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DGV Direcção Geral de Veterinária CARACTERIZAÇÃO MORFOLÓGICA DA POPULAÇÃO BOVINA JARMELISTA Fevereiro 2006

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CARACTERIZAÇÃO MORFOLÓGICA DA POPULAÇÃO BOVINA JARMELISTA

Fevereiro 2006

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CARACTERIZAÇÃO MORFOLÓGICA DA POPULAÇÃO BOVINA JARMELISTA

Protocolo de colaboração: Junho de 2004

Instituições Participantes Direcção Geral de Veterinária (DGV) Direcção Regional de Agricultura da Beira Interior (DRABI) Instituto Nacional de Investigação Agrária e das Pescas / Estação Zootécnica Nacional / Estação Nacional de Melhoramento de Plantas (INIA/EZN/) Associação de Criadores de Ruminantes do Concelho da Guarda (ACRIGUARDA) Equipa técnica: Maria de Fátima Sobral (DGV)

Carmen Roberto (INIA/EZN) Dolores Navas (INIA/ ENMP) José Manuel Nunes (ACRIGUARDA) Paulo Poço (ACRIGUARDA) Sabina Mónica Duarte (ACRIGUARDA)

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RESUMO DOS TRABALHOS DESENVOLVIDOS

Foi efectuada a inventariação e identificação da população bovina Jarmelista

através da identificação dos criadores e explorações, determinação do tamanho da

população, distribuição etária, proporção entre sexos e recolha da informação

disponível sobre a origem e genealogia do efectivo.

Foi analisada a diversidade morfológica de trinta e nove fêmeas Mirandesas e

de todos os animais identificados como Jarmelistas num total de vinte e quatro fêmeas

e dois machos. Para a caracterização morfológica foram utilizados 185 caracteres

morfológicos para as fêmeas e 170 caracteres para os machos recorrendo aos

métodos de análise de dados/taxonomia numérica. Os resultados obtidos neste

estudo, foram analisados em conjunto com resultados anteriormente obtidos para

cinco raças bovinas autóctones de fêmeas da região Sul de Portugal - Algarvia (AG),

Alentejana (AL), Garvonesa (GA), Mertolenga (ME), Preta (PR) - e doze raças

autóctones de machos: Algarvia, Alentejana, Arouquesa (AR), Barrosã (BA), Cachena

(CA), Garvonesa, Marinhoa (MA), Maronesa (MO), Mertolenga, Minhota (MN),

Mirandesa (MI) e Preta.

Simultaneamente com a recolha e registo dos dados morfológicos, foi

efectuada a recolha de sangue, pêlos e sémen e ainda a filmagem e fotografia de

todos os animais identificados como Jarmelistas.

Com base nos dados morfológicos, utilizando as técnicas de análise de

taxonomia numérica, a população bovina Jarmelista apresentou resultados que

mostram claramente que os machos e fêmeas estudados constituem um grupo distinto

e independente.

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ÍNDICE GERAL

RESUMO .............................................................................................................................

1. INTRODUÇÃO ……………………..………….……………………………………………….

1.1. A população bovina Jarmelista ........................................................................

2. OBJECTIVOS .................................................................................................................

3. METODOLOGIA DA CARACTERIZAÇÃO MORFOLÓGICA ........................................

4. RESULTADOS

4.1. Análise de grupos ………………………………….…….....................................

4.2. Análise em coordenadas principais .................................................................

4.3. Características morfológicas dos bovinos Jarmelistas …………………………

5. DISCUSSÃO E CONCLUSÕES .....................................................................................

AGRADECIMENTOS ………………….…………………………….…..……………………….

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................................

ANEXOS

I - Estudo para o Reconhecimento da População Bovina Jarmelista …..…

II - Lista dos caracteres morfológicos para fêmeas ………….………….…..

III - Lista dos caracteres morfológicos para machos …………..…………….

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1. INTRODUÇÃO

“Uma raça é o produto de uma sociedade, das suas necessidades materiais e da sua cultura”.

Laurans (1989)

Em 1992 a Organização para a Agricultura e Alimentação das Nações Unidas

(FAO/UNEP) lançou um programa internacional com o objectivo de “salvaguardar e

difundir a diversidade genética, inventariar os recursos de cada região, detectar as

raças que se encontravam em perigo de extinção e estudar e propor a forma de as

proteger”. Paralelamente, os países membros da União Europeia incentivaram o

desenvolvimento de acções visando o melhoramento e conservação das raças

autóctones no seu habitat original. Estas medidas assumem particular importância num

país onde, nas últimas décadas, se tem verificado uma diminuição drástica no efectivo

de algumas raças autóctones, que nalguns casos chegou mesmo à extinção e onde

cerca de 40% do total das raças nacionais se encontra ainda em perigo de extinção

mais ou menos acentuado (Matos, 2000). Neuvy (1980) afirmava que o argumento mais

convincente para a conservação de raças em perigo de extinção, é que “o devemos

fazer, porque não sabemos o que perdemos se não o fizermos”.

A caracterização das raças bovinas autóctones nacionais tem-se baseado na

avaliação morfológica, de acordo com a descrição que se encontra normalmente na

bibliografia e, principalmente, na descrição do padrão da raça dos respectivos Livros

Genealógicos, apesar da natureza, por vezes, poética e ambígua de alguns destes

caracteres (e.g. formas harmoniosas, cabeça expressiva, olhar vivo, olhos aflorados,

peito profundo).

Neste contexto, foi celebrado um protocolo entre a Direcção Geral de

Veterinária, a Direcção Regional de Agricultura da Beira Interior, o Instituto Nacional

de Investigação Agrária e das Pescas/EZN/ENMP e a Associação de Criadores de

Ruminantes do Concelho da Guarda (ACRIGUARDA), para a execução do “Estudo

para o Reconhecimento da População Bovina Jarmelista” (Anexo I), cujos objectivos

propunham identificar e caracterizar morfologicamente a população bovina Jarmelista

e a raça bovina Mirandesa, determinar o grau de semelhança entre as duas

populações citadas e precisar as relações entre estas populações e outras raças

anteriormente estudadas.

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1.1 A POPULAÇÃO BOVINA JARMELISTA

Referenciada na bibliografia clássica

como as “vacas Jarmellas”, a população

bovina Jarmelista, era considerada por

alguns autores como uma variedade da

sub-raça Beiroa incluída na raça Mirandesa

(Cincinnato da Costa - 1900, Bernardo Lima

- 1900, Miranda do Vale - 1949). Outros

autores porem, consideravam-na como uma raça independente da Mirandesa, com

caracteres morfológicos distintos e uma produção leiteira, única entre as raças

nacionais.

No arrolamento do gado de 1870 dizia-se: “... a raça Jarmelista acha-se localizada no

antigo concelho do Jarmelo, que hoje faz parte do da Guarda ... Esta graça é sem contestação não só a melhor do

distrito mas talvez a do país e atrevo-me mesmo a dizer que pode rivalizar a vários respeitos com muitas raças

estrangeiras”. E prosseguia: “...não julgue V. Excelência que exagero as boas qualidades destes animais ...

ainda hoje existem bastantes indivíduos puros como sendo reservatório da raça, que não lhes acudindo em breve

desaparecerá mercê de cruzamentos com raças inferiores”.

Mais tarde, em 1904 João Tierno

afirmava “A ganadaria vacum do Jarmello

tãopouco corresponde a qualquer forma

intermédia; afigura-se-nos, como logo se dirá, que

não é uma sub-raça, mas um verdadeiro grupo

ethnico independente ...”. Afirmava ainda

este autor “O armentio do Jarmello, o melhor

que temos para leite, foi referido aquelle typo

(mirandês), mas sem motivo fundamentado. O

professor Bernardo Lima, nos seus bellos estudos sobre as raças bovinas portuguesas, apresentou ao de leve a

hypothese, sem todavia a garantir, de ser este agrupamento uma variedade mirandesa; a mera supposição do

mestre tomou-se como affirmativa terminanate, e d’ahi proveio esse erro vulgar, justamente combatido pelos que

de perto, e não por outivo, conhecem a morphologia e os caracteres physiologicos das reses jarmellas”.

