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76 ARTIGO DE REVISÃO Adolescência & Saúde Adolesc. Saude, Rio de Janeiro, v. 13, n. 3, p. 76-87, jul/set 2016 RESUMO Objetivo: Analisar o perfil das publicações científicas relacionadas à assistência de enfermagem ao adolescente na atenção primária. Métodos: Foi realizada uma revisão integrativa de literatura na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), a partir de estudos entre 2008 a 2013 que utilizaram os descritores: Adolescência; Atenção Primária à Saúde; Saúde do Adolescente. Resultados: Mediante a análise dos estudos selecionados elegeram-se dois temas que sintetizaram a produção estudada: atenção à saúde ao adolescente e seu impacto biopsicossocial; e o papel do enfermeiro na saúde do adolescente. Conclusão: Há carência de publicações relacionadas a esta temática, todavia a presente pesquisa abriu precedentes para ressaltar a importância de se avaliar e acompanhar os jovens no desenvolver de sua adolescência. PALAVRAS-CHAVE Adolescente, atenção primária à saúde, saúde do adolescente. ABSTRACT Objective: Analyze the profile of scientific publications related to nursing assistance to adolescents in primary care. Methods: Was conducted an integrative literature review on the Virtual Health Library (VHL), from studies between 2008-2013 that used the descriptors Adolescence; Primary Health Care; Adolescent Health. Results: Upon analysis of the selected studies were elected two themes that summarized the studied production: health care to adolescents and their biopsychosocial impact; and the nurse's role in adolescent health. Conclusion: There are few publications related to these themes , however this research has opened precedents to emphasize the importance of evaluation and monitoring of young people in the development of their adolescence. KEY WORDS Adolescent, primary health care, adolescent health. O adolescente na Estratégia Saúde da Família: uma revisão integrativa de literatura The teenager in Family Health Strategy: an integrative literature review Carla Silvana Oliveira e Silva¹ Dulce Aparecida Barbosa² Isabelle Arruda Barbosa³ Iara Marina da Cruz 4 Kattiany Pereira Marques 5 Iara Marina da Cruz ([email protected]) - Avenida Santos Guimarães, 855, Apartamento 105, Funcionários. Montes Claros, MG, Brasil. CEP: 39401-014. Recebido em 02/10/2014 – Aprovado em 31/05/2015 ¹Doutora em Ciências pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). São Paulo, SP, Brasil. Docente na Universidade Estadual de Montes Claros (UNIMONTES). Montes Claros, MG, Brasil. ²Doutora em Ciências pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Docente na UNIFESP. São Paulo, SP, Brasil. ³Mestranda em Ciências da Saúde pela UNIMONTES. Enfermagem e metabolismo. Montes Claros, MG, Brasil. 4 Enfermeira - Mestranda em Administração pela Fundação Pedro Leopoldo (FPL). Pedro Leopoldo, MG, Brasil. 5 Enfermeira pela Universidade Estadual de Montes Claros (UNIMONTES). Montes Claros, MG, Brasil. > > > >

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76ARTIGO DE REVISÃO

Adolescência & SaúdeAdolesc. Saude, Rio de Janeiro, v. 13, n. 3, p. 76-87, jul/set 2016

RESUMOObjetivo: Analisar o perfi l das publicações científi cas relacionadas à assistência de enfermagem ao adolescente na atenção primária. Métodos: Foi realizada uma revisão integrativa de literatura na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), a partir de estudos entre 2008 a 2013 que utilizaram os descritores: Adolescência; Atenção Primária à Saúde; Saúde do Adolescente. Resultados: Mediante a análise dos estudos selecionados elegeram-se dois temas que sintetizaram a produção estudada: atenção à saúde ao adolescente e seu impacto biopsicossocial; e o papel do enfermeiro na saúde do adolescente. Conclusão: Há carência de publicações relacionadas a esta temática, todavia a presente pesquisa abriu precedentes para ressaltar a importância de se avaliar e acompanhar os jovens no desenvolver de sua adolescência.

