CAAPORA - LIVRO

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  AUTORA P PR RO OF Fª ª L LÚ ÚC CI I  A  A S S  A  AN NT TO OS S D DE L LI IM M  A  A  CO-AUTORA EST TU UD D  A  AN NT TE E/ /HI IS ST TÓ ÓR RI I  A  A L LU UC CI I  A  AN N  A  A S S  A  AN NT TO OS S D DE L LI IM M  A  A  COLABORADORES P PR RO OF Fª ª E EU UN NI IC CE E C CÉ ÉS  A  AR R D  A  A S SI I L L  V  V  A  A  P PR RO OF Fª ª L LU UZ ZI IN NE ET TE E Q QU UIN NT TI IL LI I  A  AN NO O D DE E SOU UZ Z  A  A  FOTOS P PR RO OF Fª ª L LÚ ÚC CI I  A  A S S  A  AN NT TO OS S D DE L LI IM M  A  A  REVISÃO GEOGRÁFICA P PR RO OF Fª ª J J  A  AN NE ET TE E L LI IN NS S R RO ODR RI IG GU UE EZ Z REVISÃO E ORGANIZAÇÃO ESTRUTURAL/TEXTO P PR RO OF Fª ª R RE EG GI IN N  A  A R RO ODR RI IGU UE EZ Z BÔT TT TO T T  A  ARGIN NO O  LIMA, Lúcia Santos de. A História de Caaporã/PB  / Lúcia Santos Lima    Caaporã/PB: Editora, 2003. p.

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Livro Escrito e Publicado pela Srª Lúcia Irineu - todos os direitos reservados. Conta a História de Caaporã - PB

Transcript of CAAPORA - LIVRO

AUTORA PROF LCIA SANTOS DE LIMA CO-AUTORA ESTUDANTE/HISTRIA LUCIANA SANTOS DE LIMA COLABORADORES PROF EUNICE CSAR DA SILVA PROF LUZINETE QUINTILIANO DE SOUZA FOTOS PROF LCIA SANTOS DE LIMA REVISO GEOGRFICA PROF JANETE LINS RODRIGUEZ REVISO E ORGANIZAO ESTRUTURAL/TEXTO PROF REGINA RODRIGUEZ BTTO TARGINO

LIMA, Lcia Santos de. A Histria de Caapor/PB / Lcia Santos Lima Caapor/PB: Editora, 2003. p.

Reconhecimento Reconhecimento

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A

os meus ancestrais e familiares e, em carter especial, professora MARIA

ROSA DUTRA GONDIM (Rosita) que contribuiu para minha construo enquanto cidad, dando-me oportunidade de hoje escrever este livro, como tambm ao povo de minha terra Caapor, a que tanto amo. A autora.

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Agradecimento Agradecimentoprofessora Regina Rodriguez Btto Targino pela grande contribuio e incentivo na conquista deste meu objetivo: escrever a histria de minha terra... Foi a sua valiosa ajuda, indiscutvel competncia e interao humana que me fez entender que o desafio no maior do que nossa capacidade de realizao.

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APRESENTAO

com grande satisfao que apresento A HISTRIA DE CAAPOR, construdo por iniciativa da Professora Lcia Santos de Lima que vem, em boa hora, preencher uma lacuna h muito sentida por toda sociedade caaporense. Este livro, elaborado com muito esmero e dedicao, resgata a histria de Caapor, fazendo um passeio desde seus primrdios at os dias atuais, ao tempo em que procura articular o passado com o presente, numa viso que contempla as dimenses: scio-poltica, econmica, geoadministrativa, cultural e educacional, constituindo-se em um referencial de todos aqueles que pretendem pesquisar ou conhecer mais profundamente a histria de Caapor. Merecem elogios a professora Lcia Santos de Lima, autora, e Luciana Santos de Lima, co-autora, bem como a professora Regina Rodriguez Btto Targino, que participou da organizao estrutural do presente livro. A iniciativa mereceu todo nosso incentivo e apoio, visando preservar o patrimnio histrico-cultural do povo caaporense, construdo de sacrifcios, de lutas e de glrias. Caapor, novembro de 2003.

Joo Batista SoaresPrefeito de Caapor

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Prefcio

ste livro constitui um velho sonho dos que fazem a educao no Municpio de Caapor que h muito se ressentem de uma referncia bibliogrfica que servisse de fonte de consulta para todos os estudantes, professores, historiadores e pessoas interessadas na histria de sua terra. A sua elaborao foi realizada mediante pesquisa da autora e sua equipe, fundamentada na histria oral de seus habitantes mais antigos, dentre os quais destacam-se o lder comunitrio Horcio Miguel da Silva e o comerciante Gamaliel Ferreira Passos, este falecido em 14 de outubro de 2003, que colaboraram quer com doaes de fotos, quer com seus depoimentos presentes sobre fatos e fenmenos de sua poca, sem os quais no seria possvel a elaborao deste trabalho.. O que chama a ateno neste livro que a Prof Lcia Santos de Lima e sua equipe procuraram no s resgatar os monumentos, paisagens, fatos e acontecimentos, mas sobretudo, articular, com muita propriedade, o passado com o momento atual e, para isto ilustram cada texto com fotos especficas que retratam aqueles momentos, considerando o contexto scio-poltico, a arquitetura, a paisagem ambiental, o folclore, o artesanato, enfim, a cultura, a economia, a sade e a educao. Portanto, os que atuam na rea da educao sentem-se felizes em incentivar esta publicao, que de agora em diante converter-se- em um livro bsico para todos os estudiosos da matria. Caapor, novembro/2003.

Carliete Trajano dos Santos VianaSecretria de Educao

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SUMRIOO MUNICPIO DE CAAPOR O MUNICPIO DE CAAPOR A) FUNDAO ORIGEM E COLONIZAO..................................... B) SITUAO / LOCALIZAO / LIMITES........................................... C) SMBOLOS MUNICIPAIS................................................................... QUADRO NATURAL QUADRO NATURAL A) RELEVO E SOLOS.................................................................................. B) CLIMA E VEGETAO........................................................................... Q U A D R O S C I O -- E C O N M I C O QUADRO SCIO ECONMICO

A) EVOLUO DA POPULAO...............................................................B) DENSIDADE DA POPULAO ............................................................. C) URBANIZAO ....................................................................................... D) LAZER E FOLCLORE .............................................................................. E) O EXTRATIVISMO .................................................................................. F) A AGRICULTURA ..................................................................................... G) A PECURIA ............................................................................................ H) A INDSTRIA .......................................................................................... I ) COMRCIO .............................................................................................. J) TRANSPORTE E COMUNICAO ......................................................... L) EDUCAO E SADE .............................................................................. M) EVENTOS ................................................................................................. N) GASTRONOMIA ....................................................................................... O) ARTESANATO .......................................................................................... . P) RELIGIO ................................................................................................... Q) ESPORTES ................................................................................................. EVO LUO D A ORG A NIZ AO EVO LUO D A ORG A NIZ AO SO CI AL E POL T ICA SO CI AL E POL T ICA A) CIDADE, DISTRITO E POVOADO ......................................................... B) ESTRUTURA POLTICO-ADMINISTRATIVA ....................................... C) LDERES POLTICOS .............................................................................. D) MOVIMENTOS SOCIAIS ....................................................................... P ERSON AL ID ADES IMPO RT AN T ES N A P ERSON AL ID ADES IMPO RT AN T ES N A H I ST RI A D E CA A POR H I ST RI A D E CA A POR

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O MUNICPIO DE CAAPOR

A) FUNDAO, ORIGEM E COLONIZAO

palavra de origem indgena formada da juno dos nomes Caa que significa Boca e Por Mata. Da porque, antigamente, Caapor era conhecida como Boca da Mata. Caapor teve a participao da tribo Caets que permaneceu aqui por volta do sculo XVIII. Em 1800, Boca da Mata pertencia ao Coronel Monteiro e o Engenho Tabu pertencia famlia do Coronel Miranda. A partir de 1843, o Coronel vendeu o Engenho Tabu para o Sr. Joo de S. Este local fazia parte de uma vereda por onde passavam viajantes, procedentes de Goiana, com destino s praias de Pitimbu e Aca.

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De 1917 a 1918, os donos venderam suas propriedades ao Sr. Coronel Alberto Lundgren que, posteriormente, fixou resi-dncia na Fazenda Tabu, que j era habitada por escravos per-tencentes aos antigos proprie-trios. Estes escravos permane-ceram e passaram a prestar servios aos novos donos da terra no ofcio da palha da cana que tinha como destino a fabricao da cachaa e da rapadura que foi um dos primeiros produtos que fizeram parte da economia da regio. Neste contexto, o desenvolvimento da cidade foi surgindo com a construo das casas de moradores s margens da vereda. Razo que explica porque Caapor hoje uma cidade de grande extenso no sentido horizontal.Antiga Fazenda Tabu - 1850

Foram feitas pesquisas e, de acordo com levantamento realizado junto aos antigos moradores, so considerados os primeiros habitantes de Boca de Mata: Clemente Ferreira, Antnio Franco, Cazuza Oliveira, Cazuza Miguel, Chico Nazrio, Sotrio, Pitita, Jovncia, Manoel Ferreira, Antnio de S, Josias Rodrigues, Joo Monteiro, Cristvo, Do-na Amlia (esposa do Co-ronel Monteiro), Istolan-do, Jos Rogrio Csar, Sinhozinho, Ioi Miguel, Ioi Gama e outros.Moenda de cana-de-acar.

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Engenho Tabu - fabricao de rapadura e cachaa.

Livro de Registro dos primeiros habitantes de Caapor. Cartrio Jernimo Leite Pitimbu-PB.

Pela diviso administrativa do Estado, at 1948, Caapor figurou como distrito de Cruz do Esprito Santo; nesta mesma ocasio, Pedras de Fogo se constitua tambm em distrito daquele municpio. Quando Pedras de Fogo ganhou sua emancipao poltica pela Lei n 895, de 11 de maro de 1953, Caapor se desliga do municpio de Cruz do Esprito Santo e passa a pertencer, como distrito, ao novo municpio de Pedras de Fogo. A razo alegada para tal desvinculao foi a proximidade maior deste novo municpio. Conforme dados levantados, constatou-se que o desenvolvimento do processo de emancipao poltica de Caapor teve origem com a iniciativa de um dos pol-ticos que, na poca, goza-va de grande influncia local, Sr. Horcio Miguel da Silva. Em uma de suas viagens a Joo Pessoa, o poltico encontrou-se com Fernando Cunha (ex-prefeito do municpio de Pitimbu), que deu a su-gesto para que Horcio falasse com o Sr. Renato Ribeiro Coutinho, um poltico influente no Estado da Paraba, sobre a possibilidade de se emancipar Caapor.Primeiras casas do Engenho Tabu.

Nesta ocasio vrios distritos do Estado estavam em processo de emancipao e Caapor poderia ser includo, segundo entendimento do Sr. Hor-

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cio. Ao falar com Renato Ribeiro Coutinho, obteve deste poltico a negativa do processo de encaminhamento da emancipao, alegando ser Caapor um lugar muito pequeno e que no tinha ainda condies de ser uma cidade. Uma das argumentaes que o Sr. Horcio usava era de que Alhandra e Pitimbu j eram cidades, com as mesmas condies econmicas, sociais e polticas. Horcio no desistiu de sua idia. Procurou, ento, entrar em contato com o Deputado Joo Batista Lima Brando. Encontrando-o logo depois na Praa Pedro Amrico, em Joo Pessoa, ao falar-lhe sobre o projeto de emancipao de Caapor, o deputado realizou anotaes em um pequeno pedao de papel que retirou do seu bolso. Horcio ficou naquele momento incrdulo diante das promessas do deputado, pois achou que o mesmo no deu a importncia devida ao assunto. Mas, para sua surpresa, o Projeto de emancipao do municpio de Caapor foi aprovado, dando origem Lei n 3.120, de 27 de dezembro de 1963, publicada no Dirio Oficial do Estado de 12 de janeiro de 1964. Muitos dos projetos dos outros distritos foram vetados e no publicados no Dirio Oficial. Horcio preocupou-se com aquela situao e pediu a interveno do Sr. Renato Ribeiro Coutinho junto ao governador do Estado da Paraba, Doutor Pedro Gondim, para evitar que com Caapor ocorresse o mesmo procedimento realizado com os outros distritos. O governador atendeu ao pedido e no dia 12 de janeiro de 1964 publicada a lei de Emancipao de Caapor, no Dirio Oficial do Estado.