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Em 50 anos a raça sofreu um profundo declínio como se deduz das afirmações

de Manuel Virgílio Coelho (1954), acerca da extinta raça Jarmelista: “Não há dúvida de que a

raça Jarmelista tinha caracteres morfológicos bem distintos como tinha predicados inegualáveis por outra raça

qualquer mesmo dentro da mesma região”.

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2. OBJECTIVOS

Os objectivos principais do presente trabalho visam identificar e caracterizar

morfologicamente a população bovina Jarmelista e a raça bovina Mirandesa,

determinar o grau de semelhança entre as duas populações citadas e precisar as

relações entre estas populações e outras raças anteriormente estudadas.

Pretende-se que os resultados deste estudo constituam o primeiro passo para o

reconhecimento da originalidade da população bovina Jarmelista, que constitui um

valioso recurso natural e justifiquem a continuação do estudo desta população

conduzindo à implementação do registo zootécnico e ao seu reconhecimento como raça

bovina Jarmelista.

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3. METODOLOGIA DA CARACTERIZAÇÃO MORFOLÓGICA

Para a caracterização morfológica foram utilizados 185 caracteres morfológicos

para as fêmeas e 170 caracteres para os machos (Anexos II e III). A selecção dos

caracteres morfológicos foi efectuada de uma forma cuidada e exaustiva, de modo a ser

obtida uma classificação objectiva, facilmente aplicável por qualquer pessoa, a qualquer

raça e em qualquer situação, baseada num conjunto de caracteres objectivos,

mensuráveis e comprováveis. A partir das duas listas de caracteres, foram elaboradas

as respectivas fichas de campo para registo das observações. Os dados registados nas

fichas de campo foram codificados de acordo com as listas de caracteres, gravados em

suporte magnético e analisados, recorrendo aos métodos de análise de

dados/taxonomia numérica.

Os animais foram observados, filmados e fotografados no campo, nos seus

locais de origem, durante o período que decorreu entre os meses de Agosto de 2004 a

Abril de 2005. Foram analisadas 39 fêmeas Mirandesas e todos os animais identificados

como Jarmelistas num total de 24 fêmeas e 2 machos.

Quadro 1 - População, identificação, localidade e data da avaliação das 24 fêmeas e dos 2 machos (AJ1M e AJ2M), da população Jarmelista e das 39 fêmeas Mirandesas.

População Número Origem Localidade Data

avaliação

JARMELISTA JA1 Monteiros Guarda 17/08/2004 JA2 e JA3 Cheiras Guarda 17/08/2004 JA4 a JA7 Sé Guarda 17/08/2004 JA8 Sta Ana D’Azinha Guarda 18/08/2004 JA9 Vila Fernando Guarda 18/08/2004 JA10 e JA11 Carpinteiro Guarda 18/08/2004 JA1M João Bragal de Baixo Guarda 18/08/2004 JA12 Gagos Guarda 17/08/2004 JA13 a JA15 Gagos Guarda 18/11/2004 JA16 a JA24 João Bragal de Baixo Guarda 04/04/2005 JA2M Sé Guarda 04/04/2005 MIRANDESA MI1 e MI2 Monte Soito Guarda 18/08/2004 MI3 a MI8 To Mogadouro 20/09/2004 MI9 a MI14 Cicouro Miranda do Douro 21/09/2004 MI15 a MI20 Caçarelhos Vimioso 21/09/2004 MI21 a MI25 Monfreita Vinhais 21/09/2004 MI26 a MI31 Zoio Bragança 21/09/2004 MI32 a MI39 João Bragal de Baixo Guarda 04/04/2005

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A taxonomia numérica é um método que permite a avaliação quantitativa das

semelhanças (ou dissemelhanças) entre objectos (animais ou raças) e o seu

agrupamento com base nos caracteres e respectivos estados (Sneath & Sokal, 1973;

Cabral et al., 1977). A partir da construção de uma matriz de n caracteres

(= características morfológicas) por t objectos (= bovinos ou raças), os dados são

tratados por métodos objectivos, de modo a estabelecer as relações de parecença

global entre cada par de objectos. Este método permite resumir ou simplificar a análise

de um vasto conjunto de dados e estabelecer as características gerais dos grupos

obtidos (caso existam) (Lima, 1996).

Os cálculos foram efectuados utilizando o sistema de programas NTSYS-pc

(Numerical Taxonomy and Multivariate Analysis System, versão 2.20 k) (Rohlf, 1998),

tendo sido consideradas 5 matrizes de dados originais:

1. matriz JA de 185 caracteres morfológicos x 63 fêmeas (24 Jarmelistas + 39

Mirandesas).

2. matriz F de 185 caracteres x 320 fêmeas;

3. matriz RF de 185 caracteres x 7 raças autóctones nacionais de fêmeas (em

que o valor de cada um dos 185 caracteres é representado, para cada raça,

pela média dos animais que dela fazem parte);

4. matriz M de 170 caracteres x 78 machos

5. matriz RM de 170 caracteres x 13 raças autóctones nacionais de machos.

O grau de semelhança entre animais considerados individualmente ou entre

raças foi determinado utilizando o coeficiente de distância taxonómica média (Sokal,

1961), calculado de acordo com a seguinte fórmula:

1 d = — jk n

n

Σ i=1

½ (Xij – Xik) ²

onde Xij e Xik representam o valor do carácter morfológico i nos objectos (animais ou

raças) j e k respectivamente, n o número de comparações válidas entre o par de

objectos j e k e djk o valor da distância entre j e k. Este coeficiente permite representar

os objectos como pontos, num espaço multidimensional (definido pelos caracteres

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iniciais), ocupando uma posição de acordo com o valor que lhe foi atribuído para cada

carácter morfológico. A maior ou menor distância entre os pontos (animais ou raças),

reflecte as semelhanças ou diferenças entre eles. Como método de ordenação foi

utilizada a análise em coordenadas principais (Gower, 1966), que permite a

condensação de um vasto conjunto de dados, num espaço de duas ou três

dimensões, com um mínimo de perda de informação.

A análise de grupos foi feita recorrendo ao método designado por UPGMA

(Unweighted Pair-Group Method using Arithmetic averages) (Sneath & Sokal, 1973;

Cabral et al., 1977), em que é utilizada a média aritmética simples da semelhança

entre dois grupos, tendo cada semelhança um peso igual entre si. Neste método de

tipo hierárquico, cada objecto junta-se ao que lhe está mais próximo, ou seja, aquele

com quem é mais parecido (juntam-se os dois objectos que apresentem a menor

distância entre si) e formam um par. Este par passa a funcionar como uma nova

unidade, que é depois comparada com outro objecto (individual), outro par ou grupo de

objectos. Vão-se assim formando grupos ligados a um dado nível de semelhança

global, até que todos os objectos formem um único grupo. Os resultados estão

apresentados sob a forma de fenograma. Foi ainda calculado o coeficiente de

correlação cofenética (Sokal & Rohlf, 1962), que permite avaliar o grau de concordância entre os valores de semelhança implícitos no fenograma e os valores

originais de semelhança.

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4. RESULTADOS

4.1. Análise de grupos

Os fenogramas, que permitem visualizar a ocorrência (caso existam) de

grupos, foram obtidos a partir das matrizes de distância, usando como método de

agregação o UPGMA. Estes fenogramas exprimem as relações de semelhança entre

indivíduos e raças.

A

C

B

Distância0.54 0.91 1.28 1.65 2.02

JA1 JA3 JA5

JA12 JA6 JA4 JA2 JA7

JA18 JA19 JA23 JA22 MI36 MI39 MI35 JA20 JA24 MI37 MI38 MI34 MI3

MI16 MI21 MI23 MI25 MI28 MI29 MI22 MI18 MI26 MI19 MI20 MI27 MI9

MI13 MI31 MI10 MI11 MI14 MI12 MI17 MI15 MI24 MI4 MI5 MI8 MI1 MI2

MI30 JA9

JA11 JA21 MI33 MI7

MI32 JA13 JA14 JA15 JA16 JA10 MI6 JA8

JA17

Figura 1 - Fenograma das 24 fêmeas Jarmelistas e de 39 fêmeas Mirandesas, obtido usando o método UPGMA aplicado à matriz de distâncias, (coeficiente de correlação cofenética r = 0,92960).

