Caso Estudo SP Saneamento
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TRATAMENTO DE ÁGUA E ESGOTO: ESTUDO DE CASO
EM UM MUNICÍPIO DO INTERIOR PAULISTA
Edilene Mayumi Murashita Takenaka1
Miguel Francisco da Cruz2
Érika Mayumi Kato Cruz3
RESUMO A questão das águas apr esenta-se como tema de gr andes debates em fór uns r ealizados no mundotodo. O aumento signif icativo da população e a necessidade de expansão habitacional nas cidadestor nam necessária a pr eocupação com a apr esentação de pr o jetos e planos de ação par a que osaneamento básico de um município se mostr e adequado, a f im de gar antir um meio ambientesaudável. Verif icar como a empr esa administr ador a destes ser viços de saneamento básico nomunicípio de Taciba, interior do Estado de São Paulo, se posiciona f r ente a esta situação apr esenta-se como ob jetivo ger al da pr esente pesquisa. A metodologia constituiu em um estudo de caso, com
car áter de pesquisa explor atória, tendo como instr umento de estudo r efer ências bibliogr áf icas, análisedocumental e r ealização de entr evista junto a ger ente de setor da empr esa ob jeto da pesquisa.(Pr otocolo da Platafor ma Br asil: 17905713.9.0000.5515) (Pr otocolo CCPq: 1667/2013)
PALAVRAS-CHAVE: Água e Esgoto. Saneamento Básico. Pr oteção Ambiental.
WATER AND SEWAGE TREATMENT OF: CASE STUDY IN A
CITY OF INTERIOR PAULISTA
ABSTRACT
A big theme debate in for ums per for med in all world is the question about water . The signif icative
gover ning of population and the need of home expansion at cities make necessar y the pr eocupation of
per for ming pr o jects and action plans for basic sanitation in or der to guar antee a sustentable
envir onment. Verify how the manager s business of these basic sanitation ser vice at Taciba, on São
1 Economista, Doutor a em Geogr af ia/FCT-Unesp, docente do Mestr ado em Meio Ambiente eDesenvolvimento Regional/Unoeste. [email protected] 2 Administr ador , Unoeste. miguelfcr [email protected] 3 Administr ador a e matemática, Doutor anda em Administr ação/Fundação Getúlio Var gas(FGV/EAESP), docente das faculdades de Administr ação e Infor mática/Unoeste.
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Paulo State, stands in f r ont of this situation pr esents as gener al goal of this r esear ch. The
methodology consist in a case study, with char acter of explor ator y r esear ch, taking as study
instr uments bibliogr aphical r efer ences, documental analysis and r ealization of inter view with the sector
manager of r esear ch ob ject. (Br asil Platafor m Pr otocol: 17905713.9.0000.5515) (CCPq
Pr otocol: 1667/2013)
KEYWORDS: Water and Sewage. Basic Sanitation. Envir omental Pr otection.
AGUA Y ALCANTARILLADO DE TRATAMIENTO: ESTUDIO
DE CASO EN UNA CIUDAD DE INTERIOR PAULISTA
RESUMEN
El tema del agua se pr esenta como el tema de gr andes debates en los for os celebr ados en todo el
mundo. El aumento signif icativo de la población y la necesidad de expansión de la vivenda hace
necessário la pr eocupación con la pr esentación de pr oyectos y planes de acción par a qué la
saneamiento de un municipio se convier te em su caso, con el f in de gar antizar un medio ambiente
sano. Compr uebe cómo la empr esa de gestión de estos ser vicios básicos de saneamiento en Taciba,
en el Estado de São Paulo, se encuentr a f r ente a esta situación se pr esenta como un ob jetivo gener al
de esta investigación. La metodología consistió en un estudio de caso, con car ácter explor atorio,
tomando como herr amienta de estudio las r efer encias, análisis de documentos y la r ealización de una
entr evista con el ger ente del sector del empr esa buscado. (Pr otocolo sobr e la platafor ma de Br asil:17905713.9.0000.5515) (Pr otocolo CCPq: 1667/2013)
PALABRAS CLAVE: Agua y Alcantarillado. Saneamiento. Pr otección del Medio Ambiente.
1 INTRODUÇÃO
Falar da impor tância da água é destacar que sem sua existência não haveria
vida no planeta. A água tem um papel fundamental no funcionamento e manutenção
do ecossistema (BRASIL, 2006b). No entanto, nota-se que, após o consumo, a água
se contamina, sendo necessário um pr ocesso de tr atamento par a que possa r etor nar
ao meio ambiente de for ma não pr e judicial, atendendo as legislações ambientais
vigentes.
