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CAMPUS DE TRÊS LAGOAS CURSO DE HISTÓRIA

XVII SEMANA DE HISTÓRIA DA UFMS/CPTL

“Centenário da revolução que abalou o mundo: história e historiografia”

Três Lagoas – MS (Brasil), 30 de outubro à 01 de novembro de 2017

CADERNO DE RESUMOS

TRÊS LAGOAS – MS OUTUBRO e NOVEMBRO DE 2017

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Comissão Organizadora

Coordenador: Prof. Dr. Vitor Wagner Neto de Oliveira - UFMS Gestor Financeiro Prof. Dr. Rafael Athaides - UFMS Presidente da Comissão Organizadora: Prof. Dr. Rafael Athaides - UFMS Docentes Membros da Comissão Organizadora Profa. Dra. Maria Celma Borges - UFMS Profa. Dra. Mariana Esteves de Oliveira - UFMS Colaboradores: Ana Helena Rodrigues Batrbosa Andressa Luiza Montanha de Araújo Caio Alexandre Toledo de Faria Daniel Fagundes de Carvalho Machado Eduardo Matheus de Souza Dianna Elenisia Maria de Oliveira Fábio Tiago Dias de Assunção Gabriel Luiz Ponce de Souza Barbosa Gabrielly Bononi Miranda Guilherme Ferreira Taroni Hugo Alves Gonçalves Janai Harin Lopes João Paulo Pereira dos Santos José Walter Cracco Junior Kathiusy Gomes da Silva Laíssa Thaila Vicente Leonardo Silva Aguirre Luan Gabriel Silveira Venturini Maycon Regis Nogueira dos Santos Nubia Sotini dos Santos Pedro Henrique Duarte da Costa Renata Cavazzana da Silva Renuza Dorissote Gonçalves

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Sara Gadelha de Souza Sávio Maia Rodrigues Taís Fernanda Pereira da Silva Thais Ferreira Lima Comissão Científica Prof. Ms. Carlos Batista Prado - UFMS Profa. Dra. Cintia Lima Crescêncio – UFMS Prof. Dr. Fábio da Silva Sousa- UFMS Prof. Dr. Fortunato Pastore – UFMS Prof. Ms. Guilherme Costa Garcia Tommaselli - IFMS Prof. Dr. José Carlos Ziliani - UFGD Prof. Dr. José Milton Pinheiro de Souza – UNEB Prof. Dr. Leandro Hecko - UFMS Prof. Ms. Marciana Santiago de Oliveira - UFMS Profa. Dra. Maria Celma Borges - UFMS Profa. Dra. Mariana Esteves de Oliveira – UFMS Prof. Dr. Paulo Fioravante Giareta - UFMS Prof. Dr. Rafael Athaides - UFMS Prof. Ms. Valdeci Luiz Fontoura dos Santos – UFMS Prof. Dr. Victor Garcia Miranda - UFMS Prof. Dr. Vitor Wagner Neto de Oliveira - UFMS

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COMISSÃO EDITORIAL

XVII SEMANA DE HISTÓRIA DA UFMS/CPTL

“Centenário da

revolução que abalou o mundo: história e historiografia”

Três Lagoas – MS (Brasil), 30 de outubro à 01 de novembro de 2017

Comissão editorial Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Campus de Três Lagoas Unidade II Av. Ranulpho Marques Leal, 3484, Distrito Industrial. CEP: 79610-100 Realização: Universidade Federal de Mato Grosso do Sul Organização: Curso de História da UFMS/CPTL Apoio: PRÓ-REITORIA DE EXTENSÃO, CULTURA E ESPORTE - UFMS COORDENADORIA DE EXTENSÃO - UFMS Caderno de resumos: Projeto Editorial: José Walter Cracco Junior Edição de arte: Thaís Ferreira Lima e José Walter Cracco Junior Comissão Editorial: José Walter Cracco Junior Rafael Athaides Vitor Wagner Neto de Oliveira ISSN CADERNOS DE RESUMO SEMANA DE HISTÓRIA: 2237-4213 Observação: A adequação técnico-linguística dos textos é de responsabilidade dos autores.

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SUMÁRIO

Apresentação.....................................................................................................................

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Programação Geral...........................................................................................................

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Minicursos..........................................................................................................................

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Sessões de comunicações coordenadas……………......................................................

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Resumos.............................................................................................................................

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APRESENTAÇÃO

Na proposição da XVII Semana de História objetiva-se analisar a história e a

historiografia da Revolução Russa e seus desdobramentos na América Latina, com enfoque

para os diversos movimentos coletivos (na história e na historiografia) influenciados por esse

acontecimento que marcou o século XX. Serão realizadas atividades como: mesas

redondas, minicursos e/ou oficinas, conferências e comunicações afim de aprofundarmos a

análise.

Pensar em uma ação de extensão tematizada na Revolução Russa, implica em

revisitar um assunto, cuja distância temporal carece de relativização. Em tempos de

turbulência política e social, o projeto revolucionário, ou de forma mais geral, o projeto de um

mundo socialmente igualitário, toma conta dos debates na sociedade, gerando polarizações

que remontam aos socialismos do século XIX, mas, sobretudo, à experiência alternativa ao

mundo capitalista, desencadeada pela Revolução Russa de 1917.

No contexto político brasileiro atual, portanto, se faz mister um repensar dos projetos

políticos em voga, à luz da experiência de cem anos que se passaram após 1917. O

historiador Eric Hobsbawm, sugeriu que, do ponto de vista das ideias e da ação política, o

século XX teve seu início em 1917, com a Revolução. Certamente, um processo político de

média duração teve fim entre 1989-1991, com o fim do “Socialismo Real”. Não obstante,

1917 permanece como um espectro vivo, sobretudo em tempos de recrudescimento do

conservadorismo político. Assim, os problemas do presente nos permitem lançar novos

olhares sobre esse passado; justifica-se, portanto, a necessidade de levarmos esse debate

para a sociedade.

Prof. Dr. Vitor Wagner Neto de Oliveira Prof. Dr. Rafael Athaides

Coordenadores do evento

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PROGRAMAÇÃO GERAL

Dia 30 de Outubro (Segunda-feira)

08:00 às 17:00 – Credenciamento 14:00 às 17:00 - Mostra de filmes e debates: 'A revolução no cinema'. 18:30 - Atividade Cultural. 19:30 - Conferência de abertura: 'A Revolução Russa e a América Latina' (Prof. Dr. Everaldo de Oliveira Andrade - USP) Coordenador de Mesa: Prof. Dr. Vitor Wagner Neto de Oliveira

Dia 31 de Outubro (Terça-feira) 08:00 às 12:00 -Minicursos.

* Cultura, Alimentação e Sociedade: A Função da Cerveja entre a Antiguidade Oriental e a Grécia Clássica (Prof. Dr. Leandro Hecko)

* Breve história do Partido Comunista Mexicano (PCM): 1919-1940 (parte 1) (Prof. Dr. Fábio da Silva Sousa)

13:30 às 17:00 – Sessões de comunicações coordenadas. 19:00 – Mesa com movimentos que reivindicam a Revolução Russa. “A revolução como projeto político”. Alejandro Iturbed LIT-QI – Liga Internacional dos Trabalhadores, Quarta Internacional. Coordenador de mesa: Prof. Dr. Victor Garcia Miranda – UFMS/CPNV

Dia 01 de Novembro (Quarta-feira) 08:00 às 11:00 - Oficina aos alunos do ensino médio: a Revolução na História. 08:00 às 12:00 -Minicursos.

* Antonio Gramsci e a Revolução Russa (Profa. Dra. Sabrina Areco)

* Breve história do Partido Comunista Mexicano (PCM): 1919-1940 (parte 2) (Prof. Dr. Fábio da Silva Sousa)

13:30 às 17:00 – Sessões de comunicações coordenadas.

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19:00 – Mesa de encerramento: “Revolução, partidos revolucionários e militância: história e historiografia”. Prof. Ms. Carlos Batista Prado – UFMS, Curso de História, Campo Grande. Profa. Dra. Sabrina Areco UEMS, Curso de Ciências Sociais, Amambai. Prof. Dr. Fábio da Silva Sousa- UFMS, Curso de História, Nova Andradina. Profa. Dra. Claudia Monteiro, Curso de História, UNIOESTE/PR. Coordenador de Mesa: Prof. Dr. Rafael Athaides UFMS/CPTL.

