Caderno novos materiais texteis final

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CADERNO DE PESQUISA NOVOS MATERIAIS TÊXTEIS

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CADERNO DE PESQUISANOVOS MATERIAIS TÊXTEIS

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RAIANA QUINTILIANO ROCHADELcursando Design de Moda na Universidadedo Estado de Santa Catarina

GRAZIELA MARIA NALINcursando Design de Moda na Universidadedo Estado de Santa Catarina

LAURA TOSETTO LONGOcursando Design de Moda na Universidadedo Estado de Santa Catarina

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A partir disso iniciamos uma pesquisa do que já existe no mercado e obtivemos alguns resultados. Segundo fontes da Petrobras, descobrimos a exis-tência de um Óleo Extensor, que na indús-

tria têxtil é usado na própria fabrica-ção do tecido, onde as fibras são

submetidas a esforços mecânicos intensos – indispensável para que não ocorram rompimentos. (Mais em: http://is.gd/Cs03Zl) Chegamos também, através do

Portal Desenvolvimento do site Audaces, a um material de tecno-

logia espacial que resulta em um tecido com memória, que pode ser

esticado e deformado e é capaz de retornar à sua forma original. Esse material já foi utilizado na criação de uma camisa “pro-gramada”, que de acordo com o aumento da temperatura, suas mangas reduzem. Este é chamado de “termorregulador”, onde a variação de temperatura altera a estrutura do tecido. (Mais em: http://is.gd/2H5Yhq)

NOVO TÊXTIL

Imaginamos um têxtil versátil. Um tipo de fibra que aceitasse expansão para que o consumidor esperasse um resultado mutável. A partir de uma certa substância, seria possível aumentar o comprimento de determinadas partes de uma peça de acordo com o desejo do usuário. Se quisesse uma gola alta, a substância seria usada no degolo da peça, e aquela área cresceria. Caso fossem necessárias mangas compridas para que o usuário se adapte ao clima, a substância seria usada próxima às cavas. O mesmo aconteceria no sentido rever-so. A gola diminuiria de tamanho quando em contato com um outro tipo de subs-tância, tornando-se uma blusa decotada. As mangas sumiriam dando origem novamente à uma regata, e assim por diante.

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Carlos Miele, estilista da marca M. O�icer, cria o tecido-com-memória, uma de suas marcas na carreira, constituido por 92% de fios metálicos e um pouco de seda. Seu formato é alterado de acordo com o movimento do usuário e permanece na forma do último movimento feito até que a pessoa se mova novamente. Segundo o estilista, mesmo possuindo fibras metáli-cas inoxidáveis, o tecido tem o aspecto macio. Usado em vários desfiles do estilis-ta, como “Corpo Público” no Morumbi-Fashion em São Paulo (janeiro de 1999), “Corpo presente- fronteiras imaginárias” também no MorumbiFashion (julho de 1999), entre outros. (Mais em: http://is.gd/RLuHSu e no livro Carlos Miele – M. O�icer de Angélica de Moraes, Editora Cosac & Naify. São Paulo, 1999).

Mineral. Calça feita em “tecido--com-memória”, e frente-única em “pelos--de-verão” (pele sintética). Coleção verão 2000, de Carlos Miele. Modelo Isabeli Fontana. Abril 1999. Foto André Schiliró.

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Frente única de tecido paetizado e microssaia de tecido-com-memória. D e s f i l e / p e r f o r m a n c e “Corpo presente- frontei-ras imaginárias”, de Carlos Miele e Nelson Leirner. Modelo Vanessa Greca. MorumbiFashion, São Paulo, julho 1999.

Vestido feito em “tecido-com-memó-ria”, Desfile/performan-ce “Corpo público”, de Carlos Miele. Modelo Gisele Bundchen. MorumbiFashion, São Paulo, janeiro 1999. Foto André Schiliró.

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Vestido feito em “tecido-com-memória”, de Carlos Miele (detalhe). Exposição Con-taminação, Museu da Imagem e do Som – MIS, São Paulo, agosto 1999. Foto André Schiliró.

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PER FIL CONSU MIDOR

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POSSUEM

EM RELAÇÃO ÀS O ,MAIS ESCOLHIDO FOI:

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PER FIL CONSU MIDOR

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PASSA MAIS DE

CONSIDERA A E A DE UMA ROUPA COMO ALGO FUNDAMENTAL NA HORA DA COMPRA

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Na diversidade de situações que ocorrem no dia-a-dia, precisamos estar preparadas para ter o que vestir tanto para ir ao happy hour após o trabalho/fa-culdade, quanto numa mudança brusca de temperatura enquanto estamos em locais abertos. Foi pensando nessa luta com o guarda-roupa que desenvolvemos o questionário. Ele foi destinado a mulhe-res entre 20 e 35 anos que estão num momento de independência, sendo na vida pessoal ou profissional e que gostam de estar preparadas para agir com elegân-cia, não importa a situação. Ao realizarmos a análise dos dados, foi possível concluir que nosso tecido inovador seria bem aceito em rela-ção às mulheres que responderam o ques-tionário, já que, entre as características do novo material têxtil, há aquelas que possuem propriedades referentes às solu-ções para alguns problemas cotidianos que acontecem na vida dessas mulheres.

Dentre as 31 pessoas que responderam ao questionário, 55% tinham entre 20 e 25 anos, 23% tinham entre 26 e 30 anos e 23% tinham entre 31 e 35 anos. A maioria delas (52%) passa mais de 8 horas diárias fora de casa, sendo que 45% passam de 6 a 8 horas fora de seu lar e somente 3% ficam menos de 6 horas.

