Carcinomas do Epitélio Folicular da Tiroide: Formas Familiares · Projeto de Opção do 6º ano -...

39
Adriana da Costa Meneses Carcinomas do Epitélio Folicular da Tiroide: Formas Familiares 2011/2012 março, 2012

Transcript of Carcinomas do Epitélio Folicular da Tiroide: Formas Familiares · Projeto de Opção do 6º ano -...

Page 1: Carcinomas do Epitélio Folicular da Tiroide: Formas Familiares · Projeto de Opção do 6º ano - DECLARAÇÃO DE INTEGRIDADE Eu, Adriana da Costa Meneses, abaixo assinado, nº mecanográfico

Adriana da Costa Meneses

Carcinomas do Epitélio Folicular da

Tiroide: Formas Familiares

2011/2012

março, 2012

Page 2: Carcinomas do Epitélio Folicular da Tiroide: Formas Familiares · Projeto de Opção do 6º ano - DECLARAÇÃO DE INTEGRIDADE Eu, Adriana da Costa Meneses, abaixo assinado, nº mecanográfico

Adriana da Costa Meneses

Carcinomas do Epitélio Folicular da

Tiroide: Formas Familiares

Mestrado Integrado em Medicina

Área: Endocrinologia

Trabalho efetuado sob a Orientação de:

Dr.ª Elisabete Rodrigues

Trabalho organizado de acordo com as normas da revista:

Acta Médica Portuguesa

março, 2012

Page 3: Carcinomas do Epitélio Folicular da Tiroide: Formas Familiares · Projeto de Opção do 6º ano - DECLARAÇÃO DE INTEGRIDADE Eu, Adriana da Costa Meneses, abaixo assinado, nº mecanográfico

Projeto de Opção do 6º ano - DECLARAÇÃO DE INTEGRIDADE

Eu, Adriana da Costa Meneses, abaixo assinado, nº mecanográfico 060801155, estudante do 6º

ano do Mestrado Integrado em Medicina, na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto,

declaro ter atuado com absoluta integridade na elaboração deste projeto de opção.

Neste sentido, confirmo que NÃO incorri em plágio (ato pelo qual um indivíduo, mesmo por

omissão, assume a autoria de um determinado trabalho intelectual, ou partes dele). Mais

declaro que todas as frases que retirei de trabalhos anteriores pertencentes a outros autores,

foram referenciadas, ou redigidas com novas palavras, tendo colocado, neste caso, a citação da

fonte bibliográfica.

Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, ___/___/______

Assinatura: ________________________________________________

Page 4: Carcinomas do Epitélio Folicular da Tiroide: Formas Familiares · Projeto de Opção do 6º ano - DECLARAÇÃO DE INTEGRIDADE Eu, Adriana da Costa Meneses, abaixo assinado, nº mecanográfico

Projeto de Opção do 6º ano – DECLARAÇÃO DE REPRODUÇÃO

Nome: Adriana da Costa Meneses

Endereço eletrónico: [email protected] Telefone ou Telemóvel: 912945008

Número do Bilhete de Identidade: 13363293

Título da Monografia: Carcinomas do Epitélio Folicular da Tiroide: Formas Familiares

Orientador: Maria Elisabete Gonçalves Rodrigues

Ano de conclusão: 2012

Designação da área do projeto: Endocrinologia

É autorizada a reprodução integral desta Monografia para efeitos de investigação e de divulgação

pedagógica, em programas e projetos coordenados pela FMUP.

Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, ___/___/______

Assinatura: _______________________________________________

Page 5: Carcinomas do Epitélio Folicular da Tiroide: Formas Familiares · Projeto de Opção do 6º ano - DECLARAÇÃO DE INTEGRIDADE Eu, Adriana da Costa Meneses, abaixo assinado, nº mecanográfico

1

Título: Carcinomas do Epitélio Folicular da Tiroide: Formas Familiares

Tipo de Artigo: Monografia

Contagem de Palavras:

Artigo: 3427

Referências: 60

Resumo: 265

Abstract: 253

Figuras: 0

Tabelas: 5

Agradecimentos:

À Dr.ª Elisabete Rodrigues, pela disponibilidade, orientação dedicada e críticas pertinentes ao

longo da execução da tese.

Ao Professor Davide Carvalho pela disponibilidade sempre demonstrada.

À minha família pelo apoio incondicional, paciência e carinho ao longo de todo este percurso.

Aos meus amigos por me terem feito sempre sorrir ao longo do projeto.

Page 6: Carcinomas do Epitélio Folicular da Tiroide: Formas Familiares · Projeto de Opção do 6º ano - DECLARAÇÃO DE INTEGRIDADE Eu, Adriana da Costa Meneses, abaixo assinado, nº mecanográfico

2

Lista de Autores:

Adriana, MENESES

Serviço de Endocrinologia

Faculdade de Medicina da Universidade do Porto

Alameda Professor Hêrnani Monteiro, 4200 Porto

+351225513618

[email protected]

Page 7: Carcinomas do Epitélio Folicular da Tiroide: Formas Familiares · Projeto de Opção do 6º ano - DECLARAÇÃO DE INTEGRIDADE Eu, Adriana da Costa Meneses, abaixo assinado, nº mecanográfico

3

ÍNDICE

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ................................................................................... 4

RESUMO ........................................................................................................................... 5

ABSTRACT ......................................................................................................................... 7

INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 8

MÉTODOS ......................................................................................................................... 9

CARCINOMAS FAMILIARES DO EPITÉLIO FOLICULAR DA TIROIDE ................................... 10

FORMAS ASSOCIADAS A SÍNDROMES .................................................................. 10

Polipose Adenomatosa Familiar ............................................................ 10

Síndrome PTEN/Hamartoma .................................................................. 11

Complexo de Carney .............................................................................. 13

Síndrome de Werner .............................................................................. 13

FORMAS NÃO-SÍNDRÓMICAS ............................................................................... 14

Critérios de Diagnóstico ......................................................................... 14

Aspetos Genéticos .................................................................................. 15

Aspetos Clínicos ..................................................................................... 16

Rastreio e Diagnóstico ........................................................................... 18

Tratamento ............................................................................................ 19

CONCLUSÃO ..................................................................................................................... 19

REFERÊNCIAS .................................................................................................................... 21

TABELAS............................................................................................................................ 25

ANEXOS ............................................................................................................................ 30

Page 8: Carcinomas do Epitélio Folicular da Tiroide: Formas Familiares · Projeto de Opção do 6º ano - DECLARAÇÃO DE INTEGRIDADE Eu, Adriana da Costa Meneses, abaixo assinado, nº mecanográfico

4

LISTA DE ABREVIATURAS

BMN Bócio multinodular

BAAF Biopsia aspirativa por agulha fina

CFT Carcinoma Folicular da Tiroide

CNMT Carcinoma não-medular da tiroide

CNMTf Forma familiar de carcinoma não-medular da tiroide

CPT Carcinoma Papilar da Tiroide

CPTf Carcinoma papilar da tiroide familiar

HCEPR Hipertrofia congénita do epitélio pigmentado da retina

NEM Neoplasia Endócrina Múltipla

PAF Polipose Adenomatosa Familiar

PRKAR1-α Subunidade reguladora da proteína quinase A tipo 1-α

SC Síndrome de Cowden

Page 9: Carcinomas do Epitélio Folicular da Tiroide: Formas Familiares · Projeto de Opção do 6º ano - DECLARAÇÃO DE INTEGRIDADE Eu, Adriana da Costa Meneses, abaixo assinado, nº mecanográfico

5

CARCINOMAS DO EPITÉLIO FOLICULAR DA TIROIDE: FORMAS FAMILIARES

RESUMO

Os carcinomas da tiroide podem classificar-se em carcinomas medulares com origem nas

células parafoliculares e em carcinomas não-medulares com origem nas células foliculares. Os

carcinomas não-medulares são os mais frequentes sendo na sua maioria esporádicos. Todavia,

cerca de 5% são considerados formas familiares.

As formas familiares dos carcinomas não-medulares da tiroide podem estar associados a

síndromes ou serem não-sindrómicas.

O objetivo deste trabalho é fazer uma revisão do estado da arte acerca das formas familiares

do carcinoma não-medular da tiroide, incluindo aspetos relacionados com as suas

características clínicas, aspetos genéticos, formas de rastreio e diagnóstico bem como

tratamento e prognóstico.

Nas formas associadas a síndromes existe um aumento da prevalência de carcinomas não-

medulares da tiroide, no contexto de um síndrome neoplásico familiar, caracterizado pela

predominância de tumores não tiroideus. Estes encontram-se bem caracterizados em termos

clínicos e genéticos. Já o mesmo não acontece com as formas não-sindrómicas. Foram

publicados critérios de diagnóstico para esta patologia, que mais tarde foram revistos, não

existindo atualmente consenso. Este facto leva a que ainda não esteja bem estabelecido se há

ou não uma maior agressividade clínica comparativamente às formas esporádicas. Continua a

investigar-se a existência de um locus genético suscetível, não se tendo chegado a nenhuma

conclusão definitiva, colocando-se a hipótese de poder tratar-se de um modelo poligénico. As

formas de rastreio e tratamento também ainda não estão definidas de forma consensual.

Page 10: Carcinomas do Epitélio Folicular da Tiroide: Formas Familiares · Projeto de Opção do 6º ano - DECLARAÇÃO DE INTEGRIDADE Eu, Adriana da Costa Meneses, abaixo assinado, nº mecanográfico

6

São necessários mais estudos para se chegar a conclusões mais precisas e conseguir-se uma

melhor gestão no reconhecimento de casos. Assim poder-se-ia instituir uma forma de rastreio

eficaz e um potencial tratamento para indivíduos com risco aumentado.

Page 11: Carcinomas do Epitélio Folicular da Tiroide: Formas Familiares · Projeto de Opção do 6º ano - DECLARAÇÃO DE INTEGRIDADE Eu, Adriana da Costa Meneses, abaixo assinado, nº mecanográfico

7

ABSTRACT

Thyroid carcinomas can be classified as medullary carcinomas with origin in parafollicular cells

and non-medullary carcinomas with origin in follicular cells, respectively. The non-medullary

carcinomas are the most frequent and the majority of them are sporadic. However, around

5% are considered familiar forms.