PALAVRAS-CHAVEAdolescente, atenção primária à saúde, saúde do adolescente.

ABSTRACTObjective: Analyze the profi le of scientifi c publications related to nursing assistance to adolescents in primary care. Methods: Was conducted an integrative literature review on the Virtual Health Library (VHL), from studies between 2008-2013 that used the descriptors Adolescence; Primary Health Care; Adolescent Health. Results: Upon analysis of the selected studies were elected two themes that summarized the studied production: health care to adolescents and their biopsychosocial impact; and the nurse's role in adolescent health. Conclusion: There are few publications related to these themes , however this research has opened precedents to emphasize the importance of evaluation and monitoring of young people in the development of their adolescence.

KEY WORDSAdolescent, primary health care, adolescent health.

O adolescente na Estratégia Saúdeda Família: uma revisão integrativade literaturaThe teenager in Family Health Strategy: an integrative literature review

Carla Silvana Oliveira e Silva¹

Dulce Aparecida Barbosa²

Isabelle Arruda Barbosa³

Iara Marina da Cruz4

Kattiany Pereira Marques5

Iara Marina da Cruz ([email protected]) - Avenida Santos Guimarães, 855, Apartamento 105, Funcionários. Montes Claros, MG, Brasil. CEP: 39401-014.Recebido em 02/10/2014 – Aprovado em 31/05/2015

¹Doutora em Ciências pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). São Paulo, SP, Brasil. Docente na Universidade Estadual de Montes Claros (UNIMONTES). Montes Claros, MG, Brasil.

²Doutora em Ciências pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Docente na UNIFESP. São Paulo, SP, Brasil.

³Mestranda em Ciências da Saúde pela UNIMONTES. Enfermagem e metabolismo. Montes Claros, MG, Brasil.4Enfermeira - Mestranda em Administração pela Fundação Pedro Leopoldo (FPL). Pedro Leopoldo, MG, Brasil.5Enfermeira pela Universidade Estadual de Montes Claros (UNIMONTES). Montes Claros, MG, Brasil.

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Adolesc. Saude, Rio de Janeiro, v. 13, n. 3, p. 76-87, jul/set 2016Adolescência & Saúde

O programa Saúde na Escola, implantado em 2005, objetiva que os jovens sejam capazes de entender questões de saúde, sexualidade e violência. Destaca-se também, o Programa Fica-Vivo, vinculado ao Centro de Estudos de Criminalidade e Segurança Pública (CRISP), que tem como primícia desenvolver ações de repressão contra a criminalidade e buscar a reinserção social, de adolescentes e jovens com histórico de violência6.

A preocupação da abordagem justifi ca-se pelo aumento do número de casos de gravidez na adolescência, do consumo de drogas lícitas e ilícitas e do número de casos de DST’s/AIDS, associados a um signifi cativo número de óbitos relacionados às causas externas como a violên-cia e o suicídio; bem como o desenvolvimento de doenças crônicas, dentre as quais se tem o diabetes, doenças cardiovasculares, câncer7,8.

Apesar do cenário, os profi ssionais da saú-de ainda se sentem despreparados para o en-tendimento da problemática que envolve o adolescente, ocasionando uma defi ciência na qualidade da assistência9.

O papel do enfermeiro, enquanto mem-bro de uma equipe multiprofi ssional de saúde é fundamental na prevenção dos problemas que surgem na adolescência, por ser este um profi s-sional acessível à comunidade e, principalmente pelo seu papel de promotor em saúde10.

Nesta perspectiva, o estudo objetivou ana-lisar o perfi l das publicações científi cas relacio-nadas à assistência de enfermagem ao adoles-cente na atenção primária.

