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CAIXA DE ALCOBAÇA CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE ALCOBAÇA, CRL

RELATÓRIO ANUAL E

CONTAS DO EXERCÍCIO

2014

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ÍNDICE:

I. Enquadramento Macroeconómico e Mercado Bancário 5

II. Crédito Agrícola – Evolução Recente 26

III. Evolução da Actividade da Caixa de Alcobaça em 2014 37

IV. Balanço, Demonstração de Resultados e Anexos às

Contas

59

V. Proposta de Aplicação de Resultados 117

VI.

VII.

Parecer do Conselho Fiscal

Certificação Legal de Contas

121

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I. Enquadramento Macroeconómico e Mercado Bancário

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ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO

1. Economia Mundial

Segundo as últimas previsões do Fundo Monetário Internacional (FMI), publicadas no

update do World Economic Outlook de Janeiro de 2015, o crescimento da economia mundial

em 2014 manteve a tendência de abrandamento dos últimos anos, fixando-se nos 3,3%.

As projecções apontam ainda para que o PIB no conjunto das economias desenvolvidas

tenha crescido 1,8% em 2014, apesar do incipiente crescimento do Japão (0,1%). A zona

Euro registou um ligeiro crescimento do PIB da ordem dos 0,8% em 2014.

Como um todo, o FMI estima que a economia mundial cresça 3,5% em 2015, um aumento

face aos 3,3% estimados para 2014, e volte a crescer 3,7% em 2016, valores que foram

revistos em baixa desde o update de Outubro de 2014. As sucessivas previsões incorporam

a materialização de vários riscos, com destaque para o abrandamento das economias

emergentes (caso de China, Brasil e Rússia) e para a acentuação das tensões geopolíticas.

Nas economias mais avançadas, a recuperação assenta na consolidação dos Estados Unidos,

no forte desempenho do Reino Unido e na ténue retoma da zona Euro.

O crescimento mundial previsto poderá ser catalisado pela redução dos preços do petróleo1,

mas será certamente atenuado pela reduzida propensão ao investimento resultante das

fracas expectativas quanto ao crescimento a médio prazo em muitas das economias

emergentes e desenvolvidas.

1 De Setembro de 2014 a Janeiro de 2015, os preços do petróleo em dólares americanos reduziram 55%. Esta quebra justifica-se não apenas pela redução da procura (especialmente dos países emergentes), mas essencialmente pela decisão da OPEP em manter os níveis de produção apesar do consistente aumento de produção de produtores que não fazem parte da OPEP (em particular, os E.U.A). Espera-se que esta queda de preços venha a ter impacto negativo nos investimentos e na capacidade futura de produção do sector petrolífero.

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Variação anual do PIB (em percentagem)

2011 2012 2013 2014E 2015 P 2016 P

Economia Mundial 3,9% 3,1% 3,3% 3,3% 3,5% 3,7%

Economia Desenvolvidas 1,7% 1,4% 1,3% 1,8% 2,4% 2,4%

Estados Unidos 1,8% 2,8% 2,2% 2,4% 3,6% 3,3%

Zona Euro 1,5% -0,7% -0,5% 0,8% 1,2% 1,4%

Japão -0,6% 1,4% 1,6% 0,1% 0,6% 0,8%

Economias Emergentes 6,2% 4,9% 4,7% 4,4% 4,3% 4,7%

Rússia 4,3% 3,4% 1,3% 0,6% -3,0% -1,0%

China 9,3% 7,7% 7,8% 7,4% 6,8% 6,3%

Índia 6,3% 3,2% 5,0% 5,8% 6,3% 6,5%

Brasil 2,7% 1,0% 2,5% 0,1% 0,3% 1,5%

Comércio Mundial (Bens e Serviços) 6,1% 2,7% 3,4% 3,1% 3,8% 5,3%

Fonte: World Economic Outlook, Outubro 2014, com update em Janeiro de 2015

Evolução Económica Mundial

A estagnação e a deflação continuam na agenda das preocupações dos países da zona Euro

e do Japão. Na zona Euro, o crescimento no final de 2014 ficou aquém do esperado e as

expectativas de crescimento estão alicerçadas na redução dos custos energéticos, na

política monetária (já amplamente reflectida nos mercados financeiros e nas taxas de juro),

na política fiscal mais neutral e na recente depreciação da moeda.

Crê-se que, ao longo de 2015, o desempenho global do mercado europeu será igualmente

influenciado por expectativas que se possam gerar quanto ao avanço das negociações,

entre a Grécia e os outros governos da zona Euro, sobre o programa de resgate do país e o

pagamento ou refinanciamento da dívida2 contraída junto do BCE e do FMI.

A China registou uma quebra no investimento no 3º trimestre de 2014 e uma desaceleração

nos principais indicadores económicos. A vontade das autoridades chinesas em favorecer o

consumo em detrimento do investimento, no sentido de reduzir o excesso de produção,

significa que a elevada dívida das empresas não pode continuar a ser sistematicamente

financiada, sendo de esperar que, no decurso de 2015, as autoridades procurem reduzir as

vulnerabilidades geradas pelo rápido crescimento do crédito e atenuar os impactos regionais

na Ásia emergente.

A súbita queda de preços do petróleo e o aumento de tensões geopolíticas (após a

anexação da Crimeia) têm afectado a confiança e o desempenho da economia da Rússia e

têm levado à depreciação do rublo, bem como ao enfraquecimento das expectativas de

2 O valor da dívida situa-se nos 316 mil milhões de euros equivalentes a 169% do PIB grego.

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crescimento das economias do grupo de Estados Independentes da Common Wealth e da

Europa.

1,8%1,5%

-0,6%

9,3%

2,8%

-0,7%

1,4%

7,7%

2,2%

-0,5%

1,6%

7,8%

2,4%

0,8%0,1%

7,4%

3,6%

1,2%0,6%

6,8%

3,3%

1,4%0,8%

6,3%

Estados Unidos Zona Euro Japão China

Evolução Económica Internacional

2011 2012 2013 2014E 2015 P 2016 P

Fonte: World Economic Outlook, update de Janeiro de 2015

Após um primeiro trimestre de contracção, em 2014, os Estados Unidos conseguiram

registar um crescimento no PIB de 2,4% e uma acentuada quebra na taxa de desemprego

via criação líquida de empregos que, conjugados com os factos observados noutras regiões

do globo, conduziram a uma apreciação do dólar. As projecções para 2015 e 2016 apontam

para crescimentos anuais acima dos 3,0%, com a procura interna sustentada na redução

dos custos energéticos, no ajustamento fiscal mais moderado, sendo expectável, no

entanto, um aumento progressivo das taxas de juro no decorrer do ano pela Fed.

Nos mercados financeiros internacionais são perspectivados riscos de alteração do clima de

investimento e é esperada a ocorrência de períodos de volatilidade e de alteração dos fluxos

de capitais, podendo estes eventos virem a surpreender a actividade das maiores economias

e a suspender ou alterar o percurso expectável de normalização da política monetária

americana.

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2. Economia Portuguesa

Após uma estabilização do nível de actividade nos três primeiros trimestres de 2014, as

projecções mais actuais apontam para uma trajectória de recuperação gradual iniciada em

2013. O produto interno bruto deverá registar um crescimento da ordem dos 0,9% em 2014

e perspectiva-se um crescimento de 1,5% para 2015 e de 1,6% para 2016, o que se traduz

numa expectativa de evolução ligeiramente mais favorável que a do conjunto da zona Euro.

A dinâmica da economia portuguesa deverá continuar a ser assegurada pelo

comportamento das exportações e pela recuperação da procura interna que, a

concretizarem-se, permitirão manter os excedentes da balança corrente e de capital. Muito

embora tenha vindo a ser efectuada uma afectação de recursos aos sectores

transaccionáveis e produtivos, a redução da alavancagem dos sectores público e privado, a

evolução demográfica no país aliada aos movimentos de emigração de mão-de-obra

qualificada, os limitados níveis de produtividade por trabalhador e o reduzido dinamismo dos

principais parceiros comerciais na Europa (e.g. França) e nos PALOP (e.g. Angola)

continuarão a condicionar o crescimento da economia portuguesa no futuro.

Nas economias emergentes e em desenvolvimento destaca-se a tendência para

abrandamento do crescimento (e.g. China, Brasil) e para as tensões geopolíticas com a

Rússia.

Nas economias avançadas assiste-se à redução da inflação (na zona Euro para valores

próximos de zero), um arrefecimento do mercado europeu e uma recuperação económica

abaixo do esperado em países como a França, a Itália e a Alemanha.

Estes desenvolvimentos foram contrabalançados, em parte, pela acentuação da política

monetária expansionista na área do Euro, pela evolução favorável dos mercados de dívida

soberana e, recentemente, pela redução do preço do petróleo e da cotação do euro em

dólares. No entanto, esta evolução tem obrigado as empresas portuguesas a reverter o peso

dos países não europeus nos seus mercados exportadores.

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-1,3%

-3,2%

-1,4%

0,9%1,5% 1,6%

2011 2012 2013 E 2014 P 2015 P 2016 P

Indicadores da Economia Portuguesa∆ % anual PIB

Fonte: Boletim Económico BdP

Para 2015, são preocupantes as expectativas de desaceleração económica em Angola3 e a

imposição de quotas à importação de produtos básicos como estratégia de mitigação do

impacto cambial decorrente dos menores volumes de exportação e de proteccionismo à

produção local.

Em Maio de 2014, Portugal concluiu o Programa de Assistência Económica e Financeira sem

recurso a um programa cautelar. Nesse mesmo mês, o Tribunal Constitucional inviabilizou 3

normas do Orçamento de Estado para 2014, apenas parcialmente substituídas em Setembro

de 2014.

-3,3%

-5,4%

-1,4%

2,2% 2,1% 1,3%

-5,1%-4,8%

-1,9% -0,5% -0,5%

0,5%

-10,5%

-14,3%

-6,3%

2,2%4,2% 3,5%

2011 2012 2013 E 2014 P 2015 P 2016 P

Indicadores da Economia Portuguesa∆ % anual Procura Interna

Consumo Privado Consumo Público Investimento (FBCF)

Fonte: Boletim Económico BdP

3 Angola é o 4º maior destino das exportações portuguesas a seguir à Espanha, Alemanha e França.

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Em 2014, o consumo privado e a FBCF registaram um crescimento da ordem dos 2,2%

embora a sua evolução permaneça condicionada pelos elevados níveis de endividamento

das famílias e das empresas. Por seu lado, a procura interna total registou um crescimento

de 2,3% no mesmo período. Observou-se uma menor redução do investimento em

habitação, que no entanto ainda representa cerca de 30% do valor registado no ano 2000.

A formação bruta de capital fixo interrompeu, em meados de 2013, a trajectória de redução

registada desde 2009 que implicou uma contracção deste agregado em cerca de 30%. Em

2014, a diminuição do investimento em construção terá sido mais do que compensada por

um crescimento assinalável das componentes relativas ao material de transporte e às

máquinas e equipamentos, à semelhança do que vinha sendo observado desde o final de

2013.

O investimento público, após uma queda acumulada de 60%, no período de 2011 a 2013,

registou um aumento de 5,6% em 2014, embora permaneça condicionado pela necessidade

de consolidação orçamental.

O crescimento das importações reflectiu a já referida evolução das rubricas da procura

global com maior conteúdo importado, nomeadamente a FBCF em material de transporte e

em máquinas e bens de equipamento e o consumo de bens duradouros.

Este crescimento resulta do facto de a economia portuguesa ter entrado num processo de

reorientação para os sectores transaccionáveis, incluindo investimento em bens com

elevado conteúdo importado, reflectindo-se na variação de existências e no investimento

empresarial cujo crescimento é habitualmente mais elevado num contexto de recuperação

da actividade, dada a necessidade de repor níveis médios de stocks, após períodos de

redução ou de menor manutenção dos bens de capital sujeitos a depreciação.

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6,9%

3,2%

6,4%

2,6%4,2%

5,0%

-5,3%-6,6%

3,6%

6,3%

3,1%4,7%

2011 2012 2013 E 2014 P 2015 P 2016 P

Indicadores da Economia Portuguesa∆ % anual Sector Externo

Exportações ImportaçõesFonte: Boletim Económico BdP

Em 2014, as importações de bens e serviços deverão ter apresentado um crescimento de

6,3%, o que traduz um aumento da penetração de importações idêntico ao registado em

2013, resultando numa relativa estabilidade deste indicador no período 2011-2014.

Excluindo os bens energéticos, os preços das importações diminuíram em 2013 e 2014.

As exportações cresceram de forma moderada, reflectindo contributos semelhantes entre a

componente de bens e a de serviços e reflectindo um menor contributo para o crescimento

do PIB comparativamente com a realidade dos últimos anos. As projecções para as

exportações de bens e serviços apontam para um crescimento de 2,6% em 2014.

De acordo com o Instituto Nacional de Estatística, Portugal registou, em 2014, uma taxa de

inflação negativa de 0,3% influenciada pelos baixos níveis de procura e pela queda do preço

do petróleo. No período de Janeiro a Outubro de 2014, o diferencial negativo de preços foi

generalizado às principais componentes do índice harmonizado de preços no consumidor

(IHPC), excepto os bens energéticos.

De acordo com dados do INE, o défice das administrações públicas situou-se em 4,9% do

PIB nos primeiros nove meses de 2014. Contudo, excluindo os efeitos pontuais resultantes,

entre outros, das operações de financiamento do Estado à Carris e à STCP, o défice neste

período foi de 3,9%, o que compara com um défice de 4,4% registado no período

homólogo de 2013, igualmente excluindo os efeitos pontuais, neste caso associados à

reclassificação do aumento de capital no Banif.

Em termos homólogos, a receita total das administrações públicas registou um aumento de

3,3%, reflectindo essencialmente a evolução positiva da receita fiscal (mais de 1/3 explicada

pelo aumento dos impostos directos4). A despesa também registou um aumento, embora

4 Este resultado é, em larga medida, explicado pelo comportamento do IRS cuja melhoria homóloga acumulada até Outubro foi de 11% e para o qual contribuíram as retenções na fonte, a declaração da inconstitucionalidade da redução remuneratória aplicável aos

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bastante mais moderado (+1,2%), fundamentalmente resultante do crescimento das

despesas com pessoal e com prestações sociais.

A Direcção Geral do Orçamento prevê que o défice das administrações públicas até

Novembro tenha ascendido a 6.420 milhões de euros, continuando a situar-se

significativamente abaixo do observado no período homólogo de 2013 (9.186 milhões de

euros).

As últimas estimativas apontam para um défice orçamental de 7.074 milhões de euros no

final de 2014 e um défice orçamental ajustado de medidas extraordinárias de 3,8% do PIB.

A dívida pública portuguesa atingiu os 225,9 mil milhões de euros no mês de Novembro, o

que se traduz numa subida de 0,7% (+1,5 mil milhões de euros) que o registado no mês

anterior.

O rácio da dívida pública na óptica de Maastricht subiu para 131,4% do PIB no final do 3º

trimestre, registando um agravamento de 1,9 p.p. face ao verificado no trimestre anterior.

Deste modo, o cumprimento do rácio da dívida previsto pelo Ministério das Finanças para o

final de 2014 (127,2% do PIB) implica uma redução do stock de dívida no último trimestre

de 2014 em 5,1 mil milhões de euros. Apesar da quebra verificada em Novembro, prevê-se

que, em 2014, o rácio ainda tenha ficado acima da meta estabelecida. Além do valor

nominal da dívida, a magnitude desse desvio dependerá do PIB nominal que o Conselho de

Finanças Públicas estima ficar abaixo da previsão do Ministério das Finanças.

Em Setembro de 2014, e pela primeira vez desde Junho de 2008, o Tesouro português

emitiu dívida com prazo superior a 10 anos (concretamente através de um leilão de

obrigações com maturidade a 15 anos) num momento em que o interesse de investidores

por dívida pública dos países periféricos da zona Euro colocava os juros em níveis

historicamente baixos.

No 1º trimestre de 2015, o IGCP espera conseguir colocar 3.750 milhões de euros em

bilhetes de tesouro no mercado, estimando o lançamento de emissões mensais entre os

1.000 e os 1.250 milhões de euros. Durante o ano de 2015, a agência de gestão da

tesouraria e da dívida pública prevê obter um montante entre 12 e 14 mil milhões de euros

através da emissão bruta de obrigações do tesouro (OT), combinando sindicatos e leilões. O

funcionários públicos e do pagamento dos subsídios de férias aos funcionários do sector público e pensionistas, a evolução favorável do mercado de trabalho e o próprio aumento da eficiência no combate à evasão fiscal e à fraude.

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montante das necessidades de financiamento líquidas do Estado em 2015 situa-se em cerca

de 11 mil milhões de euros.

Sublinhe-se que as taxas de rendibilidade da dívida pública têm registado uma trajectória

descendente desde Outubro de 2014, situando-se a taxa média mensal de rentabilidade das

obrigações do tesouro português (OT) e com maturidade residual de 10 anos, em Janeiro

de 2015, nos 2,49% (que comparam com os 6,24% registados em Janeiro de 2013).

Evolução dos Spreads da Dívidas (a 10 anos) de Países da Periferia face à Dívida Alemã

0%

5%

10%

15%

20%

25%

30%

35%

jan

-10

fev-

10

mar

-10

abr-

10

mai

-10

jun

-10

jul-

10

ago

-10

set-

10

ou

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0n

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1ju

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1ju

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1ag

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1se

t-1

1o

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11

no

v-11

dez

-11

jan

-12

fev-

12

mar

-12

abr-

12

mai

-12

jun

-12

jul-

12

ago

-12

set-

12

ou

t-1

2n

ov-

12d

ez-1

2ja

n-1

3fe

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3m

ar-1

3ab

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3m

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3ju

n-1

3ju

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3ag

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3se

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3o

ut-

13

no

v-13

dez

-13

Evolução dos Spreads dos 10 anos face à Alemanha

Spread Espanha-Alemanha Spread Itália-Alemanha Spread Portugal-Alemanha

Spread Grécia-Alemanha Spread Irlanda-Alemanha

Fonte: DF / Caixa Central com base em informação Bloomberg

De acordo com o inquérito ao emprego, promovido pelo INE, o emprego total aumentou

2,1% no 3º trimestre de 2014 e em termos homólogos, após uma redução de 2,6% no

conjunto do ano 2013. O emprego privado por conta de outrem está a recuperar de forma

consistente com a evolução da actividade económica, complementado com o acréscimo de

volume de emprego gerado por políticas activas de emprego, donde se destacam os

estágios profissionais comparticipados pelo Estado. De acordo com o IEFP, estima-se que o

aumento de estágios profissionais no último ano terá contribuído em cerca de 0,9 p.p. para

o crescimento homólogo do emprego privado por conta de outrem, registado no 3º

trimestre de 2014.

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É igualmente importante referir que, entre Janeiro e Novembro de 2014, as insolvências de

empresas reduziram face ao período homólogo de 2013 (de 7.515 para 6.308), embora

estes valores possam estar ligeiramente influenciados pela instabilidade da plataforma Citius

(Ministério da Justiça). Este facto demonstra que o ajustamento do tecido empresarial

português está, na sua maioria, a estabilizar. No acumulado de Janeiro a Novembro de

2014, foram criadas 32.257 empresas em Portugal, praticamente igualando as 34.714

empresas constituídas no ano passado (esta dinâmica é assinalável se se recordar que o

ano iniciou com uma redução homóloga de 22%).

3. Mercados Financeiros

Para além de um elevado nível de desemprego, a zona Euro encontra-se condicionada por

um prolongado período de reduzida inflação que, a não ser revertido rapidamente, poderá

conduzir mesmo a um temido cenário de deflação. Neste contexto, com o objectivo de

assegurar o cumprimento do seu mandato (cujo programa inclui o objectivo de assegurar a

manutenção de um nível de inflação próximo mas inferior a 2%), o BCE tem sido obrigado

nos últimos meses a tomar medidas relevantes, nomeadamente:

• Lançamento de programa de operações de refinanciamento de prazo alargado

direccionadas (ORPA direccionadas), operações que, de acordo com o Boletim de

Agosto do Banco Central, “proporcionarão financiamento de longo prazo com

condições atractivas durante um período de até quatro anos a todos os bancos que

cumpram determinados referenciais aplicáveis aos empréstimos que disponibilizam à

economia real”;

• Lançamento de programas de aquisição de instrumento de dívida titularizada (Asset-

Backed Securities - ABSPP) e Covered Bonds (CBPP3) com o objectivo de permitir a

flexibilização do balanço das instituições financeiras;

• Redução das taxas de referência, com especial destaque para as reduções da taxa de

referência das operações de refinanciamento para os 0,05% e da taxa de depósito

para os -0,20%; e

• Alargamento do programa de compras de activos em grande escala para emissões de

dívida pública soberana da zona Euro, assim como de agências soberanas e

instituições europeias (medida lançada em 2015).

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Relatório e Contas 2014

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O BCE espera que, com estas medidas, se assista finalmente a um aumento do financiamento

à economia real, com efeitos positivos sobre o crescimento da procura interna, nível de

emprego e inflação, e não apenas a uma valorização pouco consequente dos activos

financeiros (acções e obrigações).

A reunião do BCE de 22 de Janeiro de 2015, onde foi decidida e anunciada a compra de

activos que incluem dívida soberana da zona euro à razão de 60 mil milhões de euros por

mês, foi vista como o último grande passo no esforço de elevar a taxa de inflação para os

níveis assumidos pelo mandato do BCE.

Não obstante todas as iniciativas do BCE, as dúvidas permanecem relativamente aos efeitos

práticos da adopção de uma política monetária agressiva não acompanhada por uma

alteração da política orçamental da zona Euro que passe a estar mais condicionada pelo

crescimento e menos pelos níveis dos défices orçamentais dos diversos países.

Durante o ano de 2014, as taxas implícitas nas obrigações de dívida pública dos diversos

países da zona Euro apresentaram uma trajectória descendente, tendo sido atingidos

sucessivos níveis mínimos históricos. No entanto, é importante distinguir a performance das

yields dos países do centro da Europa – Alemanha, França, Holanda, etc. – da performance

dos países periféricos5 – Portugal, Espanha, Itália e Grécia – devido ao prémio de risco de

crédito (“spread”) existente entre estes dois grupos (e entre países nestes 2 grupos).

Em 2015, não é de excluir a verificação de choques relevantes associados a uma alteração do

sentimento dos mercados relativamente à avaliação dos diversos riscos prevalecentes na

zona Euro, associada nomeadamente a resultados das eleições legislativas a realizar em

muitos países, entre eles Grécia, Portugal, Espanha e Reino Unido, divergências políticas

internas na zona Euro ou confrontações geoestratégicas. A expressiva vitória do Syriza,

partido que se apresenta como de esquerda radical, nas eleições gregas realizadas a 25 de

Janeiro de 2015, é o primeiro sinal de que muitos eleitorados se encontram saturados com a

presente situação da União Europeia e que não deixará de se verificar, nos próximos meses,

um aceso confronto entre visões antagónicas de organização e condução da política comum

europeia.

5 A melhoria do risco percepcionado pelo mercado permitiu, por exemplo, que, em Setembro de 2014, Portugal se financiasse numa emissão

de dívida com vencimento a 15 anos (já em Janeiro de 2015 Portugal colocou uma nova emissão com vencimento a 30 anos) e que as yields da dívida pública nacional se encontrassem no final de 2014 em níveis mínimos históricos. Também as obrigações de dívida pública de Espanha

e de Itália registaram uma apreciação considerável tendo, na dívida a 10 anos, registado uma redução dos seus spreads face à dívida alemã

para os 1,32% e 1,11%, quando estes spreads eram, no final de 2013, de 2,20% e 2,15%, respectivamente.

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Relatório e Contas 2014

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Em termos de taxas de referência do mercado interbancário, a agressiva política de taxas,

adoptada pelo BCE, originou uma nova descida das taxas Euribor. As previsões indicam que

as taxas Euribor se deverão manter em níveis mínimos históricos nos próximos trimestres. A

manutenção das taxas Euribor nestes níveis acarreta um desafio para as instituições

financeiras que, no contexto nacional, ainda possuem uma parte significativa da sua carteira

de crédito indexada a este indexante (situação particularmente relevante no caso do crédito à

habitação contratado antes da início da crise financeira).

