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CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL ARLINDO RIBEIRO GUARAPUAVA – PARANÁ PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR SOCIOLOGIA FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA Como ciência, a Sociologia delineou-se no rastro do pensamento positivista, vinculada à ordem das Ciências Naturais. O caráter científico, tão buscado e valorizado na época (século XIX), estava ligado à lógica da ciência ditas “experimentais". Ou seja, para ascender ao estatuto de ciência, deveria atender a determinados pré-requisitos e seguir métodos "científicos" que pretendiam também a neutralidade e o estabelecimento de regras. São representantes desse pensamento Augusto Comte (1798-1852), o primeiro a usar o termo sociologia relacionando-o com a ciência da sociedade e Émile DurKheim (18581917), que adotou conceitos elaborados por Comte, especialmente o de ordem social, para delinear uma das correntes representativas do pensamento sociológico. Ambos os pensadores tiveram em comum a busca de soluções para os graves problemas sociais gerados pelo modo de produção capitalista; isto é, a miséria, o desemprego e as conseqüentes greves e rebeliões operárias. Cada um desses sintomas sociais foi analisado por esses pensadores como desvios ou anomalias da sociedade, que poderiam ser corrigidos ou mesmo solucionado pelo resgate de valores morais - como a solidariedade os quais restabeleceriam relações estáveis entre as pessoas, independentemente da classe social a que pertencessem. Um dos mecanismos responsáveis por essa tarefa seria a educação, capaz adquar devidamente os indivíduos à nova sociedade. Tais pensadores a analisaram sob um determinado ponto de vista e preconizaram a manutenção do status quo, da ordem vigente e, de alguma forma, pelo elogio à sociedade capitalista. Rua Mário Virmond, 78 Bairro Industrial CEP: 85.045-640 Fone: (42) 3624-3223 e-mail:[email protected] Guarapuava – PR

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GUARAPUAVA – PARANÁPROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR

SOCIOLOGIA

FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA

Como ciência, a Sociologia delineou-se no rastro do pensamento

positivista, vinculada à ordem das Ciências Naturais. O caráter científico, tão

buscado e valorizado na época (século XIX), estava ligado à lógica da ciência

ditas “experimentais". Ou seja, para ascender ao estatuto de ciência, deveria

atender a determinados pré-requisitos e seguir métodos "científicos" que

pretendiam também a neutralidade e o estabelecimento de regras.

São representantes desse pensamento Augusto Comte (1798-1852), o

primeiro a usar o termo sociologia relacionando-o com a ciência da sociedade e

Émile DurKheim (18581917), que adotou conceitos elaborados por Comte,

especialmente o de ordem social, para delinear uma das correntes

representativas do pensamento sociológico.

Ambos os pensadores tiveram em comum a busca de soluções para os

graves problemas sociais gerados pelo modo de produção capitalista; isto é, a

miséria, o desemprego e as conseqüentes greves e rebeliões operárias. Cada

um desses sintomas sociais foi analisado por esses pensadores como desvios

ou anomalias da sociedade, que poderiam ser corrigidos ou mesmo

solucionado pelo resgate de valores morais - como a solidariedade os quais

restabeleceriam relações estáveis entre as pessoas, independentemente da

classe social a que pertencessem.

Um dos mecanismos responsáveis por essa tarefa seria a educação,

capaz adquar devidamente os indivíduos à nova sociedade. Tais pensadores a

analisaram sob um determinado ponto de vista e preconizaram a manutenção

do status quo, da ordem vigente e, de alguma forma, pelo elogio à sociedade

capitalista.

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GUARAPUAVA – PARANÁApesar de sua origem conservadora e de sua proposta inicial

conformista, a Sociologia desenvolveu também um olhar crítico e questionador

sobre a sociedade. O pensador alemão Karl Marx (1818-1883) trouxe

importantes contribuições ao pensamento sociológico porque desnudou as

relações de exploração que se estabeleceram a partir do momento em que

uma determinada classe social apropriou-se dos meios de produção e passou

a deter e conduzir os mecanismos (as ações) da sociedade.

De acordo com o pensamento de Marx, não há soluções conciliadoras

numa sociedade cujas relações se baseiem na exploração do trabalho e na

crescente espoliação da maioria. Para Marx, a teoria apenas tem sentido se

transformada em práxis, ou seja, em ação fundamentada politicamente, para

transformar as estruturas de poder vigente e construir novas relações sociais,

fundadas na igualdade de condições a todos os indivíduos.

