Centro de Referência em Nomes Geográficos do IBGE

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O CENTRO DE REFERÊNCIA EM NOMES GEOGRÁFICOS DO IBGE E SEUS ASPECTOS RELEVANTES Claudio João Barreto dos Santos IBGE DGC – COORDENAÇÃO DE CARTOGRAFIA 2º CURSO DE ASPECTOS PRÁTICOS DA COLETA

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O CENTRO DE REFERÊNCIA EM NOMES GEOGRÁFICOS DO IBGEE SEUS ASPECTOS RELEVANTES

Claudio João Barreto dos Santos

IBGEDGC – COORDENAÇÃO DE CARTOGRAFIA

2º CURSO DE ASPECTOS PRÁTICOS DA COLETA

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CENTROREFERÊNCIA

NGBNGB

O CENTRO DE REFERÊNCIA E SUAS ARTICULAÇÕES

CENÁRIONACIONAL

(PARCEIROS)

CENÁRIOINTERNO

PASSIVO E PRODUÇÃOMAPEAMENTOSISTEMÁTICO

CENÁRIO INTERNO(GGC´S)

AGM

VISIBILIDADEAO USUÁRIO

DISSEMINAÇÃO

TREINAMENTOSSEMINÁRIOS

LEPCENÁRIO

INTERNACIONAL(ONU)

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O CENTRO DE REFERÊNCIA E SUAS ARTICULAÇÕES

CENÁRIOINTERNO

PASSIVO DA PRODUÇÃOMAPEAMENTOSISTEMÁTICO

Estabelecer metodologia de carga do passivo cartográficoMódulo de carga amigável - desenvolver

CENÁRIOINTERNO

PRODUÇÃO ATUALMAPEAMENTOSISTEMÁTICO

Cartas impressas nas escalas 1:25.000 a 1:250.000TRATAMENTO LINGUÍSTICO Sensoriamento RemotoFotogrametriaMapeamento GeográficoOutros produtos cartográficos (Atlas etc.)Incorporar nomes das folhas impressas

CCAR

CCAR

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O conjunto de 8 picos que formam o Maciço do Marumbi é conhecido entre os montanhistas por Abrolhos, Torre dos Sinos, Esfinge, Ponta do Tigre, Gigante, Olimpo, Boa Vista e Facãozinho. Entre a população em geral o conjunto todo é chamado simplesmente de Pico do Marumbi.

PRODUTOS CARTOGRÁFICOS COM QUALIDADE APRIMORAD

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O CENTRO DE REFERÊNCIA E SUAS ARTICULAÇÕES

CENÁRIOINTERNO

PASSIVO DAS ATUALIZAÇÕESCARTOGRÁFICAS

(AGM)

Estabelecer metodologia de carga para incorporar

Atualização do Mapeamento Municipal (AGM)Desenvolver módulo de carga amigável

CETE – GGC´s

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Município de Conceição do Conceição do JacuípeJacuípe / BA

RODUTOS CARTOGRÁFICOS COM QUALIDADE APRIMORADA

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O CENTRO DE REFERÊNCIA E SUAS ARTICULAÇÕES

TREINAMENTOS

SEMINÁRIOS LEP

Discussões TécnicasAtualização documentos técnicos – ManuaisApresentar o resultado da evolução das atividades em NG

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O CENTRO DE REFERÊNCIA E SUAS ARTICULAÇÕES

CENÁRIO NACIONAL

(PARCEIROS)

Universidades (UFRJ, USP)Instituições Estaduais – Projetos AmbientaisCONCAR – Comitê de Nomes Geográficos Implantação da Autoridade em NGINDE – Componente Nomes GeográficosABLINPIMinistério Relações ExterioresMinistério da Defesa (DSG – MM – MA)

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REDE NACIONAL DE NOMES GEOGRREDE NACIONAL DE NOMES GEOGRÁÁFICOSFICOS