The familiar forms of non-medullary thyroid carcinomas can be classified as being associated

to syndromes or as being non-syndromic.

The purpose of this paper is to review the state of the art about, the familiar forms of non-

medullary thyroid carcinomas, including aspects related to their clinical characteristics,

genetics, screening, diagnosis as well as treatment and prognosis.

In the syndrome associated forms there is an increased prevalence of non-medullary thyroid

carcinomas, within a familiar neoplastic syndrome, characterized by the predominance of non

thyroid tumors. These are well classified both clinically and genetically. The same doesn’t

happen with the non-syndromic forms. Diagnostic criteria were published for this pathology

which were later revised, and currently there is no consensus. It is not yet well stablished

whether or not there is greater clinical aggressiveness compared to the sporadic forms. The

existence of a susceptible genetic locus is still being investigated without having reached any

definitive conclusion. It also exists the possibility of this being a polygenic model. The

screening and treatment form also are not well defined by consensus.

Further studies are needed to reach more accurate conclusions and to achieve a better case

identification management. That way, there could be an effective screening procedure and a

potential treatment for individuals with increased risk.

Page 12: Carcinomas do Epitélio Folicular da Tiroide: Formas Familiares · Projeto de Opção do 6º ano - DECLARAÇÃO DE INTEGRIDADE Eu, Adriana da Costa Meneses, abaixo assinado, nº mecanográfico

8

INTRODUÇÃO

A patologia nodular da tiroide é muito frequente na população geral, ainda mais nas mulheres

que nos homens (razão de 3:1). A sua prevalência estimada por estudos ecográficos é de 20 a

76% o que é comparável com os dados das séries de autópsias1, 2. No entanto, apenas uma

minoria é maligna, representando menos de 1% da totalidade dos carcinomas3, 4. Nos últimos

anos tem havido um aumento da prevalência desta patologia maligna, sendo mesmo

considerado um dos mais frequentes dentro do grupo das neoplasias malignas 3. Este aumento

poderá, em parte, ser explicada pela maior acuidade e facilidade de acesso aos meios

complementares de diagnóstico, o que leva à maior deteção de nódulos de pequenas

dimensões, não palpáveis5.

Os carcinomas da tiroide classificam-se em carcinomas não-medulares, com origem nas células

do epitélio folicular (nestes incluem-se o carcinoma papilar da tiroide (CPT), o carcinoma

folicular da tiroide (CFT), as suas variantes de Hurthle e ainda formas mais raras e

indiferenciadas do carcinoma) e carcinomas medulares, com origem nas células

parafoliculares6. Ambos podem apresentar-se como formas esporádicas ou familiares, as quais

pressupõem um componente hereditário na forma de transmissão.

Os carcinomas não-medulares da tiroide (CNMT) , os mais frequentes, correspondem a cerca

de 95%, sendo a maioria esporádicos3. O primeiro caso de forma familiar de carcinoma não

medular da tiroide (CNMTf) foi descrito quando se publicou o caso de dois gémeos de 24 anos

com o diagnóstico desta patologia7. Nos últimos anos tem-se verificado um aumento da

descrição de casos de CNMT com predisposição familiar, com prevalências que variam, em

diversos estudos, entre 3,5 a 15% dos cancros da tiroide3, 6, 8-15.

As formas familiares do CNMT são um grupo heterogéneo de doenças podendo classificar-se

em dois grupos: associadas a síndromes e não sindrómicas. No primeiro grupo existe um

aumento da prevalência de CNMT no contexto de um síndrome neoplásico familiar,

Page 13: Carcinomas do Epitélio Folicular da Tiroide: Formas Familiares · Projeto de Opção do 6º ano - DECLARAÇÃO DE INTEGRIDADE Eu, Adriana da Costa Meneses, abaixo assinado, nº mecanográfico

9

caracterizado por predominância de tumores não tiroideus. Nas formas não sindrómicas a

neoplasia predominante é o CNMT, ainda que outras neoplasias possam ocorrer com maior

frequência3, 4, 6. (Ver tabela 1)

Ao contrário do que acontece com outras patologias tiroideias, como é o caso do carcinoma

medular da tiroide, na CNMTf, a relação entre mecanismos moleculares e características

fenotípicas não é linear, não existindo consenso sobre as implicações clínicas e terapêuticas.

Como tal, o objetivo deste trabalho é fazer uma revisão do estado da arte acerca das formas

familiares de CNMT, incluindo aspetos relacionados com as suas características clínicas,

aspetos genéticos, formas de rastreio e diagnóstico, bem como tratamento e prognóstico. O

interesse do conhecimento dos genes responsáveis por estas formas familiares advêm da

possibilidade de eles contribuírem, através de mutações somáticas, para o aparecimento de

formas esporádicas de carcinoma da tiroide16.

MÉTODOS

Para a realização deste trabalho efetuaram-se duas pesquisa na Medline, com as seguintes

questões: “Familial thyroid carcinoma AND non-medullary” e “Familial papillary thyroid

carcinoma”, tendo-se obtido um total de 36 e 149 artigos, respetivamente.

Os critérios de inclusão usados foram: 1) artigos escritos em português, inglês, espanhol ou

francês; 2) estudos realizados em humanos; 3) artigos de revisão, originais, metanálises e

editoriais. Foram excluídos os artigos: 1) sem resumo; 2) a que não se teve acesso ao artigo

integral; 3) casos clínicos e cartas ao editor.

Foram selecionados pelo título, de acordo com os critérios de inclusão, 23 e 77 artigos

respetivamente. Após a leitura do resumo foram excluídos, de acordo com os critérios usados,

4 e 39 artigos, respetivamente, ficando 54 artigos para leitura integral (3 deles repetidos nas

duas pesquisas). Destes excluíram-se 15 artigos por não serem considerados relevantes para o

Page 14: Carcinomas do Epitélio Folicular da Tiroide: Formas Familiares · Projeto de Opção do 6º ano - DECLARAÇÃO DE INTEGRIDADE Eu, Adriana da Costa Meneses, abaixo assinado, nº mecanográfico

10

estudo. Foram ainda incluídos 19 outros artigos obtidos da bibliografia já adquirida,

considerados úteis.

No total foram então utilizados 58 artigos e ainda as recomendações mais recentes relativas à

patologia nodular tiroideia e carcinomas da tiroide.

CARCINOMAS FAMILIARES DO EPITÉLIO FOLICULAR DA TIROIDE

1. Formas Associadas a Síndromes

Os CNMT são encontrados com maior frequência em alguns síndromes caracterizados por

outro tipo de tumores, como a Polipose Adenomatosa Familiar (FAP), Síndrome de Gardner,

Síndrome de Cowden (SC), Complexo de Carney, Síndrome de Werner, Síndrome de Pendred e

Neoplasias Endócrinas Multiplas (NEM) tipo II. Nestas síndromes as características

anatomopatológicas dos tumores da tiroide são por vezes diferentes devendo alertar os

anatomopatologistas para sugerir uma investigação mais cuidadosa do indivíduo afetado, bem

como dos seus familiares3, 4, 6. Na tabela 2 e 3 encontra-se o resumo das alterações genéticas e

manifestações clínicas das várias síndromes acima referidas.

Existem ainda outras síndromes onde foi diagnosticado CNMT, no entanto, a sua ligação ainda

não está bem estabelecida. São exemplos a síndrome de McCune Albright, a síndrome de

Peutz Jeghers e a síndrome da ataxia-telangiectasia17.

Polipose Adenomatosa Familiar

É uma síndrome com transmissão autossómica dominante, onde ocorre uma mutação

germinativa no gene APC localizado no cromossoma 5q21. Caracteriza-se pela presença de

centenas de pólipos adenomatosos no cólon que se desenvolvem nos adultos jovens, e se não

forem retirados originam carcinoma do cólon em virtualmente 100% dos casos. As alterações

extra-cólicas da PAF incluem osteomas, cistos epidérmicos, tumores desmóides, hamartomas

Page 15: Carcinomas do Epitélio Folicular da Tiroide: Formas Familiares · Projeto de Opção do 6º ano - DECLARAÇÃO DE INTEGRIDADE Eu, Adriana da Costa Meneses, abaixo assinado, nº mecanográfico

11

poliposos do trato gastrointestinal superior, hipertrofia congénita do epitélio pigmentado da

retina (HCEPR), hepatoblastoma e tumores da tiroide3, 4, 6, 17, 18.

Os tumores da tiroide ocorrem, segundo diversos autores, numa frequência de 2 a 15%5, 6, 19, 20,

tendo as mulheres jovens com PAF uma probabilidade 160 vezes maior de desenvolver

carcinoma da tiroide que a população geral. Segundo Cetta e col., em 33% dos indivíduos

diagnostica-se primeiro o carcinoma da tiroide19. Os carcinomas da tiroide associados à PAF

são geralmente multifocais, bilaterais e histologicamente diferentes dos tumores esporádicos3,

17, 20, 21. Em 90% dos casos a histologia revela morfologia cribriforme-morular, que é rara na

forma esporádica (0,1 a 0,2%). Por isso, indivíduos que sejam diagnosticado com esta forma de

CNMT devem ser investigados à procura de uma possível PAF17, 22-24. O prognóstico destes

tumores é excelente (menos de 10% são agressivos)3, 17, 20, 21. Esta variante do CPT pode ser

distinguida pela expressão aumentada de betacatenina17.

Foi descrita uma região onde as mutações ocorrem com maior frequência nos indivíduos com

PAF e CPT. Cetta e col. concluíram que 87% dos doentes com estas duas entidades associadas

tinham mutações germinativas, e 80% possuíam a mutação na região genómica associada à

HCEPR, e na região cluster mutacional da região 5’ do exão 1519. Nos doentes com HCEPR e nos

seus familiares deve realizar-se rastreio tiroideu a partir dos 15 anos5. Nos indivíduos com

mutações noutras regiões do gene APC não está indicada a realização de rastreio de rotina17.

Os doentes diagnosticados com CPT devem ser submetidos a tiroidectomia total20, 24.

