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Candidatura a Presidente do INSTITUTO POLITÉCNICO DE SETÚBAL PROGRAMA de AÇÃO 2018-2022 Uma referência no Ensino Superior: um Politécnico coeso, a criar valor para a região PEDRO MIGUEL DE JESUS CALADO DOMINGUINHOS janeiro de 2018

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Candidatura a Presidente do

INSTITUTO POLITÉCNICO DE SETÚBAL

PROGRAMA de AÇÃO

2018-2022

Uma referência no Ensino Superior: um Politécnico coeso, a criar valor para a

região

PEDRO MIGUEL DE JESUS CALADO DOMINGUINHOS

janeiro de 2018

Uma referência no Ensino Superior: um Politécnico coeso, a criar valor para a região

Candidatura a Presidente do IPS: 2018-2022 | Pedro Miguel Dominguinhos 2

Índice

Enquadramento 3

1. Um Politécnico coeso, parceiro da região 4

1.1 As razões da (re) candidatura 4

1.2 Balanço do Programa de Ação 2014-2018 6

1.3 A evolução do IPS entre 2014-2017 20

2. Os desafios do contexto onde o IPS atua 31

2.1 Ambiente Político e Económico 31

2.2 Procura de Ensino Superior e Formação ao Longo da Vida 32

2.3 Metodologias e Práticas Pedagógicas 33

2.4 Investigação e Desenvolvimento 34

2.5 Internacionalização 35

2.6 Ligação às empresas, à sociedade e à região 36

2.7 Sustentabilidade e Melhoria Contínua 37

3. Missão e Visão 39

3.1 Missão 39

3.2 Visão 40

4. Linhas de Ação 2018-2022 41

4.1 Ensino e aprendizagem de qualidade reconhecida 42

4.2 Centro promotor de inovação e conhecimento 47

4.3 Comunidade aberta e internacional 50

4.4 Governação inclusiva e sustentável 55

5. Considerações finais 58

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Enquadramento

No âmbito da minha candidatura ao cargo de Presidente do Instituto Politécnico de Setúbal (IPS) e em

cumprimento da alínea c) do n.º 1 do artigo 7.º do Regulamento de Eleição do Presidente do Instituto

Politécnico de Setúbal, apresento o programa de ação que integra as linhas gerais programáticas do

plano estratégico de médio prazo e do plano de ação para o quadriénio do mandato, bem como as

linhas gerais de orientação da instituição, nos planos científico e pedagógico.

Este documento apresenta, numa primeira secção, as razões da candidatura ao cargo de Presidente

do IPS. Naturalmente que esta surge na sequência do exercício de um mandato, que agora termina,

pelo que se fará uma análise ao cumprimento do plano de ação que apresentei para o mandato atual,

bem como a evolução do IPS no período 2014-2017 em vários indicadores, que sintetizam a atividade

de uma Instituição de Ensino Superior. Na secção seguinte, far-se-á uma análise dos principais que o

IPS enfrenta no contexto onde o IPS desenvolve a sua atividade, seguindo-se a minha visão para o

futuro do IPS, alicerçada, naturalmente, no Plano Estratégico em vigor no IPS (PEDIPS). Por fim,

apresentam-se as principais linhas de ação, para o período 2018-2022, enquadradas nos quatro

objetivos estratégicos definidos no PEDIPS, aprovado pelo Conselho Geral, e que orientam a atuação

do IPS.

Este plano de ação, sendo exclusivamente da minha responsabilidade, beneficiou de um conjunto de

contributos das diferentes partes interessadas do IPS, quer internas quer externas.

1. Um Politécnico coeso, a criar valor para a região

1.1 – As razões da (re)candidatura

Afirmei no meu discurso de tomada de posse, em abril de 2014, que, e passo a citar, “estou Presidente

do IPS”. Esta afirmação encerra um objetivo claro de serviço público, e não de aspiração pessoal para

o exercício da função. Este estado de espírito não significa inexistência de motivação ou ambição, antes

pelo contrário, mas que, para além dessa vontade e entusiasmo, assumo que o exercício do cargo de

Presidente do IPS, exige um foco inequívoco no interesse organizacional do IPS, e das suas partes

interessadas, e um comportamento ético reconhecido, em prol da missão do IPS.

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O exercício do cargo do primeiro mandato como Presidente do IPS, a par da pertença organizacional

ao IPS desde 1995 como docente, onde para além da lecionação das aulas desenvolvi várias atividades

de investigação e de ligação à comunidade, bem como do exercício de vários cargos de gestão,

permitiu-me desenvolver um conhecimento ainda mais aprofundado do IPS e da sua comunidade e de

desenvolver e/ou reforçar um conjunto de competências essenciais inerentes ao desempenho do

cargo a que me recandidato.

Este lastro organizacional permitiu e permite, por um lado, identificar os principais desafios que se

colocam ao IPS, a capacidade de reconhecer as soluções adequadas, bem como de criar as pontes

organizacionais e as equipas capazes de implementar os projetos que concretizem os objetivos

identificados no PEDIPS.

Por outro, o exercício deste cargo facilitou o desenvolvimento de redes institucionais externas com

diferentes entidades, recurso organizacional essencial e valioso para catapultar a atividade do IPS na

região e no país. A capacidade de ativar estas redes, a par das competências internas existentes do IPS

que se desenvolveram largamente nestes últimos quatro anos, quer pelo crescimento significativo do

número de doutores, quer pela profissionalização de várias estruturas internas no IPS, quer ainda pela

presença significativa na região através do desenvolvimento de projetos em parceria, criam inúmeras

oportunidades para uma intervenção mais ativa na região, junto das empresas e demais organizações,

de forma a responder aos desafios da estratégia de especialização inteligente definida para a área

metropolitana e para o país, e aos desafios colocados pela Agenda 2030, das Nações Unidas, para o

Desenvolvimento Sustentável.

Finalmente, facilitou o incremento da notoriedade do IPS e do reconhecimento do trabalho que tem

vindo a ser efetuado em prol do desenvolvimento do Ensino Superior Politécnico. A minha participação

no grupo de modernização e valorização do Ensino Politécnico, por nomeação do Senhor Ministro da

Ciência Tecnologia e Ensino Superior, a minha eleição como Vice-Presidente do CCISP, que significa o

reconhecimento dos pares para a sua representação institucional, a minha participação no Conselho

Coordenador do Ensino Superior, órgão de aconselhamento do Ministério da Ciência Tecnologia e

Ensino Superior (MCTES) para a definição da política nacional de Ensino Superior e Ciência, a presença

no Conselho Nacional de Educação e a coordenação do Eixo 4 - Especialização, na iniciativa nacional

de competências digitais InCoDe2030, para promover a literacia digital em Portugal, revelam a

capacidade de concretizar projetos, a credibilidade do trabalho desenvolvido e as capacidades de

gestão e liderança e o conhecimento profundo do ensino superior.

Proponho como lema para a minha candidatura “Um Politécnico coeso, a criar valor para a região”.

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O IPS é constituído por 5 Escolas, a que se juntam os Serviços Centrais e os Serviços de Ação Social. Ao

longo do mandato que agora finda, foi cultivado um modelo de gestão mais participado, com

auscultação de comunidade e das suas partes interessadas, com uma preocupação muito clara na

criação de melhores condições de trabalho e promoção do bem-estar. Reforçar a coesão interna é

essencial, pois só desta forma nos podemos continuar a afirmar externamente. Esta visão reconhece

a centralidade das diferentes Unidades Orgânicas, consagrada pelas diferentes autonomias que

possuem e o respeito pelas culturas organizacionais existentes, assumindo que este é um ativo

essencial para a inovação organizacional e para a capacidade de concretizar projetos. Mas, ao mesmo

tempo, exige-se a capacidade de continuar a reforçar a vontade de trabalhar em conjunto, de reforçar

os laços de solidariedade entre todos, de promover a interdisciplinaridade e de construir um objetivo

comum, no respeito pelas competências dos diferentes órgãos, mas alicerçado num clima

organizacional de confiança, onde cada colaborador seja capaz de desenvolver as suas atividades e

funções em torno de um propósito comum, com exigência e responsabilização, valorizando-se a

equidade e justiça, garantindo-se, ao mesmo tempo, o reconhecimento organizacional.

Vários trabalhos realizados pela OCDE demonstram que as regiões mais dinâmicas e competitivas, são

aquelas onde existem Instituições de Ensino Superior fortes, com capacidade de desenvolver

conhecimento e projetos de I&D e transferência de tecnologia com as instituições localizadas no

território.

Se esta capacidade de criar parcerias é essencial, porque revela uma preocupação e orientação para

com as expetativas das partes interessadas externas, importa dar um passo adicional, ou seja, o IPS

deve ser capaz de criar valor para a região. Esta criação de valor opera-se a vários níveis. Em primeiro

lugar, através da formação de recursos humanos qualificados que respondam às necessidades das

organizações do território, que na formação inicial e pós-graduada, quer também na formação ao

longo da vida. Significa ainda ter a capacidade de construir soluções em conjunto, com os diferentes

parceiros do território, de forma a responder aos desafios que se colocam em cada momento, para

responder aos anseios das populações, e contruir uma região mais próspera, solidária e inclusiva.

Por fim, implica a definição de uma agenda de I&D capaz de criar respostas em termos científicos,

tecnológicos, sociais e culturais que dinamizem o sistema regional de inovação e criem ligações mais

fortalecidas entre os diferentes parceiros, quer públicos que privados, reforçando a quádrupla hélix

regional, com participação ativa das empresas, do IPS, das instituições públicas e da sociedade civil,

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reforçando as sinergias existentes e catapultando a região para uma afirmação internacional nos vários

domínios da sua atividade, desde o turismo à indústria, passando pelo património cultural e natural.

1.2 – Balanço do Programa de Ação 2014-2018

O mandato que agora termina ancorou-se no Plano de Ação apresentado na minha candidatura,

sufragado pelo Conselho Geral, tendo-se pautado por uma capacidade elevada de concretização das

ações propostas nos quatro eixos, com o cumprimento significativo das cento e vinte e cinco ações

que me propus a concretizar, conforme se pode verificar nos quadros 1 a 4, que sintetizam o grau de

concretização de cada uma das medidas.

Quadro 1 | Eixo 1 – Ensino e Formação de Qualidade Reconhecida

OBJETIVOS Situação Atual

1 Implementar o modelo de gestão por

processos no Ensino e Aprendizagem Designados os gestores de Processo e Elaborada ficha do Processo.

2 Desenvolver estudos de análise da qualidade e

sustentabilidade das formações de 1º e 2º

ciclo

Publicação do IPS em Números e dos Relatórios de Monitorização das Licenciaturas e dos Mestrados, com indicadores ao nível da procura, da satisfação e da empregabilidade. Foram encerrados alguns cursos (Promoção Artística e do Património, Gestão da Construção e Engenharia Química) e abertos novas ofertas ao nível das Licenciaturas (Biotecnologia, Tecnologias do Petróleo, Bioinformática e Acupunctura) e Mestrados (Engenharia de Software, Gestão de Marketing, Engenharia Biológica e Química e

Estudos de Enfermagem)

3 Propor a introdução de estágios nos cursos de

licenciatura que os não integram na sua

estrutura curricular

Foram introduzidos, sobretudo ao nível dos cursos em Engenharia,

a unidade curricular de estágio curricular.

4 Aprovar e disponibilizar Cursos Superiores

Especializados, em estreita articulação com as

empresas e organizações da região, escolas

profissionais e secundárias

No ano letivo 2016/2017 estavam em funcionamento 17 CTeSP e

no ano letivo 2017/2018 iniciou-se 1 CTeSP em parceria com a

empresa DELOITTE.

5 Desenvolver uma oferta de cursos de

PósGraduação e de curta duração, dirigidos a

empresas e organizações, em forte articulação

com as ordens e associações profissionais e

empresariais

Formação no âmbito da Curso de Preparação para os Exames de Avaliação Profissional da Ordem dos Contabilistas Certificados (OCC); Pós-graduação em Saúde Sexual e Reprodutiva: Mutilação Genital Feminina”, promovida pela ESS/IPS ao abrigo de protocolos assinados com a Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género, a Direção Geral de Saúde e a Associação para o Planeamento da Família. O seu Plano de Estudos tem por base o da

Escola Superior de Enfermagem de Lisboa, entidade que o

concebeu e deu resposta à relação de parceria protocolada.

6 Reforçar a oferta de cursos em parceria entre

Escolas do IPS Para além da Licenciatura em Bioinformática, existem ao nível da Pós-Graduação e Mestrados, a PG em Administração e Gestão de Escolas, que evoluiu para Mestrado e o Mestrado em Segurança e

Higiene no Trabalho, todas resultantes de parcerias entre escolas

do IPS.

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7 Fomentar parcerias com outras instituições de ensino superior, no respeito pela identidade de cada uma, com vista ao desenvolvimento de novas ofertas formativas, especialmente de 2º e 3º ciclos e Pós-Graduações

Foram realizados Mestrados em parceria com outras IES,

nomeadamente o Mestrado em Enfermagem, uma proposta de

Mestrado em Gestão de Turismo de Saúde, em Intervenção

Precoce e em Estudos de Enfermagem.

8 Promover a participação em cursos tipo

ERASMUS MUNDUS e a organização de cursos

que permitam a dupla certificação, quer com

entidades nacionais, quer com entidades

estrangeiras

Assinatura de Acordos de Dupla Titulação com UTFPR (aprovado

na área da Informática e em estudo em Elétrica) e com a University

of Warmia and Mazury in Olsztyn (UWM) (Mestrado em Ciências

Empresariais - Logística).

9 Apoiar financeiramente a qualificação do corpo docente na obtenção do grau de doutor e a contratação de especialistas de

reconhecida experiência e competência

profissional, em áreas estratégicas para o IPS

Redução de horário, de acordo com propostas aprovadas nos CTC,

para docentes poderem concluir os seus doutoramentos.

Contratação de profissionais de reconhecida experiência e

competência, bem como aumento do número de especialistas.

10 Monitorizar a inserção profissional dos

diplomados Foram realizados estudos de inserção profissional (um ano após os

diplomados concluírem o curso) nas licenciaturas e mestrados e

produzidos relatórios disponibilizados no Portal do IPS, nos últimos

4 anos.

11 Criar um portal de emprego no IPS e

disponibilizar outros serviços de apoio que

auxiliem os estudantes no processo de

inserção profissional

Foi criado o Serviço de Promoção de Empregabilidade (SPE) com o objetivo de promover políticas e ações que fomentem a integração profissional dos diplomados no mercado de trabalho. Foi criado o Passaporte para o Emprego como instrumento para

enfatizar a importância da aquisição de competências adicionais

na área das soft skills, associado ao qual está, por exemplo, a

realização de workshops na área, bem como de preparação para

entrevista e construção de CV, ações a registar no Passaporte e

posteriormente transcritas para o Suplemento ao Diploma. Para

além disso é realizado atendimento individual aos estudantes,

semanalmente, mediante marcação. O Portal de Emprego está em

funcionamento, tendo-se realizado nos últimos 3 anos a Semana

da Empregabilidade do IPS, onde se incluem dois dias de Feira de

Emprego. Atualmente é enviada semanalmente a Newsletter

Emprego aos estudantes e diplomados com informação sobre

ofertas de emprego.

12 Promover a generalização de uma componente de investigação nas licenciaturas

e mestrados

Foram lançados projetos piloto em várias licenciaturas,

especialmente na área da saúde, com a participação dos

estudantes em projetos de investigação aplicada junto das

comunidades

13 Incentivar a participação de estudantes em

projetos de investigação Em 2016 participaram em projetos de investigação (projeto

PRESAME) 77 estudantes.

14 Promover o conceito de mestrado em

empresas, chamando-as a colocar desafios aos

estudantes para que criem soluções a ser

implementadas

Vários projetos organizacionais responderam a desafios lançados

pelas empresas, com propostas de resolução relacionados com

desafios identificados e propostas pelas empresas.

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15 Criar um observatório do sucesso académico,

que recolha a informação, realize estudos e

identifique caminhos para a promoção do

sucesso

No âmbito do Sistema Integrado de Gestão e Garantia da

Qualidade do IPS (SIGGQ-IPS) está instituída a elaboração e

apreciação dos relatórios de unidade curricular, relatórios de

monitorização dos cursos e dos relatórios anuais de atividades das

unidades orgânicas do IPS e do próprio IPS. No Portal do IPS, na

área de estudantes, encontra-se disponibilizada informação

respeitante às iniciativas e medidas que se têm desenvolvido no

âmbito da promoção do sucesso e de prevenção/redução do

abandono, assim como são divulgados os estudos e os dados de

caracterização do sucesso e abandono escolar. Nos portais das

escolas os "dados de gestão" facilitam a recolha e posterior análise

de uma multiplicidade de dados sobre o funcionamento do IPS,

nomeadamente sobre o desempenho dos estudantes. Estão

identificados os indicadores relevantes de medida do desempenho

académico dos estudantes, cujo cálculo regular e sistemático

permite a sua divulgação na comunidade nos relatórios de

"monitorização do desempenho académico dos estudantes". Está

prevista a constituição e entrada em funcionamento de um

"Núcleo de Estudos e Inovação Pedagógica" que assumirá, entre

outras, a coordenação e dinamização de algumas destas funções.