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Na Figura 1 apresenta-se o fenograma relativo às 63 fêmeas Jarmelistas e

Mirandesas. Apesar da proximidade morfológica verificada entre as duas populações

de fêmeas, foi possível distinguir no fenograma a existência de 3 grupos (referidos

com as letras A, B e C na Figura 1). O grupo A foi formado exclusivamente por fêmeas

Jarmelistas, enquanto o grupo C apresentou unicamente fêmeas Mirandesas. É

curioso verificar, que apesar do grupo B apresentar fêmeas de ambas as populações,

todos os animais pertencem à mesma exploração, localizada no concelho da Guarda.

Os resultados obtidos neste estudo, foram analisados em conjunto com

resultados anteriormente obtidos (Sobral, 2001, Sobral et al, 2001) para cinco raças

bovinas autóctones de fêmeas da região Sul de Portugal – Algarvia (AG), Alentejana

(AL), Garvonesa (GA), Mertolenga (ME), Preta (PR) - e doze raças autóctones de

machos: Algarvia, Alentejana, Arouquesa (AR), Barrosã (BA), Cachena (CA),

Garvonesa, Marinhoa (MA), Maronesa (MO), Mertolenga, Minhota (MN), Mirandesa

(MI) e Preta.

No fenograma relativo às sete raças de fêmeas (Figura 2) verificou-se a

ocorrência de dois grupos, um formado pelas raças Algarvia e Alentejana, e outro

formado pela Jarmelista e pela Mirandesa. Foi igualmente possível verificar a distância

destas 2 populações do Norte, em relação às raças do Sul.

Distância0.34 0.53 0.71 0.90 1.08

AG

AL

ME

GA

PR

JA

MI

Figura 2 - Fenograma de 7 raças autóctones nacionais de bovinos fêmeas, obtido usando o método UPGMA aplicado à matriz de distâncias (coeficiente de correlação cofenética r = 0,96839).

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As treze raças de bovinos machos encontram-se representadas no fenograma

da Figura 3.

AL

AG

MN

GA

PR

AR

MA

BA

MI

MO

CA

ME

JA

Distância0.6 0.8 0.9 1.1 1.3

A

B

Figura 3 - Fenograma de 13 raças autóctones nacionais de bovinos machos, obtido usando o método UPGMA aplicado à matriz de distâncias (coeficiente de correlação cofenética r = 0,83785 ).

Da análise do fenograma das treze raças é possível retirar um conjunto

interessante de informações. O mais importante é a clara separação da Jarmelista em

relação às restantes raças. É curioso verificar que, apesar deste estudo utilizar

unicamente caracteres morfológicos, que não têm por isso em conta a filogenia dos

animais, foi possível obter dois grandes grupos, correspondentes a uma separação

geográfica. O grupo A foi formado, basicamente, com as raças do Sul (Alentejana,

Algarvia, Garvonesa e Preta) e o grupo B foi formado com as raças do Norte

(Arouquesa, Marinhoa, Barrosã, Mirandesa, Maronesa e Cachena). A inclusão da raça

Minhota (MN) (uma raça do Norte), no grupo A pode ser explicada pelo facto desta

raça pertencer ao mesmo tronco - Tronco Aquitânico - que as raças AL, AG e GA. O

afastamento da Mertolenga em relação às restantes raças resulta, provavelmente, da

grande variabilidade na cor da pelagem, que vai do vermelho uniforme, ao malhado e

rosilho, com todas as variantes possíveis no padrão da malha ou pigmento.

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4.2. Análise em coordenadas principais

A análise em coordenadas principais permite a condensação de um vasto

conjunto de dados, num espaço reduzido a duas ou três dimensões (com um mínimo

de perda de informação), aonde os animais e raças aparecem representados como

pontos, e em que a distância entre cada ponto exprime o grau de semelhança entre

eles.

Na projecção bidimensional (Figura 4) das 24 fêmeas Jarmelistas (bolas

castanhas) e das 39 fêmeas Mirandesas (bolas verdes), foi possível determinar a

ocorrência de 2 grupos: o grupo A formado exclusivamente por animais da raça

Mirandesa, e o grupo B formado por animais Mirandeses e Jarmelistas.

Eix

o II

-0.8-0.7

-0.1

0.2

-0.4

0.5

Eixo I-0.2-0.5 0.2 0.5

Eix

o II

-0.8-0.7

-0.1

0.2

-0.4

0.5

Eixo I-0.2-0.5 0.2 0.5

B

A

Figura 4 - Projecção dos pontos representativos das 24 fêmeas Jarmelistas (bolas castanhas) e de 39 fêmeas Mirandesas (bolas verdes), nos planos definidos pelos eixos principais I e II (variância de 10% e 7%, respectivamente), obtida pela análise em coordenadas principais baseada na matriz de distâncias.

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Eixo II

-0.8 -0.7

-0.1

0.2

- 0.4

0.5

Eixo I-0.2-0.5 0.2 0.5

AL

PR

ME

AG

MI

GA

JA

É curioso verificar que, ao contrário do que se poderia supor, foram as fêmeas

Mirandesas que se deslocaram para o grupo das Jarmelistas. Com excepção de uma

fêmea da raça Mirandesa (MI7), todas as outras fêmeas que se encontram no grupo B,

pertencem a explorações localizadas na zona da Guarda.

O resultado da análise em coordenadas principais para as sete raças de fêmeas

considerando as duas primeiras dimensões, está representada na Figura 5.

Apesar da proximidade, esperada, entre a população Jarmelista e a raça

Mirandesa, existe uma clara separação entre elas.

Figura 5 - Projecção dos pontos representativos de sete raças de fêmeas nos planos definidos pelos eixos principais I e II (variância de 52% e 22%, respectivamente) obtida pela análise em coordenadas principais, baseada na matriz de distâncias.

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Eixo I

-0.5

-1.6

O gráfico da projecção bidimensional das treze raças de machos (Figura 6), não

alterou as informações retiradas do fenograma de distâncias.

-0.5

0.1

-1.1

0.6

0.0 -0.3 0.3 0.5

GA

AL

ME

AG

PR

BA

CA

AR

MA

MO

MN

MI

JA

Eixo II

Figura 6 - Projecção dos pontos representativos das treze raças de machos nos planos definidos pelos eixos principais I e II (variância de 33% e 26%, respectivamente) obtida pela análise em coordenadas principais, baseada na matriz de distâncias.

Confirmou-se assim a clara separação da população bovina Jarmelista em

relação às restantes e, com base em caracteres morfológicos, foi possível, nas 2

dimensões consideradas, separar os machos de acordo com a sua origem geográfica.

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4.3. Características morfológicas dos bovinos Jarmelistas

Para determinar quais os caracteres que mais contribuíram para a

caracterização da população Jarmelista, os 185 caracteres morfológicos foram

sobrepostos à projecção das 63 fêmeas Jarmelistas e Mirandesas (Figura 7).

Os caracteres (numerados de acordo com a lista de caracteres apresentada no

anexo II) são analisados de acordo com a direcção, sentido e intensidade do

respectivo vector.

Eix

o II

-0.8-0.7

-0.1

0.2

-0.4

0.5

Eixo I-0.2-0.5 0.2 0.5

Eix

o II

-0.8-0.7

-0.1

0.2

-0.4

0.5

Eixo I-0.2-0.5 0.2 0.5

Figura 7 - Projecção simultânea dos pontos representativos das 63 fêmeas Jarmelistas e Mirandesas e dos pontos representativos dos 185 caracteres morfológicos nos planos definidos pelos eixos principais I e II.

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Com base nesta projecção a população bovina Jarmelista é fundamentalmente

caracterizada por:

− perfil sub-côncavo

− pelagem da cabeça e corpo mais

uniforme

− chanfro com pelagem mais clara e

interpolada com pêlos escuros

− focinho largo

− marrafa grande c/ pêlos compridos e

claros

− olhos médios a oblíquos sem zona

orbital ou com zona orbital clara

− orelhas com pêlos compridos e

claros

− ponta do corno escura

− dorso direito

− pescoço com pelagem interpolada

escura

− úbere simétrico, claro, com tetos

malhados

− membros altos, com pelagem mais

clara

− cauda com pêlos mais escuros e

borla clara

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5. DISCUSSÃO E CONCLUSÕES

Não é fácil prever quais as solicitações futuras em termos pecuários e sanitários e é difícil

conservar todas as raças, só por motivos emocionais, sem uma justificação económica. O

inventário sistemático das populações actuais fornece uma primeira informação de base. E, um

dos critérios que podem ser usados para identificar raças susceptíveis de serem conservadas é

o da ”distinção taxonómica” (Hall & Bradley, 1995).).