Síndrome Tumor PTEN-Hamartoma

Esta síndrome é um complexo provocado por uma mutação inativante germinativa do gene

supressor tumoral PTEN, que se localiza no cromossoma 10q23.3 e inclui a Síndrome de

Cowden, Síndrome Bannayan-Riley-Ruvalcaba, Síndrome Proteus e Síndrome Proteus like.

Apenas 10 a 50% dos doentes têm familiares afetados com a doença3, 4.

Page 16: Carcinomas do Epitélio Folicular da Tiroide: Formas Familiares · Projeto de Opção do 6º ano - DECLARAÇÃO DE INTEGRIDADE Eu, Adriana da Costa Meneses, abaixo assinado, nº mecanográfico

12

No SC ,as mutações do gene PTEN foram encontradas em 80 a 85% dos doentes afetados. As

manifestações fenotípicas desenvolvem-se, em mais de 90% dos indivíduos, por volta dos 20

anos. Aos 30 anos quase todos já desenvolveram lesões mucocutâneas que são

patognomónicas. O SC é diagnosticado em média por volta da quarta década de vida3. Ao

contrário do que acontece com a PAF, aqui os hamartomas não são considerados pré-

malignos18. Os indivíduos afetados irão desenvolver tumores benignos e malignos num variado

número de tecidos como mama, útero e tiroide. Muitos doentes também têm lesões

mucocutâneas como queratose acral, pápulas papilomatosas orais e triquilemomas5, 17, 18. Os

critérios de diagnóstico foram definidos pelo International Cowden’s Consortium CD diagnosis

criteria/National Cancer Network25

Os achados anatomopatológicos da tiroide são relativamente frequentes nesta síndrome

(presentes em 60% dos indivíduos) e afetam principalmente as células foliculares17. Nesta

síndrome, o CFT é geralmente multicêntrico e origina-se a partir de um adenoma folicular pré-

existente, surge com uma frequência de 5 a 10% e é considerado um critério de diagnóstico

major. O bócio multinodular, nódulos adenomatosos múltiplos e adenomas foliculares são

critérios de diagnóstico minor, ocorrendo com uma frequência de 50 a 67%. Na SC os nódulos

adenomatosos são caracteristicamente múltiplos, podendo exceder os 100 nódulos e variam

entre 0,1 a 0,8 cm. Os adenomas foliculares são também muito comuns e geralmente

múltiplos. O CPT raramente está associado a esta síndrome. Nalguns estudos identificou-se

hiperplasia das células C, ainda que o carcinoma medular não faça parte do espectro da SC3, 26.

O diagnóstico das lesões tiroideias geralmente precede o diagnóstico da SC em muitos anos17

A grande incidência de patologia tiroideia em doentes com SC leva a que alguns autores

recomendem a realização de ecografia cervical de rotina5, 17, não existindo no entanto

recomendações específicas que o aconselhem18. Nos casos onde a biópsia aspirativa por

agulha fina (BAAF) é duvidosa, alguns autores recomendam a realização de tiroidectomia17.

Page 17: Carcinomas do Epitélio Folicular da Tiroide: Formas Familiares · Projeto de Opção do 6º ano - DECLARAÇÃO DE INTEGRIDADE Eu, Adriana da Costa Meneses, abaixo assinado, nº mecanográfico

13

Complexo de Carney

É uma síndrome de transmissão autossómica dominante caracterizada pela presença de

pigmentação da pele, hiperatividade endócrina e mixomas (podem estar presentes no coração,

pele (lentigos), tecido conjuntivo, canal auditivo externo e mama)17. É definido pela associação

de múltiplas neoplasias endócrinas e outras manifestações como acromegalia, hiperplasia

micronodular primária pigmentada do córtex suprarrenal, mixomas cardíacos e cutâneos,

lentiginose, nevos azuis múltiplos, adenomas mamários, tumores testiculares, cistos ováricos,

schwanomas, osteocondromixomas ou tumores tiroideus. Esta síndrome é diagnosticada

aquando da presença de duas ou mais destas manifestações ou se o paciente tiver a mutação

germinativa da subunidade reguladora da proteína quinase A tipo 1-alfa (PRKAR1-α) e/ou se

um parente de primeiro grau estiver afetado com uma única manifestação3, 17. Esta síndrome é

classificada como tipo 1 quando há uma mutação na PRKAR1-α, ou tipo 2 quando a mutação se

encontra no cromossoma 2q1627.

Nestes doentes a tiroide é normalmente nodular, com nódulos adenomatosos bilaterais,

adenomas foliculares, CPT e CFT. Estas características estão presentes em cerca de 11-15% dos

doentes. Ainda que a probabilidade de carcinoma da tiroide seja baixa, a prevalência de

nódulos tiroideus é bastante elevada4-6, 28.

Doentes com Complexo de Carney ou predisposição genética para o mesmo devem fazer

rastreio anual das manifestações da doença17.

Síndrome de Werner

A síndrome de Werner é uma doença rara do tecido conjuntivo caracterizada por transmissão

autossómica recessiva, que tipicamente se manifesta na terceira década de vida. É

caracterizada por envelhecimento precoce, cataratas bilaterais, cabelo cinzento e atrofia

Page 18: Carcinomas do Epitélio Folicular da Tiroide: Formas Familiares · Projeto de Opção do 6º ano - DECLARAÇÃO DE INTEGRIDADE Eu, Adriana da Costa Meneses, abaixo assinado, nº mecanográfico

14

cutânea e muscular. Os indivíduos afetados com esta síndrome têm risco aumentado de

desenvolver inúmeras neoplasias, entre as quais, tiroideias29.

Esta síndrome é provocada por uma mutação no gene WRN, que codifica uma proteína

importante na reparação e replicação do DNA, que está presente no cromossoma 8p11-p12.

Suspeita-se deste diagnóstico pela apresentação clínica, sendo depois confirmado com estudos

moleculares5, 17, 29.

As neoplasias da tiroide nestes indivíduos ocorrem numa idade inferior à população geral, com

uma razão mulher homem menor (2:1). Existe uma probabilidade três vezes maior de

desenvolver CFT e seis vezes superior de desenvolver carcinoma anaplásico. Devem ser feitos

exames de rastreio nestes doentes3-5, 17.

2. Formas Não Sindrómicas

Fazem parte deste grupo as formas familiares do carcinoma papilar, o carcinoma papilar da

tiroide com ou sem oxifilia, o carcinoma papilar da tiroide associado a carcinoma papilar das

células renais e o carcinoma papilar da tiroide com bócio multinodular6.

Critérios de Diagnóstico

Após a identificação do primeiro caso de carcinoma papilar da tiroide familiar (CPTf) em 1955

foram surgindo cada vez mais descrições de CPTf sem qualquer associação a outras síndromes

clínicas ou exposição ambiental, como é o exemplo da publicação de Lote e col. em 198030.

Perante esta heterogeneidade de publicações, sem que existissem critérios rigorosos, e para se

conseguir realizar estudos epidemiológicos, genéticos e clinicopatológicos precisos, tornou-se

fundamental a criação de critérios de diagnóstico para esta entidade clínica31, 32. Assim,

Musholt e col., em 2000, realizaram uma meta-análise de toda a literatura inglesa de CPTf,

conseguindo estabelecer os critérios de identificação para esta patologia (tabela 4). Estes

Page 19: Carcinomas do Epitélio Folicular da Tiroide: Formas Familiares · Projeto de Opção do 6º ano - DECLARAÇÃO DE INTEGRIDADE Eu, Adriana da Costa Meneses, abaixo assinado, nº mecanográfico

15

critérios, apesar de uteis pelo seu carater objetivo, não foram considerados absolutos,

admitindo os próprios autores a possibilidade de exceções31.

No entanto, Charkes e col. demonstraram que devido à grande prevalência de cancro da

tiroide na população em geral, se numa família existirem apenas dois membros com CNMT a

probabilidade de ser esporádico é muito elevada (62-69%). Todavia se existirem três ou mais

familiares de primeiro grau com CNMT a possibilidade ser esporádico é inferior a 6%33. Mais

recentemente, outros autores consideram como definição da CNMTf a existência de três ou

mais familiares de primeiro grau com CNMT, na ausência de outro síndrome familiar3, 4, 6, 34.

Dotto e col. afirmam que famílias com 3 ou mais membros afetados e a presença de CPT em

homens e crianças é mais sugestivo de predisposição familiar4.

Aspetos Genéticos

Vários autores sugerem que a CNMTf tem transmissão autossómica dominante com

penetrância incompleta35. Todavia, há 10 anos que se tenta encontrar, sem sucesso, um locus

genético suscetível. Até à data já se excluíram alguns genes importantes (RET, TRKA, JUNB,

APC, PTEN e TSHR, MET, BRAF, PAX8 e NIS)6, 16, 36-41, existindo 6 regiões potenciais de

localização genética (MNG1, TCO, fPTC/PRN, NMTC1, FTEN e complexo telomerase-

telomerase)8, 16, 35, 38, 42-44.

Os genes anteriormente referidos foram encontrados em famílias isoladas, cujos resultados

nem sempre são confirmados por outros autores11, 36-38, 42-49. A tabela 5 apresenta um resumo

dos vários estudos a favor e contra estes genes específicos.

Os casos descritos sugerem que o gene MNG1 pode estar envolvido apenas num pequeno

número de casos com bócio multinodular (BMN)16. No que diz respeito ao gene TCO pensa-se

que pode estar associado a uma minoria de casos de tumores com oxifilia celular38. O gene

fPTC/PRN não foi descrito em outros estudos sobre CNMTf, sugerindo que este locus pode

Page 20: Carcinomas do Epitélio Folicular da Tiroide: Formas Familiares · Projeto de Opção do 6º ano - DECLARAÇÃO DE INTEGRIDADE Eu, Adriana da Costa Meneses, abaixo assinado, nº mecanográfico

16

estar associado especificamente à síndrome CPT/CPR16, 42, 43. O gene NMTC1 além de ter sido

reportado como sendo um locus suscetível na CNMTf, nas variantes foliculares do CPT foi

ainda sugerido posteriormente, que pode haver um aumento do risco da CNMTf em indivíduos

que tenham os loci NMTC1 e TCO44. Em relação ao complexo telomerase-telomerase,

Capezzone e col. sugeriram que o aumento da atividade desta enzima é provocado por uma

mutação genética que regula de forma positiva a expressão do gene da telomerase16.