MÉTODOS

Trata-se de uma revisão integrativa onde considerou-se as publicações em revistas nacio-nais no período de 2008 a 2013. Foram incluídos na pesquisa artigos disponíveis na integra que abordavam a temática adolescência na atenção primária e estavam indexados na Biblioteca Vir-tual de Saúde (BVS). Foram utilizados os seguin-

INTRODUÇÃO

A Atenção Primária em saúde (APS) se es-tabelece como o primeiro nível do sistema de serviços de saúde no Brasil, funcionando como porta de entrada, unindo-se com os demais ní-veis de complexidade e formando uma rede in-tegrada de serviços¹ dentre os quais destaca-se a Estratégia Saúde da Família (ESF).

Dentre os ciclos vitais abordados por esta estratégia tem-se a adolescência, defi nida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como uma etapa evolutiva evidenciada pelo desenvol-vimento biopsicossocial que em geral se inicia com as mudanças corporais na puberdade e ter-mina com a integração social e independência econômica desse indivíduo².

Todavia, é possível observar uma lacuna do processo de atenção da ESF no que tange a implementação de ações sistematizadas a indi-víduos adolescentes, o que condiciona ao aten-dimento por livre demanda sem levar em conta as peculiaridades da adolescência³.

Visando um programa para promover a saúde integral na adolescência foi criado em 21 de dezembro de 1989 pela portaria 980 do Ministério da Saúde, o Programa de Saúde do Adolescente (PROSAD), com propostas de pro-moção à saúde, de identifi cação de grupos de risco, detecção precoce dos agravos com trata-mento adequado e reabilitação4.

Contudo, o PROSAD teve insufi ciente ade-rência no contexto nacional, e os adolescentes passaram a ser vistos como membros da família e redirecionados para o atendimento geral, des-considerando suas especifi cidades e identidades na atenção primária a saúde5.

No Estado de Minas Gerais, é possível des-tacar outros programas relacionados à saúde do adolescente como o Programa Educacional de Atenção ao Jovem (PEAS) e o Programa Saúde na Escola, ambos vinculados à Secretaria Esta-dual de Educação. O PEAS tem a fi nalidade de discutir temas atuais e questões relacionadas à sexualidade em escolas estaduais e municipais.

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Adolescência & SaúdeAdolesc. Saude, Rio de Janeiro, v. 13, n. 3, p. 76-87, jul/set 2016

tes descritores: Adolescência; Atenção Primária à Saúde; Saúde do Adolescente.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Foram encontradas 191 publicações ini-cialmente, das quais foram selecionadas 20 por corresponderem exatamente ao tema propos-to. Estes foram lidos na íntegra e classifi cados conforme sua descrição, quais sejam: título do artigo, periódico, ano, metodologia, autores, principais resultados (Tabela 1).

Quanto à assistência de enfermagem à saú-de do adolescente, grande parte dos trabalhos (70%) foi veiculada em periódicos da área da enfermagem, enquanto 20% foram publicados em periódicos da área da medicina. Houve pre-domínio de publicações no ano de 2010 (50%), comparado ao ano de 2013 (5%), evidenciando que o estudo da saúde adolescente vem caindo consideravelmente nos últimos anos.

Quanto às categorias profi ssionais dos au-tores, observa-se uma maior presença de enfer-meiros que atuam como professores universitá-rios de enfermagem na autoria das pesquisas (70%) e quanto ao tipo de estudo, verifi cou-se predomínio de pesquisas qualitativas (35%).

Apesar do elevado número de publicações relacionadas à temática adolescente, percebe-se certa defi ciência no que tange a correlação en-tre o PSF e o profi ssional enfermeiro nessa faixa etária. Ao enfermeiro fi ca restrito o atendimen-to, na sua maioria, aos pontos críticos da ado-lescência, como puberdade, sexualidade e gra-videz, não vislumbrando o adolescente de forma biopsicossocial11.

A partir das temáticas dos artigos e do agrupamento dessas ideias em torno de núcleos de sentidos, emergiram dois temas que podem sintetizar a produção analisada, quais sejam: atenção à saúde do adolescente e seu impacto biopsicossocial; o papel do enfermeiro na saúde do adolescente.