16 Iniciar uma experiência piloto num curso de 1º

ou 2º ciclo de adoção de metodologias ativas e

centradas nos estudantes que promovam o

sucesso escolar, como Problem/Project Based

Learning, procurando parceiros nacionais e

internacionais com experiência na área

No âmbito da “Iniciativa Nacional em Competências Digitais e.2030, Portugal INCoDe.2030” a que o IPS aderiu, os CTESP de

Produção Audiovisual da ESE e de Programação Web, Dispositivos

e Aplicações Móveis da EST de Setúbal estão a desenvolver a

aplicação de uma metodologia de Problem Based Learning o que

implicou a sua reestruturação curricular e a formação dos

docentes envolvidos. Participação de dois docentes na Summer

School do Olin College nos EUA, referência a nível mundial ao nível

da Engenharia, para desenvolvimento de metodologias ativas.

17 Disponibilizar módulos de nivelamento em UC

de base, reforçando as competências dos

estudantes de forma a promover o sucesso

escolar

Módulo Básico de Matemática e Módulo de Iniciação à

Contabilidade (ESCE); Oficinas de Português.

18 Reforçar a utilização de metodologias de

elearning e b-learning, como estratégia de

apoio aos estudantes trabalhadores e

disponibilizar cursos à distância para captar

novos públicos, com reforço das componentes

multimédia na produção dos conteúdos

Utilização do Moodle num número cada vez mais significativo de

UCs.

19 Apoiar a criação de percursos académicos

alternativos para estudantes que demonstrem

dificuldades nos percursos académicos

normais

Estudantes com necessidades educativas especiais - foram desenvolvidas algumas experiências de integração académica customizada, com participação ativa das famílias, dos docentes, da AAIPS e das estruturas das escolas e dos Serviços Centrais. Vários estudantes que prescreveram nas Licenciaturas foram

reencaminhados para a inscrição em CTeSP.

20 Implementar um plano de formação

pedagógica de docentes Para além do ciclo de conferências, seminários ou workshops

sobre diversos temas pedagógicos “o (in)sucesso escolar no IPS –

refletir para agir”, de duas ações de formação em "problem based

learning" uma com 50 horas e outra, em desenvolvimento, no

âmbito da “Iniciativa Nacional em Competências Digitais, Portugal

INCoDe.2030”. Disponibilizou-se um programa de formação, para

o ano 2017/2018, com várias iniciativas, integrando um plano

estruturado e repetível anualmente.

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21 Investir em equipamentos, consumíveis e

ferramentas que permitam desenvolver

metodologias ativas e um ensino experimental

Aquisição de centenas de equipamentos, para todas as escolas do IPS, de acordo com as necessidades identificadas em cada

departamento/secção, que permitiram reequipar vários

laboratórios, modernizando-os, ou criando outros em novas áreas

de formação do IPS. Este investimento ultrapassou os 2 milhões de

euros, com uma comparticipação do programa Lisboa2020 de 50%.

22 Criar incentivos para a inovação pedagógica e

promoção de boas práticas pedagógicas,

designadamente através de workshops de

reflexão e partilha e instituição de prémios

No ciclo “o (in)sucesso escolar no IPS – refletir para agir” realizaram-se 9 conferências, seminários ou workshops sobre diversos temas pedagógicos, na perspetiva da divulgação, debate e disseminação de práticas pedagógicas inovadoras. Promoveu-se a participação no Congresso Nacional de Práticas Pedagógicas no Ensino Superior (CNaPPES), com 12 comunicações de docentes do IPS no CNaPPES - 2016 e com 30 comunicações em 2017. O IPS teve a responsabilidade da organização e realização do CNaPPES 2017, que se constituiu numa oportunidade de divulgação e debate sobre práticas pedagógicas inovadoras desenvolvidas nas instituições de ensino superior nacionais. O sítio do Portal do IPS dedicado à promoção do sucesso escolar inclui dados sobre os fenómenos do (in)sucesso académico e do abandono no IPS e nas IES nacionais, os programas e medidas que se têm desenvolvido no IPS e informação nacional e internacional sobre práticas

pedagógicas inovadoras. O Regulamento do "Prémio de boas

práticas pedagógicas - IPS" está em fase final de discussão.

23 Garantir a integridade académica, combatendo

o plágio e a fraude académica,

disponibilizando ferramentas adequadas que

facilitem a sua deteção

Utilização do software URKUND. Disponibilização de informação

sobre integridade académica e plágios e de estratégias de estudo e

de trabalho para o evitar, no Moodle em "Add-ins: para aprender

+".

24 Reforçar o papel do GARDOC enquanto centro

de recursos e competências na área

documental e de apoio pedagógico,

designadamente através da dinamização de

ações de formação, apoio aos estudantes e

docentes

O GARDOC tem, anualmente, realizado e dinamizado um conjunto

de workshops/ações de formação para a comunidade IPS.

25 Discutir e disseminar os resultados das

atividades da UDRVC, reforçando, assim, o seu

papel interno e externo

A UDRVC produziu e elaborou um relatório que foi disponibilizado

às Escolas.

Quadro 2 | Eixo 2 – Centro Promotor de Inovação e Conhecimento

OBJETIVOS Situação Atual

26 Definir uma política de investigação para o IPS,

incluindo as linhas de investigação prioritárias Encontra-se definida a política de I&D e disponibilizada

para consulta no Portal do IPS.

27 Apoiar, do ponto de vista financeiro e

organizacional, a criação de Centros de Investigação

Aplicada e Prestação de Serviços à Comunidade; Foram criados 6 Centros de Investigação (CIPS2) entre

outubro de 2015 e junho de 2017. Foi publicado um

despacho que contempla a possibilidade de

contabilização de horas no âmbito da realização de PSE e

participação em Projetos de I&D. Foi atribuída uma verba

para alavancar o arranque inicial dos CIPS2. Está prevista

a alocação de verbas específicas no âmbito do RAADRI.

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28 Incentivar a criação de cátedras de empresas,

estimulando o desenvolvimento de programas de

investigação partilhados que aproximem as

empresas do IPS

Não realizado.

29 Reativar os programas de licenças sabáticas (SABIN)

e de coordenação de projetos de investigação

(REDIN)

Foram atribuídas 5 licenças sabáticas parciais (6 meses)

em 2016 e 10 em 2017.

30 Promover a participação em redes de centros de

investigação, nacionais e internacionais Em 2016 o IPS submeteu 15 projetos no âmbito do

programa H2020, Interreg Atlantic, Urbact e FCT e a nível

nacional foram submetidos 28 projetos no âmbito do

programa de financiamento P2020, FCT e Fundação EDP.

Em 2017, no âmbito dos programas europeus e

transnacionais H2020, Interreg MED, Interreg Europe e

Interreg Sudoe foram submetidos 6 projetos. A nível

nacional, no âmbito do programa de financiamento

P2020 e FCT foram submetidos 16 projetos.

31 Organizar workshops informativos sobre programas

de candidatura a programas de investigação, em

especial para o novo programa Horizonte 2020

A UAIIDE tem realizado um conjunto de workshops

informativos relativamente aos programas de

candidatura, bem como realizado consultoria nestas

áreas.

32 Dinamizar o papel da UAIIDE, em parceria com as

Escolas e docentes, como prospetora e angariadora

de projetos financiados

A UAIIDE participou ativamente na identificação e

angariação de projetos e no apoio à sua candidatura e

acompanhamento.

33 Prestar apoio na elaboração de candidaturas e

gestão dos projetos Foi integrado um Bolseiro de Investigação na equipa da

UAIIDE por forma a aumentar, através da consultoria, o

apoio à elaboração de candidaturas e gestão de projetos.

34

Dar continuidade ao programa RAADRI, introduzindo algumas alterações de acordo com a avaliação que tem vindo a ser feita

Foi dada continuidade ao programa RAADRI. Foi iniciada

a discussão relativa aos critérios utilizados para avaliação

das candidaturas (envolvendo Diretores e CTC).

35 Aprovar o regulamento de Propriedade Intelectual

do IPS, incentivar e apoiar a criação de direitos de

propriedade intelectual, através de submissão de

pedidos de patente ou outros, desenvolvendo

metodologias de comercialização desses direitos

Ainda não se encontra concluído o regulamento de

Propriedade Intelectual, estando também por elaborar as

metodologias de comercialização desses direitos. A

UAII&DE tem prestado apoio no âmbito de preparação e

negociação de processos de patentes.

36 Apostar no desenvolvimento do repositório

institucional do IPS O número de documentos disponibilizados no RCIPS tem aumentado gradualmente nos últimos anos apresentando, em 2016, um crescimento de cerca de

17% face ao ano anterior. Disponibiliza, atualmente, 2038

documentos, a maior coleção no Repositório Comum.

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37 Publicar o Anuário Científico do IPS É registada a produção científica dos docentes do IPS,

com base na informação existente no Portal DeGóis, por

área científica e Escola.

38 Promover a divulgação da investigação interna

através da criação de série de “working papers” Está a ser desenvolvido um modelo para a criação e

registo dos working papers, para ser implementado em

2018 no âmbito dos CIPS2

39 Organizar eventos para potenciar a produção

técnico-científica de jovens docentes ou

investigadores

Foram organizadas várias conferências técnico-científicas

nacionais e internacionais pelas várias Escolas do IPS,

com apresentação de comunicações sujeitas a revisão

por pares, onde os docentes e estudantes do IPS tiveram

a possibilidade de submeter as suas comunicações e

papers.

40 Identificar o potencial humano e as competências

tecnológicas existentes e elaborar o perfil de

investigação do IPS, reforçando a sua visibilidade no

Portal

Encontra-se em construção o Portefólio de competências

do IPS estando, atualmente, sistematizada e estruturada

a informação já validada.

41 Promover programas de intercâmbio entre

docentes e empresas Das 10 bolsas sabáticas parciais atribuídas em 2017, duas

destinam-se especificamente ao desenvolvimento de

atividade em contexto de "Residência Empresarial".

42 Criar um espaço de pré-incubação no IPS Foi criada a incubadora de ideias do IPS, "IPSTARTUP" no

espaço "casa do professor" no campus em Setúbal e no

campus do Barreiro.

43 Reforçar parcerias com as instituições do

ecossistema empreendedor regional e nacional,

nomeadamente Associações Empresariais, IAPMEI,

IEFP. Câmaras Municipais, Business Angels, Capitais

de Risco e Bancos entre outros

Através do IN2SET (Interface Colaborativo para o

Desenvolvimento e Inovação da Península de Setúbal)

têm sido realizados eventos temáticos abertos à

comunidade e envolvendo os players da região,

workshops, reuniões, agregando mais de 35 entidades

(empresas e organizações).

44 Criar o Clube Empreendedor, com forte ligação aos

diplomados do IPS Não realizado. No âmbito do programa de apoio do

IPSartup e do programa de Mentoria do IPS, alguns

diplomados do IPS têm apoiado as iniciativas

empresariais dos estudantes do IPS.

45 Promover concursos de ideias e de planos de

negócio e outras iniciativas, alargando-as à região Em 2016 o IPS foi a instituição coordenadora da 13ª

edição do Poliempreende. Na edição de 2017 a equipa

representante do IPS venceu a fase nacional. Está em fase

de criação um concurso de âmbito regional.

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46 Disponibilizar serviços de consultoria para criação

de spin-offs no IPS A UAIIDE tem desenvolvido atividades de apoio,

consultoria e acompanhamento, envolvendo os

parceiros. Foram até ao momento criadas 1 empresa e 2

empresários em nome individual.

47 Incentivar o desenvolvimento de competências

empreendedoras nas licenciaturas e mestrados A UAII&DE tem promovido workshops no âmbito da preparação para o Poliempreende. Foram também realizadas ações em sala de aula, em licenciaturas e CTESP, bem como apresentações em semanas de curso.

Quadro 3 | Eixo 3 – Comunidade Aberta e Internacional

OBJETIVOS Situação Atual

48 Incrementar os índices de mobilidade internacional,

promovendo o estabelecimento de contactos e redes

internacionais, potenciando o desenvolvimento de

projetos conjuntos em matérias pedagógicas e de

investigação

Em 2016 assistiu-se a um crescimento significativo das taxas de mobilidade incoming (incremento de 50%) e outgoing dos estudantes (incremento de 14,3%) e do staff (incremento de 1,3%) sendo que o n.º de participantes na Semana Internacional apresentou um crescimento de

188%. No âmbito do ERASMUS+ o IPS submeteu 17

projetos internacionais (em 2016). No âmbito das ações

KA2 estão em desenvolvimento ou foram concretizados,

no período entre 2014 e 2017, sete projetos, com um

orçamento global de cerca de 1,5 milhões de euros, e

contrapartidas para o IPS a rondar os 300 mil euros.

49 Identificar parceiros de referência ao nível de cada

curso, que permitam exercícios de benchmarking e de

desenvolvimento de projetos em parceria

Foram criadas parcerias no cursos de Terapia da Fala e

Fisioterapia, com projetos internacionais de referência.

50 Aumentar a participação em “programas de curta

duração” a nível internacional Desenvolvimento de vários projetos coordenados pela ESS

e ESCE ou com a participação de estudantes dessas

Escolas. Realizadas duas edições de um curso intensivo de

Língua e Cultura Portuguesa para estudantes da RAEM,

abrangendo cerca de 50 estudantes macaenses.

51 Incrementar as ligações com os países da CPLP,

criando protocolos que permitam a oferta de cursos

nesses países e a frequência de estudantes desses

países nos cursos do IPS

Foi celebrado um protocolo com uma universidade

brasileira (Mestrado da ESTS) e com uma universidade

polaca (mestrado da ESCE) - Acordos de Dupla Titulação

com UTFPR (aprovado na área da Informática e em estudo

em Elétrica)

52 Participar ativamente no reforço do Consórcio

Erasmus Al Sud Alargamento da rede de parceiros empresariais incluídos

no Consórcio; Organização da Staff Training Week no ano

letivo de 2017/2018.

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53 Incentivar a oferta de UC lecionadas em inglês, criando

módulos internacionais nas várias Escolas

Foi criado o Módulo Internacional na ESE.

54 Desenvolver, a título experimental, conteúdos em

cooperação com instituições estrangeiras, integrados

nas UC dos cursos

Não concretizado.

55 Construir uma rede regional de parceiros,

designadamente com as autarquias, e outros atores

relevantes, que seja mobilizada para a captação e

acolhimento de estudantes internacionais, através da

promoção de iniciativas em parceria que promovam a

região e os seus produtos e recursos endógenos,

aproveitando nomeadamente a Arrábida como

elemento central na estratégia de marketing territorial

Foram estabelecidos contatos no Brasil, no Equador, em

Macau e na China, com utilização da marca Study in

Setúbal como um ativo do Politécnico de Setúbal.

56 Colaborar ativamente com Associações Internacionais de que o IPS é membro, nomeadamente, UASNET (Rede Europeia das Universidades de Ciências Aplicadas), AULP (Associação das Universidades de Língua Portuguesa – atualmente o IPS é membro do Conselho de Administração), ASIBEI (Associação Ibero Americana de Instituições de Ensino da Engenharia), EURASHE (Associação Europeia de Instituições de Ensino Superior Politécnico), SEFI (Sociedade Europeia para a Formação de Engenheiros), COHEHRE – Consórcio de Institutos de Ensino Superior em Saúde e Reabilitação na Europa), BUSINET (Global Business

Education Network)

O IPS tem participado ativamente na EURASHE, na ASIBEI,

COHERE e Businet. Foram realizados vários encontros

dessas associações no IPS, designadamente: ETEN (2016);

COHEHRE (2017), ASIBEI (2017) e UASNET (2017).

57 Promover o IPS e a região como local de acolhimento

de eventos técnico-científicos Fomos organizados no IPS vários congressos técnicocientíficos: ETEN (2016), CIDEO (2016), CNaPPES.17 (2017), ASIBEI (2017), COHEHRE (2017), AIM (2017) Animação

SocioCultural (2017), Desporto, Contabilidade Pública,

para além de encontros e reuniões técnico-científicas

internacionais associadas aos projetos em que o IPS

participa.

58 Apostar no desenvolvimento de competências

linguísticas de toda a comunidade IPS, docentes,

trabalhadores não docentes e estudantes

Foi disponibilizado, para um conjunto significativo de

docentes e não docentes, de formação ao nível do inglês,

com a participação de cerca de 200 trabalhadores, tendo

sido realizadas 2 ações até à data; Curso de Francês para

estudantes, iniciado em novembro, com duas turmas num

total de cerca de 50 estudantes.

59 Manter o portal do IPS atualizado, em versão bilingue O Portal e das Escolas foi reformulado e encontra-se

atualizado. As versões bilingues necessitam de

atualizações.

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60 Aumentar a prestação de serviços ao exterior O valor associado à prestação de serviços ao exterior

passou de cerca de 230 mil euros em 2014 para mais de

600 mil euros em 2017.

61 Criar um portal de cooperação entre o IPS e as

restantes organizações regionais, de forma a

identificar áreas para desenvolvimento de projetos em

comum

Dinamização do site IN2SET e participação nas Plataformas Supra Concelhias da Península de Setúbal e do Litoral

Alentejano, onde se têm identificado e desenvolvido vários

projetos de cooperação entre o IPS e vários atores da

região.