CNGBFederal

ESTADOS

MUNICÍPIOS

Papel da Comissão de Nomes Geográficos do Brasil

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O CENTRO DE REFERÊNCIA E SUAS ARTICULAÇÕES

VISIBILIDADEE UTILIZAÇÃO

DAS INFORMAÇÕESDE NOMES GEOGRÁFICOS

AOS USUÁRIOS

DI – Desenvolvimento da Aplicação – Prazo 1ª versão – NOV 2008

CDDI – Página do IBGE – Entrada pelo link CONCAR

Dispor a informação conforme a carga for sendo efetuada

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O CENTRO DE REFERÊNCIA E SUAS ARTICULAÇÕES

CENÁRIO INTERNACIONAL

ONU –DIVISÃO DA LÍNGUA PORTUGUESA EM NOMES GEOGRÁFICOS (DLP NG)

1 ª REUNIÃO DA DIVISÃO: DEZ 2008

DLP NG – Home Page – NOV 2008

DIVISÃO AMÉRICA LATINAIPGH

CONFERENCIAS INTERNACIONAIS NG

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A DIMENSÃO DO PASSIVO DOS NG A SEREM INCORPORADOS NO BNGB

CARGA ATUAL

BCIMD55.000 NG

O QUE É POSSÍVEL INCORPORAR A CURTO PRAZO – FINAL 2008

• Projeto SP- MG - GO (1: 50.000) – 40.000 NG

• Material convertido pelo GED (1: 250.000) - 6 folhas de carta ; 6.543 NG

• Folhas de carta históricas – Esc 1: 1.000.000 1ª edição – Club Engenharia 1922

ICONOGRAFIA

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A DIMENSÃO DO PASSIVO DOS NG A SEREM INCORPORADOS NO BNGB

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A DIMENSÃO DO PASSIVO DOS NG A SEREM INCORPORADOS NO BNGB

Ao aplicar o conceito de Auto Similaridadeda Teoria do Cáos:

Capacidade de manter um aspecto e padrão semelhante sob qualquer ampliação.

Replicou-se a densidade de ocorrência denomes geográficos de 1:1.000.000 (conhecida)para as outras escalas do mapeamento sistemático 1:25.000 à 1: 250.000.

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A DIMENSÃO DO PASSIVO DOS NG A SEREM INCORPORADOS NO BNGB

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APROXIMAÇÃO INICIAL DO QUANTITATIVO DO PASSIVO DE NG A SERINCORPORADO NO BNGB POR ESCALA DE MAPEAMENTO SISTEMÁTICO

CARGA ATUAL

BCIMD55.000 NG

• 1: 250.000 - 250.650 NG

• 1: 100.000 - 1.442.210 NG

• 1: 50.000 - 1.396.450 NG

• 1: 25.000 - 286.970 NG

• TOTAL - 3.376.280 NG

QUANTIDADE DO PASSIVO A SER INCORPORADO NO BNGB – folhas de cartas impressas

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Ações para a carga no BNGB dos NG presentes nas folhas do Mapeamento Sistemático

• Criar uma metodologia para extração semi-automática de topônimos existentes em cartas vetoriais do setor de Conversão Digital

• Gerar uma base contínua de topônimos nas escalas do mapeamento sistemático nas escalas entre 1:250.0000 e 1:25.000

• Preparar dados para posterior carga no BNGB.

ETODOLOGIA PARA INCORPORAÇÃO DO PASSIVO DE NG O BNGB POR ESCALA DE MAPEAMENTO SISTEMÁTICO

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Criar uma ETL espacial (Extract, Transform and Load)utilizando o software SAFE FME, para realizar as seguintes operações:

• Leitura e extração de topônimos em diversos arquivos DGN.

• Tratamento dos atributos alfanuméricos (substituição abreviaturas, retirada de espaços, caps, etc..).

• Reprojeção para Sistema de Coordenadas Geográficas, datumSIRGAS 2000.

• Criação de uma camada do tipo Annotation em um Geodatabase Multiusuário.