Assim, pr opor cionar coleta de água e tr atamento de esgoto de qualidade
signif ica melhor ar as condições de vida e bem estar da sociedade, bem como
cuidar do meio ambiente, evitando impactos negativos (BRASIL, 2006a).
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Nesse contexto, o saneamento básico tor na-se fundamental. Per cebe-se
que em muitas cidades há irr egularidades quanto à coleta de esgoto sanitário, como
o despe jo sem tr atamento, o que contamina o solo, os rios e os mananciais,
causando gr andes pr e juízos ao meio ambiente e a saúde (VICTORINO, 2007).
Um dos fator es que tem contribuído par a estas ocorr ências é o cr escimento
das cidades (JACOBI, BESSEN, 2011). Tal fato aumenta a demanda por água e
esgoto, ponto de par tida par a uma pr eocupação cada vez maior dos municípios, que
começam a ser pr essionados pelas leis ambientais. A poluição do meio ambiente é um assunto que vem sendo tr atado em lar ga
escala, uma vez que seus níveis de emissão são altos, causando gr andes impactos.
No caso da poluição por despe jos domésticos, muito já foi feito, vários tipos de
sistemas são utilizados e cada um possui car acter ísticas pr óprias, de modo que o
método consider ado mais ef iciente é aquele que melhor se adequa às
car acter ísticas do local.
Logo, o pr esente estudo, r ealizado em uma empr esa r esponsável pelo
tr atamento de água e esgoto do município de Taciba, no interior do Estado de São
Paulo (a partir deste ponto apresentada como “Empresa Saneamento”)4, teve como
ob jetivo compr eender a r ealidade do sistema de tr atamento de água e esgoto do
município, bem como os fator es que inf luenciam nesse pr ocesso com vista a
pr oteção do meio ambiente. O cenário atual aponta par a uma demanda cada vez
maior por investimentos no que diz r espeito ao saneamento, de modo que os
sistemas de água e esgoto r ecebam tr atamento adequado, consequentemente, não
causando pr e juízos ao meio ambiente.
2 ÁGUA POTÁVEL
A água é um bem essencial à vida humana e do planeta, útil par a o uso
doméstico e empr esarial. No entanto, nota-se que, dur ante séculos, a sociedade fez
4 Seguindo orientação do CEP (Comitê de Ética em Pesquisa), a empr esa pesquisada ser á dor avante
tratada pelo nome fantasia “Empresa Saneamento”.
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uso dos rios par a eliminar o esgoto, e as indústrias seguir am pelo mesmo caminho,
r esultando numa explor ação inadequada deste r ecur so ( ANDRADE et al, 2007).
Ho je, o pr oblema da poluição das águas dos rios e dos mananciais está
r elacionado, tanto ao volume de matéria or gânica lançada pelo esgoto doméstico,
quanto aos concentr ados despe jos agr oindustriais, que, por sua vez, contem gr ande
índice de pr odutos tóxicos e metais pesados (DUKE ENERGY, 2002).
O Br asil possui em tor no de 11,6% de água doce disponível nos mananciais
super f iciais do planeta (PHILIPPI JR, 2005). Nota-se, por ém, que esta quantidader epr esenta um númer o signif icativo de litr os de água, cu ja distribuição car ece de
atenção; tal par cela está mal distribuída e boa par te dela é utilizada de maneir a
inadequada.
Assim, consider ando a água potável como aquela que não ofer ece riscos
aos ser es vivos que a consomem, em especial o ser humano que necessita dela
par a sua sobr evivência (CUNHA et al, 2009), o pr esente estudo teve como foco de
análise a água de abastecimento e a água r esiduária.
2.1 Água de abastecimento
Segundo Azevedo Netto (1998 apud FREIRE, 2000), água de abastecimento
é aquela destinada a abastecer uma comunidade par a f ins como consumo
doméstico, ser viços públicos e atividades industriais; é coletada em mananciais,
passando por adução, tr atamento, r eser vação, r edes de distribuição, até chegar ao
seu destino f inal.
O tr atamento da água é indispensável, pois embor a par eça estar livr e de
contaminação, sabe-se que os micr or ganismos não podem ser vistos a olho nu e,
muitas vezes, mesmo não par ecendo, a água está impr ópria par a o consumo e, por
isso, pode tr ansmitir doenças. A água saudável é fundamental par a a manutenção
de um bom estado de saúde (BRASIL, 2006a; 2006b; 2006c).
