Café com Torradas

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... quer vasculhar o que há de mais intimo no homem, percorrer interiores esquecidos ou distantes. Trazer à superfície o que naufragou no cotidiano, na prática, na mecanicidade de nossos passos, na acomodação que maneja nossas vidas. Um teatro de olhos nos olhos que não incomode o espectador pela proximidade física, mas que perturbe sua alma.

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O texto, escrito por Gero Camilo, discor-re sobre o homem atual, perdido em seu próprio individualismo numa sociedade burocrática e desorganizada. A peça fala da dificuldade de nos relacionarmos com o outro, do medo de abrirmos as portas para novas possibilidades em nossas vidas e re-cebermos influências e nos transformarmos com elas.

Fala da ameaça que muitas vezes o outro representa para a preservação de “nosso mundo” e da vontade de mantê-lo intocá-vel a todo custo.

Fulano conta sua própria história, ora de forma narrativa, ora descrevendo as situa-ções que viveu, ora revivendo os aconte-cimentos de fato. Lança mão de todas as possibilidades para contar seu drama par-ticular.

Numa manhã qualquer alguém bate à sua porta perturbando o conforto de seu sono. Talvez por irritação, capricho ou apenas pelo mau humor, ele se nega a abrir a por-ta.

Prefere escovar os dentes, preparar seu café com torradas enquanto o visitante in-siste em incomodá-lo com batidas cada vez mais agressivas. Ele não abre.

A partir daí tem início uma série de acon-tecimentos que mudarão o seu dia. Fulano é “juiz” e “advogado” de si mesmo peran-te o júri-platéia e sua sentença talvez seja a consciência dos motivos que o levaram onde está.

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SINOPSE

Uma senha, uma fila. Fulano espera, a pla-téia espera. De repente, como alguém que precisa falar, colocar a vida pra fora, Fula-no desembesta a contar sua história. Numa manhã qualquer de sua vida tem seu precio-so sono interrompido por batidas em sua porta. Irritado com a ousadia do estranho recusa-se a abrí-la, apresentando as mais divertidas e absurdas justificativas. A partir daí, uma série de acontecimentos se trans-formam num jogo teatral de situações que revelam um homem individualista e mesqui-nho, disposto a preservar seu “mundinho” a qualquer preço. Talvez abrisse a porta se já tivesse escovado os dentes, talvez abrisse a porta se já tivesse tomado seu café com torradas...

Oferecendo uma revisão de nossos valores mais comuns, o espetáculo passeia entre o dra-ma e a comédia, reservando à platéia um final surpreendente.

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TEATRO DE PERTO

O principal objetivo do Teatro de Perto, é montar espetáculos baseados essencial-mente no trabalho de interpretação do ator. Assim, os caminhos da pesquisa podem ser a partir de releituras de clássicos da drama-turgia, ou de contos e peças experimentais, mas principalmente, de textos novos criados especialmente para esse vasculho da expres-sividade do ator.Outra característica é a eliminação total,

ou de grande parte da cenografia, adereços e objetos utilizados para compor o espe-táculo. Para nós o teatro, o jogo, se dá na relação do ator com o público, e é neste universo que trabalhamos.Desta vez o estopim foi Café com Torra-

das, de Gero Camilo, um texto que é mote perfeito para esse ator que buscamos.

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PROPOSTA DE ENcENAçãO

Proposta de Encenação

Um ator, a platéia, o jogo.

O espetáculo está baseado na mais simples estrutura teatral.

O ator é responsável por dizer as palavras e dividir com o público a história e o univer-so de Fulano.

