CADERNO PEDAGÓGICO BIOLOGIA · PDF fileC. PROCEDIMENTO DE AULA PRÁTICA 1....

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  • CADERNO PEDAGGICO BIOLOGIA CELULAR

    LONDRINA2008

  • DENISE RENZIMARLENE MARQUES SOBREIRA

    SELMA MIRANDA ROSA LIMA

    ESTRATGIAS DIDTICO-PEDAGGICAS PARA O ENSINO DA CLULA

    Caderno pedaggico apresentado SEED (Secretaria Estadual de Educao), como material didtico resultante do PDE (Programa de Desenvolvimento Educacional), atravs da IES (Instituto de Ensino Superior) UEL (Universidade Estadual de Londrina), sob orientao da professora Lucia Giuliano Caetano.

    LONDRINA2008

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  • SUMRIO

    INTRODUO --------------------------------------------------------------------------------------- 4

    PREPARO DE LMINAS PERMANENTES---------------------------------------------------- 5

    CARACTERIZAO DE CLULA VEGETAL------------------------------------------------ 15

    OSMOSE EM CLULAS VEGETAIS DE Tradescantia sp----------------------------------- 19

    MOVIMENTO CELULAR-------------------------------------------------------------------------- 23

    DIVISO CELULAR EM RAZ DE CEBOLA (Allium cepa)---------------------------------- 31

    BIBLIOGRAFIA--------------------------------------------------------------------------------------- 36

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  • INTRODUO

    A clula a unidade fundamental dos seres vivos, desempenha inmeras funes

    necessrias para a manuteno da vida.

    Existe uma grande diversidade entre os seres vivos e todos so constitudos por

    clulas, estas variam em tamanho, aparncia e funo. Sendo pea fundamental da vida se

    alimentam, crescem, se reproduzem, convertem energia de uma forma para outra, morrem.

    Muitos estudos, trabalho e dedicao foram necessrios pelos cientistas para

    aperfeioar o desenvolvimento das tcnicas histolgicas a fim de obterem maiores

    informaes sobre a compreenso morfofisiolgica da clula.

    Buscar conhecer melhor essa unidade da vida o que nos proporcionar esse material

    didtico-pedaggico, pois estar interligado com o conhecimento e prticas de tcnicas,

    levando os alunos a se aproximarem de um universo invisvel e inacessvel, podendo

    despertar a motivao e o interesse dos mesmos.

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  • PREPARO DE LMINAS PERMANENTES Denise Renzi

    Marlene Marques Sobreira

    Selma Miranda Rosa Lima

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  • PREPARO DE LMINAS PERMANENTES

    A.INTRODUO

    As lminas permanentes tm por objetivo a utilizao do material por longos perodos

    de tempo, no qual sero preservadas suas estruturas celulares.

    Para que se possa realizar o estudo histolgico de rgos, de tecidos, de clulas e

    conservar as caractersticas morfo-fisiolgicas da clula viva, faz-se necessrio a confeco

    de lminas permanentes. Essas tm por objetivo a utilizao do material por longos perodos

    de tempo, no qual sero preservadas suas estruturas celulares.

    Sero observadas ao microscpio ptico com clareza e nitidez, para isso, torna-se

    necessrio um conjunto de etapas pelas quais os materiais de estudo precisam passar.

    1 - OBTENO DO MATERIAL

    a) Faa uso de luvas para pegar o animal (camundongo).

    b) Com algodo embebido em ter etlico anestesia-se o mesmo (Fig. 1).

    c) Prenda-o em uma placa de cortia sempre deixando o algodo bem prximo de

    suas narinas (fig. 2).

    d) Cuidadosamente com o auxilio de uma tesoura e uma pina retire-se a pele do

    abdmen sem danificar o peritnio, que tambm ser removido posteriormente

    (fig. 3).

    e) Retiram-se os rgos desejados para o estudo (nesse caso foi utilizado o fgado,

    fig. 4).

    f) Se houver necessidade de lavagem prvia utilizar soro fisiolgico.

    g) Introduza os rgos no fixador de Bouin de 12 a 24 horas e aps 5 min os mesmos

    sero cortados ao meio para melhor absoro do produto.

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  • Fig. 1 Animal sendo Anestesiado com ter etlico Fig.2 - Tcnica fixando o animal na placa de

    cortia

    Fig.3 Animal aberto com os rgos expostos e alfinete

    segurando o peritnio Fig.4 Retirada do fgado com uma tesoura

    2. FIXAO

    2.1- PREPARO E FUNO DO FIXADOR DE BOUIN

    O fixador deve ser preparado no momento do uso, pois pode sofrer mudanas de

    estado fsico devido a evaporao.

    O fixador de Bouin tem a seguinte frmula (Junqueira e Junqueira, 1983). Mistura-se

    em uma proveta graduada de 100 ml:

    75 ml de soluo saturada de cido pcrico;

    25 ml de formol;

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  • 5 ml de cido actico fazendo uso de uma pipeta.