• Carga dos topônimos

ETODOLOGIA PARA INCORPORAÇÃO DO PASSIVO DE NG O BNGB POR ESCALA DE MAPEAMENTO SISTEMÁTICO

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Resultados EsperadosA cada vez que a ETL é executada, uma ou mais folhas de carta topográfica, com a camada de NG, são carregadas no GeodatabaseMultiusuário

ETODOLOGIA PARA INCORPORAÇÃO DO PASSIVO DE NG O BNGB POR ESCALA DE MAPEAMENTO SISTEMÁTICO

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ETODOLOGIA PARA INCORPORAÇÃO DO PASSIVO DE NG O BNGB POR ESCALA DE MAPEAMENTO SISTEMÁTICO

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APROXIMAÇÃO INICIAL DO QUANTITATIVO DO PASSIVO DE NG A SERINCORPORADO NO BNGB A PARTIR DAS ATUALIZAÇÕES DOS MM´S

• METODOLOGIA E PRAZOS• A SEREM DEFINIDAS COM O CETE UE´S E GGC´S

ESTIMATIVA DAQUANTIDADE DO PASSIVO DE ATUALIZAÇÕES CARTOGRÁFICASSER INCORPORADO NO BNGB POR UF –

MAPEAMENTO MUNICIPAL - CETE

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PESSOAL ENVOLVIDO NO PROJETO NOMES GEOGRÁFICOS DGC - DI

Claudio João Barreto dos SantosMárcia MathiasLeonardo (NM)Vanderson, Cristiane, Vanessa, Camila (estagiários)Graciosa Rainha, Teresa Canevale, T. Marino - DIVitor França

Paulo SantosVania NagenAna Goulart Bustamante (CREN)Jorge Vargas (CETE) +GGC´s

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PRAZO PARA CARGA DOS 3.376.280 NGexistentes nas folhas impressas do mapeamento sistemático brasileiro, escalas de 1:25.000 ; 1:50.000 ; 1:100.000 e 1:250.000:

SETEMBRO 2008

Disponível aos usuários para consulta:NOVEMBRO 2008

ETODOLOGIA PARA INCORPORAÇÃO DO PASSIVO DE NG O BNGB POR ESCALA DE MAPEAMENTO SISTEMÁTICO

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IBGE X NOMES GEOGRÁFICOS

ONU X NOMES GEOGRÁFICOS

O IBGE, como órgão oficial do Estado brasileiro, tem, entre outras, a missão de levantar, padronizar e divulgar os nomes geográficos, e nestesentido, participou de diversos encontros com países afiliados da ONU

para discutir questões envolvendo o trabalho com nomes geográficos nomundo.

DESDE 1948 - Cartografia e padronização de NG

UNGEGN - 1973 - DIVISÃO DE ESTATÍSTICACRIAÇÃO DE AUTORIDADES NACIONAIS

NG - INFORMAÇÕES GEOGRÁFICAS

APLICAÇÃO EM SOCORROS A POPULAÇÕES

FUNÇÃO DE MONITORAMENTO AMBIENTAL, METAS DE DESENVOLVIMENTO DO MILÊNIO ....

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National names authorities … National names authorities … known status, as of January 2006known status, as of January 2006

Status unknownWith national names authority No national names authority

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Fonte: O Globo – País – 06/07/2008

Relação direta : Nomes geográficos e Meio Ambiente

Palavras de Tasso Azevedo (Diretor do Serviço Florestal Brasileiro), com relação ao galopante desmatamento da Amazônia, ao tentar identificar os ocupantes das áreas mais vulneráveis dos 36 municípios que mais devastam a floresta :

“ – Vamos fazer uma varredura para dar nome aos bois. Hoje, o governo identifica desmatamento e não sabe a quem punir.”

Palavras do Gen Pedro Ronalt Vieira, comandante da DSG – Ministério do Exército:

“ - Não dá para preservar o que não se conhece.”

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Os nomes geogrOs nomes geográáficosficos

patrimpatrimôônio cultural, nio cultural, refletem o histrefletem o históórico dos padrrico dos padrõões de es de ocupaocupaçãção,o,diversidade lingdiversidade lingüíüística, stica,

qualidade para as informaqualidade para as informaçõções es cartogrcartográáficas,ficas,carecem de padronizacarecem de padronizaçãção. o.

Justificativa

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Os nomes geográficos, em conjunto com o posicionamento

espacial, são requisitos

fundamentais para a qualidade do

mapeamento de referência do país e

das bases geo-espaciais.

OBRAS E EDIFICAÇÕES

HIDROGRAFIA

LOCALIDADES

LIMITES

SISTEMA DE TRANSPORTES

VEGETAÇÃO

HIPSOGRAFIA

NOMES GEOGRÁFICOS

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CONSIDERA-SE ENTÃO:

CONCEITUAÇÃO: Nome geográfico topônimo

padronizado

conjunto etnográfico,

etimológico

histórico

motivação

referenciado geograficamente e

inserido num contexto temporal.