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Tabela 1. Apresentação da síntese dos artigos incluídos na revisão integrativa do presente estudo, organizados por ano de publicação.

Ano Autores Título do Artigo Periódico Metodologia Principais resultados

2009Fernandes, Ferreira, Cabral.

O papel do enfermeiro na saúde do adolescente

Faculdades Integradas de Ourinhos - FIO

Revisão de literatura

Evidenciou as principais necessidades do adolescente, assim como os principais riscos à sua saúde demonstrando o papel do enfermeiro na sistematização da assistência à saúde do adolescente. Após análise das informações colhidas, conclui-se que o enfermeiro é um elemento fundamental na equipe multiprofissional que atende o adolescente, promovendo sua saúde e prevenindo complicações.

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Ano Autores Título do Artigo Periódico Metodologia Principais resultados

2009Oliveira et al.

As ações de educação em saúde para crianças e adolescentes nas unidades básicas da região de Maruípe no município de Vitória.

Ciência e Saúde Coletiva

Descritivo do tipo corte transversal

Avaliações das ações que abordavam os seguintes temas: planejamento familiar, aleitamento materno, famílias cadastradas no Programa Bolsa Família e crianças em risco nutricional. Sendo possível perceber que há necessidade de se garantir que a equipe trabalhe de forma multidisciplinar e integrada nas atividades educativas como forma de contribuir para os ajustes necessários à implementação da Educação em Saúde efetiva, integral e humanizada.

2009 Henriques.

Análise compreensiva do significado do atendimento ao adolescente realizado pelos profissionais de saúde da atenção primária do município de Viçosa-MG

Dissertação (mestrado): UFMG.

Pesquisa qualitativa

O estudo demonstrou quanto à compreensão significativa do atendimento a adolescentes realizado pelos profissionais da atenção básica do município de Viçosa-MG. Foram destacadas questões relacionadas à dificuldade em lidar com essa população, à falta de capacitação, à sobrecarga de trabalho, dentre outros elementos.

2009Cromack, Burshi, Tura.

O olhar do adolescente sobre saúde: um estudo de representações sociais

Ciência & Saúde Coletiva

Pesquisa quantitativa e descritiva

O estudo demonstrou representações sociais de saúde (RSS) elaboradas por adolescentes concebendo caminhos para avaliar a implantação do Programa de Saúde do Adolescente (PROSAD) no Rio de Janeiro. Cabe ao PROSAD o desafio de fazer seus profissionais conhecerem estas RSS, valorizando mais os jovens nos serviços para discutir divergências.

2010aHenriques, rocha, madeira.

O atendimento e o acompanhamento de adolescentes na atenção primária à saúde: uma revisão de literatura

Revista Mineira de Enfermagem

Revisão de literatura

Discute o atendimento aos adolescentes em nível primário, cujo objetivo é conhecer a organização e as características desse acompanhamento. Na maioria das vezes, a atenção ao adolescente está voltada para problemas específicos de causas orgânicas, não levando em consideração as características relacionadas ao desenvolvimento psicossocial, o que tem resultado no fracasso das políticas de saúde.

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Adolescência & SaúdeAdolesc. Saude, Rio de Janeiro, v. 13, n. 3, p. 76-87, jul/set 2016

Ano Autores Título do Artigo Periódico Metodologia Principais resultados

2010bHenriques, Rocha, Madeira.

Saúde do adolescente: o significado do atendimento para os profissionais da atenção primária do município de Viçosa, MG.

Revista Med Minas

Pesquisa qualitativa

Buscou conhecer o significado que os profissionais da atenção primária do município de Viçosa dão ao atendimento do adolescente. O estudo permitiu perceber como é necessário avançar na atenção aos adolescentes em nível primário, pois as ações de prevenção de agravos e promoção da saúde são fundamentais para a qualidade devida dessa população.

2010Andrade, Bógus.

Políticas públicas dirigidas à juventude e promoção da saúde: como a proposta de auxiliares da juventude foi traduzida em prática.

