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Anais da Semana de Pedagogia da UEM. Volume 1, Número 1. Maringá: UEM, 2012 1
CAPITAL CULTURAL E DESEMPENHO EM MATEMÁTICA NA
PROVA BRASIL 2009 DOS ALUNOS DO 5º ANO DO ENSINO
FUNDAMENTAL
SANTOS, Valdirene Maria dos
MOGNON, Angela
ANDRADE, Doherty (orientador)
Universidade Estadual de Maringá
Formação de professores e intervenção pedagógica
Introdução
O tema educação, sua complexidade e qualidade não têm sido apenas do interesse dos
docentes. Compreender quais são as variáveis que interferem no rendimento dos alunos é
também interesse dos gestores do sistema, seja no nível escolar, municipal, estadual ou
federal. E principalmente, interessa à família, como legítima representante do aluno, que com
a sua participação na escola, procura assegurar uma qualidade mínima na educação de forma a
garantir, ou pelo menos não comprometer, o futuro da criança.
Algumas ações em nível de estado procuram assegurar um mínimo de qualidade do
Ensino Fundamental por meio de programas específicos e por meio de avaliação em larga
escala com dados estatísticos do sistema público de ensino. Dentre as ações de avaliação em
larga escala, citamos por exemplo com a Prova Brasil, aplicada pelo INEP, que aplica aos
alunos participantes um questionário, chamado de questionário do aluno, buscando
informações sobre seus hábitos de estudos e sobre sua família; também é aplicado outros
questionários aos professores e diretores das escolas. Algumas questões do questionário do aluno
estão relacionadas aos hábitos de estudo do aluno e à participação de seus pais na sua vida escolar, em
outras palavras, referem-se ao Capital Cultural da família do estudante.
Anais da Semana de Pedagogia da UEM. Volume 1, Número 1. Maringá: UEM, 2012 2
No presente trabalho utilizamos o conceito de Capital Cultural introduzido por Pierre
Bourdieu e tem por objetivo compreender se há associação entre o desempenho dos alunos do 5° ano
do Ensino Fundamental das escolas públicas do Brasil em Matemática na Prova Brasil 2009 e o capital
cultural familiar. Para isso selecionamos algumas questões do questionário do aluno relacionadas ao
capital cultural familiar desses estudantes. Estas questões contemplam e evidenciam ou sugerem
alguma relação com os estados do capital cultural.
A partir da escolha das questões, definimos os níveis de acesso dos alunos em relação
aos três estados do capital cultural familiar e, fazendo uso do software SAS, realizamos a
leitura, a filtragem e o tratamento estatístico dos dados. Assim, foi possível verificar a
existência de associação entre o capital cultural familiar dos alunos e seu desempenho na
avaliação de Matemática que compõe a Prova Brasil de 2009. Para melhor compreender esta
associação faremos a seguir um breve comentário sobre os aspectos teóricos do conceito de
Capital Cultural.
Objetivo
Verificar se há associação entre o desempenho dos alunos do 5° ano na avaliação de
Matemática, que compõe a Prova Brasil 2009, e o capital cultural familiar do aluno
participante desta prova.
Capital Cultural
De acordo com Bourdieu (1998a), a noção de Capital Cultural surge para explicar as
desigualdades de desempenho escolar observadas em crianças oriundas de diferentes classes
sociais e busca relacionar as vantagens que crianças de diferentes classes ou frações de classe
poderiam obter no mercado escolar em relação à distribuição do Capital Cultural.
Cada família transmite a seus filhos, de forma mais indireta do que direta, certo
Capital Cultural e um sistema de valores implícitos e interiores, que contribuem para definir
atitudes diante do Capital Cultural e à instituição escolar (BOURDIEU, 1998b). Para
Bourdieu (1998a) o Capital Cultural pode ser identificado sob três estados: incorporado,
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objetivado e institucionalizado. Neste trabalho vamos considerar também o capital
institucionalizado atribuído ao pai e à mãe.
O Capital Cultural no estado incorporado apresenta-se sob a forma de disposições
duráveis do organismo e sua acumulação exige incorporação que pressupõe um trabalho de
inculcação e assimilação e para obtê-lo exige-se tempo, não pode ser transmitido
instantaneamente, faz parte integrante do indivíduo como um hábito. No estado objetivado, o
Capital Cultural se dá sob a forma de bens culturais tais como, quadros, livros, dicionários,
instrumentos, máquinas, etc. Enquanto que o estado institucionalizado está relacionado a
certificados, diplomas, títulos escolares e outros.
