CASA ACOLHEDORA E PONTO DE ENCONTRO

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Trabalho Final de Graduação (JULIANA FURTADO ZORZETTO) O tema deste trabalho trata-se da proposta para um projeto arquitetônico de um equipamento municipal, denominado por Casas Acolhedoras para crianças e adolescentes vitimados e Ponto de Encontro para a sociedade de Sertãozinho, criando a integração dos moradores das casas com a sociedade. O projeto busca a flexibilidade dos ambientes e integração do interior com o exterior através de elementos vazados, transparência e brises, oferecendo condições dignas de desenvolvimento às crianças e aos adolescentes vitimados através de espaços de encontro qualitativo de atendimento, lazer, convívio social e moradia digna, a fim de promover o crescimento saudável com qualidade de vida e preparar os jovens para o futuro. Buscou-se ocupar os vazios urbanos do Bairro escolhido e analisar as influencias do Espaço Físico no Psicológico das crianças e adolescentes vitimados. Aplicando o conceito da fenomenologia.

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JULIANA FURTADO ZORZETTO

CASA ACOLHEDORA PARA CRIANÇAS E ADOLESCENTES VITIMADOS E PONTO DE ENCONTRO PARA A SOCIEDADE DE SERTÃOZINHO, SP.

Monografia apresentada ao Centro Universitário Moura Lacerda para cumprimento das exigências para a obtenção do título de bacharel em Arquitetura e Urbanismo sob a orientação da professora Dra. Ruth Cristina Montanheiro Paolino.

RIBEIRÃO PRETO

2012

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JULIANA FURTADO ZORZETTO

CASA ACOLHEDORA PARA CRIANÇAS E ADOLESCENTES VITIMADOS E PONTO DE ENCONTRO PARA A SOCIEDADE DE SERTÃOZINHO, SP.

Examinador: _____________________________________________________________

Nome: Dra. Ruth Cristina Montanheiro Paolino

Instituição: Centro Universitário Moura Lacerda

Examinador: _____________________________________________________________

Nome:

Instituição: Centro Universitário Moura Lacerda

Examinador: _____________________________________________________________

Nome:

Instituição:

Ribeirão Preto, 22 de novembro de 2012.

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Dedico este trabalho aos meus pais por todo o apoio e que estiveram

comigo todo o momento dessa longa etapa valiosa da minha vida.

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Agradeço primeiramente a Deus, que me ofereceu a vida.

Sou grata aos meus pais por todo o apoio tanto emocionalmente

quanto financeiro, dando a mim a oportunidade dessa faculdade.

A minha irmã Mariana que sempre me acompanhou de perto.

Ao meu namorado Daniel pelo apoio nos momentos de tensões.

Agradeço aos meus amigos de faculdade por muitos trabalhos e

diversões juntos.

A minha orientadora Ruth e todos os professores no decorrer do

curso não menos importante, pelos conselhos, conhecimentos,

ensinamentos e paciência, por contribuírem para a concretização

deste trabalho.

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Depende de nós

Quem já foi ou ainda é criança

Que acredita ou tem esperança

Quem faz tudo pra um mundo melhor

Depende de nós

Se esse mundo ainda tem jeito

Apesar do que o homem tem feito

Se a vida sobreviverá

(Ivans Lins)

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RESUMO: O tema deste trabalho trata-se da proposta para um projeto arquitetônico

de um equipamento municipal, denominado por Casas Acolhedoras para crianças e

adolescentes vitimados e Ponto de Encontro para a sociedade de Sertãozinho,

criando a integração dos moradores das casas com a sociedade. O projeto busca a

flexibilidade dos ambientes e integração do interior com o exterior através de

elementos vazados, transparência e brises, oferecendo condições dignas de

desenvolvimento às crianças e aos adolescentes vitimados através de espaços de

encontro qualitativo de atendimento, lazer, convívio social e moradia digna, a fim de

promover o crescimento saudável com qualidade de vida e preparar os jovens para o

futuro. Buscou-se ocupar os vazios urbanos do Bairro escolhido e analisar as

influencias do Espaço Físico no Psicológico das crianças e adolescentes vitimados.

Aplicando o conceito da fenomenologia.

Palavras-chave: Casa Acolhedora; Equipamento Publico; Integração; Flexibilidade;

Fenomenologia.

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ABSTRACT: The theme of this work is to the proposal for an architectural design of a city

equipment, called by Cosy Homes for children and adolescents victimized and Meeting Point

for Sertãozinho society, creating the integration of residents of homes with society. The

project seeks the flexibility of environments and integration of inner with the outer elements

through vasados, transparency and louvers, offering decent development of children and

adolescents victimized by meeting spaces qualitative care, leisure, social life and decent

housing in order to promote healthy growth and prepare young people for the future was

sought to occupy the empty urban neighborhood chosen and analyze the influences of

Physical Space in Psychological victimized children and adolescents. Applying the concept of

phenomenology.

keywords: Cozy House; Equipment Public; Integration; Flexibility; Phenomenology.

Page 9: CASA ACOLHEDORA E PONTO DE ENCONTRO

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO.................................................................................14

1 A CRIANÇA E O ADOLESCENTE VITIMADOS..................................18

1.1 O CAMINHO ATÉ O ABRIGO...............................................22

1.2 O ABRIGO...........................................................................23

2 A IMPORTÂNCIA DOS ABRIGOS E DO ESPAÇO...............................24

2.1 O ESPAÇO FÍSICO PSICOLÓGICO.........................................27

2.2 A FENOMENOLOGIA..........................................................30

3 LEITURAS PROJETUAIS / ESPAÇOS INTEGRADORES........................33

3.1 RESIDÊNCIA BELVEDERE.....................................................35

3.2 ESCOLA CENTRO DE LUCIE AUBRAC...................................38

3.3 RESIDÊNCIA MW.................................................................41

3.4 RESIDÊNCIA QUINTA DA BARONESA..................................43

3.5 MERCADO MUNICIPAL DE SANTA CATERINA.....................45

4.LEITURA URBANA / EQUIPAMENTOS............................................47

4.1 A CIDADE.............................................................................48

4.2 O BAIRRO JARDIM ALVORADA...........................................52

Page 10: CASA ACOLHEDORA E PONTO DE ENCONTRO

4.2.1 USO DO SOLO E EQUIPAMENTOS........................56

4.2.2 HIERARQUIA VIÁRIA E OCUPAÇÃO DO SOLO......58

4.3 LEITURAS DOS LOTES E ENTORNO PARA O PROJETO PILOTO........60

4.4. OS ABRIGOS EXISTENTES...............................................................65

5 PROJETO ARQUITETÔNICO DO PLANO PILOTO..............................70

5.1 CONCEITOS E PARTIDO.......................................................71

5.2 ORGANOGRAMA................................................................73

5.3 DESENVOLVIMENTO DA PROPOSTA...................................75

5.4 PROPOSTA FINAL................................................................82

CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................127

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................................128

ANEXOS........................................................................................130

Page 11: CASA ACOLHEDORA E PONTO DE ENCONTRO

LISTA DE FIGURAS

FIGURA 01: CAMINHO AO ABRIGO......................................22

FIGURA 02: PORTAS PIVOTANTES........................................34

FIGURA 03: AREA EXTERNA..................................................34

FIGURA 04: JOGO DE PLANOS..............................................34

FIGURA 05: JOGO DE LUZES.................................................34

FIGURA 06: MOSAICOS COLORIDOS....................................34

FIGURA 07: AMBIENTE AMPLIADO......................................36

FIGURA 08: PORTAS PIVOTANTES........................................37

FIGURA 09: PAREDE FUNCIONAL.........................................37

FIGURA 10: AREA EXTERNA..................................................39

FIGURA 11: BRINQUEDOTECA..............................................40

FIGURA 12: FECHAMENTO EM MADEIRA E VIDRO..............40

FIGURA 13: PAVIMENTO INFERIOR......................................41

FIGURA14: PAVIMENTO SUPERIOR......................................41

FIGURA 15: JOGO DE PLANOS..............................................42

FIGURA 16: JOGO DE VAZIOS...............................................42

FIGURA 17: ESPAÇO EXTERNO DIURNO...............................43

FIGURA 18: JOGO DE LUZES.................................................43

FIGURA 19: COZINHA INTEGRADA.......................................44

FIGURA 20: INTEGRAÇÃO SALA DE ESTAR...........................44

FIGURA 21: MOSAICOS COLORIDOS....................................45

FIGURA 22: COBERTURA INDEPENDENTE...........................45

FIGURA 23: CARACTERISTICAS GEOGRAFICAS.....................48

FIGURA 24: COORDENADAS GEOGRAFICAS.........................49

FIGURA 25: LOCALIZAÇÃO DE SERTÃOZINHO......................49

FIGURA 26: IMAGEM AEREA DE SERTÃOZINHO...................49

FIGURA 27: INSERÇÃO URBANA...........................................51

FIGURA 28: ZONEAMENTO..................................................53

FIGURA 29: DENSIDADE DE POP/HÁ....................................53

FIGURA 30: MAPA 1 USO DO SOLO......................................56

FIGURA 31: MAPA 2 EQUIPAMENTOS.................................57

FIGURA 32: MAPA 3 HIERARQUIA VIARIA............................58

FIGURA 33: MAPA 4 OCUPAÇÃO DO SOLO..........................59

FIGURA 34: VAZIOS URBANOS.............................................62

FIGURA 35: AREA 1 CASA ACOLHEDORA..............................63

FIGURA 36: AREA 7 PONTO DE ENCONTRO.........................64

FIGURA 37: PLANO DE MASSA FEMININO...........................65

FIGURA 38: PLANO DE MASSA MASCULINO........................66

FIGURA 39: DORMITÓRIOS DE 4 A 7 ANOS..........................67

FIGURA 40: OS BANHEIROS.................................................67

FIGURA 41: O TETO..............................................................68

FIGURA 42: SALA DE ESTUDO..............................................68

FIGURA 43: DORMITÓRIOS..................................................68

FIGURA 44: ÁREA VERDE AMPLA.........................................68

Page 12: CASA ACOLHEDORA E PONTO DE ENCONTRO

FIGURA 45: A COZINHA REFORMADA..................................69

FIGURA 46: A COZINHA ESPAÇOSA......................................69

FIGURA 47: A LAVANDERIA É EXTENSA................................69

FIGURA 48: ORGANOGRAMA CASA ACOLHEDORA..............73

FIGURA 49: ORGANOGRAMA PONTO DE ENCONTRO.........74

FIGURA 50: PROPOSTA 01 CASA ACOLHEDORA...................76

FIGURA 51: PROPOSTA 02 CASA ACOLHEDORA...................77

FIGURA 52: DORMITÓRIO CONJUGADO..............................78

FIGURA 53: INTEGRAR.........................................................78

FIGURA 54: PROPOSTA 01 PONTO DE ENCONTRO..............80

FIGURA 55: COBERTURA 01 PONTO DE ENCONTRO............80

FIGURA 56: COBERTURA 02 PONTO DE ENCONTRO............81

FIGURA 57: QUIOSQUE O1...................................................81

FIGURA 58: PROPOSTA 03....................................................82

FIGURA 59: ESTUDO INSOLAÇÃO.........................................84

FIGURA 60: CARTAS SOLARES..............................................84

FIGURA 61: PLANTA BAIXA CASA ACOLHEDORA (LAYOUT).91

FIGURA 62: PLANTA BAIXA ( COTAS E ZENITAIS).................92

FIGURA 63: PLANTA DE COBERTURA...................................93

FIGURA 64: CORTE A CASA ACOLHEDORA...........................94

FIGURA 65: DETALHE ZENITAIS............................................94

FIGURA 66: CORTE B CASA ACOLHEDORA...........................95

FIGURA 67: FACHADA CASA ACOLHEDORA.........................95

FIGURA 68: PISCINA.............................................................96

FIGURA 69: ABERTURA ZENITAL..........................................96

FIGURA 70: ESTUDO INSOLAÇÃO VERÃO 10h29m...............97

FIGURA 71: CONFIGURAÇÃO INSOLAÇÃO 1.........................97

FIGURA 72: ESTUDO INSOLAÇÃO VERÃO 15h31m...............98

FIGURA 73: CONFIGURAÇÃO INSOLAÇÃO 2.........................98

FIGURA 74: ESTUDO INSOLAÇÃO INVERNO 10h30m...........99

FIGURA 75: CONFIGURAÇÃO INSOLAÇÃO 3.........................99

FIGURA 76: ESTUDO INSOLAÇÃO INVERNO 15h30m.........100

FIGURA 77: CONFIGURAÇÃO INSOLAÇÃO 4.......................100

FIGURA 78:PERSPECTIVA INTERNA GERAL.........................101

FIGURA 79: FACHADA CASA ACOLHEDORA.......................101

FIGURA 80: PLANTA GERAL CASA ACOLHEDORA...............102

FIGURA 81:PERSPECTIVA SALA ASSISTIR............................102

FIGURA 82: PERSPECTIVA INTEGRAR.................................102

FIGURA 83: PERSPECTIVA ADMINISTRAR E ATENDER........102

FIGURA 84: VISTA POSTERIOR SEM COBERTURA...............103

FIGURA 85: VISTA POSTERIOR COM COBERTURA..............103

FIGURA 86: VISTA FRONTAL...............................................104

FIGURA 87: VISTA DE TRÁS DO VIDRO...............................104

FIGURA 88: VISTA DA AREA RECEBER................................104

FIGURA 89: VISTA DA AREA DO REDARIO..........................105

FIGURA 90: VISTA FECHAMENTO DAS CAIXAS...................105

FIGURA 91: PLANTA BAIXA P.DE E. LAYOUT E PILARES.....111

FIGURA 92: PLANTA BAIXA P.DE E. COTAS.........................112

FIGURA 93: COBERTURA 03 PONTO DE ENCONTRO..........113

Page 13: CASA ACOLHEDORA E PONTO DE ENCONTRO

FIGURA 94: PLANTA DE COBERTURA P. DE E.....................114

FIGURA 95: CORTE A PONTO DE ENCONTRO.....................115

FIGURA 96: CORTE B PONTO DE ENCONTRO.....................116

FIGURA 97: CORTE C PONTO DE ENCONTRO.....................117

FIGURA 98: DETALHE QUIOSQUE.......................................117

FIGURA 99: QUIOSQUE 02.................................................118

FIGURA 100: DETALHE DA ESTRUTURA QUIOSQUE 02......118

FIGURA 101: PERSPECTIVA FACHADA FRONTAL................119

FIGURA 102: PERSPECTIVA F. FRONTAL VISTA DE CIMA....119

FIGURA 103: CONFIGURAÇÃO INSOLAÇÃO 5.....................119

FIGURA 104: PERSPECTIVA FACHADA POSTERIOR.............120

FIGURA 105: FACHADA POSTERIOR VISTA DE CIMA..........120

FIGURA 106: PERSPECTIVA VISTA LATERAL DIREITA..........121

FIGURA 107: FACHADA FRONTAL L. DIREITA.....................121

FIGURA 108: FACHADA POSTERIOR L. DIREITA..................121

FIGURA 109: LATERAL ESQUERDA DA F. POSTERIOR.........122

FIGURA 110: LATERAL ESQUERDA DA F. FRONTAL............122

FIGURA 111: PERSPECTIVA INTERNA CENTRAL..................123

FIGURA 112: PERSPECTIVA PLAYGROUND.........................123

FIGURA 113: PERSPECTIVA ACADEMIA ABERTA................123

FIGURA 114: PERSPECTIVA QUIOSQUES............................124

FIGURA 115: ESPAÇO MEMÓRIA E EXPOSITIVO.................124

FIGURA 116: MUSICOS NO ESPAÇO EXPOSITIVO...............124

FIGURA 117: PLANTA DE SITUAÇÃO..................................125

FIGURA 118: IMPLANTAÇÃO..............................................126

Page 14: CASA ACOLHEDORA E PONTO DE ENCONTRO
Page 15: CASA ACOLHEDORA E PONTO DE ENCONTRO

O trabalho apresentado a seguir discorre sobre o processo

de projeção de um equipamento municipal, denominado

por Casas Acolhedoras para crianças e adolescentes

vitimados, casas estas que estão sendo projetadas nos

vazios urbanos, causados pela especulação imobiliária. O

uso desses espaços pode valorizar o entorno e a si mesmo

no bairro. A inserção desse equipamento é no bairro Jardim

Alvorada, na área urbana de Sertãozinho, situada no interior

de São Paulo, promovendo com isso, a integração dos

moradores com a sociedade, pois a casa acolhedora nesse

município encontra-se situada na área rural. A pesquisa

visa, ainda, analisar as influencias do Espaço Físico no

Psicológico das crianças e dos adolescentes.

Desse modo, buscou-se nesta pesquisa, responder a

seguinte questão: Como o Espaço Físico da Casas

Acolhedoras pode auxiliar nas melhorias das condições

Psicológicas de crianças e adolescentes?

“Souza afirma (1989) que, o espaço é o elemento material

através do qual a criança experimenta o calor, o frio, a luz, a

cor, o som e, numa certa medida, a segurança”. Como se

sabe, os elementos arquitetônicos presentes em um espaço

edificado, seja pela sua cor ou por uma forma inusitada, são

capazes de sensibilizar aqueles que usufruem do espaço por

pouco ou por muito tempo, fazendo com que a arquitetura

se torne parte da sua realidade positiva ou negativamente.