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Nota-se que, após ser captada nos mananciais, e par a se tor nar potável, a
água br uta é levada par a as estações de tr atamento, nas quais passa por pr ocessos
de purif icação, em seguida f ica nos r eser vatórios, tendo como f inalidade a
distribuição, por meio de tubulações, chegando até as mor adias em condições
adequadas ao uso, sem que cause pr e juízos a saúde humana (DUKE ENERGY,
2002).
Confor me Callado e Neves (2005), par a que este tr atamento possa ser
iniciado é pr eciso escolher o manancial de captação a ser utilizado, podendo esteser super f icial (rios, lagos ou r epr esas) ou subterr âneo (aquífer os). Esta fase é muito
impor tante, pois def ine o local e a capacidade de abastecimento, com uma avaliação
pr évia par a saber se a fonte consegue suprir total ou par cialmente a demanda e qual
o pr ocesso de tr atamento mais adequado.
Uma captação em mananciais super f iciais é feita por meio de bombeamento
e enviada par a uma estação de tr atamento. O seu pr ocesso de tr atamento é mais
rigor oso, pois as fontes que corr em sobr e a terr a captam mais substâncias nocivas
ao ser humano (CALLADO, NEVES, 2005), logo a sua contaminação tor na-se um
assunto de inter esse cr escente (KONSTANTINOU et al, 2006).
A captação feita em mananciais subterr âneos (águas inf iltr adas lentamente
no solo se acomodando em difer entes pr ofundidades), por sua vez, tende a contar
com águas de melhor qualidade, no entanto, também corr e risco de contaminação
(FRAGA et. al., 2013). A captação destas águas se dá por meio de poços tubular es
pr ofundos e causam um impacto ambiental menor . Em alguns casos não pr ecisam
passar pelo tr atamento convencional, bastando uma simples clor ação par a a
desinfecção (CALLADO, NEVES, 2005).
Todavia, independente da fonte de abastecimento e for ma de tr atamento, o
contexto histórico aponta par a um cr escente aumento no consumo de água doce no
mundo, com a tendência de que o cr escimento populacional e o incr emento na
pr odução de alimentos estimule ainda mais esse cr escimento, confor me dados
apr esentados pela Duke Ener gy (2002).
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Nota-se que tal estimativa pr essiona o poder público – por meio de políticas
dir ecionadas – e as empr esas pr estador as de ser viços de abastecimento de água
par a que se adaptem a esta aceler ação, pr epar ando-se par a um consumo de água
cada vez maior .
2.2 Águas residuárias
A água, depois de utilizada, tr anspor ta uma car ga de r esíduos poluentes e,tecnicamente, passa a ser chamada de água r esidual ( ABNT, 1997), fonte condutor a
de doenças par a ser es humanos e de contaminação dos rios, da fauna e da f lor a.
Segundo Almeida (2010), as águas r esiduais podem ser r esultantes da sua
utilização por diver sos pr ocessos e classif icadas como: (1) águas r esiduais
domésticas: pr ovenientes de banhos; de cozinhas; de lavagens de pavimentos
domésticos; (2) águas r esiduais industriais: r esultantes de pr ocessos de fabricação;
(3) águas de inf iltr ação: inf iltr ação nos coletor es de água existente nos terr enos; e
(4) águas ur banas: chuvas, lavagem de pavimentos e r ega de plantas.
Como um dos principais tipos de águas r esiduais, segundo Philippi Jr (2005),
“os efluentes domésticos contem aproximadamente 99,9% de água e 0,1% de
sólidos”; no entanto, embora 0,1% pareça pouco, tal quantia representa uma
quantidade signif icativa de poluentes que afetam o sistema ambiental. Logo, um
pr ocesso de tr atamento bem pr o jetado que elimine todas, ou pelo menos par te
r ecomendável, das impur ezas antes que esta água se ja devolvida aos rios tor na-se
fundamental.
Cabe destacar que muitos destes r esíduos poderiam ser evitados, mas a
falta de instr ução e conhecimento de par te da população faz com que o seu descar te
estimule ainda mais a contaminação do meio ambiente (PINTO et. al., 2014).
De acor do com estudos r ealizados por Von Sperling (1996, p. 55):
de maneir a ger al, a pr odução de esgotos corr esponde apr oximadamente aoconsumo da água. No entanto, a f r ação de esgotos que adentr a a r ede
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coletor a pode variar , devido ao fato de que par te da água consumida podeser incor por ada à r ede pluvial (ex: r ego de jar dins e par ques).