Também os mercados accionistas têm beneficiado da melhoria da confiança e muito

particularmente dos elevados níveis liquidez disponível. Em comparação com os valores

registados em 2010, o SP 500, o Nikkei e o DAX registam subidas de 65%, 71% e 42% (em

2014, estes índices registaram variações de 13%, 7% e 3% respectivamente). Por sua vez, o

IBEX 35 e o CAC 40 apresentaram evoluções mais modestas, registando crescimentos de 4%

e 12%, respectivamente. O índice português, PSI-20, desvalorizou-se em 37% durante este

período.

Esta evolução, muito condicionada pela severidade da contracção da economia nacional

verificada entre 2011 e 2013, foi mais recentemente afectada pela crise registada no Grupo

Espírito Santo. Efectivamente, em Maio de 2014, o índice PSI-20 situava-se nos 7,115 pontos

(acumulando uma descida de 4% face a 2010), tendo registado até ao final de 2014 uma

queda de 27% para o nível de 4.802 pontos.

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Relatório e Contas 2014

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A crise no Grupo Espírito Santo teve, ao nível das cotações bolsista das empresas do PSI-20,

consequências negativas directas – BES, ESFG e PT – e consequências indirectas, associadas

a um contexto de incerteza relativamente ao impacto que a queda deste grupo financeiro

teria sobre a economia considerando uma redução do crédito agregado, o impacto sobre a

situação financeira dos credores afectados e a perda de confiança dos mercados

internacionais relativamente à real condição do sistema financeiro nacional.

Nos mercados cambiais, o ano de 2014 foi marcado pela descida do Euro face a algumas das

principais moedas mundiais. A desvalorização do Euro está directamente relacionada com as

expectativas do mercado acerca da política monetária e do crescimento e desenvolvimento da

economia europeia em relação às restantes economias mundiais desenvolvidas. Com o BCE a

adoptar, em contraciclo, particularmente face à política seguida pela FED, medidas

extraordinárias de combate à baixa inflação e de incentivo à recuperação da economia da

zona Euro, o Euro (€) perdeu, em 2014, 12% do seu valor face ao Dólar e 6% face à Libra

Esterlina, tendo-se no entanto mantido praticamente inalterada a taxa de câmbio face ao Yen

Japonês. A tendência de desvalorização acentuou-se a partir de Maio de 2014, fruto das

pressões deflacionistas e da divulgação de indicadores macroeconómicos desapontantes.

As perspectivas para a evolução do Euro continuam a ser de desvalorização, sendo que esse

é também, embora não expresso, um dos objectivos da política europeia de modo a permitir

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Relatório e Contas 2014

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importar alguma inflação e a aumentar a competitividade da indústria da zona Euro e a

dinamizar as exportações.

No início de 2015, o Euro registou uma nova depreciação face ao dólar, tendo o câmbio

atingido um mínimo de 1,11 USD por EUR na sequência do anúncio de compra de dívida

pública soberana por parte do BCE e da divulgação do resultado das eleições legislativas na

Grécia.

Ao nível do mercado cambial, merece ainda destaque a decisão tomada, já em 2015 e pelo

Banco Nacional Suíço, de abandonar o seu objectivo de manutenção de um câmbio mínimo

de 1,20 Francos Suíços por Euro, situação que originou uma forte valorização do Franco Suíço

face ao Euro.

No que diz respeito às commodities, resultado da divulgação de projecções económicas que

indiciam um menor crescimento em 2015 face aos valores anteriormente estimados, a

International Energy Agency reduziu a sua previsão para o aumento da procura global de

petróleo em 2015 com efeitos sobre a evolução do preço desta matéria-prima (no final de

2013 o preço do barril era de 110,8 USD, fechando o ano de 2014 em 58,2 USD por barril). A

tendência de diminuição do preço por barril estendeu-se ao início do ano de 2015, chegando

o barril a ser transaccionado por apenas 45 USD.

Por outro lado, o ouro voltou a cair para os níveis mínimos de 2013 devido a rumores de que

a Reserva Federal dos Estados Unidos pudesse vir a subir a taxa de juro mais cedo do que

inicialmente antecipado. A depreciação durante do ano de 2014 situou-se em

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Relatório e Contas 2014

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aproximadamente 1,5%. No entanto, à luz da deterioração dos indicadores económicos na

zona Euro assim como do escalar das pressões políticas extremistas e da insegurança nos

mercados, em 2015, o ouro iniciou o ano a apreciar cerca de 8%.

Nas commodities agrícolas, no mercado do trigo, os preços em 2014 caíram cerca de 15%,

para em Setembro atingirem o valor mais baixo em quatro anos, após as previsões do

governo dos Estados Unidos que apontam para um nível de produção recorde à escala global

e para o aumento do nível de reservas. Por sua vez, o preço dos contractos sobre futuros de

milho e de soja, negociados na principal bolsa de futuros, também registam um desempenho

negativo em 2014, apresentando quedas de 6% e 22%, respectivamente. A queda do preço

destes bens agrícolas está também relacionada com o aumento da produção mundial e fracas

perspectivas de aumento de consumo. Já o preço do azeite negociado na bolsa de futuros

MFAO, da qual o Grupo Crédito Agrícola através da Caixa Central é membro, registou uma

valorização significativa durante 2014, tendo atingido o valor de 2.600 euros por tonelada de

azeite.

Evolução do Mercado Bancário

A turbulência vivida nos mercados financeiros, nomeadamente de dívida pública, com

destaque para os países do sul da Europa, a par com um aumento das imparidades nos

investimentos e activos imobiliários, colocaram as instituições financeiras perante a

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Relatório e Contas 2014

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necessidade de reforçar os níveis de fundos próprios para acomodar perdas efectivas e

potenciais geradas. Com recurso ao plano de recapitalização da banca promovido pelo

Estado português, em 2012 e no montante de 7,8 mil milhões de euros, os bancos em

situações de maior fragilidade em termos de rácios de capital ou solvabilidade puderam

reforçar os seus capitais para dar resposta aos requisitos de Basileia III. No final do 3º

trimestre de 2014 (excluindo o Novo Banco), o rácio entre o capital Tier 1 e o activo total

situou-se em 7,6%, aumentando 0,3 p.p. face ao trimestre anterior, enquanto o rácio CET 1

resultante do agregado dos bancos atingiu os 12,6%.

Desde início de 2013, o sistema bancário nacional tem vindo a procurar reduzir exposições

de liquidez junto do BCE (o financiamento obtido junto do Eurosistema diminuiu para níveis

mínimos desde o início do P.A.E.F.) e a tomar medidas adicionais de reforço de capital,

ainda que em condições adversas que se adensam desde 2012 e que geram pressão nas

contas de exploração e nos fundos próprios dos bancos, nomeadamente devido à

manutenção das taxas directoras em níveis historicamente baixos, à crescente acumulação

de volumes de crédito vencido difíceis de recuperar e à ainda reduzida actividade e procura

no mercado imobiliário a impossibilitar a redução das sobredimensionadas carteiras de

imóveis em posse directa ou indirecta dos bancos.

Inevitavelmente, a actividade do sistema bancário permanece muito condicionada pela

envolvente macroeconómica e financeira e, em particular, pela redução do nível de

endividamento da economia portuguesa, que afecta de forma transversal todos os agentes

económicos e que provoca uma significativa contracção do negócio bancário.

O activo total do sistema bancário português (excluindo o Novo Banco) era de 374 mil

milhões de euros a Setembro de 2014 que comparam com os 375 mil milhões de euros

registados em Junho de 2014 (se excluirmos o BES). Face ao trimestre homólogo de 2013,

verificou-se uma significativa redução dos activos justificados pela redução da carteira de

crédito concedido.

Na realidade, as reduzidas expectativas quanto ao desempenho do sector traduzem-se, em

larga medida, na fraca capitalização bolsista dos bancos cotados quando comparada com a

respectiva situação líquida (ou valor contabilístico das acções).

Desde meados de 2011 que os principais agregados de crédito registam taxas de variação

anuais negativas, consequência de uma acentuada quebra no rendimento disponível das

famílias e dos elevados níveis de desemprego e, no caso das empresas, da erosão de

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Relatório e Contas 2014

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rentabilidade nas empresas, provocada por quebras de margem e pelo muitas vezes

insustentável peso da dívida na estrutura dos balanços, factor particularmente crítico nas

micro e pequenas empresas.

Taxa de variação anual

2011 2012 2012 2013 2013 2014 2014

Dez Jun Dez Jun Dez Jun Nov

TOTAL -2,1 -3,9 -1,1 -0,6 -0,2 -3,9 -4,2

Empresas -1,9 -4,0 0,7 1,1 0,8 -4,0 -3,7

Particulares -2,2 -3,7 -3,3 -2,7 -1,5 -3,8 -4,9

Crédito à habitação -1,6 -3,0 -3,4 -3,8 -3,8 -3,7 -3,8

Outro crédito a particulares -4,9 -7,2 -1,5 0,9 5,7 -2,8 -7,1

AGREGADOS DE CRÉDITO

A tendência descendente do rácio de transformação do sector financeiro reflecte a redução

do crédito concedido pelo sistema bancário (-4,2% a Nov.2014) e o moderado crescimento

dos depósitos de clientes (famílias e empresas) que, de forma crescente, procuram

aumentar os níveis de poupança através de soluções de aforro e de gestão de tesouraria.

Relativamente ao crédito a sociedades não financeiras, observou-se ainda uma taxa

negativa de variação anual do crédito total a sociedades não financeiras privadas (de -

3,1%), bem como da taxa de variação anual do crédito total a sociedades não financeiras

públicas que não consolidam nas administrações públicas de -17,6%.

No que se refere ao crédito a particulares, a taxa de variação anual do crédito para

aquisição de habitação foi de -3,8% e do crédito para consumo e outros fins foi de -7,1%.

A taxa de variação homóloga dos depósitos bancários do sector privado não monetário

atingiu os +2,4%, tendo no caso dos depósitos de particulares alcançado apenas +0,5%.

A qualidade do crédito6 continua a pressionar a rendibilidade dos bancos em consequência

do aumento continuado dos níveis de imparidades (de crédito e de outros activos) e do

consequente esforço de provisionamento. No 3º trimestre de 2014, o stock de imparidades

para crédito do sistema bancário (excluindo o Novo Banco) representou 6,8% do crédito

bruto que compara com os 6,2% registados em 2013 (incluindo o BES).

6 O rácio de crédito em risco, no 3º trimestre de 2014 e excluindo o Novo Banco, situou-se nos 18,7% para as empresas não financeiras,

17,2% para o crédito ao consumo e outros fins e 5,9% para o crédito à habitação.

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Relatório e Contas 2014

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O crédito vencido de particulares tem vindo, no período recente, a apresentar níveis de

incumprimento crescentes mas inferiores a 5,0%7. No que se refere ao crédito vencido de

empresas, a tendência registada não apresenta ainda sinais de abrandamento, com os

sectores de actividade relacionados com a construção, o comércio a retalho e as actividades

imobiliárias a registarem volumes de crédito vencido persistentes.

Dez Jun Dez Jun Dez Jun Dez Jun Dez Jun Set

Particulares 2,9 3,2 3,3 3,4 3,7 4,0 4,0 4,2 4,4 4,7 4,8

Empresas 4,1 4,7 4,4 5,4 7,0 9,6 10,6 12,6 13,4 14,4 14,7

2013Regiões

2009 2010 2011 2012

RÁCIOS DE CRÉDITO VENCIDO - PARTICULARES VS EMPRESAS

2014

Fonte: BdP, Boletim Estatístico,Dezembro.2014

Dez Jun Dez Jun Dez Jun Dez Jun Dez Jun Set

Habitação 1,7 1,9 1,9 1,9 2,0 2,2 2,3 2,3 2,5 2,7 2,8

Outro Crédito 7,3 7,9 8,5 9,2 10,5 11,5 11,8 12,6 13,1 13,7 14,1

RÁCIOS DE CRÉDITO VENCIDO - PARTICULARES (POR TIPOLOGIA)

2014

Fonte: BdP, Boletim Estatístico,Dezembro.2014

Tipologia2009 2010 2011 2012 2013

A análise do crédito vencido empresarial por regiões denota não apenas a persistência mas

também a manutenção ou o agravamento dos níveis de incumprimento de forma transversal

com excepção da região dos Açores. Se compararmos os níveis de incumprimento actuais

com os que se observavam no final de 2010, verificamos que, nas regiões da grande Lisboa

e do Algarve, o crédito vencido aumentou para perto do quádruplo e, nas restantes regiões,

mais do que duplicou.

Dez Jun Dez Jun Dez Jun Dez Jun Dez Jun Set

Norte 4,5 5,0 4,7 5,7 6,9 8,9 9,8 11,2 11,6 12,8 13,0

Centro 4,3 4,9 5,0 5,8 7,3 8,9 9,4 11,5 11,7 12,1 12,2

Lisboa 4,0 4,5 4,1 5,1 6,4 9,1 10,6 12,7 14,,3 15,3 15,9

Alentejo 5,5 5,8 5,5 5,9 6,9 8,3 8,7 10,4 11,1 11,9 13,0

Algarve 3,9 4,2 6,1 7,4 11,6 18,9 18,6 24,5 25,3 25,4 25,4

Açores 2,7 2,9 3,9 5,6 6,3 8,2 8,3 9,1 8,5 8,7 8,5

Regiões2009 2010 2011 2012 2013

RÁCIOS DE CRÉDITO VENCIDO DE EMPRESAS (%) POR REGIÃO

2014

Fonte: BdP, Boletim Estatístico,Dezembro.2014

A evolução do crédito vencido de empresas, analisada com base na dimensão do crédito

concedido, revela a mesma tendência de agravamento, com o aumento do crédito vencido a

verificar-se independentemente do montante de crédito concedido. Apesar de se manter a

tendência para uma maior incidência de crédito vencido nas exposições até 100.000 euros,

7 A este propósito, é de realçar a aprovação da Lei 58/2014 de 25 de Agosto que veio criar um regime extraordinário de proteção de devedores de crédito à habitação em situação muito difícil.

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Relatório e Contas 2014

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o agravamento verificado nos escalões de montante mais elevado tem vindo a aumentar de

intensidade nos últimos anos, tendo sido significativo em 2014.

Dez Jun Dez Jun Dez Jun Dez Jun Dez Jun Set

< 20.000 14,0 14,8 15,4 15,9 16,7 18,2 19,8 21,2 22,3 23,2 23,7

20.000 - 50.000 9,9 10,7 11,1 12,2 13,6 15,8 17,6 19,3 19,8 20,7 21,1

50.000 - 100.000 9,0 9,7 9,9 11,1 12,6 14,7 16,4 18,2 19,1 19,9 20,4

100.000 - 200.000 7,9 8,5 8,4 9,7 11,3 13,3 15,4 17,2 17,7 18,6 18,9

200.000 - 400.000 6,4 7,5 7,5 8,7 9,7 11,7 14,0 16,0 16,4 17,8 18,4

400.000 - 1.000.000 6,7 7,4 7,3 8,7 10,4 12,7 14,9 17,0 17,5 18,7 19,1

1.000.000 - 5.000.000 5,6 6,6 6,7 8,1 9,9 12,4 14,7 17,4 18,2 19,9 20,4

> 5.000.000 2,6 2,9 2,5 3,3 4,5 7,1 7,2 9,0 10,5 11,1 11,4

Intervalos em euros2009 2010 2011 2012 2013

RÁCIOS DE CRÉDITO VENCIDO DE EMPRESAS (%) POR ESCALÃO DO CRÉDITO CONCEDIDO

2014

Fonte: BdP, Boletim Estatístico,Dezembro.2014

No que diz respeito às operações passivas, a taxa de remuneração dos depósitos e

equiparados com prazo até 2 anos mantém uma tendência descendente desde o início de

2012. O processo de desendividamento e a substituição de consumo por poupança, por

parte das famílias, tem permitido aos bancos reduzirem progressivamente os custos com a

remuneração dos depósitos sem colocar em causa os seus níveis de liquidez.

No crédito, as taxas de juro médias sobre saldos de operações activas registaram variações

divergentes por tipo de crédito, ao longo de 2014, com a taxa média do crédito a empresas

a reduzir, a taxa do crédito à habitação a registar uma ligeira subida no 1º semestre

seguida de uma descida no 2º semestre, e a taxa do restante crédito a particulares a

registar uma descida.

2011 2012 2012 2013 2013 2014 2014

Dez Jun Dez Jun Dez Jun Nov

Depósitos até 2 anos 3,67 3,30 2,87 2,46 2,19 1,94 1,61

Crédito a empresas 5,12 4,86 4,39 4,45 4,37 4,22 3,96

Crédito à habitação 2,73 2,16 1,59 1,46 1,47 1,56 1,43

Outro crédito a particulares 8,66 8,51 8,08 8,32 8,29 8,39 8,17

Fonte: BdP-Indicadores de Conjuntura

TAXAS DE JURO (s/ saldos de fim de período)

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Relatório e Contas 2014

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II - CRÉDITO AGRÍCOLA: EVOLUÇÃO RECENTE

1. Análise Financeira do SICAM (Negócio Bancário do Grupo CA)

Nota: Os dados económico-financeiros apresentados para o SICAM (Caixa Central e Caixas

Associadas), referentes ao exercício de 2014, constituem valores provisórios e não

auditados.

Demonstração de Resultados

Em milhares de euros

Abs. %

Juros e rendimentos similares 457.451 457.014 -437 -0,1%

Juros e encargos similares 206.794 208.789 1.995 1,0%

Margem Financeira 250.657 248.225 -2.432 1,0%

Comissões líquidas 131.599 128.522 -3.076 -2,3%

Result. de op. financeiras 78.779 171.767 92.987 118,0%

Outros 11.611 5.864 -5.746 49,5%

Produto Bancário 472.645 554.378 81.733 17,3%

Custos de estrutura 302.356 300.475 -1.882 -0,6%

Custos de pessoal 163.962 164.986 1.024 0,6%

Gastos gerais administrativos 123.604 121.298 -2.307 -1,9%

Amortizações 14.790 14.190 -599 -4,1%

Provisões e imparidades 150.025 211.106 61.081 40,7%

Resultado antes de impostos 20.264 42.797 22.533 111,2%

Impostos, após correc. e diferidos 18.758 18.268 -490 -2,6%

Resultado Líquido 1.506 24.529 23.023 1528,4%

2013 2014Variação

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Relatório e Contas 2014

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Em milhares de euros

Abs. %

Activo

Aplicações em Inst. de Crédito e disp. 463.470 501.641 38.171 8,2%

Crédito a Clientes (líquido) 7.491.909 7.299.095 -192.814 -2,6%

Crédito a Clientes (bruto) 8.198.573 8.147.371 -51.202 -0,6%

Imparidades 706.663 848.275 141.612 20,0%

Aplicações em Títulos (líquido) 3.907.810 4.277.446 369.637 9,5%

Activos Não Correntes Detidos para Venda 400.990 437.489 36.499 9,1%

Outros Activos 704.738 762.845 58.106 8,2%

Total Activo 12.968.918 13.278.517 309.599 2,4%

Passivo + Capital

Recursos de bancos centrais e OIC's 1.362.912 1.116.382 -246.530 -18,1%

Recursos de Clientes 10.209.731 10.620.337 410.605 4,0%

Outros Passivos Subordinados 133.404 142.534 9.130 6,8%

Outros Passivos 156.998 234.655 77.657 49,5%

Total Passivo 11.863.045 12.113.908 250.863 2,1%

Capitais Próprios 1.105.873 1.164.609 58.736 5,3%

Total do Capital Próprio + Passivo 12.968.918 13.278.517 309.599 2,4%

BALANÇO EM 31 DE DEZEMBRO

2013 2014Variação

Num contexto macroeconómico nacional em fase de recuperação onde ainda se verificam,

por um lado, uma elevada retracção da procura de crédito por parte das famílias e das

empresas com projectos viáveis (i.e. geradores de cash flows alinhados com as

necessidades do serviço da dívida) e, por outro lado, um elevado nível de endividamento

das empresas e famílias, a generalidade da banca portuguesa voltou a apresentar, a par de

2013, prejuízos significativos.

O Crédito Agrícola, por sua vez, apresentou uma redução da actividade inferior à

generalidade dos bancos nacionais bem como um aumento do resultado líquido em 23

milhões de euros face a 2013 (24,5 milhões de euros vs. 1,5 milhões de euros).

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Relatório e Contas 2014

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Valores em milhões de euros

Evolução do Resultado Líquido Acumulado 31-mar-14 30-jun-14 30-set-14 31-dez-14

Caixas Associadas 5,7 3,6 -8,8 -13,1

Caixa Central 3,9 21,3 21,7 36,6

SICAM (Consol idado) 9,7 25,1 13,3 24,5

Os resultados positivos do SICAM devem-se, sobretudo, à gestão dos custos de funding, à

continuidade da operacionalização de uma estratégia de gestão dinâmica de tesouraria, com

o objectivo de realizar o valor intrínseco dos excedentes de liquidez detidos pelo SICAM,

através de mais-valias que atingiram em 2014 cerca de 165 milhões de euros, que se

vieram a revelar determinantes para o crescimento do produto bancário em 2014, de 17%

face a 2013, e consequentemente para os resultados líquidos apresentados. Em sentido

inverso, registou-se um reforço extraordinário de imparidades no valor de aproximadamente

101 milhões de euros, decompostos entre 40 milhões de euros nas CCAM e 61 milhões de

euros na Caixa Central, o que originou um aumento do rácio de cobertura do crédito

vencido do SICAM para os 126%.

É ainda de salientar que os resultados líquidos apresentados foram obtidos não obstante

uma sã e prudente política de constituição / reforço de provisões e imparidades, que

aumentaram em 2014 para 206 milhões de euros face aos 150 milhões de euros registados

no período homólogo, o que originou um aumento do rácio de cobertura do crédito vencido

de 107% em 2013 para 126% em 31 de Dezembro de 2014.

Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2012 2013 2014 Δ Abs. Δ %

Margem Financeira 318 251 248 -2 -1%

Comissões líquidas 130 132 129 -3 -2%

Resultado de operações financeiras 6 79 171 92 116%

Outros resultados de exploração 11 12 7 -5 -39%

Margem Complementar 147 222 306 84 38%

Produto Bancário 465 473 554 82 17%

Produto Bancário - SICAM

A margem financeira do SICAM sofreu uma quebra de 1%, passando de 251 milhões de

euros em 2013 para 248 milhões de euros em 2014. Esta quebra resulta essencialmente de:

1. quebra registada na concessão de crédito;

2. níveis historicamente baixos das taxas indexantes do crédito (Euribor);

3. redução da rendibilidade da carteira de títulos e aumento das durações; e

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Relatório e Contas 2014

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4. crescimento dos recursos de clientes em 3,8%, bem como da lenta redução das

taxas de remuneração dos depósitos.

É ainda de realçar que a Caixa Central manteve em 2014 um esforço de remuneração dos

recursos das Caixas Associadas acima dos níveis praticados no mercado, sacrificando a sua

margem financeira, que foi negativa no acumulado 2014, embora se verifique uma redução

destes custos (-0,24 p.p. em termos médios durante o ano de 2014) como forma de iniciar

a convergência para as taxas de mercado.

É inevitável que este processo de convergência com o mercado se mantenha em 2015, o

que implicará desafios acrescidos de rentabilidade para o SICAM e consequentemente para

o Grupo Crédito Agrícola.

A margem financeira negativa da Caixa Central só foi possível ser suportada graças aos

resultados obtidos com a gestão dinâmica da tesouraria do SICAM acima mencionada, eles

próprios também possíveis devido a factos não recorrentes como sejam a política

acomodatícia prosseguida pelo Banco Central Europeu e confirmada já em Janeiro de 2015.