A fenomenologia é um dos fenômenos que explica essa

importância, pois é uma analise da memoria da primeira

infância, os sentimentos primordiais, que a criança tem e a

arquitetura influencia nessa memoria a partir de espaços

expressivos, para toda sua vida, sua identificabilidade

pessoal e vigor emocional, isso acaba sendo uma prova

convincente da importância e da autenticidade dessas

experiências.

Deste modo, Botton (2007, p.17) esclarece que, “a

arquitetura causa perplexidade também para inconsistência

de sua capacidade de gerar felicidade que a torna atraente

Page 16: CASA ACOLHEDORA E PONTO DE ENCONTRO

para nós“, pois, a arquitetura não precisa ser exuberante

para trazer felicidade e conforto as pessoas, mais deve ser

atraente, independente de sua dimensão e estilo, uma vez

que cada indivíduo tem preferências, gostos e necessidades

distintas.

A escolha por esta temática ocorreu, devido à necessidade

do município de Sertãozinho, pela falta de um equipamento

adequado para acolher crianças e adolescentes vitimados,

uma vez que, os dois Abrigos existentes estão com mais

crianças que o espaço físico comporta, tendo

aproximadamente de 20 a 25 crianças cada um, uma média

constante, pois todos os dias pode chegar ou sair algum

morador, por adoção, retorno dos pais, entre outras formas.

Nos dois espaços existentes há problemas de acessibilidade,

espacialidade e conforto. Sendo assim, analisar os abrigos

existentes foi importante para conhecer de perto o cotidiano

dessas crianças, bem como o programa em vigência e suas

necessidades.

As Casas Acolhedoras aqui propostas têm como objetivo

oferecer condições dignas de desenvolvimento as crianças

e os adolescentes vitimados, a fim de promover o

crescimento saudável e preparar os jovens para o futuro,

pois proporcionou suporte para 10 moradores no máximo,

fazendo com que essa instituição tenha característica de

uma casa familiar, para ter a noção do espaço e se sentirem

em uma família acolhedora, a responsável pela separação

desses pequenos grupos é assistente social, seguindo os

critérios de familiaridade se houver e faixa etária.

Esta monografia tem como o objetivo geral propor a criação

de uma moradia acolhedora para crianças e adolescentes

vitimados. Como objetivos específicos buscaram-se

• Propor a ocupação dos vazios urbanos do Bairro

Jardim Alvorada, localidade na qual pretende-se criar

a casa acolhedora

• Propor um espaço de encontro qualitativo de

atendimento, lazer e convívio social.

Page 17: CASA ACOLHEDORA E PONTO DE ENCONTRO

• Propor condições dignas de moradia baseando-se na

teoria estudada

• Analisar a influência do Espaço Físico no Psicológico

das crianças e dos adolescente.

• Do ponto de vista acadêmico, a pesquisa proposta

torna-se importante para discutir a relação do

Espaço Físico no Psicológico das crianças e

adolescentes vitimados, que é o foco principal desta

pesquisa.

A integração entre os moradores das casas acolhedoras com

a sociedade pode auxiliar esses indivíduos a serem mais

capacitados para enfrentar o futuro, com mais segurança e

autoestima. Pretendeu-se com o projeto do Ponto de

Encontro oferecer espaços, não só para os moradores das

casas, mas para toda comunidade do bairro, utilizando-o

para festas, oficinas, oficinas de dança, artesanato, pintura e

Informática, aberto ao publico além de exposições de

trabalhos dos moradores, proporcionando a integração entre

as crianças das casas acolhedoras e a sociedade.

Para alcançar os objetivos nesta pesquisa, foi necessário

levantamentos, para o reconhecimento de todos os fatores

que interferem direta e indiretamente na proposição do

objeto. Primeiramente, foi realizada uma pesquisa

bibliográfica sobre os conceitos expostos neste projeto de

pesquisa, para fundamentar os temas abordados. Foram

necessários levantamentos dos locais, onde se propõe a

implantação dos objetos, tais como: Levantamento da área

de intervenção, equipamentos existentes, seus programas, o

público atendido. Estudo de caso com os Abrigos Existentes.

Pesquisa de dados socioeconômicos e pesquisa de campo e

dados censitários provenientes de Censos do IBGE (Instituto

Brasileiro de Geografia e Estatística).

Page 18: CASA ACOLHEDORA E PONTO DE ENCONTRO

1. A CRIANÇA E O ADOLESCENTE VITIMADOS1. A CRIANÇA E O ADOLESCENTE VITIMADOS

Page 19: CASA ACOLHEDORA E PONTO DE ENCONTRO

A violência contra o ser humano é um fato real e é cada vez

mais frequente e bárbaro em nosso cotidiano. Muitas vezes,

é dentro de casa que se tem o início a violência até mesmo

em proporção extrema.

Indiferentemente da condição social, cultural, econômica, de

credo ou de raça, a violência ocorre em qualquer classe

social, variando apenas o número de denúncias, que é maior

nas classes mais populares, que são pessoas que não

procuram manter imagens, pois não tem tanta preocupação

em zelar um nome na sociedade.

As classes populares encontram-se como meio facilitador da

violência doméstica e a baixa renda familiar. Mediante a esta

realidade socioeconômica, as famílias se encontram com o

desemprego, com o alcoolismo, que atuam como agravantes

no estado psicológico do possível agressor, este não possui

qualidade de vida convivendo com a inexistência do

saneamento básico, saúde ou lazer.

O desemprego juntamente com a realidade do salário

mínimo está gerando o abandono de milhares de crianças,

que acabam buscando na rua um complemento de renda

familiar.

De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente são

consideradas crianças até doze anos e adolescentes até

dezoito anos. Cabe lembrar aqui que, muitas crianças

comentem pequenos furtos com o intuito de estarem

auxiliando os pais com as “contas”, sendo que, muitas vezes,

por não conseguirem nenhum dinheiro na rua, as crianças

acabam sendo maltratadas psicologicamente e fisicamente

dentro do ambiente familiar. Convém mencionar também o

fato de que quando essas crianças não conseguem ganhar

esse dinheiro de forma “convencional” acabam muitas vezes

se prostituindo.

Diante de tais circunstâncias, as crianças estão expostas a

diversas formas de violência, em que se faz presente um

vínculo de afetividade entre vitima/agressor, que acaba

resultando em constrangimentos físicos e psíquicos

irreparáveis. Na verdade, são estes vinculos um dos

facilitadores da agressão.

Page 20: CASA ACOLHEDORA E PONTO DE ENCONTRO

Conforme registra o Estatuto da Criança e do Adolescente,

em seu artigo 4º, “a comunidade e a sociedade tem o dever

de assegurar com prioridade absoluta a efetivação dos

direitos referentes à vida da criança e do adolescente…”.

Como se sabe, a nossa sociedade é dirigida por orgãos

responsáveis por fazer cumprir as leis destinadas a assegurar

nossos direitos fundamentais e inerentes à vida.

As violências sociais em relação aos menores de idade

ocorrem no âmbito da saúde, da educação e do trabalho,

geralmente ocorrem pela:

A falta de assistência ao recém- nascido na sala de

parto podendo ser responsável por sequelas que

comprometerão sua qualidade de vida.

A exploração da criança no trabalho pelo mercado

formal e informal.

A falta de cuidados dos pais deve ser destacada,

sendo que várias atitudes inadequadas em relação

aos cuidados dos filhos, independem de condições

socio-econômicas e sim de uma disposição deles em

relação à criança.

As violências diretas ocorridas quando o agressor é visto sob

uma forma abragente, isto é não é individualizado e tendo a

responsabilidade “diluida” na sociedade:

Os altos indices de mortalidade infantil com causas

em doençcas como a disenteria, malaria,

tuberculose, etc;

Contaminação Ambiental;

Inanição; entre outras.

De um modo geral, pode-se dizer que violências como essas

acabam por gerar alterações corporais, mentais e sociais,

podendo ser ou não reversiveis, muitas vezes não sendo

intencional, mas sim previsiveis.

Page 21: CASA ACOLHEDORA E PONTO DE ENCONTRO

As violências diretas ocorrem quando o agente agressor é

visto de forma individual. Esse tipo de violência é causada de

forma intencional, gerando sequelas, alterações psíquicas e

em casos mais extremos até a morte, tais como:

Agressões corporais;

Abandono temporário intencional ou permanente;

Problemas familiares;

Privação de Afeto, Alimento, Medicamentos ou

ameaça verbal;

Agressão verbal;

Intoxicação ou envenenamentos;

Abuso Sexual;

Gravidez precoce;

Raptos; entre outras.

Por isso, que existe o Estatuto da criança e do adolescente,

que são leis destinadas a assegurar os direitos e a proteção

para todas as crianças e adolescentes de nosso país,

conforme pode ser observado no Anexo 01. O crescente

aumento de casos de todos os tipos de violências indicam

que esses direitos não são assegurados e deveres não são

cumpridos, isso traz a tona uma triste realidade da vida

crianças e adolescentes que são vitimadas na sociedade.

Page 22: CASA ACOLHEDORA E PONTO DE ENCONTRO

Quando ocorre a denúncia das formas de violências citadas

anteriormente, cabe ao Conselho Tutelar, que é um órgão

permanente e autônomo não jurisdicional, zelar pelo

cumprimento dos direitos da criança e do adolescente.

A denúncia a este órgão pode ser realizada por meio de um

numero de telefone disponível para denuncias anônimas: o

disque denuncias, as vitimas são recolhidas por assistente

social que as levam para o Conselho Tutelar, onde é feita a

triagem e a criança é encaminhados para os Abrigos

existentes, tentando sempre a reconciliação com a família.

Em alguns casos, não sendo possível a aproximação entre a

criança e a família, a criança acaba se tornando residente

fixo do abrigo.

DISQUE CONSELHO TUTELAR

ABRIGO

1.1 O CAMINHO ATÉ O ABRIGO

Figura 01: Caminho ao abrigo Fonte: Elaborado pela autora

Page 23: CASA ACOLHEDORA E PONTO DE ENCONTRO

As entidades que desenvolvem programas de abrigos;

segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente, tem

deveres, caso contrário seu registro é negado. Os seus

deveres são os seguintes:

Oferecer condições adequadas de habitalidade,

higiene, salubridade e segurança;

Adotar princípios de Preservação dos Vínculos

Familiares;

Desenvolver atividades em regime de co-

educação, atentando para formação de pequenos

grupos, onde possam oferecer atendimento

personalizado;

Evitar o desmembramento de grupos de irmãos;

Evitar sempre que possível a transferência para

outras entidades de crianças abrigadas;

Cuidar para que participem na vida da

comunidade local e sejam preparados

gradativamente para o desligamento, ou seja,

completando uma determinada idade, eles

passam voltar para suas famílias ou serem

encaminhados para outros lugares;

Proporcionar a participação de pessoas da

comunidade no processo educativo desenvolvido

no abrigo;

Providenciar para que ocorra a integração em

suas famílias ou em famílias substitutas, quando

esgotados os recursos de manutenção na família

de origem.

Os abrigos para crianças e adolescentes vitimados exigem o

não envolvimento com drogas e a ausência de delitos leves

ou graves, conforme pode-se notado no Anexo 01 e 02,

art.90 do ECA.

1.2 O ABRIGO

Page 24: CASA ACOLHEDORA E PONTO DE ENCONTRO

2. A IMPORTÂNCIA DO ABRIGO E DO ESPAÇO2. A IMPORTÂNCIA DO ABRIGO E DO ESPAÇO

Page 25: CASA ACOLHEDORA E PONTO DE ENCONTRO

O Abrigo é a única opção de moradia para essas crianças

vitimadas e abandonadas, um lugar que elas possam ou não

ter rápida convivência, ou longa convivência até seus 18

anos que é o tempo máximo de permanência na instituição.

São crianças com problemas psicológicos muitas vezes por

conta de seu passado e até mesmo deficiência física. Tendo a

necessidade de um espaço apropriado que atenda suas

necessidades tanto psicológica quanto física. Segundo Arpini

(2003).

Na verdade, a instituição [abrigo] muitas

vezes se apresenta como a melhor

alternativa para um grande número de

crianças e adolescentes, o que determina a

necessidade de um comprometimento ainda

maior de suas ações, pois esse é o único

caminho para a superação dos trágicos

estereótipos de sua história (p.179, grifos do

autor).

Um dos principais motivos para projetar uma Casa

Acolhedora ideal para essas crianças e adolescentes são os

seguintes

Verificou que instituições inadequadas

causam grandes danos na etiologia de

transtornos psíquicos entre crianças

institucionalizadas, estavam presentes vários

fatores de riscos para doenças graves, como

a depressão analítica, como o isolamento

social e a perda dos laços familiares. (SPITZ,

1965/1998, não paginado, grifos do autor).

“O espaço é o elemento material através do qual a criança

experimenta o calor, o frio, a luz, a cor, o som e, numa certa

medida, a segurança.” (SOUZA, 1989, não paginado, grifos

do autor).

Page 26: CASA ACOLHEDORA E PONTO DE ENCONTRO

Deste modo, o Espaço Físico entra como um dos principais

elementos desse assunto, pois, ele necessita ter o poder de

envolvimento e de atração mais forte que as atrações de

riscos como as drogas e outros; criar ambientes que

confortam, que protejam as crianças e adolescentes

vitimados, que ensinam, emocionam e que não o

prejudiquem em seu psicológico e sim colaborem para a

superação das suas histórias de vida, espaços sensoriais que

induza o olfato, as sensações táteis e térmicas, os sons, a luz

e as cores nos ambientes.

A nítida tendência de se buscar “conforto” mediante o

simples cuidado com as condições físicas e mensuráveis

(como temperatura e umidade) adequadas ao corpo

humano. No meio profissional de Arquitetura de Interiores,

predomina um conceito de conforto mais abrangente.

Usualmente, reúne requinte, bom gosto e alguma emoção.

Mas, também existem os ambientes rústicos que parecem

muito confortáveis. Ou seja, conforto não é simplesmente

algo que o dinheiro pode comprar. A origem de “Conforto”

se explica pelo verbo “confortar” este vem do latim

Confortare e tem a mesma origem que “força”, levar força

significativa para consolar. (SCHMID, 2006, não paginado).

Page 27: CASA ACOLHEDORA E PONTO DE ENCONTRO

A questão do espaço sempre esteve presente em nossas

vidas, seja na forma como ele é organizado, distribuído e

direcionado, pelos que detém o poder, e se ele é apropriado

ou não para aqueles a quem se destina.

Tizard & Rees (1974) aponta que a qualidade do ambiente e

do cuidado institucional, é importante para impulsionar o

desenvolvimento de crianças institucionalizadas. Para

Schmid (2006),

O ambiente construído é, enfim, fonte de força

interior, consolo, conforto. Logo, é de

importancia demais para ser ignorado. É

também complexo demais para ser deixado de

lado, e ao mesmo tempo tão presente na vida

das pessoas que não o deveriam terceirizar por

completo. O cliente precisa conhecê-lo para

revelar ao profissional de arquitetura e

urbanismo suas vontades mais intimas. (não

paginado, grifos meus).

Ou seja, o que é confortável para um, não é para o outro,

cada cliente tem que revelar seu conceito de conforto, a

partir de sua cultura, seus gostos, suas necessidades e seus

costumes.

“NÓS CONFIGURAMOS NOSSOS EDIFICIOS E ELES NOS

CONFIGURAM” (CHURCHILL. apud. HALL, 2005, p. 132,

grifos meus).

Ao abordar o papel social da arquitetura, não apenas como a

investigação de sua condição de arte ou de serviço social,

mas trazendo para o centro do debate, os aspectos ético e

político, distintas questões que versam sobre a autonomia

da arquitetura, a noção de bem comum, as novas relações

homem- natureza e a ressurreição da noção de bem-estar

social. A reflexão fenomenológica sobre a arquitetura,

exaltando os seus elementos básicos e recuperando o

interesse pelas qualidades sensoriais dos materiais, luz e cor.

Menciondas por Nesbitt (2008), como fundamental da

2.1 O ESPAÇO FISICO - PSICOLOGICO

Page 28: CASA ACOLHEDORA E PONTO DE ENCONTRO

estética: “o efeito que uma obra de arquitetura produz no

observador” (p.16).

Tschumi assinala que “a arquitetura do prazer depende de

uma proeza especial, que é a de manter a arquitetura

obcecada consigo mesma de maneira tão ambígua que

jamais se rende à boa consciência ou a parodia, a debilidade

ou a neurose delirante” (TSCHUMI. apud. NESBITT, 2008, p.

581).

Para o arquiteto Juhani Pallasmaa, o significado depende da

capacidade dos projetos de simbolizar a existência ou

presença humana e, como os arquitetos modernos parecem

ter ignorado, da experiência espacial do trabalho.

(PALLASMAA, 1986. apud. NESBITT, 2008).

