Cartilha Da Gestante Maes

Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais

Cartilha da gestante

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as Redes de Atenção no SUS: contribuições para o debate. Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde, 2011. 111 p.: Il. (NAVEGADOR SUS, 2).

REDE INTERAGENCIAL DE INFORMAÇÕES PARA SAÚDE. Demogra� a e Saúde: Contribuição para Análise de Situação e Tendências. Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde, 2009. 144 p.: il. – (Série G. Estatística e Informação em Saúde) (Série Informe de Situação e Tendências)

REGO, Maria Albertina Santiago. Avaliação do Sistema de Informação Perinatal (SIP-CLAP/OPS) no monitoramento da assistência hospitalar perinatal em Minas Gerais. Belo Horizonte, 2008. 148 p.

2 www.maesdeminas.com.br

Ficha técnica

GovErnador do EStado dE MinaS GEraiSAntonio Augusto Junho Anastasia

vicE-GovErnador do EStado dE MinaS GEraiSAlberto Pinto Coelho

SEcrEtário dE EStado dE SaúdE dE MinaS GEraiSAntônio Jorge de Souza Marques

SEcrEtário adjunto dE SaúdEWagner Eduardo Ferreira

chEFE dE GabinEtEMarta de Sousa Lima

SubSEcrEtário dE viGilância E ProMoção à SaúdECarlos Alberto Pereira Gomes

SubSEcrEtário dE PolíticaS E açõES dE SaúdEMaurício Rodrigues Botelho

SubSEcrEtário dE inovação E loGíStica EM SaúdEJorge Luiz Vieira

SubSEcrEtária dE rEGulaçãoMaria Letícia Duarte Campos

SubSEcrEtário dE GEStão rEGionalGilberto José Rezende dos Santos

aSSESSora dE coMunicação SocialGisele Bicalho

rEviSão ortoGráFicaAna Rita Fernandes

Introdução.................................................................................Saúde na gravidez....................................................................Direitos......................................................................................5º dia, 5 ações..........................................................................Aleitamento materno.................................................................Alimentação complementar......................................................Contatos...................................................................................

Sumário

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introdução

Esta cartilha é dirigida a você, gestante e mãe. Ela vai lhe orientar sobre o atendimento que você e seu bebê deverão receber por meio dos serviços de saúde no seu município.

Aqui constam informações muito importantes sobre como cuidar de sua saúde, da saúde de seu bebê, sobre seus direitos e seus deveres.

Você também vai encontrar orientações sobre cuidados necessários durante o pré-natal; as ações que devem ser tomadas no quinto dia após o nasci-mento do bebê; sobre o aleitamento materno; a alimentação complementar da criança e os direitos da gestante.

Esta cartilha foi escrita com carinho pela equipe técnica da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais. Caso queira, você pode nos enviar suges-tões e críticas.

Esperamos que este material lhe seja muito útil.

divulGuE aS inForMaçõES E oriEntaçõES dESta cartilha Para outraS GEStantES E MãES

Boa leitura!


PrÉ-natal

É o acompanhamento da gestante para a promoção de sua saúde e da saúde de seu bebê. No pré-natal, podem ser detectados possíveis problemas e prevenir complicações.

Assim que você suspeitar que está grávida, procure o serviço de saúde para confirmar a gravidez por meio de exames e iniciar o pré-natal;

As consultas do pré-natal serão marcadas, mensal-mente, no início da gestação, e com mais freqüência no final da gestação;

Você não deve ser liberada do pré-natal e as consultas serão marcadas até ocorrer o parto. Não existe alta do pré-natal!

atenção! todo município deve prestar assistência pré-natal de qualidade

para todas as suas gestantes.