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MINICURSOS

1-Antonio Gramsci e a Revolução Russa (01/11/2017 – 8:00 – 12:00h) (Doutora em Ciência Política. Professora substituta na UEMS/Amambai) Em 2017, comemora-se os 100 anos da Revolução Russa e os 80 anos da morte de Antonio Gramsci. No decurso de vinte anos que separam as duas datas, as grandes expectativas abertas pela revolução foram confrontadas pela ascensão do nacionalismo fascista e o nazismo. E, enquanto a criação do Estado proletário na antiga Rússia czarista é parte integrante de toda a história do século XX, em Gramsci podemos encontrar um dos pontos culminante da teoria marxista elaborada naquele contexto. A trajetória de Gramsci foi fortemente impactada pela Revolução russa, tanto em sua produção teórica-política como em sua vida pessoal. Ao migrar da Itália meridional para a industrial cidade de Turim, em 1911, levava consigo uma perspectiva neoidealista influenciada especialmente por Benedetto Croce. Como militante socialista, atuou de maneira enérgica nas greves e conselhos de fábrica surgidos em 1919. A Revolução russa apresentou-se para ele como parte de um movimento internacional na qual a classe operária assumia seu papel de protagonista, em um contexto no qual os revolucionários de todo mundo agitavam-se diante daquela experiência. Depois, a partir de 1921, pode-se falar da derrota da revolução socialista internacional e da proeminência que ganhou a questão nacional (DEL ROIO, 2017). Na trajetória intelectual e política de Gramsci, a revolução russa assinalou sua passagem do neoidealismo ao marxismo. Nos Cadernos do Cárcere (1926-1937), Gramsci analisou como o processo que se seguia podia ser interpretado como uma era de revoluções passivas, isto é, um movimento amplo e contínuo de reação das classes dirigentes. O minicurso pretende explorar o pensamento político de Antonio Gramsci, tendo como eixo central sua leitura da Revolução russa. Abordará desde os primeiros escritos jornalísticos (1910-1926) até sua produção escrita no cárcere fascista (1926-1937). Orientando-se pelas contribuições dos novos estudos gramscianos e pela abordagem filológica, o minicurso pretende também ser um convite à exploração do que Francioni (2016) chamou de “verdadeiro labirinto” de temas e conceitos que é a obra do marxista italiano. 2-Breve história do Partido Comunista Mexicano (PCM): 1919-1940 (01/10/2017 – 01/11/2017 – 8:00 – 12:00h) Fábio da Silva Sousa. (Professor adjunto de História da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul/UFMS/Nova Andradina/CPNA) O presente minicurso tem como objetivo realizar uma apresentação e discussão das duas primeiras décadas do Partido Comunista Mexicano (PCM), de 1919 até 1940. Segundo partido comunista fundado na América Latina, o pioneirismo coube ao Partido Comunista da Argentina (PCA), criado em 1918, o PCM, desde suas fundações apresentou características sui generis de sua prática política, em comparação com as outras agremiações políticas/comunistas do continente. Nesse minicurso, serão discutidos a complexidade na criação do PC mexicano, a sua atuação na sociedade asteca e no continente, as redes de comunicações, a relação com o Brasil a partir da Insurreição Comunista de 1935, o auge e queda no sexênio do Gen. Lázaro Cárdenas, que governou o

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México de 1934 até 1940, o embate ideológico com a memória oficial da Revolução Mexicana (1910-1920), além de outras temáticas. 3-Cultura, Alimentação e Sociedade: A Função da Cerveja entre a Antiguidade Oriental e a Grécia Clássica. (31/10/2017 – 8:00 – 12:00h) Prof. Dr. Leandro Hecko (Curso de História, UFMS/CPTL) Considerando a grande expansão do mercado de cervejas artesanais que vem ocorrendo no Brasil e no mundo, cabe discutir um pouco sobre alguns aspectos acerca da significação dessa bebida milenar na História. A cerveja sobreviveu aos milênios que nos separam de suas origens, aprimorou-se na chamada Idade Média e ainda mais contemporaneamente, sobreviveu a guerras, a revoluções, a crises e hoje conta com uma infinidade de variedades sendo utilizada primordialmente entre a sociabilidade a alimentação. No cerne de tais justificativas, o minicurso abordará questões no âmbito da História e Cultura da Alimentação no sentido de observar as relações entre Cultura, Alimentação e Sociedade que possibilitam o entendimento de relações hierárquicas, econômicas e de sociabilidade nas sociedades das Antiguidades permeadas pela cerveja. Privilegiar-se-á uma abordagem teórica inicial; em seguida, uma breve caracterização das sociedades entre Mesopotâmia, Egito e Grécia que contemplará seu contexto histórico; E, por fim, ao permear cada sociedade abordada será feito o trabalho central nos contextos históricos com fontes escritas, iconográficas e arqueológicas.

SESSÕES DE COMUNICAÇÕES COORDENADAS

Sessão 01 (31/10/2017, terça-feira, 13:30 às 17:00h): Coordenador: Prof. Fortunato Pastore Monitor: Maycon Regis Nogueira dos Santos 1) TRABALHO ESCRAVO E RESISTÊNCIA NAS LAVOURAS DO OESTE PAULISTA Elenisia Maria de Oliveira 2) NIMUENDAJÚ, RIBEIRO, FREUNDT: CONTRIBUIÇÕES PARA MAPEAMENTO ETNOGRÁFICO OFAIÉ NA PRIMEIRA METADE DO SÉCULO XX Lucas Cardoso Moreira 3) OS POBRES E LIVRES, A HISTÓRIA RURAL E OS DIVERSOS SUJEITOS EM SANT’ANNA DO PARANAHYBA, SUL DE MATO GROSSO: ENTRE POSSES E CONFLITOS SÉC.(XIX) Marcos Almeida Santos Junior Andressa Luiza Montanha de Araújo 4) VIOLÊNCIA E RESISTÊNCIA EM MATO GROSSO DO SUL: AS QUESTÕES DO DIA-A-DIA, OS PEQUENOS EVENTOS E AS ESTRATÉGIAS COTIDIANAS DOS INDÍGENAS OFAIÉ

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Lucas Cardoso Moreira 5) A POLÍTICA IMIGRANTISTA DO BRASIL IMPÉRIO: A BUSCA POR UMA NACIONALIDADE E OS CONFLITOS SOCIAIS DO SÉCULO XIX Renuza Dorissote Gonçalves 6) POVOS ORIGINÁRIOS E VIDA RURAL ENTRE O NORTE E O SUL DE MATO GROSSO: O CAMINHO DAS MONÇÕES ENTRE OS SÉCULOS XVIII E XIX Andressa Luiza Montanha de Araújo Marcos Almeida Santos Júnior 7) REVOLTAS ANTICOLONIAIS: PERSPECTIVAS SOBRE A DOMINAÇÃO E RESISTÊNCIA NA HISTÓRIA DO BRASIL E NA EDUCAÇÃO Leonardo Silva Aguirre Taís Fernanda Pereira da Silva; Janai Harin Lopes 8) REVOLTAS ANTICOLONIAIS: REPENSANDO AS REVOLTAS “ONTEM E HOJE” Nubia Sotini dos Santos Guilherme Ferreira Taroni, Sávio Maia Rodrigues Sessão 02 (31/10/2017, terça-feira, 13:30 às 17:00h): Coordenador: Prof. Dr. Rafael Athaides Monitor: Kathiusy Gomes da Silva 1) REVOLUÇÃO RUSSA: A METAFORIZAÇÃO DE GEORGE ORWELL Augusto César Aparecido dos Santos Éder Pedro de Souza 2) SURGIMENTO DO PRINCÍPIO DA FRATERNIDADE NA REVOLUÇÃO FRANCESA E A NÃO RECONHESCENÇA DA MULHER NESTE CONTEXTO Rháira Moura Martins Ruth da Paz Camargo 3) ENTRE A SACRALIDADE E A HERESIA: APONTAMENTOS E CONSIDERAÇÕES SOBRE O CRISTIANISMO “RADICAL” CHILENO Eduardo Matheus de Souza Dianna 4) O DIÁRIO DE UM EXPEDICIONÁRIO BRASILEIRO NA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL: FONTES PARA PESQUISA Eduardo Matheus de Souza Dianna Guilherme Ferreira Taroni 5) O DISCURSO INTEGRALISTA EM MATO GROSSO: UMA ANÁLISE DO JORNAL A RAZÃO DE SÃO LUIZ DE CACERES (MT) - 1926 A 1935 - COMO CATALISADOR DA IDEOLOGIA DO MOVIMENTO Daniel Fagundes de Carvalho Machado

