Carta Náutica · Boletim do Centro de Documentação e Informação ... Poderia fazer referência...
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Boletim do Centro de Documentação e Informação
Carta Náutica Janeiro 2013
«As Idades do Mar»
Das últimas aquisições… Neste número: Das últimas
aquisições
- As Idades do Mar
Das nossas
estantes - Álbum dos Navios da Marinha Mercante Portuguesa
Revista do mês - Revista da Armada
O que se
passou por aqui
Análise das
Atas do Conselho
de Administração
Leitor do mês
- Sandra
Rodrigues
Boletim
Bibliográfico
Dezembro 2012
Ligações
Interessantes
Fundação
Calouste
Gulbenkian
Foto Final
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tem lido!
E n v i e p a r a
CDI@portodelisboa
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Das nossas estantes…
O que se passa por aqui
Revista do mês
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Leitor do mês
Ligação Interessante
Boletim Bibliográfico
O Boletim Bibliográfico é editado periodicamente pelo
Centro de Documentação e Informação.
A sua finalidade é dar a conhecer ao leitor todas as
publicações que deram entrada no CDI, revistas ou livros
— destacando-se vários artigos na intranet; nele
figuram, igualmente, as informações destacadas durante
o mês, sob a forma de legislação ou de artigos.
As publicações não periódicas, ou livros, são
apresentadas através da catalogação enquanto as
publicações periódicas podem ser visualizadas através
dos índices dos respetivos artigos de modo a que
facilmente o leitor possa escolher o tema que o
interesse.
As publicações periódicas são regularmente enviadas a
todos os leitores que as tenham solicitado mas qualquer
leitor pode requisitar ao CDI a disponibilização de livro
ou artigo avulso que pretenda.
Sandra Rodrigues
Foto Final
Nota: O Boletim Bibliográfico encontra-se na intranet da APL (para o ler necessita de
aceder previamente à intranet).
Nota: Este artigo encontra-se na intranet da APL (para o ler necessita de aceder
previamente à intranet).
«Álbum dos Navios da Marinha Mercante Portuguesa»
«Palomar» - Italo Calvino
Poderia fazer referência a tantos outros livros
que me marcaram, mas este que hoje sugiro,
poderei dizê-lo, é um dos meus preferidos.
Palomar é o nome de um famoso observatório astronómico que durante muito tempo
ostentou o maior telescópio do mundo. Por intencional ironia, é também o nome do
protagonista destes textos curtos de Italo Calvino, pois este senhor Palomar é todo
olhos, mas funciona quase sempre como se fosse um telescópio ao contrário, voltado
não para a amplitude do espaço, mas para as coisas próximas do quotidiano. É como se
ele nos dissesse que as grandes questões do mundo e da existência também estão
presentes em cada objeto que observamos, em cada cena que presenciamos, e que
tudo é digno de ser interrogado e pensado.
Atualmente, existem cerca de 180 coleções especiais, cuja particularidade e relevância
temática as torna importantes na investigação e pesquisa no âmbito da cultura e da arte
portuguesas, incluindo espólios de alguns artistas e arquitetos portugueses e arquivos
constituídos por espécies fotográficas.
O mar é o tema central da exposição que o Museu
Calouste Gulbenkian apresenta até dia 27 de janeiro de
2013. Neste catálogo da exposição As Idades do Mar
estão retratadas mais de uma centena de obras, dos
séculos XVI ao XX, provenientes de 51 instituições
nacionais e estrangeiras, com o apoio do Museu d´Orsay.
Partindo de uma sondagem histórica da representação
visual do mar, a mostra procura identificar os temas
fundadores que levaram à sua extensa e recorrente
representação na pintura ocidental.
A exposição desenvolveu o conceito que deu titulo ao
projeto em seis secções distintas: A Idade dos Mitos; A
Idade do poder; A Idade do Trabalho; A Idade das
Tormentas; A Idade Efémera; A Idade Infinita.
As Idades do Mar, 2012,
Fundação Calouste
Gulbenkian, 278 págs.
Em junho de 1958 a Junta Nacional da Marinha
Mercante promoveu a edição de um excelente livro
dedicado à frota mercante portuguesa, o “Álbum de
Navios da Marinha Mercante portuguesa”, que
apresentava as características principais e uma
fotografia de cada navio ao tempo em serviço,
começando com o paquete VERA CRUZ de 1952, então
praticamente um navio novo e concluindo com o
rebocador FOZ DO LIMA.
Um álbum que é um testemunho de uma fase mais
próspera em termos de transportes marítimos
portugueses.
Palomar, Italo Calvino
Ed. Editorial Teorema, 2009
Págs. 134
Se gostou deste vai gostar:
Tejo vivo, Carlos Salgado, ed. Gabinete de Comunicação da LTE, 1996, 92 págs.