62 Apoiar a criação do Parque de Ciência e Tecnologia em Setúbal, em parceria com a Câmara Municipal de

Setúbal

O Plano de Ordenamento do Território de Lisboa, onde

este projeto está incluído, ainda não foi aprovado.

63 Desenvolver atividades de formação, investigação e cooperação na zona de Sines, em parceria com o

SINESTECNOPOLO

Início das atividades de formação de ensino superior,

através da lecionação de CTeSP na ETLA (3 cursos).

Desenvolvimento de atividades de PSE para o

SINESTECNOPOLO nas áreas do Empreendedorismo e

Eficiência Energética.

64 Promover candidaturas ao novo quadro estratégico

comum, em parceria com as empresas, Câmaras e

demais organizações

No âmbito do P2020, H2020, INTERREG e ERASMUS+ o IPS

participou em cerca de 50 candidaturas, com diferentes

parceiros nacionais e internacionais, com aprovação de

quase três dezenas de projetos.

65 Dinamizar eventos de networking empresariais Foram dinamizados vários espaços de networking no

âmbito dos vários grupos de trabalho da interface IN2SET,

para além de focus group associados à auscultação dos

parceiros na identificação das competências procuradas

pelas empresas e ainda a participação significativa de

empresas, mais de 80, no âmbito das Semanas de

Empregabilidade.

66 Criar workshops temáticos de apoio técnico às

empresas Na 2ª Semana de Empregabilidade do IPS, realizou-se o workshop ‘Criando elos, desenvolvendo conhecimento’ com o seguinte alinhamento: 1 - As medidas de apoio à criação de Emprego e à Formação – representante do IEFP 2 - Oportunidades para criação de redes e projetos entre o IPS e as Organizações

H2020 e P2020 Erasmus+ Programa de Modernização e Valorização dos Institutos Politécnicos

Participaram 28 representantes de empresas e demais

organizações e 24 docentes

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67 Desempenhar um papel ativo nas organizações regionais com relevância para o IPS, nomeadamente as Agências de Energia, ADREPES, SINESTECNOPOLO,

CENI, Baía de Setúbal, potenciando a realização de

projetos em cooperação

Através do IN2SET foi dada continuidade ao trabalho

desenvolvido com as Agências de Energia, com a ADREPES

e os Municípios, entre outros parceiros que integram os

diversos grupos de trabalho.

68 Criar um observatório de desenvolvimento regional,

que elabore estudos sobre a realidade económica e

social e se constitua como um centro de conhecimento

para a região

É realizado, em parceria com o SEMMAIS Jornal a

publicação Anual das 1000 Maiores empresas e do Anuário

Financeiro dos Municípios.

69 Promover iniciativas, seminários e workshops em

conjunto com empresas e organizações regionais que

perspetivem o futuro

Nos anos de 2016 e 2017 foram realizados 4 eventos

temáticos do IN2SET e efetuadas diversas participações

noutros eventos organizados por membros do IN2SET.

70 Estabelecer um programa de visitas a empresas para

identificar oportunidades de cooperação Foram realizadas várias visitas a empresas da região de

Setúbal, com o objetivo de identificar parceria e

oportunidades de desenvolvimento de projetos, com

várias prestações de serviço ou projetos de cooperação a

serem concretizados ou candidatados..

71 Reforçar os projetos de responsabilidade social junto

da comunidade Com a criação do programa IPS Solidário as atividades

apoiadas pelo IPS têm crescido exponencialmente, tendose

concretizado em 2016, a participação nos trabalhos dos

eixos das Plataformas Supraconcelhias da Península de

Setúbal e do Alentejo Litoral.

72 Participar em iniciativas desenvolvidas pelas

autarquias ao nível da educação, saúde e inclusão

social

Participação na iniciativa Meu Bairro Minha Cidade,

Quinzena Solidária e projeto VAIPE.

73 Participar ativamente na definição da estratégia

regional de desenvolvimento Nos anos de 2016 e 2017 foram realizadas 28 reuniões dos

grupos de trabalho do IN2SET e foi reforçada a rede de

parceiros com a inclusão de 5 novas entidades.

74 Estabelecer programas de cooperação com as Associações Empresariais e com as Ordens e Associações Profissionais

Foram realizadas diversas iniciativas com a Ordem dos Contabilistas Certificados, com a Associação Industrial da Península de Setúbal, com a Associação Portuguesa de

Terapia da Fala, para além da assinatura de um protocolo

com a Ordem dos Engenheiros

75 Reforçar a participação em organizações e eventos

regionais Nos anos de 2016 e 2017 foram realizados 4 eventos

temáticos do IN2SET e efetuadas diversas participações

noutros eventos organizados por membros do IN2SET.

76 Promover a avaliação das políticas de comunicação

desenvolvidas Publicado anualmente relatório das iniciativas

desenvolvidas, bem como impacto das campanhas

realizadas, distribuído pelos membros do Conselho

Coordenador do GI.COM.

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77 Atualizar os portais das Escolas e do IPS Foram atualizados os portais do IPS, da EST Setúbal, ESCE,

EST Barreiro e ESS

78 Reforçar a participação do IPS nas redes sociais O número de seguidores no Facebook IPS aumentou a um

ritmo anual de cerca de 20% em 2016, tendo chegado aos

cerca de 18 mil em 2017. Em 2016 foram 2123 o número

de artigos publicados em jornais nacionais, número

semelhante em 2017 (referências CISION). Iniciou-se

também a presença do IPS na rede Twitter.

79 Elaborar um plano de comunicação interna, com vista

à melhoria do processo É realizado e apresentado anualmente um plano de

comunicação interna.

80 Criar uma newsletter IPS dirigida à comunidade

externa Publicação mensal da Newsletter IPS.

81 Criar produtos editoriais IPS Não foi criada um editora do IPS, tendo-se apostado no

apoio à publicação de livros por parte dos docentes do IPS,

no âmbito do programa RAADRI.

82 Criar o merchandising IPS Foi apresentada uma proposta À AAIPS para concretização

deste projeto..

83 Aprofundar o modelo de itinerância junto do ensino

básico, secundário e profissional São realizadas cerca de 80 ações de itinerância junto das

escolas secundárias e profissionais da região, para além de

associação ao projeto INSPIRE, que permite alcançar um

número superior de estudantes deste grau de ensino.

84 Desenvolver atividades em conjunto com as Escolas do

Ensino Básico, Secundário e Profissional ao longo do

ano

Foram apoiadas e organizadas palestras e outras ações em

escolas secundárias e profissionais, nomeadamente no

Campus Aeronáutico de Ponte de Sor, Escola de Hotelaria

e Turismo de Setúbal, Escola Profissional Bento de Jesus

Caraça do Barreiro, Escola Profissional de Setúbal bem

como no Centro Social Paroquial de Pinhal Novo - I.P.S.S e

na Biblioteca Municipal de Setúbal, no âmbito de

iniciativas organizadas por estas instituições. Foi ainda

desenvolvido o projeto OnControl e o Jogo de Gestão

Interescolas.

85 Criar uma Escola de Verão para estudantes do Ensino

Básico, Secundário e Profissional A ESTS promoveu um curso de verão, em 2017, que

constituiu uma excelente iniciativa de atração de público

jovem para as áreas das engenharias.

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86 Desenvolver um programa estruturado de promoção

da ciência e tecnologia em parceria com as escolas e

autarquias Foram apoiadas e organizadas iniciativas que estimulam o gosto pela ciência e o conhecimento em geral junto dos jovens – IPStartUp Week, Semana da Ciência e da Tecnologia, concurso OnControl, concurso Jogo de Gestão

Interescolas.

Quadro 4 | Eixo 4 – Governação Inclusiva e Sustentável

OBJETIVOS Situação Atual

87 Implementar o Regulamento de Avaliação de Desempenho dos Docentes e proceder à sua monitorização, criando uma comissão de

acompanhamento

Regulamento republicado em dezembro de 2017 e início

do processo de avaliação em janeiro de 2018, cujo

processo entre 2004 e 2017 ficará finalizado até outubro

de 2018. A avaliação de desempenho relativo ao triénio

2018-2020 decorre de acordo com o planeamento previsto

no regulamento.

88 Valorizar as pessoas aposentadas, criando-lhes

um estatuto específico e criando as condições,

dentro da lei, para que continuem a colaborar

com o IPS e usufruam, designadamente, das

condições especiais no âmbito das ação social

fixadas para aos trabalhadores no ativo

Os aposentados IPS podem frequentar o Clube Desportivo

IPS e beneficiar dos cuidados de saúde do SASaúde em

igualdade de circunstâncias com os trabalhadores IPS no

ativo, conforme tabela de preços aprovada pelo Conselho

de Ação Social.

89 Implementar medidas que promovam a conciliação entre a vida profissional e familiar dos

trabalhadores não docentes do IPS: aprovar um

regulamento de horário de trabalho que ajuste,

sempre que possível, estas duas vertentes, criar

condições específicas para trabalhadores com

filhos em idade escolar

Foi aprovado e implementado o Regulamento de horário

de trabalho e do registo de assiduidade através de registo

biométrico, para os trabalhadores não docentes. A larga

maioria dos trabalhadores beneficia do horário flexível,

que promove uma conciliação efetiva entre a vida

profissional e a vida familiar.

90 Implementar um programa de formação para os

funcionários não docentes que promova o

incremento de competências e possibilite o seu

crescimento profissional e pessoal e que

promovam o reforço da identidade organizacional

Foi implementado o programa Desenvolver+, numa clara

aposta em atividades de promoção do desenvolvimento

de competências nos recursos humanos do IPS.

91 Estimular e apoiar a criação da Casa de Pessoal do

IPS, que promova iniciativas, estabeleça

protocolos e dinamize atividades sociais e

culturais

Existe um elevado número de protocolos com entidades

distintas, cujos beneficiários são os trabalhadores. Foi

criado o ciclo cultural “O resto e o sobrante”, em parceria

com a Câmara Municipal de Setúbal.

92 Estudar um programa que possa complementar

os apoios sociais para os trabalhadores do IPS Criação do programa Desenvolver+, com incremento de

ações ao nível da saúde, bem-estar e protocolos com

empresas, com descontos e outros benefícios para os

trabalhadores do IPS

94 Desenvolver as relações com a AAIPS, identificar

novas áreas de cooperação e apoiar a

concretização dos seus planos de atividades

Têm sido realizadas, em parceria com a AAIPS, a Semana da Empregabilidade, Semana Internacional, Futurália, Receção aos estudantes incoming (participação nas atividades de acolhimento; organização do pick-up no aeroporto de Lisboa de cerca de 80 estudantes, por semestre), Semana de Acolhimento dos novos estudantes e o PAAS/IPS, cuja organização logística é da sua

responsabilidade.

95 Garantir maior sustentabilidade nas receitas da

AAIPS, privilegiando a exploração de espaços,

conforme consagrado no RJIES

Exploração da reprografia da ESE e disponibilização de

vários espaços para instalação de máquinas de vending

nos vários espaços do IPS. Foi apresentada uma proposta

para exploração do merchandising do IPS, pelo AAIPS.

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96 Estimular o funcionamento da Associação de

Antigos Alunos do IPS, reforçando a sua

participação nas atividades do IPS e das Escolas e

promovendo a rede Alumni IPS

Foi lançada a rede AlumniIPS que conta atualmente com

cerca de 2000 membros. Foi atribuído em 2017, pela 2ª

vez, o Prémio Carreira e realizado o 2º Encontro de

Diplomados. Em 2017 deu-se início ao Programa de

Mentoria, com a participação de 30 mentores e cerca de

50 mentorandos (estudantes finalistas).

97 Apresentar, junto do Conselho Geral, uma

proposta de Plano Estratégico do IPS Foi apresentada e aprovada em Conselho Geral a proposta

do PEDIPS 2016-2018.

98 Promover a discussão pública, com a participação

da comunidade, relativamente ao processo de

reordenamento da rede de ensino superior e

modelo de parcerias estratégicas a estabelecer

A discussão sobre o ensino superior e a ciência tem-se

centrado na valorização e modernização dos Politécnicos,

na formação, com o início e desenvolvimento dos CTeSP,

na investigação, com call específica para projetos de I&D

baseados na prática e dinamização de Unidades de

Investigação dedicadas, a par da avaliação global do

sistema por parte da OCDE.

99 Implementar o Sistema Integrado de Gestão do

IPS Encontra-se implementado o Sistema Integrado de Gestão

e de Garantia da Qualidade (SIGGQ).

100 Criar um programa de inovação organizacional

aberto a toda a comunidade IPS No âmbito do programa Desenvolver+ foram criadas

algumas iniciativas que privilegiam a participação dos

trabalhadores e estudantes do IPS.

101 Certificar o sistema de qualidade junto da A3ES Foi construído e disponibilizado para a Comunidade IPS o

Manual de Qualidade e aguarda-se a decisão da A3ES

relativamente à certificação, já tendo sido realizadas as

visitas da CAE e rececionado o relatório preliminar, que

propõe a certificação entre um a dois anos.

102 Promover a Certificação de Qualidade dos

diferentes serviços Criado um sistema de avaliação dos serviços, que inclui

questionários de satisfação aos utilizadores.

103 Implementar um Sistema de Gestão de

Responsabilidade Social Foi criado o Programa IPS Solidário que tem apoiado e

dinamizado, anualmente, um conjunto de atividades de

cariz social.

104 Implementar um modelo de contabilidade

analítica no IPS Este modelo não avançou, em virtude do processo de

transição para o novo SNC AP.

105 Alargar a participação no Conselho de Gestão a

membros da comunidade IPS, designadamente

aos estudantes, nos termos do RJIES

Em virtude de responsabilidade civil e financeira que recai

sobre os membros do Conselho de Gestão, foi decidido

não alargar a participação a outros membros. No entanto,

realizam-se reuniões periódicas entre a Presidência e os

Diretores, para tomada de decisão sobre os principais

assuntos do IPS, para além de reuniões semestrais com os

trabalhadores não docentes e reuniões com a AAIPS para

discussão dos principais projetos a implementar.

106 Reforçar as medidas do Programa de Atribuição

de Apoios Sociais, aos Estudantes do IPS,

designadamente no apoio ao pagamento de

transportes

O PAAS/IPS foi reestruturado de modo a permitir apoiar

mais estudantes e foram criados auxílios de emergência

que permitem a aquisição de títulos de transporte.

Foram criadas iniciativas para ajudar o apoio aos

estudantes através do SPESS.

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107 Disponibilizar alojamento para os estudantes do

Campus do Barreiro e garantir a prestação de

serviços de saúde aos mesmos, em igualdade de

circunstâncias com os estudantes do Campus de

Setúbal

Os SAS/IPS disponibilizam 12 quartos individuais nas

moradias de Santa Bárbara para os estudantes deslocados

da ESTBarreiro, através de uma parceria com a Baía do

Tejo e com a Rumo. Sempre que necessário é feito

acompanhamento psicológico aos estudantes da

ESTBarreiro com deslocação da psicóloga à Escola. São

organizados workshops em áreas transversais nessa Escola

Superior.

108 Criar um banco de material escolar, dirigido a

estudantes carenciados Não foi concretizado

109 Criar o Observatório da Ação Social, que promova o acompanhamento dos percursos dos

estudantes bolseiros

Os SAS/IPS promovem o acompanhamento dos estudantes

bolseiros através da monitorização do seu aproveitamento

escolar e, nos casos assinalados como potencialmente de

risco, com entrevistas presenciais ao longo do ano.

110 Promover a criação de um programa de mecenato,

financiado por empresas, destinado a promover o

sucesso académico e a evitar o abandono escolar

Uma parte do apoio concedido pelo Banco Santander

Totta foi utilizado no desenvolvimento de atividades de

promoção do sucesso académico.

111 Incrementar as receitas próprias provenientes da

prestação de serviços, projetos de investigação e

atividades de internacionalização

Denotou-se durante este período um aumento das

receitas próprias decorrentes nomeadamente das

propinas, da prestação de serviços e dos projetos de

investigação.

112 Promover uma utilização eficiente dos recursos

humanos e uma política parcimoniosa de

contratação de pessoal docente

Fruto de uma aposta na maior profissionalização dos

serviços, da aposta arrojada na formação dos

trabalhadores, conseguiu-se manter o número global de

pessoas, ao mesmo tempo que se assistiu a um

incremento significativo das atividades desenvolvidas pelo

IPS.

113 Prosseguir com uma política rigorosa na gestão

financeira e que privilegie as atividades

relacionadas com o ensino e aprendizagem,

investigação e inovação

Investimentos nos laboratórios, nos equipamentos

pedagógicos, na melhoria da rede informática e dos

equipamentos informáticos. Este investimento foi possível

graças ao aumento dos número de estudantes e da

prestação de serviços ao exterior, bem como do

crescimento significativo dos projetos, que fez crescer as

receitas próprias, com impacto no aumento dos saldos.

114 Realizar uma avaliação do funcionamento da

Divisão Académica, envolvendo as Escolas,

trabalhadores não docentes e estudantes

Foi implementado um questionário de satisfação a toda a

comunidade académica, aplicado em 2016 e 2017, que

permitiu aferir a satisfação com os serviços. Foram

implementados procedimentos diversos, melhorando a

qualidade da resposta dos serviços. Foi aplicada uma

análise valor ao procedimento de candidaturas, de forma a

torná-lo mais eficiente.