Uma descrição zootécnica simples pode pôr em evidência uma característica ou

um carácter excepcional. Uma aptidão particular pode, igualmente, ser uma potencial

fonte de estudo, uma vez que pode estar relacionada, quer com uma adaptação ao

ambiente, quer à origem histórica dessa população. Seleccionar, com o fim de

conservar, populações consideradas originais e únicas, garante a preservação de um

grau elevado de diversidade (May, 1990). O aprofundamento do estudo de determinada

população está, no entanto, condicionado pelo seu tamanho e pela quantidade de

informação disponível, nomeadamente ao nível das genealogias.

Apesar do risco que conclusões definitivas apresentam, considerando o reduzido

número de animais utilizado, pode-se afirmar com relativa segurança que:

- a nível morfológico, com um conjunto de 185 caracteres morfológicos para

fêmeas e 170 para machos e, recorrendo às técnicas de taxonomia numérica,

a população bovina Jarmelista apresentou resultados que mostram claramente

que os machos e fêmeas estudados constituem um grupo distinto e

independente.

Estes resultados, levam-nos a confirmar a existência de uma população bovina

autóctone, que constitui um grupo distinto e original que urge preservar. A perda de

diversidade genética tem implicações graves, que não conseguimos determinar mas

podemos facilmente imaginar, limitando a oferta e as reservas de material genético

disponível para futuros melhoramentos de animais (Fraleigh, 1996). Os recursos

genéticos alargam a base genética disponível, aumentando as possibilidades de

selecção e portanto a utilização preferencial das “possibilidades” às “necessidades” dos

Sistemas de Produção podendo permitir maior competitividade aos agricultores e

criadores nos mercados domésticos e internacionais.

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AGRADECIMENTOS

A equipa técnica agradece a todos os criadores que colaboraram com a

recolha de dados, pela disponibilidade e simpatia com que prestaram todos os

esclarecimentos que lhes foram solicitados e facilitando o acesso aos animais.

Agradece ainda à Associação dos Criadores de Bovinos da Raça Mirandesa, pela

colaboração prestada na selecção das fêmeas Mirandesas.

Fátima Sobral

2006

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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ANEXO I

PLANO DE ESTUDO PARA O RECONHECIMENTO DA POPULAÇÃO

BOVINA JARMELISTA

Na sequência do protocolo celebrado entre a Direcção Geral de Veterinária, a Direcção

Regional de Agricultura da Beira Interior, o Instituto Nacional de Investigação

Agrária e das Pescas e a Associação de Criadores de Ruminantes do Concelho da

Guarda (ACRIGUARDA) torna-se necessário definir as acções para o estudo da

originalidade da população bovina Jarmelista.

INTRODUÇÃO

A defesa das raças e das populações autóctones, com preservação da diversidade

morfológica e genética existentes, em especial das raças raras ou em vias de extinção, é

uma necessidade reconhecida e urgente. A informação existente sobre algumas das

nossas raças é escassa e dispersa. Só o inventário sistemático das populações actuais

fornece uma primeira informação de base.

A caracterização e estudo da originalidade de uma população podem ser feitos,

actualmente, a partir da análise morfológica, das aptidões produtivas e do perfil genético.

Uma descrição zootécnica simples, pode pôr em evidência uma característica ou um

caracter excepcional. Uma aptidão particular, pode igualmente ser uma potencial fonte de

estudo, uma vez que pode estar relacionada, quer com uma adaptação ao ambiente, quer à

origem histórica dessa população. Do ponto de vista genético, o isolamento geográfico, a

acção do meio, as mutações e a selecção praticada pelo homem, podem ter dado origem a

populações isoladas que, no presente, possuam um conjunto de genes originais, que

constituem um valioso património animal cuja perda, implica uma redução na diversidade

genética. Esta diversidade é essencial para garantir a possibilidade de adaptação das

populações a novas condições de exploração e para proteger a nossa capacidade de

enfrentar os desafios do futuro.

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OBJECTIVOS

Propõe-se a realização de um estudo em duas fases.

O plano de trabalho apresentado para a primeira fase, visa identificar e caracterizar

morfologicamente a população bovina Jarmelista e a raça bovina Mirandesa, determinar o

grau de semelhança entre as duas populações citadas e precisar as relações entre estas

populações e outras raças anteriormente estudadas.

Com este trabalho, pretende-se demonstrar a originalidade da população Jarmelista, que

constitui um valioso recurso natural, contribuindo para o seu melhor conhecimento e

valorização e abrir as vias para a implementação do registo zootécnico da população

bovina Jarmelista.

Numa segunda fase, pretende-se aprofundar o estudo da população Jarmelista, através da

caracterização genética, para avaliar a possibilidade de utilização dos animais em

programas de preservação e, eventualmente, de selecção e melhoramento visando o

progresso da raça.

METODOLOGIA

1. Selecção dos animais

Grupo de cerca de 30 fêmeas adultas da raça Mirandesa e de todas as fêmeas e machos

adultos que forem identificados como Jarmelistas, com o menor grau possível de

parentesco entre si, pertencentes a diferentes criadores e explorações e que cubram a área

de dispersão geográfica das duas populações. Sempre que possível a organização das

visitas às explorações deverá coincidir com campanhas de sanidade de modo a facilitar o

maneio dos animais.

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2. Inventariação do efectivo

Identificação dos criadores e/ou explorações, determinação do tamanho da população,

distribuição etária e proporção entre sexos e recolha da informação disponível (registos

existentes ou questionários) sobre a origem e genealogia do efectivo.

3. Caracterização morfológica

Para a caracterização morfológica serão utilizados 183 caracteres morfológicos para as

fêmeas e 170 caracteres para os machos. A selecção destes caracteres foi efectuada de

uma forma cuidada e exaustiva, de modo a obtermos uma classificação objectiva,

facilmente aplicável por qualquer pessoa, a qualquer raça e em qualquer situação,

baseada num conjunto de caracteres objectivos, mensuráveis e comprováveis.

A partir das listas de caracteres, foram elaboradas as respectivas fichas de campo para

registo das observações. Os dados registados nas fichas de campo serão codificados de

acordo com as listas de caracteres e respectivos estados e informatizados. A estimativa do

grau de semelhança entre as duas populações, será efectuada recorrendo à análise de

dados por taxonomia numérica. Os cálculos serão efectuados utilizando o sistema de

programas NTSYS-pc (do inglês Numerical Taxonomy and Multivariate Analysis System),

versão 2.02k.

Com os resultados deste estudo comparativo entre as duas populações e as raças

anteriormente estudadas, pretende-se, se possível, destacar os animais da população

Jarmelista, dos grupos formados pelos animais das outras raças e determinar de que grupo

(raça) estão mais próximos.

Simultaneamente com a recolha e registo dos dados morfológicos, será efectuada a

recolha de sangue, pêlos e sémen e a filmagem e fotografia dos animais.

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4. Identificação electrónica

Caso o orçamento o permita, será aplicada a identificação electrónica a todos os animais

referenciados como Jarmelistas.

Meios científicos humanos e Instituições participantes

DGV - Dr. António Leitão Alegre, Dra Maria de Fátima Sobral

DRABI - Dr. Raúl Ricardo, Dr. Júlio Louro

INIAP - Eng. Dolores Navas, Dra Carmen Roberto

ACRIGUARDA - Dr. José Manuel Nunes, Eng. Paulo Poço, Eng. Ana Carreira.

QUADRO DE ACÇÕES

No quadro seguinte resume-se a contribuição de cada participante relativamente às tarefas

definidas pelos objectivos do plano de trabalho.

DGV DSRA

INIAPEZN

ACRIGUARDA DRABI

Inventariação e identificação dos animais X X

Organização das visitas às explorações X X

Recolha de dados morfológicos X X

Identificação electrónica dos animais X X

Fotografias e filmagem X X X X

Recolha de sangue, pêlos e sémen X X X

Tratamento e análise informática dos dados X X

Análise multivariada - conclusões X X

A coordenação geral deste plano de estudo está a cargo da DGV, ressalvando-se a

autonomia das instituições participantes.