ANO IV

Joo Pessoa Domingo 12 de Janeiro de 1964

No. 591

ATOS DO PODER EXECUTIVO LEI N. 3.120, DE 27 DE DEZEMBRO DE 1963.

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Cria o municpio de Caapor, e d outras providncias.O GOVERNADOR DO ESTADO DA PARABA, Fao saber que o Poder Legislativo decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1 - criado o municpio de Caapor, com sede na vila do mesmo nome, que fica elevada categoria de cidade, desmembrado do municpio de Pedras de Fogo. Pargrafo nico O municpio de Caapor ser constitudo em sua totalidade pelo territrio do atual distrito que ter os mesmos limites. Art. 2 - A instalao do municpio se dar com a posse de ... (VETADO, Prefeito ... (VETADO). Art. 3 - As eleies para Prefeito, Vice-Prefeito e Vereadores do municpio realizar-se-o em data designada pelo Tribunal Regional Eleitoral, de acordo com a Legislao em vigor. Art. 4 - Fica extinto o Subcomissariado de Polcia do antigo distrito e criado o Comissariado de Polcia do municpio de Caapor, com os respectivos suplentes, na forma da Legislao vigente. Art. 5 - Para ocorrer as despesas com a execuo da presente Lei, fica o Poder Executivo autorizado a abrir conta especial at a importncia de Cr$ 200.000,00 (duzentos mil cruzeiros). Art. 6 - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicao, revogadas as disposies em contrrio. Palcio do Governo do Estado da Paraba, em Joo Pessoa, 27 de Dezembro de 1963; 75 da Proclamao da Repblica.

PEDRO GONDIM Hlio Nbrega Zenaide Slvio Plico Porto VETO PARCIAL

Usando da prerrogativa que me conferida pelo art. ..., inciso I, da Carta Poltica Estadual, sanciono, parcialmente, o Decreto Legislativo n 130, de 27 de novembro do ano passado, originrio do Projeto de Lei n. ..., que cria o municpio de Caapor. Veto apenas o artigo 2, pelos motivos abaixo expostos:

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que, com a nomeao, agora, do respectivo edil, passaria Caapor a fruir, desde logo, as vantagens financeiras deferidas pela legislao federal, tornando-se, assim, evidente que o interesse pblico reclama a restrio feita, aqui, ao mencionado art. 2. Com essas razes, devolva-se Assemblia Legislativa o Decreto Legislativo n. 130/63, para os efeitos previstos na Constituio do Estado. Palcio do Governo do Estado da Paraba, em Joo Pessoa, 27 de Dezembro de 1963; 75 da Proclamao da Repblica.

PEDRO GONDIM - Governador

Os motivos alegados para que Caapor viesse a ser cidade foram os seguintes: a distncia de 50 km de Caapor para Pedras de Fogo, o que dificultava a comunicao, as providncias e as decises; as pessoas residiam e viviam em Caapor toda sua vida, porm, o fato de receberem assistncia hospitalar, que s existia no municpio de Goiana, eram registrados como pernambucanas, enquanto aquelas parturientes que recebiam assistncia da parteira curiosa eram registradas no municpio de Caapor, como paraibanas. Como por exemplo: Leonel Miranda, ministro da Sade, na dcada de 60, filho do Coronel Miranda, dono do Engenho Tabu, conta ao prprio Horcio que era filho natural de Miramar, um povoado pequeno prximo fazenda Catol, tornou-se pernambucano simplesmente por ter nascido em Goiana-PE. Como o caso de muitos caaporenses daquela poca.

B) SITUAO E LOCALIZAOO Estado da Paraba formado por 223 municpios constitudos de quatro mesorregies: Serto Paraibano, Borborema, Agreste Paraibano e Mata Paraibana, onde o municpio de Caapor se encontra. Cada uma destas mesorregies subdividida em microrregies que apresentam caractersticas geogrficas prprias.

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O Municpio de Caapor integra a microrregio do litoral sul paraibano, juntamente com os municpios de Pitimb, Alhandra e Pedras de Fogo, localizado na poro oriental do nordeste do Brasil, entre os meridianos de 3555 e 3450 de longitude. Sua forma alongada no sentido oeste-sul. Com uma rea de 144 km, o nosso municpio ocupa o 132 lugar no Estado da Paraba, representando cerca de 0,25% da rea territorial do Estado. Na sua localizao, Caapor limita-se: ao Norte, com a cidade de Alhandra, que dista de sua sede 10 km; ao Sul, com o Estado de Pernambuco, mais precisamente com a cidade de Goiana, que dista da cidade de Caapor 15 km; ao Leste, com Pitimbu 14 km; e a Oeste com Pedras de Fogo 50 km. As distncias intermunicipais entre o distrito, os principais povoados e stios e a sede do municpio so: Cupissura (distrito), 5 km; Retirada, passando por Cupissura, 7 km; Fazenda Tabu, 4 km; Stio das Moas, 5 km; Barreira Grande, 2 km; Muitos Rios, passando por Cupissura, 7 km; Cruz das Almas, 7 km; Brejo de Lima, 12 km; Capim de Cheiro de Cima, 5 km. As vias de acesso ao municpio so a Rodovia Federal (BR 101), que limita Caapor com Pedras de Fogo e a Rodovia Estadual (PB 44), que liga o municpio a Pitimbu, as quais so as nicas estradas asfaltadas. O distrito de Cupissura, os povoados e stios do municpio, como tambm o municpio de Alhandra comunicam-se entre si e com a cidade atravs de estradas carroveis, que so difceis de serem utilizadas, principalmente no perodo das chuvas.

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Localizao de Caapor no Estado da Paraba

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Limites

C)

SMBOLOS MUNICIPAIS17

Com a emancipao foram criados os smbolos municipais: a Bandeira Municipal; o Hino Municipal.

A Bandeira, que simboliza o Municpio, foi criada e aprovada pela Cmara de Vereadores, em 1964, na gesto do Sr. Prefeito Francisco Veloso de Assis. Foi desenhada e confeccionada por Luiz Gomes (popular Luiz Barbudo), da cidade de Goiana. A Bandeira consta de um escudo branco, onde se encontram escritos o ano de sua fundao (1843), o ano de sua emancipao (1964) e o nome de Caapor, com letras em cor amarela. Dentro do mesmo escudo o desenho de nossas matas, relembra os nossos antepassados. O campo verde traz a esperana do agricultor, representada pela monocultura da cana-de-acar. Ainda nesse campo visualiza-se uma guia simbolizando que o municpio passava a ter autonomia prpria, deixando de pertencer a Pedras de Fogo. O vermelho e o preto significam as cores da Bandeira do Estado. O amarelo traduz as riquezas do Municpio. b) A msica do Hino Municipal de autoria de Terezinha de Jesus Veloso. A letra da professora Stella Cavalcante de Lima e foi declarado oficial em 1964, na gesto do Sr. Prefeito Francisco Veloso de Assis.

I Quando alegres felizes marchamos

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Sobre o azul deste cu lindo af Orgulhosos erguemos o mastro Da Bandeira de Caapor.

CoroNeste dia de glria e de luz Nossas vozes, irmos levantemos Nossa f nos anima e conduz Somos fortes e pois venceremos. II O Estandarte erguido tremula Suas cores nos falam gentis O Amarelo tambm nos afirma As riquezas do nosso Pas. III O Verde sobrancelho representa A esperana do agricultor So tambm lindos o Vermelho e o Branco s a Bandeira Verdadeiro Amor IV No podemos perder um minuto Precisamos lutar e vencer Pois s poderemos ter justia Com luz sublime do saber V Caapor, ex-Boca de Mata Teu presente nos fala altaneiro Teu passado teus filhos recordam Com saudade mais bem justiceiro VI Para honrar nossa terra querida Que to digna, to bela e to forte Ns daremos contente a vida Na coragem suprema da morte.

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HINO MUNICIPAL DE CAAPORAUTORAS:

Stella Cavalcanti de Lima Terezinha de Jesus VelosoARRANJO:

Prof. Joo Leite Ferreira

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QUADRO NATURAL

A) RELEVO E SOLOS

O municpio de Caapor localiza-se na microrregio geogrfica do Litoral Sul, compondo, por conseguinte, a Mesorregio da Mata Paraibana. O quadro natural apresenta caractersticas ambientais comuns a todos os municpios localizados na regio atlntica. Recebe influncias diretas do Oceano Atlntico, embora no esteja ligado diretamente com o mar. No territrio caaporense encontram-se as seguintes unidades de relevo: a) a plancie costeira formada por uma rea plana e baixa que penetra atravs dos vales fluviais do municpio. Destacam-se alguns vales bem encaixados, nos tabuleiros, com solos frteis utilizados pela agricultura de subsistncia. Por exemplo, o vale do Rio Goiana, limite com o Estado de Pernambuco e o vale do Rio Camocim, dentre outros. No esturio dos vales instalam-se manguezais, que compreendem ecossistemas florestais caractersticos dessas regies litorneas tropicais.

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Mangues plancies de mars formadas por solos lamacentos, com rvores e arbustos caractersticos do ambiente, com razes suporte.Manguezal em Camocim. Vale fluvial encaixado Cana-de-acar em solos arenosos dos tabuleiros.

b) os tabuleiros costeiros desenvolvemse em terrenos sedimentares, apresentandose como baixos planaltos ou com formas de ondulao suave. So constitudos por sedimentos arenosos e argilo-arenosos. Local de cultivo da cana-deacar.

Solo de mangues. Destacam-se na hidrografia de Caapor os rios permanentes: Pitanga, Dois Rios, Ana Lopes, Popocas, Cupissura, do Galo, Camocim e Goiana (limite com Pernambuco); as Lagoas do Boqueiro e Fugida, alm do Aude Passassunga. Embora o potencial hdrico seja pequeno, ele garante uma prtica agrcola populao ribeirinha, fornece gua para as vilas e distritos do Municpio, bem como servindo de lazer para a populao, que nos fins de semana freqenta balnerios e realiza piqueniques. Solo de vrzea - Agricultura de subsistncia.

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Solo argiloso.

Solo calcrio, serve para fabricao do cimento da CIPASA.

Rio Ana Lopes - nome em homenagem primeira proprietria da regio.

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Cachoeira de Cupissura no rio Tiririca.

Porto Gongaari com barcos de pescadores. Ao longe, vista do manguezal.

B) CLIMA E VEGETAOLocalizando-se na Zona da Mata, o Municpio de Caapor est no domnio do clima tropical mido, com estao seca moderada - um a trs meses (ver mapa 1). MAPA 01

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CAAPOR2

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4

3

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2 6

6 5

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5

7

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1

LEGENDA Limite Municipal Sede Municipal Rios Localidades

Rios (1) Goiana (2) Dois Rios (3) Cupissura (4) Popocas (5) Camocim (6) Do Galo (7) Pitanga

Localidades 1 Tabatinga 2 Brejo de Lima 3 Popoca do Irineu 4 Popoca do Gabriel 5 Cruz das Almas 6 Tiririca 7 Tabu 8 Pitanga 9 Cupissura

ESCALA 1 cm = 1.000 km

MAPA BASE CARTAS DA SUDENE

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As mdias das temperaturas anuais situam-se em torno de 25 C e os ndices pluviomtricos situam-se entre 1.500 e 1.700 mm/anuais (ver mapa 02). A vegetao apresenta uma variao consoante com as diferentes unidades de relevo: 1) A vegetao litornea representada tanto pela Floresta de Mangues (o manguezal), como pelos restos de Floresta de Restinga e de Mata seca. a) o manguezal dispe-se nas reas de contato entre a gua salgada que provm dos oceanos e a gua doce dos rios. b) a mata de restinga instala-se em solos arenosos e composta por arbustos e vegetao rasteira. c) a mata seca apresenta rvores de grande porte, e muitas delas perdem as folhas durante o perodo seco. As espcies mais comuns so: paudarco amarelo, pau-brasil, pau-darco roxo, maaranduba e sucupira.

Mata de Restinga

Mata Seca

Estas formaes de florestas so testemunhos da Mata Atlntica que recobria toda a fachada oriental do Nordeste.

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MAPA 02CARTA: TEJUCUPAP - ESCALA: 1:25.00055 00

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90

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34 52 30 - 7 30 00

FONrintenmento

TE: SUDENE Supedncia do Desenvolvido Nordeste.

