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“Convertei-vos, voltai a mim e eu voltarei a vós”

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Refrão: Convertei-vos, voltai a mim e eu voltarei a vós. Renunciai a vossos ídolos convertei-vos e viverás (2x) (L. e M.: Pe. Ney Brasil)

ENCARTE DA REVISTA ROGATE N° 379

1. DEUS NOS CHAMA

A.: Caríssimos irmãos e irmãs, o Deus de Misericórdia e fonte de toda compaixão aqui nos reúne.

T. (Todos): Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém.

A.: Caríssimos, a Igreja como nossa Mãe e Mestra, tem a missão de, como esposa do Cristo, conduzir-nos a Ele, levando-nos à santificação através dessa doce união. Para tal, usa de uma pedagogia ajudando-nos a mover o coração de todos os homens na direção do céu. Assim, temos o tempo Santo da Quaresma.

L1: Santo Aníbal Maria nos ensina que precisamos vencer a nós mesmos, “morren-do” para tudo o que nos distancia de Deus. Isso deve ser um esforço constante a fi m de estarmos sempre preparados para o encon-tro defi nitivo que teremos com Ele. Mas a Quaresma acentua e evidencia o quanto é urgente o apelo de Jesus para isso: “O tempo já se completou e o Reino de Deus está pró-ximo. Convertei-vos e crede no Evangelho” (Mc 1,15).

L2: O que precisamos buscar não é sim-plesmente fazer penitência por penitência, mas gestos e ações pautados no amor que nos impele e nos impulsiona ao Senhor e, consequentemente, nos provoca a mudar tudo aquilo que nos afasta de tê-lo como Senhor de nossas vidas e fonte de eterna alegria. Santa Teresa dos Andes em uma de suas cartas disse:

T.: “Deus é o único bem que nos pode satisfazer, o único ideal que nos pode apaixonar inteiramente”.

L3: Essa é a verdade que trazemos em nos-sa existência, já que o ser humano nasce com um desejo de felicidade e realização enorme dentro de si que só pode ser saciado por Deus mesmo. Mas no caminho, acabamos preen-chendo esse desejo com falsas emoções, consumismo, preconceitos, atitudes egoístas,

competições que nos levam futuramente a grandes decepções e ao vazio.

T.: A quaresma é o tempo em que a Igreja não se veste simplesmente de roxo, mas ela se reveste do Kairós, da Graça de Deus, e convida a cada um de nós a reconhecermo-nos como neces-sitados desta mesma graça.

L4: O primeiro passo é conhecer-se. Diante de um mundo marcado pela frag-mentação, o ser humano se perde e já não se reconhece nem como pessoa ou muito menos como Filho de Deus. Precisamos nos conhecer para, sabendo das nossas limita-ções, darmos passos acertados em direção à graça de Deus.

T.: Nesse caminho creiamos que não estamos sós! Cristo nos guia com o auxílio da Igreja para que juntos al-cancemos vida nova!

Canto: Eis o tempo de conversão. (L. e M.: José Weber).

Eis o tempo de conversão!/ Eis o dia da salvação! / Ao Pai voltemos, juntos andemos! /Eis o tempo de conversão!/ Os caminhos do Senhor são verdade, são amor,/ dirigi os passos meus/ em vós espero, ó Senhor!/ Ele guia ao bom caminho quem errou e quer voltar!/ Ele é bom, fiel e justo!/ Ele busca e vem salvar.

2. DEUS NOS FALA

A.: Ao propor para nós um caminho de fé nesta Quaresma, a Igreja tem como propósito que conformemos nossa vida à de Cristo Jesus. Acolhamos a Santa Palavra que nos provoca um retorno ao Senhor e a segui-lo fi elmente.

T.: É como chuva que lava,/ e como fogo que abrasa,/ tua palavra é assim,/ não passa por mim sem deixar um sinal. (L e M: Pe. Zezinho).

A.: Ouçamos com atenção a Palavra do Se-nhor!

T.: É a Palavra que abre o nosso cora-ção à graça santi� cante!

L1: Leitura da Segunda Carta de São Paulo aos Coríntios (2Cor 5, 17-20).

“Portanto, se alguém está em Cristo, é cria-tura nova. O que era antigo passou, agora tudo é novo. Tudo vem de Deus, que, por Cristo, nos reconciliou consigo e nos confi ou o ministério dessa reconciliação.

T.: Sim, foi o próprio Deus que, em Cristo, reconciliou o mundo.

L2. Não levando em conta os delitos da humanidade, e foi ele que pôs em nós a palavra da reconciliação. Somos, pois, embaixadores de Cristo; é como se Deus mesmo fi zesse seu apelo através de nós.

T.: Em nome de Cristo, vos suplica-mos: reconciliai-vos com Deus.“

A.: Palavra do Senhor.

T.: Graças a Deus.

(Momento de silêncio e contemplação)

3. REFLETIR E DISCERNIR

A.: Estamos nessa caminhada de quarenta dias rumo à vida nova. Caminhemos juntos, como irmãos, a fi m de que ninguém desanime no caminho, mas que se console com a fraternidade. E assim cheguemos sem jamais perder de vista a nossa meta, o nosso destino que é o próprio Cristo Jesus.