A experiência espacial da arquitetura, ao contrário, é

sintética, opera em vários níveis simultaneamente: mental-

físico, cultural- biológico, coletivo- individual etc. No capítulo

“fenômeno do lugar”, do livro “A Nova Agenda para

Arquitetura”, de autoria de Nesbitt, Norberg Schulz afirma

que “ morar numa casa é habitar o mundo” (SCHULZ. apud.

NESBITT, 2008, p.22-25). Essa concepção da casa como uma

condensação de uma experiência mais geral do mundo influi

na importância que Pallasmaa atribui ao lugar da morada.

“Na verdade uma casa é um instrumento metafísico, uma

ferramenta mítica com a qual procuramos dar a nossa

existência passageira um reflexo da eternidade”

(PALLASMAA. apud. NESBITT, 2008, p.22-25).

Com base na ideologia da Escola Bauhaus, a arquitetura é

ensinada e analisada como um jogo de formas, que combina

diversos elementos visuais de forma e espaço. Acredita-se

que esses elementos adquirem uma qualidade peculiar, que

estimula nossos sentidos da visão, a partir da dinâmica da

percepção visual, conforme registra a Psicologia da

Percepção.

A dimensão artística de uma obra de arte não está na coisa

física propriamente dita; ela só existe na consciência da

pessoa que passa pela experiência pessoal da obra. Assim, a

análise de uma obra de arte é um ato genuíno de

introspecção da consciência a ela submetida. Seus

Page 29: CASA ACOLHEDORA E PONTO DE ENCONTRO

significados não estão contidos nas formas, mas nas imagens

transmitidas pelas formas e na força emocional que elas

carregam.

A forma somente age sobre os sentimentos humanos por

meio do que ela representa. A riqueza de uma obra de arte

está na vitalidade das imagens, que ela desperta e

paradoxalmente, as imagens que permitem maior número

de interpretações são despertadas pelas formas mais

simples, mais arquetípicas.

A linguagem da arte é a linguagem dos símbolos, que podem

ser identificadas com a existência do homem. Se lhe falta um

contato com as memórias sensoriais, que vivem no

subconsciente e ligam os vários sentidos, a arte fica

inevitavelmente reduzida à mera decoração sem significado.

A experiência da arte é uma interação entre as memórias

corporificadas e o mundo. Ela também é vital ao se querer

descobrir por experiência própria, o significado da

arquitetura e perceber que o efeito da construção deve ter

uma contrapartida no mundo da experiência do observador.

Os arquitetos não projetam edifícios, primordialmente como

objetos físicos, mas sim com os sentimentos das pessoas que

os habitam. Por isso, o efeito da arquitetura nasce de

sentimentos básicos associados ao construir (NESBITT, 2008).

Page 30: CASA ACOLHEDORA E PONTO DE ENCONTRO

A fenomenologia é de natureza introspectiva e contrasta

com o desejo de objetividade do positivismo. A

fenomenologia busca descrever os fenômenos recorrendo

diretamente a consciência como tal, sem teorias e categorias

tiradas das ciências naturais ou da psicologia.

A fenomenologia da arquitetura é “olhar, contemplar” a

arquitetura a partir da consciência que a vivência, com o

sentimento arquitetônico em oposição à análise das

propriedades e proporções físicas da construção ou de um

quadro de referência estilístico, busca a linguagem interna

da construção.

Uma obra de arte é uma realidade somente quando se tem

uma experiência dela e ter experiência de uma obra de arte

significa recriar sua dimensão de sentimento. De acordo com

Nesbitt (2008),

Uma das mais importantes “matérias-primas” da

analise fenomenologia da arquitetura é a

memória da primeira infância. Estamos

habituados a pensar que as lembranças de

infância são produtos da consciência ingênua e

da capacidade de memorização imprecisa da

criança, algo muito interessante, mas de tão

pouco valor quanto nossos sonhos. Mas essas

duas ideias preconcebidas são erradas (p.22-25,

grifos meus).

Sem dúvida, o fato de que certas lembranças remotas

conservam para toda a vida sua identificabilidade pessoal e

vigor emocional, isso acaba sendo uma prova convincente da

importância e da autenticidade dessas experiências.

Assim, como os sonhos e devaneios diurnos revelam os

conteúdos mais verdadeiros e espontâneos de nossa mente.

A arquitetura não pode ser um mero jogo de formas. Essa

ideia não decorre do fato óbvio de que a arquitetura está

atrelada a sua finalidade prática e a muitas outras condições

externas. Mas, se uma construção não preenche as

condições básicas formuladas para ela, a fenomenologia

como símbolo da existência humana, não é capaz de influir

nos sentimentos e emoções ligados à nossa alma com as

imagens que um edifício cria. O efeito da arquitetura provém

2.2 A FENOMENOLOGIA

Page 31: CASA ACOLHEDORA E PONTO DE ENCONTRO

de uma série do que se pode chamar de sentimentos

primordiais. Esses sentimentos formam o genuíno

“vocabulário básico” da arquitetura, e é trabalhando com

eles, que a obra se torna arquitetura e não, por exemplo,

uma escultura de grandes dimensões ou uma cenografia. A

arquitetura é uma expressão direta da existência, da

presença humana no mundo (NESBITT, 2008).

Os tipos de experiência mencionados a seguir, pode

perfeitamente fazer parte dos sentimentos primordiais

gerados pela arquitetura:

• A casa como um signo de cultura na

paisagem, a casa como uma projeção

do homem e um ponto de referência

na paisagem;

• Acercar-se de um edifício, reconhecer

uma habitação humana ou uma

determinada instituição na forma de

uma casa;

• Entrar na esfera de influência de um

prédio, pisar em seu território, estar

perto do edifício;

• Ter um teto em cima da cabeça, estar

abrigado e à sombra;

• Entrar na casa, atravessar a porta,

cruzar a fronteira entra exterior e

interior;

• Chegar em casa, ou entrar na casa

para uma finalidade especifica;

expectativas e satisfação, sensação de

alienação e de familiaridade;

• Estar em um aposento da casa,

sensação de segurança, sensação de

intimidade ou isolamento;

• Estar na esfera de influência dos

pontos de convergência da

Page 32: CASA ACOLHEDORA E PONTO DE ENCONTRO

construção, como a mesa, a cama ou a

lareira;

• Deparar com a luz ou a escuridão que

domina o espaço, o espaço luz;

• Olhar pela janela, a ligação com a

paisagem (NESBITT, 2008, p.22-25).

Uma casa pode parecer construída para ter uma finalidade

prática, mas, na realidade, e um instrumento metafísico,

uma ferramenta mítica com a qual busca dar a nossa

existência passageira um reflexo da eternidade. A qualidade

da arquitetura não reside na sensação e realidade que

expressa, mas, ao contrário, em sua capacidade de

despertar nossa imaginação.

Uma experiência marcante da arquitetura sensibiliza toda

nossa receptividade física e mental (NESBITT, 2008, p.22-

25, grifos do autor).

Sendo assim nos projetos propostos é aplicado nos espaços

de uma forma expressiva, para crianças e adolescentes,

através de espaços verdes, usando também a inserção das

cores nos ambientes que ajuda a estimular a criatividade

dos moradores, o uso dos pátios, elementos moduláveis e

a transparência, fazendo a transições do interno com o

externo, essas praticas, como a teoria contribui no

psicológico no sentido de estimular os sentidos, a

memoria, pois são espaços sensoriais, afetando a

fenomenologia

Page 33: CASA ACOLHEDORA E PONTO DE ENCONTRO

3. LEITURAS PROJETUAIS - ESPAÇOS INTEGRADORES

3. LEITURAS PROJETUAIS - ESPAÇOS INTEGRADORES

Page 34: CASA ACOLHEDORA E PONTO DE ENCONTRO

Figura 05: Jogo de luzes. Fonte: (4)

Figura 02: Portas Pivotantes. Fonte: (1)

Figura 03: Área externa. Fonte: (2)

Figura 06: Mosaicos Coloridos. Fonte: (5)

Figura 04: Jogo de Planos Fonte: (3)

Para a leitura das obras foi escolhido os seguintes eixos de referências:

• A Integração dos espaços internos e externos;

• A flexibilidade dos ambientes com painéis moveis;

• A materialidade quanto o uso de materiais orgânicos

como a madeira, materiais fibrosos;

• Os tipos de armazenamento embutidos;

• Parede Viva;

E as seguintes obras:

Residência Belvedere...............

Escola Centro de Lucie Aubrac....

Residência Quinta da Baronesa.....

Mercado Municipal Santa Caterina..

Residência MW.......................

EIXOS DE REFERÊNCIAS

Page 35: CASA ACOLHEDORA E PONTO DE ENCONTRO

Analisando o projeto, seu partido arquitetônico que busca

privilegiar ao máximo a integração entre espaços externos e

internos, confundindo seus limites, e, assim, aumenta a

sensação de amplitude. Devido ao tamanho pequeno do

terreno, foram praticamente eliminados espaços residuais e

de transição (o hall de entrada, por exemplo, não existe, em

favor de uma permeabilidade visual com o jardim de

entrada, conseguindo através de grandes portas pivotantes

na fachada frontal).

A planta é retangular, compacta, estendendo-se até os

limites laterais do terreno. A iluminação dos espaços, além

das grandes portas nas fachadas frontal e de fundos, é feita

através de fechamento em vidro opaco (u-glass, que gera

um bom isolamento térmico, devido à camada de ar entre

eles) entre as lajes de cobertura, defasadas. Uma cobertura

em vidro sobre pergolado de concreto completa a

iluminação,através do jardim interno. Assim, a casa é plena

de luz natural indireta, zenital, o que, além de evitar a

iluminação artificial durante o dia, evita o calor excessivo

da luz solar direta.

Residência Belvedere / Anastasia

Arquitetos

Arquitetos: Anastasia Arquitetos

Ano: 2011

Área construída: 370 m²

Área do terreno: 450 m²

Tipo de projeto: Residencial

Status: Construído

Materialidade: Concreto e Vidro

Estrutura: Concreto

Localização: Belo Horizonte, Brasil

Implantação no terreno: Isolado

Equipe: Arquitetos Cortesia Anastasia Fic

Fotógrafo: Cortesia Anastasia Arquitetos

3.1 Residência Belvedere /

Anastasia Arquitetos

Arquitetos: Anastasia Arquitetos

Ano: 2011

Área construída: 370 m²

Área do terreno: 450 m²

Tipo de projeto: Residencial

Status: Construído

Materialidade: Concreto e Vidro

Estrutura: Concreto

Localização: Belo Horizonte, Brasil

Implantação no terreno: Isolado

Equipe: Arquitetos Cortesia Anastasia Fic

Fotógrafo: Cortesia Anastasia Arquitetos

Page 36: CASA ACOLHEDORA E PONTO DE ENCONTRO

O vento dominante vem da rua, portanto as portas de

entrada funcionam como reguladores da velocidade do

vento. Totalmente abertas no verão, favorecendo a

ventilação cruzada, e fechada no inverno, ou mesmo semi-

abertas quando se desejar pouca ventilação

A residência foi implantada no nível da rua, 1 metro acima

do terreno natural, para evitar desníveis e melhorar a

acessibilidade das áreas sociais. Torna- se, também, mais

protegida da umidade do solo. É importante lembrar que um

dos motivos da implantação compacta no terreno, foi

aumentar a permeabilidade do terreno, algo necessário nas

nossas cidades.

Coletores solares (que atendem a casa e à piscina) ocupam a

maior parte da laje de cobertura, o que inviabilizou o uso

dessa área, inicialmente cogitado.

Figura 07: Ambiente ampliado através da parede modulável, e a ligação do exterior com o interior. Fonte: (1).

Parede Modulável.

Fonte (1): http://www.archdaily.com.br/.../residencia-belvedere-anastasia-arquitetos/. Acesso em : 02 de abril de 2012.

Page 37: CASA ACOLHEDORA E PONTO DE ENCONTRO

Devido aos grandes vãos desejados, apoiados em poucos

pontos de fundação, e ao grande balanço da varanda, as

paredes superiores são vigas em concreto, feitas com formas

ripadas de madeira, deixadas aparentes . A sua estética é

derivada da sua opção estrutural, não sendo, portanto,

decorativa. Esta ginástica estrutural foi importante, uma vez

que pilares de apoio na varanda seriam contrários à intenção

de integração entre interior/exterior desejada.

O resultado foi uma residência leve (apesar de sua estética

em concreto aparente), iluminada e ventilada, com espaços

agradáveis e proporcionais, que realizam o desejo inicial de

maior aproveitamento de área externa possível, sendo uma

ótima referencia para o projeto.

Portas Pivotantes.

Parede Funcional.

Iluminação Natural.

Figura 08: Portas Pivotantes para a ampliação do ambiente, e para regular a velocidade do vento. Fonte: (1).

Figura 09: Parede funcional com armazenamento e iluminação natural. Fonte: (1).

Fonte (1): http://www.archdaily.com.br/.../residencia-belvedere-anastasia-arquitetos/. Acesso em : 02 de abril de 2012.

Page 38: CASA ACOLHEDORA E PONTO DE ENCONTRO

A instituição pública com uma forte identidade

A escola se distingue pela sua organização espacial e

desenho das fachadas de seus arredores. A forma livre

diferencia o prédio de seu entorno.

O complexo escolar é organizado em torno de dois pátios

que oferecem às crianças diferentes áreas ao ar livre. O pátio

do jardim de infância foi concebido como uma praça, o pátio

da escola fundamental como um trapézio. No sul, o campus

foi concluído pelo ginásio. Para o leste é o «Centre de

Loisirs", um dia em casa na França significa escola de dia

inteiro. O dia em casa também está aberta aos moradores do

bairro Província de França, e atua com sua biblioteca e

centro de documentação como "casa do bairro".

A entrada principal da escola está localizada no norte sob o

volume de pendendo da biblioteca. Visível a partir da rua de

Savoye, oferece um generoso pátio coberto para pais e

filhos. Sob este pátio coberto também há bicicletários. As

crianças pequenas têm um acesso direto a partir da área

coberta exterior para a sala do jardim de infância. A

entrada da escola primária está situada no oeste e pode ser

alcançado a partir do pátio através de uma passarela

coberta ao longo do edifício. O edifício da escola toda é

cercada por um corredor. Este corredor luminoso, com

janelas em tamanhos diferentes, dá acesso direto às salas de

aula e instalações.

3.2 Escola Centro de Lucie Aubrac / Dietmar Feichtinger Architectes Arquitetos: Dietmar Feichtinger Architectes

Endereço: Allée de Bourgogne, Nanterre , França

Design Equipe: Mathias Neveling, Anna Zottl, Um

Vranken, Markus Himmel, Jeanne Stern, Maria João Pita ,

DI Katja Pargger, chef de projet; Barbara Fellmann, DI

Dorit Boehme , Petra Meisenbichler

Área: 7.116m²

Conclusão:2012

Fotos: David Boureau , Dietmar Feichtinger Architectes

Page 39: CASA ACOLHEDORA E PONTO DE ENCONTRO

O corredor também proporciona um controle efetivo do

ruído para o isolamento das salas de aula. Todas as salas de

aula são extremamente ensolaradas pela sua orientação. As

instalações comuns como o jardim de infância e a escola de

ensino fundamental, como sala de informática, biblioteca,

sala de ginástica, sala de música e laboratório de línguas

pode ser alcançado pelos alunos de cada instituição de

forma separada, curta e clara. Os professores já têm

confirmado que a orientação do edifício é extremamente

fácil para as crianças.

Ao longo dos pisos de linóleo escolares foram estabelecidas.

As salas de aula variam em cor desde as áreas comuns.

Cada sala de aula foi equipado com painéis acústicos e uma

placa de parede enchimento feito de alumínio perfurado

com material absorvente. Os materiais escolares são

colocados em um armário de madeira nas salas de aula. Os

corredores em frente às salas de aula foram equipadas com

um banco de madeira contínua com sapateira integrado,

bem como cabides.

Figura 10: Área externa, sem muitos ornamentos, linhas retas, e sombra nas fachadas transparentes, através de brises e marquises. Fonte: (2).

Fachadas Transparentes.

Brises.

Marquise.

Fonte (2): http://www.archdaily.com.br/42565/centro-de-estudos-lucie-aubrac-dietmar-feichtinger-architectes/1332292392-036-dfa-david-boureau/. Acesso

em: 29 de março de 2011.

Page 40: CASA ACOLHEDORA E PONTO DE ENCONTRO

As fachadas são feitas de ripas de pinho não tratado. Através

do seu corte e individualmente montados alternando com

as superfícies de vidro, produzindo a ligação interior e

exterior e impedindo também uma visão direta dos

edifícios residenciais opostos. Esses elementos junto com os

telhados verdes formam uma unidade de forte contraste

com o ambiente.

Armazenamento embutido.

Fechamento em madeira e vidro.

Figura 11: Brinquedoteca e parede funcional como armazenamento. Fonte: (2).

Figura 12: Fechamento em madeira e vidro no período noturno. Fonte: (2).

Fonte (2): http://www.archdaily.com.br/42565/centro-de-estudos-lucie-aubrac-dietmar-feichtinger-architectes/1332292392-036-dfa-david-boureau/. Acesso em: 29 de março de 2011.