Apesar do aumento de comissões de comercialização de produtos fora do balanço (fundos

de investimento) e de seguros vida e não vida, as comissões líquidas para o conjunto do

SICAM reduziram-se em cerca de 2% face a 2013 devido essencialmente à quebra do

crédito (gerador de um volume significativo de comissões).

Globalmente, o produto bancário do SICAM regista um acréscimo de 17%, tendo passado

de 473 milhões de euros em 2013 para 554 milhões de euros em 2014.

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Relatório e Contas 2014

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Valores em milhões de euros

Margem

Financeira

Comissões

Líquidas

Res. Op.

Financeiras

Margem

Complementar

Produto

Bancário

Caixas Associadas 252 106 4 12 375

Caixa Central -5 23 166 185 181

SICAM (Consol idado) 248 129 171 306 554

Ao nível dos custos, verificou-se um ligeiro decréscimo nos custos de estrutura (-1%), tendo

estes reduzido em cerca de 2 milhões de euros. Esta evolução deve-se à quebra nos gastos

gerais administrativos, que passaram de 124 milhões de euros em 2013 para 121 milhões

de euros em 2014 (-3 milhões de euros), fruto da negociação centralizada de contratos e do

esforço de contenção dos custos implementado no Crédito Agrícola. É importante assinalar,

porém, que algumas categorias de custos foram penalizadas no 3º trimestre de 2014, e que

terão particular reflexo em 2015, pelo agravamento do salário mínimo que serve de

indexante em contratos ao abrigo da legislação de trabalho temporário (e.g. serviços de

limpeza).

Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2012 2013 2014 Δ Abs. Δ %

Custos de Estrutura 303 302 300 -2 -1%

Custos de Pessoal 163 164 165 1 1%

Gastos Gerais Administativos 126 124 121 -2 -2%

Amortizações 15 15 14 -1 -4%

Evolução dos Custos de Estrutura - SICAM

Em sentido oposto, os custos com pessoal agravaram-se em cerca de 1 milhão de euros

(+1%).

Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2012 2013 2014 Δ Abs. Δ %

Correcção de valor em crédito de clientes 99 106 166 59 56%

Imparidade de outros activos 22 44 40 -3 -8%

Total de provisões e imparidades do exercício 121 150 206 56 37%

Total de provisões e imparidades acumuladas 649 707 848 142 20%

Rácio de cobertura do crédito vencido 107% 107% 126% 0,19 p.p. -

Provisões/Imparidades do Exercício

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Relatório e Contas 2014

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É ainda de salientar a evolução registada nas provisões e imparidades que, em 2014,

aumentaram para 206 milhões de euros face aos 150 milhões de euros registados no

período homólogo, o que originou um aumento do rácio de cobertura do crédito vencido de

107% em 2013 para 126% em 2014, salvaguardando a cobertura de resultados de

eventuais cenários negativos no futuro.

Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2012 2013 2014 Δ Abs. Δ %

Crédito total sobre cl ientes 8.365 8.199 8.147 -51 -0,6%

Crédito e juros vencidos 608 658 672 14 2,1%

Evolução da carteira de crédito

Relativamente à estrutura de balanço, registou-se um acréscimo de 2% no activo total do

SICAM que passou de 12.969 milhões de euros em 2013 para 13.279 milhões de euros em

2014. O crescimento do activo verificou-se principalmente na rubrica de outros activos, dada

a incapacidade de transformação dos recursos captados (através de depósitos) em crédito.

13.027

13.748

12.969

13.279

2011(reexpresso)

2012 2013 2014

Evolução do Activo Líquido(em milhões de euros)

O crédito a clientes, em termos brutos, registou um ligeiro decréscimo face a 2013 (-0,6%),

contudo, em termos líquidos, a quebra foi mais acentuada (-2,6%) devido ao reforço de

imparidades do exercício (+20%).

2012 2013 2014 Δ Abs. Δ %

Crédito bruto 8.365 8.199 8.147 -51 -0,6%

Imparidades 649 707 848 142 20,0%

Crédito l íquido 7.717 7.492 7.299 -193 -2,6%

Crédito a clientes

O passivo total do SICAM aumentou cerca de 250 milhões de euros enquanto o capital

registou um aumento de 59 milhões de euros.

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Valores em milhões de euros

Activo PassivoCapitais

Próprios

Caixas Associadas 11.841 10.670 1.171

Caixa Central 6.001 5.702 298

SICAM (Consolidado) 13.279 12.114 1.165

É importante mencionar a evolução do rácio de transformação que, em 2014 face a 2013,

se reduziu de 80,1% para 76,7%, está actualmente situado num nível bastante baixo

quando comparado com a restante banca portuguesa (que, de forma agregada e excluindo

o Novo Banco, registou um rácio de 107% em Setembro de 2014) e se revela insuficiente

para uma adequada remuneração dos fundos próprios.

8.365 8.199 8.147

10.178 10.234 10.620

82,2%

80,1%

76,7%

69,0%

74,0%

79,0%

84,0%

89,0%

0

2.000

4.000

6.000

8.000

10.000

12.000

2012 2013 2014

Evolução do Crédito e Recursos de Clientes(em milhões de euros)

Crédito a Clientes (bruto) Recursos de Clientes Rácio de Transformação

Para tal, contribuíram a redução de stock de crédito concedido (-0,6%) e o aumento ao

nível de recursos de balanço constituídos por clientes (+3,8%).

Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2012 2013 2014 Δ Abs. Δ %

Crédito a Cl ientes (bruto) 8.365 8.199 8.147 -51 -0,6%

Recursos de Cl ientes 10.178 10.234 10.620 387 3,8%

Rácio de Transformação 82,2% 80,1% 76,7% -3,4 p.b. -

Evolução do crédito e recursos de clientes

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Relatório e Contas 2014

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2. Outros Factos Relevantes

Mesmo com reduzida implantação nos principais mercados urbanos, o Crédito Agrícola tem

vindo a revelar que possui uma reputação muito positiva no sector. Uma sondagem

realizada pela Aximage, em Setembro de 2014, para o Jornal de Negócios e para o Correio

da Manhã, com o objectivo de medir o índice de confiança espontânea nos bancos

portugueses, veio confirmar que, a seguir ao banco do Estado, o Crédito Agrícola é a 2ª

instituição em que os portugueses mais confiam.

A excelência do Grupo Crédito Agrícola, na actividade bancária e seguradora, tem vindo a

ser regular e amplamente reconhecida através de diversos prémios da indústria financeira e

seguradora. A CA Seguros tem sido frequentemente premiada (foi considerada pela revista

Exame a melhor seguradora não vida em 2013) e mantém a liderança nos seguros de

colheitas em Portugal.

A CA Vida também foi reconhecida, pela revista Exame, como a melhor seguradora vida em

2012. A CA Gest, empresa do Grupo especializada na gestão de activos, oferece diversos

fundos de investimento com desempenho acima do mercado e mais do que duplicou os

montantes sob gestão e a quota de mercado nos fundos de investimento mobiliário, em

2014.

O serviço B24 festejou 10 anos sobre a data do seu lançamento e terminou o ano com 236

balcões em funcionamento.

Em 2014, a instalação de terminais de pagamento automático (TPA) registou uma evolução

positiva (+3,3% para as quase 17 mil unidades) sem tradução na variação da quota de

mercado. O número de transacções em ATM do Crédito Agrícola subiu 3,3% em 2014,

atingindo os 79 milhões de transacções (i.e. mais de 4.500 transacções mensais por

equipamento).

Em 2014, registaram-se reduções no número de cartões de débito (-0,2% face aos +3,5%

do mercado) e de cartões de crédito do Crédito Agrícola (-7,1% face aos -4,2% do

mercado), o que se traduziu numa perda de quota de mercado em quantidade de cartões

(de 8,1% para 7,8% nos cartões de débito e de 6,6% para 6,4% nos cartões de crédito).

Não obstante, no mesmo período, verificou-se um aumento do número de transacções de

cartões (+5,4% para os 91,7 milhões de transacções), assim como, um aumento do volume

de transacções (+ 5,6% para os 4.781 milhões de euros).

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Em termos de penetração do canal on-line, em 2014, o número de adesões activas nas

empresas ultrapassava as 56 mil e nos particulares atingia as 218 mil. No CA Mobile, as

adesões ultrapassaram as 12 mil tendo-se registado um crescimento de 79%.

O ano 2014 contou com 14.977.420 visitas ao website institucional do Grupo Crédito

Agrícola, o que significou um acréscimo de 19% face a 2013 (e +24% no número de

visitantes únicos que totalizam os cerca de 4,3 milhões de pessoas).

No ano de 2014, o Grupo CA afirmou-se como um motor de desenvolvimento regional

através da relação de proximidade com os clientes, contribuindo para dar resposta às suas

ambições e projectos financeiros, com uma oferta universal de serviços financeiros e de

protecção e, no decurso da recessão económica e das crises de dívidas soberanas e do

mercado imobiliário, demonstrando uma credibilidade e resiliência (em termos de liquidez e

solvabilidade) ímpares.

Em Junho de 2014, o Grupo Crédito Agrícola realizou o jantar de homenagem às empresas,

suas clientes, que se destacaram no contexto nacional pelo seu contributo para a

competitividade e crescimento da economia portuguesa recebendo, por isso e mediante

proposta do Crédito Agrícola, o estatuto de PME Líder (73 empresas versus 30 no ano

transacto) e PME Excelência (15 empresas versus 2 no ano transacto) com referência à

situação financeira de 2013.

O Grupo Crédito Agrícola lançou, em parceria com a Associação dos Escanções de Portugal,

o “I Concurso de Vinhos do Crédito Agrícola” destinado a Produtores e Cooperativas de

todas as regiões vitivinícolas do país. Entre as várias regiões vitivinícolas do país,

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inscreveram-se 175 produtores com cerca de 280 vinhos brancos e tintos propostos a

concurso. As provas cegas e a atribuição destes prémios decorreram no âmbito da “Portugal

Agro, Feira Internacional das Regiões, da Agricultura e do Agro-alimentar”, em Novembro

de 2014. Os vencedores foram revelados numa cerimónia que contou com a presença do

Secretário de Estado da Agricultura, José Diogo Albuquerque.

O Crédito Agrícola patrocinou as principais feiras de âmbito nacional, nomeadamente o

SISAB, AGRO, Ovibeja, Feira Nacional da Agricultura, Expofacic, Fatacil, Agroglobal, Portugal

Agro (vide figura), Salão Imobiliário de Portugal (SIL) e “Mercados” do Campo Pequeno com

um espaço Grupo Crédito Agrícola para promoção da marca e da oferta direccionada de

produtos e serviços em cada feira. Ao associar-se, ano após ano, a estes eventos, o Grupo

Crédito Agrícola reforça o seu papel activo no desenvolvimento e na promoção das regiões,

da sua cultura e das suas tradições.

Foram encetadas parcerias com entidades como a Confagri, a Associação de Jovens

Agricultores de Portugal (AJAP), a Publindústria – Agrotec (portal de informação agrícola e

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Relatório e Contas 2014

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de agronegócios), a Portugal Fresh, a Compal-Sumol, a Visabeira Turismo e a Prosegur,

estando em curso a formalização de um conjunto adicional de importantes protocolos (e.g.

ADRAL, Energie).

No que respeita à oferta de produtos e serviços, em 2014, foram lançadas comercialmente

soluções de passivo (e.g. DP Associados, Poupança Cristas) e de activo (e.g. CH para não

residentes, super crédito pessoal), soluções (bundles) dedicados a empresas e famílias,

soluções de tesouraria para empresas e empresários, soluções de micro-crédito com

garantia do Fundo Europeu de Investimento, entre outros.

No ano de 2014, foi dado particular destaque na imprensa nacional e regional às várias

iniciativas do CA que contribuem de forma efectiva para a disseminação de uma cultura de

inovação nos sectores da agricultura, da agro-indústria e da floresta, promovendo,

incentivando e premiando projectos que serão casos de sucesso nacional como sejam:

• o lançamento do ”Prémio CA - Inovação na Agricultura, Agro-indústria e Floresta”

que contou com 133 projectos concorrentes dos quais foram seleccionados 12

projectos finalistas; e

• a implementação, em parceria com a INOVISA e no âmbito do 8º Quadro

Comunitário, de um Ciclo de Seminários que se desenrolaram ao longo do ano,

cobriram as todas as regiões de Portugal Continental e do Arquipélago dos Açores e

contaram com a presença de centenas de empresários, agricultores e entidades do

sector primário e agro-industrial.

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III- Evolução da Actividade da Caixa de Alcobaça em 2014

1. Conta de Resultados

2. Estrutura do Balanço

3. Síntese de Indicadores de Referência

4. Responsabilidade Social

5. Informática e Aplicações

6. Evolução da Actividade Comercial

7. Recursos Humanos

8. Agradecimentos

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1. Conta de Resultados

As condições de exploração em 2014 evoluíram de uma forma geral dentro das projecções

efectuadas no Plano de Atividades e Orçamento. No entanto o exercício foi afectado de

forma adversa pela evolução negativa da margem financeira desta Instituição em 8,92%,

comportamento no mesmo sentido do ano anterior e cuja variação já tinha sido também

negativa em 1,88%, fruto sobretudo do impacto acentuado da descida das taxas Euribor,

indexadas à larga maioria dos contratos das operações de crédito com clientes e da

diminuição da remuneração dos excedentes aplicados na Caixa Central.

A margem financeira sobre o ativo inverteu o sentido do ano anterior, apresentando agora

uma variação negativa de 0,20%, vindo a fixar-se no final do exercício em 2,60%,

comportamento diferente do verificado no exercício anterior, cuja variação tinha sido

positiva em 0,06%.

5.459.6154.972.444

0

2.000.000

4.000.000

6.000.000

MARGEM FINANCEIRA

2013

2014

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No mesmo sentido da margem financeira, o produto bancário sofreu também uma variação

negativa de 5,31%, no mesmo sentido também do exercício de 2013, que já tinha tido uma

variação negativa de 4,84%, vindo também o produto bancário sobre o ativo a apresentar

uma variação de -0,14%, fixando-se no final do exercício em 4,33%.

8.732.2458.268.381

0

2.500.000

5.000.000

7.500.000

10.000.000

PRODUTO BANCÁRIO

2013

2014

Para esta evolução do produto bancário contribuiu de forma significativa o comportamento

da margem financeira, bem como a diminuição dos proveitos com comissões.

O Rácio de comissões sobre o produto bancário fixou-se no final do exercício nos 32,00%.

63% 60%

32% 32%

5% 8%

Per

cent

agem

2013 2014

COMPOSIÇÃO DO PRODUTO BANCÁRIOOutros Resultados

Comissões

Margem Financeira

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Do lado dos custos, os encargos com pessoal tiveram um crescimento de 4,34%, em

relação ao ano anterior, contribuindo de forma muito significativa para esse aumento, o

elevado número de colaboradores que no decorrer do ano auferiram do Prémio de

Antiguidade no âmbito do Acordo Coletivo de Trabalho.

3.000.821 3.131.046

0

1.000.000

2.000.000

3.000.000

4.000.000

CUSTOS COM PESSOAL

2013

2014

Merece também referência os Gastos Gerais Administrativos que tiveram neste exercício

uma diminuição de 4,12% em relação ao ano anterior.

2.392.648 2.294.115

0

750.000

1.500.000

2.250.000

3.000.000

GASTOS GERAIS ADMINISTRATIVOS

2013

2014

O controlo e contenção nesta área têm merecido e irá continuar a merecer grande atenção

por parte da gestão da Caixa.

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Relatório e Contas 2014

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O montante das amortizações teve um crescimento homólogo de 7,07%, devido

fundamentalmente ao investimento feito na renovação de todo o parque informático da

caixa que ocorreu no final de 2013.

402.670431.150

0

150.000

300.000

450.000

600.000

AMORTIZAÇÕES

2013

2014

Um valor bastante significativo, com fortes reflexos no resultado do exercício, foi o

montante de provisões constituídas para crédito vencido, para cobrança duvidosa e para

imparidade, tendo-se procedido no exercício de 2014 à constituição de um montante líquido

de 1.426.440 euros, valor ainda assim inferior em 127.230 euros, aos 1.553.670 euros

constituídos em 2013, representando um decréscimo de 8,19%.

Esta necessidade de reforço é explicada, pela conjuntura muito complexa em que nos

encontramos, motivando a necessidade de constituição de provisões para créditos de

cobrança duvidosa, bem como pela maior maturidade do crédito vencido que se encontra

em recuperação, encontrando-se assim os créditos vencidos com um elevado grau de

provisionamento.

O rácio de crédito vencido nos termos do Aviso 6/99 do BdP fixou-se em 0,85%,

evidenciando um nível de provisionamento muito elevado.

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Relatório e Contas 2014

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Ainda relativamente às provisões importa referir que as mesmas superam o total da carteira

de crédito vencido, sendo a cobertura de Provisões Totais para Crédito sobre o Crédito

Vencido Total neste momento de 121,62%.

25%16%

57% 68%

10% 9%

9% 8%

Per

cent

agem

2013 2014

PROVISÕES / IMPARIDADE

Riscos G.Crédito

OutrosActivos,Aplicações,Garantias

Crédito Vencido

Cobrança Duvidosa

É pois, neste contexto, que os resultados apurados antes de impostos atingiram o montante

de € 985.629,91, representando um decréscimo de 28,70%, relativamente ao exercício

anterior, sendo o resultado líquido de € 570.658,55.

1.382.436

985.630

0

500.000

1.000.000

1.500.000

RESULTADOS ANTES DE IMPOSTOS

2013

2014

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Relatório e Contas 2014

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O rácio de eficiência apresentou um agravamento, em sentido contrario ao pretendido,

tendo evoluído de 66,38% em 2013 para 70,83% em 2014.

2. Estrutura do Balanço

Relativamente ao Balanço, o Activo Líquido diminuiu neste exercício 2,14%, influenciado

essencialmente, pelas reduções de aplicações e disponibilidades na Caixa Central, fixando-se

nos 191.114.006,00€.

O ligeiro aumento da carteira de crédito em 0,29% afetou o rácio de transformação de

depósitos em crédito, que se fixou no final do exercício em 62,67%, contra os 64,60% do

exercício anterior.

O nível de incumprimento no crédito nesta Instituição era no final do exercício anterior de

6,01%, vindo a fixar-se no final de 2014 em 7,54%.

O Crédito Vencido Líquido sobre Crédito Total Líquido passou de 1,06% em 2013 para

0,85% em 2014.

RÁCIO DE EFICIÊNCIA

66,38%70,83%

0%

25%

50%

75%

2013

2014

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Relatório e Contas 2014

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105.501.889 105.805.974

6.340.130 7.974.835

0

30.000.000

60.000.000

90.000.000

120.000.000

2013 2014

CRÉDITO CONCEDIDO/CRÉDITO VENCIDO

Crédito Concedido

Crédito Vencido

No Passivo e Capitais Próprios, verificou-se um crescimento na carteira de Depósitos de

Clientes em 3,38%, tendo-se invertido a tendência verificada nos últimos anos. De salientar

também o crescimento da carteira de depósitos à ordem, que evoluiu em relação ao período

homologo 6,96%.

116.018.237 118.240.043

47.295.212 50.587.630

0

40.000.000

80.000.000

120.000.000

160.000.000

2013 2014

Depósitos de Clientes

Dep.Prazo/Poupanças

Dep.Ordem

Os Fundos Próprios Totais de acordo com regras de cálculo atuais atingem o montante de €

17.203.292, quando em 31 de Dezembro de 2013, calculados ainda de acordo com a

Instrução nº 23/2007 (descontinuada em 2014) eram os Fundos Próprios Elegíveis de €

11.452.351.

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Relatório e Contas 2014

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3. Síntese dos Indicadores de Referência

Indicadores 2013 2014

Crédito Vencido + 90 dias / Crédito Total 5,87% 7,42% Crédito Vencido Liquido / Crédito Total Liquido 1,06% 0,85% Rácio de Crédito em risco 11,06% 10,60% Rácio de Crédito com incumprimento 6,80% 7,70% Rendibilidade Produto Bancário 4,39% 3,22% Rendibilidade dos activos ( ROA) 0,518% 0,299% Rendibilidade dos Capitais ( ROE) 5,572% 3,000% Rácio de Eficiência 66,38% 70,83% Custos com o pessoal / Produto Bancário 34,36% 37,87% Rácio Transformação ((Crédito Total -Provisões)/Depósitos) 59,85% 57,42%

4. Responsabilidade Social

Em 2014 continuámos a aprofundar a dimensão da responsabilidade social desta Instituição,

tornando-a gradualmente mais transversal a todos os seus associados, clientes e

comunidade em geral, verificando-se uma consolidação das relações com parceria externa,

traduzindo-se num aumento dos projetos desenvolvidos e uma maior otimização dos

recursos.

Enquanto entidade responsável na vertente de envolvimento com a comunidade, realizámos

diversas ações nas áreas da solidariedade, educação, formação, saúde e noutros campos

complementares, promotores da cidadania e do desenvolvimento da sociedade.

O montante em donativos e patrocínios atribuídos em 2014 atingiu um montante superior a

noventa e quatro mil euros.

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Relatório e Contas 2014

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De destacar algumas iniciativas que ocorreram ao longo do ano de 2014:

• Com o apoio em parceria com a Caixa Central ao “Alcobaça Clube de Ciclismo” que

se mantêm desde 2003, com a conquista de inúmeras provas nacionais.

• Apoio aos escalões de Formação.

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Relatório e Contas 2014

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. Apoio XVI Mostra doces conventuais de Alcobaça.

. Apoios aos melhores alunos de diversos agrupamentos escolares, nos 4 concelhos

de área geográfica da CCAM:

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Relatório e Contas 2014

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5. Informática e Aplicações

Em 2014, manteve-se o esforço de rejuvenescimento do parque informático, quer a nível

dos postos de trabalho, quer a nível dos equipamentos e comunicações.

Na vertente do desenvolvimento aplicacional foram introduzidas novas plataformas de

suporte ao negócio, de acordo com o plano de negócio definido pelo Grupo CA, a destacar:

• Workflow de Crédito;

• Gestão Documental;

• Modelo de Margem

• Portal de Informação de Negócio;

• CA GPS;

• CA Incentivos

Com esta aposta em novas plataformas e melhoramento das aplicações de suporte ao

negócio pretende-se dotar os colaboradores de todos os meios para uma melhor utilização

da informação sobre o negócio, no acompanhamento do mesmo, e no apoio à tomada de

decisão.

6. Evolução da Actividade Comercial

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Relatório e Contas 2014

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No âmbito da prossecução do Plano de Marketing do Grupo para 2014, o Crédito Agrícola

lançou no 1º trimestre as Campanhas de Marketing - B4P-14 CA Associados Particulares e

B4-14 CA Associados Empresas.

Em conformidade com a nova estratégia comercial definida para o Crédito Agrícola, esta

oferta para os Clientes Particulares e Empresa e ENI enquadrava-se na criação de propostas

de valor para os diversos segmentos de Clientes.

Esta campanha era dirigida ao Segmento Jovem Adulto e Vida Activa – Família Jovem e

Família Madura e ao Segmento Clientes ENI´s e Empresas, tendo como objectivo principal a

captação de capital.

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Relatório e Contas 2014

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No decorrer do3ª trimestre foi lançada a Campanha B10-14 CA Comércio e Serviços.

Com esta acção pretendeu-se melhorar a actual Solução CA Comércio e Serviços, com o

objectivo de aumentar o grau de fidelização dos Clientes e o incremento da vinculação em

produtos essenciais ao negócio do Segmento de ENI, Micro e Pequenas Empresas.

A oferta desta solução global incluia a Gestão do dia-a-dia (TPA’s, On-Line Empresas,

Cartões de Crédito CA&Companhia) e as facilidades de Crédito (Tesouraria, Investimento,

Linhas de Crédito Especializadas e Protocoladas) e Seguros de Protecção CA Comércio e

Serviços e CA Saúde.

Nesta Campanha renovou-se a imagem da Rede CA&Companhia, pois a mesma, evidenciava

algum envelhecimento e pouca modernidade.

O objectivo desta renovação era transmitir um conceito de inovação e dinamismo para

quem adere, tendo impacto em todas as peças de comunicação (Minutas de Contrato, TPA,

Cartazes, Folhetos).

