CAPÍTULO 3 - PROPRIEDADES E ESTRUTURAfelipeb.com/unipampa/aulas/im/CAP03-01.pdf · Estrutura...
-
Upload
nguyencong -
Category
Documents
-
view
220 -
download
0
Transcript of CAPÍTULO 3 - PROPRIEDADES E ESTRUTURAfelipeb.com/unipampa/aulas/im/CAP03-01.pdf · Estrutura...
Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS
INTRODUÇÃO AOS
MATERIAIS CERÂMICOS
PPGEM - EE - UFRGS
CAPÍTULO 3 -
PROPRIEDADES E
ESTRUTURA
Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS
3.1 INTRODUÇÃO
3.2 PROPRIEDADES MECÂNICAS
3.3 PROPRIEDADES FÍSICAS
3.4 PROPRIEDADES QUÍMICAS
3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA
Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS
Materiais cerâmicos aplicabilidade limitada
comportamento mecânico
tipo de fratura que ocorre principal desvantagem
frágil e com baixa absorção de energia
Propriedades de interesse em sua utilização
térmicas, elétricas, magnéticas e óticas
Importante temperatura que o material está sujeito quando da aplicação em suas propriedades de interesse
3. PROPRIEDADES E APLICAÇÕES x ESTRUTURA3.1 INTRODUÇÃO
PROCESSO DE FABRICAÇÃO
DEGRADAÇÃO DE
PROPRIEDADES PELA
TEMPERATURA
MICROESTRUTURA
ESTRUTURA CRISTALINA
Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS
OBJETIVO
- Apresentar as principais propriedades de materiais cerâmicos:
MECÂNICAS
FÍSICAS
- Relacionar propriedades com estrutura e processamento.
evidenciando seu comportamento em diferentes temperaturas.
ESTRUTURA PROPRIEDADES
PROCESSO DE FABRICAÇÃO
3. PROPRIEDADES E APLICAÇÕES x ESTRUTURA3.1 INTRODUÇÃO
antes de entender fenômenos que determinam propriedades nos materiais a partir da
MICROESTRUTURA deve-se primeiramente entender a ESTRUTURA ATÔMICA (e ESTRUTURA
CRISTALINA) dos materiais porque estas definem algumas de suas propriedades
ESTRUTURA ATÔMICA
ESTRUTURA CRISTALINA
MICROESTRUTURA
Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS
3.2.1 Introdução
3.2.2 Propriedades mecânicas a frio
3.2.2.1 Diagrama tensão x deformação
3.2.2.2 Dureza
3.2.2.3 Fadiga
3.2.2.4 Impacto
3.2.3 Propriedades mecânicas a quente
3.2.3.1 RM a quente
3.2.3.2 Fluência
3.2.3.3 Refratariedade sob carga
3.2.3.4 Fadiga térmica
3.2.3.5 Choque térmico
3.2 PROPRIEDADES MECÂNICAS
3. PROPRIEDADES E APLICAÇÕES x ESTRUTURA
Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS
COMPORTAMENTO DO MATERIAL QUANDO SOLICITADO
Avaliação características do material rígido, frágil, dúctil, resistente,
resistente a trocas de T, resistente a
ciclos mecânicos
CONHECIMENTO DAS PROPRIEDADES E SUA VARIAÇÃO COM A MICROESTRUTURA.