115 Levar à prática uma política de desmaterialização

de procedimentos, nas Divisões Académica,

Financeira e de Recursos Humanos

Iniciada com a implementação de duas aplicações (entrega

de relatórios e Entrega de outros requerimentos) na

Divisão Académica, que se encontra em consolidação e

que possibilitou uma resposta mais célere aos estudantes.

116 Melhorar o funcionamento do Sistema de

Informação e alargá-lo à EST Barreiro Foi verificada a consistência da informação da base de

dados. Foram realizadas visitas à Universidade do Porto

para apropriação do funcionamento do SI. Os trabalhos de

migração foram iniciados e planeia-se a sua concretização

até final do ano de 2018.

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117 Adequar os espaços e edifícios às necessidades

das Escolas Investimento na impermeabilização das coberturas da ESE

e intervenção no auditório. Investimento na reformulação

do espaço de alimentação na EST Setúbal, com

transformação da cozinha, para adaptação às exigências

do HACCP, e melhoria significativa das condições de

conforto e usabilidade, com aquisição de novo mobiliário.

Recuperação de vários blocos na EST Setúbal e

substituição dos tetos falsos nos corredores das salas de

aulas e laboratórios. Foi ainda adjudicada a obra de

renovação dos espaços ocupados pela Divisão Informática.

118 Melhorar as condições, nos diferentes edifícios,

das zonas de refeição comunitária para os

trabalhadores docentes e não docentes e criar

uma zona para estudantes, em parceria com a

AAIPS

Foram intervencionados os edifícios da EST Setúbal, da ESE, dos Serviços Centrais e realizadas obras no refeitório IPS, foi ainda realizada a reabilitação da estrutura do Clube

Desportivo IPS e o reaproveitamento de espaços para a

prática desportiva e a reabilitação da residência (parcial,

mas significativa do ponto de vista estrutural,

designadamente tetos falsos, chão, pinturas interiores e

exteriores).

119 Garantir, em articulação com a AAIPS, a

disponibilização de um espaço de trabalho para

os estudantes, durante 24h por dia,

especialmente nos períodos letivos

Foram articulados diferentes aspetos, com a AAIPS, que

conduziram à abertura do espaço.

120 Rentabilizar a utilização do Palácio Fryxel como

espaço cultural, e de promoção do

empreendedorismo e inovação, em articulação

com parceiros institucionais, enquadrada num

processo de regeneração urbana da zona histórica

de Setúbal

Realização de estudos, nomeadamente pela Deloitte, sobre

a rentabilização e utilização do Palácio Fryxel, que

contempla a realização de exposições, restauro da imagem,

estudos preparatórios de intervenção na Capela, espaço

para empreendedores e loja académica.

121 Concretizar o ordenamento do campus de Setúbal, melhorando o acesso pedonal, circulação

automóvel, estacionamento e espaços verdes

Foi lançado concurso para realização de obras de

reordenamento, tendo ficado deserto em 2017. Foi

relançado, com a abertura das propostas previstas para

fevereiro, perspetivando-se o arranque das obras até final

do primeiro trimestre de 2018.

122 Criar uma unidade técnica que implemente uma

política de manutenção das infraestruturas do IPS Foram mantidas as unidades de manutenção em cada uma

das escolas, faltando a criação de uma unidade que

corresponda aos requisitos legais.

123 Implementar um sistema de higiene, saúde e

segurança no trabalho nos campi do IPS Foi implementado o Sistema de HST tendo-se iniciado em

2017 a Medicina no Trabalho e a análise dos postos de

trabalho, no que toca à análise das suas condições

ergonómicas. Forma adquiridas cerca de 150 cadeiras e

vários monitores, por forma a melhorar as condições de

trabalho dos trabalhadores.

124 Incrementar a eficiência energética, hídrica e

ambiental nos campi do IPS Foram iniciadas as atividades para a criação de um furo

para abastecimento de água para a rega dos espaços

verdes em redor da ESTS, para além da substituição de

várias iluminarias para tecnologia LED, nas várias obras que

se têm vindo a realizar nos espaços do IPS.

125 Encetar as diligências necessárias, junto da FERTAGUS, Instituto de Mobilidade e Transportes Terrestres e Autoridade Metropolitana de

Transportes para o prolongamento do comboio

até à estação de Praias do Sado, bem como com

os Transportes Coletivos do Barreiro, de forma a

assegurar a existência de carreiras entre a Escola e

o terminal da SOFLUSA, às principais horas de

fluxos de estudantes

Foram realizadas reuniões, não tendo sido possível

estender a rede de transportes públicos, pela insuficiência

de material circulante, no caso da Fertagus.

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1.3 – A evolução do IPS entre 2014-2017

Durante este mandato, o IPS revelou uma evolução significativa num leque alargado de indicadores,

que sintetizam, de uma forma genérica, as principais atividades de uma Instituição de Ensino Superior.

Até 2014/2015, assistiu-se, de uma forma global, a uma diminuição do número de estudantes no

ensino superior, a que o IPS não escapou. Nos últimos três anos verificou-se um crescimento

significativo, de cerca de 19%, conforme se apresenta na Figura 1.

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Figura 1 | Evolução do Número de Estudantes no IPS

Este aumento do número de estudantes foi acompanhado por um aumento da procura pelo IPS e pelas

suas escolas, bem como pelo aumento da sua notoriedade, medida pelo preenchimento de vagas

totais, que aumentou cerca de 30 p.p., conforme Figura 2, pelo incremento da taxa de preenchimento

das vagas na 1ª fase do Concurso Nacional de Acesso às Licenciaturas, com um crescimento de cerca

de 50%, conforme patente na Figura 3, ou ainda pelo crescimento do índice de procura na 1ª fase do

CNA, que passou de cerca de 0,32 para 0,54, conforme Figura 4.

5053

5445

5695

6006

2014/15 2015/16 2016/17 2017/18

2014/15 2015/16

2016/17 2017/18

71 % 76 % 79 %

100 %

Figura 2 - Eficácia Total do Preenchimento de Vagas nas Licenciaturas

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Este aumento da procura pelo IPS e do número de estudantes, foi também acompanhado pelo

incremento da eficácia formativa e pela redução do insucesso académico. A taxa de sobrevivência das

Licenciaturas cresceu de 61% para 72,2%, conforme se apresenta na Figura 5, e a % de estudantes que

conclui as suas Licenciaturas em N ou (N+1) anos aumentou cerca de 4 p.p., alcançando os quase

77,3%, de acordo com os dados apresentados na Figura 6.

48 % 57 %

60 % 67 %

2014/15 2015/16 2016/17 2017/18

Figura 3 - Preenchimento Vagas na 1ª fase do CNA

0 , 32 0 , 33 0 , 41

0 , 54

2014/15 2015/16 2016/17 2017/18

Figura 4 - Índice de Procura em 1ª Opção no CNA

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Ao mesmo tempo que estes indicadores melhoraram, também a inserção profissional dos diplomados

do IPS se revelou muito positiva. De acordo com os últimos dados disponibilizados pelo IEFP, a taxa de

desemprego dos diplomados do IPS situa-se nos 6,5%, comparando com a um desemprego no Ensino

Superior de cerca de 7,3% e com uma taxa de desemprego a nível nacional superior aos 8%. De uma

forma consistente, o Politécnico de Setúbal aparece como a segunda instituição de Ensino Politécnico,

a nível nacional, com a taxa de desemprego mais baixa (cfr. Figura 7). Se incluirmos todas as IES, o

Politécnico de Setúbal ocupa a sexta posição a nível nacional. Cerca de 60% das Licenciaturas (14 no

total) apresentam uma taxa de desemprego inferior à media nacional na área de estudos. Existem

ainda 9 Licenciaturas que apresentam uma taxa de desemprego igual ou inferior a 5%.

61 ,0% 61 ,3%

71 ,9% 72 ,2%

2012/2013 2013/2014 2014/2015 2015/2016

Figura 5 - Taxa de Sobrevivência das Licenciaturas

73 ,7% 73 ,7%

67 ,8%

77 ,3%

2012/2013 2013/2014 2014/2015 2015/2016

Figura 6 - Percentagem de Estudantes que concluem o curso em N ou (N+1) anos

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No Quadro 5 apresenta-se uma análise discriminada das taxas de desemprego nas várias Licenciaturas

do IPS.

Figura 7 - Taxa de desemprego por instituto superior politécnico em dezembro 2016

Quadro 5 | Taxas de Desemprego nas Licenciaturas do IPS

Média dos desempregados com diploma obtido nos anos de 2012, 2013, 2014 e 2015 e registados no IEFP em junho e dezembro de 2016 e diplomados, nos anos letivos de

2011-2012 a 2014-2015

CURSO DE LIENCIATURA CÓD. ÁREA DE

ESTUDO % Desemprego IPS

% Desemprego Portugal # p.p.

Engenharia Biomédica 524 5,5% 6,4% -0,9 Engenharia de Automação, Controlo e Instrumentação 523 2,9% 3,6% -0,7 Engenharia do Ambiente 851 18,3% 12,3% 6,0 Engenharia Electrotécnica e de Computadores 523 4,6% 3,6% 1,0 Engenharia Informática 523 5,0% 3,6% 1,4 Engenharia Mecânica 521 5,3% 5,5% -0,2 Tecnologia e Gestão Industrial (regime noturno) 529 4,3% 5,5% -1,2

Total ESTSetúbal

5,9%

Animação e Intervenção Sociocultural 762 10,2% 15,5% -5,3 Comunicação Social 321 18,3% 12,2% 6,1 Desporto 813 3,1% 7,2% -4,1 Educação Básica 144 2,1% 3,0% -0,9 Tradução e Interpretação de Língua Gestual Portuguesa 223 14,2% 8,9% 5,3

Total ESE

7,9%

Contabilidade e Finanças 344 5,8% 7,4% -1,6 Gestão da Distribuição e da Logística 345 6,0% 7,3% -1,3 Gestão de Recursos Humanos 345 8,8% 7,3% 1,3 Gestão de Sistemas de Informação 481 2,2% 6,2% -4,0 Marketing 342 8,2% 10,2% -2,0

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Total ESCE

6,7%

Engenharia Civil 582 12,6% 10,1% 2,5 Engenharia Química 524 6,9% 6,4% 0,5 Gestão da Construção 582 11,2% 10,1% 1,1

Total ESTBarreiro

11,5%

Enfermagem 723 0,2% 2,7% -2,5 Fisioterapia 726 3,7% 9,5% -5,8 Terapia da Fala 726 5,3% 9,5% -4,2

Total ESS

2,8%

Total IPS

6,5% 7,2% -0,7

Este incremento da procura dos estudantes e das famílias pelo IPS, a par da elevada capacidade de

inserção profissional dos seus diplomados, foi acompanhada por um aumento significativo das

qualificações do corpo docente. Em 2016 o IPS ultrapassou os 50% de docentes doutorados no total

de ETIs (cfr. Figura 8) e o número de docentes com o título de Especialista mais do que duplicou,

passando de 31 para 66, representando cerca de 46 ETIs, de acordo com os dados patentes na Figura

9.

39 ,6%

45 ,1%

49 ,9% 50 ,3% 54 ,5%

2013 2014 2015 2016 2017

Figura 8 - Percentagem de ETIs Doutorados

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Este incremento das qualificações foi também acompanhado de uma maior estabilidade contratual. O

número de docentes de carreira cresceu cerca de 25% entre 2014 e 2017, de acordo com os dados

expressos na Figura 10, passando de cerca de 44% para 56%, respetivamente.

A par deste aumento de qualificações dos trabalhadores docentes, existiu uma aposta clara na

melhoria das competências dos trabalhadores não docentes que, apesar do número se ter mantido

praticamente inalterado durante este período, foi capaz de responder a um número crescente de

tarefas e solicitações, respondendo cabalmente aos desafios colocados. O Quadro 6 sintetiza a

evolução de um conjunto de indicadores relacionados com a formação. Conforme se pode verificar, a

quase totalidade dos trabalhadores participa em ações de formação (cerca de 96%) e o número de

horas de formação por trabalhador mais do sextuplicou, passando de 6h em 2013 para 38,7h em 2016,

num volume total de cerca de 5720h.

24 , 60

31 , 70

41 , 60 46 , 10

2013 2014 2015 2016

Figura 9 - ETIs com Título de Especialista

44 ,0%

56 ,0%

2014 2017

Figura 10 - Percentagem de Docentes Carreira

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Quadro 6 – Evolução dos Indicadores de Formação dos Trabalhadores Não Docentes

2013 2014 2015 2016

Número de não docentes que participaram em ações de

formação 58 84 143 148

% de não docentes que participaram em ações de formação 35,8% 54,9% 94,1% 96,0%

Número de ações de formação 39 48 60 74

Número de horas despendidas em ações de formação 908 2316 3596 5723

Média de horas de formação despendidas por não docente 6 15,1 23,7 38,7

Número de ações de formação por não docente 0,2 0,3 0,4 0,5

Esta aposta clara nas pessoas, foi alicerçada na criação do programa Desenvolver+, que, para além da

valorização e formação, incide ainda no incremento do bem-estar e na participação dos trabalhadores,

nos processo de decisão. Destaca-se, neste campo particular, a entrada em funcionamento do Sistema

de Higiene e Segurança no Trabalho, dirigido a todas e a todos os trabalhadores do IPS, a oferta do

programa Oxigénio, e uma aposta na melhoria das condições ergonómicas dos postos de trabalho,

através da aquisição de cadeiras, de monitores e da melhoria das condições de iluminação. Este

programa foi considerado pelo INA como um programa de Boas Práticas de Valorização das Pessoas,

tendo sido partilhado entre organismos e instituições da Administração Pública portuguesa.

Como se observou, o IPS criou mais massa crítica, associada a um portefólio de competências mais

diversificado e especializado, o que, associado a uma orientação estratégica clara para uma maior

colaboração com as empresas e organizações regionais (Um Politécnico Parceiro da Região), bem como

de uma aposta inequívoca na internacionalização, possibilitou uma maior capacidade de intervenção

e de concretização de projetos e de prestação de serviços. A conjugação destes fatores possibilitou um

incremento significativo das receitas associadas à prestação de serviços especializados, que cresceram

cerca de 156%, passando de cerca de 237 mil euros em 2014 para cerca de 610 mil euros em 2017 (cfr.

Figura 11)

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Para além do crescimento das receitas associadas à prestação de serviços, foi notório o

desenvolvimento de projetos financiados, quer a nível nacional quer a nível europeu. Destaca-se o

programa ERASMUS+, com 7 projetos financiados, com cerca de 1,5 milhões de euros de

financiamento global e comparticipação para o IPS na ordem dos 309 mil euros, como se pode

visualizar no quadro 7.

Quadro 7 – Projetos ERASMUS+ | KA2

Organização Coordenadora Título do Projeto Data de Início Data de Fim Orçamento Global Orçamento IPS

Instituto Politécnico de Setúbal (IPS) IINTOS - Implementation of international offices

in schools 18/12/2017 17/12/2019 165 570,00 € 50 160,00 €

INNpuls Learn&Fly - Learning materials and support

tools to foster engagement of students in

science subjects and aeronautics-related

careers 01/11/2017 31/10/2019 255 524,00 € 48 898,00 €

DESMAR EUshape - Training programme for improved

health and quality of life of people with mental

health disorders 01/01/2017 30/06/2018 63 162,00 € 18 083,00 €

Häme University of Applied Sciences EEP - Empowering Eportfolio Process 01/09/2016 31/08/2018 228 178,00 € 30 889,00 €

Collegio Carlo Alberto – Centro di

Ricerca e Alta Formazione FINKIT - Financial Literacy: a Key Tool to

Improve People's Life Cycle 01/11/2015 31/08/2018 223 645,00 € 36 720,00 €

UCLeuven Limburg IDEUS - Implementation and Evaluation of

Dedicated Education Units in Europe 01/09/2015 31/08/2018 321 193,00 € 83 550,00 €

Fondazione per la Scuola – San Paolo TOO YOU – Too Young to Fail 01/09/2014 31/08/2016 287 241,00 € 41 305,00 €

2014 2015 2016 2017

€237 024,65 €230 919,61

€320 121,18

€609 890,64

Figura 11 - Valor das Transferências e PSE

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1 544 513,00 € 309 605,00 €

Numa outra vertente, é de destacar o exigente programa H2020, onde o IPS coordena um projeto e

participa num outro, num financiamento global de cerca de 10,3 milhões de euros, em que a

comparticipação para o IPS ronda os 663 mil euros, de acordo com os dados presentes no quadro 8.

Quadro 8 – Projetos H2020

Programa ou iniciativa Organização Coordenadora Título do Projeto Data de Início Data de Fim Orçamento Global

Orçamento IPS

H2020

NEDERLANDSE ORGANISATIE

VOOR TOEGEPAST

NATUURWETENSCHAPPELIJK

ONDERZOEK TNO (TNO)

SCORES - Self Consumption Of Renewable

Energy by hybrid Storage systems 01/11/2017 31/10/2021 5 998 598,75 € 162 683,75 €

H2020 Instituto Politécnico de Setúbal TESSe2b - Thermal Energy Storage Systems

for Energy Efficient Buildings 01/10/2015 30/09/2019 4 311 700,00 € 501 250,00 € A nível nacional, é relevante destacar o PT2020, para além da Fundação para a Ciência e Tecnologia

(FCT) e Fundação Calouste Gulbenkian (FCG). Neste momento, estão a ser financiados 21 projetos, que

significam uma comparticipação para o IPS na ordem dos dois milhões de euros, conforme se pode

verificar no quadro 9.