Assim, nem toda a água consumida se tr ansfor ma em esgoto, o que não
signif ica que este ja livr e de contaminação, pois, na maioria dos casos, o uso de
pr odutos químicos ou agr otóxicos atinge o lençol f r eático (NETO, 2006).
Dentr e todos os poluentes levados pelas águas r esiduais e que agridem o
meio ambiente, os mais pr eocupantes são os metais pesados ou outr os pr odutos
químicos pr ovenientes de r egiões industriais; tais poluentes dif icultam o tr abalho dasEstações de Tr atamento de Águas Residuais (ETAR) (PESSOA, JORDÃO, 2009
apud LINS, 2010).
2.2.1 Tratamento de águas residuais
Como as águas r esiduais r ecebem uma car ga de poluente muito gr ande, não
podem ser lançadas nos rios sem o devido tr atamento, par a isso é que se pr o jetam as
Estações de Tr atamento de Águas Residuais (ETAR), com a f inalidade de eliminar agentes
poluidor es, bem como pr oteger o meio ambiente e a saúde pública (LINS, 2010).
Par a Ribeir o e Rooke (2010), o sistema de esgoto sanitário é o con junto de
instalações e obr as que pr ocur am pr opiciar coleta, tr anspor te e afastamento, tr atamento e
disposição f inal de águas r esiduais da comunidade, de uma for ma adequada, no entanto,
este modelo ainda não está signif icativamente pr esente em muitos municípios br asileir os.
Dados do IBGE (2010) apontam que a pr opor ção de municípios com acesso
a r ede ger al de esgoto tem aumentado, com um per centual de 44% em 2008, noentanto, apenas 28,5% dos municípios f izer am tr atamento do esgoto, o que impacta
de for ma negativa na qualidade dos r ecur sos hídricos.
Par a se obter condições sanitárias adequadas, não basta que o esgoto se jaadequadamente coletado por meio de uma r ede ger al. É necessário quetambém se ja tr atado, caso contr ário, r ecur sos hídricos f icar ão poluídos ehaver á pr olifer ação de doenças, como a diarr eia, devido à contaminação daágua por colifor mes fecais, causando pr e juízo à saúde da população e oaumento da mor talidade infantil (IBGE, 2010, p. 44-45).
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O tr atamento de águas r esiduais é r ealizado por meio de oper ações físicas
unitárias e pr ocessos químicos e biológicos, que são agr upados de for ma a compor
o sistema, cu jo nível de tr atamento depender á do con junto adotado (PHILIPPI JR,
2005). Por tanto, uma estação de tr atamento de águas r esiduais que r ealiza um
pr ocesso de oper ação em um deter minado local pode não contar com o mesmo
pr ocesso em outr a localidade, ou se ja, embor a tenham a mesma f inalidade, que é a
eliminação das impur ezas, cada local pode ter o mesmo sistema com pr ocessos detr atamento difer entes.
Segundo Von Sperling (1996, p. 211),
a decisão quanto ao pr ocesso a ser adotado par a o tr atamento das fasesliquidas e sólidas deve ser derivada fundamentalmente de umbalanceamento entr e critérios técnicos e econômicos, com apr eciação dosméritos quantitativos e qualitativos de cada alter nativa.
Ao analisar o pr ocesso a ser adotado, devem-se levar em conta alguns
aspectos impor tantes como: ef iciência, conf iabilidade, disposição do lodo, r equisitos
da ár ea, impactos ambientais, custos de oper ação, custos de implantação,
sustentabilidade e simplicidade (VON SPERLING, 1996).
A água r esultante deste tr atamento pode ser r eutilizada par a f ins diver sos,
como o uso industrial; e, quando não r eutilizada, é lançada dir etamente nos rios. No
Br asil, são despe jados diariamente nos córr egos e rios cer ca de 10 bilhões de litr os
de esgoto, e apenas 4% r ecebem algum tipo de tr atamento (DUKE ENERGY, 2002).
Par a Philippi Jr (2005, p. 692),
a avaliação de impacto ambiental é um instr umento de política e gestãoambiental que é car acterizada pela exigência de elabor ação de estudo doimpacto ambiental – EIA – e do r elatório de impacto ambiental – RIMA -, nafase pr évia da implantação de empr eendimento, ou se ja, na etapa deestudos e pr o jetos, quando se r ealiza os estudos de viabilidade técnica eeconômica, inserindo-se nestes uma nova variável, o estudo das questõesambientais envolvidas, com o ob jetivo de analisar a viabilidade ambiental.