No questionário do aluno que faz parte dos microdados da Prova Brasil 2009, os três
estados do Capital Cultural são evidenciados, ou apenas são implicitamente apresentados,
pelas questões que se encontram nos quadros em anexo. O Capital Cultural no estado
incorporado faz-se presente pelas questões 26, 27, 28, 29 e 31 de acordo com a Quadro1; o
capital cultural no estado objetivado é representado pelas questões 5, 7, 13 e 32, ver Quadro3.
Capital Cultural no estado institucionalizado comparece nas questões 19, 20 e 21
referindo-se às informações maternas como mostra o Quadro 5; já as questões 23, 24 e 25
apresentam informações paternas deste mesmo capital, conforme Quadro7. Essas questões
serviram de base para nosso estudo.
Entendemos que o bom desempenho dos alunos, em qualquer disciplina, não pode ser
explicado por um único fator, mas grande parte deve-se ao capital cultural familiar. Assim,
não utilizamos neste trabalho um capital cultural em um estado específico, mas unimos todos
os estados do capital que foram percebidos no questionário do aluno nos microdados da Prova
Brasil 2009.
Prova Brasil
A Avaliação Nacional do Rendimento Escolar (Anresc), comumente conhecida como
Prova Brasil, avalia, a cada dois anos, estudantes do Ensino Fundamental público e tem por
objetivo fornecer subsídios e informações que possam contribuir para a melhoria da qualidade
de ensino, redução de desigualdade e democratização da gestão do ensino público. A
avaliação é censitária, embora não obrigatória, com testes de Língua Portuguesa e
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Matemática, com foco, respectivamente, em leitura e resolução de problemas (BRASIL,
2012a).
A partir da edição de 2009, além das escolas públicas que havia no mínimo 30
estudantes matriculados na última etapa dos anos iniciais (4ª série) e dos anos finais (8ª série)
do Ensino Fundamental e das escolas públicas rurais que ofertavam os anos iniciais (4ª série)
e que tinham o mínimo de 20 estudantes matriculados nesta série, os anos finais (9º ano) do
Ensino Fundamental das escolas públicas rurais que atendiam no mínimo 20 alunos
matriculados também passaram a ser avaliados.
Com base nos resultados do SAEB ou da Prova Brasil, o MEC e as secretarias
estaduais e municipais de educação podem definir ações voltadas ao aprimoramento da
qualidade do ensino no país e à redução das desigualdades existentes, promovendo, por
exemplo, a correção de distorções e debilidades identificadas e direcionando seus recursos
técnicos e financeiros para áreas identificadas como prioritárias. Os resultados das avaliações
por escola permitem aos diretores, gestores e professores fomentar um trabalho pedagógico
que contribui para a melhoria da qualidade educacional. As médias de desempenho nas
avaliações também subsidiam o cálculo do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica
(IDEB), ao lado das taxas de aprovação nessas esferas.
Aspectos Metodológicos
A coleta dos dados resultou de fontes secundárias, correspondentes aos microdados da
Prova Brasil 2009, disponíveis para download na página eletrônica do Instituto Nacional de
Estudos e Pesquisa Educacionais Anísio Teixeira - INEP. Para o tratamento estatístico das
observações constantes nos microdados, devido ao grande número de observações, dados e
variáveis, foi necessário recorrer ao software especializado SAS, que dispõe de um conjunto
de ferramentas estatísticas indispensáveis para a nossa análise. Em anexo apresentamos
quadros com as questões escolhidas de acordo com o aspecto teórico, já mencionado, e seus
respectivos níveis de disposição.
Utilizamos os dois arquivos TS_aluno.txt e TS_quest_aluno.txt que integram os
microdados da Prova Brasil 2009. O primeiro contém a variável NU_THETAT_M que é a
nota do aluno em Matemática, o segundo contém as informações socioeconômicas com as
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questões associadas ao Capital Cultural. A cada alternativa de resposta das questões foi
atribuído um valor numérico que evidencia sua importância. Definindo assim o Capital
Cultural Total como sendo a soma dos capitais nos três estados: incorporado, objetivado e
institucionalizado materno e paterno, criamos deste modo, a variável CULT, que pode
assumir valores inteiros de 0 a 48. Considerando que a variável CULT possui uma grande
variação, o que dificulta a sua análise estatística, foi necessário redefini-la. Portanto, criamos
a variável CULTR com a variação de 0 a 5, sendo que
CULTR= 0 se 0 CULT < 8, CULTR= 1 se 8 CULT < 16, CULTR= 3 se 24 CULT < 32, CULTR= 4 se 32 CULT < 40 e CULTR= 5 se 40 CULT 48 .