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Jarmelo, aos seis dias do mês de Junho de 2004

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ANEXO II LISTA DOS CARACTERES MORFOLÓGICOS PARA FÊMEAS

CABEÇA 1. TAMANHO 0 = Pequena 1 = Pequena/Média 2 = Média 3 = Média/Grande 4 = Grande 2. COR BASE DA PELAGEM/BRANCA 0 = Não 1 = Sim 3. COR BASE DA PELAGEM/VERMELHA 0 = Não 1 = Sim 4. COR BASE DA PELAGEM/CASTANHA 0 = Não 1 = Sim 5. COR BASE DA PELAGEM/PRETA 0 = Não 1 = Sim 6. TONALIDADE DA PELAGEM 0 = Clara 1 = Média 2 = Escura 7. PELAGEM UNIFORME 0 = Não 1 = Sim 8. PELAGEM MALHADA 0 = Não 1 = Sim 9. PELAGEM PIGMENTADA 0 = Não 1 = Sim 10. PELAGEM INTERPOLADA 0 = Não 1 = Sim 11. COR DA MALHA OU PIGMENTO/BRANCA 0 = Não 1 = Sim 12. COR DA MALHA OU PIGMENTO/VERMELHA 0 = Não 1 = Sim 13. COR DA MALHA OU PIGMENTO/CASTANHA 0 = Não 1 = Sim 14. COR DA MALHA OU PIGMENTO/PRETA 0 = Não 1 = Sim 15. PERFIL 0 = Côncavo 1 = Sub-côncavo 2 = Recto 3 = Sub-convexo 4 = Convexo

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FACES 16. FORMA 0 = Secas 1 = Cheias 17. TAMANHO 0 = Curtas 1 = Médias 2 = Compridas 18. COMPRIMENTO DOS PÊLOS 0 = Curtos 1 = Médios 2 = Compridos 19. FORMA DOS PÊLOS 0 = Lisos 1 = Encaracolados 20. COR DOS PÊLOS 0 = Iguais à pelagem da cabeça 1 = Diferentes da pelagem da cabeça 21. TONALIDADE DOS PÊLOS/CLAROS 0 = Não 1 = Sim 22. TONALIDADE DOS PÊLOS/INTERPOLADOS 0 = Não 1 = Sim 23. TONALIDADE DOS PÊLOS/ESCUROS 0 = Não 1 = Sim 24. MANCHA NAS FACES 0 = Não 1 = Sim

TESTA 25. LARGURA 0 = Estreita 1 = Média 2 = Larga 26. FORMA 0 = Quadrado 1 = Trapézio 27. PERFIL 0 = Côncava 1 = Sub-côncava 2 = Recta 3 = Sub-convexa 4 = Convexa 28. COMPRIMENTO DOS PÊLOS 0 = Curtos 1 = Médios 2 = Compridos 29. FORMA DOS PÊLOS 0 = Lisos 1 = Encaracolados 30. COR DOS PÊLOS 0 = Iguais à pelagem da cabeça 1 = Diferentes da pelagem da cabeça 31. TONALIDADE DOS PÊLOS/CLAROS 0 = Não 1 = Sim 32. TONALIDADE DOS PÊLOS/ESCUROS 0 = Não 1 = Sim 33. MANCHA NA TESTA 0 = Não 1 = Sim

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CHANFRO 34. COMPRIMENTO 0 = Curto 1 = Médio 2 = Comprido 35. LARGURA 0 = Estreito 1 = Médio 2 = Largo 36. PERFIL 0 = Côncavo 1 = Sub-côncavo 2 = Recto 3 = Sub-convexo 4 = Convexo 37. COMPRIMENTO DOS PÊLOS 0 = Curtos 1 = Médios 2 = Compridos 38. FORMA DOS PÊLOS 0 = Lisos 1 = Encaracolados 39. COR DOS PÊLOS 0 = Iguais à pelagem da cabeça 1 = Diferentes da pelagem da cabeça 40. TONALIDADE DOS PÊLOS/CLAROS 0 = Não 1 = Sim 41. TONALIDADE DOS PÊLOS/INTERPOLADOS 0 = Não 1 = Sim 42. TONALIDADE DOS PÊLOS/ESCUROS 0 = Não 1 = Sim 43. MANCHA NO CHANFRO 0 = Não 1 = Sim

FOCINHO

44. LARGURA 0 = Fino 1 = Médio 2 = Largo 45. FORMA 0 = Descaído 1 = Médio 2 = Arrebitado

ESPELHO 46. PRESENÇA 0 = Não 1 = Sim 47. UNIFORME 0 = Não 1 = Sim 48. NÃO UNIFORME 0 = Não 1 = Sim 49. COR/BRANCO 0 = Não 1 = Sim 50. COR/CLARO 0 = Não 1 = Sim

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51. COR/ROSADO 0 = Não 1 = Sim 52. COR/ESCURO 0 = Não 1 = Sim 53. COR/PRETO 0 = Não 1 = Sim

MUCOSA NASAL 54. UNIFORMIDADE 0 = Uniforme 1 = Pigmentada 55. COR 0 = Clara 1 = Rosada 2 = Cinza-claro 3 = Cinza-escuro 4 = Preta

MARRAFA 56. TAMANHO 0 = Pequena 1 = Média 2 = Grande 57. COMPRIMENTO DOS PÊLOS 0 = Curtos 1 = Médios 2 = Compridos 58. FORMA DOS PÊLOS 0 = Lisos 1 = Encaracolados 59. COR DOS PÊLOS 0 = Iguais à pelagem da cabeça 1 = Diferentes da pelagem da cabeça 60. TONALIDADE DOS PÊLOS/CLAROS 0 = Não 1 = Sim 61. TONALIDADE DOS PÊLOS/INTERPOLADOS 0 = Não 1 = Sim 62. TONALIDADE DOS PÊLOS/ESCUROS 0 = Não 1 = Sim

OLHOS 63. FORMA 0 = Encovados 1 = À face 2 = Salientes 64. LOCALIZAÇÃO 0 = Abaixo 1 = Média 2 = Acima 65. ORIENTAÇÃO 0 = Horizontal 1 = Média 2 = Oblíqua

PÁLPEBRAS 66. TONALIDADE (mucosa) 0 = Claras 1 = Escuras

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67. UNIFORMIDADE 0 = Uniformes 1 = Pigmentadas

ÓRBITAS 68. FORMA 0 = À face 1 = Salientes

ZONA ORBITAL 69. PRESENÇA 0 = Não 1 = Sim 70. TONALIDADE/CLARA 0 = Não 1 = Sim 71. TONALIDADE/ESCURA 0 = Não 1 = Sim 72. LOCALIZAÇÃO/EM BAIXO 0 = Não 1 = Sim 73. LOCALIZAÇÃO/LATERAL 0 = Não 1 = Sim 74. LOCALIZAÇÃO/EM CIMA 0 = Não 1 = Sim

ORELHA 75. ORLA 0 = Igual à pelagem da cabeça 1 = Escura 76. PÊLOS NA FACE INTERNA 0 = Não 1 = Sim 77. PÊLOS NA FACE INTERNA/CURTOS 0 = Não 1 = Sim 78. PÊLOS NA FACE INTERNA/MÉDIOS 0 = Não 1 = Sim 79. PÊLOS NA FACE INTERNA/COMPRIDOS 0 = Não 1 = Sim 80. COR DOS PÊLOS DA FACE INTERNA/IGUAIS À PELAGEM CABEÇA 0 = Não 1 = Sim 81. COR DOS PÊLOS DA F.I./DIFERENTES DA PELAGEM DA CABEÇA 0 = Não 1 = Sim 82. TONALIDADE DOS PÊLOS DA FACE INTERNA/CLAROS 0 = Não 1 = Sim 83. TONALIDADE DOS PÊLOS DA FACE INTERNA/ESCUROS 0 = Não 1 = Sim

ANGULO SUPERIOR DA ORELHA 84. PÊLOS DA ORLA 0 = Curtos 1 = Médios 2 = Compridos

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85. COR DOS PÊLOS DA ORLA 0 = Iguais à pelagem da cabeça 1 = Diferentes da pelagem da cabeça 86. TONALIDADE DOS PÊLOS DA ORLA/CLAROS 0 = Não 1 = Sim 87. TONALIDADE DOS PÊLOS DA ORLA/ESCUROS 0 = Não 1 = Sim