É importante notar que apesar de existirem estudos com boa evidência para determinados

genes suscetíveis, análises subsequentes contradizem esses achados. Isto pode ser, em parte,

explicado pelas variações existentes nos diferentes desenhos de estudo. Alguns incluem

indivíduos com doença tiroideia benigna, que nem sempre progride para carcinoma podendo

estar a diluir os resultados. Por outro lado, na maioria não é usado um grupo controlo com

indivíduos com carcinoma esporádico. Por fim, o facto de serem usadas famílias isoladas

também contribui para esta heterogeneidade de resultados10, 16.

Percebe-se então que existem alguns fenótipos que estão associados a loci particulares e que

devido à raridade das doenças documentadas não é possível realizar-se uma subcaracterização

da doença. Estes achados levam a ponderar a possibilidade de estarmos perante um modelo

de doença poligénico16.

Continua a ser fundamental a identificação de marcadores moleculares já que isso permitirá

uma melhor gestão no reconhecimento de casos prováveis e um potencial tratamento em

indivíduos com um aumento de risco de desenvolver a doença16.

Aspetos Clínicos

Após a definição da CNMTf como uma entidade clínica distinta, e da criação de critérios

precisos de diagnóstico tornou-se importante definir quais as diferenças clínicas entre formas

familiares e esporádicas para se conseguir implementar eventuais formas de atuação distintas.

Page 21: Carcinomas do Epitélio Folicular da Tiroide: Formas Familiares · Projeto de Opção do 6º ano - DECLARAÇÃO DE INTEGRIDADE Eu, Adriana da Costa Meneses, abaixo assinado, nº mecanográfico

17

Apesar dos esforços realizados na tentativa de esclarecer esta questão, ainda não se conseguiu

reunir consenso. Alguns estudos sugerem que não existem diferenças clinico-patológicas entre

a forma familiar e esporádica dos CNMT12, 14, 50-52. Outros mais recentes, sugerem que as

formas familiares são mais frequentemente multifocais, têm maior número de metástases

ganglionares, maior percentagem de recidiva e são diagnosticadas mais cedo em comparação

com as formas esporádicas9, 13, 32, 49, 53-58. Foi também sugerido que a agressividade da doença

poderá ser mais comum no caso índice e nas famílias com três ou mais membros afetados13, 32.

No entanto, Capezzone e col. demonstraram que indivíduos de segunda geração são

diagnosticados em idades mais jovens e têm doença mais agressiva em comparação com os

familiares afetados, o que sugere a existência de um fenómeno de antecipação49.

Por outro lado, ainda que em alguns estudos se tenha provado que há uma maior

agressividade na forma familiar em comparação com as formas esporádicas, no que diz

respeito à sobrevivência, na maioria não foram reportadas diferenças estatisticamente

significativas13, 53, 54, 57. Isto pode ser explicado pelo facto do carcinoma da tiroide ter uma

mortalidade muito baixa. Não é por isso, previsível que venha a existir um estudo coorte com

uma catamnese suficientemente longa para se conseguir detetar pequenas alterações na

sobrevida10, 58. Apesar disso, alguns estudos reportaram um menor tempo livre de doença

entre os indivíduos com CNMTf, principalmente aqueles com três ou mais membros da família

afetados 13, 53, 58.

Foi também evidenciado em indivíduos com CNMTf que os seus familiares têm uma maior

incidência de bócio multinodular e hipotiroidismo. Já a frequência de anticorpos não se

revelou aumentada8, 31, 42.

A diversidade de resultados clinicopatológicos encontrados pode, em parte, também ser

explicada pela variedade de desenhos de estudo e diferentes critérios de inclusão usados pelos

autores 33. Os estudos citados consideraram apenas a presença de dois ou mais indivíduos com

Page 22: Carcinomas do Epitélio Folicular da Tiroide: Formas Familiares · Projeto de Opção do 6º ano - DECLARAÇÃO DE INTEGRIDADE Eu, Adriana da Costa Meneses, abaixo assinado, nº mecanográfico

18

parentesco em primeiro grau afetados como critério para definir a presença da CNMTf. Os

resultados podem, por isso, estar a ser desviados pela introdução de casos esporádicos como

sendo familiares 33.

Rastreio e Diagnóstico

Atualmente colocam-se várias questões relativamente à forma de atuação perante uma família

com CNMTf. Deve fazer-se rastreio aos membros de familiares afetados? Com que idade e

grau de parentesco?

Todos os indivíduos com patologia tiroideia devem ser sujeitos a uma anamnese minuciosa na

tentativa de identificar história familiar. Sendo a patologia da tiroide muito frequente na

população geral a distinção entre benignidade e malignidade torna-se essencial e a recolha da

história clínica pode ser um fator importante na decisão clínica a tomar13, 59, 60.

Ainda não estão definidos de forma rigorosa quais os procedimentos a seguir perante uma

família com CNMTf. Alguns autores consideram que deve ser realizada ecografia cervical a

todos os indivíduos com familiares de primeiro grau afetados, com o objetivo de detetar a

doença num estádio mais precoce13, 56. Uchino e col. concluíram que pelo menos 52% de

familiares de doentes com CNMTf têm um nódulo tiroideu, e em 10% dos casos é

diagnosticado carcinoma, um valor superior ao da população geral. A idade para iniciar este

rastreio não é consensual mas, estes autores sugerem que antes dos 20 anos não traz

benefícios56. Os principais problemas associados a esta metodologia prendem-se com a relação

custo-benefício, bem como a ansiedade gerada nos indivíduos implicados.

De seguida é necessário definir qual a atitude a tomar com os doentes em que sejam

detetados nódulos. As mais recentes recomendações aconselham que, ainda que se trate de

um nódulo infra-centimétrico, pelo maior risco que estes indivíduos têm de carcinoma, e

porque a probabilidade de malignidade não varia com o tamanho do nódulo, os membros de

Page 23: Carcinomas do Epitélio Folicular da Tiroide: Formas Familiares · Projeto de Opção do 6º ano - DECLARAÇÃO DE INTEGRIDADE Eu, Adriana da Costa Meneses, abaixo assinado, nº mecanográfico

19

famílias com CNMTf deviam ser sujeitos a BAAF1, 2. Apesar destas indicações alguns autores

mostram-se reticentes relativamente a este procedimento devido à maior percentagem de

falsos negativos nestes casos10, 13, 58, 60. Caso o resultado da biópsia seja negativo, sugere-se,

ainda que não seja consensual, que o procedimento deve ser repetido31.

Tratamento

Caso seja diagnosticado carcinoma da tiroide a abordagem terapêutica preconizada pelas

últimas recomendações da American Thyroid Association é a tiroidectomia total2. Este

procedimento é vantajoso pois permite a posterior realização de terapêutica ablativa com I-

131 radioativo, e o controlo da persistência/recorrência da doença através do doseamento da

tiroglobulina9, 10, 13, 60. Apesar de não ser consensual, vários estudos defendem que a

tiroidectomia total deve ser acompanhada de dissecção profilática do grupo ganglionar

central. Caso haja metastização nos gânglios da cadeia ganglionar lateral diagnosticada em

exames pré-operatórios, deve realizar-se exérese da cadeia ganglionar afetada10, 58. A ablação

com iodo radioativo é também aconselhada nestes estudos15, 54, 60. Maxwell e col., pelo

contrário, consideram que não deve haver uma atuação diferente nestes casos em relação aos

esporádicos14.

CONCLUSÃO

Os CNMTf podem ocorrer como formas isoladas ou associadas a síndromes. Apesar de ser

atualmente reconhecido como uma entidade clinica distinta ainda gera alguma controvérsia

no que diz respeito aos critérios de diagnóstico, à sua maior agressividade relativamente à

forma esporádica, alterações genéticas associadas, bem como formas de rastreio e tratamento

que devem ser instituídos.

É importante que haja uma uniformização dos critérios de diagnóstico para que os resultados

dos estudos se possam cruzar e se chegue a um consenso quanto à maior agressividade ou não

Page 24: Carcinomas do Epitélio Folicular da Tiroide: Formas Familiares · Projeto de Opção do 6º ano - DECLARAÇÃO DE INTEGRIDADE Eu, Adriana da Costa Meneses, abaixo assinado, nº mecanográfico

20

desta patologia. Assim, seria possível definir de forma mais precisa qual o tipo de tratamento e

rastreio mais adequado para os doentes afetados e seus familiares, respetivamente.

A continuidade da investigação por um locus genético suscetível é fundamental já que

permitirá uma melhor gestão no reconhecimento de casos e o desenvolvimento de um

potencial tratamento para indivíduos com risco aumentado.