Além dos indivíduos que somaram, por suas respostas, Capital Cultural nulo, foram
também considerados indivíduos com Capital Cultural nulo aqueles que não responderam à
nenhuma das questões selecionadas do questionário.
Os dois arquivos de dados, TS_aluno.txt e TS_quest_aluno.txt, foram unidos
utilizando a variável ID_ALUNO presente nos dois arquivos. Os alunos, de acordo com o
valor variável NU_THETAT_M, que assume valores reais não negativos, foram classificados em níveis de proficiência iniciando com o nível de proficiência PROF igual a zero para os
alunos com NU_THETAT_M menor do que 125. Acrescendo 25 para o próximo nível
PROF=1 e assim sucessivamente até o nível PROF=14 para aqueles com nota superior a 450.
Utilizamos a rotina PROC CORR do SAS, para pesquisar a correlação entre as
variáveis. Como as variáveis PROF e CULTR assumem valores discretos usamos também a
rotina CHISQ do SAS para pesquisar se há associação entre as variáveis no Brasil e no
Paraná, dentre os participantes do 5º ano da Prova Brasil 2009. As informações estatísticas
sobre a correlação nos permitiu determinar a reta que melhor se ajusta aos dados, com uma
primeira aproximação. Para isso utilizamos a rotina do SAS PROC REG, tanto para os dados
do Brasil, do Paraná quanto para municípios de Maringá e Campo Mourão. A seguir
apresentamos os dados obtidos para os quatro casos.
Resultados
Primeiramente apresentamos os resultados para o Brasil. Do quadro 9 temos que o
coeficiente de correlação de Pearson é 0.46013. Como o p-valor é menor do que 0.0001 e,
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portanto, menor do que =5%, pode-se então afirmar que existe correlação linear,
0.46013 , entre o nível de capital cultural familiar e o nível de desempenho na avaliação
de Matemática para os alunos de 5º ano participantes da Prova Brasil de 2009. De fato, os
dados indicam, veja Cody (1991, p.98), que é improvável obter, aleatoriamente, uma amostra
de 3.113.095 indivíduos com correlação desta magnitude em uma população com correlação
nula. Veja o quadro 9.
Assim, podemos negar a hipótese nula HO, como de praxe a hipótese nula é aquela que
afirma serem os dados considerados CULTR e PROF independentes, e portanto, assegurar
que há uma tendência de que quanto maior for o Capital Cultural maior será o desempenho na
prova de Matemática para a população dos alunos participantes da Prova Brasil de 2009.
Para os estudantes paranaenses que realizaram a Prova Brasil 2009, o coeficiente de
correlação de Pearson é 0.41897. O p-valor, também menor do que 0.0001, como no caso do
Brasil, afirma que podemos negar a hipótese nula HO e assegurar que há tendência linear de
que um acréscimo no capital cultural resulta em acréscimo no desempenho em Matemática
para a população dos alunos paranaenses do 5º ano participantes da Prova Brasil de 2009.
Veja o quadro 10.
As cidades de Maringá e Campo Mourão possuem, respectivamente, apenas 4045 e
1016 estudantes que realizaram a Prova Brasil de 2009. Diante da grande variação em PROF
que contribui para uma grande quantidade de caselas nulas na tabela de contingência, não foi
possível tirar conclusões utilizando as técnicas de correlação e qui-quadrado, mesmo
utilizando o teste exato de Fisher. Foi necessário, então definir uma nova variável denominada
PROFR que estabelece níveis de proficiência mais reduzidos, sendo sua variação de 0 a 8.
Em Maringá, como pode ser observado no quadro 11, o coeficiente de correlação de
Pearson é 0.39809, p-valor menor do que 0.0001 (menor do que 5% ) indica que
acréscimo Capital Cultural resulta em acréscimo no desempenho; e que é improvável obter,
aleatoriamente, uma amostra de 4045 indivíduos com esta correlação, em uma população com
correlação nula. Em Campo Mourão, dados no quadro 12, o coeficiente de correlação de
Pearson é 0.41614 e com p-valor menor do que 0.0001, o que indica que é improvável obter,
ao acaso, uma amostra de 1416 indivíduos com esta correlação, em uma população com
correlação nula.