No final de 2014 foi lançada a Campanha CA Juniores.

Tratou-se de uma acção dirigida aos Clientes Jovens do subsegmento CA Juniores (Clientes

com idades entre os 0 e os 12 anos), com uma oferta de produtos exclusiva e condições

atractivas.

Pretendeu-se gerar afectividade entre a marca CA e as crianças desta faixa etária, pelo que

o conceito desta Campanha se baseou na nova mascote do CA, o “Cristas”.

Com a constituição de uma poupança Cristas foi oferecido um brinde com a imagem da

mascote - o Mealheiro Cristas.

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Relatório e Contas 2014

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De Maio a Agosto decorreu a Campanha de Marketing – B6-14 CA Jovem Adulto.

Esta Campanha enquadrava-se na nova estratégia de campanhas por segmento de Clientes,

com maior duração e com uma oferta que correspondia aos principais produtos que

constituem a proposta de valor do segmento CA Jovem Adulto.

Esta campanha era dirigida ao Segmento Jovem Adulto (Clientes com idade entre 18 anos e

30 anos), e tem como produto âncora o Super Crédito Pessoal.

Procurando corresponder a uma necessidade essencial para este segmento, criou-se uma

solução para arrendamento e aquisição de habitação.

Para além de satisfazer uma necessidade deste segmento que englobava não só os jovens

mais urbanos mas também os jovens estudantes ou em início de vida activa, esta campanha

tinha com objectivo captar novos Clientes e fidelizá-los ao Crédito Agrícola, focando-se

numa das necessidades mais valorizadas, o arrendamento.

Pretendeu-se que a oferta em campanha fosse subscrita pelos Clientes do Segmento CA

Jovem Adulto.

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Relatório e Contas 2014

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6.1 Evolução dos Recursos Captados

Os recursos captados na vertente de depósitos inverteram a tendência dos últimos anos, e

verificou-se um crescimento no exercício de 2014.

De facto os Depósitos Totais tiveram um crescimento global de 3,38%, tendo-se assistido a

um crescimento muito positivo dos Depósitos à Ordem de 6,96%, e um crescimento dos

Depósitos a Prazo/Poupanças de 1,92%.

A componente de Fundos de Investimento e a gestão de carteiras de investimento tiveram

neste exercício um crescimento muito interessante de 44,95%, motivado por taxas mais

atractivas que as praticadas nos depósitos a prazo.

23,2%

38,2%

16,1%

12,3%10,2%

COMPOSIÇÃO DA CARTEIRA DE RECURSOS CAPTADOS

Depósitos Ordem Depósito Prazo Poupança Seguros Capitalização Fundos Investimento

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Relatório e Contas 2014

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6.2 Evolução do Crédito

A manutenção de rigorosos critérios analíticos e a conjuntura económica adversa verificada

no exercício de 2014, impediu que o Crédito sobre Clientes tivesse um crescimento ainda

mais positivo como previsto no Plano de Actividades e Orçamento para o ano de 2014,

invertendo-se o sentido dos anos anteriores, tendo-se verificado um ligeiro aumento na

carteira de 0,40%.

A actividade de Leasing também registou neste exercício um crescimento de 3,11%, fruto

do incremento de novos negócios.

35,7%

7,8%0,1%

29,9%

14,5%

0,4%5,1%3,1%0,1%

1,0%

COMPOSIÇÃO DA CARTEIRA DE CRÉDITO CONCEDIDO

Crédito Habitação Consumo Desconto efeitos Empresas Particulares

Desc D.Ordem Crédito Vencido Crédito C Corrente Op.Loc.Financeira Cartões Crédito

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Relatório e Contas 2014

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6.3 Seguros Ramos Reais e Ramos Vida Risco

Os Seguros Ramos Reais apresentaram no corrente exercício um crescimento de 4,42%,

fruto da capacidade da nossa rede comercial e das condições concorrenciais que a

Companhia CA Seguros, tem conseguido apresentar.

41%

6%

14%

5%

11%

4%

2%

8% 4%5%

COMPOSIÇÃO DA CARTEIRA DE SEGUROSRamos Reais

Automóvel Ac Pessoais Ac Trabalho CA Saude HabitaçãoComercio e Serviços Resp Civil Clinicard Colheitas Outros

Quanto aos seguros dos ramos vida da companhia do Grupo – CA Vida, verificou-se um

crescimento de 15,54% na carteira de capitalização.

COMPOSIÇÃO DA CARTEIRA DE SEGUROSRamo Vida

2%

18%

33%

36%

11%

Planos Poupança Educação Planos Poupança Investimento Planos Poupança Reforma

Poupança Activa Outros

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7. Recursos Humanos

No ano de 2014 deu-se continuidade à valorização dos recursos humanos desta Instituição,

através de inúmeras acções de formação, com a colaboração do Instituto de Formação

Bancária e do Centro de Formação do Grupo Crédito Agrícola.

A disponibilização de novas plataformas tecnológicas de acompanhamento ao negócio e de

apoio à decisão, bem como a introdução contínua de novos produtos e serviços, requerem

todo um conjunto de competências, que só a formação contínua e o aperfeiçoamento

constante, permitem.

Pretendeu-se por isso manter um elevado grau de profissionalismo dos nossos

colaboradores, cuja orientação para uma cultura de proximidade, simpatia, eficácia e

confiança, está permanentemente presente.

Deste modo, todos os colaboradores da Instituição foram sujeitos a acções formativas

internas e externas, tendo o tempo de formação ascendido a 680 horas.

O ano de 2014 foi marcado pelo lançamento de programa de optimização de estruturas,

com a implementação de um programa de pré-reformas, resultando uma redução de 6

colaboradores.

A CCAM manteve a linha de financiamento social aos colaboradores, com condições muito

favoráveis, com o objectivo de os aliviar no orçamento familiar, tendo em consideração o

contexto socioeconómico actual.

8. Agradecimentos

No exercício que ora findou, caracterizado por um ambiente macroeconómico adverso,

podemos afirmar que continuamos a manter ao longo dos anos uma evolução positiva, com

crescimento da base de associados e clientes, baseado no esforço de alargamento de

resposta às suas necessidades.

Assim, é devido um reconhecimento a todos os associados e clientes que nos privilegiam e

distinguem com a sua preferência, e também a todos os que colaboram e contribuem com o

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seu desempenho profissional dedicado, para a dinâmica de crescimento da Caixa de

Alcobaça, e reforço da sua posição como líder no mercado local.

Os agradecimentos, são ainda extensíveis às diversas Autoridades, Órgãos Sociais da Caixa,

Banco de Portugal, Caixa Central, Fundo de garantia do Crédito Agrícola Mútuo e empresas

do Grupo.

Alcobaça, 12 de Março de 2015

O Conselho de Administração

José Fernando Maia Alexandre

Hélder Mateus Raimundo

João Alexandre Moreira Laranjeira

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IV. Balanço, Demonstração de Resultados e

Anexos às Contas

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BALANÇO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2014

ACTIVO LIQUIDO Dez 2014 Dez 2013

Valores em Euros

Caixa e Disponibilidades em Bancos Centrais Disponibilidades em Outras Instituições de Crédito Activos Financeiros Detidos Para Negociação Outros Activos Financeiros ao Justo Valor Através de Resultados Activos Financeiros Disponíveis Para Venda (Imparidade) Aplicações em Instituições de Crédito Crédito a Clientes (Provisões)

Investimentos Detidos até à Maturidade Activos com Acordo de Recompra Derivados de Cobertura Activos não Correntes Detidos Para Venda (Imparidade) Propriedade de Investimento Outros Activos Tangíveis (Amortizações) Activos Intangíveis (Amortizações) Investimentos em Filiais, Associadas e Empreendimentos Conjuntos Activos Por Impostos Correntes Activos Por Impostos Diferidos Outros Activos (Imparidade)

810.058,01

2.161.858,17

335.801,29 (22.696,25)

66.071.743,65

105.910.748,02 (8.808.023,30)

7.052.917,50 (683.699,81)

12.207.274,03 (5.504.218,67)

15.746,23

(15.746,23)

7.602.775,37

2.151.328,78

1.997.635,64 (169.496,43)

749.337,98

2.556.441,90

2.498.083,82

69.313.252,44

105.695.099,20 (7.648.000,12)

6.244.586,13 (650.599,81)

12.158.321,01 (5.073.068,35)

26.208,71

(26.208,71)

5.445.775,37

2.136.976,97

2.058.895,94 (192.435,57)

TOTAL DO ACTIVO

191.114.006,00

195.292.666,91

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BALANÇO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2014 PASSIVO E CAPITAL Dez 2014 Dez 2013

Valores em Euros

Recursos de Bancos Centrais Passivos Financeiros Detidos para Negociação Outros Passivos Financeiros ao Justo Valor Através de Resultados Recursos de Outras Instituições de Crédito Recursos de Clientes e Outros Empréstimos Responsabilidades Representadas por Títulos Passivos Financeiros Associados a Activos Transferidos Derivados de Cobertura Passivos não Correntes Detidos para Venda Provisões Passivos por Impostos Correntes Passivos por Impostos Diferidos Instrumentos Representativos de Capital Outros Passivos Subordinados Outros Passivos Total do Passivo Capital Prémios de Emissão Outros Instrumentos de Capital Acções Próprias Reservas de Reavaliação Outras Reservas e Resultados Transitados Lucro do Exercício Dividendos Antecipados Total do Capital

277.210,74 -

169.246.875,32 -

890.885,23 -

19.056,13-

1.661.139,45 -

172.095.166,87 -

13.622.050,00 -

285.278,00-

4.540.852,58 -

570.658,55 -

19.018.839,13 -

10.226.155,01-

163.928.236,84 -

872.901,46 -

252.490,05 -

1.857.442,81 -

177.137.226,17 -

12.593.515,00 -

194.797,35

4.355.584,72 -

1.011.543,67 -

18.155.440,74 -

TOTAL DO PASSIVO + CAPITAL

191.114.006,00 - 195.292.666,91 -

O Conselho de Administração José Fernando Maia Alexandre Hélder Mateus Raimundo João Alexandre Moreira Laranjeira

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DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS EM

31 DE DEZEMBRO DE 2014

Dez 2014 Dez 2013

Valores em Euros

Juros e Rendimentos Similares Juros e Encargos Similares

Margem Financeira ……………………………………………………………… Rendimentos de Instrumentos de Capital Rendimentos de Serviços e Comissões Encargos com Serviços e Comissões Resultados de Activos e Passivos Avaliados ao Justo Valor Através de Resultados Resultados de Activos Financeiros Disponíveis para Venda Resultados de Reavaliação Cambial Resultados de Alienação de Outros Activos Outros Resultados de Exploração Produto Bancário …………………………………….……………………….. Custos com o Pessoal Gastos Gerais Administrativos Amortizações do exercício Provisões Líquidas de Reposições e Anulações Correcções de Valor Associadas ao Crédito a Clientes e Valores a Receber de Outros Devedores (Liquidas de Reposições e Anulações) Imparidade Outros Activos Financeiros Liquida Reversões Recuperações Imparidade de Outros Activos Líquida de Reversões e Recuperações Resultado Antes de Impostos………………….……………………….. Impostos Correntes Impostos Diferidos

+ - + + - + + + + + - - - - - - - - -

6.455.607,70

1.483.163,64

4.972.444,06

3,00

2.919.993,62

273.862,47

5.872,63

3.510,00

640.420,15

8.268.380,99

3.131.045,85

2.294.115,08

431.150,32

17.983,77

1.384.406,84

8.889,60

15.159,62

985.629,91

429.323,17

(14.351,81)

7.484.426,68

2.024.811,38

5.459.615,30

1,30

3.065.024,77

291.572,85

2.047,89

1.227,66

495.900,90

8.732.244,97

3.000.820,59

2.392.648,05

402.670,26

305.067,04

1.046.454,80

202.148,25

1.382.435,98

539.084,76

(168.192,45)

Resultado Liquido do Exercício……………………………. 570.658,55 1.011.543,67

O Conselho de Administração José Fernando Maia Alexandre Hélder Mateus Raimundo João Alexandre Moreira Laranjeira

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ANEXO AO BALANÇO E À DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS

DO EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 (Valores expressos em euros) 1. NOTA INTRODUTÓRIA

A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Alcobaça, C.R.L. (adiante designada por Caixa) é uma instituição de crédito constituída em 28 de Janeiro de 1912 sob a forma de Cooperativa de responsabilidade limitada, e Incorporou por fusão no ano de 2005 a CCAM Ribatejo Centro. Constitui objecto da Caixa a concessão de crédito e a prática dos demais actos inerentes à actividade bancária, nos termos previstos na legislação aplicável. A Caixa forma parte do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo (SICAM) o qual é formado pela Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo, C.R.L. (Caixa Central) e pelas Caixas de Crédito Agrícola Mútuo suas associadas. Compete à Caixa Central assegurar a orientação, fiscalização e representação das entidades que fazem parte do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo. Em 31 de Dezembro de 2014, a Caixa opera através da sua sede, situada na Rua Dr. Brilhante n.º s 20-22, em Alcobaça e através de uma rede de 14 balcões situados nos concelhos de Alcobaça, Nazaré, Rio Maior e Santarém, com excepção das freguesias de Pernes, Achete e Alcanhões. As notas cujos números não são indicados neste Anexo não têm aplicação por inexistência ou imaterialidade dos valores a reportar.

2. BASES DE APRESENTAÇÃO, COMPARABILIDADE DA INFORMAÇÃO E PRINCIPAIS POLÍTICAS

CONTABILÍSTICAS 2.1. Bases de apresentação das contas

As demonstrações financeiras da Caixa foram preparadas no pressuposto da continuidade das

operações, com base nos livros e registos contabilísticos mantidos de acordo com os princípios consagrados nas Normas de Contabilidade Ajustadas (NCA), nos termos do Aviso nº 1/2005, de 21 de Fevereiro e das Instruções nº 23/2004 e nº 9/2005, do Banco de Portugal.

As NCA correspondem genericamente às Normas Internacionais de Relato Financeiro (IAS/IFRS),

conforme adoptadas pela União Europeia, de acordo com o Regulamento (CE) nº 1606/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de Julho, transposto para o ordenamento nacional pelo Decreto-Lei nº 35/2005, de 17 de Fevereiro e pelo Aviso nº 1/2005, de 21 de Fevereiro, do Banco de Portugal, excepto no que se refere a:

i) Valorimetria do crédito a clientes e valores a receber de outros devedores (Crédito e contas a

receber) – os créditos são registados pelo valor nominal, não podendo ser reclassificados para outras categorias e, como tal, registados pelo justo valor. Os proveitos são reconhecidos segundo a regra pro rata temporis, quando se tratem de operações que produzam fluxos redituais ao longo de um período superior a um mês, nomeadamente juros e comissões;

ii) Sempre que aplicável, as comissões e custos externos imputáveis à contratação das operações

subjacentes aos activos classificados como crédito e contas a receber deverão ser, igualmente, periodificados ao longo do período de vigência dos créditos, de acordo com o método referido na alínea anterior;

iii) Provisionamento do crédito e contas a receber - mantém-se o anterior regime, sendo definidos

níveis mínimos de provisionamento de acordo com o disposto no Aviso do Banco de Portugal nº 3/95, com as alterações introduzidas pelo Aviso do Banco de Portugal nº 8/03, de 30 de Junho e pelo Aviso do Banco de Portugal nº 3/2005, de 21 de Fevereiro. Este regime abrange ainda as

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responsabilidades representadas por aceites, garantias e outros instrumentos de natureza análoga;

iv) Os activos tangíveis são obrigatoriamente mantidos ao custo de aquisição, não sendo deste

modo possível o seu registo pelo justo valor, conforme permitido pelo IAS 16 – Activos fixos tangíveis. Como excepção, é permitido o registo de reavaliações extraordinárias, legalmente autorizadas, caso em que as mais - valias resultantes são registadas em “Reservas de reavaliação”.

v) Benefícios aos empregados, através do estabelecimento de um período para diferimento do

impacto contabilístico decorrente da transição para os critérios do IAS 19.

De acordo com os Avisos do Banco de Portugal nº 4/2005 de 21 de Fevereiro, nº 12/2005 de 30 de Dezembro e do nº7/2008 de 14 de Outubro, o reconhecimento em resultados transitados do impacto apurado com referência a 31 de Dezembro de 2006, decorrente da transição para os IAS/IFRS pode ser atingido através da aplicação de um plano de amortização de prestações uniformes até 31 de Dezembro de 2014, com excepção da parte referente ao impacto da alteração da tábua de mortalidade e às responsabilidades relativas a cuidados médicos pós-emprego, para a qual esse plano de amortização pode ir até 31 de Dezembro de 2016.

As demonstrações financeiras da Caixa em 31 de Dezembro de 2014 estão pendentes de aprovação

pelos correspondentes órgãos sociais. No entanto, é convicção do Conselho de Administração da Caixa que estas demonstrações financeiras virão a ser aprovadas sem alterações significativas.

2.2. Comparabilidade da informação Conforme permitido pelo Aviso nº 1/2005, a Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo bem como as

caixas de crédito agrícola mútuo do SICAM elaboraram até 31 de Dezembro de 2006 as suas demonstrações financeiras, em base individual, em conformidade com as normas constantes da instrução nº 4/96.

Em 2007 a Caixa apresentou pela primeira vez as suas demonstrações financeiras de acordo com as

NCA. 2.3. Resumo das principais políticas contabilísticas As políticas contabilísticas mais significativas, utilizadas na preparação das demonstrações financeiras

foram as seguintes: a) Especialização dos exercícios

A Caixa adopta o princípio contabilístico da especialização de exercícios em relação à generalidade das rubricas das demonstrações financeiras. Assim, os custos e proveitos são registados à medida que são gerados, independentemente do momento do seu pagamento ou recebimento.

b) Transacções em moeda estrangeira

Os activos e passivos expressos em moeda estrangeira são convertidos para Euros ao câmbio

de "fixing" da data do balanço, com excepção dos saldos relativos a notas e moedas estrangeiras, os quais são convertidos ao câmbio médio do mês indicado pelo Banco de Portugal.

Os proveitos e custos relativos às transacções em moeda estrangeira registam-se no período

em que ocorrem, de acordo com o efeito que as transacções em divisas têm na posição cambial.

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Na data da sua contratação, as compras e vendas de moeda estrangeira à vista e a prazo são

registadas na posição cambial. c) Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos

As empresas filiais são entidades nas quais a Caixa exerce controlo sobre a gestão das mesmas. As empresas associadas são entidades nas quais a Caixa exerce influência significativa, mas não detém o controlo. Como influência significativa entende-se uma participação financeira (directa ou indirecta) superior a 20% ou o poder de participar nas decisões sobre as políticas financeiras e operacionais da entidade mas sem existir controlo nem controlo conjunto sobre a mesma.

As empresas filiais e associadas são valorizadas ao custo de aquisição, sendo objecto de análises de perdas por imparidade. As participações em empresas filiais e associadas em moeda estrangeira (activos não monetários valorizados ao custo histórico) são convertidas à taxa de câmbio histórica da data da transacção, conforme previsto no IAS 21.

d) Crédito e outros valores a receber

Conforme descrito na Nota 2.1 estes activos encontram-se registados ao valor nominal, de acordo com o Aviso nº 1/2005 do Banco de Portugal. A componente de juros, incluindo a referente a eventuais prémios/descontos, é objecto de relevação contabilística autónoma nas respectivas contas de resultados. Os proveitos são reconhecidos quando obtidos e distribuídos por períodos mensais, segundo o método da taxa efectiva, quando se trate de operações que produzam fluxos redituais ao longo de um período superior a um mês. Sempre que aplicável, as comissões e custos externos imputáveis à contratação das operações subjacentes aos activos incluídos nesta categoria devem ser, igualmente, periodificados ao longo do período de vigência dos créditos, segundo o método da taxa efectiva.

Posteriormente, o crédito e outros valores a receber são submetidos à constituição de provisões, nos termos descritos abaixo. Os juros são reconhecidos de acordo com o princípio da especialização dos exercícios, sendo as comissões e custos associados aos créditos periodificados ao longo da vida das operações, independentemente do momento em que são cobrados ou pagos.

Garantias prestadas e compromissos irrevogáveis

As responsabilidades por garantias prestadas e compromissos irrevogáveis são registadas em rubricas extrapatrimoniais pelo valor em risco, sendo os fluxos de juros, comissões ou outros proveitos registados em resultados ao longo da vida das operações.

Provisões para crédito e juros vencidos, créditos de cobrança duvidosa, risco país e riscos gerais de crédito

De acordo com o Aviso do Banco de Portugal nº 3/95, de 30 de Junho (com as alterações

introduzidas subsequentemente, nomeadamente pelo Aviso nº 3/2005, de 21 de Fevereiro), e outras disposições emitidas pelo Banco de Portugal, são constituídas as seguintes provisões para riscos de crédito:

i) Provisão para crédito e juros vencidos

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Destina-se a fazer face aos riscos de realização de créditos concedidos que apresentem prestações vencidas e não pagas de capital ou juros. As percentagens provisionadas do crédito e juros vencidos dependem do tipo de garantias existentes e são função crescente do período decorrido desde a data de incumprimento.

ii) Provisão para créditos de cobrança duvidosa Destina-se à cobertura dos riscos de realização do capital vincendo relativo a créditos

concedidos que apresentem prestações vencidas e não pagas de capital ou juros, ou que estejam afectos a clientes que tenham outras responsabilidades vencidas. Nos termos do Aviso nº 3/95, são considerados créditos de cobrança duvidosa, os seguintes:

- As prestações vincendas de uma mesma operação de crédito em que se verifique,

relativamente às respectivas prestações em mora de capital e juros, pelo menos uma das seguintes condições:

. Excederem 25% do capital em dívida, acrescido de juros; . Estarem em incumprimento há mais de: . Seis meses, nas operações com prazo inferior a cinco anos; . Doze meses, nas operações com prazo igual ou superior a cinco anos mas

inferior a dez anos; . Vinte e quatro meses, nas operações com prazo igual ou superior a dez anos. Os créditos nestas condições são considerados vencidos apenas para efeitos da

constituição de provisões, sendo provisionados com base nas taxas aplicáveis ao crédito vencido dessas operações.

- Os créditos vincendos sobre um mesmo cliente se, de acordo com a classificação

acima definida, o crédito e juros vencidos de todas as operações relativas a esse cliente excederem 25% do crédito total, acrescido de juros. Os créditos nestas condições são provisionados com base em metade das taxas aplicáveis aos créditos vencidos.

iii) Provisão para risco país Destina-se a fazer face aos problemas de realização dos activos financeiros e

extrapatrimoniais sobre residentes de países considerados de risco pelo Banco de Portugal, qualquer que seja o instrumento utilizado ou a natureza da contraparte, com excepção:

- Dos domiciliados em sucursal estabelecida nesse país, expressos e pagáveis na

moeda desse país, na medida em que estejam cobertos por recursos denominados nessa moeda;

- Das participações financeiras; - Das operações com sucursais de instituições de crédito de um país considerado de

risco, desde que estabelecidas em Estados membros da União Europeia; - Dos que se encontrem garantidos por entidades indicadas no número 1 do artigo 15º

do Aviso nº 3/95, desde que a garantia abranja o risco de transferência; - Das operações de financiamento de comércio externo de curto-prazo, que cumpram

as condições definidas pelo Banco de Portugal. As necessidades de provisões são determinadas por aplicação das percentagens fixadas

em Instruções e Cartas Circulares do Banco de Portugal, que classificam os países e territórios segundo grupos de risco.

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iv) Provisão para riscos gerais de crédito Encontra-se registada no passivo, na rubrica "Provisões", e destina-se a fazer face a riscos

de cobrança do crédito concedido e garantias e avales prestados. Esta provisão é calculada por aplicação das seguintes percentagens genéricas à totalidade

do crédito não vencido, incluindo as garantias e avales: - 1,5%, no que se refere ao crédito ao consumo e às operações de crédito a

particulares, cuja finalidade não possa ser determinada; - 0,5%, relativamente ao crédito garantido por hipoteca sobre imóvel, ou operações de

locação financeira imobiliária, em ambos os casos quando o imóvel se destine a habitação do mutuário;

- 1%, no que se refere ao restante crédito concedido. Nos exercícios de 2001 e 2002 foram aceites como custo fiscal 50% dos reforços da

provisão para riscos gerais de crédito. A partir de 1 de Janeiro de 2003 os reforços desta provisão deixaram de ser aceites fiscalmente como custo.