Page 25: Carcinomas do Epitélio Folicular da Tiroide: Formas Familiares · Projeto de Opção do 6º ano - DECLARAÇÃO DE INTEGRIDADE Eu, Adriana da Costa Meneses, abaixo assinado, nº mecanográfico

21

REFERÊNCIAS

1. Gharib H, Papini E, Paschke R, Duick DS, Valcavi R, Hegedus L, et al. American Association of Clinical Endocrinologists, Associazione Medici Endocrinologi, and EuropeanThyroid Association Medical Guidelines for Clinical Practice for the Diagnosis and Management of Thyroid Nodules. Endocr Pract. 2010;16 Suppl 1:1-43. 2. Cooper DS, Doherty GM, Haugen BR, Kloos RT, Lee SL, Mandel SJ, et al. Revised American Thyroid Association management guidelines for patients with thyroid nodules and differentiated thyroid cancer. Thyroid. 2009;19(11):1167-214. 3. Nose V. Familial non-medullary thyroid carcinoma: an update. Endocr Pathol. 2008;19(4):226-40. 4. Dotto J, Nose V. Familial thyroid carcinoma: a diagnostic algorithm. Adv Anat Pathol. 2008;15(6):332-49. 5. Richards ML. Familial syndromes associated with thyroid cancer in the era of personalized medicine. Thyroid. 2010;20(7):707-13. 6. Nose V. Familial thyroid cancer: a review. Mod Pathol. 2011;24 Suppl 2:S19-33. 7. Robinson DW, Orr TG. Carcinoma of the thyroid and other diseases of the thyroid in identical twins. AMA Arch Surg. 1955;70(6):923-8. 8. Cross G, Pitoia F, Suarez H, Kral M, Manavela M, Morando D, et al. High prevalence of thyroid disorders in relatives of patients with familial papillary thyroid cancer. Medicina (B Aires). 2010;70(2):139-42. 9. Ito Y, Kakudo K, Hirokawa M, Fukushima M, Yabuta T, Tomoda C, et al. Biological behavior and prognosis of familial papillary thyroid carcinoma. Surgery. 2009;145(1):100-5. 10. Kebebew E. Hereditary non-medullary thyroid cancer. World J Surg. 2008;32(5):678-82. 11. Prazeres HJ, Rodrigues F, Soares P, Naidenov P, Figueiredo P, Campos B, et al. Loss of heterozygosity at 19p13.2 and 2q21 in tumours from familial clusters of non-medullary thyroid carcinoma. Fam Cancer. 2008;7(2):141-9. 12. Moses W, Weng J, Kebebew E. Prevalence, clinicopathologic features, and somatic genetic mutation profile in familial versus sporadic nonmedullary thyroid cancer. Thyroid. 2011;21(4):367-71. 13. Triponez F, Wong M, Sturgeon C, Caron N, Ginzinger DG, Segal MR, et al. Does familial non-medullary thyroid cancer adversely affect survival? World J Surg. 2006;30(5):787-93. 14. Maxwell EL, Hall FT, Freeman JL. Familial non-medullary thyroid cancer: a matched-case control study. Laryngoscope. 2004;114(12):2182-6. 15. Marchesi M, Biffoni M, Biancari F, Faloci C, Cresti R, Mariotti F, et al. Familial papillary carcinoma of the thyroid: a report of nine first-degree relatives of four families. Eur J Surg Oncol. 2000;26(8):789-91. 16. Khan A, Smellie J, Nutting C, Harrington K, Newbold K. Familial nonmedullary thyroid cancer: a review of the genetics. Thyroid. 2010;20(7):795-801. 17. Nose V. Thyroid cancer of follicular cell origin in inherited tumor syndromes. Adv Anat Pathol. 2010;17(6):428-36. 18. Harb WJ, Sturgis EM. Differentiated thyroid cancer associated with intestinal polyposis syndromes: a review. Head Neck. 2009;31(11):1511-9. 19. Cetta F, Montalto G, Gori M, Curia MC, Cama A, Olschwang S. Germline mutations of the APC gene in patients with familial adenomatous polyposis-associated thyroid carcinoma: results from a European cooperative study. J Clin Endocrinol Metab. 2000;85(1):286-92. 20. Herraiz M, Barbesino G, Faquin W, Chan-Smutko G, Patel D, Shannon KM, et al. Prevalence of thyroid cancer in familial adenomatous polyposis syndrome and the role of screening ultrasound examinations. Clinical gastroenterology and hepatology : the official clinical practice journal of the American Gastroenterological Association. 2007;5(3):367-73. 21. Cetta F, Curia MC, Montalto G, Gori M, Cama A, Battista P, et al. Thyroid carcinoma usually occurs in patients with familial adenomatous polyposis in the absence of biallelic

Page 26: Carcinomas do Epitélio Folicular da Tiroide: Formas Familiares · Projeto de Opção do 6º ano - DECLARAÇÃO DE INTEGRIDADE Eu, Adriana da Costa Meneses, abaixo assinado, nº mecanográfico

22

inactivation of the adenomatous polyposis coli gene. J Clin Endocrinol Metab. 2001;86(1):427-32. 22. Donnellan KA, Bigler SA, Wein RO. Papillary thyroid carcinoma and familial adenomatous polyposis of the colon. Am J Otolaryngol. 2009;30(1):58-60. 23. Lee S, Hong SW, Shin SJ, Kim YM, Rhee Y, Jeon BI, et al. Papillary thyroid carcinoma associated with familial adenomatous polyposis: molecular analysis of pathogenesis in a family and review of the literature. Endocr J. 2004;51(3):317-23. 24. Ito Y, Miyauchi A, Ishikawa H, Hirokawa M, Kudo T, Tomoda C, et al. Our experience of treatment of cribriform morular variant of papillary thyroid carcinoma; difference in clinicopathological features of FAP-associated and sporadic patients. Endocr J. 2011;58(8):685-9. 25. Marsh DJ, Kum JB, Lunetta KL, Bennett MJ, Gorlin RJ, Ahmed SF, et al. PTEN mutation spectrum and genotype-phenotype correlations in Bannayan-Riley-Ruvalcaba syndrome suggest a single entity with Cowden syndrome. Hum Mol Genet. 1999;8(8):1461-72. 26. Harach HR, Soubeyran I, Brown A, Bonneau D, Longy M. Thyroid pathologic findings in patients with Cowden disease. Ann Diagn Pathol. 1999;3(6):331-40. 27. Horvath A, Bertherat J, Groussin L, Guillaud-Bataille M, Tsang K, Cazabat L, et al. Mutations and polymorphisms in the gene encoding regulatory subunit type 1-alpha of protein kinase A (PRKAR1A): an update. Hum Mutat. 2010;31(4):369-79. 28. Stratakis CA, Courcoutsakis NA, Abati A, Filie A, Doppman JL, Carney JA, et al. Thyroid gland abnormalities in patients with the syndrome of spotty skin pigmentation, myxomas, endocrine overactivity, and schwannomas (Carney complex). J Clin Endocrinol Metab. 1997;82(7):2037-43. 29. Muftuoglu M, Oshima J, von Kobbe C, Cheng WH, Leistritz DF, Bohr VA. The clinical characteristics of Werner syndrome: molecular and biochemical diagnosis. Hum Genet. 2008;124(4):369-77. 30. Lote K, Andersen K, Nordal E, Brennhovd IO. Familial occurrence of papillary thyroid carcinoma. Cancer. 1980;46(5):1291-7. 31. Musholt TJ, Musholt PB, Petrich T, Oetting G, Knapp WH, Klempnauer J. Familial papillary thyroid carcinoma: genetics, criteria for diagnosis, clinical features, and surgical treatment. World J Surg. 2000;24(11):1409-17. 32. Sturgeon C, Clark OH. Familial nonmedullary thyroid cancer. Thyroid. 2005;15(6):588-93. 33. Charkes ND. On the prevalence of familial nonmedullary thyroid cancer in multiply affected kindreds. Thyroid. 2006;16(2):181-6. 34. Nose V. Familial follicular cell tumors: classification and morphological characteristics. Endocr Pathol. 2010;21(4):219-26. 35. Malchoff CD, Malchoff DM. Familial nonmedullary thyroid carcinoma. Cancer Control. 2006;13(2):106-10. 36. McKay JD, Williamson J, Lesueur F, Stark M, Duffield A, Canzian F, et al. At least three genes account for familial papillary thyroid carcinoma: TCO and MNG1 excluded as susceptibility loci from a large Tasmanian family. Eur J Endocrinol. 1999;141(2):122-5. 37. Malchoff CD, Sarfarazi M, Tendler B, Forouhar F, Whalen G, Joshi V, et al. Papillary thyroid carcinoma associated with papillary renal neoplasia: genetic linkage analysis of a distinct heritable tumor syndrome. J Clin Endocrinol Metab. 2000;85(5):1758-64. 38. Canzian F, Amati P, Harach HR, Kraimps JL, Lesueur F, Barbier J, et al. A gene predisposing to familial thyroid tumors with cell oxyphilia maps to chromosome 19p13.2. Am J Hum Genet. 1998;63(6):1743-8. 39. Corvi R, Lesueur F, Martinez-Alfaro M, Zini M, Decaussin M, Murat A, et al. RET rearrangements in familial papillary thyroid carcinomas. Cancer Lett. 2001;170(2):191-8.

Page 27: Carcinomas do Epitélio Folicular da Tiroide: Formas Familiares · Projeto de Opção do 6º ano - DECLARAÇÃO DE INTEGRIDADE Eu, Adriana da Costa Meneses, abaixo assinado, nº mecanográfico