Durante as consultas de pré-natal, deverão ser realizadas as seguintes ações:

Avaliação do estado de saúde da mulher – avaliação de risco;

Medida de pressão arterial;

Verificação do peso;

Exame das mamas;

Medida do tamanho do útero;

Escuta do coração do bebê;

Pedido de exames de sangue e urina

Saúde na gravidez

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(exames de rotina) e outros que forem necessários;

Aconselhamento e oferta do teste anti-HIV;

Vacinação antitetânica;

Preenchimento adequado do cartão da gestante;

Informações sobre os grupos de gestantes;

Esclarecimento de dúvidas;

Marcação da próxima consulta.

cartão da GEStantE (cartão dE PrÉ-natal):

É o documento que contém todas as informações sobre a gravidez;

Deve ser preenchido em todas as consultas;

Sempre que sair de casa leve o cartão com você!

durantE o PrÉ-natal, ProcurE SabEr:

Qual é a sua maternidade de referência para o seu parto e anote no seu Cartão da Gestante;

Se possível, faça uma visita à maternidade para conhecê-la e se informar sobre seu funcionamento. Por exemplo: saber o que você deve levar, os horários de visita, se tem alojamento conjunto, entre outros.

FiQuE atEnta:

Você tem o direito de ter um(a) acompanhante em suas consultas;

Não falte às consultas marcadas. Se acontecer algum imprevisto, avise ao serviço de saúde para remarcá-la;

Siga sempre as orientações e recomendações do(a) profissional de saúde que a atende;


Caso sua gestação seja identificda pelo(a) profissional como de alto risco, o próprio serviço de saúde deverá marcar sua consulta em um serviço de referência que lhe oferecerá um atendimento diferenciado.

atEnção!!!

Procure imediatamente o serviço de saúde em caso de:

Dor para urinar;

Febre;

Dor de cabeça;

Inchaço no rosto, mãos e pernas;

Vômitos frequentes;

Sangramento vaginal;

Corrimento vaginal com mau cheiro ou coceira;

Endurecimento da barriga (contração) com frequência, antes de 8 meses;

Diminuição dos movimentos do bebê.

SinaiS dE Parto

Procure a sua maternidade de referência quando tiver:

Endurecimento da barriga (contração), 2 a 3 vezes em 10 minutos;

Perda de líquido pela vagina;

Estes sinais sugerem que você está em trabalho de parto, portanto deve ser examinada na maternidade.

Procure em primeiro lugar a maternidade de sua referência.caso não haja vaga ou tenha outro problema, a própria maternidade é responsável por identificar outra e encaminhá-la em transporte adequado.

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Parto norMal É a rEGra! cESariana É a EXcEção

São muitos os benefícios do parto normal:

Recuperação mais rápida;

Facilidade de contato precoce da mãe com o bebê;

Possibilidade de início mais precoce do aleitamento materno;

Menor índice de complicações para a mulher (hemorragia, infecção puer-peral, dor após o parto, complicação anestésica);

Menor índice de nascimento de bebês prematuros e com problemas res-piratórios.

alguns fatores facilitam a vivência do parto normal:

Participação em grupos de gestantes e/ou casais grávidos;

Informações sobre o processo do parto (fases do trabalho de parto, duração, procedimentos a serem realizados, etc.);

Uso de técnicas para alívio da dor (movimentação livre durante o trabalho de parto, massagens, banhos, etc.);

Presença de acompanhante da escolha da mulher, durante o trabalho de parto, garantida pela Lei Federal nº 11.108, de 2005;

Acesso a analgesia durante o trabalho de parto;

Internação apenas quando já estiver em trabalho de parto;

Escolha pela mulher da posição para o parto.

a cesariana é indicada em algumas situações, identificadas pelo(a) profissional que presta assistência ao parto:

Problemas de saúde da gestante, que contraindicam o parto normal;

Necessidade de retirada do bebê, sem haver condições de induzir o trabalho de parto ou falha na indução;

Variação da posição do bebê dentro do útero (sentado, atravessado);


Complicações imprevisíveis durante o trabalho de parto que exijam a re-tirada imediata do bebê.