ANGULO INFERIOR DA ORELHA 88. PÊLOS DA ORLA 0 = Curtos 1 = Médios 2 = Compridos 89. COR DOS PÊLOS DA ORLA 0 = Iguais à pelagem da cabeça 1 = Diferentes da pelagem da cabeça 90. TONALIDADE DOS PÊLOS DA ORLA/CLAROS 0 = Não 1 = Sim 91. TONALIDADE DOS PÊLOS DA ORLA/ESCUROS 0 = Não 1 = Sim

CORNOS 92. COMPRIMENTO 0 = Curtos 1 = Curtos/Médios 2 = Médios 3 = Médios/Compridos 4 = Compridos 93. COR UNIFORME 0 = Não 1 = Sim 94. COR BASE 0 = Âmbar-claro 1 = Âmbar 2 = Cinzento 3 = Cinza-escuro 95. COR DA PONTA/ÂMBAR-ESCURO 0 = Não 1 = Sim 96. COR DA PONTA/AFOGUEADA 0 = Não 1 = Sim 97. COR DA PONTA/CINZA-CLARO 0 = Não 1 = Sim 98. COR DA PONTA/ESCURA 0 = Não 1 = Sim 99. INSERÇÃO 0 = Baixa 1 = Média 2 = Alta 100. FORMA DE INSERÇÃO 0 = Côncava 1 = Recta 3 = Convexa 101. ORIENTAÇÃO 1 DA BASE 0 = Para baixo 1 = Horizontal 2 = Para cima

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102. ORIENTAÇÃO 2 DA BASE 0 = Para a frente 1 = Para o lado 2 = Para trás 103. ORIENTAÇÃO 1 DO MEIO 0 = Para baixo 1 = Horizontal 2 = Para cima 104. ORIENTAÇÃO 2 DO MEIO 0 = Para a frente 1 = Para o lado 2 = Para trás 105. ORIENTAÇÃO 1 DA PONTA 0 = Para baixo 1 = Horizontal 2 = Para cima 106. ORIENTAÇÃO 2 DA PONTA 0 = Para a frente 1 = Para o lado 2 = Para trás 107. ORIENTAÇÃO 3 DA PONTA 0 = Para dentro 1 = Horizontal 2 = Para fora

TRONCO 108. TAMANHO 0 = Pequeno 1 = Médio 2 = Grande 109. COR BASE DA PELAGEM/BRANCA 0 = Não 1 = Sim 110. COR BASE DA PELAGEM/VERMELHA 0 = Não 1 = Sim 111. COR BASE DA PELAGEM/CASTANHA 0 = Não 1 = Sim 112. COR BASE DA PELAGEM/PRETA 0 = Não 1 = Sim 113. TONALIDADE DA PELAGEM 0 = Clara 1 = Média 2 = Escura 114. PELAGEM/UNIFORME 0 = Não 1 = Sim 115. PELAGEM/PIGMENTADA 0 = Não 1 = Sim 116. PELAGEM/MALHADA 0 = Não 1 = Sim 117. PELAGEM/INTERPOLADA 0 = Não 1 = Sim 118. PELAGEM/MARMOREADA 0 = Não 1 = Sim

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119. COR DA MALHA OU PIGMENTO/BRANCA 0 = Não 1 = Sim 120. COR DA MALHA OU PIGMENTO/VERMELHA 0 = Não 1 = Sim 121. COR DA MALHA OU PIGMENTO/CASTANHA 0 = Não 1 = Sim 122. COR DA MALHA OU PIGMENTO/PRETA 0 = Não 1 = Sim

LISTA DORSAL 123. PRESENÇA 0 = Não 1 = Sim 124. COR/CLARA 0 = Não 1 = Sim 125. COR/ESCURA 0 = Não 1 = Sim

PESCOÇO 126. COMPRIMENTO 0 = Curto 1 = Médio 2 = Comprido 127. LARGURA 0 = Estreito 1 = Médio 2 = Largo 128. COR BASE DOS PÊLOS/BRANCOS 0 = Não 1 = Sim 129. COR BASE DOS PÊLOS/VERMELHOS 0 = Não 1 = Sim 130. COR BASE DOS PÊLOS/CASTANHOS 0 = Não 1 = Sim 131. COR BASE DOS PÊLOS/PRETOS 0 = Não 1 = Sim 132. TONALIDADE DA PELAGEM 0 = Clara 1 = Média 2 = Escura 133. PELAGEM UNIFORME 0 = Não 1 = Sim 134. PELAGEM PIGMENTADA 0 = Não 1 = Sim 135. PELAGEM MALHADA 0 = Não 1 = Sim 136. PELAGEM INTERPOLADA 0 = Não 1 = Sim

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BARBELA 137. TAMANHO 0 = Pequena 1 = Média 2 = Grande

PEITO 138. LARGURA 0 = Estreito 1 = Médio 2 = Largo

DORSO 139. COMPRIMENTO 0 = Curto 1 = Médio 2 = Comprido 140. LARGURA 0 = Estreito 1 = Médio 2 = Largo 141. FORMA 0 = Direito 1 = Médio 2 = Selado

GARUPA 142. COMPRIMENTO 0 = Curta 1 = Média 2 = Comprida 143. LARGURA 0 = Estreita 1 = Média 2 = Larga 144. FORMA 0 = Direita 1 = Média 2 = Inclinada

NÁDEGAS 145. SITUAÇÃO 0 = Descidas 1 = Médias 2 = Subidas 146. FORMA 0 = Rectas 1 = Convexas 147. LARGURA 0 = Estreitas 1 = Médias 2 = Largas

ÚBERE 148. TAMANHO 0 = Pequeno 1 = Médio 2 = Grande

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149. COR 0 = Igual à pelagem do tronco 1 = Diferente da pelagem do tronco 150. COR/BRANCO 0 = Não 1 = Sim 151. COR/CLARO 0 = Não 1 = Sim 152. COR/ROSADO 0 = Não 1 = Sim 153. COR/ESCURO 0 = Não 1 = Sim 154. PELAGEM UNIFORME 0 = Não 1 = Sim 155. PELAGEM MALHADA 0 = Não 1 = Sim 156. PELAGEM PIGMENTADA 0 = Não 1 = Sim 157. INSERÇÃO ANTERIOR 0 = Recta 1 = Aguda 2 = Obtusa 158. SIMETRIA 0 = Assimétrico 1 = Simétrico 159. PROFUNDIDADE 0 = Pequena (acima curvilhão) 1 = Média 2 = Grande (acima curvilhão)

TETOS 160. TAMANHO 0 = Pequenos 2 = Médios 4 = Grandes 161. ORIENTAÇÃO 0 = Virados p/ interior 1 = Na vertical 2 = Virados p/ exterior 162. UNIFORMES 0 = Não 1 = Sim 163. MALHADOS 0 = Não 1 = Sim 164. PIGMENTADOS 0 = Não 1 = Sim

CAUDA 165. COMPRIMENTO 0 = Curta 1 = Média 2 = Comprida

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166. INSERÇÃO 0 = Baixa 1 = Média 2 = Alta 167. BORLA 0 = Pequena 1 = Média 2 = Grande 168. PELOS 0 = Iguais à pelagem do tronco 1 = Diferentes da pelagem do tronco 169. TONALIDADE DOS PÊLOS/CLAROS 0 = Não 1 = Sim 170. TONALIDADE DOS PÊLOS/INTERPOLADOS 0 = Não 1 = Sim 171. TONALIDADE DOS PÊLOS/ESCUROS 0 = Não 1 = Sim

MEMBROS 172. ALTURA 0 = Curtos 1 = Médios 2 = Altos

MEMBROS DIANTEIROS 173. COR DOS PÊLOS 0 = Iguais à pelagem do tronco 1 = Diferentes da pelagem do tronco 174. COR DOS PÊLOS/CLAROS 0 = Não 1 = Sim 175. COR DOS PÊLOS/INTERPOLADOS 0 = Não 1 = Sim 176. COR DOS PÊLOS/ESCUROS 0 = Não 1 = Sim 177. DIFERENÇA DE COR/ATÉ AO JOELHO 0 = Não 1 = Sim 178. DIFERENÇA DE COR/ACIMA DO JOELHO 0 = Não 1 = Sim