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6) BRASIL: NUNCA MAIS - DIREITO AO ACESSO À INFORMAÇÃO E PROMOÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS Rháira Moura Martins Ruth da Paz Camargo 7) OS NEGROS (AS) NA DITADURA MILITAR E O MITO DA DEMOCRACIA RACIAL Taís Fernanda Pereira da Silva Gabriel Luiz Ponce 8) OS “ANOS DE CHUMBO” E O ALTERNATIVO OPINIÃO Luan Gabriel Silveira Venturini Sessão 03 (01/11/2017, quarta-feira, 13:30 às 17:00h): Coordenador: Prof. Dr. Leandro Hecko Monitor: Gabrielly Bononi Miranda 1) DIVERSÃO E EDUCAÇÃO: OS BENEFÍCIOS E AS POSSIBILIDADES DAS CHARGES E HQS NO ENSINO DE HISTÓRIA Luan Gabriel Silveira Venturini 2) GRÉCIA ANTIGA E USOS DO PASSADO: A SEXUALIDADE MASCULINA EM PERSPECTIVA NO CINEMA Fábio Tiago Dias de Assunção 3) ONDE REINA A ESCURIDÃO – A CONCEPÇÃO DO DIABO NO IMAGINÁRIO MEDIEVAL E SUA CONSTRUÇÃO VISUAL Caio Alexandre Toledo de Faria 4) PERCY JACKSON E A MITOLOGIA GREGA NA CONTEMPORANEIDADE Gabriel Luiz Ponce de Souza Barbosa Gabrieli Donda Grigolin; Pedro Henrique Duarte da Costa 5) A REPRESENTAÇÃO DA CULPA EM AGOSTINHO DE HIPONA José Walter Cracco Junior 6) O JOGO FÍSICO E ELETRÔNICO NO ENSINO DE HISTÓRIA MEDIEVAL: DUAS EXPERIÊNCIAS José Walter Cracco Junior 7) EDUCAÇÃO HISTÓRICA, PIBID E GÊNERO Gabrieli Donda Grigolin Janai Harin Lopes 8) TRANSCENDENDO O SEXISMO EM SALA DE AULA: O ENSINO DE HISTÓRIA COMO FERRAMENTA DE MUDANÇA Janai Harin Lopes

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Sessão 04 (01/11/2017, quarta-feira, 13:30 às 17:00h): Coordenador: Profa. Dra. Mariana Esteves de Oliveira Monitor: Renata Cavazzana da Silva

1) O “ESCOLA SEM PARTIDO”, A CRIMINALIZAÇÃO DA DOCÊNCIA E A OPOSIÇÃORELIGIOSA AS DISCUSSÕES DE GÊNEROPedro Henrique Duarte da Costa

2) POLÍTICAS DE AVALIAÇÃO ESCOLAR: DA REPÚBLICA VELHA Á ERA VARGASFelipe de Lima Silva

3) “EDUCAÇÃO HISTÓRICA, PIBID E RELIGIÕES AFRO-BRASILEIRAS"Sávio Maia RodriguesPedro Henrique Duarte da Costa

4) ENTRE PRÁTICA E TRABALHO DOCENTE: A IMPORTÂNCIA DA HISTÓRIA SOCIALDO TRABALHO PARA O FAZER-SE DOCENTEMariana Esteves de Oliveira

5) NOS TRILHOS DA EDUCAÇÃO O “TREM DA VIDA”Welica Moreira Penha de CarvalhoAna Greice Moreira Penha

6) A INDISSOCIÁVEL RELAÇÃO ENTRE FÉ E POLÍTICA NO IAJES: UM MOVIMENTOQUE FINCA SUAS RAÍZES NAS LUTAS SOCIAISDaniel Fagundes de Carvalho Machado

7) MEMÓRIAS DE TRABALHADORAS DOMÉSTICAS NAS RELAÇÕES ENTRETRABALHO, GÊNERO E ETNIA: PROJETO EM DEBATEAnderson Vicente dos Santos

8) DESCRIÇÃO DENSA - PROFISSIONAIS DO SEXO, UMA NOITE NA ZONARenata Kelly Silveira Martins de Araújo

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RESUMOS

REVOLTAS ANTICOLONIAIS: PERSPECTIVAS SOBRE A DOMINAÇÃO E RESISTÊNCIA

NA HISTÓRIA DO BRASIL E NA EDUCAÇÃO

AGUIRRE, Leonardo Silva; SILVA, Taís Fernanda Pereira da; LOPES, Janai Harin Resumo: O presente trabalho busca mostrar algumas reflexões oriundas da prática docente desenvolvida por meio de uma Oficina intitulada “Revoltas Anticoloniais: perspectivas sobre a dominação e resistência na História do Brasil e na Educação”, aplicada em uma escola pública estadual do Mato Grosso do Sul. Para contextualizar, cabe dizer que o trabalho foi desenvolvido junto ao grupo do PIBID – História da UFMS/CPTL, sob orientação do Prof. Dr. Leandro Hecko (Coordenador de Área) e partiu de reflexões acerca da Educação Histórica e do campo de possibilidades que ela abre para a discussão de Revoltas e a construção de ideais revolucionárias. Neste sentido, apresentaremos o caminho que percorremos na aplicação da Oficina, que contou com aulas expositivas acerca das revoltas na colônia e seus desdobramentos no final do século XVIII, atividades diagnósticas e uma produção final a fim de perceber quais os motivos que levariam os alunos a se revoltar, dentro do contexto atual da educação no Brasil e visando melhorias dentro do ambiente escolar. Em linhas gerais, portanto, problematizou-se um conjunto de questões do cotidiano dos alunos que possui raízes históricas e devem ser necessariamente refletidas na vida prática dos sujeitos. Por fim, apontaremos algumas perspectivas levantadas a partir do olhar sobre as atividades desenvolvidas. Palavras-Chave: Educação Histórica; PIBID; Revoltas Anticoloniais.

POVOS ORIGINÁRIOS E VIDA RURAL ENTRE O NORTE E O SUL DE MATO GROSSO: O CAMINHO DAS MONÇÕES ENTRE OS SÉCULOS XVIII E XIX

ARAÚJO, Andressa Luiza Montanha de; SANTOS JÚNIOR, Marcos Almeida

Resumo: Este trabalho visa discutir a vida rural dos povos originários entre o século XVIII e primeiras décadas do XIX, enfocando sua cultura, seus costumes e meios de vida, por entre os caminhos que ligavam o sul e o norte de Mato Grosso, especialmente no percurso das monções. A vida rural, com ênfase para os indígenas e os pobres e livres no Brasil, possui poucos estudos. As pesquisas sobre o Brasil colonial, costumeiramente, voltam-se para a relação senhores e escravos. Deste modo, vemos a necessidade de estudar outros personagens dessa história, que estavam distantes do cenário das grandes plantations, mas contribuíram, por meio de suas roças e produção de alimentos, para alimentar os homens e mulheres que adentravam Mato Grosso no processo de colonização. É interessante observar que no Mato Grosso as viagens monçoeiras se estenderam até as primeiras décadas do século XIX. Objetiva-se, desta forma, compreender o cotidiano desses povos originários e sua relação com o meio rural, os encontros e os desencontros entre os Cayapó e os colonizadores, tal como com a administração colonial e imperial, por meio de uma análise de fontes acerca dos relatos dos monçoeiros e de outros viajantes. Os “Documentos Interessantes para a História de São Paulo” e textos publicados na “Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro” serão os documentos centrais, juntamente com as obras

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“Relatos Monçoeiros”, organizada por Afonso D’Escragnolle Taunay (1981), “Diário de navegação”, de Teotônio José Juzarte (1999) e “Derrotas”, de Joaquim Francisco Lopes (2010). Palavras-Chave: Povos Originários; Monções, Mato Grosso

DESCRIÇÃO DENSA - PROFISSIONAIS DO SEXO, UMA NOITE NA ZONA

ARAÚJO, Renata Kelly Silveira Martins de

Resumo: O presente trabalho propõe uma descrição densa¹ com objetivo de identificar e compreender como se dá as relações sociais no ambiente interno da casa de programas (zona) em Campo Grande-MS. O grupo pesquisado consiste em garotas de programas que atuam em uma casa de prostituição onde as mesmas oferecem serviços sexuais. A sociedade está imersa em “pré-conceitos”, e acabam estigmatizando certos grupos, observando somente uma característica e a tomando como referencial. No caso das garotas, são marginalizadas ainda pela sociedade, diante das verdades coletivas, além de usarem seu corpo, essas mulheres têm vida, sentimentos, pensamentos e sonhos como qualquer outro indivíduo, não pode considerar-se uma desviante dos padrões estabelecidos pela sociedade. Trazer fragmentos dos relacionamentos estabelecidos, observar as fronteiras simbólicas, em relação a seus clientes, analisando os significados dessas interações, compreendendo suas normalidades, mitos, mas sem reduzir suas particularidades. Desvencilhar o fato de que a prostituição é um ato pecaminoso e repugnante é um fator motivador. Para fins desse estudo, foi utilizada neste trabalho uma metodologia que permite observar e coletar dados dessa realidade social. Portanto, foram utilizados os métodos etnográficos, a partir do referencial teórico abordado por Malinowski, Clifford Geertz, Roberto Cardoso, através deles pode-se olhar, compreender, observando as práticas, quanto a visão de mundo dessas mulheres. 1.O método de observação e as análises interpretativas. GEERTZ, Clifford. 2008 Palavras-Chave: antropologia, prostituição, descrição densa

GRÉCIA ANTIGA E USOS DO PASSADO: A SEXUALIDADE MASCULINA EM PERSPECTIVA NO CINEMA

ASSUNÇÃO, Fábio Tiago Dias de

Resumo: Objetivou-se, por meio deste trabalho, estudar a sexualidade do homem no século V a.C., utilizando fontes históricas e também buscando sua representação cinematográfica, destacando a formação dos espartanos e a imagem que a civilização grega construía sobre esse homem naquele período. Foi analisada essa educação por meio de diversas leituras e também a forma como este tema aparece nos filmes “Os 300 de Esparta” de 1962, e o filme “300” de 2006. Desta forma, pudemos compreender para a importância de se ter consciência dos usos do passado e como ela eles representam a história, se apropriando de temas da Antiguidade grega, atrativos para o grande público. No decorrer da pesquisa, pudemos evidenciar que, na Antiguidade grega podemos pensar sobre: questões relacionadas às relações sexuais e amorosas entre homens; que estas possuíam suas variantes, a depender

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da cidade-estado que se aborda; que também existe uma representação de virilidade a ser considerada, sobre a qual recortamos, por exemplo, a referente a Esparta; que o exercício da sexualidade masculina grega não deva ser comparada com a homossexualidade dos dias atuais acriticamente; que existe uma relação educacional que permeia a chamada pederastia entre os gregos; que os processos educacionais entre os gregos das diferentes cidades-estado diferiam entre si Palavras-Chave: Grécia Antiga, educação espartana, amor nobre, cinema, usos do passado.