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Executando no SAS a rotina PROC FREQ com a opção CHISQ, obtivemos
novamente em cada caso, p-valor menor do que 0.0001, portanto menor do que o nível de
significância, . Novamente, rejeita-se a hipótese nula HO.
Como uma aproximação inicial para a associação capital cultural familiar e
desempenho em Matemática, buscou-se em seguida, a reta que mais se ajusta aos dados nos
casos do Brasil e do Paraná (utilizando as variáveis PROF e CULTR), e nos municípios de
Maringá e Campo Mourão (utilizando as variáveis PROFR e CULTR). Apresentamos apenas
os dados do Brasil e de Maringá. Quadros 13 e 14 no anexo.
Portanto, foi possível estabelecer associação entre os níveis de proficiência na prova
de Matemática para os alunos de 5º ano participantes de Prova Brasil de 2009 (PROF) e os
níveis de Capital Cultural familiar (CULTR).
No Brasil, com uma população de 3.113.095 alunos de 5º ano, a associação linear
entre as variáveis é dada pela equação PROF = 1.79837 + 0.79075CULTR, em que PROF
significa o nível de proficiência do aluno e CULTR indica o nível de capital cultural total
reduzido. Do mesmo modo, constatamos que no Paraná, com uma população de 177.728
alunos de 5º ano, o capital cultural familiar total influencia positivamente no desempenho em
Matemática dos participantes da Prova Brasil 2009. Nesse caso, a reta que melhor se ajusta
aos dados é PROF 2.57697 0.70940CULTR . Nos municípios, temos que em Maringá a
reta que melhor se ajusta é PROFR=1.7842 + 0.4752 CULTR e em Campo Mourão a reta que
melhor se ajusta é PROFR=1.4037 + 0.4242 CULTR .
Verificamos também, por meio dos dados, que a média dos alunos que compõem os
diferentes níveis culturais aumenta com o seu capital cultural. Por exemplo, em Maringá
alunos de nível cultural superior, CLTR=5, possuem média na Prova Brasil de 2009
aproximadamente 25 pontos a mais do que seus colegas com CLTR=0. Em Campo Mourão
esta diferença chega a 42 pontos. Enquanto que no Paraná esta diferença chega a 31 pontos,
no Brasil a diferença atinge 49 pontos.
Considerações Finais
Vimos que é estatisticamente improvável obter ao acaso amostras de indivíduos com
os coeficientes de correlação estatisticamente calculados, nos quatro casos, entre as variáveis
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níveis de proficiência (PROF) e níveis de Capital Cultural (CULT). Observamos que é
possível afirmar que os dados estão associados, isto é, há entre eles uma tendência de aumento
da nota de Matemática na Prova Brasil 2009 e o aumento no Capital Cultural. Assim, de
acordo com a análise efetuada com as observações contidas nos microdados da Prova Brasil
de 2009 podemos concluir que há influência do Capital Cultural no desempenho dos
participantes da Prova Brasil 2009 do 5º ano na disciplina Matemática no Brasil, no Estado do
Paraná e nos municípios de Maringá e Campo Mourão.
É evidente que outros fatores externos à sala de aula ou não, tais como fatores
individuais e econômicos, interferem nas avaliações. Mas os dados estatísticos levantados
neste trabalho nos alertam que os fatores culturais da família do aluno estão associados ao seu
desempenho. Como grande parte das questões consideradas neste trabalho está relacionada a
informações sobre os pais e sua dedicação na vida escolar do aluno, ações como
acompanhamento e incentivo para o filho estudar e participação da família na vida escolar do
aluno, cobrança na realização dos deveres de casa, por pais e professores, não podem ser
desprezadas e contribuem, enquanto capital cultural familiar, para o bom desempenho do
aluno.
REFERÊNCIAS
BOURDIEU, Pierre. Os três estados do capital cultural. In: NOGUEIRA, Maria Alice; CATANI, Afrânio (Org.). Escritos de Educação. p. 73-79.7ª ed. Petrópolis: Vozes, 1998a. BOURDIEU, Pierre. A Escola conservadora: as desigualdades frente à escola e à cultura. In: NOGUEIRA, Maria Alice; CATANI, Afrânio (Org.). Escritos de Educação. p. 40-64.7ª ed. Petrópolis: Vozes, 1998b. BRASIL. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. Microdados Prova Brasil 2007 2009. Disponível em: http://portal.inep.gov.br/web/guest/basica-levantamentos-acessar. Acesso em:13/08/2012a BRASIL. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. História da Prova Brasil e do Saeb. Disponível em: http://portal.inep.gov.br/web/prova-brasil-e-saeb/historico. Acesso em: 19/05/2012b.