A Caixa classifica em crédito vencido as prestações vencidas de capital ou juros decorridos

que sejam 30 dias após o seu vencimento. Os créditos com prestações vencidas são denunciados nos termos definidos no manual de crédito aprovado, sendo nesse momento considerada vencida toda a dívida. Periodicamente, a Caixa abate ao activo os créditos considerados incobráveis por utilização das provisões constituídas. Em caso de eventual recuperação dos referidos créditos, esta é reconhecida em resultados, na rubrica “Outros resultados de exploração”.

e) Outros activos e passivos financeiros

Os outros activos e passivos financeiros são reconhecidos e valorizados de acordo com os IAS 32 e IAS 39, sendo registados na data de contratação pelo justo valor.

i) Activos financeiros detidos para negociação e ao justo valor através de resultados,

passivos financeiros detidos para negociação Os activos financeiros detidos para negociação incluem títulos de rendimento variável

transaccionados em mercados activos, adquiridos com o objectivo de venda ou recompra no curto prazo, bem como derivados. Os derivados de negociação com valor líquido a receber (justo valor positivo) são incluídos na rubrica activos financeiros detidos para negociação. Os derivados de negociação com valor líquido a pagar (justo valor negativo), são incluídos na rubrica passivos financeiros detidos para negociação.

Os activos financeiros ao justo valor através de resultados incluem os títulos de

rendimento fixo transaccionados em mercados activos que a Caixa optou por registar e avaliar ao justo valor através de resultados.

Os activos e passivos financeiros detidos para negociação e os activos financeiros ao justo

valor através de resultados são reconhecidos inicialmente ao justo valor. Os ganhos e perdas decorrentes da valorização subsequente ao justo valor são reconhecidos em resultados.

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Os juros inerentes aos activos financeiros e as diferenças entre o custo de aquisição e o valor nominal (prémio ou desconto) são calculados de acordo com o método da taxa efectiva e reconhecidos em resultados na rubrica de “Juros e rendimentos similares”.

Os dividendos são reconhecidos quando atribuídos ou recebidos. De acordo com este

critério, os dividendos antecipados são registados como proveitos no exercício em que é deliberada a sua distribuição.

O justo valor dos activos financeiros detidos para negociação e transaccionados em

mercados activos é o seu “bid-price” ou a cotação de fecho à data do balanço. Se um preço de mercado não estiver disponível, o justo valor do instrumento é estimado com base em técnicas de valorização, que incluem modelos de avaliação de preços ou técnicas de “discounted cash-flows”.

Quando são utilizadas técnicas de “discounted cash-flows”, os fluxos financeiros futuros

são estimados de acordo com as expectativas da gestão e a taxa de desconto utilizada corresponde à taxa de mercado para instrumentos financeiros com características semelhantes. Nos modelos de avaliação de preços, os dados utilizados correspondem a informações sobre preços de mercado.

O justo valor dos derivados que não são transaccionados em bolsa é estimado com base

no montante que seria recebido ou pago para liquidar o contrato na data em análise, considerando as condições de mercado vigentes bem como a qualidade creditícia das contrapartes.

ii) Activos financeiros disponíveis para venda

Os activos financeiros disponíveis para venda incluem instrumentos de capital e dívida, que

não sejam classificados como activos financeiros detidos para negociação, ao justo valor através de resultados ou como investimentos a deter até à maturidade ou como crédito ou como empréstimos e contas a receber.

Os activos financeiros disponíveis para venda são registados ao justo valor, com excepção

de instrumentos de capital não cotados num mercado activo e cujo justo valor não possa ser mensurado com fiabilidade, os quais permanecem registados ao custo. Os ganhos e perdas relativos à variação subsequente do justo valor são reflectidos em rubrica específica do capital próprio “reserva de justo valor” até à sua venda (ou até ao reconhecimento de perdas por imparidade), momento em que são transferidos para resultados. Os ganhos ou perdas cambiais de activos monetários são reconhecidas directamente em resultados do período.

Os juros inerentes aos activos financeiros e o reconhecimento das diferenças entre o custo

de aquisição e o valor nominal (prémio ou desconto) são calculados de acordo com o método da taxa efectiva e registados em resultados na rubrica de “Juros e rendimentos similares”.

Os rendimentos de títulos de rendimento variável são reconhecidos em resultados na data

em que são atribuídos ou recebidos. De acordo com este critério, os dividendos antecipados são registados como proveitos no exercício em que é deliberada a sua distribuição.

iii) Investimentos a deter até à maturidade

Os investimentos a deter até à maturidade são investimentos que têm um rendimento fixo, com taxa de juro conhecida no momento da emissão e data de reembolso determinada, sendo do interesse da Caixa mantê-los até ao seu reembolso.

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Os investimentos financeiros a deter até à maturidade são registados ao custo de aquisição. Os juros inerentes aos activos financeiros e o reconhecimento das diferenças entre o custo de aquisição e o valor nominal (prémio ou desconto) são calculados de acordo com o método da taxa efectiva e registados em resultados na rubrica de “Juros e rendimentos similares”.

iv) Empréstimos e contas a receber

De acordo com a restrição estabelecida pelo Aviso nº 1/2005, nesta rubrica são registados apenas os valores a receber de outras instituições de crédito. São activos financeiros com pagamentos fixos ou determináveis, não cotados num mercado activo e não incluídos em qualquer uma das restantes categorias de activos financeiros. No reconhecimento inicial estes activos são valorizados pelo justo valor, deduzido de eventuais comissões incluídas na taxa efectiva, e acrescido de todos os custos incrementais directamente atribuíveis à transacção. Subsequente, estes activos são reconhecidos em balanço ao custo amortizado, deduzido de perdas por imparidade e provisões para risco país. Os juros são reconhecidos com base no método da taxa efectiva, que permite calcular o custo amortizado e repartir os juros ao longo do período das operações. A taxa efectiva é aquela que, sendo utilizada para descontar os fluxos de caixa futuros estimados associados ao instrumento financeiro na data do reconhecimento inicial. Operações de venda com acordo de recompra

Os títulos vendidos com acordo de recompra são mantidos na carteira onde estavam originalmente registados. Os fundos recebidos são registados, na data de liquidação, em conta própria do passivo, sendo periodificados os respectivos juros.

v) Outros passivos financeiros Os outros passivos financeiros, essencialmente recursos de instituições de crédito,

depósitos de clientes e dívida emitida, são inicialmente valorizados ao justo valor, que corresponde à contraprestação recebida líquida dos custos de transacção e são posteriormente valorizados ao custo amortizado.

Conforme previsto no Decreto-Lei n.º 182/87, de 21 de Abril, foi criado o Fundo de

Garantia do Crédito Agrícola Mútuo, cujo funcionamento foi regulamentado pelo Decreto-Lei 345/98, de 9 de Novembro. Este último visou reconverter o Fundo de Garantia de Crédito Agrícola Mútuo, por forma a que o mesmo tivesse por objecto (i) garantir o reembolso de depósitos constituídos na Caixa Central e nas Caixas de Crédito Agrícola Mútuo suas associadas e (ii) promover e realizar acções que visem assegurar a solvabilidade e liquidez das referidas instituições, com vista à defesa do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo (SICAM).

vi) Imparidade em activos financeiros

A Caixa efectua análises periódicas de imparidade aos activos financeiros com excepção de

crédito a clientes e outros valores a receber, conforme referido na alínea d).

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Quando existe evidência de imparidade num activo ou grupo de activos financeiros, as perdas por imparidade registam-se por contrapartida de resultados.

Para títulos cotados, considera-se que existe evidência de imparidade numa situação de

desvalorização continuada ou de valor significativo na cotação dos títulos. Para títulos não cotados, é considerado evidência de imparidade a existência de impacto no valor estimado dos fluxos de caixa futuros do activo financeiro, desde que possa ser estimado com razoabilidade.

Caso num período subsequente se registe uma diminuição no montante das perdas por

imparidade atribuída a um evento, o valor previamente reconhecido é revertido através de ajustamento à conta de perdas por imparidade. O montante da reversão é reconhecido directamente na demonstração de resultados.

No caso de activos disponíveis para venda, em caso de evidência objectiva de imparidade,

resultante de diminuição significativa e prolongada do justo valor do título ou de dificuldades financeiras do emitente, a perda acumulada na reserva de reavaliação de justo valor é removida do capital próprio e reconhecida nos resultados. As perdas por imparidade registadas em títulos de rendimento fixo podem ser revertidas através de resultados, caso se verifique uma alteração positiva no justo valor do título resultante de um evento ocorrido após a determinação da imparidade. As perdas por imparidade relativas a títulos de rendimento variável não podem ser revertidas, pelo que eventuais mais valias potenciais originadas após o reconhecimento de perdas por imparidade são reflectidas na reserva de justo valor. Quanto a títulos de rendimento variável para os quais tenha sido registada imparidade, posteriores variações negativas no justo valor são sempre reconhecidas em resultados.

No caso de activos financeiros disponíveis para venda com evidência de imparidade, a

perda potencial acumulada em reservas é transferida para resultados.

f) Derivados e contabilidade de cobertura

Os instrumentos financeiros derivados são registados pelo seu justo valor na data da sua contratação. Adicionalmente, são reflectidos em rubricas extrapatrimoniais pelo respectivo valor nacional. Subsequentemente, os instrumentos financeiros derivados são mensurados pelo respectivo justo valor. O justo valor é apurado:

• Com base em cotações obtidas em mercados activos (por exemplo, no que respeita a

futuros transaccionados em mercados organizados); • Com base em modelos que incorporam técnicas de valorização aceites no mercado,

incluindo cash-flows descontados e modelos de valorização de opções.

Derivados embutidos

Os instrumentos financeiros derivados embutidos noutros instrumentos financeiros são destacados do contrato de base e tratados como derivados autónomos no âmbito da Norma IAS 39, sempre que:

• As características económicas e os riscos do derivado embutido não estejam intimamente relacionados com o contrato de base, conforme definido na Norma IAS 39; e

• A totalidade do instrumento financeiro combinado não esteja registada ao justo

valor, com as variações no justo valor reflectidas em resultados.

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Derivados de cobertura

Tratam-se de derivados contratados com o objectivo de cobertura da exposição a um determinado risco inerente à actividade da Caixa. A classificação como derivados de cobertura e a utilização do conceito de contabilidade de cobertura, conforme abaixo descrito, está sujeita ao cumprimento das regras definidas na Norma IAS 39. Para todas as relações de cobertura, a Caixa prepara no início da operação documentação formal, que inclui os seguintes aspectos:

• Objectivos de gestão de risco e estratégia associada à realização da operação de

cobertura, de acordo com as políticas de cobertura de risco definidas; • Descrição do(s) risco(s) coberto(s); • Identificação e descrição dos instrumentos financeiros cobertos e de cobertura; • Método de avaliação da eficácia de cobertura e periodicidade da sua realização.

Mensalmente, são efectuados e documentados testes de eficácia das coberturas através da comparação da variação no justo valor do instrumento de cobertura e do elemento coberto (na parcela atribuível ao risco coberto). De forma a possibilitar a utilização de contabilidade de cobertura de acordo com a Norma IAS 39, esta relação deverá situar-se num intervalo entre 80% e 125%. Adicionalmente, são efectuados testes de eficácia prospectivos, de forma a demonstrar a expectativa da eficácia futura da cobertura.

Os derivados de cobertura são registados ao justo valor, sendo os resultados apurados mensalmente reconhecidos em proveitos e custos do exercício. Caso se demonstre que a cobertura é eficaz, a Caixa reflecte igualmente no resultado do exercício a variação no justo valor do elemento coberto atribuível ao risco coberto. O impacto destas valorizações é reflectido em rubricas de “Resultados em activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados”. No caso de derivados que tenham associada uma componente de juros (como por exemplo, swaps de taxa de juro) a periodificação de juros relativa ao período em curso e os fluxos liquidados são reflectidos em “Juros e rendimentos similares” e “Juros e encargos similares”, da demonstração de resultados.

As reavaliações positivas e negativas de derivados de cobertura são registadas no activo e passivo, respectivamente, em rubricas específicas. As valorizações dos elementos cobertos são reflectidas nas rubricas onde se encontram registados esses activos e passivos.

Derivados de negociação São considerados derivados de negociação todos os instrumentos financeiros derivados que não estejam associados a relações de cobertura eficazes de acordo com a Norma IAS 39, incluindo:

• Derivados contratados para cobertura de risco em activos ou passivos registados ao

justo valor através de resultados, tornando assim desnecessária a utilização de contabilidade de cobertura;

• Derivados contratados para cobertura de risco que não constituem coberturas

eficazes ao abrigo da Norma IAS 39; • Derivados contratados com o objectivo de “trading”.

Os derivados de negociação são registados ao justo valor, sendo os resultados apurados diariamente reconhecidos em proveitos e custos do exercício, nas rubricas de “Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados”. As reavaliações positivas e

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negativas são registadas nas rubricas “Activos financeiros ao justo valor através de resultados” e “Passivos financeiros ao justo valor através de resultados”, respectivamente.

g) Propriedades de investimento Correspondem a imóveis detidos pela Caixa com o objectivo de obtenção de rendimentos através do arrendamento e/ou da sua valorização. As propriedades de investimento são registadas ao justo valor, determinado anualmente com base em avaliações de peritos. As variações no justo valor são reflectidas em resultados e os imóveis não são sujeitos a amortizações.

h) Outros activos tangíveis

Os activos tangíveis utilizados pela Caixa para o desenvolvimento da sua actividade são contabilisticamente relevados pelo custo de aquisição (incluindo custos directamente atribuíveis) deduzido das amortizações acumuladas.

A depreciação dos activos tangíveis é registada numa base sistemática ao longo do período de vida útil estimado do bem:

Anos de vida útil Imóveis de serviço próprio 50 Despesas em edifícios arrendados 10 Equipamento informático e de escritório 3 a 8 Mobiliário e instalações interiores 6 a 10 Viaturas 4

As despesas de investimento em obras não passíveis de recuperação, realizadas em edifícios que não sejam propriedade da Caixa, são amortizadas em prazo compatível com o da sua utilidade esperada ou do contrato de arrendamento.

Conforme previsto no IFRS 1, os activos tangíveis adquiridos até 1 de Janeiro de 2006 foram registados pelo valor contabilístico na data de transição para os IAS/IFRS, que corresponde ao custo ajustado por reavaliações efectuadas nos termos da lei, decorrentes da evolução de índices gerais de preços. Uma parcela correspondente a 40% do aumento das amortizações que resultam dessas reavaliações não é aceite como custo para efeitos fiscais, sendo registados os correspondentes impostos diferidos passivos. Periodicamente são efectuadas avaliações aos imóveis de modo a apurar perdas por imparidade. Activos intangíveis

Esta rubrica compreende essencialmente custos com a aquisição, desenvolvimento ou preparação para uso de software utilizado no desenvolvimento das actividades da Caixa. Os activos intangíveis são registados ao custo de aquisição, deduzido de amortizações e perdas por imparidade acumuladas. As amortizações são registadas como custos do exercício numa base sistemática ao longo da vida útil estimada dos activos, a qual corresponde a um período de 3 anos.

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i) Activos tangíveis disponíveis para venda

Os activos não correntes, ou grupos de activos e passivos a alienar são classificados como detidos para venda sempre que seja expectável que o seu valor de balanço venha a ser recuperado através da venda, e não do seu uso continuado. Para que um activo (ou grupo de activos e passivos) seja classificado nesta rubrica é assegurado o cumprimento dos seguintes requisitos:

• A probabilidade de ocorrência da venda é elevada; • O activo está disponível para venda imediata no seu estado actual; • Deverá existir a expectativa de que a venda se venha a concretizar até um ano após

a classificação do activo nesta rubrica.

Os activos registados nesta rubrica são valorizados ao menor entre o custo de aquisição e o justo valor, deduzido dos custos a incorrer na venda. O justo valor destes activos é determinado com base em avaliações de peritos independentes, não sendo sujeitos a amortizações.

j) Provisões

Esta rubrica do passivo inclui as provisões constituídas para fazer face a riscos gerais de crédito, e outros a riscos específicos decorrentes da actividade da Caixa, de acordo com o IAS 37 (Nota 30).

k) Benefícios de empregados

A Caixa subscreveu o Acordo Colectivo de Trabalho Vertical (ACTV) para o sector bancário pelo que os seus empregados ou as suas famílias têm direito a pensões de reforma, invalidez e sobrevivência. No entanto, uma vez que os empregados estão inscritos na Segurança Social, as responsabilidades da Caixa com pensões relativamente aos seus colaboradores consistem no pagamento de complementos face aos níveis previstos no ACTV. Para cobertura das suas responsabilidades a Caixa integra o Fundo de Pensões do Grupo Crédito Agrícola, o qual se destina a financiar os complementos de pensões de reforma por velhice ou invalidez e pensões de viuvez e orfandade efectuadas pela Segurança Social. Estes complementos são calculados, por referência ao ACTV, de acordo com (i) a pensão garantida à idade presumível de reforma, (ii) com o coeficiente entre o número de anos de serviço prestados até à data do cálculo e (iii) o número total de anos de serviço à data de reforma. Este Fundo, cujos benefícios a atribuir pelo Plano de Pensões são os definidos no Acordo Colectivo de Trabalho Vertical do Crédito Agrícola Mútuo, assume, assim, a natureza de um Fundo solidário, estando a sua gestão a cargo da Companhia de Seguros Crédito Agrícola Vida S.A.. De acordo com os estatutos da Caixa, os membros dos seus órgãos sociais não são abrangidos pelos benefícios descritos. Para o cálculo das pensões do ACTV, o tempo de serviço assumido foi calculado a partir das seguintes datas:

• Para as diuturnidades futuras e respectiva evolução automática na carreira, considerou-se a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades;

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• Para o cálculo das percentagens do anexo V na atribuição das pensões, assumiu-se a data de admissão reconhecida para o Fundo de Pensões.

Para a repartição das responsabilidades por serviços passados a cargo do Fundo de Pensões do Crédito Agrícola, admitiu-se o seguinte:

• Quando a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades é posterior à data de admissão reconhecida para o Fundo de Pensões, é esta última a considerada no cálculo dos tempos de serviço passado e total;

• Quando a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades é anterior à data

de admissão reconhecida para o Fundo de Pensões, é esta última a considerada no cálculo do tempo de serviço passado.

Para o tempo de serviço total, a data a considerar é a utilizada no cálculo do nível e diuturnidades, uma vez que esta corresponde à da admissão na Banca. Os métodos de cálculo utilizados foram o do “Projected Unit Credit” para a reforma por velhice e sobrevivência diferida e o dos Prémios Únicos Sucessivos para a reforma por invalidez e sobrevivência imediata. O cálculo da pensão de sobrevivência aplicou-se somente aos participantes efectivamente casados, admitindo-se como idade do cônjuge a do participante diminuída ou acrescida de três anos, consoante este seja do sexo masculino ou feminino. O cálculo deste benefício encontra-se em função do nível de remuneração do participante, de acordo com o Anexo VI do ACTV. A Caixa regista anualmente como custo a contribuição para o Fundo de Pensões que é estimada pela Companhia de Seguros Crédito Agrícola Vida S.A. para cada entidade contribuinte em função do número de trabalhadores inscrito. O Aviso do Banco de Portugal nº 4/2005 determina a obrigatoriedade de financiamento integral pelos fundos de pensões das responsabilidades por pensões em pagamento e de um nível mínimo de financiamento de 95% das responsabilidades com serviços passados de pessoal no activo. No entanto, estabelece um período transitório entre 5 e 7 anos relativamente à cobertura do aumento de responsabilidades decorrente da adopção do IAS 19.

l) Impostos sobre os lucros

A Caixa é tributada individualmente e está sujeita ao regime fiscal consignado no Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (Código do IRC). O total dos impostos sobre lucros registados em resultados engloba os impostos correntes e os impostos diferidos. O imposto corrente é calculado com base no resultado fiscal do exercício, o qual difere do resultado contabilístico devido a ajustamentos ao lucro tributável resultantes de custos ou proveitos não relevantes para efeitos fiscais, ou que apenas serão considerados noutros períodos. Os impostos diferidos correspondem ao impacto no imposto a recuperar / pagar em períodos futuros resultante de diferenças temporárias dedutíveis ou tributáveis entre o valor de balanço dos activos e passivos e a sua base fiscal, utilizada na determinação do lucro tributável. Os passivos por impostos diferidos são normalmente registados para todas as diferenças temporárias tributáveis, enquanto que os impostos diferidos activos só são registados até ao

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montante em que seja provável a existência de lucros tributáveis futuros que permitam a utilização das correspondentes diferenças tributárias dedutíveis ou prejuízos fiscais. No entanto, não são registados impostos diferidos nas seguintes situações:

• Diferenças temporárias resultantes de goodwill; • Diferenças temporárias originadas no reconhecimento inicial de activos e passivos em

transacções que não afectem o resultado contabilístico ou o lucro tributável; • Diferenças tributárias dedutíveis resultantes de lucros não distribuídos por empresas

filiais e associadas, na medida em que a Caixa tenha a possibilidade de controlar a sua reversão e seja provável que a mesma não venha a ocorrer num futuro previsível.

Os impostos diferidos são calculados com base nas taxas de imposto que se antecipa estarem em vigor à data da reversão das diferenças temporárias, que correspondem às taxas aprovadas ou substancialmente aprovadas na data de balanço. Os impostos sobre o rendimento (correntes ou diferidos) são reflectidos nos resultados do exercício, excepto nos casos em que as transacções que os originaram tenham sido reflectidas noutras rubricas de capital próprio (por exemplo, no caso da reavaliação de activos financeiros disponíveis para venda). Nestes casos, o correspondente imposto é igualmente reflectido por contrapartida de capital próprio, não afectando o resultado do exercício.

m) Locação financeira Os activos em regime de locação financeira são registados no balanço como crédito concedido, sendo este reembolsado através das amortizações de capital constantes do plano financeiro dos contratos. Os juros incluídos nas rendas são registados como proveitos financeiros.

5. CAIXA E DISPONIBILIDADES EM BANCOS CENTRAIS Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013

Caixa:Moedas nacionais 792.499 731.960Moedas estrangeiras 17.560 17.378

810.058 749.338

De acordo com o Regulamento nº 2.818/98, de 1 de Dezembro, emitido pelo Banco Central Europeu, a partir de 1 de Janeiro de 1999 as instituições de crédito estabelecidas nos Estados-Membros participantes estão sujeitas à constituição de reservas mínimas em contas junto dos Bancos Centrais Nacionais participantes. A base de incidência compreende todos os depósitos em bancos centrais e em instituições financeiras e monetárias que se situem fora da zona Euro e todos os depósitos de clientes inferiores a dois anos. A esta base é aplicado um coeficiente de 2% e abatido um montante de 100.000 Euros. As reservas mínimas exigidas são remuneradas à média das taxas das operações principais de refinanciamento do Sistema Europeu de Bancos Centrais.

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6. DISPONIBILIDADES EM OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013Disponibilidades em Instituições de Crédito no País: Na Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo:

Depósitos à ordem 1.154.087 1.489.733 Cheques a cobrar 1.007.214 1.066.369

2.161.301 2.556.102

Juros a Receber 557 340557 340

2.161.858 2.556.442

9. ACTIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013Títulos

Emitidos por residentesInstrumentos de dívida - 2.176.089Instrumentos de Capital 335.801 321.995

Imparidade (22.696)

313.105 2.498.084

Os Instrumentos de divida eram Títulos Especiais de Investimento Tier1, emitidos pela Caixa Central nos anos de 2009 e 2011, no valor total de 2.157.000,00. Foram convertidos durante o ano de 2014 em participação no Capital Social da Caixa Central Crédito Agrícola Mútuo.