PERCY JACKSON E A MITOLOGIA GREGA NA CONTEMPORANEIDADE

BARBOSA, Gabriel Luiz Ponce de Souza; GRIGOLIN, Gabrieli Donda; COSTA, Pedro Henrique Duarte da

Resumo: O presente trabalho busca mostrar algumas reflexões oriundas da prática docente desenvolvida por meio de uma Oficina intitulada “Percy Jackson e a Mitologia Grega na Contemporaneidade” aplicada em uma escola pública estadual do Mato Grosso do Sul. Para contextualizar, cabe dizer que o trabalho foi desenvolvido junto ao grupo do PIBID – História da UFMS/CPTL, sob orientação do Prof. Dr. Leandro Hecko (Coordenador de Área) e partiu de reflexões acerca da Educação Histórica e do campo de possibilidades que ela abre para a discussão sobre questões em torno da Mitologia Grega na História e na contemporaneidade. Neste sentido, apresentaremos o caminho que percorremos na execução da Oficina: a Oficina contou com atividade diagnóstica, aulas expositivas acerca da importância da mitologia grega para o povo grego, seus reflexos na contemporaneidade a partir da exibição de filme “Percy Jackson e o Ladrão de Raios” e como produto final a execução de uma peça teatral buscando observar a possível mudança na forma de pensar a sociedade grega e a mitologia. Por fim, mostraremos algumas perspectivas levantadas a partir do olhar sobre as atividades desenvolvidas. Palavras-Chave: Ensino de História; Mitologia Grega; Contemporaneidade.

NOS TRILHOS DA EDUCAÇÃO O “TREM DA VIDA”

CARVALHO, Welica Moreira Penha de; PENHA, Ana Greice Moreira

Resumo: O artigo propõe descrever os modos de olhar a educação atual numa perspectiva crítica. O objetivo do mesmo é contribuir na formação docente a partir da análise do filme “Trem da Vida” que, ressalta o ser humano, no processo de construção em diferentes espaços e tempos históricos. Partindo de maneira metafórica, o filme evidencia o modo de viver e trabalhar em grupos, nesse caso o ambiente escolar, respeitando as diversidades dos grupos sociais e culturais. A escolha de assistir ao filme e registrar algumas cenas que mais chamou-nos a atenção; possibilitou o aprendizado de resgatar através de distintos momentos a autonomia de um líder bem-sucedido. O filme a todo momento, ilustra as circulações históricas de uma forma bem sutil, trabalha a realidade sem forjar o período histórico. O Trem da Vida é um filme de 103 (cento e três minutos) realizado na França, pelo diretor romeno Radu Mihaileanu, no ano de 1941, quando o mundo vivia o auge da Segunda Guerra Mundial. O filme é humorístico, apesar de se tratar de um assunto tão complexo, (a coletividade). O Trem da vida percorreu longos

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caminhos, registrou muitos fatos históricos e acontecimentos com a intenção não deixar ninguém do lado de fora, mesmo que para isso, tiveram que usar outros uniformes, mas a essência de sua cultura (costumes judaicos) seria preservada. A intempérie da vida significa o preparo para viajar na nossa caminhada profissional. Não importa, é assim a viagem da nossa vida, cheia de sonhos, fantasias, esperas, despedidas, porém, jamais retornos. Palavras-Chave: Educação, sociedade e construção coletiva

O “ESCOLA SEM PARTIDO”, A CRIMINALIZAÇÃO DA DOCÊNCIA E A OPOSIÇÃO RELIGIOSA AS DISCUSSÕES DE GÊNERO

COSTA, Pedro Henrique Duarte da

Resumo: Desde 2014, projetos baseados no Movimento Escola sem Partido, criado por Miguel Nagib, em 2004, que visam vedar “a prática de doutrinação política e ideológica bem como a veiculação de conteúdos ou a realização de atividades que possam estar em conflito com as convicções religiosas ou morais dos pais ou responsáveis pelos estudantes.” (PL 867/2015), vêm sendo apresentados nas câmaras legislativas do país. Em sua maioria, esses projetos são de autoria de lideres religiosos fundamentalistas que se dizem preocupados com o papel que a educação tem assumido, já que, segundo os mesmos, os(as) professores(as) estariam atuando como doutrinadores(as) ideológicos e políticos. Este ensaio tem como objetivo analisar o programa Escola sem Partido tomando como referência o projeto de lei 879/2014, agora 867/2015, tendo como foco a iniciativa religiosa para um desmonte da educação crítica a fim de instituir valores de ordem familiar e religiosa precedentes a educação escolar no que se diz respeito, principalmente, às discussões de gênero, sexualidade. E de uma tentativa de criminalização da docência por parte do MESP e seus apoiadores por meio do incentivo aos pais pela denúncia dos(as) professores(as) que esses julguem como doutrinadores(as). Palavras-Chave: Escola sem Partido; docência; religião; gênero

A REPRESENTAÇÃO DA CULPA EM AGOSTINHO DE HIPONA

CRACCO JUNIOR, José Walter

Resumo: A presente comunicação tem como objetivo levantar algumas perspectivas acerca da forma pela qual Agostinho de Hipona trabalhava, discursivamente, o sentimento de culpa no imaginário cristão. Para tanto, entender a culpa se configura como entender, também, o discurso acerca do pecado, pois este representou uma das maneiras mais veementes de se tocar o íntimo das pessoas. Em Agostinho podemos perceber que seus Sermões foram um dos meios mais eficazes de apresentar a Lei de Deus aos homens e mulheres, visto que a partir deles percebemos a pregação do sentimento de culpa e das maneiras de se realizar as boas condutas, sobretudo morais, sempre direcionadas para a não romperem com a moral aplicada pela Eclésia, isso porque, uma vez desobedecida essa moral e conduta, o sujeito seria infeliz em sua vida terrena e castigado na vida futura. Assim sendo, se coloca nesta comunicação a importância de se pesquisar acerca do pensamento agostiniano, dado que este foi, e é, o pilar mais consistente da Igreja Católica no que diz respeito a vida intelectual

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de se pensar a conduta humana. Este trabalho está amparado pelas principais ideias e conceitos presentes de autores como Peter Brow (2012), Etienne Gilson (2006), Ronaldo Amaral (2012; 2013; 2015; 2016), Paul Ricouer (1995) e White (1995; 2002). Palavras-Chave: Pecado; Culpa; Santo Agostinho; Imaginário; Representação.

O JOGO FÍSICO E ELETRÔNICO NO ENSINO DE HISTÓRIA MEDIEVAL: DUAS EXPERIÊNCIAS

CRACCO JUNIOR, José Walter

Resumo: Esta comunicação foi pensada como uma maneira de comungar experiências e ouvir perspectivas de outros colegas da História e áreas que dialogam com a temática da educação e dos jogos, sobretudo com o olhar voltado ao medievo. Nesse sentido, esse trabalho tem como um de seus intuitos apresentar algumas considerações acerca do processo de “Aulas-Oficinas”, sustentado por Isabel Barca, que foi realizado na E.E Padre João Tomes, Três Lagoas, MS no ano de 2016. No que diz respeito a essa experiência, o objetivo maior no sentido teórico era que os/as estudantes compreendessem as estruturas da Igreja Católica no período da Alta Idade Média levando em consideração seus contextos fundantes, bem como a influência que essa instituição desenvolveu na vida do homem medieval. Além disso, almejamos que entendessem a gênese, estrutura e dinâmica do Feudalismo. No plano prático e segundo momento das aulas, aí então oficinas, os estudantes iriam perceber na prática os conceitos compreendidos anteriormente em aulas expositivas e dialogadas. Foi nesse contexto que pensamos duas abordagens de jogos: física e eletrônica. O jogo eletrônico chamado “A Era Feudal” foi utilizado com o intuito de findar o processo teórico e iniciar a imersão dos estudantes nos jogos. O jogo físico chamado, criado no laboratório de Ensino da UFMS/CPTL, “A Torre” é uma adaptação do xadrez que proporciona representar o contexto medieval a partir das peças e do tabuleiro. À vista disso, buscaremos dialogar à luz das problemáticas, dificuldades e resultados que o jogo nos proporcionou, pensando sempre no ensino de História, sobretudo medieval. Palavras-Chave: Jogos; Idade Média e Ensino.