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Fundamentação Teórica

• O conceito de Lugar : locação, referenciamento geográfico, individualização, parte de uma rede, componente histórico, semântica.

• O conceito de Padronização (estabelecer o padrão, servir de modelo) : Normalização (retorno a uma situação normal), Normatização (de que se tiram regras ou preceitos). HOUAISS (1995). Escolhido padronização porque a ONU usa standartization.

• O conceito da Tradição: Transmissão ou entrega de valores de uma geração àoutra. Deve ser utilizado de forma criteriosa.

• O conceito da Identidade: Seja local ou não, trata-se de uma construção. O nome geográfico é uma materialização da identidade de um lugar.

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Fundamentação Teórica

• Topônimo ?

• Nome Geográfico ?

• Geônimo ?

• Nome de Lugar (Place Name) ?

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Onomástica, estudo dos nomes próprios.Antroponímia estudo dos nomes das pessoas

Toponímia o estudo dos nomes dos lugares

OnomásticaAntroponímia Toponímia

FundamentaçãoTeórica

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Topônimo - radicais gregos – Tópos ( Lugar) + Ónyma (Nome)“Toponímia: Estudo dos nomes de sítios, povoações, nações, e bem assim os rios, montes, vales, etc., - isto é os nomes geográficos.” (FURTADO, 1956)

“A Toponímia se propõe a procurar a origem dos nomes dos lugares e também a estudar as suas transformações”. (ROSTAING, 1948)

O Grupo de Especialistas da ONU em Nomes Geográficos – The United NationsGroup of Experts on Geographical Names – define Nome Geográfico como um nome aplicado a qualquer feição sobre a superfície terrestre.

Fundamentação Teórica

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Houaiss (1973) considera:

“A noção de topônimo strictu sensu, ‘nome de lugar’, deve ser ampliada, ... dando-lhe, ademais, as coordenadas geográficas de identificação, mesmo daqueles que, pela escala e densidade dos nomes inscritos, não constem dos mapas”.

O termo geônimo nesse estudo fica então conceituado como: os nomes geográficos identificadores de quaisquer feições geográficas naturais ou antropizadas recorrentes sobre a superfície terrestre e passíveis de serem georreferenciados. (Menezes e Santos, 2006)

O georreferenciamento dos geônimos das feições lineares ainda suscita dúvidas.

Fundamentação Teórica

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Reconhece-se, portanto, a sinonímia existente entre os termos toponímia, nomes de lugares, nomes geográficos e geonímia, respeitando-se a aplicação de cada um, de acordo com o contexto científico enfatizado.

“Um dos desafios neste campo, portanto, é desenvolver termos e definições consistentes, universalmente aceitos, pelos atores envolvidos com a temática dos nomes geográficos.” Randall (2001)

Fundamentação Teórica

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PorquePorqueAmsterAmsterdamdam

e ne nãão Amstero Amsterddãã ou Amsterou Amsterddããoo !!

Padronização dos NomeGeográficos Estrangeiro

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grafia dos Nomes Geográficos Estrangeiros

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Exônimo, na terminologia empregada pela ONU é o nome geográfico estrangeiro escrito de forma diferente da grafia oficial do país de origem. Em português, Nova York como grafam alguns ou Nova Iorque, como grafam outros, é o exônimo de New York.

Endônimos são aqueles nomes geográficos estrangeiros, que quando grafados em publicações nacionais obedecem à sua grafia original. Por exemplo, em português grafa-se o endônimo Buenos Aires, e não o exônimo Bons Ares. Da mesma forma a cidade de Sttutgart em português é grafada da mesma maneira como no idioma alemão. Torna-se um endônimo em português da grafia da referida cidade.

Padronização dos Nomes Geográficos Estrangeiros

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• Transliteração: Definida como o procedimento de conversão das letras de vários alfabetos escritos, para outras letras equivalentes, associadas com outros alfabetos escritos. Conversão letra por letra.

• Romanização: Caso singular de transliteração. Mudanças de conversão das letras de alfabetos não romanos para letras do alfabeto romano. Alguns países adotaram sistemas de transliteração romanizados: China, Japão, Bulgária e Rússia. •Beijing e não Pequim.