Se gostou deste vai gostar:
Evolução das técnicas de movimentação de mercadorias no porto de Lisboa,
Administração do Porto de Lisboa, 1992 , 20 págs.
Mais artigos selecionados:
Reformes portuaires — Journal de la Marine Marchande, 21 dezembro 2012
Novo terminal de contentores — APAT, dezembro 2012
Álbum dos Navios da Marinha Mercante Portuguesa,
Junta Nacional da Marinha Mercante, 1958.
147 págs.
O CDI, entre outras tarefas de pesquisa, dedica-se à análise sistemática das Atas do
Conselho de Administração. As atas, manuscritas, iniciaram-se no dia 23 de abril de
1907 com o relato da primeira reunião dos seus membros, nomeados por decreto de 18
desse mesmo mês e publicado, na véspera, no Diário do Governo. O seu formato só foi
alterado em 1973, passando, nessa altura, a ser dactilografadas.
É neste acervo que o CDI recolhe informações de atividades várias executadas ao longo
dos tempos pelo porto, por vezes não diretamente portuárias. Desde sempre a
divulgação e publicidade do porto mereceram a devida atenção, na tentativa de captar
clientes entre as diversas empresas, nacionais e estrangeiras, e procurando que a
população em geral percebesse o seu valor.
Deparámos com várias referências a exposições em que o Porto de Lisboa deu
colaboração ativa, como o seguinte excerto publicado na ata de 17 de abril de 1929,
relativa à inserção de um anúncio publicitando o Porto de Lisboa no jornal “O Século”
em número dedicado à Exposição de Sevilha:
O exemplo mais flagrante da intensa atividade cultural desenvolvida pela Administração
Portuária foi a 03 de outubro de 1956, o esmerado cuidado imposto à organização da I
Exposição Fotográfica do Porto:
Faz a apresentação das diversas embarcações que sulcavam as
águas do Estuário do Tejo, dedicadas ao transporte fluvial de
mercadorias, deixando marcas na organização dos territórios
ribeirinhos e na sua cultura. A frota fluvial era constituída por
muitas centenas de unidades e na qual se incluíam as Fragatas,
os Varinos, as Faluas, os Cangueiros, os Botes, os Botes-de-
fragata, os Botes do Pinho, os Barcos de Água Acima, as Canoas e
os Catraios descrevendo também as características e funções das
embarcações do Tejo.
Nº 9.98.351
S/Legenda
Acervo do CDI
Em Palomar, fazendo uma sábia mistura de descrição, narração e reflexão, Calvino
revela a mesma inquietude de suas outras obras, sem esquecer o humor refinado que
contribui para a leveza dos seus textos.
Este livro é uma narrativa fascinante que conduz o leitor através de um inquérito de
resultados surpreendentes: O senhor Palomar é sem dúvida o autor, mas não só.
Qualquer um de nós o pode ser.
Será possível encontrarmos um sentido nas coisas, no mundo à nossa
volta? E dentro de nós próprios? O senhor Palomar está muito longe de ter
alguma certeza quanto a tudo isso. Todavia continua à procura.
Fundação Calouste Gulbenkian—A Biblioteca de Arte possui várias
coleções especiais que foram sendo incorporadas desde a sua criação,
em 1968, quer por doação, quer por aquisição de bibliotecas
particulares.
Van Goyen, Lorrain, Turner, Constable, Friedrich, Courbet, Manet,
Monet, Signac, são alguns dos 89 autores presentes neste catálogo.
Também a pintura portuguesa, através de Henrique Pousão, Amadeu
de Souza-Cardoso, João Vaz, Maria Helena Vieira da Silva e Menez,
entre outros, contribuíram para esta abordagem exaustiva com
especial significado na história e cultura portuguesas.
A diversidade de documentação à guarda do CDI permite
complementar esta informação com o catálogo que foi
cuidadosamente elaborado para a sua divulgação.
O estudo cuidadoso das atas continua em desenvolvimento.
Veremos que mais relíquias estarão encerradas nestes livros
manuscritos.
Seguramente vos daremos conta delas.
O artigo da publicação “Revista Da Armada” que aqui se destaca
– A Diversidade de Embarcações Tradicionais do Estuário
do Tejo – procura esboçar uma síntese interpretativa do
processo de formulação das embarcações tradicionais do Estuário
do Tejo como construtores culturais, na sequência da
obsolescência das mesmas. Uma perda de funcionalidade
ocorrida em resultado da modernização do sistema de
transportes da região de Lisboa e das evoluções técnicas e
tecnológicas nos transportes, em particular das embarcações
utilizadas para o transporte fluvial de mercadorias (tráfego local)
no Estuário do Tejo.
O autor explica os principais fatores que deram origem à diversidade destas
embarcações tradicionais de carga que abasteciam a cidade de Lisboa, que se ocupavam
do transporte de mercadorias de e para o Porto de Lisboa e que são um património dele
indissociável tendo perdurado até meados do século XX.