ENTRE A SACRALIDADE E A HERESIA: APONTAMENTOS E CONSIDERAÇÕES

SOBRE O CRISTIANISMO “RADICAL” CHILENO

DIANNA, Eduardo Matheus de Souza

Resumo: Objetiva-se neste trabalho estudar o processo de atuação do movimento social/sacerdotal dos “Cristianos por el Socialismo” (CpS) no período do governo de Salvador Allende (1970-1973), bem como encontrar indícios de um possível diálogo entre cristianismo e marxismo na América Latina, a partir das reflexões propostas pela teologia da libertação. Ao partir da análise dos documentos produzidos pelo CpS, identificamos um latente compromisso do grupo com a classe trabalhadora chilena e sua luta histórica pela libertação, bem como com a transição da mencionada sociedade ao socialismo. As fontes também revelam disputas no bojo da Igreja Católica chilena, uma vez que desde o início, os interesses e aspirações do grupo conflitaram com os da alta hierarquia eclesiástica do Chile.

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Esse aspecto da luta de classes na Igreja ficaria ainda mais evidente com o golpe de Estado liderado por Pinochet, que levaria à expulsão do grupo da Igreja em vista da sua orientação política. Diante desse cenário, buscamos compreender as ações desenvolvidas por esses sacerdotes, religiosos e laicos ligados a essa forma de se “fazer” Igreja, e considerados “radicais” pelo alto clero católico chileno. Palavras-Chave: Cristianos por el Socialismo (CpS); Chile; luta de classes O DIÁRIO DE UM EXPEDICIONÁRIO BRASILEIRO NA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL:

FONTES PARA PESQUISA

DIANNA, Eduardo Matheus de Souza; TARONI, Guilherme Ferreira Resumo: A comunicação aqui apresentada tem como objetivo demonstrar e apontar os usos e as possibilidades, enquanto fontes históricas, do acervo pessoal do ex-combatente da Segunda Guerra Mundial, Petrônio Rebuá Alves Corrêa, sob a guarda do Núcleo de Documentação Histórica Honório de Souza Carneiro, da UFMS/CPTL. No fundo documental de Rebuá Alves Corrêa, encontram-se cartas e cartões postais trocados com parentes no Brasil antes do embarque para a Europa, enquanto estava na Itália combatendo e até mesmo e após o seu retorno ao país de origem. Há também um acervo de fotos que registram momentos no “teatro de guerra”, além de um manuscrito das memórias enquanto expedicionário da FEB, que fora parcialmente publicado no periódico “Tempo” da cidade de Três Lagoas – MS, durante os anos 1981 a 1983. O trabalho desenvolvido nesta pesquisa de Iniciação Científica gira em torno da organização e da digitação edições do jornal, bem como da classificação, catalogação e descrição das cartas e das imagens doadas. Os trabalhos desenvolvidos sob o acervo podem contribuir para a descontinuação da imagem heroicizada do conflito e dos agentes envolvidos; também pode ser capaz de revelar alguns sentimentos e aflições presentes durante o período, bem como revelar o drama da sociedade naquele contexto. Ainda há muitas e variadas possibilidades de pesquisa dentro do que há disponível no Núcleo de Documentação Histórica Honório de Souza Carneiro, da UFMS/CPTL; algumas possibilidades poderiam girar em torno do ex-combatente, suas memórias, participação do Brasil no conflito entre outras. Palavras-Chave: Petrônio Rebuá Alves Corrêa; fontes; Segunda Guerra Mundial

ONDE REINA A ESCURIDÃO – A CONCEPÇÃO DO DIABO NO IMAGINÁRIO MEDIEVAL E SUA CONSTRUÇÃO VISUAL

FARIA, Caio Alexandre Toledo de

Resumo: Pretendo expor breves considerações sobre a construção e concepção do mal (encarnado e sensível) no período conhecido como Idade Média. Partindo de suas influências da Antiguidade Oriental e Ocidental, após consolidação do sistema feudal e do contato com “pagãos” do norte e regiões mais afastados e a construção visual desse mal encarnado. Não podemos negar a importância dos homens e mulheres que compuseram a sociedade feudal e, fundamental, o papel da Igreja como facilitadora (e maior interessada) na concepção de um ser absoluto que pudera confrontar Deus. Não esquecendo a utilização

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da arte, principalmente pictográfica e literária, como artificio para manipular o imaginário coletivo e individual dos diversos homens e mulheres do período. Sendo assim, abordo três maneiras de “enxergar” a origem do Diabo na Idade Média (Influências, Construção visual e literária, e o próprio folclore). Embora as obras de artes não integrarem os diversos espaços do imaginário coletivo ou/e individual, elas são muito essenciais para compreendermos como aquelas pessoas “enxergavam” suas divindades, entre outras coisas. Posto isto, o imaginário desse período acabou por ser muito influenciado pelo medo e pela escuridão, onde Lúcifer reinou absoluto. Palavras-Chave: Diabo; Idade Média; Arte Medieval; Igreja

A POLÍTICA IMIGRANTISTA DO BRASIL IMPÉRIO: A BUSCA POR UMA NACIONALIDADE E OS CONFLITOS SOCIAIS DO SÉCULO XIX

GONÇALVES, Renuza Dorissote

Resumo: O presente trabalho propõe uma reflexão minuciosa sobre o enraizamento do novo Estado português em solo brasileiro que se instalou junto ao pavor das classes dominantes em relação à desvantagem étnica entre brancos proprietários e negros escravizados, sendo que, nosso enfoque vai para a iniciativa de construção de uma identidade nacional em meio a um contexto de novas tendências liberais que buscou deixar os negros e nacionais livres fora de campo. Pensar o século XIX e o surgimento da política imigrantista na província de São Paulo exige de nós uma atenção maior para as implicações que a crise econômica, política e social tencionaram sobre os rumos do país. É neste cenário que as teses racistas ganham espaço e influenciam diretamente as formas de divisão do trabalho, em um momento de transição do trabalho escravo para o assalariado. Os imigrantes europeus passam a ser prioridade para o progresso do país em vista da superação do negro africano tido como incapaz para as novas exigências do mercado de trabalho livre. Porém, conforme as pressões abolicionistas e internacionais contra o tráfico negreiro se intensificavam, os escravos buscavam novas formas de resistência ao cativeiro e para uma real conquista de sua liberdade. Palavras-Chave: Identidade nacional; Políticas imigrantistas; racismo.

EDUCAÇÃO HISTÓRICA, PIBID E GÊNERO

GRIGOLIN, Gabrieli Donda; LOPES, Janai Harin

Resumo: O presente trabalho busca mostrar algumas reflexões oriundas da prática docente desenvolvida por meio de uma Oficina intitulada “Debatendo o gênero: Mulheres à luta” aplicada em uma escola pública estadual localizada no Mato Grosso do Sul. Para contextualizar, cabe dizer que o trabalho foi desenvolvido junto ao grupo do PIBID – História da UFMS/CPTL, sob orientação do Prof. Dr. Leandro Hecko (Coordenador de Área) e partiu de reflexões acerca da Educação Histórica e do campo de possibilidades que ela abre para a discussão de Gênero e Feminismo. Neste sentido, apresentaremos o caminho que percorremos na execução da Oficina: a Oficina contou com atividade diagnóstica, aulas expositivas acerca da mulher na História e uma atividade final buscando observar a possível

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mudança na forma de pensar o papel da mulher na sociedade contemporânea. Em linhas gerais, portanto, problematizou-se um conjunto de questões do cotidiano dos alunos que possui raízes históricas e devem ser necessariamente refletidas na vida prática de cada um dos sujeitos. Por fim, mostraremos algumas perspectivas levantadas a partir do olhar sobre as atividades desenvolvidas. Palavras-Chave: Educação Histórica; Gênero; PIBID; Feminismo.

TRANSCENDENDO O SEXISMO EM SALA DE AULA: O ENSINO DE HISTÓRIA COMO FERRAMENTA DE MUDANÇA

LOPES, Janai Harin

Resumo: Com foco na educação, o presente trabalho tem por objetivo analisar como se dá a formação sexista dos indivíduos dentro de uma cultura androcêntrica, ou seja, uma cultura que coloca as experiências masculinas como universais, e reduz a raça humana à “homem”. Problematiza práticas e valores tradicionalmente repassados à estes indivíduos pela família (e reforçados pela escola posteriormente), onde características biológicas são significativas, usadas para moldar e construir a identidade de gênero dos sujeitos, que expressam isso em suas preferências, seus corpos e estilos, seu modo de viver e assim por diante. Tece algumas reflexões acerca de como estes valores acabam por refletir na escola, que adotou práticas educativas sexistas, promovendo uma formação desigual e direcionada a estes indivíduos, e ressalta como o processo educativo e a aprendizagem são substanciais na imposição e reprodução de papéis tidos como “adequados” socialmente, de acordo com o seu sexo. Por fim, medita sobre a relevância da discussão de gênero para a História e em como esta disciplina contribui para dar visibilidade às mulheres, enfatizando a importância desta para a mudança de um modelo tradicional de ensino em sala de aula. Palavras-Chave: Relações de Gênero; Sexismo; Educação; Ensino de História.