Page 41: CASA ACOLHEDORA E PONTO DE ENCONTRO

Analisando a Planta Baixa - Pavimento Inferior à integração

entre o terraço, a sala de estar e a sala de jantar, observa-se

a interação dos ambientes. Desses espaços, verifica-se a

integração do interior com o exterior. Apresentando espaços

amplos e a disposição dos ambientes de maior permanência

na face sul (a sala de estar, o terraço e os dormitórios) e de

menor permanência na face norte, como a cozinha, fazendo

sua higienização com o sol da tarde. Na Planta Baixa -

Pavimento Superior nota-se que a disposição dos

dormitórios na face sul, tem abertura a uma varanda, tendo

privacidade. O mobiliário utilizado é apenas o necessário,

proporcionando ambientes sem poluição visual.

Figura 13: Planta Baixa - Pavimento Inferior. Fonte: (3)

Figura 14: Planta Baixa - Pavimento Superior. Fonte: (3)

3.3 Residencia MW

Arquitetura e SketchUp: Ricardo Vidal

Colaboradora: Carolina Adloff

Local: Praia de Fagundes, Lucena- PB

Área do Terreno: 504m²

Área Construída: 566,73m²

Ano do Projeto: 2008

Fonte (3): http://ricardo-vidal.blogspot.com/2008/06/residncia-mw .html. Acesso em : 29 de março de 2012.

Page 42: CASA ACOLHEDORA E PONTO DE ENCONTRO

Na figura Jogo de planos, nota-se que fazem a integração do

interior com o exterior através de varandas recuadas e

estendidas, que no mesmo tempo que é coberto tem essa

ligação tendo livre acesso e através do terraço que a pessoa

do interior tem acesso ao exterior.

Terraço.

Varanda.

Na figura Jogo de Vazios, nota-se que fazem a integração

através de vazios que se estendem até o exterior, tendo a

impressão de estar fora e dentro ao mesmo tempo.

Vazios.

Figura 15: Jogo de planos. Fonte: (3).

Figura 16: Jogo de Vazios. Fonte: (3).

Fonte (3): http://ricardo-vidal.blogspot.com/2008/06/residncia-mw .html. Acesso em : 29 de março de 2012.

Page 43: CASA ACOLHEDORA E PONTO DE ENCONTRO

Analisando o Espaço externo diurno e o jogo de luzes

verifica-se que apresenta fachadas transparentes e grandes

aberturas, integrando o espaço interno com o externo e a

caixa estendida para fora elevada do nível do solo integrando

no espaço externo.

Aproveitamento da luz natural.

Caixa estendida.

Figura 17: Espaço Externo Diurno mostra aproveitamento da luz natural, através dos fechamentos moveis e transparência. Fonte: (4).

Figura 18: Jogo de Luzes, mostrando luzes artificiais que são as internas e a luz natural vindo do espaço externo fazendo ligação de ambos. Fonte: (4).

3.4 Residência Quinta Da Baronesa

Arquitetura: Studio Arthur Casas

Local: São Paulo

Ano do Projeto: 2010

Fonte (4): http://www.arthurcasas.com/pt/projetos/arquitetura_residencial/baronesa2010. Acesso em: 06 de maio de 2012.

Page 44: CASA ACOLHEDORA E PONTO DE ENCONTRO

A integração da cozinha ampla (figura00) com a parede viva

que ajuda purificar umidificar e refrescar o ar, localizada em

ótimo lugar, pois a cozinha é um ambiente exposto a vários

cheiros e temperatura mais alta que os outros ambientes

conforme a atividade feita, e apresenta poucos

equipamentos expostos à maioria embutidos sendo uma

forma de segurança para moradia com muitas crianças e

acaba com a poluição visual.

Parede Viva.

Equipamentos Embutidos.

Na figura 00 nota-se a integração da sala de estar e espaço

externo através do portão basculante que proporciona a

dinâmica de expandir o espaço tendo a bela vista do campo.

Portão Basculante.

Figura 19: Cozinha integrada á área verde através da parede viva e armários embutido. Fonte: (4).

Figura 20: Integração Sala de Estar e espaço externo. Fonte: (4).

Fonte (4): http://www.arthurcasas.com/pt/projetos/arquitetura_residencial/baronesa2010. Acesso em: 06 de maio de 2012.

Page 45: CASA ACOLHEDORA E PONTO DE ENCONTRO

Um dos mais antigos da cidade chama- se atenção pela sua

importância histórica e seu projeto arquitetônico audacioso.

No Ponto de encontro é referencia o conceito da cor, que se

destaca na cidade atraindo as pessoas e dando alegria, e a

sua Cobertura Independente com sinuosidade dando leveza

ao objeto.

Mosaicos Coloridos.

Cobertura Independente.

Figura 21: Mosaicos coloridos. Fonte: (5).

Figura 22: Cobertura Independente com sinuosidade. Fonte: (5).

3.5 Mercado Municipal de Santa Caterina

Arquitetos: Enric Miralles e Benedetta Tagliabue

Local: Barcelona

Fonte (5): http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=1463662&page=7. Acesso em: 06 de maio de 2012.

Page 46: CASA ACOLHEDORA E PONTO DE ENCONTRO

Conclui que as obras analisadas acima apresentam eixos de referencias como a ligação do interior com exterior, através de

elementos moduláveis e transparentes, a flexibilidade dos ambientes apresentado nos dormitórios da Casa Acolhedora e nas

oficinas do Ponto de Encontro, proporcionando aumentar os ambientes. A criação da parede viva que ajuda purificar o ar do

ambiente, refrescar e umidificar muito necessário em nosso clima tropical que é muito quente e seco.

CONCLUSÃO DAS LEITURAS PROJETUAIS

Page 47: CASA ACOLHEDORA E PONTO DE ENCONTRO

4. LEITURA URBANA / EQUIPAMENTOS4. LEITURA URBANA / EQUIPAMENTOS

Page 48: CASA ACOLHEDORA E PONTO DE ENCONTRO

Foi escolhida a cidade de Sertãozinho, pela precariedade dos

dois abrigos existentes, e a falta de integração entre

moradores dos abrigos e a população local, necessitando

então de um novo projeto, tanto para ACOLHER essas

crianças e adolescentes, quanto para INTEGRA-LOS com a

comunidade.

Sertãozinho foi fundada em meados de 1877 e seu fundador

Antonio Malaquias Perdroso Esta cidade localiza-se a

nordeste do Estado de São Paulo, na região de Ribeirão

Preto, a 325 quilômetros da Capital do Estado. Sertãozinho é

considerada uma das cidades mais importantes da região,

pois, possui um significativo parque industrial é conhecida

em todo o Brasil por ser grande produtora de açúcar e álcool

merecendo, por isso, grande projeção.(NOSSA HISTÓRIA).

Desse modo, é a segunda maior da região metropolitana de

Ribeirão Preto com uma população de aproximadamente

111.000 habitantes. (DADOS DO IBGE, 2011).

Sertãozinho, ainda é pólo e referência comercial, pois, é uma

das poucas cidades médias a possuir tantas opções

comerciais. Pode-se dizer que há dois ciclos na vida

económica do município: o do café, que predominou até

mais ou menos 1936 e o da cana-de-açúcar, que no

momento, constitui a sua maior e quase absoluta fonte de

renda. (NOSSA HISTÓRIA).

4.1 A CIDADE

Figura 23: Características Geográficas Fonte : Dados IBGE,2011.

Page 49: CASA ACOLHEDORA E PONTO DE ENCONTRO

Figura 26: Imagem Aérea de Sertãozinho Fonte: http://www.skyscrapercity.com/showthread.ph

Figura 25: Localização de Sertãozinho no Estado de São Paulo. No canto inferior esquerdo mapa do Brasil e Acima Estado de São Paulo Fonte: maps.google.com.br

LOCALIZAÇÃO

Figura 24: Coordenadas Geográficas Fonte: http://www.apolo11.com/latlon.php?uf=sp&cityid=5303

Page 50: CASA ACOLHEDORA E PONTO DE ENCONTRO

Quando se fala de instituições de abrigo para crianças e

adolescentes, a cidade de Sertãozinho, não é diferente da

realidade do Brasil, em termos da precariedade, pois os dois

abrigos existentes para crianças e adolescentes vitimados na

cidade, convivem com a dificuldade de recursos financeiros

por ser não governamental, uma vez que se mantém de

doações de pessoas físicas, e jurídicas, dependendo da

caridade da população não tendo uma renda fixa.

Atualmente, o Abrigo Masculino está localizado na Estrada

Municipal não pavimentada stz 137, está a 3,96 Km da Área

a ser projetado, e o Abrigo Feminino que está localizado na

marginal Carlos Ancheschi, está a 3,61 Km da Área a ser

projetado. Como podemos ver os dois objetos de estudo

ficam a uma distancia considerável da Cidade dificultando a

socialização. (Figura XX).

Page 51: CASA ACOLHEDORA E PONTO DE ENCONTRO

A INSERÇÃO URBANA

Figura: 27 Inserção Urbana Fonte: Google Earth, 2012.

CASAS ACOLHEDORAS

ABRIGO FEMININO

EXISTENTE

ABRIGO MASCULINO

EXISTENTE

Aproximadamente

4 KM

Page 52: CASA ACOLHEDORA E PONTO DE ENCONTRO

O bairro Jardim Alvorada foi escolhido para a implantação do

abrigo. Este Bairro está situado na zona leste da cidade de

Sertãozinho, interior do Estado de São Paulo. O referido

bairro é um dos maiores e mais antigos da cidade. Com área

de aproximadamente 1.162.892 m2, e com uma grande

população que chega aos 31.746 habitantes, segundo dados

do IBGE. Essa população é formada por famílias com poder

aquisitivo relativamente baixo. Pesquisas para o

desenvolvimento do Plano Diretor Municipal indicam que os

residentes do Jardim Alvorada possuem renda de R$ 674 a

R$ 818, sendo que, em algumas partes do bairro, a renda da

população não ultrapassa R$ 562, existindo famílias que

ganham somente R$ 39 mensais (PLANO DIRETOR, 2011).

O bairro encontra-se próximo a área central de Sertãozinho,

em alguns momentos fazendo divisa com a mesma. Até o

início da primeira década dos anos 2000, constituía a linha

férrea da FEPASA.

Marcado pela violência ocorreram situações preconceituosas

pelas quais passaram, devido ao preconceito de moradores

de outras contiguidades de Sertãozinho. Com o decorrer dos

anos e o desenvolvimento da cidade, órgãos públicos

trataram de transformar o desenho urbano do local, abrindo

as vias e melhorando a qualidade de vida dos moradores do

Jardim Alvorada.

Os projetos sociais desenvolvidos no bairro, tanto pela

prefeitura municipal, quanto pelas associações de bairro e

pelo centro comunitário, cuidaram pra que a população

possa ter uma perspectiva melhor do seu futuro.

Conceber o projeto das Casas Acolhedoras, equipamento

para integrar as crianças e adolescentes vitimados na cidade

em geral e a participação nessa comunidade, que será

instalado. Para fortalecer os laços entre os moradores do

bairro com os moradores das Casas Acolhedoras, é

necessário recuperar a identidade entre o usuário e a

arquitetura, que deve contribuir para a formação da

cidadania destes jovens.

4.2 O BAIRRO

Page 53: CASA ACOLHEDORA E PONTO DE ENCONTRO

Legislação Lei de Uso do Solo do Município de Sertãozinho

• Topografia- suave

• Clima – Tropical

Zoneamento - ZEIS (Zona de Especial Interesse Social)

Taxa de Ocupação - 80 %

Aproveitamento Maximo - 1,5

Coeficiente de Permeabilidade - 3%

Recuo Frontal ate 2 pav - 0 ou 3,00

Recuo Fundo ate 2 pav - 0

Recuo Lateral da divisa - 1,5

Recuo Divisa com a Rua - 0 ou 2,00

Figura 28 : Zoneamento Fonte: (PLANO DIRETOR, 2011, n.p, com alterações do autor)

Figura 29 : Densidade de pop/ha Fonte: (PLANO DIRETOR, 2011, n.p, com alterações do autor)

Page 54: CASA ACOLHEDORA E PONTO DE ENCONTRO

Para todos os Mapas a seguir é adotado um raio de 700 m da

área de referencia, sendo assim a Praça Elmo Pedro

Favaretto onde esta situada a antiga Estação Ferroviária de

Sertãozinho, foi um local de grande importância, uma vez

que ocorriam as trocas de mercadorias entre os outros

municípios, ajudando a economia local.

No Mapa 1 de Uso do Solo, situa-se na Zona de Especial

interesse Social , onde encontra-se usos do solo de várias

modalidades.

Os levantamentos foram feitos pela predominância do uso

em cada quadra, o que indica que a área é quase em sua

totalidade de uso residencial, obtendo ocorrências de uso

comercial, que se caracterizam em bares, pequenas lojas,

mercearias, papelarias e prestações de serviço, como

pequenas oficinas e delegacia. Além do Jardim Alvorada, a

área de intervenção atinge parte da área central de

Sertãozinho, onde se concentram os usos de prestação de

serviços e comercial, notando há predominância na Rua:

Sebastião Sampaio e Rua: Barão do Amazonas.

Quanto ao Mapa 2 de Equipamentos, nota que a 700 m da

área referencial existem equipamentos de segurança, lazer,

cultura, assistenciais e educacional, como escolas públicas e

municipais conceituadas no município como (Escola Dr.

Anacleto Cruz e Escola Dr. Antônio Furlan Júnior), o Clube

Público ( Mogiana) se destacando em festas e atividades

esportivas cada vez mais e postos de saúde. Foram

destacados equipamentos de interesse e grande importância

para o Projeto por ser Casas Acolhedoras e tratar-se de

crianças e adolescentes.

Quanto ao Mapa 3 de Hierarquia Viária nota-se pelo mapa

de equipamentos que concentram-se em uma "faixa"

ladeada por vias importantes para o acesso bairro-centro e

de fácil referência, a Rua Vol. Otto Gomes Martins e a Rua

Washington Luis. Existem outras duas vias de grande

importância presentes na área, que são a Rua Sebastião

Sampaio e a Rua: Barão do Rio Branco, que permite acesso

de umas das entradas da cidade direto ao centro e a outra, a

Rua Dr. Pio Dufles que fica perpendicular a anteriormente

LEITURA DOS MAPAS

Page 55: CASA ACOLHEDORA E PONTO DE ENCONTRO

citada, o que permite o acesso as extremidades do

perímetro urbano, atravessando praticamente toda a cidade.

Essa faixa onde estão localizados os equipamentos possui

fluxo moderado de veículos (automóveis e bicicletas), sendo

que, os que geram maior tráfego estão distantes, a mais de

quatrocentos metros, ao norte do local da edificação (um

supermercado) e outro ao sul do lote (Clube Literário).

Quanto ao Mapa 4 de Ocupação do Solo em relação à

ocupação do solo, verifica-se a predominância de edificações

térreas, salvo algumas exceções no centro da cidade,

constituídos por prédios residenciais com mais de 3

pavimentos.

Page 56: CASA ACOLHEDORA E PONTO DE ENCONTRO

JD. PARAÍS

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JD. N

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JD. B

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JD. L

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PSM

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S

ZEIS

4.2.1 MAPA 1 - USO DO SOLO

Figura 30 : Mapa 1 Uso do solo Fonte: (PLANO DIRETOR, 2011, n.p, com alterações do autor)

Page 57: CASA ACOLHEDORA E PONTO DE ENCONTRO

JD. 5

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JD. I

RACEMA

Figura 31 : Mapa 2 Equipamentos Fonte: (PLANO DIRETOR, 2011, n.p, com alterações do autor)

MAPA 2- EQUIPAMENTOS

Page 58: CASA ACOLHEDORA E PONTO DE ENCONTRO

Figura 32 : Mapa de Ocupação do solo Fonte: (PLANO DIRETOR, 2011, n.p, com alterações do autor)

4.2.2 MAPA 3- HIERARQUIA VIÁRIA

Page 59: CASA ACOLHEDORA E PONTO DE ENCONTRO

JD. PARAÍS

O I

JD. N

OVA SERTÃOZIN

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JD. B

ELA VIS

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IBERDADE

JD. I

RACEMA

JD. 5

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JD. A

MÉRIC

A

ALVORADA

Figura 33 : Mapa de Ocupação do solo Fonte: (PLANO DIRETOR, 2011, n.p, com alterações do autor)

MAPA 4- OCUPAÇÃO DO SOLO

Page 60: CASA ACOLHEDORA E PONTO DE ENCONTRO

Algumas propostas de melhoria nesta pesquisa é aproximar

em algumas atividades os moradores do abrigo em geral e,

principalmente os que apresentam familiaridade como

irmãos, primos e sobrinhos sendo muito importante essa

relação e incluir eles na cidade, causando a interatividade

com a população e preparando para o futuro, quando for à

hora de partir do local, transformando bons profissionais,

pois o sistema apresenta uma idade máxima de

permanência. Atualmente, os dois abrigos se localizam

aproximadamente a 4 km da cidade, o que acaba impedindo

a relação dos moradores dos Abrigos existentes com os

moradores da cidade e essa relação é muito importante

para o desenvolvimento das crianças e dos adolescentes,

conforme mostra o ECA (Ver anexo 01). Devido a falta de

transporte em vários horários do dia, dificulta ainda mais

essa relação, pois não tendo a possibilidade de não

depender do transporte em função da distância, com a

aproximação facilitará, também, as visitas familiares que

segundo a Coordenadora do Abrigo Masculino existente

muitas famílias reclamam da distância e pela falta de

transporte público até o destino.