PÓS-Parto (PuErPÉrio)

Quando tiver alta da maternidade, procure saber o resultado dos exames realizados durante a sua internação e receber as orientações para o período do puerpério (pós-parto);

Pegue o seu Cartão da Gestante e a Caderneta da Criança, que deverão ser preenchidos na maternidade com os dados do parto e do bebê, e a declaração de nascimento para o registro no cartório;

No período do resguardo (pós-parto) pode haver sangramento que vai ficando mais claro, e dura até 30 dias (1 mês);

Se você tiver sangramento aumentado, dor no baixo ventre, febre, verme-lhidão e calor no local da cicatriz do parto, deve retornar à maternidade para avaliação;

Se tiver dúvidas ou dificuldades com amamentação, procure a maternidade ou o centro de saúde mais próximo;

No 5o dia após o parto, leve seu(sua) filho(a) ao centro de saúde para avaliação, vacinação e realização do teste do pezinho;

Neste dia, marque também sua revisão pós-parto e a consulta no serviço de planejamento familiar.

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dirEito ao PrÉ-natal

Você tem direito a se ausentar do trabalho para realizar consultas e exames durante a gravidez. Avise a sua chefia. Peça ao profissional de saúde que lhe atender, uma declaração de comparecimento para apresentar no serviço.

dirEitoS da GEStantE E da MãE trabalhadora

A trabalhadora com carteira assinada tem direito a 120 dias de licença, a partir dos 8 meses (36 semanas). ART.7 – Constituição Federal de 1988.

Em casos excepcionais, a licença pode ser aumentada mediante atestado médico. ART. 392 – CLT.

Até seu bebê completar 6 meses, você tem direito a 2 períodos de trinta mi-nutos, em cada dia, para amamentação, se seu bebê estiver amamentando no peito. Negocie no seu serviço qual o melhor período (exemplo: no horário do almoço, no final do dia etc.) – seção V – artigo 396 – CLT.

A gestante trabalhadora não pode ser demitida durante a gestação e até 6 meses após o parto.

Se a gestante é estudante, a partir do 8o mês de gestação e durante os três primeiros meses após o parto poderá ter seu rendimento escolar acompanhado e avaliado, por meio de trabalhos feitos em casa. Assim você não perderá o ano, ou o semestre escolar.

direitos


Creche no local de trabalho, sempre que a empresa tiver trinta ou mais mulheres trabalhando.

A mãe adotiva tem os mesmos direitos da mãe biológica.

dirEitoS na MatErnidadE Acompanhante: você tem direito a um(a)

acompanhante da sua escolha durante o seu parto – Lei Nº 11.108 – 07/04/05.

Durante o trabalho de parto você pode movimentar-se livremente.

Você tem direito de ser tratada com atenção durante toda a sua internação, ser chamada pelo nome, saber o nome dos(as) profissionais que lhe atendem e ser informada sobre a evolução do trabalho de parto e sobre os procedimentos que serão realizados.

Alojamento conjunto: mãe e bebê juntos 24 horas por dia, para possibilitar o contato mãe/filho, estimular e facilitar a amamenta-ção, dar segurança à mãe em relação aos cuidados com seu bebê.

licEnça PatErnidadE O pai do bebê tem direito a cinco dias de licença

paternidade. Ele deve apresentar em seu local de serviço a declaração de nascimento ou a certidão de nascimento de seu filho.

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Leve seu filho ao Centro de Saúde no 5º dia de vida, junto com a caderneta da criança que você receberá na maternidade.

5º dia, 5 ações

MãE E Filho tÊM EStES dirEitoS:

1 - teste do PezinhoConsiste na retirada de gotas de sangue do calcanhar do bebê para exame

no laboratório.

Serve para descobrir, logo após o nascimento, algumas doenças que causam retardo mental e outras que podem trazer problemas graves por toda a vida:

Fenilcetonúria

Hipotireoidismo congênito

Anemia falciforme

Fibrose cística

Toxoplasmose

Se o tratamento for iniciado bem cedo, o bebê poderá ter uma vida normal.


2 - vacinas contra tuberculose (bcG) e contra a hepatite b

São indicadas a partir do nascimento e podem ser feitas também na maternidade ou no Centro de Saúde no 5º dia de vida do bebê. As duas doenças ainda são muito comuns no nosso meio.

