[c7s] Doenças cromossômicas

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1° 4° MED Equipe: Ana Raquel n°02 Ângelo Gonçalves n°04 Bruno Mourão n°07 Pedro Portela n°47 Thiago Rodrigues n°54 Vitor Costa n°57 CARTILHA INFORMATIVA: DESVENDANDO DOENÇAS CROMOSSÔMICAS

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Doenças cromossômicas

Transcript of [c7s] Doenças cromossômicas

1° 4° MED

Equipe:

Ana Raquel n°02

Ângelo Gonçalves n°04

Bruno Mourão n°07

Pedro Portela n°47

Thiago Rodrigues n°54

Vitor Costa n°57

CARTILHA INFORMATIVA: DESVENDANDO DOENÇAS CROMOSSÔMICAS

APRESENTAÇÃO

• Ao longo desta cartilha informativa iremos abordar o tema de doenças cromossômicas e genéticas abordando respectivamente a Síndrome de Edwards e a Fenilcetonúria.

• Procuraremos expô-las indicando como e detectada, seus sintomas, seus tratamentos ou curaus etc.

O QUE É UMA DOENÇA GENÉTICA?

Doença genética: é aquela doença produzida por alterações no DNA, mas que não tem por que se ter adquirido dos progenitores; assim ocorre, por exemplo, com a maioria dos cancros(câncer).

O que é uma doença cromossômica?São devidas a alterações na estrutura do cromossomo, como perda cromossômica, aumento do

número de cromossomos ou translocações cromossômicas. Alguns tipos importantes de doenças cromossômicas podem-se detectar no exame microscópico

DOENÇA CROMOSSÔMICA:SÍNDROME DE EDWARDS

• A síndrome de Edwards ou trissomia 18, é uma síndrome genética resultante de trissomia do cromossoma 18. Ela foi descrita inicialmente pelo geneticista britânico John H. Edwards. A síndrome têm uma incidência de 1/8000 recém-nascidos, a maioria dos casos do sexo feminino, mas calcula-se que 95% dos casos de trissomia 18 resultem em abortos espontâneos durante a gravidez. Um dos fatores de risco é idade avançada da mãe.

QUAIS SÃO OS SINTOMAS DA SINDROME DE EDWARS?

• Na síndrome de Edwards, é possível existir mais de 100 deformações. As mais comuns são:

• Baixa estatura, cabeça pequena, com região occipital (região da nuca) exageradamente alongada., boca pequena, com maxilares recuados. Orelhas mal formadas. Hipertonia (aumento da elasticidade e da rigidez muscular).,Dedo indicador maior que os outros, inclinado sobre o dedo médio. Pés arqueados, com calcanhar saliente. Mamilos afastados. Anomalias nos órgãos genitais externos.

• Boa parte dos portadores dessa síndrome nasce com o peso abaixo do normal (média < 2,5kg) e nascem num tempo gestacional irregular (parto prematuro ou pós-maturo).

• Junto com a Síndrome, aparecem outras doenças, principalmente cardíacas e anomalias renais (rins com formato de ferradura), segmentação anormal dos pulmões, anomalias no sistema nervoso central, entre outras doenças – muitas vezes sem cura.

• A criança apresenta crises respiratórias, choro fraco, assim como estímulos sonoros fracos. Apresenta dificuldade de alimentação, sono difícil, infecções urinárias, etc.

COMO IDENTIFICAR SE UMA BEBÊ TEM SÍNDROME DE EDWARDS ?

• Diagnostico precoce: O seu diagnóstico pode ser feito ainda intra-útero, no período pré-natal, sendo indicada uma investigação genética no material fetal quando a idade da mãe for superior a 35 anos, alteração nos exames ultrassonográficos (translucência nucal alterada, ausência do osso nasal e outras malformações).

• Diagnóstico, após o nascimento, é realizado através do quadro clínico do recém-nascido e do estudo genético

• Qual cromossomo e afetado?

Cromossomo afetado: par 18(trissomia 18)

Cariotipo:

QUANTO TEMPO EM MEDIA UMA PESSOA VIVE COM A SÍNDROME DE EDWARDS?

• Em média, 5 a 10% sobrevivem ao primeiro ano de vida, embora tenham sido registrados casos de adolescentes com mais de 15 anos.