Para Marx, a única possibilidade de superar a desigualdade e a

opressão está na construção de uma nova sociedade, que pressuponha a

inexistência de classes sociais e, portanto, de dominação de uma minoria sobre

uma maioria. Outra importante contribuição ao pensamento sociológico crítico e

revolucionário pode ser encontrada nos escritos do italiano Antonio Gramsci

(1891- 1937) cujas análises foram incorporadas principalmente às pesquisas

sociológicas e educacionais. Criados por Gramsci, os conceitos de hegemonia,

intelectual orgânico e escola única auxiliam no processo de repensar as

estruturas educacionais.

Já constitui tradição apresentar a entrada de Durkheim na Universidade

de Bordeaux, em 1887, como marco da introdução da Sociologia nos currículos

oficiais. No Brasil, a proposta de inclusão da Sociologia data de 1870, quando

Rui Barbosa, em um de seus eruditos pareceres, propõe a substituição da

disciplina Direito Natural pela Sociologia, a sugerir que o Direito tinha mais a

ver com a sociedade, ou com as relações sociais do que com um pretenso

"estado de natureza" - pedra de toque da elaboração política dos

contratualistas e jusnaturalistas dos.séculos XVII e XVIII; isso constituía, desde

já, uma perspectiva interessante, apesar de o parecer do conselheiro não ter

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GUARAPUAVA – PARANÁsido sequer votado. Com Benjamim Constant, alguns anos depois, 1890, no

ensejo da Reforma da Educação Secundária do primeiro governo republicano,

reaparece a Sociologia, agora como disciplina obrigatória nesse nível de

ensino. A morte precoce do ministro da Instrução pública acaba enterrando a

Reforma e possibilidade de a Sociologia integrar desde então o currículo.

A disciplina Sociologia tem uma historicidade bastante diversa de outra

disciplina do currículo, tanto em relação àquelas do campo das linguagens

como em relação à das Ciências Humanas, mas sobretudo das Ciências

Naturais. É uma disciplina bastante recente- menos de um século, reduzida sua

presença efetiva à metade desse tempo não se tem ainda formada uma

comunidade de professores de Sociologia no Ensino Médio , que em âmbito

estadual, regional , ou nacional, de modo que o diálogo entre eles tenha

produzido consensos a respeito de conteúdos, metodologias, recurso, etc, o

que está bastante avançado nas outras disciplinas. Essas questões já

poderiam estar superadas se houvesse continuidade nos debates, o que teria

acontecido se a disciplina nas escolas não fosse intermitente.

Desde a sua constituição como conhecimento sistematizado, a

Sociologia tem contribuído para ampliar o conhecimento dos homens sobre sua

própria condição de vida e, fundamentalmente, para a análise das sociedades,

ao compor, consolidar e alargar um saber especializado pautado, em teorias e

pesquisas que esclarecem muitos problemas da vida social.

Seu objeto é o conhecimento e a explicação da sociedade pela

compreensão das diversas formas pelas quais os seres humanos vivem em

grupos, das relações que se estabelecem no interior e entre esses diferentes

grupos, bem como a compreensão das conseqüências dessas relações para

indivíduos e coletividades.

No século XX, três diferentes linhas teóricas clássicas, sistematizadas

por Émile Durkheim, Karl Marx, Max Weber alicerçaram, e ainda alicerçam,

concepções sociológicas contemporâneas. Entre elas destacam-se: as

concepções de Antonio Gramsci , Pierre Bourdieu e Florestan Femandes. Cada

uma, a seu modo, elege conteúdo temáticas, problemáticas, metodologias,

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GUARAPUAVA – PARANÁconcernentes ao contexto histórico em que foram construídas e buscam

interpretar e dar respostas aos problemas da realidade contemporânea.

Ressalta-se que, como disciplina acadêmica e escolar, a história da

Sociologia não está desvinculada dos fundamentos teóricos e metodológicos

que a constituem como campo Científico mais abrangente. E preciso destacar

nos teóricos clássicos suas concepções de sociedade e, também, suas

concepções de educação, já que uma está relacionada à outra e orientam

mutuamente campos de ação política e, por efeito, de ação educacional.