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Grande extenso de Caapor encontrava-se recoberta por esta Mata, mas hoje est reduzida a algumas reservas, em decorrncia da devastao e derrubada das rvores para a retirada de madeira. Essa destruio vem acontecendo desde 1940, com a ao da Companhia Paulista para servir indstria txtil do Grupo Lundgren, na cidade de Paulista PE. Hoje, a cana-de-acar quem vem determinando o agravamento dessa destruio. 2) Cerrados Caracterizam-se por uma vegetao formada por rvores tortuosas, esparsas, intercaladas por um estrato contnuo de gramneas. Essa formao vegetal domina nos tabuleiros com as seguintes espcies: cajueiro, mangabeira, cajueiro brabo, murici do tabuleiro. Observa-se que toda essa caracterizao geo-ambiental no municpio de Caapor vem sofrendo uma profunda transformao ligada presena humana. O espao geogrfico passa por uma reorganizao a partir da agroindstria sucro-alcooleira ali instalada, representada pela Destilaria TABU; extrao do calcrio pela indstria CIPASA, uma das filiais do grupo VOTORANTIN para a produo de cimento; prtica de agricultura de subsistncia em pequenas granjas e stios (cultivo de cereais e mandioca) nas vrzeas; expanso dos loteamentos urbanos, dentre outros.

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QUADRO SCIO-ECONMICO

A) EVOLUO DA POPULAOA constituio da populao do municpio de Caapor estruturada pelo homem branco descendente de portugueses e alemes; pelos negros da frica, que constituam os escravos; dos senhores feudais donos dos engenhos de terras do municpio; pelos ndios, primeiros habitantes destas terras, perten-centes tribo Caets, que perma-neceram aqui na regio at o sculo XVIII; mais recentemente pelo homem mestio, resultado do cruzamento dessas raas.Primeiras moradias - casas de taipa cobertas de palha.

A populao de Caapor evoluiu, acompanhando o desenvolvimento scio-poltico-econmico e cultu-

ral do Estado da Paraba. Este desenvolvimento foi ocorrendo paulatinamente, tendo-se notcia do primeiro Censo realizado por volta do ano de 1900, quando a populao contava com 800 habitantes. Caapor ainda se chamava Boca da Mata.

B) DENSIDADE DA POPU-

Primeiras moradias - casas de taipa cobertas de telhas.

LAO

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A populao hoje de 18.441 (dezoito mil e quatrocentos e quarenta e um) habitantes, com uma densidade demogrfica de 128 habitantes por km. A populao masculina de 9.287 habitantes, enquanto que a populao feminina de 9.154 habitantes. Constata-se que na distribuio da populao por sexo existe um equilbrio, com uma pequena predominncia de homens, 51%, e 49% de mulheres.GRFICO 1CAAPOR DISTRIBUIO DA POPULAO POR SEXO CENSO 20009.550 9.000 8.550 8.500 8.450 8.400 8.350 8.300 8.250 8.200 8.150 8.100 8.050 Feminino Masculino

Em relao s aglomeraes urbanas do municpio h vrios povoados e stios, porm apenas Cupissura merece destaque. Nos ltimos anos a populao urbana vem crescendo em virtude do deslocamento de pessoas do campo para a cidade, procura de melhores condies de vida. Com a evoluo da populao do municpio, podem-se observar srias modificaes apresentadas em trs dcadas, de 1970 a 2000, onde se constata um xodo rural muito grande dos habitantes do interior do municpio. A-

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tualmente, a populao urbana de 11.936 habitantes, enquanto que a rural de 6.505 habitantes.

GRFICO 2DISTRIBUIO DA POPULAO SEGUNDO A EVOLUO DAS ZONAS URBANA E RURAL.% 100 80 60 40 20 0 1950 1960 1970 1980 1990 2000

Populao rural Populao urbana Populao no registradaObs.: Nas dcada de 60, 70 e 90 no foi possvel registrara populao urbana e rural por falta de dados.

Como se verifica no Grfico 2, segundo os depoimentos dos entrevistados, a concentrao dos habitantes na zona rural, nos primrdios do municpio, deveu-se ao fato de o homem ter se fixado no interior em torno dos engenhos e dos stios, pois constituram-se nas primeiras fontes de emprego. Hoje, a concentrao inversa, a urbana predomina sobre a populao rural. Atribuise esta ocorrncia chegada de migrantes do campo e de outras cidades para fixar residncia na sede do municpio. Isto constatado pelo surgimento de vrios conjuntos residenciais nas periferias da zona urbana.

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A populao de Caapor atualmente constituda, em grande nmero, de crianas e adolescentes, na faixa etria de 0 a 19 anos. , portanto, uma populao jovem. Nestes jovens constata-se que alguns deles, a partir dos 10 anos de idade, j se engajam no trabalho rurcola para ajudar economicamente suas famlias; enquanto outras com idade entre 14 e 19 anos constituem um peso para a famlia, pois se encontram ociosos, no encontram espao para ingressar no mercado de trabalho, constituindo-se economicamente em pessoas improdutivas. As famlias pobres arcam com as despesas de alimento, vesturio e educao, o que agrava mais ainda a situao de pobreza em que vivem. Acrescente-se a esta problemtica, o grupo de pessoas idosas que tambm integram a famlia e que no contribuem para a renda familiar.

GRFICO 3CAAPOR POPULAO POR FAIXA ETRIA CENSO 2000

5.000 4.000 3.0002.279 3.436 2.212 2.291 1.529 4.488

0 a 4 anos 5 a 9 anos 10 a 19 anos 20 a 29 anos 30 a 39 anos

2.000 1.000 0

1.246

960

40 a 49 anos 50 a 59 anos 60 anos ou mais

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C) URBANIZAOOs primeiros habitantes de Caapor construram suas casas s margens da vereda, caminho dos viajantes para as praias que deu origem ao povoado, chamado de Boca da Mata, passando depois a distrito e em seguida municpio.

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Hoje, percebe-se que o ritmo da urbanizao obedeceu aquela primeira orientao, tanto que possui em sua urbanizao um carter de horizontalidade. Verifica-se que a evoluo urbana entre 1980 e 2000 apresentou um ritmo mais extenso no crescimento de sua rea urbanizada, sobretudo com a criao de conjuntos residenciais, havendo uma verdadeira segregao dos bairros da cidade, destacando-se os seguintes: a) bairros antigos compreendendo a sede do municpio, os ros residenciais centrais como: Divina Santa Cruz, Centro e Pindorama. b) bairros novos e conjuntos residenciais so assim denominados, pois somente surgiram a partir de

Bairro antigo - Divina Santa Cruz (Piquete)

1985. So eles: Con-junto Santo Antnio, Conjunto Pereiro, junto Tancredo Neves, Conjunto Mutiro, Conjunto So Pedro, Conjunto So Carlos (em Cupissura), Bairro Novo, Mangabeira, Conjunto Epitcio Pessoa, Conjunto Joo e Conjunto Nova Caapor. Neles esto presentes as populaes de classe baixa, onde a renda menor Bairro novo - Rua Arlindo Ricardo que um salrio mnimo e a classe mdia, com renda maior que um salrio mnimo. Estes dados foram levantados in loco, pelas pesquisadoras. Atravs dos dados levantados, observa-se que Caapor, em comparao com outras cidades da Paraba, cresceu num ritmo menor at a dcada de 50, chegando mesmo a apresentar sinais de estagnao, pois enquanto outras cidades paraibanas desenvolviam-se com extraordinria rapidez atravs do comrcio e da indstria, ia aos poucos perdendo lugar na concorrncia pela primazia urbana do municpio, fortalecendo um distanciamento entre suas funes polticas e econmicas. Nas trs ltimas dcadas houve uma superao de Caapor no quadro das cidades paraibanas em decorrncia da implantao de indstrias na regio, o que provocou a melhoria dos servios telefnicos, eltricos, etc., acompanha-

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da de uma poltica de industrializao que amplia seu crescimento na zona urbana. Foram implantadas as indstrias: CIPASA (Cimento Poty da Paraba), DESTILARIA TABU e CAAPOR S/A. O nosso municpio vem a cada momento tendo um aumento assustador em sua populao.

D) LAZER E FOLCLOREDe acordo com depoimentos de antigos moradores, o incio da festa mais famosa aconteceu na Fazenda Tabu, entre os dias 31 de dezembro e 01 de janeiro de 1950 (Ano Novo). Era realizada a comemorao mais tradicional do municpio de Caapor, A CORRIDA DO BOI (vaquejada), organizada pelo ento gerente da Fazenda, Sr. Otto Gurgel (Seu Guga). A corrida do boi atraa pessoas de toda a regio, inclusive aquelas que passavam o perodo de vero nas praias de Pitimbu e Aca. O forro p-de-serra animava a festa ao som do tringulo, do zabumba e da sanfona do tocador mais conhecido da regio, Sr. Armando Mariano Pereira. Com a sada do Sr. Otto Gurgel, a festa de final de ano e a corrida do boi deixaram de acontecer. Por este tempo, em Barreiras Grandes (Porto de Barreiras Grandes) nos finais de semana ocorria a apresentao da dana do CAVALOMARINHO, Uma forma de dana dramtica do ciclo do Natal, em homenagem aos Santos Reis do Oriente, o folguedo do Cavalo-marinho uma variante do Bumba-meu-Boi, com uma marcante presena de elementos do Reisado. O Cavalo-marinho sempre se apresenta no perodo do Natal, mas quando o grupo convidado para danar em outras datas, geralmente aceita. O conjunto se assemelha a do Boi-de-Reis, como tambm s suas roupas e adereos. um folguedo danado s por homens e podemos dividir os personagens em trs categorias: os Humanos, os Fantsticos e os Animais. O Bastio, Capito, Mateus e Catirina so figuras humanas. Os personagens fantsticos so os que representam figuras da nossa mitologia, como: o caboclo de Aruba, a Caipora, a Mula-sem-cabea, e os figurantes animais so: Boi, a Burra Nova e o Cavalo (CARTILHA PARAIBANA). Este grupo de dana era comandado por Manoel Miguel de Sousa (Manoel Mateus), lder comunitrio que reunia os moradores e ensaiava as danas utilizando o prprio domiclio para estas reunies. Com a sua morte, no ano de 1987, o folclore do Cavalo-marinho desapareceu porque no teve algum que o sucedesse na continuidade do grupo de danas.

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Alm do Cavalo-marinho, apresentavam-se: a CIRANDA, BABAU, COCO DE RODA, PASTORIL, BOI BUMB, CANTADORES DE VIOLA e o FORR PDE-SERRA. Todos estes grupos incentivados pelo Sr. Manoel Mateus.

Porto de Barreiras Grandes, nos anos 50, lugar de encontro para diverso.

Todos os anos, at a dcada de 1970, comemorava-se a tradicional FESTA DOS REIS, nos dias 5 e 6 de janeiro, que envolvia o sentimento religioso dos moradores. Celebravam rituais religiosos da Igreja Catlica, com a participao do proco que conclamava todos os seus habitantes a participar das atividades que incluam leiles, pastoril vindo de Goiana, quermesse e pescaria, como tambm barracas de comidas tpicas e o pavilho central que congregava em suas mesas as autoridades locais e os polticos advindos de outras regies, a cata de voto de seus fiis eleitores. Era tambm realizada a tourada que constava do seguinte: um cavaleiro corajoso ficava frente do boi, com um pano vermelho, procurando atra-lo e driblando o seu corpo da chifrada do animal, isto realizado vrias vezes. O trmino desta tourada daria com a queda do toureiro. Em seguida, j entrava outro para dar continuidade ao ato. Esta festa diferentemente das outras tradicionais existentes, estava vinculada figura do prefeito, que utilizava este evento para o seu markenting poltico.

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Constata-se que essas manifestaes culturais estavam vinculadas aos lderes da comunidade, que personalizavam muito estes acontecimentos e congregavam os grupos folclricos e organizavam tudo. Com o seu desaparecimento houve uma ruptura na continuidade do lazer e do folclore, tendo estes eventos desaparecido do cenrio local. Nos dias atuais, o lazer no municpio de Caapor constitudo de vrias opes com caractersticas bem diferentes daquelas pocas passadas, onde se percebe toda a influncia do mundo moderno transmitido pela mdia e importado de regies que no tm nada a ver com o nosso povo, costumes e cultura. Predominam reunies de moradores nas praas e bares, bailes em boates e danceterias, onde prevalece a msica funk e as danas desses ritmos, como mostra a televiso. Ainda, como lazer, inclui-se a ida s praias e aos rios da regio, com a prevalncia para os esportes nuticos. O rio Tiririca e sua cachoeira renem muitos banhistas nos finais de semana. Na rea do esporte, o futebol o mais influente na regio, praticado nas periferias e bairros locais. As equipes existentes so assumidas pelos lderes polticos no apadrinhamento e apoio financeiro, isto como uma maneira de garantir a fidelidade de seus eleitores. Destaca-se o Amrica Futebol Clube, o mais importante da regio e que participa de competies estaduais, tendo conseguido muitas vitrias. A comunidade caaporense encontra-se cristalizada nas torcidas entre os clubes Xavante, Caapor, Palmeiras e outros, proporcionando populao freqentar, aos domingos, os campos dos bairros e o Estdio Municipal.