MEMBROS TRASEIROS 179. COR PÊLOS 0 = Iguais à pelagem do tronco 1 = Diferentes da pelagem do tronco 180. COR DOS PÊLOS/CLAROS 0 = Não 1 = Sim 181. COR DOS PÊLOS/INTERPOLADOS 0 = Não 1 = Sim 182. COR DOS PÊLOS/ESCUROS 0 = Não 1 = Sim

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183. DIFERENÇA DE COR/ATÉ AO CURVILHÃO 0 = Não 1 = Sim 184. DIFERENÇA DE COR/ACIMA DO CURVILHÃO 0 = Não 1 = Sim

UNHAS 185. COR 0 = Claras 1 = Escuras

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ANEXO III LISTA DOS CARACTERES MORFOLÓGICOS PARA MACHOS

CABEÇA 1. TAMANHO 0 = Pequena 1 = Pequena/Média 2 = Média 3 = Média/Grande 4 = Grande 2. COR BASE DA PELAGEM/BRANCA 0 = Não 1 = Sim 3. COR BASE DA PELAGEM/VERMELHA 0 = Não 1 = Sim 4. COR BASE DA PELAGEM/CASTANHA 0 = Não 1 = Sim 5. COR BASE DA PELAGEM/PRETA 0 = Não 1 = Sim 6. TONALIDADE DA PELAGEM 0 = Clara 1 = Média 2 = Escura 7. PELAGEM UNIFORME 0 = Não 1 = Sim 8. PELAGEM MALHADA 0 = Não 1 = Sim 9. PELAGEM PIGMENTADA 0 = Não 1 = Sim 10. PELAGEM INTERPOLADA 0 = Não 1 = Sim 11. COR DA MALHA OU PIGMENTO/BRANCA 0 = Não 1 = Sim 12. COR DA MALHA OU PIGMENTO/VERMELHA 0 = Não 1 = Sim 13. COR DA MALHA OU PIGMENTO/CASTANHA 0 = Não 1 = Sim 14. PERFIL 0 = Côncavo 1 = Sub-côncavo 2 = Recto 3 = Sub-convexo 4 = Convexo

FACES 15. FORMA 0 = Secas 1 = Cheias 16. TAMANHO 0 = Curtas 1 = Médias 2 = Compridas 17. COMPRIMENTO DOS PÊLOS 0 = Curtos 1 = Médios 2 = Compridos 18. FORMA DOS PÊLOS 0 = Lisos 1 = Encaracolados 19. COR DOS PÊLOS 0 = Iguais à pelagem da cabeça 1 = Diferentes da pelagem da cabeça 20. TONALIDADE DOS PÊLOS/CLAROS 0 = Não 1 = Sim 21. TONALIDADE DOS PÊLOS/INTERPOLADOS 0 = Não 1 = Sim 22. TONALIDADE DOS PÊLOS/ESCUROS 0 = Não 1 = Sim 23. MANCHA NAS FACES 0 = Não 1 = Sim

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TESTA 24. LARGURA 0 = Estreita 1 = Média 2 = Larga 25. FORMA 0 = Quadrado 1 = Trapézio 26. PERFIL 0 = Côncava 1 = Sub-côncava 2 = Recta 3 = Sub-convexa 4 = Convexa 27. COMPRIMENTO DOS PÊLOS 0 = Curtos 1 = Médios 2 = Compridos 28. FORMA DOS PÊLOS 0 = Lisos 1 = Encaracolados 29. COR DOS PÊLOS 0 = Iguais à pelagem da cabeça 1 = Diferentes da pelagem da cabeça 30. TONALIDADE DOS PÊLOS/CLAROS 0 = Não 1 = Sim 31. TONALIDADE DOS PÊLOS/ESCUROS 0 = Não 1 = Sim 32. MANCHA NA TESTA 0 = Não 1 = Sim

CHANFRO 33. COMPRIMENTO 0 = Curto 1 = Médio 2 = Comprido 34. LARGURA 0 = Estreito 1 = Médio 2 = Largo 35. PERFIL 0 = Côncavo 1 = Sub-côncavo 2 = Recto 3 = Sub-convexo 4 = Convexo 36. COMPRIMENTO DOS PÊLOS 0 = Curtos 1 = Médios 2 = Compridos 37. FORMA DOS PÊLOS 0 = Lisos 1 = Encaracolados 38. COR DOS PÊLOS 0 = Iguais à pelagem da cabeça 1 = Diferentes da pelagem da cabeça 39. TONALIDADE DOS PÊLOS/CLAROS 0 = Não 1 = Sim 40. TONALIDADE DOS PÊLOS/INTERPOLADOS 0 = Não 1 = Sim 41. TONALIDADE DOS PÊLOS/ESCUROS 0 = Não 1 = Sim 42. MANCHA NO CHANFRO 0 = Não 1 = Sim

FOCINHO 43. LARGURA 0 = Fino 1 = Médio 2 = Largo 44. FORMA

0 = Descaído 1 = Médio 2 = Arrebitado

ESPELHO 45. PRESENÇA 0 = Não 1 = Sim 46. UNIFORME 0 = Não 1 = Sim 47. NÂO UNIFORME 0 = Não 1 = Sim

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48. COR/BRANCO 0 = Não 1 = Sim 49. COR/CLARO 0 = Não 1 = Sim 50. COR/ROSADO 0 = Não 1 = Sim 51. COR/ESCURO 0 = Não 1 = Sim 52. COR/PRETO 0 = Não 1 = Sim

MUCOSA NASAL 53. UNIFORMIDADE 0 = Uniforme 1 = Pigmentada 54. COR 0 = Clara 1 = Rosada 2 = Cinza-claro 3 = Cinza-escuro 4 = Preta

MARRAFA 55. TAMANHO 0 = Pequena 1 = Média 2 = Grande 56. COMPRIMENTO DOS PÊLOS 0 = Curtos 1 = Médios 2 = Compridos 57. FORMA DOS PÊLOS 0 = Lisos 1 = Encaracolados 58. COR DOS PÊLOS 0 = Iguais à pelagem da cabeça 1 = Diferentes da pelagem da cabeça 59. TONALIDADE DOS PÊLOS/CLAROS 0 = Não 1 = Sim 60. TONALIDADE DOS PÊLOS/INTERPOLADOS 0 = Não 1 = Sim 61. TONALIDADE DOS PÊLOS/ESCUROS 0 = Não 1 = Sim

OLHOS 62. FORMA 0 = Encovados 1 = À face 2 = Salientes 63. LOCALIZAÇÃO 0 = Abaixo 1 = Média 2 = Acima 64. ORIENTAÇÃO 0 = Horizontal 1 = Média 2 = Oblíqua

PÁLPEBRAS 65. TONALIDADE 0 = Claras 1 = Escuras

ÓRBITAS 66. FORMA 0 = À face 1 = Salientes

ZONA ORBITAL 67. PRESENÇA 0 = Não 1 = Sim 68. TONALIDADE/CLARA 0 = Não 1 = Sim 69. TONALIDADE/ESCURA 0 = Não 1 = Sim 70. LOCALIZAÇÃO/EM BAIXO 0 = Não 1 = Sim 71. LOCALIZAÇÃO/LATERAL 0 = Não 1 = Sim

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72. LOCALIZAÇÃO/EM CIMA 0 = Não 1 = Sim

ORELHA 73. ORLA 0 = Igual à pelagem da cabeça 1 = Escura 74. PÊLOS NA FACE INTERNA 0 = Não 1 = Sim 75. PÊLOS DA FACE INTERNA/CURTOS 0 = Não 1 = Sim 76. PÊLOS DA FACE INTERNA/MÉDIOS 0 = Não 1 = Sim 77. PÊLOS DA FACE INTERNA/COMPRIDOS 0 = Não 1 = Sim 78. COR DOS PÊLOS DA FACE INTERNA/IGUAIS À PELAGEM DA CABEÇA 0 = Não 1 = Sim 79. COR DOS PÊLOS DA F.I./DIFERENTES DA PELAGEM DA CABEÇA 0 = Não 1 = Sim 80. TONALIDADE DOS PÊLOS DA FACE INTERNA/CLAROS 0 = Não 1 = Sim 81. TONALIDADE DOS PÊLOS DA FACE INTERNA/ESCUROS 0 = Não 1 = Sim