    Tem como funo manter a integridade do tecido preservando suas estruturas

    celulares, provoca o enrijecimento das clulas, permite que o material resista melhor as etapas

    seguintes e ainda pode aumentar a afinidade do material pelos corantes citolgicos.

    O tecido (fgado) imediatamente a sua retirada foi colocado num Becker contendo

    Bouin, passado 5 minutos o rgo foi cortado em pedaos prximos a 2cm3, em seguida o

    tecido permaneceu no fixador por 24horas.

    Fig. 5. Tcnico retirando a pea do fixador.

    3. DESIDRATAO

    Passadas as 24hs no fixador de Bouin, o material dever ser desidratado para posterior

    incluso, passando pelas seguintes etapas:

    lcool 70% -------------------------------------------------------- 4 banhos de 30 min.

    lcool 95%--------------------------------------------------------- 4 banhos de 30 min.

    lcool absoluto---------------------------------------------------- 4 banhos de 30 min.

    4. DIAFANIZAO

    Depois do banho em lcool absoluto a pea passar para:

    Xilol----------------------------------------------------------------- 4 banhos de 30 min.

    O ltimo banho ocorrer dentro da estufa 70C, em recipiente aberto.

    O xilol tem como funo retirar o lcool do material para que a parafina penetre na pea.

    Em seguida damos banhos de Parafina------------------------ 4 banhos de 30 min.(todos

    dentro da estufa a 70C) Fig.6.

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  • Fig. 6 Mostra a pea passando pelos banhos de xilol e em seguida de parafina

    5. INCLUSO

    Em um molde de ferro (bloco) colocado parafina em estado lquido. Em seguida

    coloca-se o material nos blocos contendo parafina lquida, que depois de solidificados sero

    fixados em blocos de madeira (taqueamento), aparando-se suas arestas, para realizar a

    microtomia (figuras 7 a 10).

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  • Fig. 7 Molde de ferro contendo parafina,

    solidificada com o tecido no seu interior (seta)

    Fig. 9 Bloco moldado para ser taqueado

    Fig. 8 A parafina retirada do bloco de ferro e moldada

    Fig. 10 Bloco sobre o taco de madeira

    6. MICROTOMIA

    Aps o taqueamento, leve o material para o micrtomo(Fig.11), que o equipamento prprio

    para executar cortes muito finos (cerca de 5-7 micrmetros), atravs de uma navalha de ao,

    Fig. 12. Os cortes em seguida so colocados em um banho-maria (equipamento contendo

    gua e gelatina sem sabor) para que os cortes sejam distendidos e fiquem aderidos na lmina

    (fig.13). Os cortes so pescados com uma lmina e levados ao microscpio para verificar se

    h formao de bolhas, sujeiras, etc (fig. 14). Coloque essas lminas na estufa por 24 horas,

    no mnimo.

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  • Fig. 11 Micrtomo com o taco Fig. 12 Navalha de ao, indicada pela seta.

    Fig. 13 Banho-maria, contendo gua com gelatina,

    onde os cortes so pescados com a lmina.

    Fig. 14 Observao dos cortes pescados.

    7. COLORAO

    O material corado para evidenciar os diferentes componentes celulares, a

    hematoxilina cora de azul ou violeta o ncleo e outras estruturas cidas e a eosina cora o

    citoplasma em cor-de-rosa. Antes da colorao o material dever passar pelas seguintes

    etapas:

    Desparafinizao: Aps 24 horas na estufa as lminas sero colocadas em um

    suporte (cesta) e mergulhadas em xilol por 10 min, novamente em outro recipiente

    contendo xilol por mais 5 min. (fig. 15).

    Hidratao: Neste momento as lminas sero mergulhadas, em:

    lcool absoluto--------------------------------------------------------------------- 5 min.

    lcool absoluto -------------------------------------------------------------------- 5 min.

    lcool 95% -------------------------------------------------------------------------5 min.

    lcool 70% ------------------------------------------------------------------------- 5 min.

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  • gua destilada-----------------------------------------------------------------------5 min.

    Aps a hidratao, para retirada do excesso de gua, introduza a cesta na

    hematoxilina por 1 minuto(fig. 16), depois leve para gua corrente por 10 minutos,

    escorra bem e coloque na eosina por 30 segundos, leve novamente para gua corrente

    e em seguida passe pelos seguintes banhos:

    lcool 70% ----------------------------------------------------------------- banho rpido.

    lcool 95% ----------------------------------------------------------------- banho rpido.

    lcool absoluto ----------------------------------------------------------------------5 min.

    lcool absoluto --------------------------------------------------------------------- 5 min.

    lcool + xilol------------------------------------------------------------------------5 min.

    Xilol diafanizao------------------------------------------------------------------- 5 min.

    Xilol montagem -------------------------------------------------------------------- 5 min.

    Fig. 15 As lminas esto colocadas dentro da

    ce