Hoje, o folclore do municpio encontra-se limitado a quadrilhas e aos grupos de Dana, Arte e Cultura e Flor de Mandacaru, incentivados pelas escolas municipais Severina Helena e Adauto Viana. H, ainda, um grupo de dana chamado Passo a Passo, organiLazer caaporense - Praa do Colorido Praa da Vila Reunies de moradores

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Aude Passassunga - Nos finais de semana rene banhistas para a prtica da natao.

Estdio Municipal Prtica do futebol

zado pela sociedade civil e coordenado pelo Sr. Ismar Ramos, afeioado dana. Este grupo desenvolve suas coreografias em cima de temas histricos, como por exemplo: Fundao da Paraba e a morte de Joo Pessoa, espetculo produzido recentemente e apresentado em diversos locais como: quadra de esportes, escolas, praas e clubes. Merece citao o trabalho desenvolvido pelos cantadores de viola, Manuel Jos da Silva, Benedito Faustino da Silva e Joo Severino da Silva.

Folclore caaporense - limitado a quadrilhas de grupos de dana.

Grupos da dana - incentivados pelas escolas municipais.

TIPOS HUMANOS CARACTERSTICOS Em cada Regio, em cada Estado e em cada Municpio, desenvolvem-se modos de vida, trabalho, costumes, lendas, folclore que caracterizam determinados tipos humanos freqentes na localidade. Em Caapor, destacam-se diversos tipos humanos caractersticos do lugar: a) o vaqueiro um tipo humano caracterstico do municpio nas grandes e pequenas fazendas, onde a criao de gado desenvolvida; o vaqueiro um homem de pele queimada pelo sol, em decorrncia do seu trabalho, que conduzir rebanhos; usa roupa de couro, chapu, botas, gibo e luvas de couro; o cavalo seu companheiro de trabalho; a vaquejada, a tourada e a corrida ainda so promovidas, principalmente na Fazenda Retirada. b) o pescador um tipo humano caracterstico do litoral; ganha o sustento tindo de madrugada para a pesca nas mars, de onde s volta noitinha; vive em casas

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O pescador

geralmente de palha, beira da mar, nos portos Gongaari, Porto das Caixas e Porto Barreiras Grandes; o pescador usa chapu de abas longas para se proteger do sol e roupas muito simples; a canoa seu transporte; ele conduz um cantil com gua para beber e alguma comida para se alimentar enquanto pesca. c) o canavieiro o homem que trabalha nos canaviais; planta, colhe e transporta cana para os engenhos e usinas que fabricam lcool; os problemas das terras tm afastado o homem do campo para morar nos arredores da cidade grande, em pssimas condi-es de vida; grande parte dos canavieiros sai de casa antes do sol nascer: so chamados de bias-frias ou operrios do campo.

O canavieiro

d) O violeiro o homem que, ao som de sua viola, canta de improviso, faz desafios em versos, motes, emboladas e martelos agalopados, falando da vida, sofrimento e alegria do povo; anima as noites de festas dos stios; rene ao seu redor grandes grupos que vibram, aplaudem e se divertem com o cantador. Destacam-se os violeiros Manuel Jos da Silva, Benedito Faustino da Silva e Joo Severino da Silva.

E) O EXTRATIVISMOExtrativismo Atravs do extrativismo o homem se apodera dos produtos oferecidos pela natureza, dos quais tira grande proveito econmico: a) Extrativismo mineral O extrativismo mineral no municpioCIPASA - Extrativismo mineral explorao de calcrio.

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representado pelas exploraes de calcrio e argila para a cermica vermelha, empregada na fabricao de tijolos, telhas, manilhas para esgoto etc. A argila encontrada no Distrito de Cupissura, enquanto o calcrio est em quase toda a faixa litornea do municpio, principalmente na Fazenda Catol, onde serve de matria-prima para a fabricao do Cimento Poty, pertencente ao grupo econmico Votorantim.

Explorao da cermica vermelha (Cupissura) extrativismo mineral.

b) Extrativismo vegetal Desde os primrdios, o extrativismo vegetal era praticado pela Companhia Paulista, pertencente famlia dos Lundgren, de 1940/1941 at 1945. Durante o perodo da 2 guerra mundial, devido crise do petrleo, a fbrica de tecidos dos Lundgren, em Paulista, cidade do vizinho Estado de Pernambuco, usava madeira queimada. Como em Caapor existia muita mata virgem, surgiu o servio do corte de madeira, atraindo, inclusive, pessoas de outros lugares. As rvores cortadas pela Companhia Paulista eram de grande porte e de grande valor comercial - jatob, cedro, sucupira e outras. A Casa Grande de Tabu tem sua laje sustentada por enormes toras de madeira, remanescentes daquele tempo, conhecidas popularmente por dormentes. A madeira extrada da mata do aude Passassunga e Abia (Alhandra) era transportada atravs de locomotivas at o Porto de Gongaari, onde

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seguia de embarcao (rebocadores) at o Porto de Maria Farinha, em Paulista, de onde eram encaminhadas para a fbrica em pequenos caminhes. A madeira era queimada nas caldeiras, que movimentavam a fbrica. A explorao da madeira prolongou-se at o ano de 1945; nesta ocasio alastrava-se o impaludismo, que acometeu os agricultores e cortadores de madeira, rompendo o ciclo ecolgico, desequilibrou o habitat dos mosquitos causadores da doena aeds aegipty e os anofelinos, que migraram para a zona urbana, levando consigo a doena. A Companhia Paulista tinha como gerente o Sr. Augusto Sinsio Ferreira, que foi o primeiro prefeito nomeado do municpio. Alm da mata do aude Passassunga, acrescente-se a madeira dos mangues destinada fabricao de linhas, caibros e ripas, usados na coberta de casas, que eram transportados pela rodovia BR-230 at Joo Pessoa. Atualmente, na extrao vegetal, Caapor contribui com uma pequena variedade de produtos como madeira-de-lei e coco. A sua maior contribuio est concentrada na cultura da cana-de-acar, para a fabricao do lcool.

Extrativismo vegetal (coco).

c) Extrativismo animal Na o animal, a pesca a principal atividade econmica, onde muitos de seus moradores retiram o peixe e o crustceo para sua sobrevivncia, nos Portos de Gongaari e Barreiras Grandes.

Extrativismo animal (barcos de pescadores).

F) AGRICULTURAA partir de 1920, com a chegada do Sr. Guilherme Alberto Lundgreen, integrante da segunda gerao da famlia, que o mesmo ao adquirir 8 mil

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hectares de terras, que deram origem Fazenda Tabu, iniciou-se o plantio do coco, vindo a ser um dos maiores produtores no Brasil. O Sisal foi durante algum tempo o mais importante produto agrcola de exportao do municpio. Mais tarde, havendo oscilao do mercado do Sisal, houve uma retomada da cana-de-acar. A partir de 1933, os herdeiros Alberto Herman Theodoro Lundgren e Arthur Axel Lundgren mudaram a produo de coco para o cultivo da cana-deacar que, em princpio, tinha como objetivo servir como matria-prima para as usinas da regio. No ano de 1979, contando com o incentivo do Programa do Pr-lcool do Governo Federal, foi criada a Agroindustrial Tabu Ltda. A agricultura, principalmente a de subsistncia, foi substituda impie- SISAL, antes o produto agrcola dosamente pelo cultivo da cana-de-acar. Che- mais importante do municpio, gou-se ao cmulo da agresso aos moradores em hoje esquecido. suas casas, obrigando-os a abandonar suas habitaes para ceder espao ao plantio da cana-de-acar. Registre-se que a agricultura de subsistncia (feijo, milho, mandioca, batata, etc.) foi interditada e proibida no municpio e quem ousasse desafiar as ordens dos senhores feudais era ameaado de priso por transgresso ordem dada. Ainda hoje, numa leitura rpida da paisagem vegetativa do municpio, constata-se este fato. No momento, a agricultura constitui a base econmica do municpio, apesar de se encontrar em um estgio de escassez. Na colheita do coco, parte exportada para o sul do pas e outra industrializada no prprio municpio. O produto de maior importncia econmica sem dvida a cana-deacar, em sua quase totalidade transformada em lcool, na Destilaria Tabu, antiga Fazenda Tabu. At bem pouco tempo a principal produo agrcola do municpio era a mandioca, mas, em conseqncia da expanso da cana-de-acar, vrios fatores, como a falta de terras para oAgricultura atual - cana-de-acar.

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plantio, alteraram consideravelmente a produo agrcola local, tornando-se a cana-de-acar o principal produto da regio. Dentre as principais ativi-dades econmicas, destacam-se: as plantaes de inhame, milho, feijo, batata-doce, ma-mo, etc., produzidas principalmente no Stio Capim de Cheiro, para o comrcio local.

Agricultura de subsistncia e para o comrcio local (inhame).

G) A PECURIAA pecuria foi praticada inicialmente prxima ao Engenho de Acar, com a finalidade de fornecer animais de trao e alimentos populao. Com o plantio da cana-de-acar houve um deslocamento da pecuria para outros municpios. No que diz respeito produo animal, salientamos a avicultura. A produo de aves e ovos se v estimulada pelo alto custo da carne de gado. A produo, no entanto, oscilante, devido principalmente concorrncia das grandes granjas - Fazenda Retirada, Fazenda Boqueiro e Popoca dos Irineus, dentre outras.

H) A INDSTRIA44

Para que o municpio alcanasse um maior desenvolvimento scioeconmico-poltico foram implantados os rgos de infra-estrutura: CAGEPA (Companhia de gua e Esgoto da Paraba). Cuida dos problemas relativos ao abastecimento dgua e rede de esgoto. Implantada em 1975. SAELPA (Sociedade Annima de Eletrificao da Paraba). Cuida do fornecimento de energia eltrica para todo o municpio. Implantada em 1964. TELEMAR (Telecomunicao da Paraba). Antes denominada TELPA, cuida dos servios telefnicos, mantendo o municpio ligado s cidades da Paraba, aos estados e ao mundo. O Setor Industrial A atividade industrial constitui um setor fundamental no desenvolvimento econmico, pois ao transformar matrias-primas em produtos manufaturados, destinados a outras indstrias ou ao consumidor, as fbricas geram empregos, elevam a renda e movimentam os transportes e o comrcio de uma regio. Antigamente, Caapor encontrava na lavoura seu principal suporte econmico, advinda da agricultura de subsistncia. Organizados em uma economia comunitria, os habitantes cultivavam a mandioca, o milho, o feijo, o inhame e praticavam a pesca e a coleta. Para tanto, a terra era mais do que o celeiro natural, era a prpria razo de existncia da comunidade. As indstrias limitavam-se a pequenas manufaturas existentes principalmente nos engenhos e nas fazendas de criao de gado, assim feita pelos escravos mais hbeis (carpinteiros, ferreiros, etc.) ou pelas mulheres (fiadoras, tecels, costureiras, etc.). Existiam tambm olarias para a fabricao de telhas (no eram feitos tijolos porque as casas eram de taipa). No incio, o engenho era apenas a fbrica onde era produzido o acar. Depois, a palavra engenho passou a ser usada significando toda a propriedade, desde as terras cultivadas, at as instalaes em que se produzia o acar. Essas instalaes eram a moenda (onde se moia a calda para tirar o caldo), a caldeira (onde o caldo era fervido para livrar-se das impurezas e engrossar) e a casa de purgar (onde o acar acabava de ser purificado). Na poca da colheita, a cana era cortada, carregada em carros-de-boi e transportada para a moenda, onde era esmagada. A moenda era a trao animal (boi). Era composta de grossos rolos de madeira que giravam, esmagando a cana, que era

