Carreira no Setor Privado ou Público

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Carreira no Setor Privado ou Público? No Brasil de hoje é fácil se deparar com empresas precisando de vagas em diversas áreas, e na área de engenharia, muitos trabalham em áreas de comunicação interpessoal, seja administrativa, gerencial, marketing, etc. Entretanto, ainda sim muitas empresas continuam com escassez de profissionais com características para atuar nessas áreas, ainda sim não é difícil prestar um concurso como o da PETROBRAS, que apenas na área de engenharia elétrica pode atingir 9 mil candidatos para concorrer a menos de 30 vagas, entre tantas outras vagas e concursos no país. Será que faltam candidatos no mercado, ou falta visão de mercado nos candidatos? O que leva pessoas que estão entrando no mercado de trabalho preferir concursos a iniciar o trabalho na área privada, Segurança? Salário? Comodidade? Falta de vagas? Se uma dessas respostas passou pela sua cabeça, então falta espírito empreendedor na sua personalidade, que ainda pode ser adquirida. Essas afirmações me levam a pensar se a culpa é a nossa geração Y, informatizada e cheio de meios de comunicação. Na época dos nossos avós, e até alguns pais, sem este auxílio eles viajavam entre estados em busca de emprego, enfrentavam crises como a do petróleo, a guerra, a instabilidade monetária, o déficit deixado por Collor nas poupanças, mas eles precisavam sustentar uma família, estudavam com dificuldade, muitos trabalhavam e estudavam. E então o país (e o mundo) mudou, chegou uma era diferente, a era da informação e a geração Y, da qual faço parte. A educação se tornou fortemente incentivada, muito mais fácil de adquirir, e a comunicação deixou o papel e o telefone, e passou a ser o celular, a internet, e-mails, redes sociais, SMS. As universidades se atualizaram, e uma era de universidades a distância surgi, mas e profissional, o que aconteceu com o profissional? Muitas características podem ser citadas de benefício pelo surgimento desta era informatizada, mas e as pessoas que estão atrás desta máquina estão prontas para o mercado? Essa geração foi consumida pela introversão, é mais fácil se expressar no twitter ou pessoalmente? Pessoas que estão tão acostumadas a criar raízes em um lugar que dificilmente se dispõem a ir onde a empresa precisa, a ficar longe. Para o trabalho na área de TI (que cresce a cada dia) muitos profissionais são gerados, mas e para gerência, para trabalhar com pessoas, ninguém coexiste sozinho, é necessário interagir, e é um passo crucial no trabalho. A geração Y é uma geração acostumada a não ter que buscar longe, porque o „google‟ fica a poucos Bytes de distância, a não criar porque a internet já tem tudo para se aproveitar, copiar, ou resumir. A criatividade fica inativa porque criar é difícil, e a primeira afirmação depois de se formar se torna: “eu

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Carreira no Setor Privado ou Público?

No Brasil de hoje é fácil se deparar com empresas precisando de vagas

em diversas áreas, e na área de engenharia, muitos trabalham em áreas de

comunicação interpessoal, seja administrativa, gerencial, marketing, etc.

Entretanto, ainda sim muitas empresas continuam com escassez de

profissionais com características para atuar nessas áreas, ainda sim não é

difícil prestar um concurso como o da PETROBRAS, que apenas na área de

engenharia elétrica pode atingir 9 mil candidatos para concorrer a menos de 30

vagas, entre tantas outras vagas e concursos no país.

Será que faltam candidatos no mercado, ou falta visão de mercado nos

candidatos?

O que leva pessoas que estão entrando no mercado de trabalho preferir

concursos a iniciar o trabalho na área privada, Segurança? Salário?

Comodidade? Falta de vagas? Se uma dessas respostas passou pela sua

cabeça, então falta espírito empreendedor na sua personalidade, que ainda

pode ser adquirida.