DOENÇA GENÉTICA:FENICELTONÚRIA• A Fenilcetonúria é uma doença genética caracterizada pelo defeito ou ausência da enzima

fenilalanina hidroxilase, doença causada por uma alteração metabólica de um aminoácido, é geneticamente determinada pela transmissão de um gene autossômico recessivo, ou seja, é um erro inato do metabolismo protéico.

• Esta proteína catalisa o processo de conversão (hidroxilização) da fenilalanina em tirosina. A tirosina está envolvida na síntese da melanina. A ação da enzima é transferir um átomo de oxigênio para o anel aromático da fenilalanina. Posteriormente, um íon de hidrogênio (H+) liga-se ao oxigênio completando a transformação em tirosina.

ALGUMAS COISAS IMPORTANTES DE SABER SOBRE A FENILCETONÚRIA:• Cromossomos afetados: Cromossomos do cariótipo 12

• Como descobrir se e portador da doença: A doença pode ser detectada através da triagem neonatal(teste do pezinho)Sintomas: São sintomas da doença não tratada: oligofrenia, atraso do desenvolvimento psicomotor (andar ou falar), convulsões, hiperatividade, tremor e microcefalia. Identificam-se as alterações com cerca de um ano de vida. Praticamente todos os pacientes não tratados apresentam um QI inferior a 50.

LIMITAÇÕES FISICAS E MENTAIS DE UMA PESSOA COM FENICELTONÚRIA• Tem sido efetuados diversos estudos com crianças e adolescentes fenilcetonuricos, de modo a

perceber o grau de influencia que tem uma alimentação com restrição de fenilalanina nestes doentes. As crianças fenilcetonuricas com uma idade media de 10 anos que praticaram um controle rigoroso da dieta desde as primeiras semanas de vida, apresentaram um grau normal de inteligência e funções neurológicas normais. Mantiveram um baixo nível de fenilalanina sanguínea, demonstram ter uma boa capacidade de leitura e de fala e um bom desempenho ao nível dos testes de comportamento e de inteligência. Estas criança não apresentam desajustes emocionais nem de conduta.

• Por outro lado, as crianças fenilcetonuricas que adotaram um controle pouco rigoroso da dieta durante um período de tempo prolongado evidenciaram deficiências neurológicas, dificuldades na reintrodução do tratamento e uma diminuição acentuada do coeficiente de inteligência. As suas dificuldades de atenção verbais e de grafismo e as perturbações da organização temporo-espacial e sensorio-motoras, aumentaram. Contudo, estas deficiências verificaram-se também em doentes que seguiram o tratamento

• A continuidade de uma dieta durante a idade adulta e controversa. Apenas no caso das mulheres fenilcetonuricas, devido a fenilcetonuria materna, estão bem estabelecidas as vantagens do seguimento da dieta.

TRATAMENTO DA FENICELTONÚRIA(PKU)

• O tratamento, até o momento, é realizado exclusivamente por meio de uma alimentação restrita em Phe, suprindo-se, geralmente, as necessidades protéicas pelas misturas de aminoácidos livres, isentas de Phe, comentadas anteriormente. Uma alternativa são os hidrolisados protéicos isentos ou com baixo teor de fenilalanina.

• A dietoterapia da PKU é complexa, de longa duração, e requer muitas mudanças nas ações por parte do paciente e de sua família. O sucesso do tratamento por longo tempo, como de qualquer doença crônica, depende exclusivamente da disponibilidade do paciente em seguir as recomendações médicas prescritas.

• A dificuldade desse tipo de dietoterapia tem estimulado pesquisas que visam ao desenvolvimento de tratamentos baseados na transferência de genes somáticos. Até o momento, a maior dificuldade é a obtenção de um vetor que possa transferir eficientemente o cDNA da proteína funcional da PAH para dentro dos hepatócitos ou outra célula somática onde a enzima possa exercer a sua função. As pesquisas nessa direção estão abrindo um novo capítulo no estudo da PKU.

BIOTECNOLOGIA E NOVOS TRATAMENTOS PRA A PKU

• Existem três estratégias diferentes de terapia : substituição, a correção ou o aumento de genes.Na substituição de genes , o gene mutado é removido e substituido por um gene normal.Na correção apenas a zona afetada do gene é mutado ou corrigida.Por fim , o aumento de genes envolve a introdução de material genético estranho na célula, de modo a recuperar a função do gene mutado.