Anais da Semana de Pedagogia da UEM. Volume 1, Número 1. Maringá: UEM, 2012 9
CODY, P. Ronald and Smith, Jeffrey K., Applied Statistics and the SAS Programming Language. Prentice Hall, 1991.
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Anexos
Forma do
Capital
Cultural
Questões Descrição Código de Preenchimento
Q26
Com que frequência seus pais
ou responsáveis vão à reunião
de pais?
1-Sempre ou quase sempre
ou de vez em quando
0- Nunca ou quase nunca
Q27 Seus pais ou responsáveis
incentivam você a estudar?
1-Sim
0-Não
Q28
Seus pais ou responsáveis
incentivam você a fazer o
dever de casa e os trabalhos
da escola?
1-Sim
0-Não
Q29 Seus pais ou responsáveis
incentivam você a ler?
1-Sim
0-Não
Estado
Incorporado
Q31
Seus pais ou responsáveis
conversam com você sobre o
que acontece na escola?
1-Sim
0-Não
Quadro 1: Questões correspondentes ao Capital Cultural no Estado Incorporado
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Forma do Capital
Cultural Nível Descrição
0. Muito baixo
Se a soma dos pontos referentes às respostas
dos alunos pertencer ao intervalo [0,2)
1. Baixo
Se a soma dos pontos referentes às respostas
dos alunos pertencer ao intervalo [2,3)
2. Médio
Se a soma dos pontos referentes às respostas
dos alunos pertencer ao intervalo [3,4)
Estado
Incorporado
3. Alto
Se a soma dos pontos referentes às respostas
dos alunos pertencer ao intervalo [4,5)
Quadro 2: Capital Cultural no Estado Incorporado por nível
Forma do
Capital
Cultural
Questões Descrição Código de Preenchimento
Q5 Na sua casa tem televisão
em cores?
1-Sim, uma ou mais
0-Não tem
Q7 Na sua casa tem DVD? 1-Sim
0-Não
Q13
Na sua casa tem
computador?
1-Sim, com internet ou sem
internet
0-Não.
Estado
Objetivado
Q32
Além dos livros escolares,
quantos livros você têm em
sua casa?
1- Mais de 21 livros
0- Nenhum
Quadro 3: Questões referentes ao Capital Cultural no Estado Objetivado
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Forma do Capital
Cultural Nível Descrição
1. Muito baixa posse de
bens
Se a soma dos pontos referentes às
respostas dos alunos pertencer ao
intervalo [0,2)
2. Baixa posse de bens
Se a soma dos pontos referentes às
respostas dos alunos pertencer ao
intervalo [2,4)
3. Média posse de bens
Se a soma dos pontos referentes às
respostas dos alunos pertencer ao
intervalo [4,6)
Estado Objetivado
4. Alta posse de bens
Se a soma dos pontos referentes às
respostas dos alunos pertencer ao
intervalo [6,9].
Quadro 4: Capital Cultural no Estado Objetivado por Nível
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Forma do
Capital Cultural Questões Descrição Código de Preenchimento
Q19
Até que série sua
mãe ou a mulher
responsável por
você estudou?
0-Nunca estudou ou não
completou a 4ª série (antigo
primário).
1- Completou a 4ª série, mas não
completou a 8ª série (antigo
ginásio).
5- Completou a 8ª série, mas não
completou o Ensino Médio
(antigo 2º grau).
10-Completou o Ensino Médio,
mas não completou a Faculdade.
15-Completou a Faculdade.
0-Não sei.
Q20
Sua mãe ou mulher
responsável por
você sabe ler e
escrever?
1-Sim.
0-Não.
Estado
Institucionalizado
(Mãe)
Q21
Você vê sua mãe
ou a mulher
responsável por
você lendo?
1-Sim.
0-Não.