23

40. Kraimps JL, Canzian F, Jost C, Menet E, Amati P, Levillian P, et al. Mapping of a gene predisposing to familial thyroid tumors with cell oxyphilia to chromosome 19 and exclusion of JUN B as a candidate gene. Surgery. 1999;126(6):1188-94. 41. Bakhsh A, Kirov G, Gregory JW, Williams ED, Ludgate M. A new form of familial multi-nodular goitre with progression to differentiated thyroid cancer. Endocr Relat Cancer. 2006;13(2):475-83. 42. Cavaco BM, Batista PF, Martins C, Banito A, do Rosario F, Limbert E, et al. Familial non-medullary thyroid carcinoma (FNMTC): analysis of fPTC/PRN, NMTC1, MNG1 and TCO susceptibility loci and identification of somatic BRAF and RAS mutations. Endocr Relat Cancer. 2008;15(1):207-15. 43. Bevan S, Pal T, Greenberg CR, Green H, Wixey J, Bignell G, et al. A comprehensive analysis of MNG1, TCO1, fPTC, PTEN, TSHR, and TRKA in familial nonmedullary thyroid cancer: confirmation of linkage to TCO1. J Clin Endocrinol Metab. 2001;86(8):3701-4. 44. McKay JD, Thompson D, Lesueur F, Stankov K, Pastore A, Watfah C, et al. Evidence for interaction between the TCO and NMTC1 loci in familial non-medullary thyroid cancer. J Med Genet. 2004;41(6):407-12. 45. Bignell GR, Canzian F, Shayeghi M, Stark M, Shugart YY, Biggs P, et al. Familial nontoxic multinodular thyroid goiter locus maps to chromosome 14q but does not account for familial nonmedullary thyroid cancer. Am J Hum Genet. 1997;61(5):1123-30. 46. Lesueur F, Stark M, Tocco T, Ayadi H, Delisle MJ, Goldgar DE, et al. Genetic heterogeneity in familial nonmedullary thyroid carcinoma: exclusion of linkage to RET, MNG1, and TCO in 56 families. NMTC Consortium. J Clin Endocrinol Metab. 1999;84(6):2157-62. 47. McKay JD, Lesueur F, Jonard L, Pastore A, Williamson J, Hoffman L, et al. Localization of a susceptibility gene for familial nonmedullary thyroid carcinoma to chromosome 2q21. Am J Hum Genet. 2001;69(2):440-6. 48. Stankov K, Pastore A, Toschi L, McKay J, Lesueur F, Kraimps JL, et al. Allelic loss on chromosomes 2q21 and 19p 13.2 in oxyphilic thyroid tumors. Int J Cancer. 2004;111(3):463-7. 49. Capezzone M, Marchisotta S, Cantara S, Busonero G, Brilli L, Pazaitou-Panayiotou K, et al. Familial non-medullary thyroid carcinoma displays the features of clinical anticipation suggestive of a distinct biological entity. Endocr Relat Cancer. 2008;15(4):1075-81. 50. Loh KC. Familial nonmedullary thyroid carcinoma: a meta-review of case series. Thyroid. 1997;7(1):107-13. 51. Leprat F, Bonichon F, Guyot M, Trouette H, Trojani M, Vergnot V, et al. Familial non-medullary thyroid carcinoma: pathology review in 27 affected cases from 13 French families. Clin Endocrinol (Oxf). 1999;50(5):589-94. 52. Mosso L, Velasco S, Salazar I, Solar A, Gonzalez H, Cardona B, et al. [Clinical features of 17 patients with familial non medullary thyroid carcinoma]. Rev Med Chil. 2007;135(6):718-24. Carcinoma familiar del tiroides no medular (CFTNM): caracteristicas de presentacion en 17 casos. 53. Alsanea O, Wada N, Ain K, Wong M, Taylor K, Ituarte PH, et al. Is familial non-medullary thyroid carcinoma more aggressive than sporadic thyroid cancer? A multicenter series. Surgery. 2000;128(6):1043-50;discussion 50-1. 54. Lupoli G, Vitale G, Caraglia M, Fittipaldi MR, Abbruzzese A, Tagliaferri P, et al. Familial papillary thyroid microcarcinoma: a new clinical entity. Lancet. 1999;353(9153):637-9. 55. Uchino S, Noguchi S, Kawamoto H, Yamashita H, Watanabe S, Shuto S. Familial nonmedullary thyroid carcinoma characterized by multifocality and a high recurrence rate in a large study population. World J Surg. 2002;26(8):897-902. 56. Uchino S, Noguchi S, Yamashita H, Murakami T, Watanabe S, Ogawa T, et al. Detection of asymptomatic differentiated thyroid carcinoma by neck ultrasonographic screening for familial nonmedullary thyroid carcinoma. World J Surg. 2004;28(11):1099-102.

Page 28: Carcinomas do Epitélio Folicular da Tiroide: Formas Familiares · Projeto de Opção do 6º ano - DECLARAÇÃO DE INTEGRIDADE Eu, Adriana da Costa Meneses, abaixo assinado, nº mecanográfico

24

57. Pitoia F, Cross G, Salvai ME, Abelleira E, Niepomniszcze H. Patients with familial non-medullary thyroid cancer have an outcome similar to that of patients with sporadic papillary thyroid tumors. Arq Bras Endocrinol Metabol. 2011;55(3):219-23. 58. Vriens MR, Suh I, Moses W, Kebebew E. Clinical features and genetic predisposition to hereditary nonmedullary thyroid cancer. Thyroid. 2009;19(12):1343-9. 59. Tsilchorozidou T, Vafiadou E, Yovos JG, Romeo G, McKay J, Lesueur F, et al. A Greek family with a follicular variant of familial papillary thyroid carcinoma: TCO, MNG1, fPTC/PRN, and NMTC1 excluded as susceptibility loci. Thyroid. 2005;15(12):1349-54. 60. Alsanea O. Familial nonmedullary thyroid cancer. Curr Treat Options Oncol. 2000;1(4):345-51.

Page 29: Carcinomas do Epitélio Folicular da Tiroide: Formas Familiares · Projeto de Opção do 6º ano - DECLARAÇÃO DE INTEGRIDADE Eu, Adriana da Costa Meneses, abaixo assinado, nº mecanográfico

25

TABELAS

Tabela 1 Classificação das formas associadas a síndromes e não sindrómicas das formas familiares dos carcinomas não medulares.

Formas Associadas a Síndromes Formas Não-Sindrómicas

Polipose Adenomatosa Familiar

Síndrome de Gardner

Síndrome de Cowden

Síndrome Peutz-Jeghers

Síndrome de Carney

Síndrome de Werner

Carcinoma papilar da tiroide familiar (CPTf)

CPTf associado a neoplasia papilar renal

Carcinoma não-medular da tiroide familiar tipo 1

Bócio Multinodular Familiar

Page 30: Carcinomas do Epitélio Folicular da Tiroide: Formas Familiares · Projeto de Opção do 6º ano - DECLARAÇÃO DE INTEGRIDADE Eu, Adriana da Costa Meneses, abaixo assinado, nº mecanográfico

26

Tabela 2 Alterações genéticas presentes nas formas associadas a síndromes

Síndrome Transmissão Mutação genética Localizaçao

cromossomica

Polipose Adenomatosa

Familiar

Autossómica Dominante

Gene supressor tumoral APC

5q21

Síndrome de Cowden

Autossómica Dominante

Gene supressor tumoral PTEN

10q23.3

Complexo de Carney Autossómica Dominante

PRKAR1-α (tipo 1) 17q22-24 (tipo 1)

2q16 (tipo 2)

Síndrome de Werner Autossómica

Recessiva Gene WRN 8p11-p12

Síndrome de Pendred

Autossómica Recessiva

SLC26A4 7q21-34

Page 31: Carcinomas do Epitélio Folicular da Tiroide: Formas Familiares · Projeto de Opção do 6º ano - DECLARAÇÃO DE INTEGRIDADE Eu, Adriana da Costa Meneses, abaixo assinado, nº mecanográfico

27

Tabela 3 Manifestações clínicas das formas associadas a síndromes17

Síndrome Patologia Extra-tiroideia Patologia Tiroideia

PAF e Síndrome Gardner

Pólipos adenomatosos múltiplos no trato gastrointestinal com potencial maligno; osteomas da mandíbula; displasia fibrosa do crânio; fibromas; tumores desmoides; cistos epidermicos; hipertrofia congénita do epitélio pigmentado da retina; hamartomas do trato gastrointestinal superior; dentes supranumerários; hepatoblastomas

Carcinoma papilar da tiroide com morfologia cribriforme-morular; Carcinoma papilar da tiroide clássico

Síndrome de Cowden

Hamartomas da mama, colon, endométrio e cérebro; carcinoma da mama, útero, e outros. Queratose oral; pápulas papilomatosas orais; triquilemomas

Carcinoma folicular da tiroide associado a inúmeros nódulos adenomatosos e adenomas foliculares

Complexo de Carney

Mixomas cardíacos e cutâneos; pigmentação da mucosa e da pele (nevos azuis); schwannomas; osteocondromixomas; tumores da supra-renal, hipófise e testiculos; adenomas mamários;

Carcinoma papilar da tiroide e carcinoma folicular da toroide

Sindrome de Werner

Envelhecimento prematuro; modificações da pele tipo esclerodermia; cataratas bilaterais; calcificações subcutêna; atrofia cutânea muscular e diabetes Mellitus.

Carcinoma papilar da tiroide; carcinoma folicular da tiroide; carcinoma anaplásico da tiroide

Síndrome de Pendred Surdez sensorial bilateral; Carcinoma folicular da

tiroide

Page 32: Carcinomas do Epitélio Folicular da Tiroide: Formas Familiares · Projeto de Opção do 6º ano - DECLARAÇÃO DE INTEGRIDADE Eu, Adriana da Costa Meneses, abaixo assinado, nº mecanográfico

28

Tabela 4 Critérios para as formas familiares do carcinoma não-medular da tiroide31

Critérios Primários

Carcinoma Papilar da tiroide em dois ou mais familiares de primeiro grau

Bócio multinodular em pelo menos 3 familiares de primeiro ou segundo grau de um doente com carcinoma papilar da tiroide

Critérios Secundários

Diagnóstico de carcinoma papilar da tiroide em doente com idade inferior a 33 anos

Carcinoma papilar da tiroide multifocal ou biltateral

Invasão local do tumor (pT4)

Metastização ganglionar (pN1) ou metastização à distância (M1)

Acumulação familiar de doenças tiroideias com origem na adolescência

Considera-se haver predisposição familiar para CPT quando estão reunidos:

Dois critérios primários ou

Um critério primário e três secundários

Critérios de Exclusão:

Exposição prévia a radiações

Identificação de síndromes neoplásicos associados (nomeadamente acumulação de carcinomas colorrectais, ováricos ou mamários no aglomerado familiar)

Identificação de alterações somáticas no DNA tumoral (nomeadamente rearranjos RET/PTC)

Page 33: Carcinomas do Epitélio Folicular da Tiroide: Formas Familiares · Projeto de Opção do 6º ano - DECLARAÇÃO DE INTEGRIDADE Eu, Adriana da Costa Meneses, abaixo assinado, nº mecanográfico

29

Tabela 5 Estudos a favor e contra as alterações genéticas identificadas nas formas não sindrómicas

Região potencialmente

candidata

Evidências a favor da associação Evidências Contra a associação

Autor Ano

Características da Família Ref Autor Ano

Características da família

Ref.