O DISCURSO INTEGRALISTA EM MATO GROSSO: UMA ANÁLISE DO JORNAL A RAZÃO DE SÃO LUIZ DE CACERES (MT) - 1926 A 1935 - COMO

CATALISADOR DA IDEOLOGIA DO MOVIMENTO

MACHADO, Daniel Fagundes de Carvalho Resumo: Neste trabalho apresentado, tenho o intuito de abordar o discurso de defesa do Integralismo por parte de um importante meio de comunicação e circulação de ideias, neste caso, o jornal “A Razão”, de São Luiz de Caceres (MT), compreendendo uma análise de 1926 a 1935. É necessário apresentar breves características do surgimento do movimento a âmbito nacional, trazendo a discussão para o Mato Grosso, fundamentando parte de minhas hipóteses para entendermos algumas concepções do periódico. O movimento integralista vai ganhando corpo durante a década de 1930 e liga-se ao fato da mistura de elementos da cultura política brasileira, como o autoritarismo, conservadorismo e catolicismo. Meu intuito parte também pelo fato de compreender as formas de expressão ideológica dos movimentos políticos, a partir dos meios de comunicação do período. No mais, é possível analisarmos por algumas publicações, o discurso a favor do movimento integralista, envolto no discurso

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anticomunista expressada no jornal de publicação semanal. Por isso, neste trabalho, tento abordar brevemente as publicações de 1935, para compreendermos a propaganda integralista e se isso permaneceu até o fim do movimento. Palavras-Chave: Integralismo; ideologia e periódico.

A INDISSOCIÁVEL RELAÇÃO ENTRE FÉ E POLÍTICA NO IAJES: UM MOVIMENTO QUE FINCA SUAS RAÍZES NAS LUTAS SOCIAIS

MACHADO, Daniel Fagundes de Carvalho

Resumo: Neste trabalho, busco remontar a unidade da relação entre fé e política no Instituto Administrativo Jesus Bom Pastor, entidade surgida em 06 de setembro de 1970 até a década de 1990, idealizada pelo padre José Vanin, no intuito de criar medidas assistenciais aos moradores carentes localizados no bairro Pereira Jordão, em Andradina (SP). Remonto, inicialmente, algumas abordagens do surgimento da Teologia da Libertação, para que partindo disto, fosse possível demonstrar as concepções de movimentos sociais, a influência da representatividade, solidariedade e identidade nos participantes de ações coletivas populares, abarcando o surgimento das CEB’s, trazendo a discussão para os Encontros Regionais das Comunidades Eclesiais de Base, demonstrando seus cânticos litúrgicos que explicitam a importância das lutas populares, como a dos indígenas, do movimento negro e de mulheres, dos trabalhadores rurais e urbanos, para pensarmos a influência das relações dos órgãos criados pela Igreja, no auxílio da intenção de uma Igreja pobre e para os pobres. No mais, é possível refletir sobre a influência da teologia da libertação no sentido de pensar uma sociedade que questiona seu meio e percebe as desigualdades. Palavras-Chave: IAJES; Teologia da libertação e Política

SURGIMENTO DO PRINCÍPIO DA FRATERNIDADE NA REVOLUÇÃO FRANCESA E A NÃO RECONHESCENÇA DA MULHER NESTE CONTEXTO

MARTINS, Rháira Moura; CAMARGO, Ruth da Paz

Resumo: O presente trabalho, vinculado ao Grupo de Pesquisa Teoria Geral do Processo, Sistemas de Justiça, Cidadania e Direitos Fundamentais, pretende analisar o surgimento do princípio da Fraternidade no contexto da Revolução Francesa e a não reconhescença da mulher neste contexto e desenvolve-se pela necessidade social de igualitarização de Direitos e visibilidade das mulheres, amparado pelo Art. 1º, III da Constituição Federal de 1988. A pesquisa utilizada quanto a abordagem, natureza, objetivos e procedimentos, respectivamente, desenvolveu-se de forma: qualitativa, básica, descritiva e bibliográfica e para tanto, utilizando-se como fontes de pesquisa, doutrinas, julgados, artigos, dissertações, manuais e Tratados Internacionais. Demonstra-se que a mulher esteve presente em todos os momentos e pilares da Revolução Francesa, sem, contudo, receber reconhecimento, visibilidade, direitos iguais, tampouco, respeito. Portanto, demonstra a necessidade da atenção e aplicação da Dignidade da Pessoa Humana e Fraternidade às mulheres, conforme o princípio Constitucional da Isonomia, dando visibilidade às causas femininas,

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diferentemente do contexto do surgimento de tais princípios supramencionados. Palavras-Chave: Dignidade da Pessoa Humana; Fraternidade; Direito; Visibilidade Feminina; Revolução Francesa.

BRASIL: NUNCA MAIS - DIREITO AO ACESSO À INFORMAÇÃO E PROMOÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS

MARTINS, Rháira Moura; CAMARGO, Ruth da Paz

Resumo: O presente trabalho, vinculado ao Grupo de Pesquisa Teoria Geral do Processo, Sistemas de Justiça, Cidadania e Direitos Fundamentais, pretende analisar a representatividade da obra “Brasil: Nunca Mais – Um Relato para História”, redigido por Frei Betto e Ricardo Kotscho, que,neste contexto desenvolveu-se pela necessidade social de evitar que os processos judiciais por crimes políticos fossem destruídos com o fim da ditadura militar, tal como ocorreu ao final do Estado Novo; obter e divulgar informações sobre torturas praticadas pela repressão política; e estimular a educação em direitos humanos.A pesquisa utilizada quanto à abordagem, natureza, objetivos e procedimentos, respectivamente, desenvolveu-se de forma qualitativa, básica, descritiva e bibliográfica e para tanto, utilizando-se como fontes de pesquisa, doutrinas, artigos, dissertações, documentos, processos judiciais e depoimentos prestados pelos réus no âmbito dos tribunais militares. Portanto, demonstra através do uso de documentos oficiais do próprio Estado, comprovar a prática reiterada e institucionalizada da tortura como ferramenta de investigação e repressão durante a ditadura, e como o Direito ao Acesso à Informação pode ser uma ferramenta de combate a essas práticas que ferem os direitos humanos e a democracia no Brasil. Palavras-Chave: Acesso à Informação. Direitos Humanos. Ditadura Militar.

Nimuendajú, Ribeiro, Freundt: Contribuições para mapeamento etnográfico Ofaié na primeira metade do século XX

MOREIRA, Lucas Cardoso

Resumo: A proposta deste ensaio é tecer breves considerações sobre as obras de antropológos essenciais e pioneiros na etnografia Ofaié: Nimuendajú, alemão que esteve com vários grupos entre 1909 e 1913, classificando-os em 4 principais grupos na publicação “A propos des Indiens Kukura du Rio Verde (Brésil). Journal de la Société des Américanistes”, 1932, sendo: Ivinhema, Vacaria,Taboco e Rio Verde; Darcy Ribeiro, importante antropólogo brasileiro no trabalho de catalogação de diversas etnias, tendo os Ofaié como uma das principais pesquisas e o marco na obra “Notícia dos Ofaié-Chavante, de 1951; e não menos importantes, Erich Freundt e Herbert Baldus com o revolucionário livro de Ilustrações "Índios de Mato Grosso", de 1947. A pesquisa reside em mostrar algumas maneiras de abordar a etnografia Ofaié na primeira metade do século XX, um momento em que a etnia sofria pressão e ataques por parte do coronelismo sul-mato-grossense. O trabalho só foi possível pelo uso de fontes presentes no recém criado fundo documental “Ataíde Francisco Rodrigues”, doado pelo pesquisador Carlos Alberto dos

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Santos Dutra, para o Núcleo de Documentação Histórica “Honório de Souza Carneiro”, da UFMS-CPTL Palavras-Chave: Ofaié; indígena; Etnografia;

VIOLÊNCIA E RESISTÊNCIA EM MATO GROSSO DO SUL: AS QUESTÕES DO DIA-A-DIA, OS PEQUENOS EVENTOS E AS ESTRATÉGIAS COTIDIANAS DOS INDÍGENAS