Por f im, nota-se que cada município pode ter uma for ma de tr atamento de
esgoto difer ente, adequada à quantidade coletada e a topogr af ia da r egião. Em
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muitos municípios o tr atamento já consegue atingir uma por centagem satisfatória, de
acor do com as leis e nor mas ambientais vigentes, em outr os, car ece de uma visão
mais estr atégica a questão, pensando na sua contribuição par a a pr eser vação
ambiental e a saúde no longo pr azo.
3 METODOLOGIA DA PESQUISA
A pr esente pesquisa consiste em uma pesquisa qualitativa, descritiva, dotipo estudo de caso, que fez uso de entr evista e análise documental par a coleta dos
dados.
Impor tante salientar que par te dos dados apr esentados foi coletada a par tir
de entr evista r ealizada nos meses de agosto e setembr o de 2013 junto a uma
ger ente de setor subor dinada a dir etoria de sistemas r egionais da empr esa, tendo
como unidade de análise as atividades da estação de tr atamento do município de
Taciba.
4 CARACTERIZAÇÃO DO CASO E RESULTADOS OBTIDOS
A “Empresa Saneamento” responsável pelo saneamento básico do
município ob jeto de análise teve conf ir mada a concessão de ser viços de
saneamento básico pela lei municipal nº 200/78, em 02 de fever eir o de 1978, com o
compr omisso de desenvolver ser viços de acor do com as leis, nor mas e
r egulamentações vigentes nas esfer as feder al, estadual e municipal.
Com a missão de “prestar serviços de saneamento, contribuindo para a
melhoria da qualidade de vida e do meio ambiente”, sua principal atividade é
pr opor cionar saneamento básico em ár eas ur banas, com abastecimento de água e
esgotamento sanitário, por meio de tr atamento devido, de modo que cheguem às
r esidências em condições de consumo e se jam devolvidos ao meio ambiente
tr atados, de acor do com as leis ambientais vigentes.
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No per íodo de r ealização do pr esente estudo, a empr esa possuía captação de água
par a atender a população por meio de cinco poços pr ofundos com capacidade total de 16/17
litr os por segundo, e um tr atamento de esgoto com pr ocessamento em lagoas facultativas,
com capacidade total de 9 litr os por segundo, com um sistema de esgotamento sanitário que
per mite a pr eser vação do córr ego que cor ta a cidade.
No per íodo de concessão, ainda desenvolveu 1.753 ligações de água, com
extensão de r edes de 24.753 quilômetr os, contando com dois r eser vatórios com capacidade
de r eser va de 350 milhões de litr os; também, 1.729 ligações de esgoto, 23.645 quilômetr os
de r edes coletor as de esgoto e uma estação de tr atamento.
A ger ente de setor entr evistada af ir ma que o saneamento básico do
município atende a toda a população da ár ea ur bana, r essaltando a ár ea que
compr eende a cidade com aglomer ado de casas e indústrias, de acor do com os
níveis aceitáveis dispostos na r esolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente
(CONAMA) e sob a f iscalização da Companhia de Tecnologia de Saneamento
Ambiental (CETESB).
Segundo ela, a cidade conta com um índice de 100% de água tr atada e 99% de
esgoto tr atado, sendo que o 1% r estante é r efer ente às imediações da cidade que a r ede de
esgoto não alcança, logo o esgoto é depositado em fossas comuns ou corr e a céu aber to,
sendo também jogado nos rios sem o devido tr atamento, contaminando o meio ambiente.
Apesar disso, segundo ela, “todo o esgoto coletado chega ao rio totalmente tr atado,
passando por tr atamento biológico em uma lagoa facultativa (com oxigenação)”. A pr oteção
do meio ambiente consiste em uma pr eocupação constante da empr esa nessa etapa do
pr ocesso, até mesmo, dada a f iscalização por ór gãos ambientais.
A captação de água no município é feita em cinco poços pr ofundos (águas
subterr âneas) e, mesmo com o cr escimento populacional, a ger ente af ir ma que a empr esa
tr abalha com cer ta folga, podendo ainda supor tar o consumo por anos.
No que tange a contaminação da água captada, nota-se que ela existe, mas par a a
ger ente de setor “não podemos dizer que é uma contaminação que contenha altos índices,
isto devido a pr ocessos já desenvolvidos há alguns anos, e por se tr atar de uma cidade
ainda pequena”, mesmo assim é impor tante o tr atamento, não nas mesmas dimensões de
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ár eas com gr andes contaminações ou com águas coletadas em rios (super f iciais), mas um
tr atamento que atenda às nor mas impostas.