Métodos de Conversão de NG estrangeiros

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• Transcrição: Converte o som dos elementos de uma linguagem ágrafa (não escrita) para um sistema de signos de uma linguagem escrita, que usa um sistema convencional de caracteres e símbolos. Ex: Tupi para o Português

•Tradução: Converte as formas escritas das palavras, de um idioma para outro idioma. Ex:Português para o inglês.

Métodos de Conversão de NG estrangeiros

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Falkland x Malvinas ? Mar do Japão x Mar da Coréia ?Estreito de Çanakalle (Grécia) ou Estreito de Istambul (Turquia) ?

Beijing x Pequim ?New York x Nova York x Nova Iorque ? Amsterdã x Amsterdam ?Singapura x Cingapura ?Caxemira x Cachemira ?Vietnã x Viet Nam ?

Moscou x Moscovo ?Iuguslávia x Juguslávia ?Grand Canyon x Grande Canhão (Portugal)?

Padronização dos Nomes Geográficos Estrangeiros

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Birmânia ===========> Myanmar, Mianma ?

Saigon ============> Cidade de Ho Chi Minh (desde 1975)Paquistão Oriental====> Bangladesh ( a partir de 1971)

Bombaim, Bombay====> Mumbai ( para evitar nomes que lembram colonialismo inglês)Bangalore==========> Bengaluru

Rodésia ( Cecil Rhodes)> Zimbábwe, Zimbábue ?

Filipinas ( Filipe II rei da Espanha)==> tenta mudar para Maharlika (precolonial = guerreiro)

República Socialista Soviética da Tadjíquia ==> Tadjiquistão

República Socialista Soviética da Quirguízia ==> Quirguízia, Quirquistão ou Quirguizistão

Padronização dos Nomes Geográficos Estrangeiros

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Camboja===========> Kampuchea ( de 1979 até 1989)

Ilhas Gilbert ========> Kiribati

Ilhas Hébridas=======> Vanuatu ( a partir de 1980)

Zaire ( 1971 a 1997)===> República Democrática do Congo ( desde 1997 e antes de 1971)

Bielo-Rússia, Belorrússia, Bielorússia, Bielorrússia ====> Belalarus ?

Camarões =======> Cameroon

Costa do Marfim =====> Côte D’Ivoire ?

Padronização dos Nomes Geográficos Estrangeiros

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Os nomes geográficos na legitimação do poder políticoInvasão de Paris pelos alemães na segunda Guerra Mundial

Modificam-se as relações de Poderno território, modificam-se os NomesGeográficos.

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• O nome da localidade também assumiu o antigo nome da estação (Nilo Peçanha) , assim como o nome do logradouro, segundo informantes locais, se chama Rua Leito da Estrada de Ferro. Foi-se o trem “Maria Fumaça”, foram-se os trilhos: ficou o nome geográfico.•FÓSSIL LINGÜÍSTICO

Os nomes geográficos como marcos históricos através da cartografia

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• Em 1943 o Prof. Leo Waibel conseguiu surpreendentes resultados em estudos para a determinação da vegetação original de Cuba, a partir da pesquisa de nomes geográficos, publicando um artigo intitulado: Place Names as an Aid in the reconstruction of The Original Vegetation of Cuba

• Se acaso esses nomes sobrevivem onde já não há vestígios daquilo de que dão idéia, convém que se investigue a autenticidade da sua origem e conexão pregressa com os objetos denominados.

Os nomes geográficos como marcos históricos através da cartografia

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Topônimos coletados Evolução da Reambulação

DETALHE FOTO REAMBULADACOM A DESCRIÇÃO DOS ELEMENTOS

DETALHE FOTO REAMBULADADETALHE FOTO REAMBULADACOM A DESCRIÇÃO DOS ELEMENTOSCOM A DESCRIÇÃO DOS ELEMENTOS

Relatório dos topônimos 08/Jun/00

Projeto Escala .000 Quadricula sg22-v-b-v-3

Reambulador SILEIMANN C. LEMOS Conferente SILEIMANN C. LEMOSN da Faixa 03 N da Foto 007 Data Reambulação Abr/98