Como verificou-se em estudos, é muito importante para as

crianças e adolescentes em situações de rua, abandonados e

vítimas de agressões físicas e verbais de Sertãozinho, sendo

a melhor alternativa, um lugar que os protejam, que os

ensinam, emocionam, que não os prejudiquem em seu

psicológico e sim colabore para a superação das suas

historias de vida.

O objetivo dessa pesquisa é propor casas acolhedoras que

abriguem no máximo 10 moradores cada, no Bairro Jardim

Alvorada, para aproximar as crianças e adolescentes da

escala de moradia, como uma família. A responsável pela

separação desses grupos é a assistente social, que segue os

critérios de familiaridade se houver e faixa etária.

Referenciando o projeto na teoria do Espaço Físico no

psicológico das crianças e dos adolescentes e nas Leituras

Projetuais.

4.3 CRITERIOS DE ESCOLHA DAS AREAS

Page 61: CASA ACOLHEDORA E PONTO DE ENCONTRO

Foram levantados 9 vazios urbanos no bairro Jardim

Alvorada, próximo ao centro, com infra estrutura completa e

topografia pouco acidentada para a escolha das

áreas.(Figura 34). As áreas escolhidas foram a área 1 com

960m² (figura 35) para a Casa Acolhedora e área 7 com

5,114m² (figura 36) para o Ponto de Encontro, ambas

apresentando fácil acesso, principalmente a área 7, pois

ocupa meio lote oferecendo várias possibilidades de acesso,

topografia suave, tem toda a infra-estrutura básica

necessária (PROGRAMA GEO, 2012). A construção desses

equipamentos pode beneficiar bastante o local, valorizando-

o, tendo um uso que mantenha higienizado e salubre,

proporcionando para o município um projeto de Casa

Acolhedora e um Ponto de Encontro dessas Casas que falta

na cidade.

Os equipamentos do entorno é de grande importância na

escolha, pois apresenta o Clube Mogiana, clube público que

oferece atividades como futebol, hóquei, artesanato, yoga,

natação, circo, capoeira, dança e outras, e na proximidade

apresenta igreja, hospital, postinho de saúde, escolas de

ensino fundamental e superior, escola de inglês, aulas de

informática, e vários outros serviços e instituições. Na

questão do transporte público favorece muito, pois a linha

principal dos interbairros passa na Rua Washington Luiz uma

quadra da Casa Acolhedora.

Page 62: CASA ACOLHEDORA E PONTO DE ENCONTRO

AREAS DISPONIVEIS (VAZIOS URBANOS)

Figura 34: Vazios Urbanos Fonte: Prefeitura Municipal de Sertãozinho- 2012

1

5

3

9

7

2

8

4

6

Page 63: CASA ACOLHEDORA E PONTO DE ENCONTRO

AREA ESCOLHIDA PARA O PROJETO PILOTO DA CASA ACOLHEDORA

1

Figura 35: Área 1 Casa Acolhedora Fonte: Prefeitura Municipal de Sertãozinho - 2012

Page 64: CASA ACOLHEDORA E PONTO DE ENCONTRO

AREA ESCOLHIDA PARA O PROJETO PILOTO DO

PONTO DE ENCONTRO

Figura 36: Área 7 Ponto de Encontro Fonte: Prefeitura Municipal de Sertãozinho - 2012

7

AREA ESCOLHIDA PARA O PROJETO PILOTO DO PONTO DE ENCONTRO

Page 65: CASA ACOLHEDORA E PONTO DE ENCONTRO

O Abrigo feminino Nosso Lar é uma instituição que tem

como objetivo a proteção e cuidado de crianças e

adolescentes vitimadas de agressões físicas, verbais e

abandono.

É uma organização não governamental, que conta com a

ajuda do município de Sertãozinho, por meio de todos os

tipos de doações (dinheiro, alimentos, mobiliário, produto

de limpeza e outros) e tudo que pode ser útil para os

moradores.

Atualmente, este abrigo tem 30 moradoras, desde crianças

recém-nascidas até adolescentes de 18 anos.

Não foi permitida a visita ao Local por motivos de reformas.

4.4 PLANO DE MASSA DO ABRIGO FEMININO EXISTENTE (ESTUDO DE CASO)

Área Verde

Sala de TV

Dormitórios 14 à 16 anos

Dormitório de 10 à 14 anos

Armários

Dormitório de 4 à 10 anos

Despensa

Refeitório

Cozinha

Dormitório 0 à 4 anos

Casinhas de 16 à 18 anos

Salão e Auditório

Horta e Pomar

Circulação

Figura 37: Plano de Massa do Abrigo Existente Feminino Fonte: Elaborado pela autora a partir de visitas realizadas antes do inicio do trabalho.

Page 66: CASA ACOLHEDORA E PONTO DE ENCONTRO

Banheiro dos Bebes e sala dos remédios

Área Verde

Sala Assistente Social

Varanda

Deposito

Copa e sala

Informática

Sala Psicóloga e Pedagoga

Sala de TV

Deposito

Sala Coordenadora

Banheiros e Vestiários

Dormitórios

Sala brinquedos

Secadouro

Refeitório e Cozinha

Área de Serviço

Banheiro de Serviço

Quadra

Área churrasqueira

Circulação aberta

Pátio descoberto

Horta e Pomar

Deposito de Lixo Reciclável

Playground

Quartinho da bagunça

Sala de Estudo

Sala de TV para Estudos

Sala dos Materiais

PLANO DE MASSA DO ABRIGO MASCULINO EXISTENTE (ESTUDO DE CASO)

Figura 38: Plano de Massa do Abrigo Existente Masculino Fonte: Elaborado pela autora a partir de visitas realizadas, março, 2012.

Page 67: CASA ACOLHEDORA E PONTO DE ENCONTRO

O Abrigo masculino Filho de Deus é uma instituição que tem

como objetivo a proteção e cuidados de crianças e

adolescentes vitimadas de agressões físicas, verbais e

abandono. É uma organização não governamental, que

conta com a ajuda do município de Sertãozinho, por meio de

todos os tipos de doações (dinheiro, alimentos, mobiliário,

produto de limpeza e outros) e tudo que pode ser útil para

os seus moradores. Atualmente, esta instituição tem 27

moradores, desde recém-nascidos à até adolescentes de 18

anos.

Foi aplicado um questionário com a Coordenadora do

Abrigo, que responde muitas dúvidas sobre o local (anexos

04 e 05). Observe as fotos, a lotação das acomodações, a

falta de mobiliário apropriado e as situações precárias.

Figura 39: Dormitório de 4 a 7 anos, com camas de aparência hospitalar, com oito crianças-superlotado, o mais adequado, segundo a Coordenadora Jucélia seriam quartos individuais ou no máximo 2 crianças por dormitórios. Fonte: Arquivo Pessoal, 2012.

Figura 40: Os Banheiros sem portas, que tira toda a privacidade das crianças e dos adolescentes e a falta de acessibilidade na pia, as crianças menores precisando usar um banquinho de madeira. Fonte: Arquivo Pessoal, 2012.

O ABRIGO MASCULINO EXISTENTE (ESTUDO DE CASO)

Page 68: CASA ACOLHEDORA E PONTO DE ENCONTRO

Figura 44: Área verde ampla, mas sem muitos cuidados pela falta de funcionários destinados a essa função. Fonte: Arquivo Pessoal, 2012.

Figura 43: Dormitório de 0 a 3 anos, com quatro bebês e quatro entres 2 a 3 anos-super lotado o mais adequado segundo a Coordenadora Jucélia seria quartos para bebês de no máximo 2 e a separação das crianças com 2 e 3 anos. Fonte: Arquivo Pessoal, 2012.

Figura 42: Sala de Estudo com pé direito baixo, estreita, muito quente e escura, pela falta de ventilação e iluminação tanto natural como artificial. Fonte: Arquivo Pessoal, 2012.

Figura 41: O Teto de todos os dormitórios, em laje aparente pintado de cinza, escurecendo e esquentando o ambiente, pois a cor escura retém calor e absorve luz, impedindo a reflexão. Apresentando uma abertura que não atende o coeficiente de iluminação e ventilação adequado. Fonte: Arquivo Pessoal, 2012.

Page 69: CASA ACOLHEDORA E PONTO DE ENCONTRO

Figura 45: A cozinha reformada a pouco tempo, toda revestida com azulejo liso e branco, os instrumentos todos em alumínio como os armários, a coifa aumentando seu tempo de duração, as pias e bancadas em granito e fogão industrial, atendendo toda a necessidade dos moradores e funcionárias. Fonte: Arquivo Pessoal, 2012. Figura 46: A Cozinha é espaçosa e apresenta um pé direito alto, tendo ventilação na altura dos olhos e na altura máxima, sendo bem ventilada e iluminada, ficando muito higienizada e salubre. Fonte: Arquivo Pessoal, 2012.

Figura 47: A Lavanderia é extensa, bem salubre e ventilada, tendo 4 máquinas de lavar e tanques suficientes, que atende bem a necessidade do Abrigo, todos os armários de alumínio e tem a possibilidade de estender roupas no coberto em dias chuvosos. Fonte: Arquivo Pessoal, 2012.

Um dos pontos mais positivo desse Estudo, é o carinho e o

amor que os moradores recebem das funcionárias, muito

importante pra quem não tem expectativa de ter uma

família ou de voltar para a família, pois como vimos as

instalações não são tão boas, deixando a desejar em seu

programa de necessidades. Todos esses aspectos do estudo

de caso foram muito relevantes para os projetos piloto da

Casa Acolhedora e do Ponto de Encontro.

OS PONTOS POSITIVO DO ESTUDO DE CASO

Page 70: CASA ACOLHEDORA E PONTO DE ENCONTRO

5. PROJETO ARQUITETÔNICO DO PLANO PILOTO

5. PROJETO ARQUITETÔNICO DO PLANO PILOTO

Page 71: CASA ACOLHEDORA E PONTO DE ENCONTRO

A Proposta deverá integrar as crianças e adolescentes dos

Abrigos Existentes na área urbana de Sertãozinho, mediante

a uma arquitetura sensorial, apropriada para essa atividade

e confortável segundo estudos nessa pesquisa. Através de

Casas Acolhedoras de no máximo 10 moradores, que é a

moradia mais adequada para essas crianças e adolescentes

(Ver Anexo 04), oferecer condições dignas de

desenvolvimento como qualquer outra pessoa, é

fundamental nessa fase de inserção social, sendo que ela

busca a igualdade, uma dessas casas será na Área 1, que

seguirá o mesmo sistema construtivo, tipo de fechamento, o

programa, acabamento e o conceito, porém cada casa é

adaptada de acordo com seu terreno e à possibilidades de

expandir.

Apresenta um projeto na Área 7, que é um Ponto de

Encontro da sociedade de Sertãozinho, onde irá oferecer

Salão de Festa (para comemorações exposições e outras),

Área de Lazer (quadra, playground e academia aberta) e

Oficinas de Artes (Dança, Artesanato, Pintura, e Oficina

Digital como aprendizado em informática) aberto ao publico,

através de módulos criar elementos que deem ritmo e

dinamismo a esses equipamentos, por meio de ligações

entre eles.

Esse projeto tem como objetivo fazer o diferencial no

PSICOLÓGICO das crianças e adolescentes, através da

minimização do tempo de angústia, ansiedade por meio de

um espaço FÍSICO atraente, agradável, que elas gostem de

ficar naquele espaço.

Neste trabalho, é criado um projeto que faz a ligação do

interior e exterior, através de superfícies transparentes,

espaços abertos, espaços flexíveis, verdes, assim como os

conceitos identificados nas Leituras Projetuais, trazendo à

NATUREZA, o VENTO, a LUZ, para o interior, por meio de

espaços coletivos, individuais, que faça o tempo e a espera

das crianças e adolescentes se minimizarem, e ser menos

angustiante. A preocupação com a orientação solar dos

ambientes e direção do vento, é muito importante para um

PARTIDO E CONCEITO ARQUITETÔNICO

5.1 CONCEITOS E PARTIDOS

Page 72: CASA ACOLHEDORA E PONTO DE ENCONTRO

ambiente higienizado e salubre, dando a mesma

importância aos ruídos do entorno, com tratamento especial

nas paredes, deixando um ambiente apropriado para os

moradores. O projeto apresenta um programa com todas as

necessidades dos moradores e com a aproximação da

cidade, o que proporciona um grande impacto com a

população do entorno, pois a sociedade terá a oportunidade

de conhecer melhor essa realidade, o que atrairá mais

visitantes e doadores, devido ao fácil acesso, não sendo

mais um abrigo esquecido.

Page 73: CASA ACOLHEDORA E PONTO DE ENCONTRO

5.2 ORGANOGRAMA - CASA ACOLHEDORA (AREA 1)

Figura 48: Organograma Casa Acolhedora Fonte: Elaborado pela autora, 2012.

Page 74: CASA ACOLHEDORA E PONTO DE ENCONTRO

ORGANOGRAMA - PONTO DE ENCONTRO (AREA 7)

Figura 49: Organograma Ponto de Encontro Fonte: Elaborado pela autora, 2012.

Page 75: CASA ACOLHEDORA E PONTO DE ENCONTRO

Em relação ao programa, foram feitos estudos onde buscou-se a relação entre os usos na disposição no espaço e conclui que o

programa necessário da CASA ACOLHEDORA para 10 moradores dando prioridade a INTEGRAÇÃO FAMILIAR, LAZER E

CONFORTO são os seguintes:

1 sala para Administração;

2 salas de atendimento, para o rodizio dos profissionais necessários para as crianças e os adolescentes;

Espaços Integradores de lazer;

2 Banheiros Externos, feminino e masculino para eventos;

1 cozinha;

1 sala de estudo;

1 sala de estar;

1 sala de Tv;

4 dormitórios para as crianças e os adolescentes;

2 dormitórios para as cuidadoras ( mães e pais acolhedores).

5.3 DESENVOLVIMENTO DA PROPOSTA

Page 76: CASA ACOLHEDORA E PONTO DE ENCONTRO

Na figura 50 vê-se que a Proposta 01 da casa acolhedora,

como sobrado, seguindo a melhor inclinação solar do

terreno de cada ambiente. Nesta planta tem-se a divisão dos

dormitórios em pavimento térreo e pavimento superior,

sendo três dormitórios no pavimento térreo e os outros três

dormitórios no pavimento superior dificultando a relação

entre todos os moradores da casa, perdendo muito espaço,

dando prioridade ao recuo frontal, e além de uma grande

área para sala de administração e as salas de atendimentos

e o espaço de convívio ficando compactado e separado,

fugindo da ideia de integrar os espaços. Desta forma

necessitaria de espaços conjugais, para confirmar a ideia de

Integração Familiar, Lazer e Conforto dos moradores.

Área dos dormitórios divididos em dois pavimentos.

Recuo frontal, área administrativa e atendimento.

Espaço de convívio e lazer compactado sem integrações

Figura 50: Proposta 01. Fonte: Elaborada pela autora, 2012.

Page 77: CASA ACOLHEDORA E PONTO DE ENCONTRO

Na figura 51 vê-se que a Proposta 02 é resolvida toda no

pavimento térreo, retirando o recuo frontal e diminuindo a

parte administrativa e de atendimento dando prioridade aos

outros programas. Mesmo retirando os dormitórios do piso

superior apresentado na planta anterior ainda falta uma

conexão entre estes espaços que se apresento muito

compartimentados, o espaço de convívio e lazer continua

compactado também. A proposta 03 (figura 58) é

apresentada na Proposta Final.

Dormitórios moduláveis para duas pessoas.

Dormitórios dos cuidadores.

Administração e Atendimento.

Espaço de convívio e lazer compactado sem integrações.

Figura 51: Proposta 02. Fonte: Elaborada pela autora, 2012.

Page 78: CASA ACOLHEDORA E PONTO DE ENCONTRO

Os Dormitórios moduláveis para duas pessoas do mesmo

sexo, tendo uma única entrada, mesa para estudo e

banheiro. Pode ser notado na figura 52, necessitando um

pouco mais de privacidade e os armários centrais dificulta o

movimento da divisória móvel sendo assim a integração

entre as duas pessoas se tiverem vontade.

Armários centrais encostados na divisória móvel.

Entrada.

Os espaços verdes são elaborados pensando sempre na

integração dos espaços internos e externos, através de

elementos moveis. Podem ser notados na figura 53 os brises

moveis na cobertura só não tem continuação essa ideia, pois

pode ter problemas de escoamento das aguas pluviais, não

sendo um elemento barato e fácil de manutenção. O uso da

parede viva ajuda na umidificação, purificação do ar e

refrescar os ambientes próximos e os elementos em

balanços pode ser identificados através das áreas de

redários na Casa Acolhedora.

Brises Moveis na cobertura

Paredes Vivas

Elementos em balanço

Figura 53: Integrar. Fonte: Elaborada pela autora, 2012.

Figura 52: Dormitório Conjugado. Fonte: Elaborada pela autora, 2012.