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10. APLICAÇÕES EM INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO Esta rubrica apresenta a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013

Aplicações em Instituições de Crédito no País: Na Caixa Central de Crédito Agricola Mútuo:

Depósitos Depósitos a Prazo 65.334.775 59.797.275 DP-Aplicação Direitos Adicionais de Crédito - 8.722.000

65.334.775 68.519.275

Juros a receber Depósitos a Prazo 736.969 790.165 DP-Aplicação Direitos Adicionais de Crédito 3.812

66.071.744 69.313.252

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, os prazos residuais das aplicações em instituições de crédito apresentavam a seguinte estrutura:

31-12-2014 31-12-2013

Até três meses 14.675.000 22.722.000Entre três meses e um ano 44.543.525 41.265.000Entre um ano e três anos - 1.783.525Entre três e cinco anos - -Mais de cinco anos 6.116.250 2.748.750

65.334.775 68.519.275Juros a receber 736.969 793.977

66.071.744 69.313.252

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11. CRÉDITO A CLIENTES Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013

Crédito internoMédio e longo prazosEmpréstimos a Empresas e Adm.Públicas 31.630.301 32.092.912Empréstimos à Habitação 37.738.927 37.901.518Outros Empréstimos a Particulares 15.323.245 17.038.761Contratos de Locação Financeira 56.214 61.147

Curto prazoOutros créditosCartão crédito 1.055.487 915.364Outros créditos 8.222.229 6.982.311

Desconto 156.069 345.212Créditos em conta correnteClientes 3.237.696 3.055.581Empresas do grupo - -

Descobertos em depósitos à ordemEmpresas do grupo - -Outros residentes 410.970 556.558

97.831.140 98.949.364Crédito ao exteriorCurto prazoOutros créditos - 212.395Descobertos dep.ordem - não residentes - -

- 212.395

Juros a receber 446.760 509.495

Comissões associadas ao custo amortizado:Despesas com encargo diferido - -Receitas com rendimento diferido (341.986) (316.284)

(341.986) (316.284)

Correcções de valor dos activos que sejam objecto de cobertura - -

Total crédito não vencido 97.935.913 99.354.969

Crédito e juros vencidosCrédito vencido 7.909.741 6.233.454Juros vencidos 65.094 106.677Despesas de crédito vencido - -Total crédito e juros vencidos 7.974.835 6.340.130

105.910.748 105.695.099

ProvisõesPara crédito e juros vencidos (7.156.220) (5.310.594)Para crédito de cobrança duvidosa (1.651.803) (2.337.406)

(8.808.023) (7.648.000)

97.102.725 98.047.099

Para fazer face aos riscos de realização do crédito concedido, a Caixa dispõe em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 de uma provisão para riscos gerais de crédito no montante de 818.262,64 Euros e 800.278,87 Euros, respectivamente, registada na rubrica “Provisões” do passivo (Nota 30).

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Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, o prazo residual dos créditos a clientes apresenta a seguinte estrutura:

31-12-2014 31-12-2013

Até três meses 4.117.464 3.340.869Entre três meses e um ano 4.290.676 2.923.382Entre um ano e cinco anos 12.230.474 18.581.566Mais de cinco anos 73.909.624 71.156.648Indeterminada 11.257.736 9.499.424

105.805.974 105.501.888

Juros a receber 446.760 509.495Receitas rendimento diferido -341.986 -316.284

105.910.748 105.695.099

15. ACTIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA VENDA

Esta rubrica apresenta a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013

Activos não correntes detidos para venda:Imóveis 7.052.918 6.244.586Equipamento - -Outros - -

7.052.918 6.244.586

Imparidade:Imóveis (683.700) (650.600)Equipamento - -Outros - -

6.369.218 5.593.986

O movimento desta rubrica durante os exercícios de 2014 e 2013 pode ser apresentado da seguinte forma:

Valor Utilização Dotações Reposições Valor Valor bruto Imparidade Aquisições Alienações de imparidade de imparidade de imparidade bruto Imparidade líquido

Activos não correntes detidos para vendaImóveis 6.244.586 (650.600) 1.080.035 (271.704) - (33.100) - 7.052.918 (683.700) 6.369.218Equipamento - - - - - - - - - -Outros - - - - - - - - - -

6.244.586 (650.600) 1.080.035 (271.704) - (33.100) - 7.052.918 (683.700) 6.369.218

Valor Utilização Dotações Reposições Valor Valor bruto Imparidade Aquisições Alienações de imparidade de imparidade de imparidade bruto Imparidade líquido

Activos não correntes detidos para vendaImóveis 5.797.686 (444.454) 684.900 (238.000) 1.650 (278.940) 71.144 6.244.586 (650.600) 5.593.986Equipamento - - - - - - - - - -Outros - - - - - - - - - -

5.797.686 (444.454) 684.900 (238.000) 1.650 (278.940) 71.144 6.244.586 (650.600) 5.593.986

31-12-2013 31-12-2014

31-12-2012 31-12-2013

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17. OUTROS ACTIVOS TANGÍVEIS

O movimento ocorrido nas rubricas de “Outros activos tangíveis” durante os exercícios de 2014 e 2013 foi o seguinte:

31-12-2014

Valor Amortizações Amortizações Alienações Valor

Descrição bruto acumuladas Imparidade Aquisições Transferências do exercício Imparidade Regularizações e abates líquido

Imóveis:

De serviço próprio:

Terrenos 965.040 - - - - - - - - 965.040

Edificios 6.157.952 (1.558.932) - - - (120.951) - - - 4.478.069

Outros 426.634 (116.630) - - - (19.986) - - - 290.018

Obras em imóveis arrendados 322.803 (213.722) - - - (23.140) - - - 85.941

Outros imóveis - - - - - - - - -

7.872.428 (1.889.284) - - - (164.077) - - - 5.819.068

Equipamento:

Mobiliário e material 553.880 (508.430) - - - (13.789) - - - 31.661

Máquinas e ferramentas 400.864 (357.090) - 1.211 - (15.931) - - - 29.054

Equipamento informático 867.675 (729.357) - 43.462 - (69.357) - - - 112.422

Instalações interiores 1.546.449 (890.752) - 4.280 - (125.120) - - - 534.857

Material de transporte 344.886 (232.605) - - - (24.551) - - - 87.730

Equipamento de segurança 462.169 (410.527) - - - (12.055) - - - 39.587

Outro equipamento 67.129 (55.024) - - - (6.271) - - 5.835

4.243.051 (3.183.785) - 48.953 - (267.073) - - - 841.146

Equipamento em locação financeira:

Imóveis - - - - - - - - - -

Equipamento - - - - - - - - - -

Outros activos em locação financeira - - - - - - - - - -

- - - - - - - - - -

Outros activos tangíveis:

(…) 18.897 - - - - - - - - 18.897

Activos tangíveis em curso 23.944 - - - - - - - - 23.944

12.158.321 (5.073.068) - 48.953 - (431.150) - - - 6.703.055

31-12-2013

Valor Amortizações Amortizações Alienações Valor

Descrição bruto acumuladas Imparidade Aquisições Transferências do exercício Imparidade Regularizações e abates líquido

Imóveis:

De serviço próprio:

Terrenos 965.040 - - - - - - - - 965.040

Edificios 6.157.952 (1.437.980) - - - (120.951) - - - 4.599.020

Outros 426.634 (96.644) - - - (19.986) - - - 310.004

Obras em imóveis arrendados 322.803 (190.459) - - - (23.263) - - - 109.081

Outros imóveis - - - - - - - - -

7.872.428 (1.725.083) - - - (164.200) - - - 5.983.145

Equipamento:

Mobiliário e material 547.794 (492.528) - 6.086 - (15.903) - - - 45.450

Máquinas e ferramentas 400.211 (338.214) - 653 - (18.876) - - - 43.774

Equipamento informático 749.304 (687.265) - 120.929 - (42.235) - - (2.416) 138.317

Instalações interiores 1.343.339 (785.972) - 119.282 91.030 (111.981) - - - 655.697

Material de transporte 310.388 (206.498) - 34.497 - (26.107) - - - 112.281

Equipamento de segurança 467.521 (408.241) - 9.122 - (16.759) - - - 51.642

Outro equipamento 63.740 (48.415) - 3.389 - (6.609) - - 12.105

3.882.296 (2.967.131) - 293.958 91.030 (238.470) - - (2.416) 1.059.266

Equipamento em locação financeira:

Imóveis - - - - - - - - - -

Equipamento - - - - - - - - - -

Outros activos em locação financeira - - - - - - - - - -

- - - - - - - - - -

Outros activos tangíveis:

(…) 18.897 - - - - - - - - 18.897

Activos tangíveis em curso 91.030 - - 23.944 (91.030) - - - - 23.944

11.864.652 (4.692.215) - 317.903 - (402.670) - - (2.416) 7.085.253

31-12-2013

31-12-2012

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Relatório e Contas 2014

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18. ACTIVOS INTANGÍVEIS

O movimento ocorrido nas rubricas de “Activos intangíveis” durante os exercícios de 2014 e 2013 foi o seguinte:

31-12-2014

Valor Amortizações Amortizações Alienações Valor

Descrição bruto acumuladas Imparidade Aquisições Transferências do exercício Imparidade Regularizações e abates líquido

Sistema de tratamento automático de dados (software) 15.746 (15.746) - - - - - - - -

Outros activos intangíveis 10.462 (10.462) - - - - - - - -

Activos intangíveis em curso - - - - - - - - - -

26.209 (26.209) - - - - - - - -

31-12-2013

Valor Amortizações Amortizações Alienações Valor

Descrição bruto acumuladas Imparidade Aquisições Transferências do exercício Imparidade Regularizações e abates líquido

Sistema de tratamento automático de dados (software) 15.746 (15.746) - - - - - - - -

Outros activos intangíveis 10.462 (10.462) - - - - - - - -

Activos intangíveis em curso - - - - - - - - - -

26.209 (26.209) - - - - - - - -

31-12-2013

31-12-2012

19. INVESTIMENTOS EM FILIAIS, ASSOCIADAS E EMPREENDIMENTOS CONJUNTOS Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, a rubrica “investimentos em filiais” tem a seguinte composição:

Participação Valor de Valor deefectiva (%) balanço balanço

Empresa 31-12-2014 31-12-2014 31-12-2013

CCCAM 2,50% 7.572.765 5.415.765Fenacam CRL 0,05% 230 230Crédito Agricola Seguros S.A. 0,01% 25 25Crédito Agricola Informatica S.A. 0,44% 29.755 29.755

7.602.775 5.445.775

O aumento no ano de 2014 da participação da Caixa no Capital Social da Caixa Central, foi efectuado pela conversão dos Títulos Especiais de Investimento Tier1, emitidos pela Caixa Central nos anos de 2009 e 2011, no valor total de 2.157.000,00 €.

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Relatório e Contas 2014

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Em 31 de Dezembro de 2014, os dados financeiros mais significativos retirados das demonstrações financeiras destas empresas podem ser resumidos da seguinte forma (provisórios)*:

Activo Situação ResultadoEmpresa líquido líquida líquido

CCCAM 6.000.506.067 298.127.857 36.610.035Fenacam CRL 7.690.521 5.279.851 91.220Crédito Agricola Seguros S.A. 191.845.453 42.341.431 3.394.131Crédito Agricola Informática S.A. 21.697.337 6.621.974 314.140* todos os valores são provisórios.Encontram-se em processo de auditoria/Certificação de Contas.

20. IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO

Os saldos de activos e passivos por impostos sobre o rendimento em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 eram os seguintes:

2014 2013

Activos por impostos diferidosPor diferenças temporárias 2.151.329 2.136.977Por prejuízos fiscais reportáveis - -

2.151.329 2.136.977

Passivos por impostos diferidosPor diferenças temporárias - -

2.151.329 2.136.977

Activos por impostos correntesPagamentos por conta - -Outros - -Imposto sobre o rendimento a recuperar - -

- -

Passivos por impostos correntesImposto sobre o rendimento a pagar 19.056 252.490

19.056 252.490

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Relatório e Contas 2014

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O detalhe e o movimento ocorrido nos impostos diferidos durante o exercício de 2014 foi o seguinte:

2014

Saldo Variação Variação Variação Saldo

em Adopção da em em Resultados em em

31-12-2013 IAS 39 Resultados Transitados Reservas 31-12-2014

. Activos tangíveis e imparidade - - - - - -

. Activos intangíveis - - - - - -

. Prémio de antiguidade 89.565 - (8.866) - - 80.699

. Encargos com saúde - - - - - -

. Provisões não aceites fiscalmente:

Provisões para cobrança duvidosa 445.715 - (191.767) - - 253.948

Provisões para crédito vencido 1.405.629 - 226.944 - - 1.632.573

Provisões para riscos gerais de crédito 196.068 - (11.959) - - 184.109

Provisões para riscos bancários gerais - - - - - -

Provisão para aplicações financeiras - - - - - -

Provisões para imóveis - - - - - -

Provisões para outras aplicações - - - - - -

Provisões para outros riscos e encargos - - - - - -

. Pensões

Reformas antecipadas - - - - - -

Desvios actuariais - - - - - -

Contribuição efectuada - - - - - -

(…)

. Reavaliação de imobilizado não aceite fiscalmente - - - - - -

. Reavaliação de instrumentos financeiros derivados - - - - - -

. Valias fiscais - - - - - -

. Prejuízos fiscais reportáveis - - - - - -

. Comissões - - - - - -

. Correcções no justo valor dos elementos cobertos - - - - - -

. Valorização dos activos disponíveis para venda - - - - - -

. Carteira de títulos detidos até à maturidade - - - - - -

(…) -

2.136.977 - 14.352 - - 2.151.329

Os gastos com impostos sobre lucros registados em resultados, bem como a carga fiscal, medida pela relação entre a dotação para impostos sobre lucros e o lucro do exercício antes de impostos, podem ser apresentados como se segue:

2014 2013

Impostos correntes Sobre os lucros do exercício 475.658 543.750 Correcções impostos relativas a exercícios anteriores (46.335) (4.666)

429.323 539.085Impostos diferidos Registo e reversão de diferenças temporárias (14.352) (168.192)Prejuízos fiscais reportáveis - -

(14.352) (168.192)

Total de impostos reconhecidos em resultados 414.971 370.893

Lucro antes de impostos 985.630 1.382.436

Carga fiscal 42,10% 26,83%

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Relatório e Contas 2014

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De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correcção por parte das autoridades fiscais durante um período de quatro anos. Deste modo, as declarações fiscais da Caixa relativas aos anos de 2011 a 2014 poderão vir ainda a ser sujeitas a revisão e a matéria colectável a eventuais correcções. Contudo, na opinião do Conselho de Administração da Caixa, não é previsível que ocorram correcções com impacto significativo nas demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2014.

21. OUTROS ACTIVOS Esta rubrica apresenta a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013

Outros activosOutros metais preciosos 19.605 20.279Sector Público Administrativo 26.625 17.975Bonificações a receber 20.256 24.668Outros devedores diversos 206.815 231.525 Devedores Diversos-Empresas Grupo 392.730 19.991

666.031 314.439Rendimentos a ReceberOutros Juros e Rendimentos Similares - 290.214Outros Rendimentos a Receber 68.940 72.920

68.940 363.133Despesas com encargo diferidoFundo de Pensões 82.699 131.962Outras-Empresas Grupo 10.140 4.593Outras 6.838 22.431

99.677 158.986

Responsabilidades com pensões e outros beneficiosResponsabilidade totais (888.265)Valor Patrimonial Fundo Pensões 888.983Desvios actuariais-Incluidos corredorDesvios actuariais-Excesso face corredor

718 -Valores a regularizarOperações activas a regularizar 1.064.624 996.404Economato - -PSC-Acordos Protocolares 77.902 158.888Processamento SaláriosOutras 19.744 67.045

1.162.270 1.222.338

Imparidade – Outros activosOutros devedores diversos (169.496) (192.436)(…)

(169.496) (192.436)

1.828.139 1.866.460

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Relatório e Contas 2014

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25. RECURSOS DE OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013

Recursos de instituições de crédito no paísOutros Recursos Caixa Central Crédito Agricola Mútuo Depósitos a Prazo 1.500.000 DP-Direitos Adicionais de Crédito 8.722.000 DP-Depósitos TLTRO 277.190 -

277.190 10.222.000

Juros a Pagar Depósitos a Prazo - 3.678 DP-Direitos Adicionais de Crédito - 425 Outros Recursos -Desc. 52 DP-Depósitos TLTRO 21 0

21 4.155

Total 277.211 10.226.155

O saldo existente em 2013 referente à conta de DP-Direitos Adicionais de Crédito-CCCAM com um valor de 8.722.000,00 euros acrescido de 424,80 euros de juros a pagar, bem como Depósito a Prazo-CCCAM no valor de 1.500.000,00 euros acrescidos de 3.677.96 euros de juros a pagar, foi integralmente liquidado. O saldo de 2014 no montante de 277.189,83 euros refere-se à conta de DP-Depósitos TLTRO-CCCAM, tendo gerado juros a pagar a uma taxa fixa anual de 0,20%, no valor de 20,91 euros. Esta conta de DP-Depósitos TLTRO-CCCAM foi criada no âmbito das Linhas de refinanciamento TLTRO do BCE ao SICAM com o objectivo expresso de incentivar o crédito à economia, mediante a garantia de financiamento.

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As operações TLTRO têm vencimento em Setembro de 2018 e são remuneradas a uma taxa fixa até à maturidade, fixando o custo de funding para o período, embora com reembolso antecipado obrigatório em Setembro de 2016 caso a evolução do crédito elegível do SICAM seja inferior ao benchmark/valor de crescimento definido pelo BCE. As CCAM terão acesso a esta linha de financiamento por intermédio de operações com a CCCAM, através das quais serão efectuadas transferências de fundos de acordo com o crédito concedido por cada CCAM e com um limite inicialmente estabelecido de acordo com o Ponderador de Carteira de Crédito Total (PCCT) de cada uma.

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, o prazo residual dos recursos de outras instituições de crédito apresenta a seguinte estrutura:

31-12-2014 31-12-2013

Até três meses 277.190 9.722.000Entre três meses e um ano - 500.000Entre um ano e três anos - -Entre três e cinco anos - -Mais de cinco anos - -

277.190 10.222.000

Juros a Pagar 21 4.155277.211 10.226.155

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Relatório e Contas 2014

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26. RECURSOS DE CLIENTES E OUTROS EMPRÉSTIMOS

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013

Depósitos À ordem 50.587.630 47.295.212A prazo 83.181.034 79.807.624De poupança 35.059.009 36.210.614

Outros recursos de clientes - -Cheques e ordens a pagar 10.313 111.060Outros 1.926 5.940

Juros a pagar 406.963 497.788

169.246.875 163.928.237

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, os prazos residuais dos recursos de clientes e outros empréstimos,

apresentavam a seguinte estrutura:

31-12-2014 31-12-2013

Até três meses 115.226.231 107.773.528Entre três meses e um ano 49.052.405 52.570.236Entre um ano e três anos 4.389.928 2.988.622Entre três e cinco anos 81.926 32.855Mais de cinco anos 89.422 65.208

168.839.912 163.430.449

Juros a pagar 406.963 497.788169.246.875 163.928.237

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Relatório e Contas 2014

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30. PROVISÕES E IMPARIDADE O movimento ocorrido nas provisões e na imparidade da Caixa durante os exercícios de 2014 e 2013 foi o

seguinte:

Saldos em Reposições e Saldos em31-12-2013 Reforços anulações Utilizações Transferências 31-12-2014

Provisões para créditos sobre clientes e aplicações em instituições de crédito:- Créditos de cobrança duvidosa 2.337.406 1.485.874 (2.171.476) - - 1.651.803- Crédito e juros vencidos 5.310.594 2.394.665 (324.655) (224.384) - 7.156.220- Risco-país - - - - - -

7.648.000 3.880.539 (2.496.132) (224.384) - 8.808.023Provisões: - Riscos gerais de crédito 800.279 154.363 (136.379) - - 818.263 - Outros riscos e encargos - - - - - Riscos bancários gerais 72.623 - - - - 72.623

872.901 154.363 (136.379) - - 890.885

Imparidade

- Imparidade de outros activos financeiros - 22.696 - - - 22.696- Imparidade de outros activos:

Activos não correntes detidos para venda 650.600 33.100 - - - 683.700Outros activos tangíveis - - - - - -Outros activos 192.436 663 (18.603) (4.999) 169.496

843.035 33.763 (18.603) (4.999) - 853.196

9.363.937 4.091.360 (2.651.114) (229.383) - 10.574.800

Saldos em Reposições e Saldos em31-12-2012 Reforços anulações Utilizações Transferências 31-12-2013

Provisões para créditos sobre clientes e aplicações em instituições de crédito:- Créditos de cobrança duvidosa 3.348.507 2.399.082 (3.410.183) - - 2.337.406- Crédito e juros vencidos 3.824.183 3.457.625 (1.400.069) (571.144) - 5.310.594- Risco-país - - - - - -

7.172.689 5.856.706 (4.810.252) (571.144) - 7.648.000Provisões: - Riscos gerais de crédito 805.908 143.943 (149.573) - - 800.279 - Outros riscos e encargos - - - - - Riscos bancários gerais 60.623 310.697 - (298.697) - 72.623

866.531 454.640 (149.573) (298.697) - 872.901

Imparidade

- Imparidade de outros activos financeiros - - - - - -- Imparidade de outros activos:

Activos não correntes detidos para venda 444.454 278.940 (71.144) (1.650) - 650.600Outros activos tangíveis - - - - - -Outros activos 211.647 16.639 (22.286) (13.564) 192.436

656.101 295.579 (93.430) (15.214) - 843.036

8.695.322 6.606.925 (5.053.255) (885.055) - 9.363.937

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Relatório e Contas 2014

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33. OUTROS PASSIVOS Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013

Credores e outros recursosRecursos diversos 49.584 60.743Sector Público Administrativo

Retenção de impostos na fonte 113.057 119.920Contribuições para a Segurança Social 54.086 54.380Imposto sobre o Valor Acrescentado - -

Cobranças por conta de terceiros 4.200 4.133Contribuições para outros sistemas de saúde 10.279 10.358Credores diversos

Contribuições a entregar – Fundo de Pensões - -Credores por fornecimento de bens 135.053 168.964Outros credores-Adiantamentos por CPCV-Imóveis 67.441 100.960Outros credores 41.944 43.515

475.643 562.973

Responsabilidades com pensões e outros beneficiosResponsabilidade totais - 870.575Valor Patrimonial Fundo Pensões - (795.628)Desvios actuariais-Incluidos corredor - -Desvios actuariais-Excesso face corredor - -

- 74.947

Encargos a pagarPor gastos com pessoal

Provisão para férias e subsídio de férias e outros custos 394.732 381.214SAMS - -Prémio de antiguidade 358.663 365.572

Outros encargos a pagar - -753.395 746.786

Receitas com rendimento diferidoComissões sobre garantias prestadas 9.923 9.781Comissões em operações sindicadas 3.481 3.442

13.403 13.223 Valores a regularizarApuramento de Impostos 13.498 13.842Transferências Electrónicas 19.377 19.698Compensação 56.206 56.525Meios electronicos pagamento 290.148 323.652Efeitos - 36.516Outras operações a regularizar 39.470 9.282

1.661.140 1.857.443

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Relatório e Contas 2014

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34. PASSIVOS CONTINGENTES E COMPROMISSOS Os passivos contingentes e compromissos associados à actividade bancária encontram-se registados em

rubricas extrapatrimoniais e apresentam o seguinte detalhe:

31-12-2014 31-12-2013

Garantias prestadas e outros passivos eventuaisGarantias e avales prestados 2.112.255 2.145.712Garantias Reais-Direitos adicionais de Crédito - 52.314.880Créditos documentários abertos - -Outros passivos eventuais - -

Compromissos perante terceiros - -Contratos a prazo de depósitos - -Por linhas de crédito

Compromissos irrevogáveis 5.618.198 4.447.178Compromissos revogáveis 7.674.422 5.957.958

Por subscrição de títulos - -Responsabilidade potencial para com o Sistema de indemnização aos investidores - -

Responsabilidades por prestação de serviçosDepósito e guarda de valores 158.518 123.965Valores recebidos para cobrança 150.819 333.397Valores administrados pela instituição - -Outras - -

15.714.212 65.323.090

O valor existente em 31/12/2013 em Garantias Reais-Direitos Adicionais de Crédito, refere-se aos créditos dados como garantia ao Banco de Portugal, no âmbito dos Depósitos-Direitos Adicionais de Crédito.