Quadro 9 – Projetos P2020 e Outras Fontes de Financiamento

Programa ou iniciativa Organização Coordenadora Título do Projeto Data de Início Data de Fim Orçamento Global

Orçamento IPS

PT2020 EGAS MONIZ - COOPERATIVA DE

ENSINO SUPERIOR CRL Manufactura aditiva de próteses dentárias em

zircónia e compósitos nanoestruturados

alumina/zirconia - 3D-DentalPrint 01/04/2017 30/09/2018 149 946,83 € 53 455,80 €

PT2020 INSTITUTO POLITECNICO DE BEJA Aplicação da mecânica dos fluídos computacional na otimização das condições

de cura de queijos tradicionais - CFD4Cheese 19/02/2018 21/08/2019 163 634,04 € 36 073,03 €

PT2020 INSTITUTO POLITÉCNICO DE

LISBOA Establishing protocols to assess occupational

exposure to microbiota in clinical settings - EXPOSE 01/05/2017 31/10/2018 148 105,01 € 43 535,11 €

PT2020 INSTITUTO SUPERIOR DE

ENGENHARIA DE LISBOA

INDEEd - INDoor Eco Efficient

01/04/2017 30/09/2018 149 939,65 € 10 729,25 €

PT2020 INSTITUTO POLITÉCNICO DE

LEIRIA

Caracterização de comportamentos para

promoção de eficiência no consumo de

energia através de abordagens PBL -

Learn2Behave 30/09/2017 30/03/2019 136 934,74 € 30 964,60 €

PT2020 INSTITUTO POLITECNICO DE

PORTALEGRE Aproveitamento energético dos combustíveis derivados de resíduos e lamas secas - RDFGAS 01/11/2017 02/05/2019 149 438,48 € 20 325,91 €

PT2020 INSTITUTO SUPERIOR DE

ENGENHARIA DE LISBOA

RENEFUEL - PRODUÇÃO DE COMBUSTÍVEIS RENOVÁVEIS POR

ELECTRÓLISE DE ÁGUA 01/06/2017 30/11/2018 145 976,69 € 33 067,92 € PT2020 ESCOLA SUPERIOR DE HOTELARIA E

TURISMO DO ESTORIL Turismo de Pesquisa Avançada para a

Valorização Administrativa - TARGET 02/10/2017 03/04/2019 148 948,66 € 44 418,00 €

PT2020 INSTITUTO POLITÉCNICO DE

SETÚBAL Tratamento estratificado para indivíduos

com dor lombar nos cuidados de saúde

primários - SPLIT 01/05/2017 31/10/2018 144 658,52 € 97 240,64 €

PT2020 INSTITUTO POLITÉCNICO DE

SETÚBAL OSTRAQUAL - Valorização e promoção da

qualidade das ostras de aquacultura na região

do Sado e Mira 02/01/2018 04/07/2019 180 891,66 € 119 430,78 €

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PT2020 INSTITUTO POLITÉCNICO DE

SETÚBAL

DECIde - Plataforma de Apoio à Decisão Multicritério na Gestão Patrimonial de Infraestruturas de Água

02/01/2018 04/07/2019 151 966,95 € 82 036,00 €

PT2020 INSTITUTO POLITÉCNICO DE

SETÚBAL

SPLIT -Tratamento estratificado para

indivíduos com dor lombar nos cuidados de

saúde primários 01/05/2017 31/10/2018 144 658,52 € 97 240,64 €

PT2020 INSTITUTO POLITÉCNICO DE

SETÚBAL

Equiped4TeSP - PROJETOS DE I&D PARA

A DINAMIZAÇÃO E VALORIZAÇÃO DO ENSINO POLITÉCNICO EM ESTREITA COLABORAÇÃO COM O TECIDO 01/11/2016 31/10/2018 998 884,23 € 998 884,23 €

PT2020 INSTITUTO POLITÉCNICO DE

SETÚBAL TeSP - ALT2020 02/11/2016 30/09/2017 110 687,50 € 110 687,50 €

PT2020 CCEnergia Audit Furnace - AuditF 01/02/2017 31/01/2020 1 075 506,36 € 157 899,07 €

FCT Cruz Vermelha Portuguesa (CVP) MOLYBMRSA - Molybdenum

nanoparticle coating to reduce MRSA

contamination of public and healthcare

environments. 01/07/2016 30/06/2019 190 000,00 € 2 700,00 €

PT2020 FENAREG AGIR: Sistema de Avaliação da

Gestão Eficiente da áGua e da

EnergIa em Aproveitamentos

HidroagRícolas. 31/05/2017 31/12/2019

37 174,38 €

PT2020 TEandM DiamondHardLaserCoatings 01/04/2016 28/09/2018 1 012 451,96 € 101 712,15 €

PT2020 INSTITUTO POLITÉCNICO DE

SETÚBAL EQUIPS4INOV - Equipamentos pedagógicos

para um ensino 01/08/2017 30/11/2017 812 906,58 € 812 906,58 €

Fundação Calouste

Gulbenkian INSTITUTO POLITÉCNICO DE

SETÚBAL TeatrIPS (2016-2017) 01/09/2016 30/04/2017 1 500,00 € 1 500,00 €

PT2020 Tegopi-Indústria Metalomecânica SA PRODUTECH

114 510,86 € Esta evolução em termos de projetos, associada a um foco inequívoco no desenvolvimento das

pessoas, quer pelo incremento na qualificação do corpo docente e sua estabilidade na carreira, quer

através da centralidade colocada na formação dos não docentes, foi acompanhada pela modernização

das infraestruturas, equipamentos e dos edifícios e por um compromisso com a melhoria contínua.

Foram intervencionados os edifícios da ESE/IPS, da EST Setúbal/IPS e a residência das Manteigadas. O

refeitório do campus de Setúbal foi completamente remodelado, criando um ambiente mais moderno,

com maior conforto e com uma cozinha adequada às necessidades, respeitando todas as regras do

HACCP. O bar da ESCE/ESS será também modernizado, aguardando-se apenas a entrega das mesas e

cadeiras. Relativamente ao ordenamento do campus de Setúbal, as propostas serão abertas até final

do mês de janeiro, perspetivando-se o início das obras até final do primeiro trimestre de 2018. Foi

reestruturada a rede informática e adquiridos cerca de um milhar de novos computadores, quer para

estudantes, quer para as salas de aula, quer para os postos de trabalho dos trabalhadores docentes e

não docentes. Durante o primeiro semestre de 2018 serão adquiridos computadores para os docentes

da EST Setúbal, colmatando uma necessidade sentida há largos anos.

No que respeita à Divisão Informática, foram alcançadas algumas melhorias de que se realça a

implementação de um novo sistema de autenticação IPS, a caracterização e modernização da

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infraestrutura de rede dos dois campi do IPS e foi implementada uma nova rede wireless na residência

de estudantes. Procedeu-se à harmonização da plataforma Moodle do IPS, foi implementado um novo

sistema de correio eletrónico, tendo sido adotada a plataforma cloud office365 para disponibilização

de recursos à comunidade. Foram modernizados os portais das Escolas e dados passos significativos

no projeto de migração do SIGARRA. Foram criadas condições de infraestrutura para novas soluções

como o Talisma ou o novo Primavera. E no que se refere ao parque de equipamentos desktop do IPS,

foi modernizado e iniciado o processo de inventariação de todo o equipamento informático.

O IPS assumiu um compromisso inequívoco com uma filosofia de melhoria contínua na sua atuação,

que remonta à avaliação externa pela European University Association em 2007/2008. Este processo

foi consolidado de uma forma evidente neste mandato, com a candidatura à Certificação, junto da

A3ES, do Sistema Interno de Garantia da Qualidade, com um forte envolvimento de toda a comunidade

académica, quer interna quer externa. Este exercício de avaliação, culminou na apresentação do

relatório preliminar por parte da Comissão de Avaliação Externa que propõe a acreditação por um

período de 1 ou 2 anos.

Assumindo que a cultura e o contributo para uma sociedade mais inclusiva e sustentável, incorporando

o ideal de uma Instituição Cidadã, são desideratos do IPS, foi relançada a aposta no desenvolvimento

de atividades culturais, das quais podemos destacar o Projeto Gralha – O Resto e o Sobrante e a Criação

do Teatro IPS, a par da organização de exposições, apresentações de livros e Ciclos de Debates.

Também a vertente da responsabilidade social, através do IPS Solidário se afirmou no IPS e na região,

com atividades de voluntariado no Banco Alimentar contra a Fome, Pastoral do Ensino Superior,

Setúbal Mais Bonita, Quinzena do Voluntariado, Nosso Bairro Nossa Cidade, Amigo Mudei a Casa,

Ouvindo os Idosos ou o Recriar-se, apenas para citar alguns exemplos, que envolvem centenas de

estudantes, trabalhadores docentes e não docentes, criando através destas atividades uma sociedade

mais coesa e inclusiva.

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2. Os desafios do contexto onde o IPS atua

2.1 Ambiente político e económico

Os últimos anos têm sido marcados por uma valorização progressiva do ensino superior e da ciência,

com maior estabilidade na orientação estratégica e maior valorização do seu papel na sociedade. Em

2016 foi assinado o contrato para a legislatura, entre o governo e as instituições politécnicas, que prevê

a manutenção do financiamento nominal até final da legislatura, acrescido dos montantes necessários

para fazer face a alterações legislativas, ao mesmo tempo que pressupõe uma maior aposta na

formação relacionada com os CTeSP, com a investigação aplicada, promoção do sucesso escolar,

responsabilidade social e comunicação da ciência. Paralelamente, foi criado o Programa de

Modernização e Valorização do Ensino Politécnico, que materializa um conjunto de iniciativas ao nível

da formação, investigação e internacionalização. Embora não seja expetável o incremento do

financiamento via Orçamento de Estado, existem um conjunto adicional de programas que permitem

a captação de receitas adicionais, quer seja ao nível dos CTeSP, quer ainda na investigação, quer

através da Fundação para a Ciência e Tecnologia, quer ainda através da Agência Nacional de Inovação

e dos programas regionais, numa lógica competitiva.

Ao mesmo tempo que se assinava o contrato com a IES, contratualizou-se com a OCDE a avaliação do

sistema de ensino superior e ciência em Portugal, cujas conclusões são apresentadas publicamente a

9 de fevereiro. Este foi um exercício muito participado e exigente, onde foi possível demonstrar o papel

cada mais relevante dos Institutos Politécnicos, quer na formação, quer na investigação, quer na sua

centralidade para o desenvolvimento das regiões. Estas conclusões darão lugar a alterações

legislativas, com potencial impacto ao nível da outorga do terceiro ciclo e das carreiras, enfatizando

ainda questões como o papel das IES para o desenvolvimento regional e transferência de tecnologia.

Em termos económicos, assistimos, nos últimos anos, à inversão da tendência recessiva, com

crescimento económico, aumento do rendimento disponível das famílias e diminuição do desemprego.

Esta situação económica permite antecipar, pelo menos, a manutenção da procura de ensino superior,

a diminuição do abandono por motivos económicos e uma redução dos incobráveis nas propinas. Ao

mesmo tempo, é de esperar uma aposta das empresas nos programas de financiamento, com procura

de parceiros no sistema científico e tecnológico.

Os próximos tempos vão ainda ser marcados pela renegociação do Acordo de Parceria com a União

Europeia, no que concerne aos Fundos Comunitários, ao mesmo tempo que se iniciarão as negociações

do novo quadro comunitário e definição das prioridades nacionais e regionais, bem como do

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orçamento comunitário, em que os fundos dedicados à I&D (FP9) e a utilização do FEDER para efeitos

de apoio à investigação assumem particular relevância.

2.2 Procura de Ensino Superior e Formação ao Longo da Vida

Os níveis de qualificação da população portuguesa têm vindo a crescer, assumindo-se como objetivo

alcançar 40% da população, entre os 30-34 anos, em 2020, com formação superior. Se é verdade que

na coorte dos 20 anos, a população que frequenta o ensino superior se encontra na média europeia,

nas idades mais avançadas e na população ativa, os níveis de qualificação ficam aquém dessa média,

exigindo medidas adicionais. Por outro lado, a percentagem de estudantes que conclui o ensino

secundário, especialmente na vertente profissional, é ainda reduzida, não chegando aos 20%. O

objetivo expresso é que o número de estudante que conclui o ensino secundário e prossegue estudos

para o ensino superior cresça de 4 para 6 em cada 10, até 2030.

Nos últimos anos assistimos a um crescimento dos estudantes no ensino superior, especialmente nas

Licenciaturas e nos CTeSP, invertendo-se uma tendência registada até 2015. Este movimento, pode

estar associado, por um lado, a valorização do ensino superior por parte das famílias, neste período de

maior crescimento económico, e ao posicionamento dos CTeSP no ensino superior, diferença

significativa face aos CET, abrindo uma janela de oportunidade clara para os estudantes do ensino

profissional prosseguirem estudos para uma Licenciatura.

Assistimos nos últimos anos a um aumento da procura pelos cursos oferecidos pelos IPS, embora com

diferenças entre as várias áreas e ciclos de estudo. Alguns cursos de Licenciatura nas áreas das

Tecnologias e Engenharias têm revelado uma procura escassa ao nível do CNA, embora uma parte

significativa das vagas seja preenchida com os estudantes provenientes dos concursos especiais,

especialmente M23 e titulares de CTeSP. Também ao nível dos Mestrados o preenchimento das vagas

fica aquém do desejado, com incidência em vários cursos das áreas da Engenharia e da Gestão. Importa

promover uma discussão mais aprofundada sobre a oferta formativa, em estreita articulação com as

diferentes partes interessadas, internas quer externas.

Nos últimos anos as Pós-Graduações e os Cursos de Especialização perderam peso significativo no

número de estudantes que as frequentam, devendo ser uma área a explorar, quer pela necessidade

de formação contínua da população ativa, cada vez mais premente, quer pelo incremento das

qualificações e especialização dos docentes do IPS. Devem ser encontrados os mecanismos

institucionais, autonomamente ou em parceria, que dinamizem estas formações.

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Existe, assim, um conjunto de oportunidades para o incremento do número de estudantes,

especialmente ao nível dos CTeSP, em formações especializadas e dirigidas à população ativa,

essencialmente na reconversão profissional associada à digitalização da economia, e reforço das

competências de executivos, quer quadros médios quer quadros superiores. Naturalmente que a

exploração destas oportunidades exige uma maior diversificação das ofertas formativas, de forma a

integrar a população ativa e possibilitar uma reconversão profissional mais célere, maior flexibilidade

e customização nas abordagens, de acordo com os públicos alvo a atingir e uma rede de parceiros de

naturezas distintas e complementares.

Portugal é um dos países europeus onde as famílias suportam um custo mais elevado para

frequentarem o Ensino Superior, a rondar os 6.600€ em média. Adicionalmente, as condições

socioeconómicas dos estudantes do Politécnico de Setúbal revelam níveis abaixo da média nacional,

representando os apoios no âmbito da Ação Social um elemento decisivo no acesso e continuidade de

estudos. Nos últimos 3 anos, o número de bolseiros tem aumentado, mantendo-se o valor da bolsa

média. Sabemos, no entanto, que os limiares de rendimento para acesso à bolsa não são elevados,

pelo que importa encontrar apoios indiretos, quer internos quer externos, através do estabelecimento

de parcerias com empresas e outras instituições, criando programas e apoios específicos. Importa

ainda melhorar os níveis de sucesso académico, já que o insucesso continua a representar uma das

principais causas de indeferimento de bolsa, especialmente nas escolas de tecnologia.

2.3 Metodologias e Práticas Pedagógicas

O IPS possui uma diversidade muito elevada nos estudantes que o frequentam, quer em termos

etários, quer na experiência profissional detida ou nos conhecimentos prévios, quer na nacionalidade

ou ainda na condição perante o ensino. Isso significa que existem ritmos de aprendizagem distintos,

disponibilidade para frequentar as aulas e demais atividades muito diferenciadas e necessidades

diversificadas de apoio por parte dos docentes.

Várias iniciativas têm vindo a ser desenvolvidas, desde a organização de cursos preparatórios em áreas

científicas chave, passando pela formação pedagógica dos docentes e pela implementação de

metodologias mais ativas, como o problem based learning. Apesar dos indicadores associados ao

sucesso académico e conclusão dos cursos terem vindo a melhorar, eles não são uniformes entre

escolas, com indicadores menos positivos nas tecnologias e junto dos estudantes que frequentam

cursos em horário pós-laboral, havendo ainda um caminho a percorrer, que privilegie metodologias

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mais ativas, assentes no desenvolvimento de projetos e resolução de problemas, mobilizando

empresas e outras organizações para as atividades letivas e como fonte privilegiada de estudo.