Page 79: CASA ACOLHEDORA E PONTO DE ENCONTRO

Programa necessário do Ponto de Encontro para sociedade de Sertãozinho dando prioridade a INTEGRAÇÃO FAMILIAR, LAZER

E CONFORTO:

1 Espaço de eventos com apoio de banheiros, fraldario e cozinha na parte interna;

3 Oficinas de Artes ( dança, artesanato e pintura);

1 Oficina Digital ( informática);

Espaços Integradores de lazer;

2 Banheiros/ Vestiários Externos, feminino e masculino;

1 banheiro Deficiente Físico;

1 Quadra Poliesportiva;

1 Academia Aberta;

1 Playground;

6 Quiosque de variadas atividades como alimentação, leitura e jogos;

1 Espaço de exposições.

Page 80: CASA ACOLHEDORA E PONTO DE ENCONTRO

Na figura 54 nota-se um estudo do ponto de encontro sem

escala, não apresenta os quiosque de atividades e o espaço

de exposições precisando de alteração para inseri-los,

também precisa de mudanças na falta de ritmo da circulação

e das atividades.

A cobertura é independente, de forma sinuosa, vê-se na

figura 55 que é dividida em três partes com mudanças de

altura onde apresenta aberturas de ventilação e os pilares

tem diâmetro maior encima onde a cobertura apoia e

próximo ao solo o diâmetro do pilar diminui-se pela metade,

dando uma impressão de leveza na estrutura metálica.

Cobertura Independente

Abertura de ventilação

Pilares

Circulação sem ritmo.

Atividades sem proporção.

Espaço á desenvolver os quiosque e espaço de exposições

Figura 54: Proposta 01 Ponto de Encontro Fonte: Elaborada pela autora, 2012.

Figura 55: Cobertura 01 Ponto de Encontro. Fonte: Elaborada pela autora, 2012.

Page 81: CASA ACOLHEDORA E PONTO DE ENCONTRO

Após a cobertura 01 (figura 55),foi elaborada a cobertura 02

(figura56) do Ponto de Encontro é analisada a referencia da

Cobertura do Mercado Municipal de Santa Caterina em

Barcelona seguindo como referencia o conceito da cor, que

se destaca na cidade atraindo as pessoas e dando alegria, e

a sua Cobertura Independente com sinuosidade dando

leveza ao objeto os pilares são o mesmo modelo da

cobertura 01. Apresenta telha de policarbonato na área

central entrando iluminação. A Cobertura 03 (figura 00) é

apresentada na Proposta Final.

Telha de Policarbonato

Os quiosques de atividades são desenvolvidos seguindo o

mesmo conceito da Cobertura do Ponto de encontro, o

conceito da sinuosidade, da independência e das cores.

O quiosque 01(figura 57) mostra o perfil, neste caso tem

travamento da estrutura metálica descendo ate o solo

fazendo o contraventamento, não apresentando o solo

totalmente livre tendo um obstáculo no jardim. O quiosque

02 (figura 00) é apresentado na Proposta Final.

Figura 56: Cobertura 02 Ponto de Encontro Fonte: Elaborada pela autora- 2012

Figura 57: Quiosque 01. Fonte: Elaborada pela autora, 2012.

Page 82: CASA ACOLHEDORA E PONTO DE ENCONTRO

Na figura 58 vê-se que a Proposta 03 é a escolhida resolvida

toda no pavimento térreo, tendo a parte administrativa e

atendimento toda na parte frontal, isolada dos outros

ambientes, deixando os moradores com mais privacidade

tanto para o atendimento quanto nos outros ambientes. Foi

feito a conexão entre os ambientes essa citada na proposta

02, tirando à imagem de compartimentos, o espaço de

convívio e lazer se integrou em uma só área se separando

apenas dos jardins mais privativos projetados para estudar e

descansar pode-se notar no plano de massa ao lado, assim

harmonizando a planta da Casa Acolhedora da melhor forma

possível, não deixando de ser funcional.

Parte Administrativa

Conexão entre os ambientes

Espaço de Convívio e Lazer

Jardins de Estudo e descanso

5.4 PROPOSTA FINAL CASA ACOLHEDORA

Figura 58: Proposta 03. Fonte: Elaborada pela autora, 2012.

Page 83: CASA ACOLHEDORA E PONTO DE ENCONTRO

Foi feito um Estudo de Insolação (figura 59) e Cartas Solares

(figura 60) para a criação do projeto corretamente nos

aspectos da incidência solar onde notou-se que na fachada

Norte tem incidência solar no período diurno a partir das

6:00h e vespertino até 18h00m fachada boa para as áreas

molhadas como área de serviço, pegando sol no outono,

inverno e começo da primavera. Na fachada Noroeste tem

sol no período diurno a partir das 09h30m um sol baixo e se

põe após as 18h00m um sol bem baixo, pegando sol no

inverno, primavera e começo do verão. Na fachada Oeste

não tem sol no período diurno só à tarde sendo péssimo

para os dormitórios e áreas de convívio, pois é a partir do

12h00m e se põe a partir das 18h00m, pegando sol nas

estações do inverno, primavera e o começo do verão. Na

fachada sudoeste incide após a 13h00m e vai a partir das

18h00m pegando o inverno, primavera e começo do verão.

Na fachada sul incide o dia todo nasce antes das 6h00m e se

põe após as 18h00m pegando a primavera, e todo o verão. A

fachada sudeste incide só no período diurno, nasce antes

das 6h00m e para de incidir na fachada ao 12h00m pegando

o verão e o outono inteiros. Na fachada leste incide só de

manhã, pegando o verão, outono e começo do inverno, uma

fachada boa para ambientes de convívio e trabalho que

precisa de pouca incidência solar e a fachada Nordeste

nasce antes das 6h00m e incidi ate 14h30m sumindo com

um sol alto, fachada ótima para dormitórios e outros

ambientes de descanso.

Page 84: CASA ACOLHEDORA E PONTO DE ENCONTRO

Figura 59: Estudo Insolação. Fonte: Elaborada pela autora, 2012.

Figura 60: Cartas Solares Fonte: Elaborada pela autora, 2012.

NORTE

NOROESTE

LESTE

SUDESTE

SUL

SUDOESTE

OESTE

NORDESTE

Page 85: CASA ACOLHEDORA E PONTO DE ENCONTRO

O presente Memorial Descritivo tem por finalidade

estabelecer os serviços, fixando os métodos construtivos a

serem empregados na execução da presente obra de acordo

com o projeto, com área de 592,90m².

O referido projeto foi elaborado de acordo com as normas da

Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) para construção

civil.

TECNOLOGIA

A estrutura e os fechamentos da Casa Acolhedora são de

alvenaria, tendo um custo mais barato, porém um pouco

mais demorada que outra tecnologia, mas por ser um

equipamento publico não tem muitos recursos financeiros,

tendo mais facilidade de ser construída dessa maneira.

FUNDAÇÕES

Para esse projeto foi sugerido o uso de sapatas de concreto com o

solução para as fundações, mas é recomendado o laudo e

sondagem do terreno para determinar a resistência do solo ,

recomendados pela NBR-6122.

ESTRTUTURA

Os pilares e as vigas serão de concreto armada.

INSTALAÇÕES

As três caixas d'águas se localizam em cima da laje próxima

as áreas molhadas facilitando a distribuição dos

encanamentos. Cada Caixa d’agua tem 1000 l. As instalações

hidráulicas e elétricas passam entre a laje, estas vão

estabelecendo conexões verticais para o abastecimento das

áreas.

IMPERMEABILIZAÇÃO Na parte superior das vigas de fundações bem como nas laterais,

será aplicado em toda sua extensão duas demãos de

impermeabilizante, e nas primeiras 02 fiadas da alvenaria de

tijolos.

MEMORIAL DESCRITIVO CASA ACOLHEDORA

Page 86: CASA ACOLHEDORA E PONTO DE ENCONTRO

ALVENARIA

As paredes serão executadas com alvenaria de tijolos de 8 furos os

de boa qualidade e resistência, de acordo com as medio as

nominais do Projeto Arquitetônico. Em todos os vãos de portas e

e janelas na edificação será utilizado as vergas e contra-vergas

e 10cm em concreto com 02 ferros de 8.0mm.

ESQUADRIAS:

A janela da fachada será do tipo basculante, com vidros

lisos fosco tipo fantasia.

As portas de todos os ambientes e as portas janela dos

dormitórios serão de madeira semi-oca com fechadura

comum de metal. Com diferentes tipos de abertura.

O portão de entrada e o portão eletrônico externos serão de

ferro galvanizado com detalhe de vidro liso fosco tipo

fantasia.

COBERTURA

A cobertura será de estrutura de madeira com telhas de

cerâmica do tipo portuguesa com inclinação de 30 %.

REVESTIMENTOS

As paredes externas e internas serão salpicadas com chapisco 1:3

de cimento e areia regular, emboçadas e rebocadas com

argamassa de cimento, cal e areia média no traço 1:1:6. As

paredes internas dos sanitários serão chapiscadas, emboçadas e

revestidas até altura do teto com azulejos de boa qualidade. Os

azulejos deverão ser rejuntados com rejunte pó fixador, anti-mofo

e anti-bactericida.

PINTURAS

As paredes externas e internas serão lixadas e pintadas com uma

demão de selador pigmentado e no mínimo de duas demãos de

tinta acrílica. O beiral de madeira será lixado e pintado com tinta

à esmalte sintético. As esquadrias de madeira serão lixadas e

pintadas com fundo preparador e tinta esmalte sintético.

Page 87: CASA ACOLHEDORA E PONTO DE ENCONTRO

O presente Memorial Justificativo tem por finalidade

descrever cada ambiente, a serem empregados na execução

da presente obra de acordo com o projeto, com área de

592,90m².

O referido projeto foi elaborado de acordo com as normas

da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) para

construção civil.

FACHADA

A fachada foi elaborada com a mesma linguagem desde

portão de entrada até o portão eletrônico da garagem,

tendo um jardim tropical que é coberto por uma cobertura

em L vermelha diferenciando a fachada.

ADMINISTRAR E ATENDER

As duas salas de atendimento foi projetadas na parte frontal

da casa dando privacidade aos moradores e ao atendimento

isolado por seres crianças com grandes problemas

psicológicos com dificuldade de falar suas angustias e

magoas. Foi feitas duas salas por questões de horários, pois

nos dias de hoje não está muito fácil consegui concilia

horários dos profissionais, então enquanto um profissional

como, por exemplo, a psicóloga atende em uma sala a

assistente social pode fazer o atendimento na outra, para

não ter problemas futuramente. A sala de administração fica

próxima às salas de atendimento, facilitando o acesso aos

arquivos e nessa parte apresenta um lavabo que oferece

apoio a elas.

CIRCULAR (CIRCULAÇÃO DE ENTRADA)

A circulação da acesso interno a garagem, atendimento e

administração. Ela é circundada de cobogó que permite a

ventilação e iluminação entrar não tirando a privacidade de

quem está no atendimento e de quem está no jardim da

Diversão, inibindo a visão.

MEMORIAL JUSTIFICATIVO CASA ACOLHEDORA

Page 88: CASA ACOLHEDORA E PONTO DE ENCONTRO

RECEBER (VARANDA)

É a varanda de entrada para receber os visitantes,

convidados e outros, ela da visão total do jardim da diversão

e por uma grande porta de correr de vidro ela se amplia

para a área INTEGRAR.

INTEGRAR

O espaço de convívio integrar apresenta lounge de

descansos e o espaço da alimentação dos moradores, como

apoio tem um banheiro feminino e masculino com

ventilação e iluminação zenital, que também atende o

jardim da diversão, e quem está na piscina. Apresenta um

jogo de paredes onde são paineis e os moradores pode

expor seus trabalhos escolares e outros, também podendo

escrever nos murais, pois é tinta de lousa onde pode ser

apagado com facilidade.

JARDIM DA DIVERSÃO

O jardim da bagunça, onde as crianças e adolescentes pode

nadar, jogar bola, brincar em geral sem incomodar os outros

ambientes, tendo acesso da área INTEGRAR.

ALIMENTAR (COZINHA)

Uma cozinha planejada e ampla atendendo as necessidades

dos moradores e das cuidadoras, tendo uma porta de corre

na entrada facilitando o acesso a área integrar onde está a

mesa da alimentação. A ventilação é zenital e por uma porta

que da pra área plantar e colher.

PLANTAR E COLHER (HORTA)

A horta da casa onde as crianças e adolescentes ajudam a

cuidar para ter comida fresquinha, o tamanho é o ideal para

a quantidade de moradores.

Page 89: CASA ACOLHEDORA E PONTO DE ENCONTRO

ESTAR E CIRCULAÇÃO

A sala de estar para bate papo e outros, esse espaço

também da acesso a circulação dos dormitórios e os Brises

verticais localizados na sala oferece ampliação dessa área o

espaço vivo e o Plantar e colher.

ESTUDAR (SALA DE ESTUDOS)

Localiza-se no estar e circulação, é um ambiente isolado,

para não ter problemas com barulho, porém nas paredes

tem pinturas especiais para animar as crianças e

adolescentes estudarem onde apresenta mesas,

computadores, impressoras, e livros, motivando- os.

ASSISTIR (SALA DE TELEVISÃO)

Espaço grande com acomodações adequadas para assistir

Televisão. Esse espaço tem integração com o espaço externo

a partir dos brises de madeiras verticais que regula o ângulo

na posição desejada, controlando a luz e a ventilação. O

espaço externo apresenta o espaço vivo.

ESPAÇO VIVO

É um jardim vertical chamado parede viva, onde ajuda a

umidificar, purificar e refrescar os ambientes próximos,

perfeito para o nosso clima tropical que é muito quente e

seco. O corredor tem 2,20m com uma largura boa não sendo

estreito, e esses elementos quebra a impressão de longo.

Dando acesso a área de serviço.

AREA DE SERVIÇO

Localiza-se ao fundo da casa, tendo acesso pelo corredor

que sai da cozinha e também pelos brises verticais,

facilitando seu acesso. Apresenta a área de secadouro, que

fica isolada sem visão dos moradores e um banheiro de

apoio.

CIRCULAR (CIRCULAÇÃO DORMITÓRIOS)

As paredes internas dos dois corredores dos dormitórios

apresenta Dry Wall Ranhurado contribuindo na acústica.

Page 90: CASA ACOLHEDORA E PONTO DE ENCONTRO

DORMITÓRIOS

Os dormitórios das crianças e dos adolescentes são

individuais onde podem fazer a conexão de dois através da

porta de madeira de corre flexível, oferecendo a

possibilidade de amplia o ambiente para duas crianças

como, por exemplo, duas irmãs dormirem juntas se for o

desejo, reforçando a ideia da base familiar dessas crianças

que muitas vezes foram abandonadas ou não sabe nem o

que é uma família. Aprendendo a ideia na casa a partir da

família acolhedora. Os dormitórios apresentam o mobiliário

necessário e um banheiro que localiza entre eles com

ventilação e iluminação zenital, atendendo perfeitamente

duas crianças ou dois adolescentes. Esses quartos tem

ventilação e iluminação feita por uma porta janela que da

acesso ao jardim dos redarios, onde elas podem estudar,

descansar, até mesmo dormir no seu próprio quarto tendo a

vista do jardim e outras atividades tranquilas. A escolha dos

dormitórios é feita pela assistente social e psicóloga

seguindo sempre o partido de familiaridade e sexualidade. A

cada dois dormitórios de crianças e adolescentes apresenta

um dormitório da cuidadora ou do cuidador, tendo o

cuidado noturno de perto.

JARDIM DOS REDARIOS

O jardim tranquilo, isolado do Jardim da Diversão onde tem

redes para o descanso, a leitura e outras atividades

tranquilas.

Page 91: CASA ACOLHEDORA E PONTO DE ENCONTRO

PRANCHA 1- PLANTA BAIXA CASA ACOLHEDORA

(LAYOUT)

Figura 61: Planta baixa Casa Acolhedora (Layout) Fonte: Elaborada pela autora, 2012.

Brises Verticais moveis, controlando a ventilação e iluminação no ângulo que desejar.

Cobogó (ajudando na ventilação e iluminação dos ambientes, inibindo a visão preservando a privacidade dos moradores

Parede flexível de madeira ampliando os dormitórios.

Bloco de vidro fosco, inibindo a visão dos banheiros.

Espaço vivo (parede viva) Ajudando a purifica, umidifica e refresca os ambientes próximos.

TABELA DE ÁREAS DA CASA ACOLHEDORA

ÁREA DO TERRENO......................( 48 x 20) 960,00 m² ÁREA CONSTRUIDA..........592,90 m² ÁREA LIVRE........................367,10 m² TAXA DE OCUPAÇÃO.........61,76 %

Page 92: CASA ACOLHEDORA E PONTO DE ENCONTRO

PRANCHA 2- PLANTA BAIXA CASA ACOLHEDORA

(COTAS E ZENITAIS)

Figura 62: Planta baixa casa acolhedora (Cotas e Zenitais) Fonte: Elaborada pela autora, 2012.