Essas afirmações me levam a pensar se a culpa é a nossa geração Y,

informatizada e cheio de meios de comunicação. Na época dos nossos avós, e

até alguns pais, sem este auxílio eles viajavam entre estados em busca de

emprego, enfrentavam crises como a do petróleo, a guerra, a

instabilidade monetária, o déficit deixado por Collor nas poupanças, mas eles

precisavam sustentar uma família, estudavam com dificuldade, muitos

trabalhavam e estudavam. E então o país (e o mundo) mudou, chegou uma era

diferente, a era da informação e a geração Y, da qual faço parte. A educação

se tornou fortemente incentivada, muito mais fácil de adquirir, e a comunicação

deixou o papel e o telefone, e passou a ser o celular, a internet, e-mails, redes

sociais, SMS. As universidades se atualizaram, e uma era de universidades a

distância surgi, mas e profissional, o que aconteceu com o profissional?

Muitas características podem ser citadas de benefício pelo surgimento

desta era informatizada, mas e as pessoas que estão atrás desta máquina

estão prontas para o mercado? Essa geração foi consumida pela introversão, é

mais fácil se expressar no twitter ou pessoalmente? Pessoas que estão tão

acostumadas a criar raízes em um lugar que dificilmente se dispõem a ir onde

a empresa precisa, a ficar longe. Para o trabalho na área de TI (que cresce a

cada dia) muitos profissionais são gerados, mas e para gerência, para trabalhar

com pessoas, ninguém coexiste sozinho, é necessário interagir, e é um passo

crucial no trabalho.

A geração Y é uma geração acostumada a não ter que buscar longe,

porque o „google‟ fica a poucos Bytes de distância, a não criar porque a internet

já tem tudo para se aproveitar, copiar, ou resumir. A criatividade fica inativa

porque criar é difícil, e a primeira afirmação depois de se formar se torna: “eu

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quero algo sólido, que me assegure, que me pague bem, então eu quero

passar em um concurso público”.

As empresas privadas estão dispostas a pagar bem, elas precisam de pessoas

que não tenham medo de aprender.

Após a formação acadêmica, é necessário aprender no mercado de

trabalho coisas novas, se aperfeiçoar, e as empresas até te auxiliam pois você

é um produto pra ela, que deve gerar lucro, e ela quer o melhor que você pode

dar.

O emprego público é tão bom quanto o privado, mas ter medo do

mercado de trabalho não te fará um trabalhador melhor no emprego público

também, a comodidade que você busca afetará seu trabalho lá também. Um

profissional que busca ter visão de mercado, precisa se aperfeiçoar com as

ferramentas que tem, não pode dar desculpas como: “não tive tempo, ou

dinheiro...”, o empreendedor vai atrás, aí sim, a internet se torna uma poderosa

ferramenta e as redes sociais uma alavanca de suas idéias, e de seu trabalho.

A arte de se comunicar poucas vezes nasce com alguém, porém TODOS

podem se aperfeiçoar nela, não se deixando enraizar atrás de uma capa que te

protege dos riscos de empreender e trabalhar com pessoas.

Toda ação que tem riscos pode trazer bons benefícios, basta saber agir

e aproveitar, trabalhe para alcançar objetivos profissionais e pessoais, e vista a

camisa da empresa, vá para o mercado de trabalho preparado, e não espere

que alguém te receba de braços abertos, crie sua oportunidade, se aperfeiçoe,

e em qualquer emprego você terá sucesso. Não tenha medo de vender “pão-

de-mel” se necessário, faça o que for para continuar seguindo em frente na

carreira. A vida é muito curta para parar no tempo.

O bom profissional trabalha em qualquer emprego, não porque ele é

bom no que faz, mas porque se torna bom no que faz, aprende, e consegue

aprender a se comunicar de maneira clara, objetiva, com respeito. Lidar com

pessoas é muito difícil, mas recompensa muito.

Outros pensamentos viajantes ficam pra mais tarde.