OFAIÉ

MOREIRA, Lucas Cardoso Resumo: Anterior a grande invasão de fazendeiros na região do Alto Paraná, ainda no século XIX, os chamados pelos antropólogos como Ofaié Xavante, constituíam um grupo numeroso, com cerca de duas mil pessoas, que habitavam a margem direita do rio Paraná, desde a foz do Sucuriú até as nascentes do Vacaria e Ivinhema. Durante todo o século XX, os grupos Ofaié enfrentaram o avanço dos fazendeiros, as bandeiras organizadas por bugreiros e principalmente a violência imprimida pelo coronelismo e banditismo na região de Mato Grosso do Sul. Cabe aqui, uma abordagem sobre o cotidiano, baseada na historiografia da terceira geração dos Annales, principalmente naquilo que o historiador francês, François Dosse, chama de "História Nova", uma abordagem contrapelo e interdisciplinar, também denominada como História Cultural. Nesse embasamento, as contribuições de Michel de Certeau serão o norte para se pensar as questões do dia-a-dia, os pequenos eventos, as estratégias e hábitos rotineiros, encontrados nas fontes do Fundo Ofaié Ataíde Xehitâ-ha, do Núcleo de Documentação Histórico "Honório de Souza Carneiro", UFMS-CPTL. Abordando principalmente notificações de viajantes, arquivos de Imprensa e relatórios produzidos pelo CIMI - Conselho Indigenista Missionário. Palavras-Chave: Cotidiano, Indígena, Ofaié

TRABALHO ESCRAVO E RESISTÊNCIA NAS LAVOURAS DO OESTE PAULISTA

OLIVEIRA, Elenisia Maria de Resumo: A década de 1850 modificou a dinâmica do Brasil escravista. Com a proibição do tráfico negreiro imposto pela Inglaterra nesse período, houve um crescente tráfico provincial voltado para atender a necessidade da produção açucareira do Centro Oeste Paulista que ascendia naquele momento. Por volta de 1860, essa região, que antes produzia açúcar e produtos de subsistência, passou a ser considerada uma grande produtora e exportadora de café e, tendo como base a exploração do trabalho escravo tornou-se sinônimo de riqueza e poder. A cultura escravocrata nessa sociedade, que tinha características paternalista, violenta e desigual, garantia a concentração de renda nas mãos dos grandes senhores de café, em detrimento aos pobres livres e, sobretudo, aos negros escravizados. Tratava-se de uma sociedade forjada na bipolaridade, na relação dialética entre senhores e escravos, permeada pela violência e resistência. Com isso, este ensaio de graduação pretende olhar para a historiografia que trata desse período, assim como para algumas fontes históricas, de modo a se ater para uma história social, uma história vista de baixo, que revela as formas de resistências imprimidas por negras e negros (crianças, velhos e adultos) durante o processo de roedura do sistema escravista dessa região.

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Palavras-Chave: Trabalho, escravo, resistência, Oeste Paulista.

ENTRE PRÁTICA E TRABALHO DOCENTE: A IMPORTÂNCIA DA HISTÓRIA SOCIAL DO TRABALHO PARA O FAZER-SE DOCENTE

OLIVEIRA, Mariana Esteves de

Resumo: Nesta comunicação, apresentaremos os resultados de uma pesquisa acerca da produção historiográfica que aborda o trabalho docente. A investigação consistiu em analisar, no banco de teses e dissertações da CAPES e em anais de encontros de História da ANPUH e do GT Mundos do trabalho, as formas pelas quais os historiadores estudam os professores e como compreendem o trabalho docente. Nosso ponto de vista teórico pautou-se pela centralidade do trabalho na História, entendendo o trabalho como condição ontológica da humanidade ao passo que sua apropriação pelo capital o tenha tornado fonte de exploração e objetificação da humanidade, e observamos que, embora os professores sejam objetos/sujeitos de pesquisas dos historiadores, isso se dá preferencialmente no campo do Ensino de História. As temáticas deste campo, por sua vez, privilegiam as práticas docentes no entorno de discussões que envolvem aprendizagem, currículo, livros didáticos, saberes docentes, entre outros. É incomum, por outro lado, que tais publicações incluam os elementos inerentes aos mundos do trabalho, de um modo generalizante, com elementos da materialidade do ofício e dentro das relações de produção e das classes sociais. Se a prática docente se encerra nos temas do Ensino de História, o trabalho docente é um conceito que requer ampliação para possibilitar a construção de conhecimentos sobre a história dos professores, para além da sala de aula. Nossa proposta, portanto, repousa na distinção entre estes conceitos para uma melhor apreensão da realidade histórica que cerca a categoria docente e, de modo geral, a classe trabalhadora. Palavras-Chave: Trabalho Docente; Historiografia do Trabalho;

“EDUCAÇÃO HISTÓRICA, PIBID E RELIGIÕES AFRO-BRASILEIRAS"

RODRIGUES, Sávio Maia; COSTA, Pedro Henrique Duarte da

Resumo: O presente trabalho busca mostrar algumas reflexões oriundas da prática docente desenvolvida por meio de uma Oficina intitulada “Candomblé e Umbanda na música popular brasileira” aplicada em uma escola pública estadual do Mato Grosso do Sul. Para contextualizar, cabe dizer que o trabalho foi desenvolvido junto ao grupo do PIBID – História da UFMS/CPTL, sob orientação do Prof. Dr. Leandro Hecko (Coordenador de Área) e partiu de reflexões acerca da Educação Histórica e do campo de possibilidades que ela abre para a discussão sobre questões em torno da História e Cultura Afro-Brasileira. Neste sentido, apresentaremos o caminho que percorremos na execução da Oficina: a Oficina contou com atividade diagnóstica, aulas expositivas acerca do negro na História do Brasil e uma atividade final buscando observar a possível mudança na forma de pensar o racismo, preconceito e pluralidade étnica na sociedade contemporânea. Em linhas gerais, portanto, problematizou-se um conjunto de temas do cotidiano dos alunos que possui raízes históricas e devem ser necessariamente refletidas na vida prática dos sujeitos. Por fim, mostraremos algumas perspectivas levantadas a partir do olhar sobre as atividades desenvolvidas.

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Palavras-Chave: Educação História; Diversidade; Relações Étnico-Raciais; Umbanda; Candomblé.

POLÍTICAS DE AVALIAÇÃO ESCOLAR: DA REPÚBLICA VELHA Á ERA VARGAS

SILVA, Felipe de Lima Resumo: A primeira fase do Republicanismo está rodeada de grandes transformações no país, que vão desde as econômicas até a níveis educacionais. A primeira republica tinha em seu modelo educacional a necessidade de avaliações e exames para que pudesse apurar o conhecimento adquirido pelos estudantes daquela época, modelo esse que se firma até hoje, além de premiar seus melhores alunos e os destacar com relação aos demais. Já na Era Vargas o ensino acaba se tornando massificador, o que de fato seria maravilhoso se a sua massificação não diminuísse a sua qualidade. A característica das formas avaliativas sem mantém também de forma a fazer com que surgisse quase como uma competição interna entre os estudantes, o que faz com que a educação perca o seu propósito e se torne uma atividade competitiva. Palavras-Chave: Legislação Educacional. Política Educacional. Processos de Avaliação.

OS NEGROS (AS) NA DITADURA MILITAR E O MITO DA DEMOCRACIA RACIAL

SILVA, Taís Fernanda Pereira da; PONCE, Gabriel Luiz Resumo: O presente trabalho busca mostrar algumas reflexões oriundas da prática docente desenvolvida por meio de uma Oficina intitulada “Os negros (as) na Ditadura Militar e o mito da democracia racial” aplicada em uma escola pública estadual do Mato Grosso do Sul. Para contextualizar, cabe dizer que o trabalho foi desenvolvido junto ao grupo do PIBID – História da UFMS/CPTL, sob orientação do Prof. Dr. Leandro Hecko (Coordenador de Área) e partiu de reflexões acerca da Educação Histórica e do campo de possibilidades que ela abre para a discussão sobre questões em torno da História do Movimento Negro no Brasil. Neste sentido, apresentaremos o caminho que percorremos na execução da Oficina: a Oficina contou com atividade diagnóstica, aulas expositivas acerca do Movimento negro na História do Brasil e uma atividade final buscando observar a possível mudança na forma de pensar a falsa democracia racial no Brasil. Em linhas gerais, portanto, problematizou-se um conjunto de temas do cotidiano dos alunos que possui raízes históricas e devem ser necessariamente refletidas na vida prática dos sujeitos. Por fim, mostraremos algumas perspectivas levantadas a partir do olhar sobre as atividades desenvolvidas. Palavras-Chave: Educação História; Ditadura Militar Brasileira; Democracia Racial; Preconceito; Resistência Negra.