Tempo de duração: aprox. 35 minutos

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GERO cAmIlOFormado pela Escola de Arte Dramática da

USP, é ator, compositor, poeta e dramaturgo. Como dramaturgo escreveu “A Procissão”, “Café com Torradas” (vencedor do Prêmio Nascente de Incentivo a Novos Talentos,

Editora Abril USP 1997), “Kaleitus”, “Cleide” e “Aldeotas” (prêmio Shell de melhor direção para Cristiane Paoli Quito) entre outras peças

ainda inéditas. No cinema atuou em “Bicho de Sete Cabe-

ças”, de Laís Bodansky, “Abril Despedaçado”, de Valter Salles, “Cronicamente Inviável”, de

Sergio Bianchi, “Domésticas”, de Nando Olival e Fernando Meireles, “Os Narradores do Vale de Javé”, de Eliane Caffé, “Madame Satã”, de Fernando Meireles e “Estação Carandiru”, de

Hector Babenco.Em teatro trabalhou em “A Procissão” Texto, direção e atuação de Gero Camilo, “Tartu-

fo”, de Molière, com direção de José Rubens Siqueira, “Cândida Erêndida e sua Avó Desal-mada”, adaptação do conto de Gabriel Garcia Márquez, dirigido por José Rubens Siqueira, “Aldeotas”, com direção de Cristiane Paoli

Quito, “Cleide, Eló e as Peras”, de sua autoria com direção de Gustavo Machado.

Na televisão atuou em “As Aventuras de Chi-co Norato Contra o Boto Vingativo”, episódio da série Brava Gente da TV Globo e em “Hoje

é dia de Maria”, TV Globo.

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mARcEllO AIROlDIAtor, professor de teatro e diretor de te-

atro e vídeo. É formado pela Escola de Arte Dramática

da USP, e estudou teatro físico, mímica e in-terpretação no Birkbeck College – Univer-sity of London e Cit Lit of London. Atualmente faz parte do Teatro Ventofor-

te, um dos mais premiados grupos de teatro do Brasil, que participou em abril de 2006 do Festival Mundial de Teatro e Música da Holanda, com o espetáculo Bodas de San-gue, vencedor de 2 prêmios Shell em 2005 (melhor música e cenário). Está dirigindo um dos projetos do grupo, o espetáculo A Casa do Gaspar, ou Kaspar Hauser, o órfão da Europa, com previsão de estréia no 2º semestre de 2007.Dirigiu e atuou nos espetáculos do extinto

Teatro de Viés: Macário, de Álvares de Aze-vedo, Café com Torradas, de Gero Camilo, e o infantil Medo de Vassoura, de André Collazzi.Como ator participou de espetáculos

como Pedra no Rim e O Beijo da Última Hora, de Leo Lama, Jung e O Casamento (peça em que recebeu indicação de melhor ator na 13ª edição do Festival Universitá-rio de Blumenau), com direção de Marinho Piacentini, Macaco Peludo, direção de Cel-so Frateschi, Tartufo, direção de José Ru-bens Siqueira, além de peças do repertório do grupo Ventoforte – Bodas de Sangue, As 4 chaves, Victor Hugo, onde você está?, di-rigidas por Ilo Krugli.

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Recebeu prêmio de melhor direção pela peça Macário (Projeto Viva Cultura da Se-cretaria do Estado da Cultura -1993) e pelo espetáculo Café com Torradas, na 9ª edição do Festival de Monólogos de Piedade em 2002. Dirigiu os projetos Contos na TV e Con-

tos no Rádio, na Secretaria de Cultura de Barueri, trabalhos de vídeo e áudio com obras da literatura brasileira e estrangeira, e Odisséia, de Homero, espetáculo multimí-dia apresentado para mais de 20 mil jovens no Teatro Municipal de Barueri. Foi diretor do Departamento de Cultura de Barueri de 1997 a 2006.Atua como professor de teatro desde

1990, e atualmente ministra aulas no colé-gio Micael Waldorf, além de dirigir a Cia. de Teatro Vizinho Legal, com adolescentes que fazem parte de um programa social da Ro-che Farmacêutica.

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FIchA TécNIcA:

Direção e Interpretação

marcello Airoldi

Texto

Gero camilo

Realização

Teatro Deperto

da cooperativa Paulista de Teatro

cONTATOS

www.marcelloairoldi.com.br