Nos últimos anos temos assistido a um incremento do uso da tecnologia no ensino, quer no contexto

de ensino superior quer noutros contextos formativos. Esta utilização, cada vez mais diversificada, que

passa por plataformas de e-learning, como o Moodle, pelo desenvolvimento de Massive Online Open

Courses (MOOCs), pela gamificação das aprendizagens, pela utilização de portefólios digitais, ou pelo

recurso a ambientes virtuais ou de simulação, deve impelir as IES a discutirem e definirem uma

estratégia de transformação tecnológica e digital aplicada ao processo de ensino/aprendizagem. Esta

estratégia deve integrar as necessidades de recursos tecnológicos, os espaços de aprendizagem, a

formação dos docentes, os recursos humanos para apoio ao projeto, o envolvimento dos estudantes

no processo, apenas para citar alguns elementos cruciais.

2.4 Investigação e Desenvolvimento

A prática de atividades de investigação é parte integrante da missão do IPS, que deve ser valorizada,

incentivada e desenvolvida, assente na sua matriz fundadora – aplicada e ligada às regiões e aos

territórios – contribuindo para o desenvolvimento de soluções e da construção de novo conhecimento.

A centralidade da investigação carece de um conjunto de docentes e investigadores qualificados e

dedicados, de financiamento e de presença em redes nacionais e internacionais de investigação, quer

de natureza académica quer de natureza profissional.

A FCT lançou recentemente um novo processo de avaliação das Unidades de I&D, que termina a 31 de

janeiro, com dois objetivos claros: alargamento do número de unidades de investigação financiadas e

diversificação da sua natureza. Este último desiderato foi concretizado através do alargamento e

especialização das áreas científicas, considerando áreas tipicamente politécnicas, como o Turismo, a

Enfermagem e Tecnologias da Saúde e a Contabilidade, apenas para citar alguns exemplos.

Ao mesmo tempo, foi aberta a primeira call para projetos de I&D baseados na prática, dirigida apenas

aos Politécnicos, esperando-se para breve a abertura da segunda. Estas orientações e medidas

concretas facilitarão o financiamento da investigação nos Politécnicos, num ambiente de exigência e

de acordo com as melhores práticas internacionais, contribuindo para a consolidação da massa crítica

necessária.

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O IPS seguiu uma estratégia de organização da I&D em Centros de Investigação e Prestação de Serviços

(CIPS2), estando, neste momento, aprovados seis centros, em fases distintas de maturidade. Neste

sentido, a prática de I&D estruturar-se-á em redor destes centros, através das Unidades de I&D que

venham a ser financiadas pela FCT, lideradas pelo IPS e ainda pela participação dos docentes do IPS

noutras unidades externas ao IPS. Dada a fase de juventude dos CIPS2, importa capacitá-los e

proporcionar-lhes os meios necessários para desenvolverem a sua atividade, quer seja pela criação de

programas internos de financiamento competitivo de projetos, quer seja pela contratação de

Investigadores doutorados ao abrigo do programa de Emprego Científico.

Para além destes apoios, deverão continuar a ser proporcionadas condições efetivas aos docentes para

a prática de investigação, apoiando-os através da concessão de licenças sabáticas ou da redução de

horas letivas pela coordenação de projetos. Também nestes apoios, devemos alinhar a atuação do IPS

com as práticas internacionais, privilegiando os concursos com regras definidas e com os resultados

alcançados.

A estruturação das agendas de investigação deve estar alinhada com as prioridades da região, da

estratégia regional e nacional de especialização inteligente e integrar diferentes atores no processo,

quer sejam empresas ou outras organizações, públicas e privadas, quer sejam os estudantes, numa

estreita articulação entre o ensino e a investigação, potenciando a resolução de problemas e o

desenvolvimento de competências.

O desafio, mais do que apostar em todas as áreas, é focar as atividades em nichos de conhecimento,

competitivos, multidisciplinares e com massa crítica, capazes de responder a desafios como a

digitalização e a robotização da economia e das organizações, o turismo, a agenda 2030 das Nações

Unidas para a sustentabilidade, o envelhecimento ativo, smart cities, entre outros. Também a nível

interno, importa desenvolver uma abordagem mais interdisciplinar, reduzindo os ‘silos

organizacionais’ e favorecendo uma atuação mais articulada entre as várias escolas e docentes.

2.5 Internacionalização

Os últimos anos têm sido caracterizados por uma crescente internacionalização das IES, integrando-se

o IPS neste movimento, caracterizando-se pelo incremento dos fluxos de mobilidade, pelo

desenvolvimento de projetos e participação em redes internacionais e pelo desenvolvimento de

formações em parceria. Adicionalmente, o Ensino Superior, assume-se, em Portugal, de uma forma

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crescente, como exportador de serviços, especialmente pela capacidade que tem demonstrado de

atração de estudantes internacionais.

O Ensino Superior exercer-se-á, cada vez mais, num ambiente internacionalizado, quer ao nível da

formação quer ao nível das redes de investigação. Esta é uma realidade transversal a todas as

instituições de ensino superior, que competirão pelos estudantes internacionais e pelos projetos

financiados.

Existem espaços naturais de recrutamento, como os países da CPLP ou aqueles que assumem que o

português é um ativo relevante para a sua atuação, como a China. Outros, menos naturais, mas nem

por isso menos relevantes, situam-se na Ásia ou na América Latina, onde a oferta de Ensino Superior

é escassa, face à procura crescente dos jovens.

Para além do recrutamento de estudantes, outra área fértil surge na cooperação pedagógica,

formativa e de investigação, criando parcerias estratégicas na construção de currículos, graus comuns

e conjuntos e desenvolvimento de projetos de investigação, potenciando desta forma as

oportunidades de envolvimento dos estudantes e docentes.

Atuar neste ambiente, extremamente exigente, obriga a uma atuação profissional e a uma presença

efetiva nesses países, tendo como objetivo o recrutamento de estudantes e o desenvolvimento de

projetos em conjunto. Obriga ainda a uma aposta na criação de competências linguísticas e

interculturais para acolhimento destes estudantes, agilização de procedimentos administrativos,

oferta de cursos em língua inglesa, e criação de condições logísticas, assentes em parcerias territoriais,

para que o IPS e a região da Península de Setúbal se tornem mais atrativos para os estudantes

estrangeiros.

2.6 Ligação às Empresas, à Sociedade e à Região

O impacto mais expressivo que os institutos politécnicos podem provocar nas regiões e nos territórios

está ainda para chegar. As Instituições Politécnicas são ainda recentes no panorama nacional e nas

regiões onde estão implantados, apesar de não restarem dúvidas que há um antes e um depois da

existência do Politécnico em cada uma das cidades onde está implantado.

O contributo mais significativo que os Politécnicos potenciaram foi, sem dúvida, a formação de

recursos humanos qualificados, promovendo a competitividade das empresas e demais organizações,

ao mesmo tempo que permitiram a fixação de quadros especializados nas regiões e a igualdade de

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oportunidades para muitos indivíduos que, sem o Ensino Politécnico, não possuíam formação superior.

Naturalmente que existiram outros contributos, quer os derivados da investigação, quer os

relacionados com a realização de projetos e prestação de serviços às empresas, quer os inerentes ao

desenvolvimento de atividades culturais e sociais.

Nos últimos anos, assistimos a um incremento significativo das qualificações dos docentes do

Politécnico. Esta melhoria na qualificação e na especialização, criou mais massa crítica, associada a um

conhecimento superior dos territórios, para além de maior disponibilidade para a concretização de

projetos em cooperação com entidades de cada território. Paralelamente, desenvolveu-se em cada

instituição, uma consciência estratégica da relevância das parcerias com as entidades externas, da

consideração dos seus interesses e expetativas no desenvolvimento das suas atividades e da sua

responsabilidade para terem um papel mais ativo na criação de territórios mais competitivos,

sustentáveis e inclusivos.

As IES Politécnicas devem assumir-se como parceiros essenciais na construção de territórios mais

inteligentes, contribuindo de uma forma decisiva para os sistemas regionais de inovação, na

qualificação de recursos humanos, na prática de investigação, no estabelecimento de projetos em

parceria e de responsabilidade social. Mas devem, também, constituir-se como atores relevantes na

definição das políticas territoriais, construindo a sua relevância na região e o seu reconhecimento por

parte da sociedade. O IPS deve aspirar, através da sua atuação e das atividades que desenvolve, a ser

considerado, pelas diferentes entidades do território, como um ator imprescindível na região.

2.7 Sustentabilidade e Melhoria contínua

As IES estão hoje mais sujeitas a um escrutínio público, a uma maior exigência em termos de

transparência e de accountability nas suas atividades. A par destas exigências, as atividades estão

sujeitas a constantes avaliações externas, com impacto significativo nas suas atividades,

nomeadamente na acreditação dos cursos, através de sistemas internos ou da própria instituição, e

no financiamento de Unidades de Investigação ou de Projetos. Neste sentido, mais do que o enfoque

na qualidade, o foco deve ser na melhoria contínua dos processos que se desenvolvem. A opção não

é fazer bem uma vez, mas sim fazê-lo bem, sempre, procurando formas alternativas de continuar a

melhorar.

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Este processo deve ser participado e potenciar a integração de visões distintas, fomentando a

criatividade e o trabalho em equipa. Ao mesmo tempo, deve garantir que se possui um nível de

formalização adequado, não se exigindo mais do que o necessário. Se os procedimentos são

fundamentais em muitos dos processos que desenvolvemos, quer pela necessidade de criação de

rotinas e conhecimento organizacional, quer pela necessidade de criação de evidências, devemos ter

a capacidade de os questionar, de os recriar e de criar mecanismos de desmaterialização que os

tornem mais transparentes e auditáveis.

A ancoragem na melhoria contínua implica a necessidade de melhoria nos processos de suporte, como

o Sistema de Informação, os Serviços aos Estudantes, mas também nos processos principais, como o

Ensino/Aprendizagem ou a Investigação.

A melhoria do desempenho do IPS deve alicerçar-se na criação de condições de sustentabilidade. Por

um lado, a sustentabilidade financeira, garantindo-se não só o financiamento das atividades correntes,

mas também a capacidade de investimento, quer seja na criação de condições físicas para

funcionamento das escolas e dos serviços, quer seja na modernização tecnológica e laboratorial

associada a um modelo de ensino assente na experimentação e no saber fazer. Por outro,

caminhandose para a criação de campus sustentáveis, ao nível energético, ambiental e hídrico.

Este processo de sustentabilidade exige um foco muito significativo na criação de condições de

bemestar para os trabalhadores docentes e não docentes e para os estudantes, promovendo níveis de

comprometimento organizacional elevados. Deve ainda ser acompanhado pela confiança nas

capacidades individuais e dos órgãos, pelo reconhecimento e valorização do desempenho e pela

concessão de autonomia numa lógica de responsabilidade partilhada, alinhada com os valores e a

missão do IPS.

3. Missão e Visão

3.1 Missão

A missão do IPS, de acordo com o aprovado pelo Conselho Geral em 26 de maio de 2016, é definida

como: “desenvolver ensino de qualidade, valorizando as pessoas, a transferência de conhecimento

para a sociedade, da região, do país e do mundo, apoiado na investigação aplicada, na inovação e

nas parcerias”.

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A missão do IPS, tal como definida anteriormente, responsabiliza o IPS no desenvolvimento de

formações de qualidade, não apenas pela obrigatoriedade em termos de acreditação, mas acima de

tudo pelo desenvolvimento de um modelo pedagógico que privilegie metodologias ativas de

aprendizagem, com recurso a laboratórios e equipamentos modernos, potenciando a inovação

pedagógica e a participação envolvida dos estudantes. Deve privilegiar a experimentação e o saber

profissional. Mas deve, também, permitir o desenvolvimento de competências transversais, adaptadas

à sociedade do século XXI, como o trabalho em equipa, a criatividade, o espírito crítico, a flexibilidade,

a resolução de problemas, apenas para citar algumas. Neste sentido, o IPS deverá desenvolver uma

formação de alto nível, integradora das vertentes técnica e científica, mas também cultural, ética,

humanista e promotora dos valores da cidadania.

Ao mesmo tempo, devem ser construídas de acordo com as necessidades das diferentes partes

interessadas. Isso significa, responder às necessidades das empresas e demais organizações da região

e do território, do ponto de vista tecnológico e técnico, formando pessoas qualificadas e com

capacidade de aprender e de evoluir, ajudando as organizações a serem mais competitivas e

sustentáveis.

O IPS assume-se, com orgulho, como Instituição Politécnica. Isso significa uma aposta muito evidente

na prática de investigação, de acordo com os mais elevados padrões internacionais, como pilar

essencial da sua atuação interna e externa. A prática de investigação deverá permitir o avanço

científico, técnico, profissional, cultural e social, ao mesmo tempo que deverá contribuir para a

resolução de problemas e desenvolvimento de soluções inovadores, em estreita parceria com os

parceiros regionais, nacionais e internacionais. Ao mesmo tempo, deverá ser cultivada e reforçada

uma abordagem aberta e de forte permeabilidade com os atores do território, públicos e privados, no

desenvolvimento de projetos conjuntos. Só esta lógica de trabalho em rede permite responder aos

desafios societais que enfrentamos. O IPS deve ser um parceiro relevante na região, assumindo-se

como um ator focal e motor do sistema de inovação regional, promovendo a sustentabilidade e a

inclusão social.

O cumprimento desta missão apenas se faz com pessoas qualificadas e comprometidas. O

desenvolvimento pessoal e profissional deve ser uma prioridade na atuação do IPS, contribuindo para

o bem-estar dos seus trabalhadores, docentes e não docentes, dos estudantes e da comunidade

externa.

3.2 Visão

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A Visão está expressa no Plano Estratégico e o Instituto Politécnico de Setúbal aspira a “Ser uma

referência no ensino superior, impulsionador do desenvolvimento científico, tecnológico,

económico e sociocultural.”

Neste sentido, devemos procurar, em todas as atividades que desenvolvemos, alcançar os mais

elevados padrões de qualidade, numa procura incessante pela inovação e pela capacidade de exceder

as expetativas dos nossos parceiros.

Este é um desafio exigente, mas entendo que é a única opção. A preocupação na melhoria contínua

nos domínios da nossa atuação, deve guiar-nos permanentemente. Isso significa também, criar uma

credibilidade e notoriedade cada vez maior, quer a nível regional, quer a nível nacional. Devemos, com

a nossa atuação, contribuir para que o Ensino Politécnico seja mais reconhecido pela sociedade e que

o Politécnico de Setúbal marque presença nos principais fóruns regionais e nacionais, sendo

reconhecido pela excelência da sua formação e investigação e pelo seu contributo a nível social e

cultural, criando impacto nas comunidades, nos territórios e nas pessoas com as quais interage.

4. Linhas de Ação 2018-2022

O mandato do Presidente deverá ter por base o Plano Estratégico do Instituto Politécnico de Setúbal,

aprovado pelo Conselho Geral, e deve garantir o cumprimento da sua missão.

O cumprimento desta missão, ancorada na matriz politécnica, que assumo como diferenciadora e de

alto nível, deverá alicerçar-se num modelo de governação inclusivo, com uma participação ativa dos

diferentes atores organizacionais, que garanta a sustentabilidade financeira do IPS, promovendo a

eficiência na utilização dos recursos, num clima de confiança e reconhecimento organizacional.

O IPS possui, hoje, um capital de confiança e credibilidade, quer a nível regional quer a nível nacional,

fruto da qualidade dos mais de 20 mil diplomados que concluíram a sua formação nas Escolas

Superiores de Tecnologia de Setúbal, de Educação, de Ciências Empresariais, de Tecnologia do Barreiro

e de Saúde, e que constituem um ativo valioso, dos projetos desenvolvidos e da excelência dos seus

recursos humanos, trabalhadores docentes e não docentes. Este passado, de 38 anos, dignifica-nos e

orgulha-nos, e deve motivar-nos para aumentar a notoriedade e fazer do IPS uma Referência no

Ensino Superior.

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Para responder aos desafios que se colocam e tendo presente a missão do IPS, proponho, na minha

candidatura, várias linhas de ação enquadradas em quatro grandes objetivos estratégicos definidos no

PEDIPS.

Na figura 12 apresentam-se, esquematicamente, os 4 objetivos estratégicos que se pretendem

desenvolver, designadamente:

1. Ensino e aprendizagem de qualidade reconhecida;

2. Centro promotor de conhecimento e inovação;

3. Comunidade aberta e internacional; 4. Governação inclusiva e sustentável.

Figura 12 – Objetivos Estratégicos para o Quadriénio 2018-2022

Compete ao Presidente do IPS definir o rumo e lutar afincadamente, com entusiamo, para que toda a

comunidade se comprometa com os objetivos e metas traçadas, liderando pelo exemplo, estando

presente junto das pessoas de forma a motivar e mobilizar os diversos atores para a construção de um

IPS forte, coeso e que seja reconhecido como UMA REFERÊNCIA NO ENSINO SUPERIOR.

a j k a k G o v e r n a çã o i n cl u si v a

e su ste n tá v e l

E n si n o e a pr e n di z a ge m

de qu a l i da de

r e co n h e ci da

C e n tr o pr o m o to r de

co n h e ci m e n to e i n o v a çã o

C o m u n i da de a be r ta e i n te r n a ci o n a l

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4.1 Ensino e aprendizagem de qualidade reconhecida

O ensino e a aprendizagem devem estar no coração da missão das IES. Esta visão está bem vincada no

relatório “Improving the quality of teaching and learning in Europe’s higher education institutions”, da

Comissão Europeia, publicado em junho de 2013. O ensino e a aprendizagem constituem-se como um

processo partilhado entre professor e estudante. Apesar de vários estudantes poderem ter como

aspiração primordial a obtenção da classificação mais elevada possível ou a conclusão de uma qualquer

unidade curricular, dever-se-á privilegiar um processo que questione os modelos de funcionamento

da realidade.

