PARANÁ. Conselho Estadual de Educação.Deliberação 014/99 – CEE. Curitiba/PR

PARANÁ. Conselho Estadual de Educação.Deliberação 005/98 –CEE. Curitiba/PR

PARANÁ. Conselho Estadual de Educação.Deliberação 008/00 – CEE. Curitiba/PR

PARANÁ. Conselho Estadual de Educação. Parecer 095/99 – CEE (Funcionamento dos 

Laboratórios). Curitiba/PR

BRASIL.  Leis de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. LEI No. 9.394, de 20 de 

dezembro de 1996. D.O. U. de 23 de dezembro de 1996. 

BRASIL.  Ministério  da  Educação.  Diretrizes  Curriculares  Nacionais  de  EJA.  Parecer 

011/2000. Brasilia/DF.

BRASIL. Ministério da Educação. Parecer 004/98 – Diretrizes Curriculares Nacionais 

para o Ensino Fundamental. Brasilia/DF.

BRASIL.  Ministério  da Educação.  Parecer  015/98 –Diretrizes  Curriculares  Nacionais 

para o Ensino Médio. Brasilia/DF.

BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Artigo 

205.Brasília, DF, Senado, 1998.

BRASIL. Câmara dos Deputados. Projeto de Lei do Plano Nacional de Educação (PNE 

2011/2020).

DELORS, J. Educação : Um tesouro a descobrir. São Paulo: Cortez; Brasília, DF. MEC. 

UNESCO, 1998.

DEMO, Pedro. A Nova LDBEN – Ranços e Avanços. Campinas, SP : Papirus, 1997.

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DRAIBE, Sônia Miriam; COSTA, Vera Lúcia Cabral; SILVA Pedro Luiz Barros. Nível de 

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DI PIERRO; Maria Clara.  A educação de Jovens e Adultos na LDBEN. Mimeog.

DI   PIERRO;  Maria  Clara.  Os  projetos   de   Lei   do  Plano  Nacional   de  Educação   e   a 

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FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido, 40ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2005.

OLIVEIRA,   Thelma   Alves   de,   et   al.   Avaliação   Institucional   (Cadernos   Temáticos). 

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LDBEN.

SOUZA, Paulo Nathanael Pereira de; SILVA, Eurides Brito da. Como entender e Aplicar 

a Nova LDBEN. SP, Pioneira Educ., 1997. 1ª Edição.