O estudo do caso mostra que a “Empresa Saneamento”, na visão da
entr evistada, faz o seu tr abalho, mas que a conscientização ainda é um dos pontos
fundamentais. Na cidade, a empr esa investigada tr abalha com panf letos
explicativos, contato nas escolas por meio do Pr ogr ama de Educação Ambiental
(PEA), r ecuper ação de matas ciliar es com doação de mudas e par cerias com
pr efeitur as e associações. A ger ente aponta par a a impor tância da conscientização
da população com r elação ao tr atamento da água, evitando per das com vazamentos
e descar te de poluentes que dif icultam o pr ocesso e pr e judicam o meio ambiente.
Por fim, com a visão de “em 2018 ser r econhecida como empr esa que
univer saliza os ser viços de saneamento em uma ár ea de atuação, de for ma
sustentável e competitiva, com excelência no atendimento ao cliente”, a entr evistada
f inaliza dizendo que, mesmo com o contr ato de concessão vencido, “continuamos
desenvolvendo os serviços da mesma forma” e, quanto à f iscalização, “o municípiovem acompanhando tudo de per to par a que nossa pr estação de ser viços f ique de
acordo com as necessidades”.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O pr esente tr abalho pr ocur ou entender as ações r ealizadas pela companhia
de saneamento básico do município de Taciba no interior paulista diante do aumento
na demanda por água e esgoto tr atado, bem como sua posição em r elação à
pr eser vação do meio ambiente.
Per cebe-se que o aumento na demanda por água e esgoto tr atado no
município, apesar de consider ado pela entr evistada, ainda não tem pr ovocado
transtornos para a “Empresa Saneamento”. Em suas fases de tratamento de esgoto
a “Empresa Saneamento” tem demonstrado estar de acordo com as normas
ambientais, todavia quanto à captação de esgoto a inda faltam investimentos a
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ser em r ealizados, pois em r esidências que cir cundam a cidade, especialmente
pequenas chácar as, o esgoto ainda não é captado, sendo depositado em fossas
r udimentar es ou jogado dir etamente nos rios. A contaminação também é apontada
pela ger ente de setor como uma questão impor tante e, por meio de ações de
conscientização junto a comunidade, a empr esa tenta r eduzir tais índices.
Tal fato exige da “Empresa Saneamento” certa atenção, tanto no momento
atual, quanto no longo pr azo, com pr o jetos que visem à pr oteção ao meio ambiente
par a que as ger ações futur as possam ter melhor qualidade de vida, podendoconsumir água de boa qualidade.
A escolha de uma for ma adequada par a captação e tr atamento de água e
esgoto é apenas par te de um gr ande pr o jeto de saneamento básico, r espeitando o
desenvolvimento municipal, tanto no cur to, como no longo pr azo.
Nota-se, de modo ger al, que um dos principais pr oblemas da degr adação ao
meio ambiente é a falta de saneamento básico adequado que atinge vários
municípios em todo território nacional e é agr avada cada vez mais pelo aumento
desenf r eado da demanda por água e esgoto tr atado. Assim, a r ealização de uma
análise apr ofundada do cenário do saneamento básico nacional e de sua
impor tância par a a pr oteção ambiental – junto à sociedade, com destaque par a as
empr esas que administr am este tipo de ser viço – consiste em uma etapa necessária
par a melhoria de todo o pr ocesso.
Atualmente, a car ga poluidor a que vem assolando os mananciais aquáticos,
inf luenciando dir etamente o homem e o meio ambiente, aponta par a a prioridade da
questão do tr atamento de água e de esgoto em âmbito global. As companhias que
pr estam este tipo de ser viço aos estados e municípios têm, assim, como obrigação,
atender adequadamente a demanda por água de boa qualidade par a consumo, bem
como captar e tr atar as águas de esgoto, par a sua devolução ao meio ambiente em
confor midade com as leis e r egulamentações vigentes.
Sem uma visão estr atégica destas empr esas e dos ór gãos ambientais
envolvidos nesse pr ocesso, dif icilmente haver á mudanças positivas que r esultem em
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manutenção do meio ambiente. Um olhar sistêmico ao pr oblema pr ecisa acontecer
par a que, de for ma integr ada, a sociedade consiga ter um saneamento básico de
maior qualidade.
REFERÊNCIAS
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