Mas diante da realidade contemporânea, não há mais espaço para

discussões pretensamente neutras da Sociologia do século XIX. A Sociologia

no presente tem o papel histórico que vai muito além da leitura e explicações

teóricas da sociedade não cabem mais as explicações e compreensões das

normas sociais e institucionais, para a melhor adequação social, ou mesmo

para a mera crítica social, mas sim a desconstrução e a desnaturalização do

social no sentido de sua transformação. Os grandes problemas que vivemos

hoje, provenientes do acirramento das forças do capitalismo mundial e do

desenvolvimento industrial desenfreado, entre outras causas, exigem

indivíduos capazes de romper com a lógica neoliberal da destruição social e

planetária. É tarefa inadiável da escola e da Sociologia a formação de novos

valores, de uma nova ética e de novas práticas sociais que apontem para a

possibilidade de construção de novas relações sociais.

Considerando as diversas concepções teóricas clássicas acerca da

Sociologia é possível professor e ao aluno, cada um no seu nível de

compreensão, alterar qualitativamente sua prática social. Do resgate dos seus

conteúdos críticos, a sociologia clássica e a moderna permitem esclarecer,

muitas questões acerca de desigualdades sociais, econômicas, políticas e

culturais da sociedade brasileira.

Nesta proposta, ao se descartarem a neutralidade, a imparcialidade o

descompromisso o conformismo, a ausência de historicidade, propõe-se uma

Sociologia Crítica que analise a realidade em sua perspectiva de prática e de

crítica social. Da relação entre ambas, propõem-se alguns questionamentos:

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GUARAPUAVA – PARANÁ Como ir além do que é estabelecido e explicado historicamente?

Quais as causas das desigualdades sociais?

Quais as adversidades e os antagonismos presentes no meio social

onde vivem os alunos e os professores?

Sob a ótica da Sociologia Crítica, essas questões podem ser analisadas

conforme as diversas perspectivas dos grupos e classes, situados num dado

contexto histórico, e por meio de uma análise que deve incluir as distintas

interpretações sistematizadas acerca de tais perspectivas.

No campo de ação educacional vale ressaltar que a disciplina está presente

na matriz curricular da Educação Profissional e que desempenha papel

fundamental nas discussões sobre o mundo do trabalho, o capitalismo, a

globalização proporcionando aos alunos uma visão de mundo, trazendo à luz

discussões sobre as exigências do mercado de trabalho e a qualificação

recebida no curso que escolheu como profissão.

OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA

Conceituar sociologia e sua origem para ressaltar a importância da

disciplina;

Entender as relações sociais;

Pesquisar para comparar dados e opiniões, percebendo a diferença

entre o individual e o coletivo;

Compreender as relações sociais atuais a partir de uma análise

histórica;

Estudar o fenômeno da globalização e os efeitos desta na sociedade;

Debater sobre política e ideologia para desenvolver o senso crítico.

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Para o ensino da Sociologia no Ensino Médio, propõe-se que sejam

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GUARAPUAVA – PARANÁredimensionados aspectos da realidade por meio de uma análise didática e

crítica dos problemas sociais, visto que a dinâmica da sociedade e do

conhecimento científico que os acompanha é provisória, e, portanto, não-

constitutiva de uma dimensão de totalidade.

Ressalta-se que os conteúdos estruturantes e os conteúdos específicos

deles desdobrados não devem ser pensados e trabalhados de maneira

autônoma, como se bastassem por si próprio, da mesma forma como também

não exigem uma obediência sequencial, ou seja, apesar de estarem

articulados, é possível o estudo e a apreensão pelos alunos de cada um dos

conteúdos, sem a necessidade de uma " amarração" com os demais. Portanto,

contemplar os desafios contemporâneos no programa da disciplina se torna

fácil já que esses temas estão em constante debate na sociedade.

O ensino da Sociologia pressupõe metodologias que coloquem o aluno

como sujeito de seu aprendizado; não importa que o encaminhamento seja a

leitura, o debate, a pesquisa de campo ou a análise de filmes, mas importa que

o aluno seja constantemente provocado a relacionar a teoria com o vivido, a

rever conhecimentos e a reconstruir coletivamente novos saberes.