MNG1 (14q31)

Bignell e col., 1997 1 Fiatria (18 BMN, 2 CPT) 42 Bignell e col., 1997 37 Genogramas, 122 CNMTf/doença benigna

42

McKay e col. , 1999 1 Fiatria (9 PTC, 11 BMN) 34

Lesueur e col., 1999 56 Genogramas 43

Malchoff e col., 2000 1 Fiatria (5 PTC, 2 CPR) 35

Bevan e col., 2001 22 Genogramas 44

Cavaco e col., 2008 7 Familias 40

TCO (19p132)

Canzian e col., 1998 1 Fiatria (6 BMN, 3 PTC) 36 McKay e col., 1999 1 Fiatria (9 CPR, 11 BMN)

34

Bevan e col., 2001 1 Familia 44 Lesueur e col., 1999 56 Genogramas 43

McKay e col., 2004 10 Familia (35 CNMT, 18 benignos)

45 Malchoff e col., 2000 1 Fiatria (5 PTC, 2 CPR) 35

Prazeres e col., 2008 9 Famílias (14 CNMT) 11 Bevan e col., 2001 21 Familias 44

Cavaco e col., 2008 7 Famílias 40

fPTC/PRN (1q21)

Malchoff e col., 2000 1 Fiatria (5 PTC, 2 CPR) 35 Bevan e col., 2001 22 Famílias 44

Cavaco e col., 2008 7 Famílias 40

NMTC1 (2q21)

McKay e col., 2001 1 Fiatria ( 80 pedigrees) 46 Stankov e col., 2004 1 Fiatria (6 BMN, 3 CPT) 47

McKay e col., 2004 10 Famílias (35 CNMT) 45

Prazeres e col., 2008 9 Famílias (14 CNMT) 11 Cavaco e col., 2008 7 Famílias 40

Complexo telomerase-telomerase

Capezzone e col., 2008 47 CPTf 48

FTEN (8p23.1-p22)

Cavaco e col., 2008 1 Fiatria (11 benignos, 5 CNMT)

40 Cavaco e col., 2008 6 famílias 40

Page 34: Carcinomas do Epitélio Folicular da Tiroide: Formas Familiares · Projeto de Opção do 6º ano - DECLARAÇÃO DE INTEGRIDADE Eu, Adriana da Costa Meneses, abaixo assinado, nº mecanográfico

30

ANEXOS

INSTRUÇÕES A AUTORES

“ACTA MÉDICA”

Page 35: Carcinomas do Epitélio Folicular da Tiroide: Formas Familiares · Projeto de Opção do 6º ano - DECLARAÇÃO DE INTEGRIDADE Eu, Adriana da Costa Meneses, abaixo assinado, nº mecanográfico

1 www.actamedicaportuguesa.com

EdiçãoActa Med Port 2011

Normas de publicação acta médica portuguesa

25 de Outubro de 2011

Os artigos propostos não podem ter sido objecto de qualquer outro tipo de publicação. As opiniões expressas são da inteira res-ponsabilidade dos autores. Os artigos publicados ficarão propriedade conjunta da AMP e dos autores.A AMP reserva-se o direito de comercialização do artigo enquanto parte integrante da revista (na elaboração de separatas, por exemplo). O autor deverá enviar com a carta de submissão a declaração de cedência de direitos de autor para fins comerciais.Relativamente à utilização por terceiros a AMP rege-se pelos termos da licença Creative commons ‘Atribuição – Uso Não--Comercial – Proibição de Realização de Obras Derivadas (by-nc-nd)’.

A Acta Médica Portuguesa segue um rigoroso processo de revisão por pares (externos à revista). Os manuscritos recebidos serão enviados a peritos das diversas áreas, os quais deverão fazer os seus comentários, incluindo a sugestão de aceitação, aceitação condicionada a modificações ou rejeição. Estipula-se para esse processo o seguinte plano temporal:• Após a recepção do artigo, o Editor-Chefe, ou um dos Editores Associados, enviará o manuscrito a, no mínimo, dois revisores.• No prazo de um mês, o revisor deverá responder ao editor indicando os seus comentários relativos ao manuscrito sujeito a revisão, e a sua sugestão de quanto à aceitação ou rejeição do trabalho.• O Conselho Editorial tomará, num prazo de 15 dias, uma primeira decisão que poderá incluir a aceitação do artigo sem modificações, o envio dos comentários do(s) revisor(es) para que os Autores procedam de acordo com o indicado, ou a rejeição do artigo.• Os Autores dispõem de um mês para submeter a nova versão revista do manuscrito, contemplando as modificações recomendadas pelos peritos e pelo Conselho Editorial.• O Editor-Chefe ou um dos Editores Associados, dispõe de 15 dias para tomar a decisão de rejeitar o artigo na sua nova versão, aceitar o artigo na nova versão, ou submeter essa nova versão a um ou mais revisores externos, que poderão, ou não, coincidir com os que já fizeram a primeira revisão.• Caso o manuscrito seja reenviado para revisão externa, os peritos dispõem de um mês para o envio dos seus comentários e da sua sugestão quanto à aceitação ou recusa para publicação do manuscrito.Atendendo às sugestões dos revisores, o Editor Chefe poderá aceitar o artigo nesta nova versão, rejeitá-lo ou voltar a solicitar modificações. Neste último caso, os Autores dispõem de um mês para submeter uma versão revista, a qual poderá, caso o Editor Chefe assim o determine, voltar a passar por um processo de revisão por peritos externos.No caso da aceitação, em qualquer das fases anteriores, a mesma será comunicada ao Autor principal. Num prazo inferior a um mês, o Conselho Editorial enviará o artigo para revisão dos Autores já com a formatação final, mas sem a numeração definitiva. Os Autores dispõem de 5 dias para a revisão do texto e comunicação de quaisquer erros tipográficos. Nesta fase, os Autores não podem fazer qualquer modificação de fundo ao artigo, fora das correcções de erros. Não são permitidas, nomeadamente, alterações a dados de tabelas ou gráficos, alterações de texto, etc.Após a resposta dos Autores, ou na ausência de resposta, após o decurso dos 5 dias, o artigo considera-se concluído, e será dis-ponibilizado como [ahead of print] no site da Acta Médica Portuguesa.Quando recepcionarem a comunicação de aceitação, têm os autores que remeter de imediato, por correio o formulário de cedência de direitos que se encontra no site da AMP, devidamente preenchido e assinado por todos os autores.Na fase de revisão de provas tipográficas, alterações de fundo aos artigos não serão aceites e poderão implicar a sua rejeição posterior por decisão do Editor.

1. iNtrodução

2. processo editorial

Page 36: Carcinomas do Epitélio Folicular da Tiroide: Formas Familiares · Projeto de Opção do 6º ano - DECLARAÇÃO DE INTEGRIDADE Eu, Adriana da Costa Meneses, abaixo assinado, nº mecanográfico

2www.actamedicaportuguesa.com

Normas de publicação Acta Médica Portuguesa , Acta Med Port. 2011

A submissão de qualquer tipo de artigos à AMP deve ser feita exclusivamente por correio electrónico, seguindo com atenção as normas indicadas de seguida.Deverão ser enviados num único correio electrónico apenas os seguintes ficheiros, utilizando estas designações no nome do ficheiro:• Submissao• Texto_principal• Figura (tantos ficheiros quantas as figuras)No e-mail deverão os autores indicar caso não desejem ser incluídos na base de dados de revisores da AMP para futuros contactos.

Normas geraisa) submissãoO ficheiro «Submissao» tem que ser remetido através do preenchimento do formulário que se encontra disponível no site e que inclui o seguinte conteúdo:- Folha de título- lista de autores- check list

- Folha de títuloA Folha de Título deve indicar o tipo de artigo e a razão da submissão (a mais-valia resultante da respectiva publicação). O envio da folha de título implica a Declaração de Responsabilidade que certifica que o artigo não foi submetido a outra entidade e que todos os autores contribuíram de forma significativa para a sua elaboração. A Folha de Título confirma de forma inequívoca que todos os autores têm conhecimento da presente submissão e com ela concordam. A Folha de Título contém o título do artigo, o tipo de artigo (ver os tipos de artigo permitidos pela AMP e respectivas normas), identificação do autor que ficará responsável pelo contacto com a revista e prestação de informações aos co-autores; deverá igualmente indicar e referir o número de palavras do artigo, o número de palavras do resumo, o número de referências, de tabelas e de figuras. Estas informações, incluindo a autoria, não podem ser referidas em mais nenhum local do artigo.Título: o título do artigo (independentemente da sua tipologia) deve ser conciso e não deverá exceder os 120 caracteres. Não se aconselha a utilização de subtítulos. Deverá ser claramente identificativo do conteúdo do texto e não deverão utilizar-se títulos alegóricos ou metafóricos.Agradecimentos: os agradecimentos deverão ser colocados apenas na folha de título. Caso a pesquisa tenha usufruído de pa-trocínios externos, este facto deverá ser referido nos agradecimentos. Caso tenha sido recebido financiamento público, deverá indicar-se a referência completa do projecto financiado.Conflito de interesses: os autores deverão comunicar na folha de título a existência ou inexistência de laços financeiros/conflitos de interesse com a instituição que patrocinou a pesquisa. Caso não existam quaisquer conflitos, deverão incluir a seguinte afir-mação: Os autores declaram a inexistência de conflitos de interesse.

-lista de autores Inclui o nome e filiação profissional de todos os autores. A normalização dos nomes é essencial para a indexação nas bases de dados, especialmente nas estrangeiras.Os autores deverão identificar-se sempre: com um nome (apenas um e apresentado em minúsculas), um segundo nome (opcional, mas apenas um e que deverá igualmente ser apresentado em minúsculas) e um apelido (que deverá ser escrito em maiúsculas).Exemplo: João A. COSTA ou João António COSTASe o autor quiser utilizar dois apelidos (não se aceitarão mais do que dois apelidos), deverá colocar os dois em maiúsculas.Exemplo: João A. COSTA SILVA ou João António COSTA SILVAO uso de partículas no apelido (de, da, e) não é aconselhado. No entanto, se algum autor desejar utilizá-las, deverá considerá-las como parte do apelido e escrevê-las em maiúsculas.Exemplo 1: João A. COSTA DA SILVA Exemplo 2: João DA COSTA

3. FicHeiros a submeter

Page 37: Carcinomas do Epitélio Folicular da Tiroide: Formas Familiares · Projeto de Opção do 6º ano - DECLARAÇÃO DE INTEGRIDADE Eu, Adriana da Costa Meneses, abaixo assinado, nº mecanográfico

3 www.actamedicaportuguesa.com

Normas de publicação Acta Médica Portuguesa , Acta Med Port. 2011

- check listDeve preencher sempre a check list e submeter o artigo apenas quando cumpra todos os requisitos constantes da mesma.

b) texto principalNum ficheiro, chamado ‘texto_principal’, que começa com o título do artigo (o mesmo título em português e em inglês), deverá ser enviado o resumo em português (máximo: 350 palavras), e a sua versão em inglês (tem que corresponder a uma tradução fidedigna do resumo em português), e o texto do artigo, sem figuras (que são enviadas à parte) mas incluindo, no final, as tabelas. A AMP não usa palavras-chave.