Quanto à versatilidade e praticidade de uma roupa, 61% concordam que essas são características fundamentais na hora da compra, porém têm dificuldades de encontrar algo que as agradem, 26% também acham essas características essenciais e encontram tais roupas nas lojas com facilida-de e somente 13% preferem comprar peças específicas que possam ser usadas em ocasi-ões pré -determinadas.71% das mulheres não possuem carro para se locomover até seus locais de compromisso.

RESULTADOS

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Quando questionadas sobre um tipo de roupa que possuísse características formais (própria para o trabalho) e que, ao mesmo tempo, pudesse ser modificada graças a uma propriedade presente em suas fibras, fazendo com que tal peça se transfor-masse numa roupa mais ousada (para usar numa ocasião de diversão e lazer), 71% das mulheres responderam que usariam tal peça mesmo que as duas situações (trabalho/facul-dade e lazer) não ocorressem no mesmo dia, 23% afirmaram que usariam essa roupa estri-tamente para essa ocasião (quando saísse do trabalho/faculdade e fosse para um local de lazer) e somente 6% responderam que não usaria tal roupa, pois preferem ir para casa e trocar de roupa mesmo que isso leve um tempo a mais.

Para finalizar, 52% das mulheres afirmaram que achariam interessante um tecido moldável e versátil, que fizesse com que a roupa adquirisse movimentos exigidos pelo corpo e que ao mesmo tempo tivesse estilo, 29% preferem um tecido confortável que cause prazer ao ser vestido, 10% respon-deram que preferem um tecido que se mol-dasse a qualquer tipo de silhueta e 10% gosta-riam de ter uma roupa cujo tecido fosse de longa durabilidade.

Quando questionadas sobre o clima oscilante nos dias em que saem de casa pela manhã e só voltam no fim do dia, 48% das mulheres se mostraram prevenidas e afirma-ram que já saem de casa vestindo uma sobre-posição de várias peças de roupa e ainda levam na bolsa um cachecol ou casaco, 26% delas moram perto do trabalho ou da faculda-de e não têm problemas com as mudanças repentinas do tempo, 16% deixam algumas trocas de roupa no carro e 10% não se impor-tam com esse tipo de situação, pois não gostam de carregar peso.

39% das mulheres afirmam que rara-mente saem do trabalho/faculdade e vão direto para uma ocasião de diversão ou lazer (como happy hour, bar, jantar, show, teatro, cinema, aniversário, churrasco ou café com as amigas), 39% comparecem à esses tipos de eventos após o trabalho/faculdade pelo menos uma vez por semana e 23% frequen-tam tais lugares após o trabalho/faculdade mais de uma vez por semana.

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USABILIDADE, ERGONOMIA E CONFORTO

O tecido em questão, formado por fibras de seda (S) 50% e fibras sensíveis ao produto químico redutor/expansor 50%, possui manejo simples, facilidade em vestir e desvestir, bem como pouca exigência de esfor-ço para sua manipulação. Sua etiqueta contém as indicações de como fazer sua manutenção, logo, seguindo--as, a peça apresentará longa duração e facili-dade na higienização, passadoria e secagem. Tem-se que seguir as manutenções básicas da seda em conjunto com as especifi-cidades da fibra desenvolvida neste projeto.

Em relação à segurança, a peça que apre-sentar este tecido se mostrará sempre confortável e altamente vestível em todas as ocasiões, sem desconfortos em golas, punhos ou cós. Sua mode-lagem apresentará boa mobilidade, alcance e transpiração. Como indicador de usabilidade, a peça apresentará sempre compatibilidade com o usuá-rio, pois estará constantemente seguindo o estilo em que o usuário se encontra. O consumidor saberá manuseá-lo corretamente, uma vez bem informada sua usabilidade, concretizando uma boa, adequada e segura transferência de tecnolo-gia.

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1) M. O�icer: o contato com a empresa foi através de uma caixa de mensagem oferecida pelo

próprio site da marca (http://www.mo�icer.com.br/Conta-to.aspx) e direcionado ao setor de marketing. Foi enviado junto ao

pedido do “tecido com memória”, desenvolvido por Carlos Miele, a carta da professora Dulce. No site, o único número de telefone encontrado,

era referente à abertura de franquias, o que, obviamente, não nos interessava. A empresa não retornou a mensagem.

2) Petrobrás: o contato foi feito através do Serviço de Atendimento ao Cliente (SAC) pelo telefone 0800-728-9001. Foi explicado à atendente sobre o projeto da Moda-teca e sobre a propósito da atual pesquisa e perguntado se havia a possibilidade de aquisição do “Óleo Extensor SPP BR” (segundo a página online da Petrobrás esse óleo é “utilizado como lubrificante de fios e fibras no processo de fabricação do tecido. Nele, as fibras são submetidas a esforços mecânicos intensos, sendo indispensável para que não ocorra rompimento e principalmente elevação de temperatura) através da doação de uma amostra. A resposta obtida foi negativa, dizendo que a empresa não

oferecia nenhum produto ou tipo de amostra sem custos. Ao questionar, então, sobre a compra desse produto a resposta foi de forma grosseira, dizendo que, a

venda só seria possível em grande quantidade. Também entramos em contato através do e-mail [email protected]. Neste, além do

produto, também foi perguntado se havia a possibilidade de reco-mendação de alguma outra empresa que utilizasse o Óleo

Extensor SPP BR. Também não obtivemos retorno.

CONTATO COM AS EMPRESAS

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AMOSTRA DE TECIDO

Não foi possível adquirirmos uma amostra do tecido desenvolvido por Carlos Miele, pelas dificuldades já antes apresentas. Optamos, então, por representar o tecido que mais se aproxi-ma, visualmente, de um dos nossos objetos de estudo, o tafetá. O tafetá é composto por:: 55% poliéster, 5% elastano, 40% poliamida

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