Para que essa possibilidade de relacionamento entre a teoria e o vivido

aconteça é imprescindível a adoção de alguns recursos didáticos, a saber:

Aula expositiva - Sempre que se pensa em aula, imediatamente se pensa em

aula expositiva. Na realidade, essa é a forma mais conhecida e praticada, o

que recentemente tem produzido críticas sobretudo por parte dos que

defendem um "ensino ativo”; e quase negam a necessidade da aula expositiva

centralizando a aula no aluno, uma vez que concebem o aprendizado como

construção do sujeito - o aluno. Pois bem, a aula expositiva tem seu lugar

ainda, não naquela imagem da aula discursiva como magister dixit, "o mestre

disse", da escolástica. Não há mais a preleção do mestre, ininterrupta, que ao

fim recebe os comentários, as dúvidas, as questões. Mesmo a aula expositiva é

um diálogo. Aliás, todo o trabalho - e a esperança - do professor é transformá-

la num diálogo, não pretendendo que seja o esclarecimento absoluto do tema

do dia, mas o levantamento de alguns pontos e a apresentação de algumas

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GUARAPUAVA – PARANÁquestões que incentivem os alunos a perguntar. Pode ser também um discurso

aberto, aliás conscientemente aberto, para provocar a necessidade de

questões.

A aula não se reduz à exposição por parte do professor. Há uma variedade

fenomênica de que as pessoas pouco se dão conta, mas que é praticada por

boa parte dos professores. Apenas a título de lembrança, seguem-se algumas

citações: seminário, estudo dirigido de texto, apresentação de vídeos,

dramatização, oficina, debate, leitura de textos, visitas a museus, bibliotecas,

centros culturais, parques, estudos do meio, leitura de jornais e discussão das

notícias, assembléia de classe, série e escola, conselho de escola, etc. Tudo

isso é praticado, mas ou há uma estreiteza conceitual ou uma rotinização das

práticas, de tal modo que só se reconhece ou se pratica como aula, a

expositiva.

Seminários - É certo que algumas dessas variações dependem de algum

cuidado porque senão também acabam sendo deturpadas no seu uso e têm

resultado muito aquém do esperado. É o caso dos seminários, que muitas

vezes são entendidos como uma forma de o professor descansar, pois eles são

realizados de modo que o mestre define vários temas sobre um determinado

assunto, divide a turma em tantos grupos quantos forem os temas e depois diz:

agora vocês procurem tudo o que existe sobre este tema e apresentem

segundo o calendário predeterminado. Assim, nos dias definidos, os grupos de

alunos trazem o que encontraram e "apresentam" o que "pesquisaram" para o

conjunto da sala. É preciso dizer que um seminário é algo completamente

diferente e requer um trabalho muito grande do professor. Ele deve organizar

os grupos, distribuir os temas, mas orientar cada um deles a respeito de uma

bibliografia mínima, analisar o material encontrado pelos grupos, estar

presente, intervir durante a apresentação e "fechar" o seminário. Dessa forma,

o professor auxiliará os alunos na produção e na apresentação do seminário,

complementando o que possivelmente tiver sido deixado de lado. Possibilitará

aos alunos a oportunidade de pesquisarem e de explorarem um determinado

tema, desenvolvendo uma autonomia no processo e na exposição dos

resultados da pesquisa.

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GUARAPUAVA – PARANÁLeitura e análise de textos - Os textos sociológicos (acadêmicos ou

didáticos), de autores ou de comentadores, devem servir de suporte 'para o

desenvolvimento de um tema, ou para a exposição e análise de teorias, ou,

ainda, para a explicação de conceitos. Eles não "falam" por si sós, dependem

de ser contextualizados e analisados no conjunto da obra do autor, precisando

da mediação do professor. Ou seja, os alunos precisam saber quem escreveu,

quando e em vista do que foi escrito o texto, a fim de que este não seja tomado

como verdade nem tenha a função mágica de dizer tudo sobre um assunto. A

leitura e a interpretação do texto devem ser encaminhadas pelo professor,

despertando no aluno o hábito da leitura, a percepção da historicidade e a

vontade de dizer algo também sobre o autor e o tema abordado, sentindo-se

convidado a participar de uma "comunidade':

Cinema, vídeo ou DVD, e TV - Entende-se aqui o ensino visual em dois níveis,

que não podem ser separados sob pena de se perderem os frutos quando

tratados parcialmente. Por um lado, quando se passa um vídeo ou DVD (filme

de ficção ou documentário), tem-se a ilustração, o exemplo para a ação, o

entretenimento e até o poder catártico que pode provocar a visão de um fato

reconstruído pela sua representação - atualização. Por outro, tem-se o "estudo"

dessa ilustração, da ressurreição, do entretenimento e da catarse, da

representação do fato, isto é, a análise e a interpretação da mensagem e do

meio.