Item Topônimo Elemento Comentário1 ARROIO MANDAÇAIA RIO_PERMANENTE2 SÍTIO SÃO MARTINHO EDIFICAÇÃO_SEM_REPRESENTAÇÃO3 RIO SANTA MARIA RIO_PERMANENTE4 FAZ. SÃO LUIZ EDIFICAÇÃO_SEM_REPRESENTAÇÃO5 ARROIO ARAÇÁ RIO_PERMANENTE6 CÓRR. DA PEDRA RIO_PERMANENTE7 FAZ. SANTA MARIA EDIFICAÇÃO_SEM_REPRESENTAÇÃO8 ARROIO DA PACA RIO_PERMANENTE9 FAZ. CAROLINA EDIFICAÇÃO_SEM_REPRESENTAÇÃO10 CAPELA DE N.S.APARECIDA IGREJA_SEM_REPRES11 ESCOLA ESCOLA_SEM_REPRESENTAÇÃO DESATIVADA12 CEMITÉRIO CEMITERIO_SEM_REPRESENTAÇÃO13 RIO FEIO ELEMENTO NÃO PREVISTO NOME LOCAL14 RIO FEIO RIO_PERMANENTE15 SÍTIO SÃO JOSÉ EDIFICAÇÃO_SEM_REPRESENTAÇÃO16 SÍTIO N.S. DE FÁTIMA EDIFICAÇÃO_SEM_REPRESENTAÇÃO17 RIO DAS PEDRAS RIO_PERMANENTE18 RIO SANTO ANTONIO RIO_PERMANENTE ÍTENS 14 E 17

19 FAZ. N.S.APARECIDA EDIFICAÇÃO_SEM_REPRESENTAÇÃO20 FAZ. SANTA MARIA EDIFICAÇÃO_SEM_REPRESENTAÇÃO21 SANTA MARIA DO OESTE ELEMENTO NÃO PREVISTO22 IGREJA DE SANTA MARIA IGREJA_SEM_REPRES MATRIZ23 PREFEITURA MUNICIPAL EDIFICAÇÃO_SEM_REPRESENTAÇÃO24 CÂMARA MUNICIPAL EDIFICAÇÃO_SEM_REPRESENTAÇÃO25 CENTRO DE SAÚDE EDIFICAÇÃO_SEM_REPRESENTAÇÃO26 IGREJA DE N.S. DA NATIVIDADE IGREJA_SEM_REPRES27 ESCOLA MUNIC. BALBINO ALMEIDA DE

SOUZAESCOLA_SEM_REPRESENTAÇÃO 1a a 4a série

28 TORRE TELEPAR ELEMENTO NÃO PREVISTO 85m alt.c/sinalização29 COLÉGIO EST. JOSÉ DE ANCHIETA ESCOLA_SEM_REPRESENTAÇÃO 1a a 4a série30 CONGREGAÇÃO CRISTÃ NO BRASIL IGREJA_SEM_REPRES31 VILA RICA ELEMENTO NÃO PREVISTO NOME LOCAL32 CHÁCARA SÃO JOSÉ EDIFICAÇÃO_SEM_REPRESENTAÇÃO33 ARROIO DO POTÃO RIO_PERMANENTE34 RESERVADO ELEMENTO NÃO PREVISTO NOME LOCAL35 CEMITÉRIO CEMITERIO_SEM_REPRESENTAÇÃO

coleta

O assentamento dos NG nos espécimes cartográficos

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Cândido Mendes/MA S.Gabriel da Cachoeira/AM

Rio Paruá/MA

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Resende/RJ

Arame/MA

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Rio Içana/AM

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Porto da Alemanha - Tracuateua/PA

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A – Taxeonomias de Natureza Física

1 – Astrotopônimos: topônimos relativos aos corpos celestes em geral.2 – Cardinotopônimos: topônimos relativos às posições geográficas em geral3 – Cromotopônimos: topônimos relativos à escala cromática.4 – Dimensiotopônimos: topônimos relativos às características dimensionais das feições geográficas

como extensão, comprimento, largura, grossura, espessura, altura e profundidade.5 – Fitotopônimos: topônimos relativos à índole vegetal, espontânea, em sua individualidade; em

conjuntos da mesma espécie; em conjuntos de espécies diferentes; formações não espontâneas individuais e em conjunto.