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colocada entre eles. O caldo era levado para a caldeira, onde fervia at ficar bem grosso, como uma pasta. Essa pasta era transferida para a casa de purgar em formas de barros com o formato aproximado de um cone, com um buraco no fundo. Nas formas, descansava por vrios dias, at que quase todo o lquido escorresse pelo furo. O acar tomava ento um aspecto de um po seco e duro. Os pes de acar eram refinados e passados aos consumidores. Alm da cana-de-acar outros produtos eram cultivados, como o agave, a mandioca, que passavam por semelhante processo de produo bastante rudimentar. As primeiras indstrias de Caapor foram as Casas de Farinha, de propriedade das Srs Augusto Sinsio Ferreira, que eram instaladas em Oiteiro do Amparo, Andreza, Cajueirinho, Tariri e Pindorama; Francisco Veloso de Assis (Quinha Veloso), instalada na Mata da Laranjeira; Gerson Macedo, insta-lada em stio de sua propriedade; Manoel de Euclidas, em Ana Lopes; Liberato, em Capim de Primeira indstria - Casas de Farinha de mandioca. Cheiro de Baixo; Zacarias, na rua Elias Batista, at hoje em funcionamento, e outras. Na dcada de 40, as Casas de Farinha empregavam grande quantidade de pessoas, na fabricao da fari-nha-de-mandioca, tornando-se assim uma das principais fontes de renda para a populao. Essa farinha era vendida ou comercializada em Joo Pessoa nos finais de semana sendo transportada em caminhes prprios. Em Cupissura acontecia a fabricao do azeite de dend, produzido em grandes quantidades e comercializados nas cidades de Goiana-PE e Joo Pessoa-PB. Atualmente, o setor industrial em Caapor composto por indstrias de pequeno e grande porte, em franco desenvolvimento, graas ao investimento de avultados recursos financeiros, pois uma atividade econmica de alto custo. O nosso municpio conta com as seguintes indstrias:

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CIPASA Cimento Poty da Paraba S/AHISTRICO. A Fazenda Catol (local onde hoje est implantada a CIPASA), era de propriedade da famlia Prestrello, advindas do Estado vizinho Pernambuco, que assumiu a propriedade como herdeiros dos seus ancestrais. A famlia era composta pelo casal Manuel Prestrello Sobrinho e Francisca Tavares Prestrello, cujos filhos so: Grinaldo, Albiejon, Nilton, Lcia, Lgia, Irailde e Edson Tavares Prestrello, futuros herdeiros naturais da Fazenda Catol.

No ano de 1982, j falecidos, o Sr. Manuel e a Sr Francisca, os herdeiros resolveram vender a Fazenda Catol, pois eram sabedores da mina de calcrio que existia no local, e que havia grupos econmicos poderosos interessados na terra, reconhecida e valorizada. Foi vendida ao Grupo Votorantim, que iniciou a implantao da mais moderna indstria de cimento da Amrica Latina CIPASA. Esta deciso de venda provocou entre os herdeiros desavenas e constrangimentos, haja vista a discordncia do Dr. Edson Tavares Prestrello em no vend-la, que permaneceu na terra at o ano de 1987. No entanto, com a implantao crescente da fbrica que comeou a perturbar a quietude do lugar, com as constantes exploses de dinamite e a poeira resultante dos resduos fabris do cimento, tornando insuportvel a convivncia humana nesse local, o Dr. Edson finalmente teve que ceder presso do grupo econmico e finalmente retirou-se da fazenda. Foi transferido com todos os nus pagos pela CIPASA para um local chamado Garapu, pertencente ao municpio de Alhandra, onde permanece at hoje. CIPASA Cimento Poty da Paraba S/A, fundada em 1988, pertencente ao Grupo Votoratim, o maior do pas, com fbricas instaladas no Norte e Nordeste. Seu parque industrial dista 65 km de Joo Pessoa e 90km do Recife-PE, ocupando uma rea de 290ha. Para ns caaporenses, um privilgio contarmos com uma dessas fbricas, que contribui, de maneira expressiva, para o desenvolvimento econmico da cidade, alm de fornecer empregos para pessoas daqui e de cidades vizinhas. A CIPASA possui sistema de automao dos mais modernos da Amrica Latina, tendo equipamentos sofisticadssimos, provenientes da Sua, Alemanha, Dinamarca, etc. Essa indstria transforma minrios no-metlicos, como o calcrio, que a principal matria-prima utilizada, est localizada numa rea onde o calcrio atinge 60m de profundidade abaixo do nvel do mar, com uma extenso de aproximadamente 6km. A CIPASA funciona diariamente, produzindo sacos de cimento do tipo CPII-F-32 e, mais recentemente, a ar-

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gamassa. Estes produtos so vendidos nos estados da Paraba e de Pernambuco. A explorao da jazida, considerando que a cada dez anos duplique a produo atual, est prevista para 50 anos. Atravs de investimentos em equipamentos de ltima tecnologia e mo-de-obra especializada, a CIPASA visa o aumento da produtividade e qualidade de seu produto. A CIPASA oferece a seus funcionrios cursos e treinamentos de qualificao, alm de assistncia mdica e dentria, restaurante, transporte, rea de lazer e outros. Geralmente a produo de cimento constitui elevado potencial poluidor, o que no acontece aqui, porque a CIPASA possui eletrofiltros cuja funo impedir a poluio, preservando, assim, o meio-ambiente e zelando, ao mesmo tempo, pela sade de seus funcionrios, em obedincia s normas de segurana, pois a empresa est empenhada em repassar todas as tcnicas, a fim de se evitar acidentes no trabalho.

CIPASA - Cimento Poty da Paraba S/A.

Em todo o seu perodo de funcionamento a CIPASA recebeu vrios prmios e homenagens, dentre as quais podemos citar:

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SUDEMA Superintendncia e Administrao do Meio Ambiente1991 Certificado DE BEM COM A NATUREZA 1993 Prmio DE BEM COM A NATUREZA 1995 Prmio DE BEM COM NATUREZA

ESCOLA TCNICA FEDERAL DA PARABA1993 Prmio PARCERIA em reconhecimento contribuio do Ensino Tcnico no Estado da Paraba.

IMIC Instituto Miguel Calmon de Estudos Sociais e Econmicos1991 Melhor Empresa em crescimento da Receita no Estado da Paraba. 1992 Melhor Empresa do Setor de Produo de Minerais no-metlicos do Estado da Paraba. 1995 Melhor Empresa do Setor de Produo de Minerais no-metlicos do Nordeste.

FUNDAO DEMCRITO ROCHA1991 Prmio DESEMPENHO NORDESTE

SECRETARIA DE FINANAS DO ESTADO DA PARABA Maiores Contribuintes do ICMS1989 1990 1991 1992 1993 1994 14 lugar 12 lugar 9 lugar 15 lugar 17 lugar 27 lugar

TRADE LEADERS CLUB Espanha1995 Trofu de Ouro da Melhor Imagem e Marca.

AGROINDUSTRIAL TABU LTDA DESTILARIA TABU De propriedade do Sr. Acre Frederico Lundgren, tem como gerente-geral, o Dr. Slvio Antunes e os Drs. Jos Roberto Resende Pereira e Geraldino Manuel da Silva, na parte Qumica e o Dr. Luciano Jorge Filho, na gerncia do campo. A Agroindustrial Tabu Ltda foi fundada em 1979 e inaugurada com a primeira safra no perodo de 1979/1980, quando produziu 12 milhes de litros

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de lcool. Devido ao alto padro de qualidade do seu produto iniciou, imediatamente, suas primeiras operaes de exportao. Localizada na Fazenda Tabu, essa indstria produz o lcool para fins carburante e industrial, como os do tipo neutro e extra-neutro. Estes produtos so transportados para todo o Brasil, como tambm para o exterior (continente europeu, americano, africano e asitico). O lcool do tipo neutro comeou a ser produzido em 1985, sendo destinado para setores de bebida e higiene pessoal, 20% de sua produo consumida no Brasil e 80% exportada para o exterior. O lcool do tipo extra-neutro destinado ao setor frmaco-qumico.

Agroindustrial Tabu Ltda Destilaria Tabu.

A Destilaria Tabu dispe de cerca de 8 mil hectares de terras, destes, 2 mil so para suas instalaes industriais e 6 mil so utilizadas para o plantio de sua principal matria-prima, a cana-de-acar, que oferece cerca de 70 toneladas por hectare e 420.000 toneladas num perodo de 6 a 7 meses, o que produz em mdia 620.000 hectolitros de lcool por safra. A Tabu possui uma capacidade de tancagem de 340.000 hectolitros de lcool. Essa indstria emprega, na poca da safra, aproximadamente 350 pessoas na rea industrial, cuja remunerao varia muito de acordo com a funo de cada empregado.

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No campo, emprega aproximadamente 1.300 pessoas. Ao trabalhador pago o salrio canavieiro, mais a produtividade. Estes trabalhadores tm assistncia mdica total e cursos profissionalizantes. A indstria possui preveno contra a poluio, que incorporada vinhaa, da diminuindo a compra de fertilizante. Todo o lquido poluente jogado nessa vinhaa para a adubao da cana-de-acar. INDSTRIA ALIMENTCIA CAAPOR S/A Faz parte do grupo de indstrias que contribuem para o desenvolvimento da cidade. De propriedade do Sr. Milton Coatti, a Caapor S/A, devido a fatores econmicos, continua sendo ainda uma indstria de pequeno porte. Fundada em 1975, esta empresa, como a maioria delas, vem atra-vessando perodos dif-ceis devido a grande recesso que enfrenta o pas. A comear pela escassez de sua principal matria-prima (o coco) que antes era fornecida em grande quantidade pelo prprio municpio, o que hoje no acontece mais devido produo municipal ser insignifiIndstria Alimentcia Caapor S/A cante, precisando assim transport-lo de outras cidades e estados, como o caso de Lucena, cidade paraibana, maior fornecedora da matria-prima empregada nessa indstria. Alm de fornecer os subprodutos do coco (coco ralado, o leite do coco, etc.) para o municpio, a empresa fornece, tambm, para os estados vizinhos e para o sul do Brasil. A Caapor S/A desenvolve suas atividades diariamente, fornecendo emprego para aproximadamente 100 funcionrios, em sua maioria habitantes locais.

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O MUNICPIO E A MICRO-EMPRESA Localizada no Distrito de Cupissura, a Olaria de propriedade do Sr. Jos Hildo da Silva Bezerra (Deinha), funciona como uma micro-empresa, fabricando potes, jarros, fogareiros, quartinhas, filtros, entre outros. A micro-empresa luta para continuar existindo, enfrentando srias dificuldades. A falta de capital o principal fator do empobrecimento da olaria. O Sr. Jos Hildo Bezerra no possui recursos para investir em sua pequena fbrica. Falta-lhe de tudo, desde mquina at a aquisio de matria-prima, que apesar de ser adquirida no prprio distrito, est com preo muito elevado. Com tantos problemas, a micro-empresa est sem empregados, conta apenas com 3 ou 4 auxiliares. Mesmo assim, funciona diariamente, chegando a produzir, por semana, de 500 a 600 peas de cermica, no torno, e 100 a 120 peas manualmente. O trabalho todo manual, uma obra artesanal muito bem trabalhada, que se limita fabricao de panelas, potes, fogareiros, jarras, caqueras, filtros, etc. Esses produtos so vendidos dentro do municpio, nas cidades vizinhas e em outros Estados. Como se sabe, existem muitos micro-empresrios que enfrentam dificuldades decorrentes do grave problema econmico que o Brasil atravessa.

Micro-empresa - Olaria do Sr. Jos Hildo Bezerra, localizada no Distrito de Cupissura.

Sr. Jos Hildo Bezerra concluindo uma pea artesanal.

Portanto, cabe salientar que preciso que as autoridades polticas municipais se interessem pelo assunto, uma vez que um problema, tambm, de todos os caaporenses, j que faz parte da nossa cultura e para ergu-la que estamos trabalhando.

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ASSOCIAO DOS PEQUENOS PRODUTORES DE MATERIAL DE LIMPEZA DE CAAPOR APLIC Numa iniciativa da Associao dos Pequenos Produtores de Material de Limpeza de Caapor APLIC, com o apoio do SEBRAE, Universidade Federal da Paraba e Prefeitura, implantou-se a fabricao de material de

APPLIC

Produo de material de limpeza.

limpeza - detergentes, desinfetantes, gua sanitria, polidor de alumnio, amaciante, cera lquida, sabonete lquido e cremoso e lcool perfumado. A APLIC foi fundada em 27 de novembro de 2001 e registrada em 28 de janeiro de 2002. Tem como presidente a Sr. Terezinha Alves dos S. Ferreira e em-

prega nove pessoas. INDSTRIA E COMRCIO DE ELEMENTOS NATURAIS LTDA Outra atividade que vem sendo incrementada no municpio a aqicultura, na regio do Porto de Gongaari, que uma regio de restinga e manguezal. Em 2001, parte da regio de restinga foi desmatada e, em novembro de 2002 foram construdos, em uma rea de 9,00 ha, os viveiros de gua salgada para a criao de camares. A iniciativa de tal empreendimento foi do empresrio Paulo Brito, que j atuava na regio h vinte anos, como produtor de mamo. Em fevereiro de 2003, o viveiro apresentou uma produo de 60 toneladas.