L1: Sim, mantenhamos os olhos fixos em Jesus (cf. Hb 12,2) e jamais nos perderemos. O Papa Francisco, em uma de suas homilias, nos disse: “O nosso coração aponta sempre para uma direção: é como uma bússola que sempre procura a orientação. Podemos também compará-lo a um imã: precisa de se apegar a qualquer coisa. Mas, quando se apega só às coisas terrenas, mais cedo ou mais tarde torna-se escravo delas: as coisas de

que nos servimos passam a coisas às quais servi-mos.” E continua depois:

T.: “Então onde devemos � xar o olhar ao longo do caminho da Quaresma? No Cruci� cado. Jesus na cruz é a bússola da vida, que nos orienta para o Céu.”

L2: O Crucifi cado nos provoca! Estamos em um período de crise de fé em que a imagem do Crucifi cado escandaliza, não somente os não cren-tes, como estranhamente a nós que temos fé, já que exige de nós o que podemos ver na cruz: uma vida simples, sem apego, de braços abertos para o cumprimento da vontade do Senhor. Tudo isso são renúncias grandiosas que, embora nos digamos seguidores de Jesus, não queremos.

L3: São Francisco de Assis teve uma grande mudança de vida ao contemplar o Cristo na Cruz, a tal ponto que outrora disse: “Quem não se ena-mora de Deus, vendo Cristo morto na Cruz, não se abrasará jamais”. Séculos depois, o Papa Francisco reafi rma: “Jesus, abrasado de amor no lenho cruz, chama-nos a uma vida infl amada por Ele”. Pois bem, nossa resposta em busca de uma vida nova está na Cruz.

T.: No lado transpassado do Senhor, encontramos um Coração amorosíssi-mo in� amado de amor, que assumiu o nosso nada para entregar-nos o tesou-ro que se encontra no céu.

L4: É por isso que Jesus nos faz um convite: “Se alguém quiser vir comigo, renuncie-se a si mesmo, tome sua cruz e siga-me” (cf. Mt 16, 24). Se quisermos progredir na vida espiritual, precisamos abraçar nossa cruz, como fez o Mestre, numa renúncia de si. Eis a oportunidade que o Senhor nos concede no tempo santo da Quaresma.

T.: “A pregação da Cruz é loucura para os que se perdem, mas para os que são salvos, para nós, ela é força de Deus“ (cf. 1Cor 1, 18-23).

L5: Santo Agostinho diz que “para a pessoa unida a Cristo na Cruz, nenhuma coisa é mais con-

soladora e gloriosa do que trazer consigo os sinais de Jesus Crucifi cado”. Frente a esse mundo que nos oferece tantos prazeres rápidos e fáceis, que nos promete uma vida sem dor, será que queremos nos confi gurar ao Cristo na Cruz?

L6: No período quaresmal a Igreja nos lembra que em nós existe esse desejo de abandono e escárnio da cruz. São marcas do homem velho e egoísta que insiste em estar em cada um de nós. Para que esse itinerário quaresmal seja sério, não nos enchamos de promessas fora de alcance! A Igreja precisa caminhar junto do seu Esposo que continua a ser crucifi cado.

T.: “É preciso propagar a Paixão de Cristo para que os homens aprendam a ciência do amor divino” (São Paulo da Cruz).

A: Disse-nos o Papa Francisco: “O caminho de Jesus é o do amor fi el até ao fi m, até ao sacrifício da vida: é o caminho da cruz. Por isso, o caminho da fé passa através da cruz”. Sim, nela temos a ex-pressão grandiosa do amor e, em nossa sociedade, não existe mensagem mais urgente para todos os homens e mulheres do que o conhecimento do ousado Amor de Deus.

4. PRECES

A.: Neste tempo Santo da Quaresma, jun-tos, irmãos e irmãs, rezemos para que todos nós nos convertamos em busca da renovação pascal:

T.: Renovai, Senhor, o vosso povo!

L1: Para que a Igreja, como nossa Mãe e Mes-tra, seja fi el na condução do povo ao encontro com seu Divino Esposo, rezemos:

T.: Renovai, Senhor, o vosso povo!

L2: Por todos os fi éis, para que neste tempo santo se reconciliem com Deus, com os irmãos e consigo, rezemos:

T.: Renovai, Senhor, o vosso povo!

L3: Pelos que governam as nações, para que tocados também pela graça deste tempo qua-resmal procurem discernir o que é favorável para o bem comum, agindo longe de seus próprios interesses, rezemos.

T.: Renovai, Senhor, o vosso povo!

L4: Por todos os cristãos, para que jamais se envergonhem da Cruz de Cristo e a abracem num caminho de confi guração ao mesmo Senhor, rezemos:

T.: Renovai, Senhor, o vosso povo!

L5: Por todos os doentes, por todos os que sofrem, para que sintam alívio e conforto no Cristo e encontrem quem os socorra, rezemos:

T.: Renovai, Senhor, o vosso povo!

5. DEUS NOS ENVIA

A.: Concluindo, rezemos a oração pelas vocações,

T.: “Ó Coração Dulcíssimo de Jesus, ao dizer: ‘Rogai ao Senhor da messe que envie operários para a sua messe’, nos destes a con� ança de nos atender quando vos pedimos esta grande graça. Para obedecer a este vosso mandamento, suplicamos: enviai, Senhor, operários e operárias à vossa messe.”

(Bênção do Santíssimo Sacramento, onde for de costume)

IR. SILAS DE OLIVEIRA, rcj Religioso Rogacionista

REVISTA DE ANIMAÇÃO VOCACIONAL

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