Significa isso que os estudantes devem ser colocados perante problemas que eles não dominam para

que, de uma forma partilhada, possam, com a ajuda dos professores, ser capazes de aplicar o

conhecimento a novas situações e desta forma idealizar novas soluções. Isso significa, também que

devem ser estabelecidas parcerias com empresas e outras organizações, incorporando estes casos e

os desafios por elas colocados no processo de ensino aprendizagem. É necessário sentir e ‘cheirar’ o

território, pois apenas desta forma cumprimos a nossa missão. Neste sentido, a aposta em

metodologias mais ativas com recurso às novas tecnologias, torna-se central. Esta aposta carece de

formação contínua por parte dos docentes, quer de apoio especializado, na produção de conteúdos

para novas plataformas e na utilização das mesmas, bem como de recursos para implementação de

programas de apoio à promoção do sucesso académico, de acordo com as especificidades dos

estudantes.

Continuar a atrair estudantes, preenchendo as vagas disponibilizadas é a essência da sustentabilidade

do IPS. Apesar do crescimento nos últimos anos, existem algumas áreas, em particular as relacionadas

com as tecnologias, e com os cursos, sobretudo os mestrados, que revelam maiores dificuldades no

crescimento, exigindo-se medidas adicionais para aumentar a sua atratividade, passando, pela

reformulação da oferta, com criação de cursos mais adaptados, quer às expetativas dos estudantes,

quer às necessidades das empresas e demais organizações e da região. Áreas como o Turismo,

Hospitalidade, Aeronáutica, Big Data e Data Analytics, Marketing e Comunicação Digital, necessitam

de uma análise mais cuidada, estudando-se a possibilidade de criação de formações nestas áreas. Esta

análise deve ainda ser feita no que concerne à organização dos cursos, quer na sua organização em

ramos ou nas UCs optativas que se oferecem, quer no modelo pedagógico proposto ou nas horas de

contato que exigimos aos estudantes. Existem projetos concretos a decorrer no IPS que podem servir

de exemplo, quer pela utilização de metodologias baseadas na resolução de problemas e projetos,

patentes em alguns CTeSP na EST Setúbal e ESE, nas Licenciaturas na ESS, quer na aposta nas

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Simulações, presentes na ESS e na ESCE, ou ainda na formação em contexto real de trabalho, através

de estágios no final do curso ou durante os mesmos. Assume particular relevância o programa

Brighstart, em parceria com a Deloitte, experiência inovadora a nível nacional e que deverá merecer

uma análise mais próxima, por significar um modelo de cooperação distinto entre as empresas e o

Ensino Superior. Partilhar estas boas práticas e conseguir construir novos modelos, adaptados à

realidade de cada escola e curso, é decisivo para aumentarmos o sucesso académico e desenvolvermos

as competências técnicas, científicas e sociais junto dos estudantes. Isto exige, ainda, que consigamos,

de uma forma gradual, envolver os estudantes em atividades de investigação, em conjunto com os

docentes. A participação em projetos de investigação, associados às Unidades Curriculares e aos

cursos, a resolução de casos e desenvolvimento de soluções para empresas e organizações, são apenas

alguns dos exemplos que podem ser implementados.

Todas estas metodologias devem potenciar a promoção do sucesso académico. Esta temática tem sido

enquadrada em várias iniciativas, desde a realização de estudos, até à implementação de programas

específicos com o Apoio aos Estudantes Finalistas, considerada uma boa prática num trabalho recente

da Direção Geral de Estatísticas da Educação e Ciência, passando pela reflexão crítica através de

seminários sob o lema ‘Refletir para agir’. Este é um trabalho permanente, que deve prosseguir e ser

enriquecido.

A reformulação de uma parte da oferta formativa deve incidir, com maior ênfase, na formação de

ativos e quadros, criando-se programas específicos com as empresas, Escolas, IPSS e Associações

Empresariais.

A diversificação da fileira formativa deve também incorporar uma dimensão geográfica. Desde a

criação dos CTeSP, foi possível estender a atuação geográfica do IPS para Sines, Lisboa e Ponte de Sôr,

em estreita articulação com os parceiros locais, respondendo às necessidades desses territórios e

qualificando a população, quer a mais jovem, quer a que já está no mercado de trabalho. Mas esta é

também uma oportunidade para aumentar a base de recrutamento para as Licenciaturas, promovendo

a sustentabilidade de algumas áreas do conhecimento que apresentam dificuldades de atração no

Concurso Nacional de Acesso. Este movimento deve continuar reforçando-se a presença no Alentejo

Litoral, para novas áreas de estudo, e para Lisboa.

As conclusões preliminares do relatório da OCDE indiciam a possibilidade de o grau de doutor ser

outorgado pelas Instituições Politécnicas, mediante condições definidas pela A3ES, para além de uma

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prática de investigação continuada e de elevado nível. Esta possibilidade carece de uma alteração

legislativa, devendo o CCISP assumir uma posição de charneira na luta por este objetivo, o que

significará um reconhecimento inequívoca da qualidade do ensino Politécnico.

A generalidade dos cursos submetidos a avaliação junto da A3ES, condição essencial para poderem

funcionar, tem obtido a acreditação, a maioria para o prazo máximo de 6 anos e os restantes com

acreditações entre um a três anos. As condições a satisfazer concentram-se, essencialmente, em 3

áreas: maior qualificação ou maior especialização do corpo docente; reforço da investigação nas

atividades dos cursos por parte dos estudantes e incremento do número de publicações em revistas

internacionais indexadas; incremento do nível de internacionalização dos cursos, quer através de

atividades em parceria com instituições estrangeiras, quer através da mobilidade de estudantes e

docentes.

Para além das condições exigidas por lei, devemos ter em consideração outros fatores para que os

cursos funcionem, designadamente, o nível de procura, a empregabilidade dos diplomados e a

qualidades das relações laborais, a adequação às necessidades da envolvente e a sustentabilidade

financeira dos mesmos. Esta análise deve ser feita, regularmente, em cada Escola, integrado no

sistema interno de garantia da qualidade. Esta análise deve ser levada a cabo envolvendo os diferentes

órgãos das Escolas e o Conselho Académico, em forte articulação com as Ordens e Associações

Profissionais, bem como com outras partes interessadas externas ao IPS.

A existência de estudos sobre os percursos profissionais dos diplomados, de uma forma continuada,

essencial para um conhecimento mais aprofundado da realidade de cada curso, devendo constituir-se

como informação privilegiada para os Diretores de Curso e órgãos de gestão no sistema de melhoria

contínua do processo de ensino/aprendizagem. O Serviço de Promoção da Empregabilidade, criado

em 2015, garante a realização destes estudos, mas assume outras atividades cada vez mais relevantes

na promoção da empregabilidade dos diplomados, como o desenvolvimento de soft skills, a

organização da Semana da Empregabilidade, a disponibilização de serviços especializados de

aconselhamento na procura de emprego, a disponibilização de informação sobre ofertas de emprego,

bem como a dinamização do Portal de Emprego do IPS. Estas são atividades que deverão continuar a

ser desenvolvidas e enriquecidas com novas valências, especialmente no incremento das atividades

com a rede Alumni e a sua participação mais efetiva na vida do IPS, de que o programa de Mentoria,

iniciado em 2017 é apenas um dos exemplos.

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Apresentam-se, de seguida, um conjunto de medidas concretas que constituem propostas de ação

desta candidatura e que pretendem contribuir para o alcance do objetivo de o IPS ser reconhecido por

um ensino e aprendizagem de qualidade da sua oferta formativa:

1. Reforçar a oferta de CTeSP com a função positiva de captação de estudantes para

prosseguimento de estudos a nível do ensino superior e reformular a oferta de Mestrados,

promovendo o permanente ajustamento às necessidades do mercado;

2. Desenvolver uma oferta de cursos de Pós-Graduação e de curta duração, potenciando a

formação ao logo da vida, dirigidos a empresas e organizações, em forte articulação com as

ordens e associações profissionais e empresariais

3. Criar uma escola para Quadros, quer para empresas privadas, quer para instituições

públicas e de solidariedade, em parceria com atores do Território

4. Reforçar a oferta de cursos em parceria entre Escolas do IPS, promovendo sinergias e

especialização em áreas inovadoras;

5. Fomentar parcerias com outras instituições de ensino superior, no respeito pela identidade

de cada uma, com vista ao desenvolvimento de novas ofertas formativas, especialmente de

2º e 3º ciclos e Pós-Graduações;

6. Propor a criação de cursos de doutoramento em parceria com outras IES em áreas de

diferenciação do IPS e das suas UO;

7. Promover a participação em cursos tipo ERASMUS MUNDUS e a organização de cursos que

permitam a dupla certificação, quer com entidades nacionais, quer com entidades

estrangeiras, tendo em vista o reforço a sua posição internacional;

8. Reforçar o modelo de gestão por processos no Ensino e Aprendizagem, aumentando a sua

eficiência e eficácia.

9. Potenciar e enriquecer as atividades desenvolvidas pelo Serviço de Promoção da

Empregabilidade, na monitorização do percurso profissional dos diplomados e no reforço

das competências de empregabilidade dos estudantes;

10. Promover a generalização de uma componente de investigação nas licenciaturas e

mestrados, com a participação de estudantes em projetos de investigação;

11. Promover o conceito de mestrado em empresas, chamando-as a colocar desafios aos

estudantes para que criem soluções a ser implementadas nesses contextos;

12. Definir e implementar um plano estratégico de promoção do sucesso académico, que inclua

o estudo e a deteção precoce de situações de insucesso, a implementação de medidas de

intervenção e a promoção de metodologias pedagógicas inovadoras;

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13. Criar um programa de introdução e/ou reforço da utilização das tecnologias nos processos

de ensino aprendizagem;

14. Reforçar a formação pedagógica dos docentes, disponibilizando um plano anual de

formação;

15. Investir em equipamentos, consumíveis e laboratórios que permitam desenvolver

metodologias ativas e um ensino experimental;

16. Criar uma Unidade de Inovação e Apoio Pedagógico;

17. Reforçar o papel do GARDOC enquanto centro de recursos e competências na área da

ciência aberta, do apoio pedagógico e apoio à realização de atividades de I&D e de

promoção da integridade académica e científica;

18. Promover as atividades da UDRVC como medida de reconhecimento dos percursos e

experiências profissionais prévias dos estudantes, no âmbito de processos de Educação e

Formação ao Longo da Vida.

4.2 Centro promotor de conhecimento e inovação

O relatório preliminar da Comissão de Avaliação Externa do Sistema Interno de Garantia da Qualidade

reconhece o esforço significativo que tem vindo a ser feito ao nível da investigação no IPS, quer pelo

incremento da qualificação do corpo docente e pela aprovação dos CIPS2, quer pela existência de

programas de apoio específicos às atividades de investigação, como o RAADRI, o REDIN e a atribuição

de licenças sabáticas aos docentes e pelo trabalho de elevada qualidade desempenhado pela Unidade

de Apoio à Inovação, I&D e Empreendedorismo (UAIIDE/IPS). Lança, também, algumas

recomendações, designadamente a necessidade de consolidar os Centros de Investigação e de definir

indicadores bibliométricos claros e exigentes em cada um dos CIPS2 e Escolas.

O ambiente para obtenção de financiamento da investigação no ensino politécnico é, atualmente, mais

favorável que há 5 anos. A existência de calls específicas para projetos de I&D baseados na prática a

par do concurso para financiamento de Unidades de I&D, permite alavancar a massa crítica interna,

mas exige lideranças académicas fortes nas várias áreas científicas, capazes de definir agendas de

investigação próprias, alinhadas com a missão do IPS e com os desafios que se colocam à região e ao

país, de mobilizar os recursos internos, de construir relações de cooperação com os diferentes

parceiros e alavancar as redes de investigação.

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Os programas de financiamento europeu, bem como o Portugal 2020, acentuam a necessidade de

interdisciplinaridade e as conclusões dos vários Fórum Universidade-Empresas, promovidos pela

Comissão Europeia, reforçam a relevância da cooperação entre as IES e as empresas, destacando, no

entanto, que a cooperação não é o objetivo, ela deve servir fins concretos, na busca de soluções para

os problemas identificados, ao serviço da competitividade e do seu contributo para a resolução dos

desafios societais. Este desiderato enquadra-se no conceito de Universidade Empreendedora, que

desafia as IES a desenvolverem uma cultura mais empreendedora, potenciando a criatividade e a

inovação, apostando e apoiando os processos de transferência de tecnologia e apoio aos

empreendedores na criação e sustentabilidade das empresas.

As atividades de investigação devem ser orientadas por um conjunto de princípios que têm norteado

a atuação do IPS e que devem ser fortalecidos, designadamente:

i. Ser estruturadas em grupos de investigação, constituídos livremente e com autonomia

técnico-científica, em redor de linhas de investigação concretas;

ii. Estar alicerçadas numa rede, formal ou informal, de parceiros académicos e empresarias,

fomentando o incremento das relações de cooperação;

iii. Incluir estudantes beneficiando, assim, o processo de ensino aprendizagem e a acreditação

das formações;

iv. Assumir uma natureza aplicada, procurando dar resposta a problemas concretos e

desenvolvendo soluções capazes de gerar valor social e/ou económico;

v. Ser geradora de receitas, quer através do desenvolvimento de projetos quer da prestação de

serviços à comunidade;

vi. Potenciar o incremento das publicações científicas;

vii. Ser avaliadas de acordo com os objetivos e indicadores definidos;

viii. Possuir uma estrutura de apoio administrativo e recursos financeiros que garantam a

qualidade necessária ao seu desenvolvimento.

Elencam-se, de seguida, um conjunto de medidas que pretendem contribuir para a concretização do

objetivo de o IPS ser um centro promotor de conhecimento e inovação

Prática de Investigação

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19. Reforçar e consolidar os apoios aos Centros de Investigação Aplicada e Prestação de

Serviços à Comunidade nas diferentes dimensões previstas no Regulamento interno;

20. Apoiar a constituição de Unidades de I&D no âmbito da FCT;

21. Criar um concurso interno, de apoio a projetos de I&D;

22. Reforçar os programas de licenças sabáticas (SABIN) e de coordenação de projetos de

investigação (REDIN);

23. Contratar de doutorados, no âmbito do emprego científico, para capacitar os CIPS2.

24. Promover a participação em redes de centros de investigação, nacionais e internacionais;

25. Organizar workshops informativos sobre programas de financiamento à investigação,

nacionais e europeus, com especial destaque para o 9º Programa Quadro de Investigação

da Comissão Europeia;

26. Dinamizar o papel da UAIIDE, em parceria com as Escolas e docentes, como prospetora e

angariadora de projetos financiados, reforçando a equipa;

27. Prestar apoio na elaboração de candidaturas e gestão dos projetos;

28. Dar continuidade ao programa RAADRI, introduzindo algumas alterações de acordo com a

avaliação que tem vindo a ser feita;

29. Aprovar o regulamento de Propriedade Intelectual do IPS, incentivando e apoiando a

criação de direitos de propriedade intelectual, através de submissão de pedidos de patente

ou outros, e desenvolvendo metodologias de comercialização desses direitos;

30. Apostar no desenvolvimento do repositório institucional do IPS;

31. Publicar o Anuário Científico do IPS;

32. Promover a divulgação da investigação interna através da criação de série de “working

papers”;

33. Identificar o potencial humano e as competências tecnológicas existentes e elaborar o perfil

de investigação do IPS, reforçando a sua visibilidade no Portal;

34. Promover programas de intercâmbio entre docentes e profissionais das empresas.

Apoio à Inovação e Empreendedorismo

35. Criar um espaço de pré-incubação no IPS e reforçar a participação na rede nacional de

incubadoras;

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36. Reforçar parcerias com as instituições do ecossistema empreendedor regional e nacional,

nomeadamente Associações Empresariais, IAPMEI, IEFP. Câmaras Municipais, Business

Angels, Capitais de Risco e Bancos entre outros;

37. Criar o Clube Empreendedor, com forte ligação aos diplomados do IPS;

38. Promover concursos de ideias e planos de negócio e outras iniciativas congéneres,

alargando-as à região;

39. Criar uma Academia de Apoio ao Empreendedorismo e aos Empreendedores.

4.3 Comunidade aberta e internacional

O IPS tem aumentado os seus níveis de internacionalização, medidos quer pelos índices de mobilidade,

quer pela concretização de projetos internacionais, quer pela existência de acordos de dupla titulação.

Ao mesmo tempo, tem crescido o número de estudantes internacionais, especialmente do Brasil e

Angola. Também os estudantes chineses e provenientes de Macau têm revelado um maior interesse

pelo Ensino Superior em Portugal, a que não é alheio a definição de Macau, por parte do governo

chinês, como plataforma estratégica para promoção das relações com os países de língua portuguesa.