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Escritrio do viveiro

rea do viveiro de camaro. Vista parcial.

I) COMRCIONa histria do municpio de Caapor um dos primeiros produtos comercializados foi a madeira, ora era retirada da mata (chamada madeira nobre: jatob, sucupira, ing, cedro e outras), ora advinda do manguezal, menos valiosa, que servia para caibros, ripas e linhas utilizadas na construo civil. Na dcada de 40, esta madeira era comercializada atravs dos portos do municpio, que permitiam ancorar embarcaes que faziam o transporte at Joo Pessoa e o estado vizinho de Pernambuco. A farinha de mandioca, produzida na ilha de Cajueirinho e em Tariri, tambm era transportada obedecendo ao mesmo trajeto da madeira. Outros centros comerciais de importncia eram os de Pindorama e Piranga, onde eram realizadas grandes feiras livres. Atualmente, o comrcio desenvolve-se de maneira diferente interna e externamente. a) comrcio interno realizado na jurisdio do municpio ou entre os municpios vizinhos, congregando os produtos agrcolas locais, provenientes da chamada lavoura temporria: cana-de-acar, mandioca, macaxeira, batata-doce, feijo, milho, abacaxi, inhame e os da lavoura permanente: coco-dabaa, manga, abacate, banana, mamo e acerola. Alm desses produtos j mencionados, destacam-se os decorrentes de pequenas lavouras e da plantao de verduras para consumo domstico: coentro, alface, cebolinha, tomate, pimento, quiabo, maxixe, jerimum e outras. b) comrcio externo relativo queles produtos do municpio que so exportados, e os importados de outras cidades ou estados. Predominam as atividades do comrcio interno, mediante a comercializao do feijo, coco, inhame, mamo, lcool, calcrio e outros. O comrcio externo realizado na maior parte com o vizinho estado de Pernambuco, atravs de Goiana, Recife, Caruaru e Santa Cruz do Capibaribe, vindo em seguida, a cidade de Joo Pessoa. Dentre os produtos adquiridos fora da cidade predominam: calados, vesturios, mveis e alimentos enlata-

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dos. H, no municpio, vrias lojas que comercializam estes produtos, todavia, de acordo com os depoimentos colhidos, percebe-se que os moradores, em sua maioria, preferem compr-los fora, alegando que em outros centros mais avanados do comrcio, encontram mais facilidade de pagamento e aquisio de crdito, alm da variedade e qualidade do material (sic). As feiras livres so realizadas uma vez por semana, aos domingos, das 05:00 horas da manh s 14:00 horas da tarde, onde so vendidos produtos locais ou advindos da circunvizinhana.

FEIRA LIVRE

J) TRANSPORTE E COMUNICAO TRANSPORTES Nos primrdios da cidade o transporte era feito atravs de animais de trao como: o boi, o cavalo e o burro, que transportavam os produtos agrcolas, como tambm as pessoas para outros locais. Outro tipo de transporte utilizado poca foi o martimo, como: canoas, barcos vela e os botes, os quais so utilizados at hoje para pesca. Este tipo de transporte teve muita importncia, uma vez que se constitua no principal transporte da prin-cipal fonte de renda da poca, a madeira e a farinha de mandioca. Os

Porto de Barreiras Grandes

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principais portos existentes eram Gongaari, Barreiras Grandes e Porto das Caixas. Estes portos, para o comrcio, no so mais utilizados, encontram-se desativados para tal atividade, servindo atualmente de ancoradores para os barcos dos pescadores. As primeiras estradas eram denominadas veredas ou caminhos, que davam passagem aos viajantes com destino s praias de Pitimb e Aca. Com o passar do tempo, as veredas cederam lugar s estradas asfaltadas, o que contribuiu para melhorar o acesso ao nosso municpio, que atualmente pode ser realizado pela Rodovia PB-44, em conexo direta com a Rodovia Federal BR101, especificamente na divisa com o Estado de Pernambuco, que acessa Joo Pessoa ao Norte e Goiana e Recife, ao sul, e tambm por Alhandra, atravs da PB-034. Registre-se que, para a construo da Rodovia PB-44, foi derrubada uma das rvores centenrias da Mata Atlntica, conhecida popularmente como manguba, que servia de guia para os moradores da cidade e tambm para os navegantes em alto mar, constituindo-se assim, num crime ecolgico. No havia necessidade de sua derrubada, pois a mesma no chegou a interferir no trajeto da rodovia e, mesmo se interferisse, no havia motivo para tal crime, bastava simplesmente desviar o percurso da PB-44. O transporte rodovirio desenvolveu-se muito em nossa cidade. Esse processo vem se verificando dentro da prpria cidade, com o aumento do fluxo de veculos, como: carros particulares, caminhes de cargas devido s indstrias localizadas no municpio, kombis e nibus de duas empresas que realizam o transporte de passageiros, partindo de Joo Pessoa e tambm de Goiana-PE, estes com destino cidade de Pitimbu-PB. COMUNICAO De sua emancipao at hoje houve um grande progresso nos setores da educao, sade, economia, etc. Com os meios de comunicao de que dispe, as notcias chegam no momento em que os fatos esto acontecendo. A informao transmitida aos caaporenses: a) Televiso a televiso considerada o veculo de comunicao mais eficiente. Atravs dos aparelhos de televiso chegam s casas informaes do mundo inteiro em forma de mensagens, noticirios, filmes, desenhos animados, etc. Sintonizam-se as emissoras da Rede Globo, SBT, Record, Bandeirantes, Rede TV, TV Cultura e outras.

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b) Rdio mais antigo que a televiso utilizado pela maioria da populao. Alcana pontos distantes da zona rural, sendo captadas as AM e FM dos municpios vizinhos. c) Telefone constitui-se num moderno e importantssimo meio de comunicao, principalmente de pessoa para pessoa, isto , servindo para trato dos interesses da comunicao pessoal. O servio telefnico prestado atravs da operadora TELEMAR NORTE LESTE S/A. A operadora do sistema telefnico mantm uma permanente ligao com os demais municpios e estados. Os servios de telefonia celular so prestados pelas operadoras BCP, TIM e outras. d) Correios e Telgrafos o movimento de cartas, telegramas, encomendas, vales postais e reembolso executado pela ECT (Empresa de Correios e Telgrafos), atravs de uma s agncia para atender aos usurios.

L) EDUCAO E SADE EDUCAO a) Breve Histrico De 1930 a 1940, a educao desenvolvia-se de forma elementar, resumida apenas ao ensinamento das letras, ler e fazer o nome para poder votar na eleio e, na matemtica, rea-lizar as quatro operaes. Isto era desenvolvido nas residncias de pessoas que no eram professores forma-dos, mas detinham um conheDesfile de 1969 - dia 7 de Setembro A principal rua da sede do municpio de Salomo Veloso.

cimento bsico e se propunham

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a transmiti-lo a ou-tras pessoas. Esta atividade era exercida por voluntrios, sem que fossem remunerados. No existiam escolas. O ensi-no era ministrado informalmente.

Desfile do Sesquicentenrio Caapor, 07/09/1972

Em 1943, surgiu como primeira professora, Etelvina Mariano de Oliveira, contratada pelo Estado, e que comeou a ensinar do 1 ao 4 ano, como assim se chamava. A primeira escola funcionou em uma igreja (construda de taipa pelos moradores), que atendia aos alunos pela manh e tarde; noite, aos cultos religiosos. Esta situao perdurou por dois anos. Depois foi construda a Igreja Matriz da cidade, em alvenaria, pelos seus primeiros alunos, Zzina Lima da Silva, Maria Jos Ferreira, Incio Ferreira Monteiro, Francisco Veloso de Assis, Diciula Ferreira Monteiro, Juvenita Ferreira Monteiro, entre outros, juntamente com a professora. A primeira tentativa de organizao escolar surgiu na dcada de 50, sob a denominao de Escolas Reunidas de Caapor, que se constitua de vrios imveis, onde a dona de casa se propunha a ensinar, sendo paga pelo municpio a que a vila pertencia. No primeiro momento, a Cruz do Esprito Santo e, depois, a Pedras de Fogo. O Sr. Horcio, em seu depoimento, localizando as pequenas escolas, aponta as das seguintes localidades, denominadas com o mesmo nome: Escola de Catol, Escola de Tabu, Escola de Barreiras Grandes. O processo de ensino e aprendizagem era desenvolvido atravs do domnio das letras e dos nmeros, no havendo sistema de avaliao de testes e provas. A apropriao do saber aprendizagem, era dado pelo livro (cartilha) adotado para cada ano, correspondente ao nvel de ensino. O ensino ministrado era considerado eficiente e eficaz pelas pessoas que prestaram seu depoimento. Havia normas rgidas e disciplinares, como exemplo: a sada e entrada do aluno em sala de aula era controlado por uma pedra seixo. O aluno ao se afastar para uma necessidade levava a pedra que ficava depositada na banca da professora e ao voltar a devolvia. Era utilizado tambm o castigo de joelhos em cima de caroos de milho, durante o tempo determinado pela professora. Isto em decorrncia de ter feito alguma coisa considerada errada, segundo seu entendimento, que ia desde errar a lio, tarefa passada pela

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professora, at a indisciplina transparente no comportamento dos alunos, como por exemplo: conversar em classe durante a aula. A primeira escola de Caapor, com prdio prprio, surgiu em 1949, Escola Estadual Alberto Lundgren, que ministrava o ensino de 1 a 4 srie, com professores contratados pelo Estado, edificada em um terreno cedido pelo dono da terra, Alberto Ludgren, latifundirio da Fazenda Tabu. Da o nome da escola, que permanece at hoje. Com a emancipao de Caapor em 1964, o prefeito Francisco Veloso de Assis construiu em terreno do antigo cemitrio municipal a Escola Municipal Adauto Viana, nome de poltico notrio que chegou a ser vice-prefeito de Cruz do Esprito Santo (municpio a que Caapor pertencera) por influncia de amigos importantes e ricos, que nesse tempo utilizavam as pessoas de sua confiana para apropriao do poder e massa de manobra de seus grupos econmicos, com o fim de sustentar e assegurar os seus interesses. Com o evoluir do tempo foram construdas novas escolas, com o nome de pessoas que exerceram influncia nos setores econmicos, culturais e polticos, isso como forma de homenagear e reconhecer o mrito dos cidados caaporenses que conseguiram destaque naquelas reas. A Secretaria de Educao e Cultura do Municpio foi ocupada pelos seguintes titulares: - MARIA DO CARMO RODRIGUES, na gesto de Francisco Veloso de Assis (1965-1968). - SEVERINA HELENA DOS SANTOS VELOSO, no governo de Severino Correia Veloso (1969-1972); de Amaro Jos dos Santos (1973-1976) e de Jos Pereira Filho (1977-1982) e MANUEL ANTNIO DOS SANTOS (1983 a 1986). - VNIA NAZRIO DE OLIVEIRA, na administrao de Manuel Antnio dos Santos (1986-1988). - CARLIETE TRAJANO DOS SANTOS VIANA, no primeiro mandato de Joo Batista Soares (1989-1992). - ELISABETH FINIZOLA RAMALHO , no perodo do Prefeito Carlos Alberto da Silva (1993-1995). - CLEIDE ALVES BONFIM, no ltimo ano da gesto de Carlos Alberto da Silva (1996).

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E, atualmente, CARLIETE TRAJANO DOS SANTOS VIANA, nos dois mandatos do Prefeito Joo Batista Soares (1997-2004). b) A Educao Hoje

SECRETARIA DE EDUCAO MUNICIPAL

O s destinos da educao e da cultura de Caapor esto entregues Prof. Carliete Trajano dos Santos Viana desde 1997. O municpio possui trs (3) escolas estaduais, dezessete (17) escolas e trs (3) creches no mbito municipal, com uma populao estudantil de 6.416 alunos, 225 professores, 616 funcionrios, que do apoio logstico e administrativo rede escolar. O fluxograma e os demonstrativos da situao atual da educao so apresentados a seguir.