ANGULO SUPERIOR ORELHA 82. PÊLOS DA ORLA 0 = Curtos 1 = Médios 2 = Compridos 83. COR DOS PÊLOS DA ORLA 0 = Iguais à pelagem da cabeça 1 = Diferentes da pelagem da cabeça 84. TONALIDADE DOS PÊLOS DA ORLA/CLAROS 0 = Não 1 = Sim 85. TONALIDADE DOS PÊLOS DA ORLA/ESCUROS 0 = Não 1 = Sim

ANGULO INFERIOR ORELHA 86. PÊLOS DA ORLA 0 = Curtos 1 = Médios 2 = Compridos 87. COR DOS PÊLOS DA ORLA 0 = Iguais à pelagem da cabeça 1 = Diferentes da pelagem da cabeça 88. TONALIDADE DOS PÊLOS DA ORLA/CLAROS 0 = Não 1 = Sim 89. TONALIDADE DOS PÊLOS DA ORLA/ESCUROS 0 = Não 1 = Sim

CORNOS 90. COMPRIMENTO 0 = Curtos 1 = Curtos/Médios 2 = Médios 3 = Médios/Compridos 4 = Compridos 91. COR UNIFORME 0 = Não 1 = Sim 92. COR BASE 0 = Âmbar-claro 1 = Âmbar 2 = Cinzento 3 = Cinza-escuro 93. COR DA PONTA/ÂMBAR-ESCURO 0 = Não 1 = Sim 94. COR DA PONTA/AFOGUEADA 0 = Não 1 = Sim 95. COR DA PONTA/CINZA-CLARO 0 = Não 1 = Sim

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96. COR DA PONTA/ESCURA 0 = Não 1 = Sim 97. INSERÇÃO 0 = Baixa 1 = Média 2 = Alta 98. FORMA DE INSERÇÃO 0 = Côncava 1 = Recta 3 = Convexa 99. ORIENTAÇÃO 1 DA BASE 0 = Para baixo 1 = Horizontal 2 = Para cima 100. ORIENTAÇÃO 2 DA BASE 0 = Para a frente 1 = Para o lado 2 = Para trás 101. ORIENTAÇÃO 1 DO MEIO 0 = Para baixo 1 = Horizontal 2 = Para cima 102. ORIENTAÇÃO 2 DO MEIO 0 = Para a frente 1 = Para o lado 2 = Para trás 103. ORIENTAÇÃO 1 DA PONTA 0 = Para baixo 1 = Horizontal 2 = Para cima 104. ORIENTAÇÃO 2 DA PONTA 0 = Para a frente 1 = Horizontal 2 = Para trás 105. ORIENTAÇÃO 3 DA PONTA 0 = Para dentro 1 = Horizontal 2 = Para fora

TRONCO 106. TAMANHO 0 = Pequeno 1 = Médio 2 = Grande 107. COR BASE DA PELAGEM/BRANCA 0 = Não 1 = Sim 108. COR BASE DA PELAGEM/VERMELHA 0 = Não 1 = Sim 109. COR BASE DA PELAGEM/CASTANHA 0 = Não 1 = Sim 110. COR BASE DA PELAGEM/PRETA 0 = Não 1 = Sim 111. TONALIDADE DA PELAGEM 0 = Clara 1 = Média 2 = Escura 112. PELAGEM UNIFORME 0 = Não 1 = Sim 113. PELAGEM PIGMENTADA 0 = Não 1 = Sim 114. PELAGEM MALHADA 0 = Não 1 = Sim 115. PELAGEM INTERPOLADA 0 = Não 1 = Sim 116. PELAGEM SELADA 0 = Não 1 = Sim 117. COR DA MALHA OU PIGMENTO/BRANCA 0 = Não 1 = Sim 118. COR DA MALHA OU PIGMENTO/VERMELHA 0 = Não 1 = Sim 119. COR DA MALHA OU PIGMENTO/CASTANHA 0 = Não 1 = Sim 120. COR DA MALHA OU PIGMENTO/PRETA 0 = Não 1 = Sim

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LISTA DORSAL 121. PRESENÇA 0 = Não 1 = Sim 122. COR/CLARA 0 = Não 1 = Sim 123. COR/ESCURA 0 = Não 1 = Sim

PESCOÇO 124. COMPRIMENTO 0 = Curto 1 = Médio 2 = Comprido 125. LARGURA 0 = Estreito 1 = Médio 2 = Largo 126. COR BASE DOS PÊLOS/BRANCOS 0 = Não 1 = Sim 127. COR BASE DOS PÊLOS/VERMELHOS 0 = Não 1 = Sim 128. COR BASE DOS PÊLOS/CASTANHOS 0 = Não 1 = Sim 129. COR BASE DOS PÊLOS/PRETOS 0 = Não 1 = Sim 130. TONALIDADE DA PELAGEM 0 = Clara 1 = Média 2 = Escura 131. PELAGEM UNIFORME 0 = Não 1 = Sim 132. PELAGEM PIGMENTADA 0 = Não 1 = Sim 133. PELAGEM MALHADA 0 = Não 1 = Sim 134. PELAGEM INTERPOLADA 0 = Não 1 = Sim

MORRILHO 135. TAMANHO 0 = Pequeno 1 = Médio 2 = Grande

BARBELA 136. TAMANHO 0 = Pequena 1 = Média 2 = Grande

PEITO 137. LARGURA 0 = Estreito 1 = Médio 2 = Largo

DORSO 138. COMPRIMENTO 0 = Curto 1 = Médio 2 = Comprido 139. LARGURA 0 = Estreito 1 = Médio 2 = Largo 140. FORMA 0 = Direito 1 = Médio 2 = Selado

GARUPA 141. COMPRIMENTO 0 = Curta 1 = Média 2 = Comprida 142. LARGURA 0 = Estreita 1 = Média 2 = Larga 143. FORMA 0 = Direita 1 = Média 2 = Inclinada

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TESTÍCULOS 144. UNIFORMES 0 = Não 1 = Sim 145. PONTA ESCURA 0 = Não 1 = Sim 146. MALHADOS 0 = Não 1 = Sim

NÁDEGAS 147. SITUAÇÃO 0 = Descidas 1 = Médias 2 = Subidas 148. FORMA 0 = Rectas 1 = Convexas 149. LARGURA 0 = Estreitas 1 = Médias 2 = Largas

CAUDA 150. COMPRIMENTO 0 = Curta 1 = Média 2 = Comprida 151. INSERÇÃO 0 = Baixa 1 = Média 2 = Alta 152. BORLA 0 = Pequena 1 = Média 2 = Grande 153. PÊLOS 0 = Iguais à pelagem do tronco 1 = Diferentes da pelagem do tronco 154. TONALIDADE DOS PÊLOS/CLAROS 0 = Não 1 = Sim 155. TONALIDADE DOS PÊLOS/INTERPOLADOS 0 = Não 1 = Sim 156. TONALIDADE DOS PÊLOSESCUROS 0 = Não 1 = Sim

MEMBROS 157. ALTURA 0 = Curtos 1 = Médios 2 = Altos

M. DIANTEIROS 158. COR DOS PÊLOS 0 = Iguais à pelagem do tronco 1 = Diferentes da pelagem do tronco 159. COR DOS PÊLOS/CLAROS 0 = Não 1 = Sim 160. COR DOS PÊLOS/INTERPOLADOS 0 = Não 1 = Sim 161. COR DOS PÊLOS/ESCUROS 0 = Não 1 = Sim 162. DIFERENÇA DE COR/ATÉ AO JOELHO 0 = Não 1 = Sim 163. DIFERENÇA DE COR/ACIMA DO JOELHO 0 = Não 1 = Sim

M. TRASEIROS 164. COR DOS PÊLOS 0 = Iguais à pelagem do tronco 1 = Diferentes da pelagem do tronco 165. COR DOS PÊLOS/CLAROS 0 = Não 1 = Sim 166. COR DOS PÊLOS/INTERPOLADOS 0 = Não 1 = Sim 167. COR DOS PÊLOS/ESCUROS 0 = Não 1 = Sim

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168. DIFERENÇA DE COR/ATÉ AO CURVILHÃO 0 = Não 1 = Sim 169. DIFERENÇA DE COR/ACIMA DO CURVILHÃO 0 = Não 1 = Sim

UNHAS 170. COR 0 = Claras 1 = Escuras