O IPS tem respondido a esta nova realidade, tendo reconhecido o Exame Nacional do Ensino Médio

(ENEM), exame nacional brasileiro, como bastante para ingresso, bem como o exame realizados pelos

estudantes macaenses. As mesmo tempo, tem-se investido na participação em Salões de Estudante

de Ensino Superior no Brasil e no desenvolvimento de campanhas nas redes sociais, assim como na

realização de visitas direcionadas a alguns países da América Latina, alavancando a rede da ASIBEI,

para estabelecimento de acordo com os governos locais, de forma a recrutar estudantes. Com Macau

foram organizados cursos de língua e cultura portuguesa para estudantes do ensino secundário em

Macau e assinados protocolos com o Gabinete de Acesso ao Ensino Superior dessa região, para

promover o ensino superior português.

A União Europeia tem reconhecido a relevância da mobilidade internacional e estimulado que cada

vez mais estudantes possam experienciar um período de estudos ou de estágio no estrangeiro. Este

processo de internacionalização, no caso do IPS, é também alavancado pelos programas do Santander,

que facilitam as relações com o Brasil e outros países da América Latina.

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O IPS tornou-se um parceiro muito mais presente e relevante na região, consubstanciado em projetos

de investigação, na prestação de serviços, em projetos culturais, sociais e ao nível da saúde. Apesar

deste incremento, o IPS deve adotar uma atitude mais comercial, com pessoas qualificadas e

conhecimento multidisciplinar, de forma a identificar oportunidades de cooperação. Se é relevante o

conhecimento específico de uma área, a complexidade das organizações e dos desafios que

enfrentam, carece de uma abordagem mais profissional e uma plena dedicação.

Os programas de financiamento, especialmente ao nível do Portugal 2020, e o Portugal Inovação

Social, abrem oportunidades muito relevantes para o desenvolvimento de projetos em parceria, que

obrigam à existência de docentes dedicados e estruturas profissionalizadas, recorrendo-se a um

número adequado de profissionais.

O IPS tem feito uma aposta muito significativa nas redes sociais, especialmente no Facebook, mas

também no Google, na participação em eventos e visitas junto das Escolas Secundárias e Profissionais,

na realização de atividades transversais, como a Semana da Ciência e Tecnologia ou a IPStartup Week,

para além de outras atividades especializadas nas áreas do conhecimento das escolas. Dados recentes,

demonstram que a decisão dos estudantes sobre o prosseguimento de estudos depende muito dos

contextos sociais e económico e do valor atribuído ao ensino superior. Isso significa, que é necessário

começar a trabalhar, não apenas no ensino secundário, mas no ensino básico. Por outro lado, é

importante trabalhar também com as famílias e em rede, envolvendo as autarquias, as juntas de

freguesias e as escolas.

Incrementar a notoriedade e a visibilidade do IPS é um desafio que devemos assumir como transversal

a todo o IPS, da responsabilidade de todos. Mas esta notoriedade consegue-se se alicerçada em

projetos concretos, com resultados alcançados, com impacto. Naturalmente que carece de uma

estrutura de comunicação profissionalizada, que devemos garantir que exista e cumpra a sua missão.

Elencam-se um conjunto de ações que pretendem contribuir para que o IPS seja um ator cada vez mais

relevante a nível regional, nacional e internacional.

Processo de Internacionalização

40. Incrementar os índices de mobilidade internacional, promovendo o estabelecimento de

contactos e redes internacionais, potenciando o desenvolvimento de projetos a nível do

ensino/aprendizagem e de investigação;

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41. Potenciar a atração de estudantes internacionais através da presença nas plataformas

digitais, portais internacionais e salões internacionais especializados, entre outros;

42. Criar um sistema de buddies;

43. Organizar workshops informativos sobre programas de candidatura no âmbito do

Erasmus+, bem como outras iniciativas conducentes ao acréscimo de internacionalização

das atividades do IPS

44. Reforçar as candidaturas a programas internacionais, especialmente nas Ações ERASMUS+

KA2 e KA3, prestando apoio na elaboração de candidaturas e gestão dos projetos;

45. Reforçar a ligação às Universidades de Ciências Aplicadas na Holanda, Finlândia, Suíça e aos

IoT na Irlanda, criando programa específicos de colaboração, no âmbito do programa de

Modernização e Valorização dos Politécnicos;

46. Aumentar a participação em “programas de curta duração” a nível internacional;

47. Continuar a implementar um plano de capacitação em língua inglesa dos trabalhadores do

IPS;

48. Promover a oferta de cursos de línguas estrangeiras para os estudantes do IPS, em parceria

com entidades de referência, designadamente o inglês, o francês e o mandarim;

49. Criar Escolas de Verão e Inverno dirigidos a públicos internacionais;

50. Incrementar as ligações com os países da CPLP e com a China, criando protocolos que

permitam a oferta de cursos nesses países e a frequência de estudantes desses países nos

cursos do IPS;

51. Criar uma campanha de marketing internacional de promoção do IPS, focado nos mercados

da CPLP, América Latina, NAFSA e China;

52. Participar ativamente no reforço do Consórcio Erasmus Al Sud;

53. Incentivar a oferta de UC lecionadas em inglês, criando módulos internacionais em todas as

Escolas;

54. Construir uma rede regional de parceiros, designadamente com as autarquias, e outros

atores relevantes, que seja mobilizada para a captação e acolhimento de estudantes

internacionais, através da promoção de iniciativas em parceria que promovam a região e os

seus produtos e recursos endógenos, aproveitando nomeadamente a Arrábida como

elemento central na estratégia de marketing territorial;

55. Colaborar ativamente com Associações Internacionais de que o IPS é membro,

nomeadamente, UASNET (Rede Europeia das Universidades de Ciências Aplicadas), ASIBEI

(Associação Ibero Americana de Instituições de Ensino da Engenharia), EURASHE

(Associação Europeia de Instituições de Ensino Superior Politécnico), SEFI (Sociedade

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Europeia para a Formação de Engenheiros), ETEN (Rede Europeia de Professores e

Educação), COHEHRE (Consórcio de Institutos de Ensino Superior em Saúde e Reabilitação

na Europa) e BUSINET (Global Business Education Network);

56. Promover o IPS e a região como local de acolhimento de eventos técnico-científicos;

57. Reforçar a criação de cursos de dupla titulação;

58. Manter o portal do IPS atualizado, em versão bilingue.

Ligação ao meio envolvente

59. Promover a mostra anual de Ciência, Tecnologia e Empreendedorismo do IPS, promovendo

a interação com a comunidade regional;

60. Reforçar a oferta cultural, desde o teatro, à música, passando por exposições e concertos,

tertúlias e eventos de outra índole;

61. Desenvolver uma política de portas abertas que visa promover o match entre a oferta

científica e tecnológica e a procura de soluções de I&DT e inovação por parte das empresas;

62. Criar um programa de cooperação específico, com as Câmaras Municipais, em especial em

Setúbal e no Barreiro, para estabelecimento de uma agenda comum de projetos e

atividades;

63. Aumentar a prestação de serviços ao exterior;

64. Dinamizar a interface In2SET, quer na vertente de estudos sobre o território, quer na

dinamização de eventos e identificação de oportunidades de cooperação e

desenvolvimento de projetos;

65. Adesão à rede DEMOLA, para promoção de projetos ente as empresas e o IPS;

66. Desenvolver atividades de formação, investigação e cooperação na zona do Litoral

Alentejano;

67. Promover candidaturas em parceria com as empresas, Câmaras e demais organizações;

68. Dinamizar eventos de networking empresariais;

69. Criar workshops temáticos de apoio técnico às empresas;

70. Desempenhar um papel ativo nas organizações regionais com relevância para o IPS,

nomeadamente as Agências de Energia, ADREPES, SinesTecnopolo, CENI, Baía de Setúbal,

potenciando a realização de projetos em cooperação

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71. Reforçar os projetos de responsabilidade social junto da comunidade, criando uma

estrutura técnica de apoio, e um regulamento de voluntário do IPS, para estudantes,

trabalhadores docentes e não docentes,

72. Participar em iniciativas desenvolvidas pelas autarquias e pelas Plataformas

Supraconcelhias da Península de Setúbal e Alentejo Litoral, ao nível da educação, saúde e

inclusão social, promovendo programas de inovação social;

73. Participar ativamente na definição da estratégia regional de desenvolvimento;

74. Reforçar a participação em organizações e eventos regionais.

Notoriedade e Comunicação

75. Incrementar a notoriedade e visibilidade do IPS no território nacional e internacional, em

especial nos países lusófonos;

76. Implementar planos anuais de comunicação e marketing para divulgação da oferta

formativa;

77. Melhorar a acessibilidade da informação, navegabilidade e atualização dos portais das

Escolas e do IPS;

78. Reforçar a participação do IPS nas plataformas digitais;

79. Melhorar os canais e infraestruturas dedicados à comunicação interna;

80. Criar produtos editoriais IPS;

81. Procurar pontes de ligação com os órgãos de comunicação social para garantir uma

presença regular do IPS nos media;

82. Criar conteúdos audiovisuais para divulgação da ciência;

83. Desenvolver programas em conjunto com as Escolas do Ensino Básico, Secundário e

Profissional ao longo do ano, tornando mais permanente a presença dos estudantes no IPS,

através, por exemplo, da frequência de algumas UCs ou do desenvolvimento de projetos

específicos;

84. Organizar atividades nos campi do IPS, em formato de dias abertos e academias de verão,

promovendo a utilização dos laboratórios e de espaços formais e informais de

aprendizagem;

85. Desenvolver um programa estruturado de promoção da ciência e tecnologia em parceria

com as escolas e autarquias, junto dos estudantes do ensino básico.

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86. Estabelecer um contacto mais próximo com as instituições e empresas da região com o

objetivo de sensibilizar para a importância do prosseguimento de estudos e para o aumento

da qualificação;

87. Realizar ações de intervenção junto da comunidade, com participação ativa de docentes e

estudantes IPS, disponibilizando o conhecimento e tecnologia desenvolvidos no Instituto

em prol do beneficio comum e do aumento da qualidade de vida na região;

88. Associar o IPS a eventos externos, que se enquadrem na missão e valores da instituição,

projetando a sua imagem a nível nacional e internacional.

4.4 Governação inclusiva e sustentável

A criação de um Politécnico coeso, implica, por um lado, criar um projeto agregador onde os diferentes

atores organizacionais se revêm, mas, ao mesmo tempo, potenciar a criatividade, inovação e

autonomia existente em cada uma das Escolas e Serviços.

Devemos criar mecanismos que permitam uma maior participação na vida institucional do IPS, que

contribuam para um conhecimento mais aprofundado do que cada um está a fazer, numa lógica de

partilha e de estimulo da discussão e disseminação de boas práticas. Devem, por isso, ser estimulados

projetos transversais que promovam a interdisciplinaridade, na procura de soluções globais.

O IPS submeteu um sistema interno de garantia da qualidade à acreditação junto da A3ES, processo

fundamental para obtenção de uma acreditação institucional simplificada, de acordo com o segundo

ciclo de avaliação encetado pela Agência de Avaliação e Acreditação. Estes sistemas obrigam a um

maior grau de formalização e de evidências, no entanto são críticos para que possamos implementar

um processo de melhoria continua – decisão baseada na evidência – assente na monitorização do

desempenho nas diversas áreas de atuação do IPS.

Este processo obriga a que o IPS disponha de um conjunto de recursos financeiros, de infraestruturas

físicas, laboratoriais e tecnológicas que permitam a concretização das várias medidas propostas

anteriormente. Implica ainda um compromisso muito forte para com a Ação Social, dotando-a dos

meios necessários que lhe permitam dar resposta às necessidades crescentes dos estudantes.

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Apresentam-se, de seguida, um conjunto de medidas que visam contribuir para a concretização do

objetivo de dotar o IPS de um modelo de Governação inclusiva e sustentável.

Pessoas e Associações

89. Reforçar e dinamizar o programa Desenvolver+, potenciado os seus quatro eixos de

atuação: desenvolvimento de competências; bem-estar dos trabalhadores;

reconhecimento e mérito; participação dos trabalhadores;

90. Reforçar o quadro de pessoal dos trabalhadores não docentes ao serviço do IPS;

91. Promover a estabilidade do corpo docente e reforçar as categorias de Professor

Coordenador e de Professor Coordenador Principal;

92. Potenciar o crescimento de docentes com o título de especialista;

93. Desenvolver as relações com a AAIPS, identificando novas áreas de cooperação e apoiando

a concretização dos seus planos de atividades;

94. Garantir maior sustentabilidade nas receitas da AAIPS, privilegiando a concessão de

espaços;

95. Promover e reforçar as atividades com a rede Alumni IPS.

Cultura de qualidade, participação e de gestão estratégica

96. Obter a acreditação simplificada do IPS, no âmbito da avaliação institucional promovida

pela A3ES;

97. Alcançar a acreditação de seis anos do sistema interno de garantia da qualidade;

98. Promover a Certificação de Qualidade dos diferentes serviços;

99. Elaborar o Relatório de Sustentabilidade do IPS;

100. Implementar um modelo de contabilidade de gestão no IPS.

Serviços de Ação Social

101. Criar um banco de material escolar, dirigido a estudantes carenciados;

102. Criar um grupo de apoio aos estudantes com necessidades educativas especiais que envolva

docentes, não docentes e estudantes, com o objetivo de identificar, acolher, integrar,

acompanhar e potenciar o percurso académico dos estudantes NEE;

103. Promover a realização de programas de formação em áreas críticas para um

desenvolvimento académico com sucesso;

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104. Promover a criação de um programa de mecenato ou semelhantes, financiado por

empresas e demais organizações, destinado a promover o sucesso académico e a evitar o

abandono escolar;

105. Reabilitar a Residência de Estudantes de Santiago (todas as fases), focando sobretudo a

melhoria das condições de conforto e bem-estar dos residentes, enquanto fatores que

podem potenciar um melhor desempenho académico;

106. Garantir a existência de alojamento de curta duração, com características diferenciadas,

que permita responder de forma adequada a públicos-alvo não tradicionais da Ação Social,

designadamente investigadores, docentes, estudantes internacionais a frequentar cursos

de Mestrado, entre outros;

107. Estabelecer parcerias e integrar projetos de intervenção com diversas entidades locais com

o objetivo de melhorar o ambiente social no eixo Praias do Sado-Manteigadas;

108. Intervencionar o bar da ESE, adequando a cozinha desse espaço às normas do HACCP de

modo a garantir condições adequadas à confeção de refeições completas e redundância em

caso de impedimento da cozinha central do Campus de Setúbal;

109. Estabelecer protocolos com condições preferenciais de acesso e frequência com ginásios e

outras estruturas desportivas na cidade do Barreiro, de modo a permitir que a comunidade

ESTB possa praticar desporto em condições mais favoráveis;

Serviços, Recursos e Infraestruturas

110. Concretizar a desmaterialização de procedimentos, implementando um sistema de Gestão

Documental;

111. Melhorar o funcionamento do Sistema de Informação, utilizando o SIGARRA em todo o IPS;

112. Investir na modernização e atualização tecnológica dos equipamentos;

113. Recuperar o Palácio Fryxel como espaço cultural, e de promoção do empreendedorismo e

inovação, em articulação com parceiros institucionais, enquadrada num processo de

regeneração urbana da zona histórica de Setúbal;

114. Criar uma unidade técnica que implemente uma política de manutenção das infraestruturas

do IPS;

115. Criar um campus mais sustentável, mais atrativo e mais vivencial;

116. Construir um novo edifício pedagógico, que possa acolher a ESS;

117. Realizar obras de manutenção nos edifícios da EST Setúbal/IPS e da EST Barreiro/IPS;

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118. Melhorar as condições de acessibilidade ao campus de Setúbal, de forma a eliminar as

barreiras arquitetónicas entre a estação da CP das Praias do Sado e o campus;

119. Melhorar as condições de segurança do campus de Setúbal, instalando um sistema de CCTV;

120. Diligenciar, junto da Câmara Municipal de Setúbal, por uma melhoria em termos de horários

diurnos e noturno, condições físicas dos autocarros (adaptados a portadores de deficiência

motora) e redefinição do perímetro urbano, com impacto no valor dos bilhetes.

5. Considerações Finais

Este documento representa o meu compromisso para com o IPS e as propostas para o seu

desenvolvimento, no âmbito da minha candidatura a Presidente do IPS.

Este programa de ação alicerça-se no primeiro mandato que cumpri nos destinos do IPS e que

permitiram uma afirmação regional e nacional mais consolidada. Várias medidas seguem uma lógica

de continuidade, incorporando as necessárias adaptações decorrentes de um compromisso com a

melhoria contínua. Mas também existem novas prioridades decorrentes de novos desafios, mas acima

de tudo, da responsabilidade cada vez maior que as Instituições de Ensino Superior assumem na

construção de sociedades mais justas, sustentáveis e inclusivas.

As pessoas que constituem o IPS, designadamente os seus trabalhadores docentes e não docentes,

estudantes e diplomados, são de elevada qualidade e entrega ao IPS. Garantem, por isso, que por

maior que seja o desafio, são capazes de se superar e de fazer do IPS UMA REFERÊNCIA NO ENSINO

SUPERIOR.