PROPRIEDADES MECÂNICAS A FRIO
carga aplicada tração, compressão,cisalhamento Diagrama x
forma de aplicação variável com o tempo Fadiga
tempo de aplicação curto, longo Impacto
meio constante com o tempo, umidade Fadiga estática
PROPRIEDADES MECÂNICAS A QUENTE (TERMOMECÂNICAS)
Idem acima
- temperatura constante, tensão crescente: Resistência mecânica a quente
- temperatura constante, tensão constante: Fluência
- temperatura crescente, tensão constante: Refratariedade sob carga
- variação cíclica de temperatura: Fadiga térmica
- variação brusca de temperatura: Choque térmico
3.2 PROPRIEDADES MECÂNICAS3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA
3.2.1 INTRODUÇÃO
Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS
• Tensão
• Deformação
• Resistência a ruptura
• Resistência ao scoamento
• Ductilidade
• Tenacidade
• Resiliência
Elástica
Plásticam
axruptura
escoamento
Resiliência Tenacidade
Metal
x
xx
Polímero
Cerâmico
Elastômero
x
3.3 PROPRIEDADES MECÂNICAS3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA
3.3.2 PROPRIEDADES MECÂNICAS A FRIO3.3.2.1 Diagrama tensão x deformação
Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS
PONTO DE
RUPTURA
3.3 PROPRIEDADES MECÂNICAS3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA
3.3.2 PROPRIEDADES MECÂNICAS A FRIO3.3.2.1 Diagrama tensão x deformação
INFORMAÇÕES:
Definição de módulo
de elasticidade
Relação com níveis
da estrutura
Relação com fatores
ambientais
Relação com o
processo de fabricação
Relação com outras
propriedades
Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS
3.3 PROPRIEDADES MECÂNICAS3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA
3.3.2 PROPRIEDADES MECÂNICAS A FRIO3.3.2.1 Diagrama tensão x deformação
E = /
Energia de ligação e forças atrativas e
repulsivas na ligação entre dois elementos.
Relação E com a estrutura atômica
dFda Ligação forte
Ligação fraca
Diferentes somatório de forças na ligação entre dois
elementos, obtendo-se diferentes E.
Força de ligação entre dois átomos onde é definido E
Relação entre o módulo de elasticidade E e o
ponto de fusão (PF) de alguns materiais.
Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS
Estrutura cristalina do NaCl e planos
mais susceptíveis a deslocamentos.
Relação E com a estrutura cristalina
Cristais Iônicos
Máx Mín Aleatório
MgO CFC 341 249 315
NaCl CFC 33 44 37GPa
ISOTROPIA
e
ANISOTROPIA
Dependendo do grão (sua
orientação, forma,...) o
valor do módulo de
elasticidade varia.
3.3 PROPRIEDADES MECÂNICAS3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA
3.3.2 PROPRIEDADES MECÂNICAS A FRIO3.3.2.1 Diagrama tensão x deformação
Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS
Materiais cerâmicos podem apresentar fase vítrea
Com fase vítrea: x pode apresentar uma deformação plástica
cerâmico sem
fase vítrea
cerâmico com
fase vítrea
Relação E com a microestrutura
POROSIDADE
E=E0(1-1,9P+0,9P2)
3.3 PROPRIEDADES MECÂNICAS3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA
3.3.2 PROPRIEDADES MECÂNICAS A FRIO3.3.2.1 Diagrama tensão x deformação
Matriz silicosa com grãos grosseiro de mulita
TEMPERATURA
Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS
DEFORMAÇÃO PLÁSTICA: - não ocorre a temperatura ambiente
- em temperaturas elevadas se ocorrer diferente em cristalinos e não cristalinos
3.3 PROPRIEDADES MECÂNICAS3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA
3.3.2 PROPRIEDADES MECÂNICAS A FRIO3.3.2.1 Diagrama tensão x deformação
CERÂMICOS CRISTALINOS EM
TEMPERATURAS ELEVADAS
IÔNICO
Dificuldade de deslocamento em
cerâmicos com caráter iônico (repulsão).
COVALENTE
- necessidade de cinco sistemas de deslizamento
Ex. Al2O3 disponível em 1550°C
CERÂMICOS NÃO CRISTALINOS:
- estrutura atômica não regular
- deformam-se como um fluxo viscoso semelhante aos líquidos
Representação de um fluxo viscoso de um líquido ou
fluido vítreo em razão de uma força aplicada.EXEMPLOS
Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS
3.3 PROPRIEDADES MECÂNICAS3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA
3.3.2 PROPRIEDADES MECÂNICAS A FRIO3.3.2.1 Diagrama tensão x deformação
RUPTURA EM METAIS
1a Hipótese: ruptura ao mesmo
tempo das ligações.