Page 93: CASA ACOLHEDORA E PONTO DE ENCONTRO

PRANCHA 3- PLANTA DE COBERTURA CASA ACOLHEDORA

Figura 63: Planta de Cobertura Casa acolhedora Fonte: Elaborada pela autora, 2012.

Placas de

Aquecimento Solar

Page 94: CASA ACOLHEDORA E PONTO DE ENCONTRO

PRANCHA 4- CORTE A E DETALHE ZENITAIS

Figura 64: Corte A Casa Acolhedora Fonte: Elaborada pela autora, 2012.

Figura 65: Detalhe Zenitais. Fonte: Elaborada pela autora, 2012.

Page 95: CASA ACOLHEDORA E PONTO DE ENCONTRO

Figura 67: Fachada Casa Acolhedora. Fonte: Elaborada pela autora, 2012.

PRANCHA 5- CORTE B E FACHADA

Figura 66: Corte B Casa Acolhedora. Fonte: Elaborada pela autora, 2012.

Page 96: CASA ACOLHEDORA E PONTO DE ENCONTRO

A criação da piscina é devido ao clima tropical quente da

cidade, ajudando as crianças e os adolescentes a se

refrescarem, é elevada do nível do solo 1,40 m por

segurança, revestida por madeira de demolição envernizada

com verniz marítimo, dividida em duas partes, uma parte é o

SPA com uma profundidade de 0,40 cm para as crianças

menores e a parte maior com profundidade de 1,40 m, e na

cabeceira da piscina apresenta mosaico português branco.

Estudo Insolação piscina nas paginas 96, 97,98 e 99.

SPA com profundidade de 0,40 cm.

SPA com profundidade de 0,40 cm.

Parte maior com profundidade de 1,40 m.

Mosaico Português.

A ventilação e iluminação da Cozinha, Banheiros externos e

banheiros internos dos dormitórios, é resolvida através de

aberturas zenitais. Na figura 00, a abertura apresenta

venezianas nas laterais para a ventilação e telha de vidro na

parte superior para a iluminação, mostra o detalhe da calha

no encontro do telhado e da abertura zenital.

Telha de vidro.

Venezianas.

Telha de vidro.

Calha Figura 68: Piscina. Fonte: Elaborada pela autora, 2012.

Figura 69: Abertura Zenital. Fonte: Elaborada pela autora, 2012.

Page 97: CASA ACOLHEDORA E PONTO DE ENCONTRO

PERSPECTIVA ESTUDO INSOLAÇÃO PISCINA VERÃO

(10h29m)

Figura 70: Estudo Insolação Piscina Verão (10h29m) Fonte: Elaborada pela autora, 2012.

Figura 71:Configuração Insolação 1. Fonte: Elaborada pela autora, 2012.

Page 98: CASA ACOLHEDORA E PONTO DE ENCONTRO

PERSPECTIVA ESTUDO INSOLAÇÃO PISCINA VERÃO

(15h31m)

Figura 72: Estudo Insolação Piscina Verão (15h31m) Fonte: Elaborada pela autora, 2012.

Figura 73:Configuração Insolação 2. Fonte: Elaborada pela autora, 2012.

Page 99: CASA ACOLHEDORA E PONTO DE ENCONTRO

Figura 74: Estudo Insolação Piscina Inverno (10h30m) Fonte: Elaborada pela autora, 2012.

Figura 75:Configuração Insolação 3. Fonte: Elaborada pela autora, 2012.

PERSPECTIVA ESTUDO INSOLAÇÃO PISCINA INVERNO

(10h30m)

Page 100: CASA ACOLHEDORA E PONTO DE ENCONTRO

Figura 76: Estudo Insolação Piscina Inverno (15h30m) Fonte: Elaborada pela autora, 2012.

Figura 77:Configuração Insolação 4. Fonte: Elaborada pela autora, 2012.

PERSPECTIVA ESTUDO INSOLAÇÃO PISCINA AGOSTO

(15h30m)

Page 101: CASA ACOLHEDORA E PONTO DE ENCONTRO

PERSPECTIVA INTERNA GERAL E FACHADA

Figura 78: Perspectiva Interna Geral. Fonte: Elaborada pela autora, 2012.

Figura 79: Fachada Casa Acolhedora. Fonte: Elaborada pela autora, 2012.

Page 102: CASA ACOLHEDORA E PONTO DE ENCONTRO

Figura 80: Planta Geral. Fonte: Elaborada pela autora, 2012.

Figura 81: Perspectiva Sala Assistir. Fonte: Elaborada pela autora, 2012.

Figura 82: Perspectiva Integrar. Fonte: Elaborada pela autora, 2012.

Figura 83: Perspectiva Administrar e Atender. Fonte: Elaborada pela autora, 2012.

PERSPECTIVA PLANTA GERAL E PERSPECTIVAS AMBIENTES

Page 103: CASA ACOLHEDORA E PONTO DE ENCONTRO

PERSPECTIVAS VISTA POSTERIOR SEM COBERTURA E

COM COBERTURA

Figura 85:Vista Posterior com Cobertura. Fonte: Elaborada pela autora, 2012.

Figura 84: Vista Posterior sem Cobertura. Fonte: Elaborada pela autora, 2012.

Page 104: CASA ACOLHEDORA E PONTO DE ENCONTRO

Figura 86: Vista Frontal. Fonte: Elaborada pela autora, 2012.

Figura 88: Vista da Área Receber para o Jardim da Diversão. Fonte: Elaborada pela autora, 2012.

Figura 87: Vista de trás do vidro para o Jardim da Diversão Fonte: Elaborada pela autora, 2012.

PERSPECTIVAS VISTA FRONTAL E JARDIM DA DIVERSÃO

Page 105: CASA ACOLHEDORA E PONTO DE ENCONTRO

PERSPECTIVAS VISTA FRONTAL E JARDIM DA DIVERSÃO

Figura 90: Vista Fechamento das Caixas Vermelhas. Fonte: Elaborada pela autora, 2012.

SAIDA DOS

DORMITÓRIOS

PARA O JARDIM

DOS REDARIOS

ESPAÇO VIVO

(PAREDE VIVA)

Figura 89: Vista da Área do Redario (Percolado) para o Jardim da Diversão. Fonte: Elaborada pela autora, 2012.

Page 106: CASA ACOLHEDORA E PONTO DE ENCONTRO

O presente Memorial Descritivo tem por finalidade

estabelecer os serviços, fixando os métodos construtivos a

serem empregados na execução da presente obra de acordo

com o projeto, com área de 2.913,32 m².

O referido projeto foi elaborado de acordo com as normas da

Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) para construção

civil.

TECNOLOGIA

A estrutura e os fechamentos Do Ponto de encontro são de

alvenaria, tendo um custo mais barato, porém um pouco

mais demorada que outra tecnologia, mas por ser um

equipamento publico não tem muitos recursos financeiros,

tendo mais facilidade de ser construída dessa maneira.

FUNDAÇÕES

Para esse projeto foi sugerido o uso de tubulões de concreto

com o solução para as fundações, mas é recomendado o

laudo e sondagem do terreno para determinar a resistência do

solo , recomendados pela NBR-6122.

ESTRTUTURA

Os pilares e as vigas serão de concreto armada.

INSTALAÇÕES

As duas caixas d'águas se localizam em cima da laje do

espaço de eventos próxima as áreas molhadas facilitando a

distribuição dos encanamentos. Cada Caixa d’agua tem 1500

l. As instalações hidráulicas e elétricas passam entre a laje,

estas vão estabelecendo conexões verticais para o

abastecimento das áreas.

IMPERMEABILIZAÇÃO Na parte superior das vigas de fundações bem como nas laterais,

será aplicado em toda sua extensão duas demãos de

impermeabilizante, e nas primeiras 02 fiadas da alvenaria de

tijolos.

PROPOSTA FINAL PONTO DE ENCONTRO MEMORIAL DESCRITIVO

Page 107: CASA ACOLHEDORA E PONTO DE ENCONTRO

ALVENARIA

As paredes serão executadas com alvenaria de tijolos de 8 furos os

de boa qualidade e resistência, de acordo com as médio as

nominais do Projeto Arquitetônico. Em todos os vãos de portas e

e janelas na edificação será utilizado as vergas e contra-vergas

e 10cm em concreto com 02 ferros de 8.0mm.

ESQUADRIAS:

Todas as janelas, portas e portas janelas serão de ferro

galvanizado com fechadura de metal comum.

Todas as janelas dos banheiros, vestiários, cozinha, fraldario

e deposito serão do tipo basculante, com vidros lisos fosco

tipo fantasia.

COBERTURA

A cobertura é independente de estrutura metálica do tipo

treliça metálica com placas de aço sinuosas.

REVESTIMENTOS

As paredes externas e internas serão salpicadas com chapisco 1:3

de cimento e areia regular, emboçadas e rebocadas com

argamassa de cimento, cal e areia média no traço 1:1:6. As

paredes internas dos sanitários serão chapiscadas, emboçadas e

revestidas até altura do teto com azulejos de boa qualidade. Os

azulejos deverão ser rejuntados com rejunte pó fixador, anti-mofo

e anti-bactericida.

PINTURAS

As paredes externas e internas serão lixadas e pintadas com uma

demão de selador pigmentado e no mínimo de duas demãos de

tinta acrílica.

Page 108: CASA ACOLHEDORA E PONTO DE ENCONTRO

O presente Memorial Justificativo tem por finalidade

descrever cada ambiente, a serem empregados na execução

da presente obra de acordo com o projeto, com área de

2.913,32m².

O referido projeto foi elaborado de acordo com as normas

da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) para

construção civil.

ESPAÇO DE EVENTOS

Destinado as Festas Publicas e particulares, e o lucro destes

eventos é para as Casas Acolhedoras. É uma área ampla para

atender até 400 pessoas com apoio de deposito, cozinha

industrial planejada, banheiro feminino, masculino,

deficiente e fraldario, todos os ambientes são bem

ventilados e iluminados, o salão tem 6,00m de pé direito, a

mesma altura da Quadra poliesportiva. Sendo os dois blocos

das extremidades.

OFICINAS DE ATIVIDADES

As oficinas são de dança, de criar (artesanato e pintura) e

oficina digital para ensina informática. Os trabalhos feitos

nas oficinas de artes poderão ser vendidos na área de

exposição. Todas as oficinas têm apoio de pia e armários, e

na área externa os banheiros e vestiários. As pessoas que

estão do lado de fora das oficinas tem visão da parte interna

através de grandes vidros e as oficinas tem portas janelas

que abre para a plataforma.

QUADRA POLIESPORTIVA

A quadra fica na extremidade oposta do espaço de eventos,

e esta disponível a vários esportes como futsal, vôlei e

outros. É circundada com uma malha de rede para impedir a

bola de ultrapassar aquela área.

MEMORIAL JUSTIFICATIVO PONTO DE ENCONTRO

Page 109: CASA ACOLHEDORA E PONTO DE ENCONTRO

JARDINS ORNAMENTAIS

Tem variados tipo de vegetação tropical com vários bancos

entre eles, se tornando espaços mais frescos, purificados e

umidificados, áreas agradáveis para uma leitura, bate papo e

descanso.

ESPELHO D’AGUA

Fica no centro da construção, pegando toda área coberta,

ajudando refrescar todo o ambiente, ele tem 0,25 cm de

profundidade e apresenta uma ponte de passagem em cima

dele ligando os espaços e contornado por um jardim que

refleti no espelho d’agua, tendo um efeito muito legal no

ambiente.

DIVERTIR (PLAYGROUND)

É o espaço para crianças brincar com uma variedade de

brinquedos como escorregador, balanço, gangorra, tuneis e

outros, podendo integrar as crianças do município.

ACADEMIA ABERTA

São aparelhos de exercícios onde os adolescentes, adultos e

até mesmo os pais dessas crianças que estão no playground,

terem o direito de se divertir também de uma maneira

saudável fazendo exercícios e vendo seus filhos brincar no

espaço apropriado para eles que fica na frente.

BANHEIROS E VESTIARIOS

Atende todo o equipamento se localizando ao centro do

projeto, ficando próximo a todas as atividades. Apresenta

também banheiro de deficiente com fácil acesso.

PLATAFORMA

No terreno tem a linha do trem que foi revitalizada e

colocado um vagão de trem, que remete as lembranças da

época férrea da cidade que foi muito importante fazendo as

ligações com os outros municípios. As portas janelas das

oficinas citadas acima têm saídas todas para essa plataforma

trazendo a ideia de estação. Nela apresenta bancos que dão

Page 110: CASA ACOLHEDORA E PONTO DE ENCONTRO

para os quiosques, jardim recreativo e para o espaço de

memoria e exposições.

ESPAÇO MEMORIA E EXPOSITIVO

Onde está localizado o vagão de trem com a história da

cidade na parte interna podendo ser visitado. O espaço de

exposições é para os trabalhos das oficinas, dos artistas do

município, para arte musical e outras atividades que

também se adequa ao local.

QUIOSQUES

São seis que estão localizados no Jardim Recreativo, onde

cada um deles tem um uso diferente como o de comer, ler e

jogar. Eles seguem a mesma linguagem da Cobertura

Principal.

JARDIM RECREATIVO

É amplo onde as crianças podem correr, brincar, e os

adolescentes e adultos podem fazer piqueniques e outros

desejos que adequa ao lugar.

AREA VERDE

Fica do outro lado da linha sendo uma área verde

preservada.

Page 111: CASA ACOLHEDORA E PONTO DE ENCONTRO

Figura 91: Planta Baixa Ponto de Encontro ( Layout e Pilares) Fonte: Elaborada pela autora, 2012.

PRANCHA 6- PLANTA BAIXA PONTO DE ENCONTRO ( LAYOUT E PILARES)

TABELA DE ÁREAS PONTO DE ENCONTRO ÁREA DO TERRENO....................(95 x 53,84) 5,114.80 m² ÁREA CONSTRUIDA..........2.913,32 m² ÁREA LIVRE........................2.201,48 m² TAXA DE OCUPAÇÃO.........56,95 %

Page 112: CASA ACOLHEDORA E PONTO DE ENCONTRO

PRANCHA 7- PLANTA BAIXA PONTO DE ENCONTRO ( COTAS )

Figura 92: Planta Baixa Ponto de Encontro ( Cotas ) Fonte: Elaborada pela autora, 2012.

Page 113: CASA ACOLHEDORA E PONTO DE ENCONTRO

A cobertura escolhida é a 03 (figura 93) pela sua sinuosidade na

direção frontal que pode ser usada como beiral. E a parte mais

baixa central usada como calha com condutores embutidos na

parte central dos pilares internos. A Cobertura acima do espelho

d’agua é de policarbonato transparente para ilumina a área

central do projeto.

Parte mais baixa usada como calha

Telha de Policarbonato

Sinuosidade na direção frontal

Figura 93: Cobertura 03 Ponto de Encontro Fonte: Elaborada pela autora- 2012

Page 114: CASA ACOLHEDORA E PONTO DE ENCONTRO

PRANCHA 8- PLANTA DE COBERTURA PONTO DE ENCONTRO

Figura 94: Planta de Cobertura Ponto de Encontro Fonte: Elaborada pela autora, 2012.

Page 115: CASA ACOLHEDORA E PONTO DE ENCONTRO

Figura 95: Corte A Ponto de Encontro Fonte: Elaborada pela autora, 2012.

PRANCHA 9- CORTE A PONTO DE ENCONTRO

Page 116: CASA ACOLHEDORA E PONTO DE ENCONTRO

Figura 96: Corte B Ponto de Encontro Fonte: Elaborada pela autora, 2012.

PRANCHA 10- CORTE B PONTO DE ENCONTRO

Page 117: CASA ACOLHEDORA E PONTO DE ENCONTRO

Figura 97: Corte C Ponto de Encontro Fonte: Elaborada pela autora, 2012.

PRANCHA 11- CORTE C PONTO DE ENCONTRO E DETALHE QUIOSQUE

Figura 98: Detalhe Quiosque Fonte: Elaborada pela autora, 2012.

Page 118: CASA ACOLHEDORA E PONTO DE ENCONTRO

A estrutura de quiosque escolhida é o 02 (figura 99) que

deixa o solo livre sem nenhuma estrutura descendo até ele,

pois o contraventamento é feito por uma mão francesa

apresentada no detalhe da estrutura. O sistema de

escoamento de agua ocorre igual a do ponto de encontro

pela parte mais baixa da curva, servindo como calha

descendo pelo pilar central do quiosque com um condutor

embutido e o modelo do pilar central segue o mesmo do

Ponto de Encontro.

Figura 99: Quiosque 02. Fonte: Elaborada pela autora, 2012.

Figura 100: Detalhe Estrutura Quiosque 02. Fonte: Elaborada pela autora, 2012.

Page 119: CASA ACOLHEDORA E PONTO DE ENCONTRO

PERSPECTIVAS FACHADA FRONTAL

Figura 101: Perspectiva Fachada Frontal. Fonte: Elaborada pela autora, 2012.

Figura 102: Perspectiva Fachada Frontal vista de cima. Fonte: Elaborada pela autora, 2012.

Figura 103: Configuração Insolação 5. Fonte: Elaborada pela autora, 2012.

Page 120: CASA ACOLHEDORA E PONTO DE ENCONTRO

PERSPECTIVAS FACHADA POSTERIOR

Figura 104: Perspectiva Fachada Posterior. Fonte: Elaborada pela autora, 2012.