35. CAPITAL E PRÉMIOS DE EMISSÃO Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, a estrutura accionista da Caixa é a seguinte:

N º de N º deacções % acções %

Accionistas:Capital Social-Titulos Capital Socios 490.217 17,99% 428.219 17,00%Capital Social-Titulos Capital por incorporação de reservas 2.234.193 82,01% 2.090.484 83,00%

2.724.410 100,00% 2.518.703 100,00%Valor cada Titulo Capital 5 € 5 €Total Capital 13.622.050 € 12.593.515 €

20132014

Nos termos da Portaria nº 408/99, de 4 de Junho, publicada no Diário da República – I Série B,

nº 129, os prémios de emissão não podem ser utilizados para a atribuição de dividendos nem para a aquisição de acções próprias.

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36. RESERVAS, RESULTADOS TRANSITADOS, OUTROS INSTRUMENTOS DE CAPITAL E LUCRO DO

EXERCÍCIO

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, as rubricas de reservas e resultados transitados têm a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013

Reservas de reavaliação:Reservas resultantes da valorização ao justo valor:

De activos financeiros disponíveis para venda - (13.807)De investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos(…)

Reservas de reavaliação do imobilizado Reservas por impostos diferidosDe activos financeiros disponíveis para vendaOutras Reservas Reavaliação-Fundo de Pensões 285.278 208.604

285.278 194.797Outros instrumentos de capital

Reserva legal 4.430.252 4.227.943Reserva estatutária 150.000 150.000Outras reservas 23.670 26.905Resultados transitados (63.070) (49.263) 4.540.853 4.355.585

Lucro do exercício 570.659 1.011.544 5.396.789 5.561.926

Em conformidade com o disposto no Decreto-Lei nº 298/92, de 31 de Dezembro, alterado pelo Decreto-Lei nº 201/2002, de 26 de Setembro, a Caixa constitui um fundo de reserva até à concorrência do capital ou do somatório das reservas livres constituídas e dos resultados transitados, se superior. Para tal, é anualmente transferida para esta reserva uma fracção não inferior a 10% do resultado líquido do exercício, até perfazer o referido montante.

Esta reserva só pode ser utilizada para a cobertura de prejuízos acumulados ou para aumentar o capital.

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37. JUROS E RENDIMENTOS SIMILARES

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013

Juros de disponibilidades em outras instituições de créditoDisponibilidades sobre instituições de crédito no país 6.201 5.478

Juros de outras disponibilidades - -Juros de aplicações em instituições de crédito

Aplicações em instituições de crédito no país 1.984.541 2.658.809Juros de crédito a clientes

Crédito não representado por valores mobiliáriosCrédito interno

Empresas e administrações públicas Desconto e outros créditos titulados por efeitos 34.104 33.411Empréstimos 1.469.789 1.532.465Créditos em conta corrente 160.060 208.236Descobertos em depósitos à ordem 84.521 137.932Operações de Locação Financeira 1.434 1.406Cartão de crédito 1.149 985

ParticularesHabitação

Outros créditos 590.454 571.984Consumo

Outros créditos 664.536 680.069Outras finalidades

Desconto e outros créditos titulados por efeitos 7.475 15.142Empréstimos 837.915 899.060Créditos em conta corrente 35.380 39.392Descobertos em depósitos à ordem 70.888 88.535

Outros créditos e valores a receber (titulados) 68.683 35.375Juros de crédito vencido 423.705 513.028Títulos de Investimento subordinado 14.771 63.121Outros juros e rendimentos similares - -

6.455.608 7.484.427

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38. JUROS E ENCARGOS SIMILARES Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013

Juros de recursos de outras instituições de créditono país 5.357 47.692no estrangeiro - -

Juros de recursos de clientes e outros empréstimos 1.477.802 1.977.119Juros de passivos financeiros de negociação

instrumentos financeiros derivados - -Juros de derivados de cobertura - -Juros de passivos subordinados - -Outras comissões pagas:

operações de crédito - -Outros juros e encargos similares 5 -

1.483.164 2.024.811

39. RENDIMENTOS DE INSTRUMENTOS DE CAPITAL Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013

Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntosNo país

Investimentos em filiais Dividendos CA Seguros 3 1

3 1

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40. RENDIMENTOS DE SERVIÇOS E COMISSÕES Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013Por garantias prestadas

Garantias e avales 73.492 70.921Fianças e indemnizações (contragarantias) - -Outras garantias prestadas - -

73.492 70.921Por compromissos assumidos perante terceiros

Compromissos irrevogáveisLinhas de crédito irrevogáveis 103.477 104.805

Compromissos revogáveis - -103.477 104.805

Por serviços prestadosDepósito e guarda de valores 11 35Cobrança de valores 5.797 7.637Gestão Fundos Investimento - -Transferência de valores 50.118 74.922Gestão de cartões 3.115 1.421Anuidades 153.632 159.341

Outras operações de crédito Comissão Abertura e Utilização 68.946 69.463 Comissão de Processamento 145.687 101.808 Comissão-Estudo/Contrato crédito 45.903 22.552 Outras Comissões 432.300 636.019

Outros serviços prestados Comissões Aluguer Cofres e Out.Equipamentos 4.438 3.754 Comissões Registos e distrates 4.370 2.750 Comissões Cartões 438.843 463.220 Outras Comissões Interbancárias - 24.705 Comissões de Intermediação 129.981 66.401 Comissões Colocação e Intermediação 576.258 499.835 Comissões Outros Serviços Bancários Prestados 18.245 19.547

2.077.643 2.153.409Por operações realizadas por conta de terceiros

Sobre títulosEm operações de Bolsa - -Em operações fora de Bolsa - -

Outras operações realizadas por conta de terceiros - -- -

Outras comissões recebidasGestão de contas D.O. 314.006 296.071Cheques 185.634 187.097Extractos e 2ªs vias 1.664 1.885Mora ou Contencioso 110.237 205.134Moeda Estrangeira 2.652 2.416Outras 51.189 43.288

665.381 735.890

2.919.994 3.065.025

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41. ENCARGOS COM SERVIÇOS E COMISSÕES

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013

Por garantias recebidas 381 574Por compromissos assumidos por terceiros - -Por serviços bancários prestados por terceiros

Depósito e guarda de valores 4.381 5.111Operações de crédito - 443Cobrança de valores 3.797 4.487Administração de valores - -Outros Transferência de Valores 64.071 51.143 Cartões 201.134 229.630 Outras comissões Interbancárias 13 21

Por operações realizadas por terceiros - -Outras comissões pagas 86 165

273.862 291.573

44. RESULTADOS DE REAVALIAÇÃO CAMBIAL Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013

Operações cambiais à vista 5.873 2.048Operações cambiais a prazo - -

5.873 2.048

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45. RESULTADOS DE ALIENAÇÃO DE OUTROS ACTIVOS Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013

Resultados em activos não financeirosActivos não correntes detidos para venda 3.510 -300Outros activos tangíveis 1.528

Resultados em investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos

3.510 1.228

46. OUTROS RESULTADOS DE EXPLORAÇÃO Estas rubricas têm a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013

Outros rendimentos de exploraçãoRendas de locação operacional - -Ganhos em operações descontinuadas - -Reembolso de despesas 2.178 7.996Recuperação de créditos, juros e despesas

Recuperação de créditos incobráveis 455.885 248.153Recuperação de juros e despesas de crédito vencido 363.901 473.382

Rendimentos da prestação de serviços diversos 64.616 88.096Outros 41.009 48.193

927.589 865.820

Outros encargos de exploraçãoQuotizações e donativos (23.350) (20.247)Contribuições para o Fundo de Garantia do Crédito Agrícola Mútuo (73.344) (110.974)Outros encargos e gastos operacionais (152.280) (213.651)

(248.974) (344.872)

Outros Impostos (38.195) (25.047)

640.420 495.901

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47. CUSTOS COM PESSOAL Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013

Salários e vencimentosÓrgãos de Gestão e Fiscalização 43.506 44.754Empregados 2.419.152 2.278.423

Encargos sociais obrigatóriosFundos de Pensões (Nota 18) 18.050 45.257Encargos relativos a remunerações:

Caixa de Abono de Família - -Segurança Social 493.370 471.514SAMS 113.863 112.052Outros - -

Outros encargos sociais obrigatórios:Seguro acidentes trabalho 12.758 16.601Complemento Subs.Doença 7.361 5.978

Serviços Higiene e Saude Trabalho 1.546 3.473

Encargos sociais facultativos - -

Outros custos com pessoal:Indemnizações contratuais - -Formação/C.A.M 9.293 9.546Outros 12.147 13.222

3.131.046 3.000.821

O número médio de colaboradores da Caixa em 2014 e 2013 apresenta a seguinte composição:

2014 2013

Direcção 1 1Chefias Intermédias 20 20Comerciais 43 43Administrativos 8 8Quadros técnicos 2 2Outros 3 4

77 78

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CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

COORDENADOR DEPARTAMENTO DE ANÁLISE RISCO E RECUPERAÇÃO DE

CRÉDITO

COORDENADOR DEPARTAMENTO COMERCIAL

AUDITORIA INTERNA

APOIO JURÍDICO

GESTÃO DOS RISCOS

ANÁLISE E ACOMPANHAMENTO DE

CRÉDITO

PRÉ-CONTENCIOSO

ADMINISTRAÇÃO E PROCESSAMENTO DE

CREDITO

CONTENCIOSO

SEGUROS

AGÊNCIAS

CLIENTES

PROCESSAMENTO

ALCOBAÇA

VALE DE SANTARÉM

VALADO DOS FRADES

VILA DA MARMELEIRA

ALFEIZERÃO

SANTARÉM

TURQUEL

RIO MAIOR

GESTÃO DE CLIENTES

PATAIAS

ALCOBERTAS

ÉVORA DE ALCOBAÇA

CONTRATAÇÃO

ALCANEDE

NAZARÉ

AMIAIS DE BAIXO

CONTABILIDADE, REPORTING E GESTÃO

PATRIMÓNIO

GESTÃO DE PESSOAL

OPERAÇÕES GERAIS

GESTÃO TESOURARIA

APOIO ADMINISTRATIVO

COORDENADOR DEPARTAMENTO ADMINISTRATIVO E FINANCEIRO

COMPLIANCE

SECRETARIADO

ESTRUTURA E PRÁTICAS DE GOVERNO SOCIETÁRIO DA CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE ALCOBAÇA, CRL 1. Estrutura de Governo Societário A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Alcobaça, CRL adopta o modelo de governação vulgarmente conhecido como “latino reforçado”, constituído pelo Conselho de Administração, Conselho Fiscal e Revisor Oficial de Contas.

Os membros dos órgãos sociais e da Mesa da Assembleia Geral são eleitos pela Assembleia Geral, para um mandato de três anos.

2. Organograma Geral da Caixa de Crédito Agrícola

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3. Assembleia Geral A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice-Presidente e um Secretário. 3.1. Composição da Mesa da Assembleia Geral Presidente: Francisco Leonardo Eusébio Vice-Presidente: Alberto Conceição Santos Secretário: Manuel Costa Ribeiro 3.2. Competência da Assembleia Geral A Assembleia Geral delibera sobre todos os assuntos para os quais a Lei e os Estatutos lhe atribuam competências, competindo-lhe, em especial: � Eleger, suspender e destituir os titulares dos cargos sociais, incluindo os seus Presidentes; � Votar a proposta de plano de actividades e de orçamento da Caixa Agrícola para o exercício seguinte; � Votar o relatório, o balanço e as contas do exercício anterior; � Aprovar a fusão, a cisão e a dissolução da Caixa Agrícola; � Aprovar a associação e a exoneração da Caixa Agrícola da CAIXA CENTRAL e de organismos cooperativos de grau superior; � Fixar a remuneração dos titulares dos órgãos sociais da Caixa Agrícola; � Decidir do exercício do direito de acção cível ou penal contra o revisor oficial de contas, administradores, gerentes, outros mandatários ou membros do Conselho Fiscal e da Mesa da Assembleia Geral; � Decidir da alteração dos Estatutos.

4. Conselho de Administração O Conselho de Administração é composto por um número ímpar de membros efectivos, no mínimo de três e de um suplente. Actualmente o Conselho de Administração é composto por 3 membros, com mandato para o triénio 2013/ 2015. 4.1. Composição do Conselho de Administração Presidente: José Fernando Maia Alexandre Vogal: Hélder Mateus Raimundo Vogal: João Alexandre Moreira Laranjeira 4.2. Competências do Conselho de Administração As competências do Conselho de Administração decorrem da Lei, competindo-lhe, em especial e de acordo com os Estatutos: � Administrar e representar a Caixa Agrícola; � Elaborar, para votação pela Assembleia Geral, uma proposta de plano de actividades e de orçamento para o exercício seguinte; � Elaborar, para votação pela Assembleia Geral, o relatório e as contas relativos ao exercício anterior; � Adoptar as medidas necessárias à garantia da solvabilidade e liquidez da Caixa Agrícola; � Decidir das operações de crédito da Caixa Agrícola. � Fiscalizar a aplicação dos capitais mutuados; � Promover a cobrança coerciva dos créditos da Caixa Agrícola, vencidos e não pagos; � Organizar, dirigir e disciplinar os serviços. 4.3. Reuniões do Conselho de Administração

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O Conselho de Administração reúne, periodicamente, tendo realizado um total de 237 reuniões no ano de 2014. Ao Presidente é atribuído voto de qualidade nas deliberações do Conselho de Administração. 4.4. Distribuição de Pelouros pelos Membros do Conselho de Administração O Conselho de Administração não deliberou qualquer distribuição de pelouros entre os seus membros. 5. Órgãos de Fiscalização A fiscalização da Caixa de Crédito Agrícola compete a um Conselho Fiscal e a um Revisor Oficial de Contas ou uma Sociedade de Revisores Oficiais de Contas. As competências dos órgãos de fiscalização são as que decorrem da lei, competindo, ainda, ao Conselho Fiscal, de acordo com os Estatutos, emitir parecer sobre a proposta de plano de actividade e de orçamento. 5.1. Conselho Fiscal O Conselho Fiscal é composto por três membros efectivos e, pelo menos, um suplente. 5.1.1. Composição do Conselho Fiscal Presidente: Mário José Almeida Lopes Barreiro Vogal: José Vicente Machado Vogal: António Maria Santos Saraiva 5.1.2. Reuniões do Conselho Fiscal O Conselho Fiscal reúne, por regra, 1 vez por trimestre, tendo realizado, em 2014, um total de 4 reuniões. 5.2. Revisor Oficial de Contas O Revisor Oficial de Contas é designado pela Assembleia Geral, sob proposta do Conselho Fiscal. O mandato actual do Revisor Oficial de Contas é de 2013 a 2015, encontrando-se designados para o cargo a sociedade Diz, Silva & Duarte – Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, SROC, tendo sido designado seu representante José Joaquim Afonso Diz. 6. Política de remuneração 6.1. Em 30 de Dezembro de 2013, a Assembleia Geral Ordinária da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Alcobaça, CRL apreciou e aprovou a Declaração sobre Politica de Remuneração dos Órgãos de Administração e de Fiscalização da Instituição, em cumprimento do disposto na Lei nº28/2009, de 19 de Junho. 6.2. Nos termos e para os efeitos do nº 4 do art. 16º do Aviso do Banco de Portugal nº 10/2011, reproduz-se na presente sede a referida Declaração, nos exactos termos em que foi aprovada pelos Associados da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo. A política de remunerações em vigor para os Órgãos Sociais da Caixa em 2014 é a seguinte: Assembleia Geral A remuneração dos membros da Assembleia Geral, de acordo com o deliberado na Assembleia Geral de 30 de Dezembro de 2013, consiste unicamente na atribuição de Senhas de Presença, cujo valor é equivalente a 1/20 (um vinte avos), do valor do nível 13 do ACT - Acordo Colectivo de trabalho, para as Caixas Agrícolas.

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Conselho Fiscal A remuneração dos membros do Conselho Fiscal, de acordo com o deliberado na Assembleia Geral de 30 de Dezembro de 2013, consiste unicamente na atribuição de Senhas de Presença, cujo valor é equivalente a 1/20 (um vinte avos), do valor do nível 13 do ACT - Acordo Colectivo de trabalho, para as Caixas Agrícolas. Conselho de Administração A remuneração dos membros do Conselho de Administração, de acordo com o deliberado na Assembleia Geral de 30 de Dezembro de 2013, consiste unicamente na atribuição de Senhas de Presença, cujo valor é equivalente a 1/20 (um vinte avos) do valor do nível 13 do ACT - Acordo Colectivo de trabalho, para as Caixas Agrícolas. Atente a natureza específica da Caixa Agrícola e do Crédito Agrícola não existe qualquer tipo de plano de atribuição de acções ou opções de aquisição de acções aos Membros do Conselho de Administração. Não são igualmente atribuídos direitos em matéria de complementos de reforma e de sobrevivência em função do exercício das funções de Administrador neste Órgão de Gestão, nem são praticadas quaisquer outras situações que possam ser associadas a remuneração, tais como prémios, directa ou indirectamente. Revisor Oficial de Contas A remuneração do Revisor Oficial de Contas é estabelecida com base nas práticas de mercado e definida no âmbito de contrato de prestação de serviços de revisão de contas. No exercício de 2014 o detalhe das remunerações pagas aos membros dos Órgãos Sociais apresenta-se de seguida:

Assembleia Geral Valor Francisco Leonardo Eusebio 262 Alberto Conceição Santos 262 Manuel Costa Ribeiro 262

787

Conselho Fiscal Valor Mário José Almeida Lopes Barreiro 437 António Maria dos Santos Saraiva 524 José Vicente Machado 524

1.485

Conselho de Administração Valor José Fernando Maia Alexandre 0 Francisco Oliveira Ramos André 12.063 Helder Mateus Raimundo 21.328 João Alexandre Moreira Laranjeira 7.843

41.233

Revisor Oficial de Contas Valor Honorários 2014 11.365

11.365

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6.3 Política de remunerações de Colaboradores Nenhum dos colaboradores relevantes para efeitos do Decreto-Lei nº 104/2007 e do Aviso nº 10/2011 aufere remuneração que integre componente variável, pelo que são inaplicáveis as normas dos aludidos diplomas que pressupõem o pagamento, a colaboradores, de remuneração baseada em avaliação do desempenho. 48. GASTOS GERAIS ADMINISTRATIVOS Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013

Com fornecimentos:Água energia e combustíveis 123.203 125.708Material de consumo corrente 27.672 33.767Publicações 701 580Material de higiene e limpeza 2.335 2.227Outros fornecimentos de terceiros 78.971 86.926

232.882 249.207Com serviços:

Rendas e alugueres 18.210 20.563Comunicações 162.369 202.063Deslocações, estadas e representação 23.748 23.667Publicidade e edição de publicações 112.783 81.566Conservação e reparação 106.408 104.110Transportes 32.898 42.858Formação de pessoal 4.163 6.090Seguros 58.367 64.345Serviços especializados:

Avenças e honorários - -Judiciais contencioso e notariado 149.865 235.108Informática 869.541 877.751Segurança e vigilância 1.834 1.958Limpeza 74.712 72.059Informações - -Bancos de dados 6.189 2.149Mão de obra eventual - -Outros serviços especializados:

Estudos e consultas - -Consultores e auditores externos 13.914 17.314Tratamento de valores - -Serviços Multibanco 144.410 140.060Avaliadores externos 42.434 49.518(…)Outros serviços de terceiros 239.388 * 202.259

2.061.233 2.143.441

2.294.115 2.392.648

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49. ENTIDADES RELACIONADAS Para além das empresas coligadas e associadas (Nota 19), a Caixa consolida com as Caixas de Crédito

Agrícola Mútuo associadas, como outras empresas do Grupo. Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, as demonstrações financeiras da Caixa incluem os seguintes saldos e transacções com entidades relacionadas:

Associadas Coligadas

Outras empresas do

Grupo Total Associadas Coligadas

Outras empresas do Grupo Total

Activos:

Disponibilidades em outras instituições de crédito - - 1.154.087 1.154.087 - - 1.489.733 1.489.733

Activos financeiros detidos para negociação - - - - - - - -

Activos financeiros disponíveis para venda - - 313.105 313.105 - - 2.176.089 2.176.089

Aplicações em instituições de crédito - - 66.071.744 66.071.744 - - 69.313.252 69.313.252

Crédito a clientes - - - - - - - -

Outros activos - 352.077 40.653 392.730 - 307.573 2.632 310.205

Passivos:

Passivos financeiros detidos para negociação - - - - - - - -

Recursos de outras instituições de crédito - - 277.190 277.190 - - 10.222.000 10.222.000

Recursos de clientes e outros empréstimos - - - - - - - -

Responsabilidades representadas por títulos - - - - - - - -

Passivos subordinados - - - - - - - -

Outros passivos - 56.512 8.724 65.236 - 122.342 3.512 125.855

Custos:

Juros e encargos similares - - 5.357 5.357 - - 47.692 47.692

Encargos com serviços e comissões - - 119.599 119.599 - - 110.926 110.926

Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados - - - - - - - -

Gastos gerais administrativos - 1.381.261 43.585 1.424.846 - 1.428.984 36.047 1.465.031

Proveitos:

Juros e rendimentos similares - - 1.990.742 1.990.742 - - 2.664.286 2.664.286

Rendimentos de instrumentos de capital - - - - - - - -

Rendimentos de serviços e comissões - 565.820 191.488 757.308 - 489.545 78.962 568.507

Outros resultados de exploração - - - - - - - -

Extrapatrimoniais:

Garantias prestadas e outros passivos eventuais: - - - - - - - -

Garantias recebidas - - - - - - - -

Compromissos perante terceiros - - - - - - - -

Operações cambiais e instrumentos derivados - - - - - - - -

2014 2013

As transacções com entidades relacionadas são efectuadas, por regra, com base nos valores de mercado nas respectivas datas.

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Relatório e Contas 2014

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50. PENSÕES DE REFORMA Para determinação das responsabilidades por serviços passados da Caixa relativas a empregados no activo e

aos já reformados foram efectuados estudos actuariais pela Companhia de Seguros Crédito Agícola Vida, S.A..

De acordo com o Aviso do Banco de Portugal nº 4/2005, de 21 de Fevereiro, o aumento de responsabilidades

com o Fundo de Pensões, decorrente da introdução da IAS 19 deverá ser reconhecido através da aplicação de

um plano de amortização de prestações uniformes anuais até 31 de Dezembro de 2011 (5 anos).

Adicionalmente, de acordo com o Aviso do Banco de Portugal nº 4/2005, de 21 de Fevereiro, as

responsabilidades com o SAMS, decorrente da introdução da IAS 19 deverá ser reconhecido através da

aplicação de um plano de amortização de prestações uniformes anuais até 31 de Dezembro de 2013 (7 anos).

Durante o ano de 2008, o Banco de Portugal emitiu um novo aviso (Aviso nº 7/2008, de 14 de Outubro de

2008), no qual permite diferir os impactos da transição acima identificados, por um período adicional de três

anos face ao período estipulado inicialmente.

Foi decisão da CCAM ALCOBAÇA prolongar o diferimento dos impactos de transição tal como permitido no

Aviso nº 7/2008, de 14 de Outubro de 2008.