RM 1000x > prática
2a Hipótese: escorregamento de
planos até a ruptura.
RM ~ E / 20 (>> prática)
3a Hipótese: escorregamento
facilitado por movimento de
discordâncias
RM ~ prática
RUPTURA EM CERÂMICOS
Defeitos concentradores de tensão
- poros, grãos, fases, etc.
Macroscopicamente: corpos-de-prova
RM controlada pelo
maior defeito.
KIC = Y a1/2
Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS
Ruptura dos materiais cerâmicos definida pela presença de DEFEITOS (porosidade,
descontinuidades) resultantes do processamento cerâmico típico (processamento de pós)!
3.3 PROPRIEDADES MECÂNICAS3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA
3.3.2 PROPRIEDADES MECÂNICAS A FRIO3.3.2.1 Diagrama tensão x deformação
RUPTURA EM CERÂMICOS
Fases cristalinas obrigam a trinca a
contorná-las ou
causam a
bifurcação
da trinca.
Matriz: ZrO2 cúbica
Precipitados: ZrO2 monoclínica
Chamota inserida a massa
cerâmica, pode atuar como
o maior defeito.
4-pontos
3 pontos
Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS
METAIS
Mede-se a deformação plástica
Métodos: Brinell
Vickers
Rocwell
Microdureza de Knoop
CERÂMICOS:
Mede-se microfissuras no material
Métodos: - Vickers
- Microdureza de Knoop
Material Dureza aproximada em Knoop
Diamante 7000
B4C 2800
SiC 2500
WT 2100
Al2O3 2100
Quartzo (SiO2) 800
Vidro 550
3.3 PROPRIEDADES MECÂNICAS3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA
3.3.2 PROPRIEDADES MECÂNICAS A FRIO3.3.2.2 Dureza
Na microstrutura salienta-se as marcas do identador de
diamante devido a medição de microdureza Knoop.
Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS
METAIS
Falha que ocorre em estruturas devido a tensões dinâmicas e flutuantes
TRINCA NA FADIGA:
INÍCIO: concentradores de tensão
nucleação
PROPAGAÇÃO: estrias ou ondulações
FRATURA: a seção não suporta a carga aplicada
3.3 PROPRIEDADES MECÂNICAS3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA
3.3.2 PROPRIEDADES MECÂNICAS A FRIO3.3.2.3 Fadiga
Fotografia ótica da
superfície de fratura por
fadiga.
CERÂMICAS
- Fadiga por carregamento cíclico é raro (ligações iônicas e
covalentes: ausência de plasticidade)
Superfície de um corpo cerâmico, salientando defeitos.
- Em cerâmicos, concentrar e desconcetrar tensões ruptura
FADIGA ESTÁTICA: rompimento do material sob tensões
constantes, durante um certo tempo em ambientes úmidos.
Visualização de um
mecanismo
alternativo para
explicar a influência
da umidade no
crescimento
subcrítico de trincas.
Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS
METAIS
3.3 PROPRIEDADES MECÂNICAS3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA
3.3.2 PROPRIEDADES MECÂNICAS A FRIO3.3.2.4 Impacto
CERÂMICAS
- Não resistem ao impacto
- Apresentam baixa tenacidade
Ensaios:
- Charpy
- Izod
- Influenciado:
- entalhe
- temperatura de transição
Grãos grossos
Grãos finos
Corpo cerâmico
- Análise qualitativa de resistência ao Impacto NBR-9454/86.
- O ensaio está baseado em submeter um corpo de prova,
placa de dimensões 300 X 300 X 60 mm3, a sucessivos
impactos causados pela queda de uma esfera com altura de
queda inicial de 10 cm e incrementos de igual valor.
Comparação (a) sem fibra e (b) com fibra de polipropileno
a b
Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS
3.3 PROPRIEDADES MECÂNICAS3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA
3.3.2 PROPRIEDADES MECÂNICAS A QUENTE3.3.3.1 Resistência mecânica a quente
Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS
- Deformação lenta que ocorre nos materiais submetidos ao carregamento em temperatura elevada.