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CONSELHOS ESCOLARES

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAAPOR

CONSELHO MUNICIPAL DE ACOMPANHAMENTO E CONTROLE SOCIAL DO FUNDO DE MANUTENO E DESENVOLVIMENTO DO ENSINO FUNDAMENTAL E VALORIZAO DO MAGISTRIO FUNDEFE

CONSELHO DE ALIMENTAO ESCOLAR CAE

SECRETARIA DE EDUCAO E CULTURA

CONSELHO DE CONTROLE SOCIAL BOLSA ESCOLA

Diretoria de Pedagogia

Diretoria de Assistncia ao Educando

Diretoria de Cultura

Diretoria de Educao Fsica

Diretoria de Educao

Diviso de Superviso Escolar Diviso de Orientao Escolar Diviso de Recursos Auxiliares Diviso de Direo Escolar Mercantis

Diviso de Apoio ao Estudante Diviso de Assistncia Mdico-Odontolgica

Diviso de Arte e Cultura

Diviso de Educao Fsica Escolar Diviso de Apoio ao Desporto Escolar e Comunitrio

Diviso de Orientao Profissional Diviso de Ensino Mdio Diviso de Ens. Fundamental Diviso de Educao Infantil

Diviso de Bibliotecas

Inspetoria Tcnica de Ensino

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QUADRO I DEMONSTRATIVO DA MATRCULA INICIAL DAS ESCOLAS MUNICIPAIS, DE ACORDO COM O CENSO 2003.TOTAL DO ENS. FUNDADAMENTAL 1.097 59 52 17 247 112 210 11 225 52 56 29 650 80 23 560 1.580 ---5.060 S u pl etivo EJA 70 -------------------70 S al a E s p. PrEscolar ENSINO MDIO 1 2 3 TOTAL DO ENSINO MDIO 565 -------------------565 TOTAL GERAL/ MATRC. IN IC IAL 1.811 89 67 23 305 161 260 14 275 74 56 38 677 97 31 627 1.720 56 19 16 6.416

NOME DAS ESCOLAS

1

2

3

4

5

6

7

8

Esc. Mul. de Ens. Fund. e M. Adauto Viana Escola Municipal Arlete Alves Escola Municipal Antonio Galdino Escola Municipal Antonio Barbosa Escola Municipal Antonio Veloso Escola Municipal Enas Possidnio Escola Municipal Epitcio Pessoa Escola Municipal Clara Alexandre Escola Municipal Hermelcia Coelho Escola Municipal Jos Maria Bandeira Escola Municipal Muitos Rios Escola Municipal Maria Holanda Escola Municipal Maria Emlia Valena Escola Municipal Maria do Carmo Escola Municipal Otto Gurgel Escola Municipal Prof Rita Arajo Escola Mun. De 1 Grau Severina Helena Creche Municipal Leonila Alves Creche Municipal Me Dom Creche Municipal Muitos Rios TOTAL GERAL

200 17 14 8 87 22 68 3 63 13 21 9 31 20 3 112 136 ---827

78 18 13 1 78 29 44 2 57 7 11 14 58 22 7 93 150 ---682

111 13 12 4 45 33 58 3 68 17 11 6 53 19 7 87 149 ---696

71 11 13 4 37 28 40 3 37 15 13 -84 19 6 77 204 ---662

197 -----------160 --59 406 ---822

186 -----------130 --49 236 ---601

141 -----------78 --41 190 ---450

113 -----------56 --42 109 ---320

----------------41 ---41

79 30 15 6 58 49 50 3 50 22 -9 27 17 8 67 99 56 19 16 680

249 -------------------249

186 -------------------186

130 -------------------130

EDUCAO INFANTIL Creche Leonila Alves Creche Me Dom Creche Muitos Rios TOTAL GERAL

CRECHES 56 18 7 81

PR 56 19 16 91

TOTAL 112 37 23 172

RESUMO 1 a 4 Srie : 2.867 Pr-Escolar : 680 5 a 8 Srie : 2.193 Sala Especial : 41 Supletivo : 70 Ens. Mdio : 565 TOTAL DO ENSINO FUNDAMENTAL : 5.060 TOTAL GERAL : 6.416

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QUADRO II DEMONSTRATIVO SEGUNDO A LOCALIDADE, TURNO DE FUNCIONAMENTO, NVEL DE ENSINO E VNCULO ADMINISTRATIVO.NOME DA ESCOLA LOCALIDADEZona Urbana Zona Rural M

TURNOST N

VNCULO ADMINISTRATIVOMul. Estadual PrEscolar

NVEL DE ENSINO1 Fase 2 Fase 2 Grau

E. Est. de Ens. Fund. Alberto LudgrenE. M. de Ens. Fund. e Mdio Adauto Viana

06

Esc. Mul. Com. de Muitos Rios Esc. Mul. Maria do Carmo Rodrigues Esc. Mul. Otto Gurgel Esc. Mul. Maria Holanda Esc. Mul. Clara Alexandre Esc. Mul. Arlete Alves Esc. Mul. Antonio B. Lima Esc. Mul. Antonio Galdino Esc. Mul. Jos Maria Bandeira Esc. Mul. Antonio Veloso Esc. Mul. Enas Possidnio Esc. Mul. Severina Helena dos S. Veloso Esc. Mul. Hermelcia Coelho Esc. Mul. Maria Emlia Valena Esc. Est. de Ens. Fund. Joo L. Machado Esc. Mul. Professora Rita Arajo Esc. Est. de Ens. Fund. e Mdio Prof Auricelha Maria Costa* Escola Mul. Epitcio Pessoa TOTAL

- 18

- 19

- 11

- 19

- 19

--

--

14

17

03

04

01

*

Esta Escola ir funcionar no ano de 2004.

63

SNTESE CENSO ESCOLAR 2003N de Alunos matriculados 1.811 627 1.720 260 67 74 89 97 275 677 56 14 305 38 161 31 23 56 19 16 6.416 N de Professores em Exerccio 61 17 55 10 2 3 5 3 9 24 3 1 7 2 6 2 2 8 3 2 225 Salas de Aulas 15 6 19 5 1 2 4 2 4 9 2 1 2 1 4 2 1 3 2 1 86 Salas de Aulas Provisrias 5 2 1 8 N de Turno N/ Turma 52 18 51 11 3 4 5 5 10 22 3 1 9 2 8 2 2 2 1 1 212 M X X X X X X X X X X X -X X X X X X X X T X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X N X X X X --X X X X X -X -X -----N/ Servidores 126 35 118 37 8 10 18 14 30 69 9 3 31 5 15 18 6 40 16 8 616 Escolas c/ Acelerao X X X X ---X X X --X -X ------

NOME DAS ESCOLAS Escola Municipal Adauto Viana Escola Municipal Rita Arajo Escola Municipal Severina Helena Escola Municipal Epitcio Pessoa Escola Municipal Antonio Galdino Escola Municipal Jos Maria Bandeira Escola Municipal Arlete Alves Escola Municipal Maria do Carmo Escola Municipal Hermelcia Coelho Escola Municipal Maria Emlia Valena Escola Municipal Muitos Rios Escola Municipal Clara A. de Lima Escola Municipal Antonio Veloso Escola Municipal Maria Holanda Escola Municipal Enas P. Borges Escola Municipal Otto Gurgel Escola Municipal Antonio B. de Lima Cheche Leonila Alves Creche Municipal Me Dom Creche Municipal Muitos Rios TOTAL GERAL

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QUADRO III DEMONSTRATIVO DOS PROFESSORES EM SALA DE AULA POR GRAU DE FORMAO / 2003NOME DAS ESCOLAS NOME DAS ESCOLAS Esc. Mun. de Ens. Fund. e Mdio Adauto Viana Escola Mun. Arlete Alves Escola Mun. Antonio Galdino Escola Mun. Antonio Barbosa Escola Mun. Antonio Veloso Escola M. Enas Possidnio Esc. Mun. Epitcio Pessoa Escola Mun. Clara Alexandre Esc. Mun. Hermelcia Coelho Esc. Mun. Jos M Bandeira Esc. Mun. Muitos Rios Escola Mun. Maria Holanda Esc. Mun. M Emlia Valena Escola Mun. Maria do Carmo Escola Mun. Otto Gurgel Esc. Mun. Prof Rita ArajoE. M. de 1 G. Severina Helena

MAGIISTRIIO MAG S TR O 14 3 2 2 6 4 8 -5 3 2 2 2 2 1 11 16 6 3 2 94 94

LIICENCIIATURA L C ENC A TURA COMPLETA COMPLETA 46 2 --1 1 2 -4 -1 -22 -1 6 37 2 --125 125

OUTRAS OUTRAS FORMAO FORMAO 1 ----1 -------1 --2 ---5 5

FUNDAMENTAL FUNDAMENTAL -------1 ------------1 1

TOTAL TOTAL GERAL GERAL 61 5 2 2 7 6 10 1 9 3 3 2 24 2 2 17 55 8 3 2 225 225

Creche Mun. Leonila Alves Creche Mun. Me Dom Creche Mun. Muitos Rios TOTAL GERAL TOTAL GERAL

65

A partir do ano de 1997 adotou-se uma poltica estratgica de aes orientadas por um Projeto Poltico-Pedaggico, baseado em diagnstico educacional que serviu de subsdios para traar o PLANO DE AO correspondente a quatro anos, tendo sido reelaborado e avaliado no ano de 2000 e traado novo plano para o quadrinio 2001-2004. O sistema educacional de Caapor conta com uma proposta pedaggica que orienta didaticamente as instituies escolares, fundamentada na teoria construtivista de Vigotsky. Muitos projetos foram elaborados e realizados, como: Projeto Poltico-Pedaggico Ensino Municipal em Caapor Anlise Qualitativa Abril, 1997. Projeto Poltico-Pedaggico de Interveno Evaso Escolar 1998. Proposta Pedaggica para o Sistema de Ensino Municipal de Caapor/PB Julho/1998. Projeto Poltico-Pedaggico Ensino Municipal de Caapor Anlise Qualitativa Aes Estratgicas para o Quadrinio 2001-2004. Dezembro/2000. Projeto de Formao da Orquestra Sinfnica do Municpio de Caapor/PB Julho/2001. Projeto de Formao Continuada dos PCNs em Ao - Educao Infantil / Caapor/PB Maro/2001. Projeto de Implantao de Salas de Leituras nas Escolas Municipais Abril/2001. Projeto do Ensino Supletivo no Municpio de Caapor/PB - Julho/2003. Projeto A Escola Incentivando a Profissionalizao 2003. Vigilante da Evaso Escolar 2003. A Secretaria de Educao desenvolve vrios projetos para incrementar e aperfeioar a rede de ensino, como tambm melhorar a qualidade do seu professorado. Os problemas ainda existentes so de ordem conjuntural e estrutural scio-poltico-pedaggica, situando-se fora do mbito da educao que, historicamente, os acumula ao longo dos anos, ocasionados principalmente pela falta de sensibilidade, compromisso e estabelecimento de prioridades. Com muito esforo tenta-se reverter o quadro encontrado, que j se pode

66

dizer melhorou 90%. Inmeros projetos foram realizados, todavia, muito ainda se tem a fazer para alcanar o pleno xito educacional que se est a perseguir. A nova Lei de Diretrizes e Bases da Educao (n 6.394/96) deu destaque e incentivou a participao da comunidade na gesto administrativa escolar. A comunidade caaporense tem uma participao efetiva e ativa atravs das famlias e dos Conselhos Escolares nas atividades desenvolvidas nas escolas e que tambm so estimuladas pelo programa do MEC a nvel nacional Famlia na Escola. Esta participao dos familiares tem aproximado instituies escolares e comunidade, ao tempo em que compartilham de suas decises, numa verdadeira gesto democrtica.