Assim, em 31-12-2007 o valor por reconhecer em resultados transitados, que deriva dos impactos da adopção

do IAS 19, e o número de anos pelos quais agora serão reconhecidos em resultados transitados, é como

segue:

31-12-2007 Nº anos a

diferir

Data limite de

diferimento

A.2.1.2007 Alteração da tábua de mortalidade 5,109 9 anos 2016

A.2.2.2007 Alteração dos pressupostos

financeiros 60,078

7 anos 2014

A.2.3.2007 Excesso de cobertura em PCSB 4,694 7 anos 2014

B.2007 Encargos com saúde (SAMS) 367,047 9 anos 2016

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Relatório e Contas 2014

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Reconhecimento anual nos resultados transitados:

31-12-2014

A.2.1.2013 Alteração da tábua de mortalidade 568

A.2.2.2013 Alteração dos pressupostos financeiros 8,583

A.2.3.2013 Excesso de cobertura em PCSB 671

B.2013 Encargos com saúde (SAMS) 40,783

2013 TOTAL 49,263

Anos a 01-01-2007 diferir 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Acréscimo de responsabilidades com pensões . Alteração da tábua de mortalidade 5.961 10 852 568 568 568 568 568 568 568 568 565 . Alteração de pressupostos financeiros 75.097 8 15.019 8.583 8.583 8.583 8.583 8.583 8.583 8.580 .Excesso de cobertura em PCSB (5.868) 8 (1.174) (671) (671) (671) (671) (671) (671) (668)

75.190 14.697 8.480 8.480 8.480 8.480 8.480 8.480 8.480 568 565

Benefícios de assistência médica (SAMS) 428.222 10 61.175 40.783 40.783 40.783 40.783 40.783 40.783 40.783 40.783 40.783

503.412 75.872 49.263 49.263 49.263 49.263 49.263 49.263 49.263 41.351 41.348

Os pressupostos actuariais e financeiros utilizados no cálculo das responsabilidades da CCAM de ALCOBAÇA

com referência a 31 de Dezembro de 2014 e de 2013 foram os seguintes:

31/12/2014 31/12/2013Pressupostos demográficosTábua de mortalidade TV – 88/90 TV – 88/90Tábua de invalidez EVK 80 EVK 80Idade de reforma (**) 65Método de avaliação “Projected Unit

Credit”“Projected Unit

Credit”

Pressupostos financeiros:Taxa de desconto (*) (*)Taxa de crescimento dos salários e outros benefícios 1,40% 1,65%

Taxa de crescimento das pensões 1,00% 1,40%

Taxa de revalorização de salários para a Segurança Social:- de acordo com nº2 Artº 27 do Decreto Lei 187/2007 1,40% 1,46%- de acordo com nº1 Artº 27 do Decreto Lei 187/2007 1,40% 1,40%

(*) Taxa de desconto diferente para diferentes grupos da população:

Trabalhadores no activo e Licenças com idade actuarial < 55 anos : 3,25% 4,25%

Trabalhadores no activo e Licenças com idade actuarial >=55 anos : 2,75% 4,00%

Pré-reformados, reformados e pensionistas : 2,25% 3,50%

(**) De acordo com o Decreto-lei nº167-E/2013

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Relatório e Contas 2014

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Em 31 de Dezembro de 2014, o valor das responsabilidades por serviços passados com o pagamento de

complementos de reforma e sobrevivência e encargos com cuidados médicos de saúde pós-emprego (SAMS),

com trabalhadores no activo, licenças sem vencimento, pré-reformados e pensões em pagamento, são as

seguintes:

31-12-2014

F.2014 Valor actual das Responsabilidades por serviços passados 888.265

F.1 Com trabalhadores no activo e ex-trabalhadores 763.678

F.2 Com licenças sem vencimento 20.618

F.3 Com pré-reformados 0

F.4 Com pensões em pagamento 103.969

O acréscimo anual de responsabilidades com pensões de reforma e sobrevivência referente à CCAM de

ALCOBAÇA é o que a seguir se apresenta:

G.1 + Custo do serviço corrente 32.113

G.3 + Custo dos juros Líquido “Net Interest” -1.827

G.4.Ano +/- (Ganhos) e Perdas actuariais -76.674

G.4.1.Ano Relativos a diferenças entre os pressupostos e os valores realizados

-58.061

G.4.2.Ano Relativos a alterações verificadas nos pressupostos e nas condições dos planos

-18.613

G.5 + Acréscimos de responsabilidades resultantes de reformas antecipadas

0

G.6 = Acréscimo anual de responsabilidades -46.387

O movimento ocorrido na quota-parte do fundo de pensões referente à CCAM de ALCOBAÇA foi o seguinte:

A.4.2013 (+) Valor da quota-parte do fundo de pensões em 31-12-2013 795.629

H.1 (+) Contribuições efectuadas 30.849

H.1.1 Pela CCAM de ALCOBAÇA 0

H.1.2 Pelos empregados 30.849

H.2 (+) Capitais recebidos de seguro 0

H.3 (+) Rendimento dos activos do Fundo de Pensões (liquido) 71.656

H.4 (-) Prémios de seguro pagos 18.050

H.9 (+) Participação de resultados no seguro 16.478

H.5 (-) Pensões pagas pelo fundo de pensões 1.763

H.5.1 Por reformas antecipadas 1.038

H.5.2 Outros 725

H.6 (-) SAMS pago pelo fundo de pensões 5.815

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Relatório e Contas 2014

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H.7.2014 (=) Valor da quota-parte do fundo de pensões em 31-12-2014 888.984

H.8. Variação do valor da quota-parte do fundo de pensões em 2014

(H.7.2014 – A.4.2013) 93.355

O movimento ocorrido durante o exercício de 2014 relativo ao valor actual das responsabilidades por serviços passados foi o seguinte:

F.2013 (+) Responsabilidades Totais em 31 de Dezembro de 2013 870.575

G.1 (+) Custo do serviço corrente 32.113

G.1.1 Custo do serviço corrente da Entidade 1.264

H.1.2 Contribuições para o Fundo efectuadas pelos empregados 30.849

G.2 (+) Custo dos juros 31.463

G.4.1 (+/-) (Ganhos) e perdas actuariais nas responsabilidades -38.307

G.5 (+) Acréscimos de responsabilidades resultantes de reformas

antecipadas 0

H.5 (-) Pensões pagas pelo fundo de pensões 1.763

H.5.1 Por reformas antecipadas 1.038

H.5.2 Outros 725

H.6 (-) SAMS pago pelo fundo de pensões 5.815

F.2014 (=) Responsabilidades totais em 31-12-2014 888.265

K. Variação nas responsabilidades em 2014 (F.2014 – F.2013) 17.690

O nível de cobertura das responsabilidades em 31 de Dezembro de 2014, de acordo com o Aviso 12/2001 do

Banco de Portugal, era o seguinte:

F.2014 Valor actual das responsabilidades com serviços passados 888.265

I.1 Valor por amortizar em 31 Dezembro de 2014 (Aviso 7/2008) 80.269

I.2 Responsabilidades por serviços passados (Aviso 12/2001) 772.607

I.3 Nível de cobertura (Aviso 12/2001) (%) 115

A cobertura do nível mínimo de solvência do Instituto de Seguros de Portugal em 31 de Dezembro de 2014 era o

seguinte:

I.4 Responsabilidades por serviços passados (ISP) 555.467

I.5 Nível de cobertura (ISP) (%) 160

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Relatório e Contas 2014

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Com a implementação em 1 de Janeiro de 2013 das alterações decorrentes da IAS 19 Revisto, os desvios actuariais por amortizar apurados à data de 31 de Dezembro de 2012, foram transferidos para uma rubrica do rendimento integral “reservas de reavaliação”.

No exercício de 2014, o valor dos desvios actuariais existentes e o movimento ocorrido no exercício no

“rendimento integral”, foi o seguinte:

RI.2013 Desvios actuariais por amortizar em 31-12-2013 208.604

RI.ano Desvios actuariais gerados em 2014 – Ganhos e

perdas actuariais 76.674

RI.2014 Desvios actuariais por amortizar em 31-12-2014 285.278

51. PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE MEDIAÇÃO DE SEGUROS OU DE RESSEGUROS A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo (CCAM) de Alcobaça está inscrita no Instituto de Seguros de Portugal, com o estatuto de Mediador de Seguros Ligado, de acordo com o artigo 8º, alínea a), subalínea i), do Decreto-Lei nº 144/2006, de 31 de Julho, desenvolvendo a actividade de intermediação em exclusividade com as Seguradoras do Grupo Crédito Agrícola, designadamente, a Crédito Agrícola Seguros – Companhia de Seguros de Ramos Reais, SA (CA Seguros), que se dedica ao exercício da actividade de seguros para todos os Ramos Não Vida e com a Crédito Agrícola Vida – Companhia de Seguros, SA (CA Vida), que se dedica ao exercício da actividade de seguros para o Ramo Vida e Fundos de Pensões. No âmbito dos serviços de mediação de seguros a CCAM efectua a venda de contratos de seguros e de adesões a Fundos de Pensões, presta apoio pós-venda aos segurados e participa no encaminhamento das participações de sinistros que sejam entregues nos Balcões da CCAM. Como contrapartida dos serviços de mediação de seguros prestados às referidas seguradoras, a CCAM recebe remunerações pela mediação de seguros e pela colocação de adesões em Fundos de Pensões as quais estão definidas em Protocolo estabelecido entre a CCAM e as referidas Seguradoras. As remunerações de mediação de seguros são reconhecidas como um rendimento na Demonstração de Resultados, na rubrica de Rendimentos de Serviços e Comissões. Os valores de remunerações a pagar pelas Seguradoras, à data de 31 de Dezembro de cada ano, estão reconhecidas como um activo no Balanço, na rubrica de Outros Activos. À data de emissão das presentes demonstrações financeiras, as remunerações de mediação que estavam por pagar em 31 de Dezembro de 2014, encontram-se já integralmente pagas pelas referidas Seguradoras. O quadro seguinte evidencia o valor total das remunerações de mediação de seguros auferidas pela CCAM nos últimos 3 anos (valores em euros):

Origem Seguradora 2012 2013 2014 % por Origem

2014

Ramos Não Vida CASeguros 226.668,59 269.808,83 327.291,12 57,8%

Ramo Vida CA Vida 191.439,23 216.733,82 233.900,20 41,3%

Fundos de Pensões CA Vida 1.911,21 3.002,04 4.629,10 0,8%

Total 420.019,03 489.544,69 565.820,42 100,0%

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Relatório e Contas 2014

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A CCAM não efectua a cobrança de prémios por conta das seguradoras, nem efectua a movimentação de quaisquer tipos de fundos relativos a contratos de seguros. Desta forma, não há qualquer outro activo, passivo, rendimento ou gasto a reportar, relativo à actividade de mediação de seguros exercida pela CCAM.

52. FUNDOS PRÓPRIOS E RACIOS PRUDENCIAIS

No exercício de 2014, a Instrução 23/2007 foi descontinuada, dado lugar ao cálculo dos requisitos e rácios prudenciais, de acordo com os reportes Corep, aplicando as regras CRD IV / CRR, Regulamento (U.E.) nº 575/2013., tendo-se, obtido os seguintes rácios do reporte de solvabilidade das contas individuais da Caixa Agrícola:

Até 31 de Dezembro de 2013, os valores dos fundos próprios da Caixa Agrícola apresentam-se, de acordo com os requisitos do reporte da Instrução 23/2007 do Banco de Portugal, de forma a permitir alguma comparabilidade na informação:

Em euros 2011 2012 2013 2014

Fundos Próprios totais 9.474.509 10.479.292 11.452.351 17.203.292Common equity tier 1* --- --- --- 17.559.055Tier 1* 10.799.567 11.855.736 12.884.598 17.559.055Tier 2 0 0 0 -355.763

Posição em risco de activos e equivalentes 197.581.836 211.993.026 189.745.919 194.420.119

Requisitos de fundos próprios 104.847.148 110.141.995 96.933.503 102.097.384Crédito 86.136.623 91.062.832 77.996.940 84.740.325Operacional 18.710.525 19.079.163 18.936.563 17.357.059

Rácios de solvabilidade (a)Common equity tier 1* --- --- --- 17,2%Tier 1 * 10,3% 10,8% 13,3% 17,2% 3,9 P.PTier 2 0,0% 0,0% 0,0% -0,3% -0,3 P.PTotal* 10,3% 10,8% 13,3% 16,9% 3,6 P.P

* Incorporando o resultado líquido do exercício.

as regras CRD IV / CRR, Regulamento (U.E.) nº 575/2013.

5,3%8,6%-8,3%

---

(a) Até Dezembro 2013 os rácios são calculado de acordo com a Instrução nº 23/2007, após o que são aplicadas

2,5%

FUNDOS PRÓPRIOS E RÁCIO DE SOLVABILIDADE - Caixa Agrícola de Alcobaça

∆ 13/14

50,2%---

36,3%

O Responsável pela Contabilidade O Conselho de Administração João Alexandre Moreira Laranjeira José Fernando Maia Alexandre Hélder Mateus Raimundo João Alexandre Moreira Laranjeira

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Relatório e Contas 2014

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Relatório e Contas 2014

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CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE ALCOBAÇA, C.R.L.

BALANÇOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2014 E 2013

2013Provisões,

Activo imparidade e Activo ActivoACTIVO Notas Bruto amortizações líquido líquido PASSIVO E CAPITAL Notas 2014 2013

Caixa e disponibilidades em bancos centrais 5 810.058 810.058 749.338 Recursos de bancos centrais 22Disponibilidades em outras instituições de crédito 6 2.161.858 2.161.858 2.556.442 Passivos financeiros detidos para negociação 23Activos financeiros detidos para negociação 7 Outros passivos financeiros ao justo valor através de resultados 24Outros activos financeiros ao justo valor através de resultados 8 Recursos de outras instituições de crédito 25 277.211 10.226.155Activos financeiros disponíveis para venda 9 335.801 -22.696 313.105 2.498.084 Recursos de clientes e outros empréstimos 26 169.246.875 163.928.237Aplicações em instituições de crédito 10 66.071.744 66.071.744 69.313.252 Responsabilidades representadas por títulos 27Crédito a clientes 11 105.910.748 -8.808.023 97.102.725 98.047.099 Passivos financeiros associados a activos transferidos 28Investimentos detidos até à maturidade 12 Derivados de cobertura 14Activos com acordo de recompra 13 Passivos não correntes detidos para venda 29Derivados de cobertura 14 Provisões 30 890.885 872.901Activos não correntes detidos para venda 15 7.052.918 -683.700 6.369.218 5.593.986 Passivos por impostos correntes 20 19.056 252.490Propriedades de investimento 16 Passivos por impostos diferidos 20Outros activos tangíveis 17 12.207.274 -5.504.219 6.703.055 7.085.253 Instrumentos representativos de capital 31Activos intangíveis 18 15.746 -15.746 0 Outros passivos subordinados 32Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos 19 7.602.775 7.602.775 5.445.775 Outros passivos 33 1.661.139 1.857.443Activos por impostos correntes 20 Total do Passivo 172.095.167 177.137.226Activos por impostos diferidos 20 2.151.329 2.151.329 2.136.977Outros activos 21 1.997.636 -169.496 1.828.139 1.866.460 Capital 35 13.622.050 12.593.515

Prémios de emissão 35Outros instrumentos de capital 36Reservas de reavaliação 36 285.278 194.797Outras reservas e resultados transitados 36 4.540.853 4.355.585Lucro do exercício 36 570.659 1.011.544Dividendos antecipados Total do Capital 19.018.839 18.155.441

Total do Activo 206.317.887 -15.203.881 191.114.006 195.292.667 Total do Passivo e do Capital 191.114.006 195.292.667

(Montantes expressos em Euros)

2014

O anexo faz parte integrante destes balanços.

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Relatório e Contas 2014

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RUBRICA Notas 2014 2013

Juros e rendimentos similares 37 6.455.608 7.484.427Juros e encargos similares 38 (1.483.164) (2.024.811)

Margem financeira 4.972.444 5.459.615

Rendimentos de instrumentos de capital 39 3 1Rendimentos de serviços e comissões 40 2.919.994 3.065.025Encargos com serviços e comissões 41 (273.862) (291.573)Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados 42Resultados de activos financeiros disponíveis para venda 43Resultados de reavaliação cambial 44 5.873 2.048Resultados de alienação de outros activos 45 3.510 1.228Outros resultados de exploração 46 640.420 495.901

Produto bancário 8.268.381 8.732.245

Custos com pessoal 47 (3.131.046) (3.000.821)Gastos gerais administrativos 48 (2.294.115) (2.392.648)Amortizações do exercício 17 e 18 (431.150) (402.670)Provisões líquidas de reposições e anulações 30 (17.984) (305.067)Correcções de valor associadas ao crédito a clientes e valores a receber

de outros devedores (líquidas de reposições e anulações) (1.384.407) (1.046.455)Imparidade de outros activos financeiros líquida de reversões e recuperações 30 (8.890)Imparidade de outros activos líquida de reversões e recuperações 30 (15.160) (202.148)

Resultado antes de impostos 985.630 1.382.436

Impostoscorrentes 20 (429.323) (539.085)diferidos 20 14.352 168.192

Resultado líquido do exercício 570.659 1.011.544

CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE ALCOBAÇA, C.R.L.

DEMONSTRAÇÕES DOS RESULTADOS

PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2014 E 2013

(Montantes expressos em Euros)

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Relatório e Contas 2014

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CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO ALCOBAÇA, C.R.L.

DEMONSTRAÇÕES DE ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO

PARA OS EXERCíCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2014 E 2013

(Montantes expressos em Euros)

Reservas de Outras Resultados Resultado do

Capital reavaliação reservas transitados Total exercício Total

Saldos em 31 de Dezembro de 2012 11.938.675 (6.152) 4.189.689 (49.263) 4.140.426 1.031.576 17.104.525

Amortização anual do impacto de transição das pensões (Nota 50) - - - (49.263) (49.263) - (49.263)Aplicação do resultado do exercício de 2012:

Transferência para resultados transitados - - - - - -Constituição de reservas - - 937.251 49.263 986.514 (986.514) -Distribuição de dividendos - - - - - (45.062) (45.062)Para Capital 730.000 (730.000) (730.000) -

Aumento de Reservas 2.665 208.604 7.907 7.907 219.176Aumento de capital 137.460 - - - - - 137.460Reembolso de capital (215.285) - (215.285)Alterações de justo valor líquidas de imposto - (7.654) - - - - (7.654)Resultado liquido do exercício de 2013 - - - - - 1.011.544 1.011.544

Saldos em 31 de Dezembro de 2013 12.593.515 194.798 4.404.848 (49.263) 4.355.585 1.011.544 18.155.441

Amortização anual do impacto de transição das pensões (Nota 50) - - - (49.263) (49.263) - (49.263)Aplicação do resultado do exercício de 2013:

Transferência para resultados transitados - - - 49.263 49.263 (49.263) -Constituição de reservas - - 908.995 908.995 (908.995) -Distribuição de dividendos - - - - - (53.285) (53.285)Para Capital 715.000 (715.000) (715.000) -

Aumento de Reservas 3.545 76.674 5.079 5.079 85.298Aumento de capital 350.195 - - - - - 350.195Reembolso de capital (40.205) - - - - - (40.205)Alterações de justo valor líquidas de imposto - 13.807 - (13.807) (13.807) - -Resultado liquido do exercício em 31-12-2014 - - - - 570.659 570.659

Saldos em 31 de Dezembro de 2014 13.622.050 285.278 4.603.922 (63.070) 4.540.853 570.659 19.018.839

O Anexo faz parte integrante destas demonstrações.

Outras Reservas e resultados transitados

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Relatório e Contas 2014

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DEMONSTRAÇÕES DO RENDIMENTO INTEGRAL PARA

PARA OS EXERCíCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2014 E 2013

(Montantes expressos em Euros)

31-12-2014 31-12-2013

Resultado individual 570.659 1.011.544Diferenças de conversão cambial - -Reservas de reavaliação de activos financeiros disponíveis para venda:

Reavaliação de activos financeiros disponíveis para venda 13.807 (7.654)Impacto fiscal - -Transferência para resultados por alienação - -Impacto fiscal - -

Pensões - regime transitório (49.263) (49.263)Outros movimentos 76.674 208.604Total Outro rendimento integral do exercício 41.218 151.687Rendimento integral individual 611.876 1.163.231

CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO ALCOBAÇA, C.R.L.

O Anexo faz parte integrante destas demonstrações.

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2014 2013

FLUXOS DE CAIXA DAS ACTIVIDADES OPERACIONAIS:Recebimentos de juros e comissões 9.375.601 10.549.451Pagamentos de juros e comissões (1.757.026) (2.316.384)Pagamentos ao pessoal e fornecedores (5.425.161) (5.348.212)Contribuições para o fundo de pensões (45.257)(Pagamento) / recebimento de imposto sobre o rendimento (414.971) (370.892)Resultados cambiais e outros resultados operacionais 646.293 497.949

Resultados operacionais antes das alterações nos activos e passivos operacionais 2.424.736 2.966.655

(Aumentos) / diminuições de activos operacionais:Aplicações em instituições de crédito (3.241.509) (5.055.246)Activos financeiros disponíveis para venda (2.176.089) (8.009)Créditos a clientes 440.032 (196.144)Activos não correntes detidos para venda 804.821 448.850Outros activos (41.910) (111.929)

(4.214.655) (4.922.478)

Aumentos (diminuições) de passivos operacionais:Passivos financeiros detidos para negociação - -Recursos de instituições de crédito (9.948.944) 4.615.454Recursos de clientes e outros empréstimos 5.318.638 (12.996.359)Outros passivos (429.737) (396.079)

(5.060.043) (8.776.984)

Caixa líquida das actividades operacionais antes dos impostos sobre o rendimentoImpostos pagos

Caixa líquida das actividades operacionais 1.579.348 (887.851)

FLUXOS DE CAIXA DAS ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO:Dividendos recebidos (3) (1)Variação de activos tangíveis e intangíveis 48.953 313.959Variação partes capital em empresas filiais e associadas 2.157.000 -

Caixa líquida das actividades de investimento 2.205.950 313.958

FLUXOS DE CAIXA DAS ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO:Aumento de capital 1.028.535 654.840Diminuição de capital - -Dividendos pagosVariação Passivos Subordinados - -Reservas (735.795) (615.467)

Caixa líquida das actividades de financiamento 292.740 39.373

Aumento (Diminuição) líquida de caixa e seus equivalentes (333.862) (1.162.436)

Caixa e seus equivalentes no início do exercício 3.305.780 4.468.217Caixa e seus equivalentes no fim do exercício 2.971.918 3.305.781

O Anexo faz parte integrante destas demonstrações.

DEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXA

PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2014 E 2013

(Montantes expressos em Euros)

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Relatório e Contas 2014

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Relatório e Contas 2014

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V. Proposta de Aplicação de Resultados

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PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS

Face ao resultado líquido verificado de € 570.658,55 (quinhentos e setenta mil, seiscentos e

cinquenta e oito euros e cinquenta e cinco cêntimos), o Conselho de Administração desta CCAM

propõe a seguinte distribuição de resultados do exercício de 2014:

De acordo com o artigo 33º dos estatutos:

a) Para cobertura do saldo registado na conta de Resultados Transitados, o montante de €

63.069,65 (sessenta e três mil, sessenta e nove euros e sessenta e cinco cêntimos);

b) Para a Reserva Legal o montante de € 114.131,71 (cento e catorze mil, cento e trinta e

um euros e setenta e um cêntimos);

c) Para a Reserva Especial o montante de € 353.116,30 (trezentos e cinquenta e três mil,

cento e dezasseis euros e trinta cêntimos);

De acordo com do artigo 34º dos Estatutos:

a) Para remuneração dos títulos de capital social aos associados, o montante de €

40.340,89 (quarenta mil, trezentos e quarenta euros e oitenta e nove cêntimos);

O Conselho de Administração propõe ainda, que nos termos do nº 2 do artigo 8º dos Estatutos

seja aumentado o capital social da Caixa, por transferência de parte da Reserva Especial, no

montante € 350.000,00 (trezentos e cinquenta mil euros).

Alcobaça, 12 de Março de 2015

O Conselho de Administração José Fernando Maia Alexandre

Hélder Mateus Raimundo

João Alexandre Moreira Laranjeira

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VI. Parecer do Conselho Fiscal

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VII. Certificação Legal das Contas

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