- A velocidade de fluência depende da temperatura e da tensão em que o material está submetido.
- Os mecanismos que influenciam o processo de fluência são a deformação de contorno de grão, os
movimentos de discordância e a difusão. A equação de Norton correlaciona estes critérios:
Equação de Norton
: tensão
Lg: tamanho de grão
n: expoente de tensão
m: expoente do tamanho de grão
: taxa de fluência estacionária
D: coeficiente de difusão
A: constante
T: temperatura
R: constante
m
g
ns
LDA
1..
3.3 PROPRIEDADES MECÂNICAS3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA
3.3.3 PROPRIEDADES MECÂNICAS A QUENTE3.3.3.2 Fluência
RT
QS n
s exp.
Influência da difusão
Relação entre temperatura e tempo no processo de
fluência: I: Fluência primária ou transiente. II: Fluência
estacionária. III: Fluência terciária.
Para Norton há uma relação entre a taxa de fluência com a tensão: a taxa de fluência é proporcional a n.
n =1; fluência difusional
n = 2; deslizamento de contorno de grão
n = 4; somente alguns materiais, sendo que n > 4, não há explicação física para o fenômeno.
Relação da fluência com a temperatura.
Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS
3.3 PROPRIEDADES MECÂNICAS3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA
3.3.3 PROPRIEDADES MECÂNICAS A QUENTE3.3.3.2 Fluência Modelo de Nabarro-Herring:
O modelo assume que:
-em temperatura elevada há um equilíbrio na concentração de vacâncias;
-quando se aplica uma tensão: há difusão de vacâncias da zona de tração (concentração de
vacâncias é maior) para zona de compressão, paralelamente, ocorre a difusão de átomos da zona
de compressão para a de tração;
-esta difusão muda a forma do grão, tornando-o alongado (menor altura e maior comprimento);
Equação de Nabarro-Herring, da difusão por volume:
: taxa de fluência
k’: constante numérica
k: constante de Boltzman
Ds: coeficiente de difusão
Lg tamanho de grão
: tensão
: volume atômico/ volume de vazios
Segundo o modelo de Nabarro-Hering:
-A taxa de fluência é fortemente afetada pela T, devido ao Ds
-A taxa de fluência é fracamente afetada pela tensão, já que
o expoente é 1 (linear)
-A taxa de fluência é fortemente afetada pelo Lg, já que a
taxa varia com 1/Lg2
kTLg
Dk s
2
'
Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS
Combinação de escoamento viscoso, sintetização sob pressão, rearranjo de grãos e
movimentos de deslocamentos.
Depende da composição do material, fases em equilíbrio, microestrutura, estado de tensões e
temperatura.
Influência da tensão e
temperatura na fluência
3.3 PROPRIEDADES MECÂNICAS3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA
3.3.3 PROPRIEDADES MECÂNICAS A QUENTE3.3.3.2 Fluência
Outras formas de apresentar resultados do teste de fluência
Parâmetro de Larson-Miller.
Relação entre tensão - temperatura -
tempo de ruptura.
Curva tensão x
tempo de ruptura.
Estima a
expectativa do
tempo de vida de
um componente nas
condições
estabelecidas.
Razão de
fluência pela
combinação
de tempo e
temperatura
Relação entre tempo de
ruptura e temperatura para
uma tensão constante
Sugere representação de
Arrhenius
Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS
ENSAIOS DE FLUÊNCIA:
3.3 PROPRIEDADES MECÂNICAS3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA
3.3.3 PROPRIEDADES MECÂNICAS A QUENTE3.3.3.2 Fluência
amostra do material a uma carga constante
( 0,2MPa refratários e 0,1 MPa isolantes)
temperatura constante fluência
valor da deformação em função
do tempo de ensaio
1. silico-aluminoso com cerca de 65% de Al2O3; 2.
