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Paula de Castro Mendes Gomes Luzes no Barrranco Luzes no Barranco Paula de Castro Mendes Gomes

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Paula de Castro Mendes Gomes

Luzes no BarrrancoLuzes no Barranco

Paula de Castro Mendes Gomes

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Breno Elias de AlmeidaClara Faria de Aboim BrasilGabriel Meyer PaixãoJoão Pedro Loureiro VianaJoão Myrrha VazMarília Pimenta ChavesPaula de Castro Mendes Gomes

Atêlie Integrado de Arquitetura 2014/1

Escola de Arquitetura - UFMG

Créditos

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No primeiro dia de viagem a Catas Altas nós alunos, a partir de uma dinâmica, fomos dividos em grupos. Assim nesse mesmo dia, já em grupo, andamos por toda a cidade com o objetivo de encontrar um local onde realizaríamos esses trabalhos. O local escolhido pelo grupo foi o barranco ao lado da Escola, pois no momento em que passávamos lá, por volta de quatro horas da tarde de uma quinta feira, estava cheio de crianças brincando em um local inimaginável de algo assim acontecer, já que o barranco é cheio de mato e sujeira além de não ser convidativo para a maioria das pessoas, o que deixou o grupo muito intrigado para descobrir se o local tinha outros usos e se não por que.

Por que o Barranco ?

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Ainda na primeira visita a cidade tivemos que aprender mais sobre o local escolhido. Para isso realizamos entrevistas com as pessoas que passavam por ali, além de entrevistar os diretores tanto da Escola Estadual quanto da Escola Municipal. Com isso descobrimos que aquelas crianças que lá estavam no dia anterior são alunos da Escola Municipal que moram na zona rural de Catas Altas e que esperam os alunos da outra escola, que termina mais tarde, e também moram nesse região. Depois da observação do espaço descobrimos que o barranco é pouco aproveitado e a área é usada somente como local de passagem.

Descobrindo o Local

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O maior movimento naquela área é no ponto de ônibus, ao lado do barranco, que é usado, principalmente, pelos funcionários da Vale. Depois disso, realizamos uma performance para apropriarmos e explorarmos o local. Essa foi importante para conhecer os desníveis e conseguir criar um laço mais forte com o lugar. Com essas atividades realizadas no local percebemos uma grande fragmentação do espaço, apesar de serem muito próximos o barranco e o ponto de ônibus não se comunicam, os usuários do primeiro raramente utilizam o segundo. No último dia realizamos medições essenciais para desenvolver a intervenção e calcular quanto material seria necessário.

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Após a viagem começamos a trabalhar na intervenção. O processo até chegar ao resultado final foi longo. Esse começou com uma montagem no programa Sketch Up para representar o local e espacializá-lo. Depois disso realizamos uma rede de implicações, a qual contem as sensações do grupo do lugar, as substâncias que causavam essas e as ações que eram suas consequências.

De volta a BH

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IregularidadeDesconforto

DistanciamentoDualidadePassagem

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Essas sensações foram trabalhadas pelo grupo na criação de uma montagem no programa SketchUp diferente da primeira. Dessa vez cada integrante teve que fazer um “SketchUp Sensitivo” e depois deveríamos realizar um para o grupo, esses deveriam conter as sensações apresentadas na rede de implicações de forma não representativa. Para ter uma visão espacial melhor do local, criamos uma maquete. Essa teve grande importância no processo de criação e elaboração da intervenção, pois ela nos proporcionou a chance de testar nossas ideias em uma escala muito mais reduzida que a real, mas capaz de representar aquilo, que estava somente idealizado, de uma forma concreta.

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Pensando na Intervenção

Desde o começo desse processo, todas as ideias que surgiram levavam para a criação de algum tipo de teia. Esses envolviam tramas localizadas e, de alguma forma, contidas espacialmente. Os primeiros materiais testados também seguiam essa concepção homogênea, o que contradizia completamente a percepção do local e os objetivos, que eram melhorar o aproveitamento do espaço pelas crianças e levar outras pessoas a utilizar o barranco, estabelecidos pelo grupo.Para ser mais coerente com esses, nossas novas ideias envolviam espacializar ao máximo uma determinada trama além de tentar diversificar os materiais que seriam utilizados.

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Queríamos evidenciar a diversidade de elementos do espaço, além de criar uma ligação física entre eles com uma única teia. Os componentes da trama deveriam não só desenvolver um papel visual, mas possuir alguma funcionalidade. Algumas partes sentáveis, encostáveis, mas sempre móveis e ligadas na rede, pareceram incentivar ocupação do barranco.Outra variável que influenciou no processo foi o horário da intervenção. O barranco é muito escuro à noite, e houve a preocupação de que isso fosse afastar as pessoas do local. Para evitar isso iluminaríamos o local com luz negra, e a partir disso escolhemos materiais fluorescentes, que contribuiriam na iluminação.

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Uma das maiores preocupações ao preparar a intervenção era que a teia com os elementos ocupasse efetivamente todo o espaço, já que se tratava de um local consideravelmente grande. Pensando nisso, e nas questões de logística, como os materiais seriam transportados até o local da intervenção e em como a montagem iria acontecer, escolhemos materiais que pudessem ter o seu volume alterado quando fosse necessário. A montagem foi um grande desafio já que queríamos gerar espacialidade e ambiência em um lugar muito distinto daquele que tínhamos em mente.

Realizando a Intervenção

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Um dos problemas encontrados foi a falta de foco: diversas estratégias de ocupação do espaço, seguindo a lógica de trama foram cogitadas, mas, no fim, todas apareceram como coadjuvantes. A primeira ideia foi a de distribuir pelo barranco amontoados de espuma de maneira a tornar o ato de sentar nele mais confortável. A segunda ideia foi a de usar meias-calças e balões, por serem materiais que, respectivamente, tem grande elasticidade e facilidade de expansão no seu volume. A terceira ideia foi de trabalhar, fortemente, com luz negra. A partir da escolha dessa, foi necessário estabelecer quais os componentes teriam destaque e novos materiais e estratégias visuais.

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Para tanto os materiais utilizados foram 5 luzes negras, 3 caixas de marca texto amarelo diluídos em 200ml água que foram colocados dentro de garrafas plásticas de 500ml , 14kg de espuma em flocos para preencher os assentos feitos com os 20 metros de TNT além de aproximadamente 40 meias-calças verdes e rosas, barbante, que, em partes, foi pintado com a tinta fluorescente facial, e fita verde fluorescente para integrar os assentos com a trama, também criada por esses elementos e 5 metros de tule que foram preenchidos com balões, esses também foram usados para alterar o volume das meias.

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No processo de criação e montagem tivemos muitos problemas causados por diversos fatores, principalmente, a falta de teste antes da viagem para Catas Altas. Assim lá tivemos diversos percausos os quais geraram gastos extras além de, no caso da estrutura criada com o tule e os balões, muito trabalho para algo que não teve o resultado que esperávamos. Apesar da falta de teste dos materiais, a escolha desses foi muito específica para as condições do local, como as irregularidades e a pouco luz. Portanto para recriar essa intervenção seria ideal lugares com características próximas as do barranco.

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Produto PreçoTNT 20 metros R$ 28,0050 meias R$ 50,00Espuma 17kg R$ 79,40Balão 21 pacotes R$ 102,30Fita 100m Fluorescente R$ 6,60Tule 5 metros R$ 9,00Barbante 450m R$ 9,00Marca texto 45 unidades R$ 40,50Tinta facial 6 unidades R$ 28,40Fita Isolante R$ 13,60Luz Negra R$ 98,25Total R$ 465,05

Orçamento

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