Figura 105: Perspectiva Fachada Posterior Vista de cima. Fonte: Elaborada pela autora, 2012.

Page 121: CASA ACOLHEDORA E PONTO DE ENCONTRO

PERSPECTIVAS LATERAL DIREITA

Figura 106: Perspectiva Vista Lateral Direita. Fonte: Elaborada pela autora, 2012.

Figura 107: Perspectiva Vista da Fachada Frontal lateral direita. Fonte: Elaborada pela autora, 2012.

Figura 108: Perspectiva Vista da Fachada Posterior lateral direita. Fonte: Elaborada pela autora, 2012.

Page 122: CASA ACOLHEDORA E PONTO DE ENCONTRO

PERSPECTIVAS LATERAL ESQUERDA

Figura 109: Perspectiva Lateral Esquerda da Fachada Posterior. Fonte: Elaborada pela autora, 2012.

Figura 110: Perspectiva Lateral Esquerda da Fachada Frontal. Fonte: Elaborada pela autora, 2012.

Page 123: CASA ACOLHEDORA E PONTO DE ENCONTRO

PERSPECTIVAS INTERNAS PONTO DE

ENCONTRO

Figura 111: Perspectiva Interna Central ( Espelho d’agua e Vagão). Fonte: Elaborada pela autora, 2012.

Figura 112: Perspectiva Playground. Fonte: Elaborada pela autora, 2012.

Figura 113: Perspectiva Academia Aberta. Fonte: Elaborada pela autora, 2012.

Page 124: CASA ACOLHEDORA E PONTO DE ENCONTRO

PERSPECTIVAS EXTERNAS PONTO DE

ENCONTRO

Figura 114: Perspectiva Quiosques. Fonte: Elaborada pela autora, 2012.

Figura 115: Perspectiva Espaço Memória e Expositivo. Fonte: Elaborada pela autora, 2012.

Figura 116: Perspectiva Músicos no Espaço Expositivo. Fonte: Elaborada pela autora, 2012.

Page 125: CASA ACOLHEDORA E PONTO DE ENCONTRO

PRANCHA 12- PLANTA DE SITUAÇÃO

Figura 117: Planta de Situação. Fonte: Elaborada pela autora, 2012.

Page 126: CASA ACOLHEDORA E PONTO DE ENCONTRO

PRANCHA 13- IMPLANTAÇÃO

Figura 118: Implantação. Fonte: Elaborada pela autora, 2012.

Page 127: CASA ACOLHEDORA E PONTO DE ENCONTRO

O projeto da Casa Acolhedora e do Ponto de Encontro,

buscou promover a integração das pessoas através do

espaço proposto, dos ambientes e da materialidade.

A casa tem como objetivo integrar os moradores na

sociedade e o ponto de encontro integrar a sociedade em

geral da cidade para que eles trabalhem juntos para o

progresso do município sem diferenças e discriminações.

Com isso buscou-se ocupar os vazios urbanos do bairro

Jardim Alvorada causados pela especulação imobiliária

dando oportunidade de oferecer condições honestas de

desenvolvimento às crianças e aos adolescentes vitimados

através de espaços de encontro com qualidade de

atendimento, lazer, convívio social e moradia digna, a fim de

promover o crescimento saudável com qualidade de vida e

preparar os jovens para o futuro.

A construção da Casa Acolhedora é muito

importante, pois muitas vezes é o único caminho para um

grande numero de crianças e adolescentes, o que determina

uma grande necessidade de ter um local apropriado que é

onde elas vão tentar superar os trágicos estereótipos de sua

história. A fenomenologia é um dos fenômenos que explica

essa importância, pois é uma análise da memória da

primeira infância, dos sentimentos primordiais, que a criança

tem; a arquitetura pode influenciar nessa memória a partir

de espaços expressivos, estimulantes e lúdicos. A vivência eu

espaçi lúdicos e confortáveis, acolhedores marcam o

indivíduo para toda sua vida, na sua identificabilidade

pessoal e vigor emocional.

A proposta apresentada neste trabalho mostra-se viável, não

apenas no aspecto do papel social da arquitetura e como

forma de atuar no fator psicológico das crianças e jovens,

mas também na sua construção, pois não apresenta

soluções construtivas de alto custo. Deste modo o ambiente

construído é, enfim, fonte de força interior, consolo e

conforto. Logo, sua importância é grande demais pra ser

ignorado e complexo demais para ser deixado de lado.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Page 128: CASA ACOLHEDORA E PONTO DE ENCONTRO

• ARPINI, Dorian Mônica. Repensando a perspectiva institucional e a intervenção em abrigos para crianças e adolescentes.

Psicol. cienc. prof., Brasília, v. 23, n. 1, mar. 2003 .

• BACHELARD, Gaston. A poética do Espaço. São Paulo: Martins Fontes, 2003.

• HALL, Edward.T. A dimensão Oculta. São Paulo: Martins Fontes, 2005.

• NESBITT, Kate (Org). Uma nova agenda para a arquitetura. São Paulo: Cosac Naify, 2008.

• SCHMID, Aloísio Leoni. Ambientes que confortam: qual sua essência? Resenhas Online, São Paulo, 05.058, Vitruvius, out

2006. Disponível em:<http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/resenhasonline/05.058/3128> Acesso em :10 de março

de 2012.

• SOUZA, Mayumi Lima. A cidade e a criança. São Paulo: Nobel, 1989.

• TIZARD E REES Revista Mal-Estar e Subjetividade. 1974. Disponível em:

<http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1518-61482007000200006&lng=pt&nrm=iso>Acesso em:10 de

março de 2012.

BRASIL. Estatuto da criança e do adolescente. São Paulo: Cortez, 1990.

• ENTREVISTA COM ASSISTENTE SOCIAL Sra Graziela Nadaleto.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Page 129: CASA ACOLHEDORA E PONTO DE ENCONTRO

• ENTREVISTA COM COORDENADORA DO LAR AMPARO FILHOS DE DEUS Sra Jucélia.

• SERTÃOZINHO. Prefeitura Municipal, Analise de Projeto, PROGRAMA GEO, março, 2012.

______. http\\www.sertaozinho.sp.gov.br/nossahistoria.htm/sertaozinho.com/historia.shtml. Acesso em: 08 de maio de 2011.

Sites:

• http://www.archdaily.com.br/.../residencia-belvedere-anastasia-arquitetos/. Acesso em: 29 de março de 2012.

• http://www.archdaily.com.br/42565/centro-de-estudos-lucie-aubrac-dietmar-feichtinger-architectes/1332292392-036-

dfa-david-boureau/. Acesso em: 29 de março de 2011.

• http://ricardo-vidal.blogspot.com/2008/06/residncia-mw.html. Acesso em: 29 de março de 2012.

• http://www.arthurcasas.com/pt/projetos/arquitetura_residencial/baronesa2010. Acesso em: 06 de maio de 2012.

• http://www.arthurcasas.com/pt/projetos/arquitetura_residencial/pkiporanga2008. Acesso em: 06 de maio de 2012.

• http://www.arthurcasas.com/pt/projetos/arquitetura_residencial/casaiporanga. Acesso em: 06 de maio de 2012.

Page 130: CASA ACOLHEDORA E PONTO DE ENCONTRO

ANEXOS ANEXOS

Page 131: CASA ACOLHEDORA E PONTO DE ENCONTRO

Segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente, que são leis destinadas a assegurar os direitos e a proteção para todas as

crianças e adolescentes de nosso país.

O ECA determina entre outras coisas: o direito à vida, a saúde, à convivência familiar e comunitária, o direito ao respeito, à

dignidade, a sua educação, à proteção no trabalho. Portanto, torna-se dever da família, da comunidade e da sociedade em geral,

assegurar a efetivação desses direitos.

Art. 15. A criança e o adolescente têm direito à liberdade, ao respeito e à dignidade como pessoas humanas em processo de

desenvolvimento e como sujeitos de direitos civis, humanos e sociais garantidos na Constituição e nas leis.

Art. 16. O direito à liberdade compreende os seguintes aspectos:

I - ir, vir e estar nos logradouros públicos e espaços comunitários, ressalvados as restrições legais;

II - opinião e expressão;

III - crença e culto religioso;

IV - brincar, praticar esportes e divertir-se;

V - participar da vida familiar e comunitária, sem discriminação;

VI - participar da vida política, na forma da lei;

01- ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE (ECA)

Page 132: CASA ACOLHEDORA E PONTO DE ENCONTRO

Art. 53. A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o

exercício da cidadania e qualificação para o trabalho, assegurando-se-lhes:

Art. 71. A criança e o adolescente têm direito a informação, cultura, lazer, esportes, diversões, espetáculos e produtos e

serviços que respeitem sua condição peculiar de pessoa em desenvolvimento.

Art. 90. As entidades de atendimento são responsáveis pela manutenção das próprias unidades, assim como pelo planejamento

e execução de programas de proteção e sócio-educativos destinados a crianças e adolescentes, em regime de:

§ 1o Será negado o registro à entidade que: (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência

a) não ofereça instalações físicas em condições adequadas de habitabilidade, higiene, salubridade e segurança;

I - preservação dos vínculos familiares e promoção da reintegração familiar; (Redação dada pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência

II - integração em família substituta, quando esgotados os recursos de manutenção na família natural ou extensa; (Redação dada

pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência

III - atendimento personalizado e em pequenos grupos;

IV - desenvolvimento de atividades em regime de co-educação;

V - não desmembramento de grupos de irmãos;

VI - evitar, sempre que possível, a transferência para outras entidades de crianças e adolescentes abrigados;

Page 133: CASA ACOLHEDORA E PONTO DE ENCONTRO

VII - participação na vida da comunidade local;

VIII - preparação gradativa para o desligamento;

IX - participação de pessoas da comunidade no processo educativo.

Art. 94. As entidades que desenvolvem programas de internação têm as seguintes obrigações, entre outras:

IV - preservar a identidade e oferecer ambiente de respeito e dignidade ao adolescente;

VII - oferecer instalações físicas em condições adequadas de habitabilidade, higiene, salubridade e segurança e os objetos

necessários à higiene pessoal;

XI - propiciar atividades culturais, esportivas e de lazer;

Page 134: CASA ACOLHEDORA E PONTO DE ENCONTRO

As Crianças têm todos os Equipamentos necessários nos

Abrigos existentes?

Não, só os equipamentos básicos, nada fora do comum,

acho muito importante se tivessem uma sala de informática,

sala de estudos, Biblioteca, e uma área de recreação

adequada como playground, piscinas, pois a região é muito

quente, falta de equipamentos adequados para bebes como

um berçário, um fraldario, equipamentos que fariam a

diferença no cotidiano deles.

As acomodações são boas, apropriadas para essas

crianças?

Não, há pouco tempo atrás a pintura na partes interna dos

Abrigos eram cores escuras (marrom), um ambiente triste, a

despensa exposta para insetos e outros bichos como ratos e

baratas.

O que a Senhora acha da Inserção dos Abrigos na Área

Urbana de Sertãozinho?

Muito importante, facilitaria a vida dos moradores na

locomoção, na área urbana os maiores de 14 anos pra

frente, poderia ter mais liberdade, não dependeria tanto do

transporte, gerando ate menos gastos com combustível, se

sentiriam mais independentes (como escolher cursos e seus

horários, dentro do horário comercial) transformaria em

uma vida mais ativa.

02-ENTREVISTA COM ASSISTENTE SOCIAL Estagiou nos dois Abrigos de Sertãozinho durante seus estudos, que atualmente trabalha na Prefeitura Municipal de Sertãozinho

Sra Graziele Nadaletto

Page 135: CASA ACOLHEDORA E PONTO DE ENCONTRO

Se estivesse um projeto adequado, acomodações boas, a

senhora acha que implementaria qualidade de vida nos

moradores dos Abrigos ?

Lógico, melhoraria muito, com mais conforto e mais

atividades, ajudaria a diminuir a ansiedade, angustia e o

tempo de espera por uma família.

A Senhora acha que funciona Abrigos Mistos ( meninos e

meninas) no mesmo local com acomodações separadas e

área de recreação incomum ?

Acho muito legal, pois as crianças iriam se interagir melhor,

principalmente as com familiaridade, pois, atualmente nos

Abrigos existem muitos irmãos.

Page 136: CASA ACOLHEDORA E PONTO DE ENCONTRO

A Senhora acha que funciona Abrigos Mistos (meninos e

meninas) no mesmo local com acomodações separadas e

área de recreação incomum?

Acomodações Mistas está dentro da Lei do Estatuto da

Criança e do Adolescente, quando era na área urbana a 18

anos atrás, a entidade era mista mas com a necessidade de

uma área maior teve a separação, um abrigo feminino e um

masculino e os dois estão localizados na área rural em um

sítio, que uma vez por semana eles mantém contato, que

ocorre nas atividades de sábado. A Senhora Jucelia afirma

que na realidade que as acomodações se apresentam nos

dias de hoje, não teria essa oportunidade de juntar, pois

falta um espaço físico e infraestrutura de acordo para isso,e

a respeito da sexualidade tem que se trabalhar muito com

esse assunto e essa ligação sempre sobre o olhar das

cuidadoras, assim as crianças iriam interagir melhor,

principalmente as com familiaridade, que são muitas.

Quais são as atividades desenvolvidas durante a semana?

São muitas como: escola, aulas de informática, artesanato,

natação, atendimento de fonoaudiodiologa, psicóloga,

equoterapia, atletismo, terapia ocupacional, hóquei, Igreja,

catequese, crisma, perseverança (grupo religioso de jovens),

magia do circo, curso de preparação web design,

hidroterapia, fisioterapia.

Quais são os programas existentes?

Dormitórios, espaço de apoio (lavanderia, banheiros,

despensa, banheiro funcionários), brinquedoteca,

Informática, playground, refeitório, cozinha, sala de TV, sala

de estudo, berçário, fraldario, enfermaria e área de lazer.

03- ENTREVISTA COM COORDENADORA GERAL LAR DE AMPARO Á CRIANÇA FILHOS DE DEUS

Sra Jucélia Simor Schneider

Page 137: CASA ACOLHEDORA E PONTO DE ENCONTRO

Quantas crianças moram no abrigo e quantas funcionárias?

Hoje apresenta 26 crianças, mas amanha não se sabe, pois

tem bem mais acolhimento do que desacolhimento. São 20

funcionarias no período integral e 1 funcionaria no período

noturno

As Crianças têm todos os Equipamentos necessários no

Abrigo existente, às acomodações são boas, apropriadas

para essas crianças?

Sim, tem todos os equipamentos necessários, mas não que

estejam adequados, pois os dormitórios acomodam oito

crianças por faixa etária (0 a 3 anos, 4 a 7 anos, 8 a 13 anos e

14 a 18 anos) e o ideal seria quatro no máximo, os banheiros

deveriam ter chuveiros, pois são separados os vasos

sanitários em um cômodo e no outro chuveiro. Conforme fui

conhecendo as acomodações ela mesma falou, que iria ter

minhas respostas, e realmente foi o que aconteceu, a

brinquedoteca, sala de estudo, informática e sala da

psicóloga, são muito quentes, uma percepção minha que me

chamou muito a atenção foi os tetos de todos os

dormitórios em laje aparente pintada de cinza, e em uma

das paredes de todos os quartos tinha um armário em toda

a extensão de madeira escura. A Coordenadora tem 12 anos

de trabalho no lar, e estão sempre tentando fazer o melhor

que pode em ampliações, reformas, pois a cozinha,

lavanderia, e refeitório, construídos há pouco tempo são

muito bons, ambientes arejados, na Sala de TV a visão critica

seria a respeito da alta de mobiliário confortável, pois são

bancos de madeira.

O que a Senhora acha da Inserção do Abrigo na Área

Urbana de Sertãozinho?

Seria muito Bom, mas o maior ponto negativo é o

preconceito da sociedade, pois tentamos alugar uma casa na

cidade para facilitar o transporte, a visita dos parentes,

ficarmos mais próximo da sociedade e podermos dar mais

liberdade para os moradores, mas a população do entorno

foi contra, entrando com um a baixo assinado contra essa

Page 138: CASA ACOLHEDORA E PONTO DE ENCONTRO

mudança, justificando que teria muito barulho. E a

coordenadora fez uma comparação que eles aceitam escolas

e creches, com maior numero de crianças e adolescentes

que também provoca barulho, mas não aceitam um Lar de

Acolhimento.

Se estivesse um projeto adequado, acomodações boas, a

senhora acha que implementaria qualidade de vida nos

moradores dos Abrigos ?

Lógico, melhoraria muito, com mais conforto e mais

atividades, ajudaria a diminuir a ansiedade, angustia e o

tempo de espera por uma família.

O que a Senhora acha do objetivo do Trabalho de Projetar

CASAS ACOLHEDORAS?

Observando a evolução dos Abrigos, o mais adequado seria

essas casas acolhedoras, pois as crianças teriam mais

privacidade no local com pouco moradores, vivenciando a

escala de uma casa e não de uma instituição, teria um

ambiente familiar.

Page 139: CASA ACOLHEDORA E PONTO DE ENCONTRO