ESCOLA MUNICIPAL MARIA EMLIA VALENA (CUPISSURA)

A seguir grfico e quadro evolutivo da evaso escolar, matrculas de 1997 a 2002.Rede Municipal de Ensino Grfico da Taxa de Evaso Escolar

67

1997/2001

Evaso

844

873

725

1.217

945 1997 1998

Matr. Inicial

3.374 3.358 4.622

5.677

6.004

1999 2000 2001

Taxa de evaso 0%

25,2%

25,90% 15,60% 21,40% 15,70%

20%

40%

60%

80%

100%

Escolas e Creches Municipais Matrcula 1997/2002UNIDADE ESCOLAR OU CRECHEEsc. Mun. Prof. Rita Arajo Escola Mun. Severina Helena Escola Mun. Epitcio Pessoa E. M. de Ens. Fund. e M. Adauto Viana Escola Mun. Maria Emlia Valena Escola Mun. Hermelcia Coelho Esc. Mun. Maria do Carmo Rodrigues Escola Mun. Otto Gurgel Escola Mun. Clara A. Cavalcante Escola Mun. Muitos Rios Escola Mun. Jos Maria Bandeiracontinuao

1997-1.205 301 -679 205 128 44 13 59 83 186 118 171 64 26 76 30

ALUNOS MATRICULADOS 1998 1999 2000 2001-1.351 315 1.594 712 225 102 41 16 63 84 173 119 209 70 37 80 32 -1.440 340 1.612 659 218 93 40 13 66 85 163 135 214 66 24 78 38 -1.621 306 1.743 715 240 108 38 7 85 75 156 100 245 51 42 77 41 442 1.810 294 1.513 717 208 98 33 14 72 67 139 125 247 41 41 70 28

2002571 1.707 256 1.547 651 225 99 28 14 60 64continua

Escola Mun. Enas Possidnio Escola Mun. Arlete Alves de Lima Escola Mun. Antnio Veloso Escola Mun. Maria Holanda Escola Mun. Antnio Barbosa de Lima Escola Mun. Antnio Galdino Creche Mun. Me Dom

163 95 288 40 31 72 22

68

Creche Mun. Leonila Alves Creche Mun. de Muitos Rios TOTAL

120 -3.508

103 20 5.346

100 23 5.402

104 25 6.779

34 9 6.004

69 15 6.017

Obs: Em 1997, a Escola Adauto Viana era estadual e na poca possua 1.567 alunos.

Grfico das Matrculas 1997/2002

6 5 4 3 2 1 0

2002 2001 2000 1999 1998 19972000 3.508

6.017 6.004 5.779 5.402 5.346

4000

6000

8000

Rede Municipal de Ensino - LocalizaoESCOLAS1- Creche Me Dom 2- Creche Mun. de Muitos Rios 3- Creche Leonila Alves 4- E. M. Severina Helena dos S.Veloso 5- Escola Municipal Epitcio Pessoa 6- Escola Municipal Arlete Alves

ENDEREORua Luiz Andrade, n. 19 - Cupissura Comunidade de Muitos Rios Rua Pres. Tancredo Neves, s/n Rua Jos Leonardo, s/n Rua Clemente Ferreira, s/n St. Cruz de Almas, s/n

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7- Escola Municipal Muitos Rios 8- Escola Municipal Jos Maria Bandeira 9- Escola Municpal Maria Holanda 10- Escola Municipal Clara Alexandre 11- Esc. Municipal Antnio Barbosa de Lima 12- Escola Municipal Antnio Galdino 13- Escola Municipal Antnio Veloso 14- Escola Municipal Maria Emlia Valena 15- Escola Municipal Otto Gurgel 16- Escola Municipal Maria do Carmo 17- Escola Municipal Enas Possidnio 18- Escola Municipal Hermelcia Coelho 19- Escola Municipal Adauto Viana 20- Escola Municipal Prof. Rita Arajo

Comunidade Muitos Rios St. Capim de Cheiro, s/n St. Barreiras Grandes St. Cerva Velha St. Brejo de Lima St. Capim de Cheiro Rua Antonio Cezar, s/n Rua do Rio Cupissura St. dos Moos Fazenda Retirada Fazenda Tabu Rua do Comrcio Cupissura Rua Pres. Joo Pessoa, 255 Rua Sen. Felinto Muller, s/n

Escolas Municipais de Caapor, segundo o nmero de alunos do Pr 8 Srie 2002.ESCOLAS1- Creche Mul. de Muitos Rios 2- Creche Me Dom 3- Creche Leonila Alves 4- Escola Adauto Viana 5- Escola Antnio Barbosa de Lima 6- Escola Antnio Galdino 7- Escola Antnio Veloso 8- Escola Arlete Alves 9- Escola Clara Alexandre 10- Escola Enas Possidnio 11- Escola Epitcio Pessoa 12- Escola Hermelcia Coelho 13- Escola Jos Maria Bandeira 14- Escola Maria do Carmo 15- Escola Maria Emlia Valena 16- Escola Maria Holanda 17- Escola Muitos Rios 18- Escola Otto Gurgel 19- Escola Prof. Rita Arajo 20- Escola Severina Helena TOTAL

ZONARural Rural Urbana Urbana Rural Rural Rural Rural Rural Rural Urbana Rural Rural Rural Rural Rural Rural Rural Urbana Urbana Urbana/Rural

N/ALUNOS15 22 69 1.547 31 72 288 95 14 163 256 225 64 99 651 40 60 28 571 1.707 6.017

ESCOLA DE MSICA DE CAAPOR A Escola de Msica de Caapor, fundada em 02 de outubro de 2001, teve como seu primeiro professor Pedro Matheus de Lucena, e

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dor Juvenil Diolindo da Silva. A partir de 2002 a Escola passou por uma reestru-turao, ganhando a feio de uma escola municipal, sob a orientao do Prof. Joo Leite Ferreira, a superviso da Prof Ldia Claudino Rodrigues e a coordenao de instrumentos de Juvenil Diolindo da Silva.

Monitores: Bruna Helosa Gama (Educao Musical) Fbio Borges dos Santos (percusso) Israel Bezerra da Silva (tuba e trombone) Jos Aderaldo Campos (percepo) La Claudino Rodrigues (sax) Thiago Batista de Souza (trompete) Digenes Gomes da Silva (Banda Marcial) Acresa-se a isso o ncleo de dana mediante a colaborao dos coregrafos Edvan Batista de Souza e Mrcio Gomes de Moura. Em linhas gerais, o objetivo da escola desenvolver atividades socioculturaisdesportivas para as crianas, jovens e adultos, em todas as reas que estiverem ao seu alcance, visando o desen-volvimento da comunidade como um todo. Defende uma filosofia que est caracterizada na orientao do seu alunado para a cidadania, construo dos conhecimentos e evoluo do raciocnio fundamentado nos valores humanos, com conscincia de suas limitaes, respeitar a liberdade do outro e, afinal, sentir-se socialmente seguro e ntegro. Os prximos passos caminham no sentido de sua regulamentao atravs de norma especfica. A escola, dentro das atividades artsticas e culturais, j dispe dos seguintes grupos: Caapor Sax formado por monitores da escola. Claporanete integrado por alunos e monitores. Coral Infantil

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Coral Juvenil Banda Marcial Banda de Msica (composta por alunos e membros da comunidade).

PERSONAGENS QUE DERAM NOME S ESCOLASESCOLA ESTADUAL JOO LOPES MACHADO

Joo Lopes Machado natural de Areia-PB, mdico, governou a Paraba de 1908 a 1912. Exerceu, tambm, a Presidncia da Assemblia Legislativa do Estado. Tornou-se o grande reformador da educao paraibana, no que contou com a eficiente colaborao do Professor Francisco Xavier Jnior, Diretor da Instruo Pblica estadual. O seu governo proporcionou inmeros melhoramentos na capital do estado: energia eltrica, gua tratada (estao de buraquinho) etc. Seu pai, Capito lvaro Lopes Machado, foi um dos fundadores do Instituto Histrico e Geogrfico Paraibano IHGP. Seus irmos: lvaro Filho, Afonso e Arthur Lopes Machado.

ESCOLA MUNICIPAL MARIA HOLANDA

Maria Holanda proprietria de grande extenso de terras em Barreiras Grandes, na regio sul de Caapor; natural de Goiana-PE, nasceu em 26 de dezembro de 1887 e faleceu no dia 05 de abril de 1964. Notabilizou-se pelo fato de ter cedido suas terras para os agricultores fazerem suas plantaes. Ensinou como voluntria aos filhos de seus moradores. Tambm fez a doao do terreno para a construo da escola que recebeu o seu nome.

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Por esta razo, exerceu no meio rural grande influncia, representava importante poder para a economia do municpio. Casou-se pela primeira vez com Otlio Jos Arantes, adotando como seus filhos: Adalgiza Pessoa de Holanda Arantes e Adalberto Pessoa de Holanda Arantes. Em segundas npcias uniu-se a Manoel Queiroz, no tendo filhos. Sua formao escolar restringiu-se ao curso primrio. ESCOLA MUNICIPAL ARLETE ALVES

Arlete Alves professora municipal na gesto do ex-prefeito Francisco Veloso de Assis (1965-1968), nasceu em 12 de janeiro de 1944 vindo a falecer no ano de 1973. Filha de Antnio Alves de Lima e Noemia Alves de Lima. Embora com formao primria, foi responsvel pela alfabetizao da grande maioria das crianas caaporenses, usando seu prprio domicilio como escola. Foi uma das primeiras educadoras do municpio.ESCOLA MUNICIPAL MARIA EMLIA VALENA

Maria Emlia Valena primeira professora estadual do Distrito de Cupissura, lecionou por muitos anos neste distrito. Natural de Boca da Mata (hoje Caapor), nasceu em 11 de fevereiro de 1912. Filha de Pedro Arthur Ferreira Valena e de Santina dos Santos Valena, faleceu em 07 de julho de 1996. Deu os primeiros passos para a implantao do ensino em Cupissura, lugarejo muito carente, alfabetizando os moradores daquela localidade. Casou-se com Valfredo Silvino da Silveira, tendo seis filhos: Edjanete Maria Valena da Silveira, Else Maria Valena da Silveira, Elaine Maria Valena da Silveira, Enilda Maria Valena da Silveira, Edvaldo Jos Valena da Silveira e lcio Jos Valena da Silveira. Estudou as primeiras letras e o curso normal no Colgio Nossa Senhora das Neves, em Joo Pessoa. Em 25 de abril de 1929 passou a reger interinamente a Cadeira Rudimentar Mista da Escola do povoado de Cupissura. Em 15 de fevereiro de 1932, aps exame realizado na cidade Pedras de Fogo-PB,

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sob a fiscalizao do Inspetor Regional de Ensino, Mrio Gomes Pereira de Souza, considerada habilitada para o exerccio do cargo de professora da Cadeira Rudimentar no referido povoado, sendo, portanto, nomeada professora efetiva. Primeira professora de Cupissura exerceu o cargo at se aposentar, em 27 de fevereiro de 1953, por motivo de doena. Com uma vida inteira dedicada educao, a professora Maria Emlia Valena conquistou a admirao e o respeito da populao do Distrito de Cupissura.

ESCOLA MUNICIPAL HERMELCIA COELHO

Hermelcia Coelho como professora estadual, lecionou no distrito de Cupissura, tendo sido uma das primeiras educadoras do referido distrito. Muito justa a homenagem prestada a quem tanto realizou em prol da educao dos mais carentes. ESCOLA MUNICIPAL ANTNIO VELOSO

Antnio Veloso proprietrio rural de grande projeo, viveu quase 70 anos de 28 de julho de 1899 a 22 de janeiro de 1967. Como poltico manteve ligao direta com os governadores do Estado, obtendo benefcios para o municpio. Era possuidor do certificado de concluso do ensino primrio.

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Casou-se com Arlinda Veloso, tendo como filhos: Francisco Veloso de Assis, primeiro prefeito de Caapor, Salomo Veloso, Jos Veloso, Ornilo Veloso, Fernando Veloso, Terezinha Veloso e Anita Veloso. Muito respeitado pela populao, fez a doao do terreno para a construo da escola que recebeu o seu nome.

ESCOLA MUNICIPAL ANTNIO GALDINO

Antnio Galdino proprietrio do Stio Capim de Cheiro de Baixo, sem qualquer ingerncia poltica, cedeu o terreno para a construo da escola que adotou o seu nome. At hoje a escola sofre a interferncia de seus familiares.ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO FUNDAMENTAL ALBERTO LUNDGREN

Alberto Ludgren, de origem alem, latifundirio, notabilizou-se por ser proprietrio da Fazenda Tabu, onde predominava a plantao de coqueiros. Cultivou tambm o sisal. Gerou empregos para a populao e desenvolveu a economia do municpio. Seus filhos mais influentes na regio foram: Alberto Herman Theodor Lundgren e Arthur Axel Lundgren. Destacou-se, tambm, por ser uma pessoa solidria, que ajudava bastante a populao pobre do municpio, doa