Trazer a TV ou o cinema para a sala de aula não é apenas buscar um novo

recurso metodológico ou tecnologia de ensino adequada aos nossos dias, mais

palatáveis para os alunos - e o público -, que são condicionados mais a ver do

que a ouvir, que têm a imagem como fonte do conhecimento de quase tudo.

Trazer a TV. e o cinema para a sala de aula é submeter esses recursos a

procedimentos escolares - estranhamento e desnaturalização.

Não se pode entender uma "educação para a vida", de que tantos falam,

como simples reiteração dos fatos da vida na escola, isto é, repetição dos fatos

da vida e vagos comentários - clichês convencionados - acerca desses. Não é

porque se fala de problemas sociais e políticos na escola - corrupção, fome,

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GUARAPUAVA – PARANÁfavela, desemprego, etc. - que se está cumprindo essa obrigação de trazer a

vida para a escola e com isso "preparar para a vida': Do mesmo modo, a TV e

o cinema na escola têm essa dupla disposição: entrar e se chocar com as

formas tradicionais do ensino, incorporando as imagens ao ensino

predominantemente auditivo; mas entrar na escola para sair de outro modo:

sair da escola para se chocar com as formas convencionais da assistência.

Assim como os diversos aspectos da vida entram na escola na forma de

disciplinas - Sociologia, História, Geografia, Física, Língua, etc. - e sofrem aí

uma releitura científica, passando a constituir uma visão de mundo, uma

perspectiva diante da vida, a formação do homem não pode ocorrer como se

quer - crítica e cidadã - se não concorrer para uma perspectiva crítica e cidadã

dos meios de comunicação. Ver TV e filmes em sala de aula é rever a forma de

vê-Ios na sala de estar, de jantar ou nos quartos de casa e nas salas de

cinema dos shopping centers. Aqui, um recurso didático favorece a discussão

de um tema, os meios de comunicação de massa, e não pode ser tratado

separadamente.

O uso de filmes na escola tem sido realizado segundo a necessidade de

inovação dos recursos didáticos, e o filme como objeto de análise, e portanto

como reflexão sobre a realidade - uma modalidade de pensamento - tem se

reduzido a pesquisas acadêmicas e à crítica de jornais. Assim, não se visa

apenas a reforçar, legitimando, a incorporação de uma nova tecnologia de

ensino - a TV pendrive; o vídeo e o DVD, o cinema - à sala de aula.

Pretendemos levar a uma reflexão sobre o uso do filme como recurso e

observar seus efeitos e defeitos; pois aqui, diferentemente do que se diz sobre

a TV de modo geral- que o meio é neutro e que tudo depende das intenções de

quem o usa -, acredita-se que o próprio meio também "é uma mensagem",

porque os elementos de sua constituição, no caso do filme, já determinam a

sua recepção.

Fotografia - As imagens fotográficas estão presentes na vida desde cedo.

Hoje muito mais com máquinas fotográficas digitais, presentes em todos os

lugares. Mas as fotografias estão também no passado. Quantas vezes, ao se

reunir com a família ou os amigos, surge um álbum de fotografias, onde estão

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GUARAPUAVA – PARANÁregistrados os primeiros momentos e passos na vida, a vida dos pais, parentes

e amigos, que permitem analisar fenômenos do universo privado. Mas a

fotografia pode ser utilizada também para analisar fenômenos sociais públicos,

como manifestações coletivas, situações políticas e sociais importantes,

presentes em revistas, jornais ou coleções fotográficas de órgãos públicos,

sindicatos e associações, que podem esclarecer muito do que aconteceu no

país. As fotografias não são documentos neutros: sempre expressam o olhar

do fotógrafo e o que ele quis documentar. Assim, funcionam como uma espécie

de testemunho de alguém que se dispôs a tornar perene momentos da vida

privada ou social de uma pessoa, grupo ou classe, do ponto de vista

doméstico, local, regional, nacional ou internacional.