Interface: comunicação, saúde, educação

Pesquisa qualitativa

Discute a respeito das políticas públicas voltadas para a juventude no município de São Paulo, com a finalidade de debater o funcionamento e as dificuldades que esta proposta encontrou ao ser traduzido na prática cotidiana dos gestores municipais.

2010

Gurgel, Alves, Moura, Pinheiro, Rego.

Desenvolvimento de habilidades: Estratégia de promoção da saúde e prevenção da gravidez na adolescência

Revista Gaúcha Enfermagem

Pesquisa descritivo-exploratória, com abordagem qualitativa.

Analisar as práticas do enfermeiro na prevenção da gravidez precoce na perspectiva do desenvolvimento de habilidades. Sendo assim revelaram que a promoção da saúde do adolescente é trabalhada na consulta de enfermagem e grupo de adolescentes, sendo este o espaço criativo, interativo e oportuno para o desenvolvimento de habilidades quanto à sexualidade e à prevenção da gravidez precoce.

2010 Figueiredo.

Participação do profissional de enfermagem na atenção à saúde do adolescente.

Dissertação (mestrado): UFMG

Estudo descritivo

Evidenciou que os jovens estudados têm um conceito de AIDS relativo, ligando-o, sobretudo, a sentimentos de fatalidade, carecem de uma educação mais efetiva, para garantir a mudança de comportamento. Fazendo com que o profissional enfermeiro atue junto com a equipe na promoção de saúde e prevenção de doenças.

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Ano Autores Título do Artigo Periódico Metodologia Principais resultados

2010Oliveira, Ressel.

Grupos De Adolescentes Na Prática De Enfermagem: Um Relato De Experiência

Ciência, Cuidado e Saúde

Relatos deExperiência

Relato de experiência com grupos de adolescentes em uma unidade básica de saúde. Destacando-se a relevância da nova percepção desenvolvida do papel do enfermeiro na saúde dos adolescentes.

2010 Silva.

Promoção da Saúde do Adolescente na atenção Básica com ênfase na Saúde Sexual e Reprodutiva.

Dissertação (mestrado): UFMG

Revisão Bibliográfica

Abordagem da problemática com foco no trabalho educativo sexual, apontando diretrizes para o trabalho da equipe de saúde da família com essa população. Cujo resultado apresenta as principais transformações evidenciadas pelo adolescente.

2010Horta, Sena.

Abordagem ao adolescente e ao jovem nas políticas públicas de saúde no Brasil: um estudo de revisão.

Revista de Saúde Coletiva

Exploratória e descritiva

A abordagem e a concepção de adolescentes e jovens presentes, nos documentos oficiais de saúde publicados pelo Ministério da Saúde, bem como a organização da atenção à saúde proposta para esses sujeitos.Como resultado, foi possível identificar que a abordagem do setor saúde centra-se no conceito de adolescência, numa perspectiva do risco, com pouco enfoque para a juventude, o que tem repercussão nas políticas públicas estruturadas.

2010 Taquette.

Conduta ética no atendimento à saúde de adolescentes

Adolescência & Saúde

Exploratória e descritiva

Oferecer subsídios aos profissionais de saúde para auxilia-los na tomada de decisões éticas em benefício do adolescente, por meio do conhecimento de leis, normas e regulamentações e de situações exemplares da pratica em saúde.

2010Vitalle, Almeidai, Silva.

Capacitação na Atenção à Saúde do Adolescente: Experiência de Ensino.

Revista Brasileira de Educação Médica

Pesquisa exploratória, descritiva, com caráter de investigação

Aborda quanto a capacitação dos pediatras na Atenção à Saúde Integral do Adolescente. Tendo como resultados o modelo de capacitação desenvolvido é adequado para instrumentalizar o profissional já inserido no mercado de trabalho, embora, pela característica do conhecimento médico, deva haver um processo permanente de aquisição de novos conhecimentos e refinamento dos já adquiridos.