• Tratamento com remédios

• - PreKUnil e Kuvan

RELATO REAL• E.G.S., 22 anos, pele, olhos e cabelos claros, Gesta 2, Para 1 (parto cesárea), tempo de amenorréia de 10 semanas e 2 dias, procedente da

zona rural de Rio Brilhante — MS, casada, alfabetizada (ensino fundamental completo), sem antecedentes pessoais patológicos (inclusive obstétricos). Foi admitida para consulta pré-natal no dia 27 de janeiro de 2003 em sua localidade de origem. Foram solicitados os exames de rotina pré-natal do Programa Estadual de Proteção à Gestante de Mato Grosso do Sul, entre os quais se inclui a dosagem de fenilalanina no sangue materno. Foi constatada concentração de fenilalanina plasmática igual a 24,3 mg/dL (normal <4 mg/dL).

• Foi encaminhada ao ambulatório de gestação de alto-risco do Centro de Atendimento Multidisciplinar de Saúde (CAMS-APAE/UFMS) em Campo Grande, sendo admitida em 14 de fevereiro de 2003. No momento da consulta encontrava-se com 12 semanas e 6 dias de gestação e referia parto cesáreo anterior. O RN, do sexo feminino, nascido prematuramente há seis anos, pesou 1.400 g, apresentou microcefalia e evoluiu com retardo do desenvolvimento psicomotor.

• Foram realizados, durante o pré-natal atual, os seguintes exames maternos: hemograma (Hb: 12,2 g/dL; Ht: 35,2 mL/dL), VDRL (negativo), urina I (sem alterações), exame parasitológico de fezes (sem alterações), glicemia (78 mg/dL), citologia oncótica (sem alterações), sorologia para HIV (negativa), toxoplasmose (IgM negativo; IgG positivo), rubéola (IgM negativo; IgG positivo), pesquisa do antígeno capsular do vírus B da hepatite/HbsAg (negativo), anticorpos contra o vírus C da hepatite/anti-HCV (negativo), sorologia anti-IgM para o vírus herpes simplex 1-2 (negativo) e doença de Chagas (negativo), pesquisa de anticorpos IgM para citomegalovírus (negativo) e GTT75 g (72/100). Com 13 semanas foi realizada ultra-sonografia indicando translucência nucal de 1,0 mm.

• Durante o período pré-natal, instituiu-se dieta específica para portadores de PKU, com restrição de fenilalanina. Esta dieta, orientada por nutricionista do grupo, consistia da retirada de proteínas de alto valor biológico da dieta, sendo proscritos os grãos (feijão, ervilha, lentilha, soja, grão-de-bico, trigo e gérmen de trigo) e as proteínas de origem animal (leite, carne e ovos). Em substituição às proteínas retiradas da dieta foi fornecida suplementação com hidrolisado protéico (contém todos os aminoácidos essenciais, sendo isento de fenilalanina e acrescido de tirosina). Os carboidratos e lipídios de origem vegetal podem ser consumidos livremente.

• Foram realizadas mais 12 consultas de pré-natal paralelamente ao Ambulatório de Nutrição, sendo acompanhados periodicamente os níveis de fenilalanina plasmática materna, cujos valores encontram-se na . Foram ainda realizados mais três exames ecográficos, demonstrando desenvolvimento fetal adequado. No dia 6 de agosto de 2003 foi realizada operação cesariana, estando a paciente com 37 semanas e 5 dias de gestação, devido à apresentação pélvica e início espontâneo de trabalho de parto com ruptura da bolsa das águas. O RN, do sexo masculino, apresentou Apgar 6 e 9 no primeiro e quinto minutos, respectivamente, pesou 2.810 g e mediu 45 cm. Nove dias após o parto, foi coletado sangue em papel filtro para triagem neonatal do RN, não sendo constatada PKU (fenilalanina plasmática de 0,73 mg/dL). Também não foram encontradas malformações congênitas no RN. A criança, atualmente com 1 ano de idade, está sendo acompanhada pelo serviço de pediatria do CAMS-APAE/UFMS, não apresentando alterações cardíacas e neurológicas, tendo desenvolvimento psicomotor adequado para a faixa etária até o presente momento.

• http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0100-72032004001000009&script=sci_arttext&tlng=en