Alta alumina – 98% de Al2O3; 3. Magnesiacromo
10% de Cr2O3; 4. Magnesiano com 95% de MgO
e pouco ferro.
Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS
A maneira exata como um cerâmico colapsa sob carga a altas temperaturas varia com o tipo de
material e é determinado pelo tipo de ligação existente no refratário a essas temperaturas.
Deformação sob
carga de tijolos com
carga de 0,35 MPa.
3.3 PROPRIEDADES MECÂNICAS3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA
3.3.3 PROPRIEDADES MECÂNICAS A QUENTE3.3.3.3 Refratariedade sob carga
Determinada pela composição química e equilíbrio de fases;
Cerâmicos com fase líquida à temperatura de serviço podem relaxar tensões e deformar por
mecanismos de difusão (fluência);
Se a quantidade de líquido formada é pequena não haverá deformação antes da fratura paralela a
força de compressão;
A presença de poros 1. aumenta a tensão aplicada na parte densa do material
tem três efeitos: 2. fornece um mecanismo interno de deformação;
3.dependendo de forma e distribuição: concentradores de tensão
Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS
Teste de refratariedade sob carga.
amostra do material
a uma carga constante
( 0,2MPa para refratários e 0,1
MPa para isolantes)
temperatura crescente
refratariedade sob carga
valor da temperatura em função
da deformação
T0= temperatura da dilatação
máxima
T0,5= temperatura de
contração 0,5% a partir do
Dmáximo
T1= temperatura de contração
1% a partir do Dmáximo
3.3 PROPRIEDADES MECÂNICAS3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA
3.3.3 PROPRIEDADES MECÂNICAS A QUENTE3.3.3.3 Refratariedade sob carga
1. silico-aluminoso; 2. Silimanita; 3.
Magnesiacromo; 4. Alta sílica (abóboda); 5. Alta
sílica (coqueria); 6. Cromomagnesiano.
Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS
Em cerâmicos as tensões cíclicas que solicitam o material são geradas por variações de T
Para ocorrer fadiga térmica são necessárias duas condições:
Ex: contração e expansão
- restrição mecânica térmica devido a mudança
- mudança de temperatura de temperatura.
3.3 PROPRIEDADES MECÂNICAS3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA
3.3.3 PROPRIEDADES MECÂNICAS A QUENTE3.3.3.4 Fadiga térmica
T = 1.E. T
onde:
T : tensões térmicas
1: coeficiente de expansão térmica
E: módulo de elasticidade
T : variação de temperatura
A falha por fadiga é caracterizada por três passos distintos:
1 - iniciação da trinca
2 - propagação da trinca
3 - falha final Influência da tensão
na falha por fadiga
s x n° de ciclos (a) limite de fadiga definido (b) não definido
Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS
Variação brusca de temperatura
Esforço termomecânico
Onde:
E = módulo de elasticidade
a = coeficiente de expansão térmica
T = variação de temperatura
TENSÃO TÉRMICA
Peça cerâmica submetida a variação de temperatura (T) e tem sua dilatação ou contração impedida gera uma tensão térmica:
= E (T)
Exemplo:
Al2O3 submetido a 300 K
Para Al2O3 E= 410 GPa = 6,9.10-6 / K
= E. (T) = 410 GPa. 6,9.10-6 / K . 300 K
= 850 MPa !
RCT= a./E.
a = K/cp.
3.3 PROPRIEDADES MECÂNICAS3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA
3.3.3 PROPRIEDADES MECÂNICAS A QUENTE3.3.3.5 Choque térmico
Força motriz para a nucleação e crescimento de trincas - fratura
Quando uma peça é resfriada bruscamente de To a uma T a
superfície ira contrair a (To-T), porém o interior encontra-se
ainda na temperatura To, resulta em tensões trativas na
superfície igual a:
= E (To - T)
1-m Onde:
E = módulo de elasticidade
= coeficiente de expansão térmica
To = temperatura inicial
T = temperatura final
m = coeficiente de Poisson
Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS
Degradação da superfície após choque térmicoDistribuição parabólica de
temperatura, em um certo instante,
na seção reta de uma placa de
espessura b,resultante de um
resfriamento brusco.