Continuação da Tabela 1

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Ano Autores Título do Artigo Periódico Metodologia Principais resultados

2011Gerhardt, Nader, Pereira.

Doenças Sexualmente Transmissíveis: conhecimento, atitudes e comportamento entre os adolescentes de uma escola pública.

Revista Brasileira de Medicina de Família e Comunidade

Estudo descritivo, transversal de caráter quantitativo do tipo inquérito.

Foi identificado a avaliação do conhecimento de doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) em adolescentes de uma escola pública, no município de Canoas, Rio Grande do Sul, comparando as diferenças e semelhanças entre os gêneros. Concluindo-se, a partir deste trabalho, que a grande maioria dos adolescentes demonstrou conhecimento adequado sobre DSTs. As meninas mostraram ter mais consciência do uso do preservativo, apontando que os meninos têm maior resistência ao seu uso.

2011Higarashi et al.

Atuação do enfermeiro junto aos adolescentes: Identificando dificuldades e perspectivas de transformação.

Revista de enfermagem

Pesquisa quantiqualitativa

Identificou-se as dificuldades existentes na atuação dos enfermeiros da estratégia saúde da família, no município de Maringá/PR, junto aos adolescentes; e as mudanças necessárias para a melhoria da qualidade no atendimento a esta clientela.

2011Nascimento et al.

Atividades de educação sexual entre escolas públicas e privadas em Montes Claros (MG).

Pediatria (São Paulo)

Estudo transversal e analítico.

Atividades desenvolvidas por escolas públicas e privadas em relação à educação sexual, o conhecimento de adolescentes e o seu comportamento sexual. Concluindo-se que apesar do bom desempenho das escolas públicas, as atividades ainda não se traduzem em melhores conhecimentos ou comportamentos seguros para todos os adolescentes.

2012Buendgens, Zampieri.

A adolescente grávida na percepção de médicos eEnfermeiros da atenção básica.

Escola Anna Nery

Pesquisa qualitativa descritiva

Conhecer a percepção de médicos e enfermeiros sobre as mudanças biopsicossociais da adolescente grávida e sobre a atuação da equipe de saúde na gravidez na adolescência.

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Atenção à saúde do adolescentee seu impacto biopsicossocial

Na atenção em saúde voltada para o adoles-cente faz-se necessário que se consolide a assis-tência por meio de ações que levem em conta as reais necessidades assistenciais e educacionais em saúde, o que torna imprescindível que os profi s-sionais que venham a desenvolvê-las estejam ap-tos a lidar com as questões que envolvam tal faixa etária, a fi m de garantir a efi cácia das mesmas6.

Nesse cenário, embora se fale em atenção integral de um modelo de atendimento biopsi-cossocial de caráter preventivo e que promova a saúde, o que se encontra na prática é um modelo centrado na doença, com uma proposta curativa. Mais do que qualquer outro grupo, os adolescen-tes são diretamente afetados por uma proposta de atenção defi ciente, evidenciando a fragilidade do sistema de saúde12.

Ano Autores Título do Artigo Periódico Metodologia Principais resultados

2012Marques, Queiroz.

Cuidado ao adolescente na atenção básica: Necessidades dos usuários e sua relação com o serviço.

Revista Gaúcha Enfermagem

Qualitativo, do tipo descritivo.

Analise do cuidado ao adolescente na atenção básica na visão destes sujeitos, enfocando necessidades e interação com os trabalhadores de saúde. Em suma o cuidado mostrou-se ainda com pontos críticos entre as necessidades apontadas e a efetivação de ações que permitam incluir os adolescentes como sujeitos de direitos que necessitam de atenção semelhante a outros segmentos populacionais.

2013

Teixeira, Silva, Teixeira et al.

Políticas públicas de atenção às adolescentes grávidas - uma revisão bibliográfica.