6 – Geomorfotopônimos: topônimos relativos às formas topográficas: elevações; depressões do terreno e formações litorâneas.

7 – Hidrotopônimos: topônimos resultantes de feições hidrográficas em geral.8 – Litotopônimos: topônimos de índole mineral, relativos também à constituição do solo,

representados por indivíduos e conjuntos da mesma espécie.9 – Meteorotopônimos: topônimos relativos à fenômenos atmosféricos.10 – Morfotopônimos: topônimos que refletem o sentido de forma geométrica.11 – Termotopônimos: topônimos que refletem estados físicos referentes a temperaturas.11 – Zootopônimos: topônimos de índole animal, representados por indivíduos domésticos; não

domésticos e da mesma espécie em grupos.

Taxeonomia da Motivação Toponímica. (Dick, 1990)

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A – Taxeonomias de Natureza Antropo-Cultural1 – Animotopônimos ou Nootopônimos – topônimos relativos a vida psíquica, à cultura espiritual, abrangendo a

todos os produtos do psiquismo humano, cuja matéria prima fundamental, e em seu aspecto mais importante como fato cultural, não pertence à cultura física.

2 – Antropotopônimos – topônimos relativos aos nomes próprios individuais das espécies seguintes: prenome; hipocorístico; prenome + alcunha; apelidos de família; prenome + apelido de família.

3 – Axiotopônimos – topônimos relativos aos títulos e dignidades de que se fazem acompanhar os nomes próprios individuais.

4 – Corotopônimos – topônimos relativos aos nomes de cidades, países, estados, regiões e continentes.5 – Cronotopônimos – topônimos que encerram indicadores cronológicos, re, representados, em Toponímia,

pelos adjetivos novo/nova, velho/velha.6 – Ecotopônimos – topônimos relativos às habitações de um modo geral.7 – Etnotopônimos – topônimos relativos aos elementos étnicos, isolados ou não.8 – Ergotopônimos – topônimos relativos aos elementos da cultura material.9 – Dirrematotopônimos – topônimos constituídos por frases ou enunciados lingüísticos.10 – Hierotopônimos – topônimos relativos aos nomes sagrados de diferentes crenças: cristã, hebraica,

maometana etc.; efemérides religiosas; associações religiosas; aos locais de culto. Os hierotopônimos, podem apresentar ainda duas subdivisões, a saber: os hagiotopônimos: topônimos relativos aos santos e santas do hagiológio romano e os mitotopônimos: topônimos relativos às entidades mitológicas.

11 – Historiotopônimos – topônimos relativos aos movimentos de cunho histórico-social e aos seus membros, assim como as datas correspondentes.

12 – Hodotopônimos ou Odotopônimos – topônimos relativos às vias de comunicação rural ou urbana.13 – Númerotopônimos – topônimos relativos aos adjetivos numerais.14– Poliotopônimos – topônimos constituídos pelos vocábulos: vila, aldeia, cidade, povoação, arraial.15 – Sóciotopônimos – topônimos relativos ás atividades profissionais, aos locais de trabalho e aos pontos de

encontro dos membros de uma comunidade.16 – Somatotopônimos – topônimos empregados em relação metafórica a partes do corpo humano ou do animal.

Taxeonomia da Motivação Toponímica. Dick (1990)

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A lei que regulamenta é a Lei da Propriedade Industrial, número 9279 de 14 de maio de 1996.

O INSTITUTO NACIONAL DE PROPRIEDADE INDUSTRIAL – INPI- estabelecerá as condições de registro das indicações geográficas brasileiras.

“Art. 177. Considera-se indicação de procedência o nome geográfico de país, cidade, região ou localidade de seu território, que se tenha tornado conhecido como centro de extração, produção ou fabricação de determinado produto ou de prestação de determinado serviço.

Art. 178. Considera-se denominação de origem o nome geográfico de país, cidade, região ou localidade de seu território, que designe produto ou serviço cujas qualidades ou características se devam exclusiva ou essencialmente ao meio geográfico, incluídos fatores naturais e humanos.”.