Quadro 5: Questões referentes ao Capital Cultural no Estado Institucionalizado Materno
Anais da Semana de Pedagogia da UEM. Volume 1, Número 1. Maringá: UEM, 2012 14
Forma do Capital
Cultural Nível Descrição
0. Muito baixo nível
escolar
Se a soma dos pontos referentes às
respostas dos alunos pertencer ao
intervalo [0,5)
1. Baixo nível escolar
Se a soma dos pontos referentes às
respostas dos alunos pertencer ao
intervalo [5,8)
2. Médio nível escolar
Se a soma dos pontos referentes às
respostas dos alunos pertencer ao
intervalo [8,12)
Estado
Institucionalizado
(Mãe)
3. Alto nível escolar
Se a soma dos pontos referentes às
respostas dos alunos pertencer ao
intervalo [12,17]
Quadro 6: Capital Cultural no Estado Institucionalizado Materno por Nível
Anais da Semana de Pedagogia da UEM. Volume 1, Número 1. Maringá: UEM, 2012 15
Forma do
Capital Cultural Questões Descrição Código de Preenchimento
Q23
Até que série seu pai
ou o homem
responsável por você
estudou?
0-Nunca estudou ou não
completou a 4ª série (antigo
primário).
1-Completou a 4ª série, mas
não completou a 8ª série
(antigo ginásio).
5-Completou a 8ª série, mas
não completou o Ensino
Médio (antigo 2º grau).
10-Completou o Ensino
Médio, mas não completou a
Faculdade.
15-Completou a Faculdade.
0-Não sei.
Q24
Seu pai ou homem
responsável por você
sabe ler e escrever?
1-Sim.
0-Não.
Estado
Institucionalizado
(Pai)
Q25
Você vê seu pai ou o
homem responsável
por você lendo?
1-Sim.
0-Não.
Quadro :7 Questões referentes ao Capital Cultural no Estado Institucionalizado Paterno
Anais da Semana de Pedagogia da UEM. Volume 1, Número 1. Maringá: UEM, 2012 16
Forma do
Capital Cultural Nível Descrição
1. Muito baixo nível
escolar
Se a soma dos pontos referentes às
respostas dos alunos pertencer ao
intervalo [0,5)
2. Baixo nível escolar
Se a soma dos pontos referentes às
respostas dos alunos pertencer ao
intervalo [5,8)
3. Médio nível escolar
Se a soma dos pontos referentes às
respostas dos alunos pertencer ao
intervalo [8,12)
Estado
Institucionalizado
(Pai)
4. Alto nível escolar
Se a soma dos pontos referentes às
respostas dos alunos pertencer ao
intervalo [12,17]
Quadro 8: Capital Cultural no Estado Institucionalizado Paterno por Nível
Anais da Semana de Pedagogia da UEM. Volume 1, Número 1. Maringá: UEM, 2012 17
Qua
dro 10: correlação de Pearson – Quadro 9: correlação de Pearson –
Brasil 5º ano. Paraná 5º ano.
Quadro 11: correlação de Pearson –
Maringá- 5º ano
Correlação de Pearson, N = 4045
Prob > |r| under H0: Rho=0
Maringá-5º ano PROFR CULTR
PROFR 1.00000
0.39809
<0.0001
CULTR 0.39809
<0.0001
1.00000
Correlação de Pearson, N = 1416
Prob > |r| under H0: Rho=0
C. Mourão-5º ano
PROF
R CULTR
PROFR 1.00000
0.41614
<0.0001
CULTR 0.41614
<0.0001
1.00000
Quadro 12: correlação de Pearson –
C. Mourão- 5º ano
Coeficiente de Correlação de Pearson,
N = 3.113.095
Prob > |r| under H0: Rho=0
Brasil-
5º ano
PROF CULTR
PROF 1.00000
0.46013<0.0001
CULTR 0.46013<0.0001 1.00000
Coeficiente de Correlação de Pearson,
N = 177.728
Prob > |r| under H0: Rho=0
Paraná-
5º ano
PROF CULTR
PROF 1.00000
0.41897<0.000
1
CULTR 0.41897< 0.0001 1.00000
Anais da Semana de Pedagogia da UEM. Volume 1, Número 1. Maringá: UEM, 2012 18
Brasil - Parameter Estimates
Variable
D
F
Parameter
Estimate
Standard
Error t Value Pr > |t|
Intercept 1 1.79837 0.00164 1097.85 <0.0001
CULTR 1 0.79075 0.00086479 914.39 <0.0001
Quadro 13- regressão linear
Maringá – Parameter Estimates
Variable DF
Parameter
Estimate
Standard
Error t Value Pr > |t|
Intercept 1 1.78418 0.03881 45.97 <0.0001
CULTR 1 0.47518 0.01722 27.59 <0.0001
Quadro 14 – regressão linear