3 - verificação de icterícia

Se seu bebê apresentar uma forte coloração amarela nos olhos e na pele, especialmente abaixo da cintura, leve para avaliação no Centro de Saúde.

4 - avaliação do Puerpério (resguardo)É importante verificar na mãe:

Sinais de infecções – febre, dor e vermelhidão nos pontos; secreção vaginal com mau cheiro;

Sinais de anemia – palidez e tontura;

Anemia, hemorragia e infecção devem ser tratadas o mais rápido possível, para garantir a saúde da mulher.

5 - vacina contra rubéolaToda mulher deve tomar a vacina contra rubéola para ficar protegida. Esta

doença, ocorrendo durante a gravidez, pode resultar em sérios problemas para o bebê, como surdez, catarata, retardo mental e outros.

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aleitamento materno

O aleitamento materno é muito mais que uma alimentação completa: é um momento único para a mãe e o bebê. É na amamentação que a criança recebe todos os nutrientes necessários para ter uma vida cheia de saúde, sendo a amamentação um momento de amor e proteção.

dicaS iMPortantES Para o SucESSo da aMaMEntação!

o leite Materno nunca é fraco

O aleitamento materno deve ser a única alimentação do bebê até os 6 meses de vida porque:

O organismo da criança não está preparado para receber outros leites, o que pode causar problemas nos rins, no intestino, alergias e obesidade;

Não é preciso dar chá, água, suco, outro leite ou qualquer outro alimento além do leite materno até os 6 meses de vida.

O leite dos primeiros dias é chamado de colostro e sua produção é pequena, mas suficiente para as necessidades do bebê e age como uma verdadeira vacina, protegendo-o contra doenças comuns da infância;

O colostro é transparente ou amarelado e tem alto valor nutritivo.

Quanto mais o bebê mamar, mais leite você vai ter Sugar o peito estimula a produção do leite;

Começar a amamentar desde a sala de parto facilita a descida do leite;


Após o parto, mantenha o bebê ao seu lado, até a alta da maternidade (alojamento conjunto);

O bebê deve esvaziar um peito antes de sugar o outro, para mamar o leite anterior (que mata a sede) e o leite posterior (que mata a fome e engorda);

Amamente em livre demanda, isto é, respeitando sempre a vontade do bebê – mesmo que sejam várias vezes, dia e noite. Assim ele não necessita de mais nada, nem chás, águas, sucos ou outro leite até os 6 meses de vida.

coloque o bebê na posição correta para mamar

1. Para que o bebê sugue bem ele precisa abocanhar (pegar) não só o mamilo (bico do peito) mas grande parte da aréola (parte escura do peito);

2. Coloque o corpo do bebê totalmente voltado para o seu (barriga com barriga);

3. Quando a criança pega o peito corretamente e com a boca bem aberta, o leite sai em quantidade suficiente, o bebê engole tranquilamente e a mãe não sente dor para amamentar e nem tem rachaduras no peito.

cuide adequadamente das mamas

1. Para evitar rachaduras, não lave os mamilos antes nem depois das mamadas. Basta o banho diário;

2. Tome banho de sol nas mamas sempre que possível;

3. Não use cremes e nem pomadas nos mamilos;

4. Troque o sutiã quando estiver molhado;

5. Quando o bebê tem uma boa pega (corpo do bebê voltado para o corpo da mãe, boca do bebê bem aberta pegando grande parte da aréola) as mamas não ficam machucadas (com rachaduras) e a mãe não sente dor para amamentar.



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as Redes de Atenção no SUS: contribuições para o debate. Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde, 2011. 111 p.: Il. (NAVEGADOR SUS, 2).

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REGO, Maria Albertina Santiago. Avaliação do Sistema de Informação Perinatal (SIP-CLAP/OPS) no monitoramento da assistência hospitalar perinatal em Minas Gerais. Belo Horizonte, 2008. 148 p.

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