Adolescência & Saúde

Revisão integrativa de literatura

Foi realizada uma análise quanto às políticas públicas existentes têm sido eficazes na prevenção da gravidez na adolescência. Chegando a uma conclusão que não há políticas específicas para esse grupo etário em efetivação no contexto nacional acerca da sexualidade e reprodução na adolescência, sendo identificada a Estratégia de Saúde da Família no contexto de saúde das jovens.

Programas voltados para a saúde do ado-lescente requerem abordagem interdisciplinar, envolvendo aspectos que interagem no cotidia-no dos adolescentes e no contexto em que es-tão inseridos, procurando adaptar os conteúdos desses programas às diferentes modalidades de demanda individual e coletiva13.

O impacto de ações mais efetivas neste campo de atuação e a busca pelo envolvimento cada vez maior de adolescentes nas ações bá-sicas de saúde poderiam contribuir para a pre-venção de inúmeros danos futuros, com reper-cussões não só restritas a indivíduos atendidos, mas voltadas para a comunidade na qual estes estão inseridos14.

A organização dos serviços de saúde tam-bém é fator importante para garantir o aces-so dos adolescentes às ações de promoção à saúde, de prevenção de agravos e doenças, bem como a reabilitação. Para essa organiza-

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cluia pessoas entre 10 e 24 anos a fi m de criar programas e projetos do Ministério da Saúde que englobassem a adolescência e da juventude em uma política nacional integrada que reco-nhecesse as práticas voltadas à saúde do ado-lescente. No entanto, houveram falhas devido a desarticulação das iniciativas governamentais11.

A utilização da abordagem multiprofi ssio-nal e interdisciplinar no trabalho voltado para os adolescentes é uma das formas mais adequadas de intervenção, correspondendo às demandas individuais e coletivas deste público, consideran-do os diferentes aspectos que interagem no co-tidiano e no contexto em que estão inseridos17.

Durante esta fase da vida é possível perce-ber intensas oscilações do humor e do estado de ânimo, deslocamento do sentimento de de-pendência dos pais para o grupo, necessidade de intelectualizar-se e fantasiar, crises religiosas, descoberta da sexualidade, dentre outras. Estas alterações juntamente com as vivências rele-vantes podem contribuir para a vulnerabilidade dos adolescentes5.

Nesse contexto, destaca-se a necessida-de de um a equipe multiprofi ssional na qual o enfermeiro ocupa lugar de articulador e pode proporcionar uma mudança na relação saúde--indivíduo nessa faixa etária em comparação com a da criança, em que a primeira deixa de ser uma relação profi ssional-responsável e passa a ser uma relação profi ssional-adolescente18. O enfermeiro deve prestar assistência à saúde do adolescente, promovendo o trabalho em conjun-to com as famílias e as comunidades, atuando como educador nas suas diversas necessidades19.

Este profi ssional deve ter como diretriz a responsabilidade pelo acompanhamento das condições de saúde de forma holística, respei-tando o indivíduo, os princípios e diretrizes do SUS16. Destaca-se que a função do enfermeiro na realização do acompanhamento do adolescente é criar vínculo com este grupo etário, permitin-do uma refl exão, discussão e esclarecimento de suas dúvidas 20,21. Grupos participativos voltados a questão da sexualidade o acesso à informação podem diminuir esses riscos por serem espaços

ção, alguns elementos importantes devem ser destacados, como a formação e a educação permanente dos recursos humanos, a estrutura física, os equipamentos e materiais que devem ser fornecidos de acordo com a realidade e a necessidade de cada serviço.

Observa-se que dentre as difi culdades identifi cadas na atenção à saúde do adolescente destacam-se a falta de preparo das equipes em promover ações que atendam esse público, e a não priorização do atendimento e sobrecarga de atividades, o que impede a realização de ati-vidades programadas de promoção da saúde e prevenção de agravos15,6.