Referências bibliográficas: de acordo com as Normas para uniformização dos Manuscritos submetidos a Revistas Biomédicas do ICMJE, e seguindo o estilo da U.S. National Library of Medicine. As referências deverão numerar-se pela ordem de apare-cimento no texto, e devem ser colocadas no fim do ficheiro texto_principal pela mesma ordem da numeração. Não deverão ser incluídos na lista de referências quaisquer artigos ainda em preparação ou observações não publicadas, comunicações pessoais, etc., tais inclusões só são permitidas no corpo do artigo (ex: P. Andrade, comunicação pessoal).Legendas das figuras: Após as referências bibliográficas, ainda no ficheiro «texto_principal», envie uma legenda detalhada (sem abreviaturas) para cada figura, referencie a figura no texto e indique a sua localização aproximada no corpo do texto com o comentário “Inserir Figura nº 1… aqui”.Tabelas: É obrigatório o envio das tabelas a preto e branco no final do ficheiro «Texto_principal». As tabelas devem ser elaboradas e submetidas em documento word, em formato de tabela simples (simple grid), sem utilização de tabuladores, nem modificações tipográficas. Todas as tabelas devem ser mencionadas no texto do artigo e devem ser numeradas pela ordem que surgem no texto. Indique a sua localização aproximada no corpo do texto com o comentário “Inserir Tabela nº 1… aqui”. Neste caso os autores autorizam uma reorganização das tabelas caso seja necessário.Abreviaturas: não é permitido o uso de abreviaturas idealizadas pelos autores, limitando-se o seu uso às abreviaturas comum-mente aceites na literatura biomédica (SIDA, OMS, etc..) As abreviaturas utilizadas devem ser objecto de especificação anterior. Símbolos e unidades de medida: deverão utilizar-se as unidades incluídas no Sistema Internacional de Unidades (S.I.Units, the SI for Health Professions, WHO, 1977). Os números de um a dez devem ser escritos por extenso, excepto quando têm decimais ou se usam para unidades de medida. Números superiores a dez são escritas em algarismo, salvo no início de uma frase.

c) FigurasOs ficheiros «figura» podem ser tantos quantas imagens tiver o artigo. Cada um destes elementos deverá ser submetido em ficheiro separado, obrigatoriamente em versão electrónica, pronto para publicação. As figuras (fotografias, desenhos e gráficos) não são aceites em ficheiros word.As legendas têm que ser colocadas no ficheiro «texto_principal».Caso a figura esteja sujeita a direitos de autor, é responsabilidade dos autores do artigo adquirir esses direitos antes do envio do ficheiro à AMP.Só são aceites imagens de doentes quando necessárias para a compreensão do artigo. Se for usada uma figura em que o doente seja identificável deve ser obtida e remetida à AMP a devida autorização. • FotografiasDevem ter uma das seguintes extensões: tiff, jpeg, psd. O tamanho dos ficheiros terá de ser no mínimo de 300 dpi’s ao tamanho real da publicação (mínimo 80mm de largura – correspondente ao espaço de uma coluna).• Desenhos e gráficosOs desenhos e gráficos devem ser enviados com uma resolução mínima de 600 dpi. Estas figuras deverão ser enviadas prefe-rencialmente numa das seguintes extensões: AI (adobe ilustrator), EPS, CDR (Corel Draw). As fontes devem ser transformadas em curvas ou enviadas à parte.Permite-se o envio de desenhos e gráficos com extensão fotográfica (tiff, jpeg, psd). Neste tipo de ficheiro o tamanho terá de ser no mínimo 300 dpi ao tamanho real da publicação (largura mínima: 80 mm, correspondente a uma coluna), ou em PDF (de alta qualidade com as fontes embebidas ou convertidas em curvas).Os gráficos poderão ser enviados em ficheiros Excel (no tamanho mínimo 9).

Page 38: Carcinomas do Epitélio Folicular da Tiroide: Formas Familiares · Projeto de Opção do 6º ano - DECLARAÇÃO DE INTEGRIDADE Eu, Adriana da Costa Meneses, abaixo assinado, nº mecanográfico

4www.actamedicaportuguesa.com

4. tipos de artigo e reQuisitos

editorialArtigo elaborado pelo Conselho Editorial da revista ou a convite do mesmo, sobre tema específico; Deve conter 1200 – 1500 palavras e um máximo de 15 - 20 referências bibliográficas e só pode conter 1 tabela ou 1 figura. Um Autor que pretenda submeter para publicação um editorial não solicitado deve entrar em contacto previamente com o Editor-Chefe.

perspectivaArtigos elaborados a convite do Conselho Editorial que podem cobrir grande diversidade de temas com interesse nos cuidados de saúde, problemas actuais ou emergentes, gestão e política de saúde, história da medicina, ligação à sociedade, etc. Um Autor que deseje propor um artigo desta categoria deverá remeter previamente ao Editor-Chefe o respectivo resumo, indicação dos autores e título do artigo para análise.Deve conter no máximo 1200 palavras e um máximo de 10 referências bibliográficas e só pode conter 1 tabela ou 1 figura.

revisãoOs artigos de revisão são elaborados a convite do Conselho Editorial. Um Autor que deseje propor a publicação de uma revisão não solicitada deverá remeter previamente à AMP o respectivo resumo, indicação dos autores e título para análise.Os artigos de revisão seguem os mesmos processos editoriais e de peer-review que os artigos originais.Uma revisão não pode exceder as 3500 palavras e não tem limite do número de referências, com um máximo de 5 tabelas ou figuras (total).

originalArtigos originais não podem exceder as 4000 palavras, excluindo o resumo, um total máximo de 6 figuras ou tabelas, e até 60 referências.Deve ser sempre subdividido em 5 secções: introdução, material e métodos, resultados, discussão, e conclusão.A introdução deve conter uma revisão do estado da arte que ajude a compreensão do estudo. No final da introdução, deverão ser declarados com clareza os objectivos do estudo.Métodos: devem ser descritos de modo a que o leitor entenda como foi realizada a pesquisa. Em pesquisas com seres humanos, é necessário informar a existência de consentimento informado, e da submissão à Comissão de Ética para a investigação ou à Comissão de investigação da Instituição dos Autores.Resultados: devem ser apresentados de maneira coerente e estar ligados aos objectivos e métodos anteriormente descritos.Discussão: deve reiterar os principais resultados do trabalho, comentar aspectos negativos do mesmo, discutir e comparar a importância e implicações dos resultados e referir as limitações ao estudo encontradas pelos autores.Conclusão: o autor deve abster-se de deduções ou infe¬rências não baseadas nos resultados de seu estudo.

caso clínicoBreves relatórios que apresentam uma avaliação crítica de determinado percurso clínico nos quais se pretende realçar alguns elementos específicos como associações clínicas, relatórios de reacções adversas ou outras associações relevantes.Os casos clínicos não podem ter mais de 3 autores. O texto não pode exceder as 750 palavras, ter um máximo de 1 tabela ou 1 figura e até 5 referências. imagens em medicinaImagens de condições médicas. Estes artigos pretendem capturar a noção de potencial diagnóstico visual e de diversidade que os médicos experienciam na sua prática clínica.Só são aceites fotografias originais, de alta qualidade, sem prévia publicação. Devem ser enviados dois ficheiros: um com a qualidade exigida para a publicação de imagens e outra que serve apenas para referência em que o topo da fotografia deve vir indicado com uma seta.Deve incluir um título com um máximo de 8 palavras e um texto com um máximo de 150 palavras onde se dê informação clínica relevante, incluindo um breve resumo do historial do doente, dados laboratoriais relevantes, terapêutica, e condição actual. Não pode ter mais do que 3 autores e 5 referências.Para informação sobre o envio de imagens digitais consultar as «Normas técnicas para a submissão de figuras, quadros ou fotografias»

Normas de publicação Acta Médica Portuguesa , Acta Med Port. 2011

Page 39: Carcinomas do Epitélio Folicular da Tiroide: Formas Familiares · Projeto de Opção do 6º ano - DECLARAÇÃO DE INTEGRIDADE Eu, Adriana da Costa Meneses, abaixo assinado, nº mecanográfico

5 www.actamedicaportuguesa.com

guidelines / Normas de orientaçãoAs sociedades médicas ou os colégios das especialidades que desejem publicar na AMP recomendações de prática clínica, deverão contactar previamente o Conselho Editorial e submeter o texto completo e a versão para ser publicada. O Editor-Chefe poderá colocar como exigência a publicação exclusiva das recomendações na AMP.Poderá ser acordada a publicação de uma versão resumida na edição impressa cumulativamente a à publicação da versão com-pleta no site da AMP.

cartas ao editorApresentação de comentários críticos sobre artigos publicados na AMP. Neste caso a carta só é aceite se enviada ao Editor em tempo de ser publicada numa das duas edições seguintes à da publicação do artigo e não pode exceder as 200 palavras.Outros temas de investigação com interesse na área da medicina. Neste caso o texto não ultrapassará as 400 palavras.Em qualquer dos casos, a contagem de palavras exclui o título, bibliografia, assinatura dos autores, tabela ou figura.As cartas só poderão ter um máximo de 5 referências bibliográficas e uma tabela ou uma figura e só poderão ser assinadas por um máximo de 3 autores. Caso seja aplicável, as respostas dos autores devem ter as mesmas características.

errataApós a publicação dos artigos (seja online, seja na versão impressa), apenas se efectuam alterações sob a forma de Errata, que incluirá indicação do URL do artigo.

Todos os tipos de artigo devem ser preparados de acordo com as normas internacionais do ICMJE. Artigos que não cumpram as normas editoriais serão recusados liminarmente pela redacção e não serão enviados para análise dos revisores.

Normas de publicação Acta Médica Portuguesa , Acta Med Port. 2011