O uso da fotografia em sala de aula requer alguns cuidados para sua

análise. A autoria e a data são sempre importantes. Elas informam cenários,

personagens, roupas e acontecimentos que permitem contextualizar a época a

que se referem. Integram um sistema simbólico e os códigos culturais de um

determinado momento histórico. É necessário, portanto, estar atento a esses

aspectos para entender as fotografias.

Charges, cartuns e tiras - Encontrados quase diariamente nos jornais e nas

revistas, são dispositivos visuais gráficos que veiculam e discutem aspectos da

realidade social, apresentando-a de forma crítica e com muito humor. Mas as

charges, os cartuns e as tiras não são todos iguais. Existem alguns que apenas

apresentam uma situação engraçada ou procuram fazer rir. Outros, entretanto,

podem fazer rir, mas também fazem pensar sobre o tema ou a realidade que

apresentam. É esse tipo de humor gráfico que interessa ao professor que quer

introduzir uma determinada questão, seja conceitual ou temática. Ao projetar

em sala de aula uma charge ou tira de humor, é bem possível que os alunos se

sintam instigados a saber o por quê de o professor fazer aquilo. A partir dessa

situação, já se cria um ambiente para colocar em pauta o que se pretendia

discutir naquela aula. Aí começa a motivação, e a imagem projetada serve de

estímulo. Inicia se, então, uma segunda parte, que é analisar a imagem, seus

elementos, por que provoca o riso, de que modo esse discurso se aproxima e

se distancia do discurso sociológico, como a "deformação" sugerida pela

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GUARAPUAVA – PARANÁimagem acerca da realidade representa uma realidade em si mesma

"deformada'.

Em relação às leis vigentes serão trabalhadas em momentos propícios

a cada conteúdo nestes momentos serão contempladas às leis: História Cultura

Afro-Brasileira (Lei nº 10.639/03), Cultura Indígena (Lei nº 11.645/08), Meio

Ambiente (Lei nº 9.795/99), História do Paraná (Lei nº 13181/01), Educação

Tributária e Fiscal (Decreto nº 1143/99 – Portaria nº 413/02), Direito da Criança

e do Adolescente(Lei nº 11525/07), enfrentamento à violncia na Escola,

prevenção ao uso indevido de drogas, Sexualidade, incluindo Gênero e

Diversidade Sexual.

AVALIAÇÃO

A avaliação no ensino da Sociologia deve perpassar todas as atividades

relacionadas à disciplina e ser pensada e elaborada de forma transparente e

coletiva, ou seja, seus critérios devem ser debatidos, criticados e

acompanhados por todos os envolvidos no processo pedagógico.

A apreensão de alguns conceitos básicos da ciência, articulados com a

prática social, a capacidade de argumentação fundamentada teoricamente, a

clareza e a coerência na exposição das ideias, no texto oral ou escrito, são

alguns aspectos a serem verificados no decorrer do curso. Também a mudança

na forma de olhar os problemas sociais, a iniciativa e a autonomia para tomar

atitudes diferenciadas e criativas, para reverter práticas dê acomodação e sair

do senso comum, são ações que indicam aos professores o alcance e a

importância de seu trabalho no cotidiano de seus alunos.

As formas de avaliação em Sociologia, portanto, acompanham as

próprias práticas de ensino e de aprendizagem da disciplina, seja a reflexão

crítica nos debates, que acompanham os textos ou filmes, seja a participação

nas pesquisas de campo, seja a produção de textos que demonstrem

capacidade de articulação entre teoria e prática, enfim várias podem ser as

formas, desde que se tenha como perspectiva ao selecioná-las a clareza dos

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GUARAPUAVA – PARANÁobjetivos que se pretende atingir no sentido da apreensão, compreensão e

reflexão dos conteúdos pelo aluno. Por fim, entendemos que não só o aluno,

mas também professores e a instituição escolar devem constantemente se

auto-avaliar em suas dimensões práticas e discursivas e principalmente em

seus princípios políticos com a qualidade e a democracia.

A proposta de avaliação das Diretrizes Curriculares da Educação Básica

desta disciplina está de pleno acordo com a proposta de avaliação do

PPP(Projeto Político Pedagógico) que regimenta no minimo três instrumentos

diferentes de avaliação por bimestre, sendo a recuperação de conteúdo

paralela a cada instrumento e a recuperação de nota no final do bimestre.