MEMÓRIAS DE TRABALHADORAS DOMÉSTICAS NAS RELAÇÕES ENTRE TRABALHO, GÊNERO E ETNIA: PROJETO EM DEBATE

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SANTOS, Anderson Vicente dos

Resumo: O objetivo dessa comunicação é angariar algumas perspectivas acerca das relações entre trabalho, gênero e etnia, que serão apresentadas no projeto de PIBIC “Quase da Família: Memórias de trabalhadoras domésticas nas relações entre trabalho, gênero e etnia” dando ênfase ás memória, imagens e impressões das trabalhadoras domésticas. As trabalhadoras domésticas no Brasil sofrem até hoje com a precarização do trabalho, o preconceito e a desigualdade. Mesmo com todo o histórico de lutas sociais voltadas para a garantia dos direitos das mulheres e dos direitos trabalhistas como um todo, o debate sobre a igualdade entre homens e mulheres no mercado de trabalho continua sendo uma questão atual e de suma importância, pois mesmo com a existência de leis que garantem as condições mínimas de trabalho para as mulheres trabalhadoras domésticas, as propostas abusivas de “trabalho” (que mais soam como resquícios da escravidão) são cada vez mais recorrentes. Para além da ótica voltada apenas para os direitos trabalhistas e dos direitos das mulheres, esse projeto tem ainda como objetivo uma análise classista quanto às questões étnico-raciais, que ultrapasse os limites do recorte de gênero, mas que pode ser discutida com a mesma proporcionalidade, uma vez que estamos falando de uma profissão em que a grande maioria das trabalhadoras domésticas são negras. O objetivo final é a elaboração de um portfólio contendo os relatos dessas trabalhadoras domésticas, resultado da experiência de investigação, entrevistas (captura das memórias de trabalhadoras domésticas acerca das suas experiências de trabalho). Palavras-Chave: Direitos das Mulheres, Direitos Trabalhistas, Igualdade, Etnia, Trabalhadoras Domésticas

REVOLUÇÃO RUSSA: A METAFORIZAÇÃO DE GEORGE ORWELL

SANTOS, Augusto César Aparecido dos; SOUZA, Éder Pedro de Resumo: Esta comunicação tem o objetivo de analisar a obra de George Orwell (1945), A Revolução dos Bichos, considerando os aspectos de análise de narrativa de Gancho (1991), em Como Analisar Narrativas. O presente trabalho também tratará de aspectos sócio históricos da obra de Orwell, visto que a relação entre literatura e sociedade se faz presente pela construção do enredo, já Orwell faz-nos refletir sobre o modelo de organização social e como as ações do ser humano, inserido um determinado tempo, espaço e contexto. Por sua obra, Orwell trabalha uma crítica política e social, visto que faz alusões por meio dos personagens da obra aos comportamentos do homem alocado na Revolução Russa (1917), evento histórico que possui como protagonistas principais a classe operária em contexto revolucionário naquele presente contexto. A construção do discurso dos personagens também penetra a ideologia da revolução, assim como a construção do espaço em que os personagens vivenciam e, por fim, passam a confrontar o que lhes é dito como verdade. Inteligente, Orwell faz uma sátira aos acontecimentos da época de uma maneira diferente: utilizando animais, tornando sua obra e crítica inigualáveis. Palavras-Chave: Texto narrativo. Análise. Exposição.

OS POBRES E LIVRES, A HISTÓRIA RURAL E OS DIVERSOS SUJEITOS EM

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SANT’ANNA DO PARANAHYBA, SUL DE MATO GROSSO: ENTRE POSSES E CONFLITOS SÉC.(XIX)

SANTOS JUNIOR, Marcos Almeida; ARAÚJO, Andressa Luiza Montanha de

Resumo: Este trabalho tem por objetivo, estudar a história rural do sul do Mato Grosso visando entender como se deu a ocupação da terra, no contexto do século XIX, por meio do estudo da constituição de posses e de fazendas na formação da propriedade da terra em Sant’Anna do Paranahyba,- que se situa no leste de Mato Grosso do Sul. Para esta reflexão do Brasil Imperial faz-se necessário um estudo da história rural no Brasil e em Mato Grosso, retomando a discussão das Sesmarias e Posses, desde a América portuguesa. Abordaremos desde a chegada dos primeiros colonizadores na região em 1829, á constituição das pequenas e grandes posses. No contexto do XIX. Visa-se discutir, desse modo, a relação que se estabelecia, os encontros e desencontros entre grandes proprietários e pequenos posseiros, no caso, os pobres e livres que estavam na condição de sitiantes, agregados e/ou camaradas pelas terras de Sant’Anna do Paranahyba. De modo que possamos atribuir outra perspectiva no processo de ocupação da terra para além da explicação da história pelo viés do determinismo escravista. Busca se então deixar claro o papel dos pobres e livres dentro deste processo de ocupação e trabalho da terra, mostrando aspectos como o abastecimento interno e o pequeno comércio, aspectos marginais dentro da historiografia da América portuguesa/império visa-se aprofundar o estudo nessa área de trabalho de modo a contribuir com o reconhecimento do trabalho e esforços desempenhados pelos pobres e livres no Sul de Matogrosso e em sua relação com a terra. Palavras-Chave: Pobres livres, Terra, Trabalho

REVOLTAS ANTICOLONIAIS: REPENSANDO AS REVOLTAS “ONTEM E HOJE”

SANTOS, Nubia Sotini dos; TARONI, Guilherme Ferreira, RODRIGUES, Sávio Maia Resumo: O presente trabalho busca mostrar algumas reflexões oriundas da prática docente desenvolvida por meio de uma Oficina intitulada “Revoltas Anticoloniais: Repensando no ontem e hoje” aplicada em uma escola pública estadual do Mato Grosso do Sul. Para contextualizar, cabe dizer que o trabalho foi desenvolvido junto ao grupo do PIBID – História da UFMS/CPTL, sob orientação do Prof. Dr. Leandro Hecko (Coordenador de Área) e partiu de reflexões acerca da Educação Histórica e do campo de possibilidades que ela abre para a discussão de Revoltas e a construção de ideais revolucionárias. Neste sentido, apresentaremos o caminho que percorremos na execução da Oficina: a Oficina contou com atividade diagnóstica, aulas expositivas acerca dos revoltosos e suas práticas no final do século XVIII e início do XIX na História, onde buscamos fazer pequenos paralelos com a atualidade, e uma atividade final buscando observar as perspectivas perante o passado nacional e suas consequências no presente. Em linhas gerais, portanto, problematizou-se um conjunto de questões do cotidiano dos alunos que possui raízes históricas e devem ser necessariamente refletidas na vida prática dos sujeitos. Por fim, mostraremos algumas perspectivas levantadas a partir do olhar sobre as atividades desenvolvidas. Palavras-Chave: Educação Histórica; Revoltas; PIBID; Atualidade;

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OS “ANOS DE CHUMBO” E O ALTERNATIVO OPINIÃO

VENTURINI, Luan Gabriel Silveira Resumo: A presente comunicação tem por intento estudar e compreender as críticas e denúncias nas publicações do periódico alternativo Opinião, em relação ao Regime ditatorial vigente e consequentemente o cenário político, repressivo e censurador que se abateu sobre o eixo Rio-São Paulo. O respectivo recorte – “Anos de Chumbo” – foi escolhido pois é nesse contexto ainda mais autoritário, mais repressivo e mais censurador que se formam os diversos movimentos de esquerda armados; e se dá o boom da imprensa alternativa no Brasil, ou seja, é um momento de muita efervescência para as pessoas e as organizações que eram obrigados a viver em uma certa clandestinidade, mas que combatiam, criticavam e faziam de tudo para expor as suas ideias. O Opinião, foi um semanário brasileiro fundado e sediado na cidade do Rio de Janeiro, que circulou entre 1972 e 1977, portanto, é um dos muitos que surgiu nesse contexto efervescente, e que em suas publicações contrastou radicalmente com os semanários que tratavam de temas cotidianos da sociedade brasileira, como a Veja, a fim de desmentir grande parte das vezes o que a grande mídia divulgava a sociedade brasileira. Sendo assim, é importante compreender essas discussões proporcionadas pelo Opinião, como forma de oposição e luta contra o Regime. Palavras-Chave: Alternativo; imprensa; Anos de Chumbo; clandestinidade; oposição. DIVERSÃO E EDUCAÇÃO: OS BENEFÍCIOS E AS POSSIBILIDADES DAS CHARGES E

HQS NO ENSINO DE HISTÓRIA

VENTURINI, Luan Gabriel Silveira; ARAÚJO, Francisco Fernandes de Resumo: O presente artigo tem como intento analisar e compreender o uso das novas tecnologias da informação no ensino de História para a educação básica, a fim de destacá-las como excelentes suportes pedagógicos, que proporcionam a discentes e docentes aulas mais dinâmicas e atrativas. Sendo assim, o trabalho apresenta que as novas tecnologias podem sim ser “parceiras” do ensino e não vilãs, como alguns professores pensam. A ferramenta que iremos analisar no trabalho são as charges e as HQs, que vêem ao longo dos anos ganhando mais adeptos, devido ao seu caráter extremamente convidativo e prazeroso. Outra característica positiva e que desperta ainda mais o interesse dos docentes por essa ferramenta é o seu fácil acesso e baixo custo, ou seja, podem ser encontradas em jornais, revistas, internet; sem professores e estudantes terem a necessidade de desembolsar valores absurdos. O trabalho irá se ater a explicação das diferenças de charges e HQs, além de apresentar de que forma esses instrumentos podem ser utilizados nas aulas de História; proporcionando ao leitor/professor uma base que pode guia-lo na utilização dessas ferramentas. Por fim, o artigo também evidencia que em uma sociedade cercada pela presença das muitas mídias e linguagens, enquanto professores de História devemos ir além do método tradicional e proporcionar uma aula mais convidativa. Palavras-Chave: Novas tecnologias; informação; ensino de História; charges; HQs.

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