O aspecto econômico dos NG - A Indicação Geográfica

Page 58: Centro de Referência em Nomes Geográficos do IBGE

O aspecto econômico dos NG – A Indicação Geográfica

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Análise da Padronização dos NG dos Municípios Fluminenses

Gráfico da Motivação dos nomes dos municípios do RJ:

Page 60: Centro de Referência em Nomes Geográficos do IBGE

Análise da Padronização dos NG dos Municípios Fluminenses

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Município: ItaguaíMunicípio: Itaguaí

Origem Etno-lingüística(Europa, Povos Originários, Africano e Híbrido)

Origem Etno-lingüística(Europa, Povos Originários, Africano e Híbrido)

Origem Histórica: Povoamento inicia no século XVII com os silvícolas que se dirigiam de Ilha Itacuruçá para o continente, seguindo os missionários que iniciaram o povoamento. Em 1818 passou-se a chamar Vila de São Francisco Xavier. Terras férteis prosperou até final do século XIX.

Origem Histórica: Povoamento inicia no século XVII com os silvícolas que se dirigiam de Ilha Itacuruçá para o continente, seguindo os missionários que iniciaram o povoamento. Em 1818 passou-se a chamar Vila de São Francisco Xavier. Terras férteis prosperou até final do século XIX.

Etimologia: Tupi- TAGUA= pedra ou argila de cores. Diferentes TAGUAHY- TAGUA-Y- RIO do TAUÁ= Rio dos Barreiros

Etimologia: Tupi- TAGUA= pedra ou argila de cores. Diferentes TAGUAHY- TAGUA-Y- RIO do TAUÁ= Rio dos Barreiros

Motivação: HidrotoponímoMotivação: Hidrotoponímo

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Parati x Paraty (ABL, ABF)

Paty de Alferes x Pati de Alferes (ABL, ABF)

Campos dos Goytacazes x Campos dos Goitacases (ABL,ABF)

Magé x Majé (ABL, ABF)

Belford Roxo x Belfort Roxo (ABL, ABF)

Quissamã x Quissama (ABL) x Quiçamã (ABF)

Comendador Levy Gasparian x Comendador Levi Gaspariã (ABL)

lgumas Controvlgumas Controvéérsias nos Gersias nos Geôônimos Fluminensesnimos Fluminenses

Page 63: Centro de Referência em Nomes Geográficos do IBGE

lgumas Controvlgumas Controvéérsias nos Gersias nos Geôônimos Fluminensesnimos Fluminenses

Estima-se que 300 nomes de municípios podem não estar padronizados no Brasil.

Sem contabilizar distritos, povoados, nomes locais, nomes de rios, montanhas, vales, vias de comunicação, assim como todas as feições cartográficas passíveis de nominação.

Contabilizando-os, cerca de 202.500 nomes geográficospodem não estar padronizados no Brasil.

Page 64: Centro de Referência em Nomes Geográficos do IBGE

A missão principal da Comissão de Nomes Geográficos no Brasil seria uniformizar a nomenclatura geográfica, orientando através de suas normas não apenas a grafia nos mapas e cartas, mas também os textos em que os mesmos aparecem.

A padronização dos nomes geográficos resume-se em procurar obedecer a lei áurea da Geonímia que é a seguinte:

A cada nome geográfico deve corresponder uma e apenas uma identificação, fonética e uma única grafia.

O Papel da Comissão de Nomes Geográficos do Brasil

Page 65: Centro de Referência em Nomes Geográficos do IBGE

8ª VERSÃO DO MODELO BNGB - JUNHO 2006

Page 66: Centro de Referência em Nomes Geográficos do IBGE

• Exemplos de Consultas1. Retornar os nomes geográficos de uma

determinada unidade administrativa.

2. Quais os nomes geográficos que têm variantes? Quais são as variantes de determinado nome geográfico?

3. Retornar os nomes geográficos por categoria (hidrografia, localidade, hipsografia, etc).

4. Em qual Folha está representado um determinado nome geográfico?

Aspectos Geocartográficos

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• Exemplos de Consultas1. Quantos nomes geográficos de cidades

permanecem inalterados entre 1940 e 2004?

2. O nome geográfico X existia entre 1940 e 1970? Onde?

3. Quais os nomes geográficos anteriores da Ilha do Governador?

4. Mostre as documentações cartográficas onde aparecem os nomes antigos da Ilha do Governador (Grande e Gato).

5. Qual a história do nome geográfico Lobato presente no estado do Paraná?

Aspectos Histórico-Cartográficos