No Brasil, a vulnerabilidade social dos ado-lescentes é extremamente preocupante, pois se identifi cam aqueles que são obrigados a pular etapas da vida para assumir responsabilidades de adultos, tornando-se responsáveis pelo sus-tento da família, abrindo mão da escola, da aprendizagem e do convívio em sociedade para se tornarem vítimas das dependências químicas, da criminalidade e da prostituição. Difi culdades na acessibilidade à escola e ao ser-viço de saúde também contribuem para inseri--los neste contexto16.

Diante desse cenário, é possível analisar os aspectos relacionados ao desenvolvimento dos adolescentes e às características do sistema de saúde, especifi camente voltadas à atenção básica. O atendimento deve fortalecer a auto-nomia dos sujeitos, considerando os aspectos físicos e o desenvolvimento psicossocial12.

O papel do enfermeiro na saúde do adolescente

O adolescer faz parte da condição humana. Esta é uma fase confusa, de contradições, onde o indivíduo encontra-se à procura de sua iden-tidade e autoestima. Na busca de atendimento profi ssional ao adolescente, em 1989, o Minis-tério da Saúde ofi cializou o Programa Saúde do Adolescente (PROSAD), a fi m de normatizar as ações de saúde voltadas para a faixa etária de 10 a 19 anos de idade7.

Também em 1999 foi criada a Área da Saú-de do Adolescente e do Jovem (ASAJ) que in-

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de autoconhecimento e de construção de valo-res, e não só de repasse de informações22.

Outras estratégias utilizadas para qualifi car a assistência primária são visitas domiciliares, aten-dimento individual, atividades em grupo para adolescentes, jovens e familiares, ações educati-vas e de promoção da saúde, participação juvenil e atividades intersetoriais15,4.

Os profi ssionais enfermeiros revelaram a existência de inúmeras difi culdades no desenvol-vimento de ações junto a esse grupo populacio-nal. Ao mesmo tempo, pôde-se constatar que tais difi culdades não se constituem em impedimen-tos para a ação efetiva3.

Apesar dos esforços para melhorar a qua-lidade da assistência prestada aos adolescentes na atenção primária, as ações desenvolvidas pelos enfermeiros ainda são fragmentadas, par-tindo de uma visão unidimensional da saúde, desconsiderando as causas não orgânicas dos problemas que ameaçam os adolescentes. É im-portante que a equipe de enfermagem envolva na assistência ao adolescente, com a implemen-tação de ações relacionadas a programas já exis-tentes ou à criação e busca de novas estratégias que venham melhorar o atendimento, valorizan-do características individuais e coletivas23.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

No âmbito das políticas públicas da saúde, há certa defi ciência na assistência ao adolescen-

te, e apesar da existência de programas específi -cos para atender esse grupo, os mesmos não são efetivamente executados.

Vários fatores foram apontados como rele-vantes para a inefi ciência dessas práticas, dentre os quais se destacam a falta de preparo, capa-citação dos profi ssionais e as defi ciências físicas das unidades para acolhimento dos adolescentes, associada a não inserção do adolescente no pla-nejamento, execução e avaliação das atividades.

Atualmente, a ESF vem se deparando com novos desafi os e com a necessidade de oferecer uma atenção mais abrangente. Torna-se campo fértil para a afi rmação desse novo modo de pen-sar em fazer saúde para os adolescentes. Essa estratégia, considerada núcleo da APS, coloca--se como um recurso relevante para a resolução de vários e importantes problemas relacionados à saúde desse público. Assim, deve-se buscar a consolidação de ações que atendam a essa po-pulação de forma integral.

Faz-se necessário, portanto, repensar as práticas atualmente utilizadas, visto que os re-sultados obtidos poderão ser mais satisfatórios. O foco de atenção não deve estar voltado so-mente para problemas orgânicos, deve-se com-preender o desenvolvimento psicossocial dessa população. O embasamento em pesquisas e ar-tigos científi cos auxiliará no entendimento dessa fase, para que assim, decisões fundamentadas possam ser tomadas com base em atividades desenvolvidas em nível primário, culminando em resultados positivos concretos.

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