Os instrumentos avaliativos mais utilizados são: seminários, debates,

resumos, análise de textos, provas individuais, visitas técnicas, pesquisas,

entrevistas, pesquisas de campo.

Para cada instrumento de avaliação o professor deverá estabelecer

critérios e expor aos alunos para que compreendam o resultado final, ou seja, a

nota que receberão.

Na primeira série os critérios serão menos rigorosos pois os alunos

estarão conhecendo a disciplina e ainda se adaptando com termos e conceitos

próprios desta.

Na segunda série os critérios já podem alcançar um nível mais elevado

pois os alunos já dominam certos conceitos e termos inerentes à disciplina e já

se mostram mais maduros nas discussões em grupo dos temas e conteúdos

propostos.

Na terceira série os critérios poderão ser bem rigorosos já que os alunos

se apropriaram dos conceitos e termos inerentes à disciplina e estão com

conhecimento suficiente para discutir amplamente os conteúdos propostos.

CONTEÚDOS

Conteúdos Estruturantes:Rua Mário Virmond, 78 Bairro Industrial CEP: 85.045-640

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GUARAPUAVA – PARANÁ O processo de socialização e as instituições sociais;

Cultura e indústria cultural;

Trabalho, produção e classes sociais;

Poder, política e ideologia;

Direitos, cidadania e movimentos sociais.

Conteúdos Básicos:

Formação e consolidação da sociedade capitalista e o desenvolvimento

do pensamento social;

teorias sociológicas: August Comte, Emile Durkheim, Max Weber, Karl

Marx, pensamento social brasileiro;

processo de socialização, instituições familiares, instituições escolares,

instituições religiosas, instituições de reinserção;

O conceito do trabalho e o trabalho nas diferentes sociedades,

desigualdades sociais, estamentos, castas e classes sociais,

organização do trabalho nas sociedades capitalistas e suas

contradições;

Globalização e Neoliberalismo, Trabalho no Brasil, Relações de

trabalho;

Formação e desenvolvimento do Estado Moderno, Conceitos de poder,

conceitos de ideologia, conceitos de dominação e legitimidade;

Estado no Brasil, democracia, autoritarismo, totalitarismo, as expressões

de violência nas sociedades contemporâneas;

Direitos civis, políticos e sociais, Direitos Humanos, conceitos de

cidadania;

Movimentos sociais, movimentos sociais no Brasil, a questão ambiental

e os movimentos ambientalistas, as ONG's;

O desenvolvimento antropológico do conceito de cultura e sua

contribuição da análise das diferentes sociedades;

diversidade cultural, relações de gênero, cultura afro-brasileira e culturas

indígenas;

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GUARAPUAVA – PARANÁ identidade, relações de gênero, cultura afro-brasileira;

Indústria cultural, meios de comunicação de massa, sociedade de

consumo, indústria cultural no Brasil.

Conteúdos por Série:

1ª Série:

O surgimento da Sociologia e as teorias Sociológicas.

Processo de Socialização e as instituições Sociais.

Trabalho, Produção e Classes Sociais.

2ª Série:

• Poder, Política e Ideologia.

• Direito, Cidadania e Movimentos Sociais.

3ª Série

• Cultura e Indústria Cultural.

REFERÊNCIAS

ARANTES, Antônio. O que é cultura popular. São Paulo: Brasiliense,1990.

BOBBIO, Norberto. As teorias das formas de governo. Brasília: UNB, 1985.

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GUARAPUAVA – PARANÁBOUDON, Raymond & BOURRICAUD, François. Dicionário crítico de

Sociologia. São Paulo : Editora Ática, 2004.

DURKHEIM, Émile. As regras do método sociológico. São Paulo: Martins

Fontes, 2003.

IANNI, Octavio (Org.). Marx. São Paulo: Ática, 1988. Coleção grandes

cientistas sociais, vol. 10.

MEKSENAS, Paulo. Sociologia. São Paulo: Cortez, 1991, (coleção magistério-

2) grau. Série formação geral.

NORBERT. E. O Processo Civilizado: Formação do Estado e Civilização. Trad.

Ruy Jungmann. Rio de Janeiro: Zahar, 1993.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Rede

Pública de Educação Básica do Estado do Paraná. Sociologia. Curitiba: SEED/

DEF, 2008.

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