(a) compressão
(b) tração
Tensões térmicas
geradas
3.3 PROPRIEDADES MECÂNICAS3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA
3.3.3 PROPRIEDADES MECÂNICAS A QUENTE3.3.3.5 Choque térmico
100
300
1000
3000
10000
T
máx
30
b - h10
K
1 10 100 1000
ar água
sílica
BeO
porcelana
sílico-aluminoso
Al2O3 (100°C) Al2O3
Al2O3 (1000°C)
W / mK
Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS
Fraturas típicas de choque térmico
fissuras
centro da
face
fragmentos
grandes
agarrados
descasque
3.3 PROPRIEDADES MECÂNICAS3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA
3.3.3 PROPRIEDADES MECÂNICAS A QUENTE3.3.3.5 Choque térmico
425 – bloco queimador
425 – bloco visor525 – bloco queimador 525 – bloco visor
Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS
3. PROPRIEDADES E APLICAÇÕES x ESTRUTURA3.1 INTRODUÇÃO
PROCESSO DE FABRICAÇÃO
MATÉRIA-PRIMA
CONFORMAÇÃO
SECAGEM
QUEIMA
PÓ
PRENSAGEM
FLUIDOPLÁSTICA
COLAGEM
ASPERSÃO TÉRMICA
ETC...
OBTENÇÃO DE UM
CORPO DENSO
GERAÇÃO DE DEFEITOS:
-BENEFICIAMENTO DA
MATÉRIA-PRIMA
-PROCESSO DE
CONFORMAÇÃO
-SECAGEM INEFICIENTE, OU
RÁPIDA
- QUEIMA EM CONDIÇÕES
INEFICIENTES (T, t, taxa)
CONCENTRADORES
DE TENSÕES
Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS
3. PROPRIEDADES E APLICAÇÕES x ESTRUTURA3.1 INTRODUÇÃO
MICROESTRUTURA
DEFEITOS NA
MICROESTRUTURA:
-POROS;
-FASES NÃO DISPERSAS;
-GRÃOS GROSSEIROS;
CONCENTRADORES
DE TENSÕESPorcelana tradicional: fotomicrografia em MEV da seção
transversal da amostra queimada a 1420ºC e atacada
com ácido fluorídrico a 40% por 10s. Aumento de 100x.
Refratário Sílico-aluminoso: fotomicrografia em
microscópio ótico da seção transversal da amostra.
Grãos grosseiros podem ser os maiores defeitos na
microestrutura.
Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS
3. PROPRIEDADES E APLICAÇÕES x ESTRUTURA3.1 INTRODUÇÃO
ESTRUTURA CRISTALINA
CRISTAIS IÔNICOS:
-PRESENÇA DE CARGAS (+, -);
-AUSÊNCIA DE DESLIZAMENTO;
-PRESENÇA DE DEFEITOS;
MATERIAIS FRÁGEIS
Estrutura cristalina do NaCl
Estrutura cristalina do
Al2O3
Dificuldade de deslocamento em
cerâmicos com caráter iônico (repulsão).
Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS
3. PROPRIEDADES E APLICAÇÕES x ESTRUTURA3.1 INTRODUÇÃO
DEGRADAÇÃO DE
PROPRIEDADES EM FUNÇÃO
DA TEMPERATURA
DEGRADAÇÃO COM A T:
-↓ RM , ex. FASES VÍTREAS;MATERIAIS FRÁGEIS
Aumento da T diminui a RM em cerâmicos
RM a quente
Refratariedade
Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS
Plano no MgO mostrando a direção de cisalhamento
3.3 PROPRIEDADES MECÂNICAS3. PROPRIEDADES E APLICAÇÕES x ESTRUTURA
3.3.2 DIAGRAMA TENSÃO x DEFORMAÇÃO3.3.2.3 Região plástica
Plano no NaCl onde os íons
estão alinhados Aumento da T diminui a RM
em cerâmicos