BRIEFING – EDP UNIVERSITY CHALLENGE...

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BRIEFING – EDP UNIVERSITY CHALLENGE 2015

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BRIEFING – EDP UNIVERSITY CHALLENGE 2015

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1 ÍNDICE

1 Índice .................................................................................................................................... 1

2 Introdução ............................................................................................................................ 2

2.1 O que é o EDP University Challenge? ............................................................................ 2

2.2 Âmbito do EDP University Challenge 2015 ................................................................... 2

2.3 Objetivos do EDP University Challenge 2015 ................................................................ 3

3 Sugestões de trabalhos ........................................................................................................ 5

3.1 Temas ............................................................................................................................ 5

3.2 Notas adicionais para o desenvolvimento dos projetos ............................................... 7

4 As barragens do Baixo Sabor e os recursos naturais da região ............................................ 9

4.1 O Rio Sabor .................................................................................................................... 9

4.2 Albufeira ........................................................................................................................ 9

4.2 A barragem ................................................................................................................. 10

4.3 Os recursos naturais existentes na região .................................................................. 11

4.4 Ações implementadas pela EDP .................................................................................. 13

5 Grupo EDP .......................................................................................................................... 14

5.1 O Grupo EDP ................................................................................................................ 14

5.2 Ciclo da Energia e áreas de negócio – breve enquadramento do negócio e da empresa

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5.3 Plano das Barragens – as novas, quais, porquê, importância, que necessidades colmata

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6 Mais informações uteis sobre a EDP e sobre o tema do concurso .................................... 18

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2 INTRODUÇÃO

2.1 O que é o EDP University Challenge?

O Prémio EDP University Challenge 2015 é uma iniciativa que pretende estimular a investigação

académica, contribuindo para uma aproximação entre a EDP e os estudantes universitários.

2.2 Âmbito do EDP University Challenge 2015

Na 9ª edição do Prémio EDP University Challenge, o âmbito do desafio colocado aos estudantes

do ensino superior passa pelo Desenvolvimento de planos de marketing e comunicação

assentes no desenvolvimento económico e sustentável da região do Baixo Sabor, com foco na

sua biodiversidade, fauna, flora e habitats - Património Natural Rede Natura 2000.

Tal implica que o foco dos trabalhos a desenvolver pelos grupos deverá centrar-se nos recursos

e na biodiversidade da Rede Natura 2000 da região (no capitulo 4 é apresentado uma síntese

dos recursos existentes na Rede Natura 2000). Não obstante, os grupos participantes são livres

de combinar produtos e serviços já existentes na região com os recursos inerentes à Rede Natura

2000.

Pela região do Baixo Sabor entende-se a área geográfica compreendida pela Associação de

Municípios do Baixo Sabor, a qual é composta pelos seguintes municípios:

• Alfândega da Fé;

• Macedo de Cavaleiros;

• Mogadouro;

• Torre de Moncorvo.

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Figura 1 - Municípios que compõem a Associação de Municípios do Baixo Sabor (assinalados a vermelho)

2.3 Objetivos do EDP University Challenge 2015

O âmbito desta edição não incide diretamente sobre o portfolio de produtos e serviços da EDP.

Incide, sim, sobre os impactos gerados nas comunidades onde a empresa desenvolve a sua

atividade. Uma variável da máxima importância para qualquer organização sustentável. Note-

se que a EDP foi eleita em 2014, e pelo 2º ano consecutivo, líder mundial das utilities no exigente

Índice de Sustentabilidade DOW Jones (Dow Jones Sustainability Index).

Este reconhecimento mundial reflete, entre muitos outros programas, a abordagem assumida

pelo Grupo EDP quando em 2007 decidiu avançar com o maior plano de expansão hidrelétrico

então em curso na Europa: www.barragens.edp.pt/homepage/index.php

À construção de novas barragens e reforços de potência de algumas das existentes, a EDP juntou

um plano de promoção de desenvolvimento socioeconómico destinado às regiões alvo dos

novos investimentos. No caso da barragem do Baixo Sabor, este plano tem resultados já

quantificáveis.

Também no plano ambiental, o Baixo Sabor pretende ser uma referência de sustentabilidade

pela dimensão espacial e temporal do programa assim como pela inovação metodológica usada

na execução das medidas compensatórias.

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Em síntese, a EDP tem um duplo compromisso no Baixo Sabor:

1. Apoiar dinâmicas de desenvolvimento, criação de emprego e combate à exclusão social

de modo a garantir a partilha dos benefícios gerados pela hidrelétrica com a

comunidade local.

2. Compensar os impactos e valorizar o património natural, transformando-o, sempre que

possível, em mais um recurso de desenvolvimento sustentável do território.

A edição 2015 do Prémio EDP University Challenge desafia a comunidade académica de todo o

país a juntar-se à EDP no desafio de dar corpo à assinatura do Plano Hídrico “Uma Barragem,

um futuro melhor”, através de trabalhos que contribuam para o desenvolvimento sustentável

da região, através do incremento de potenciais negócios, e de forma a partilhar os benefícios

com as comunidades locais.

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3 SUGESTÕES DE TRABALHOS

Apresentam-se abaixo as opções de trabalhos que podem ser desenvolvidas nesta edição do

EDP University Challenge:

1. Desenvolvimento de produtos/serviços turísticos e agro-alimentares;

2. Desenvolvimento de produtos/serviços/ conteúdos educativos;

3. Desenvolvimento de projetos de comunicação sensibilização da população;

Em qualquer uma das opções, mencionadas acima, é obrigatório:

a. Estruturar a ideia de projeto e desenvolvê-la;

b. Apresentar como se pode garantir a sustentabilidade económica e ambiental da ideia,

dando particular atenção a análise de mercados, canais de distribuição, promoção;

3.1 Temas

Os trabalhos deverão ser desenvolvidos com base num dos seguintes temas:

I. Infra-estruturas

• CIARA, Centro de Interpretação Ambiental e Recuperação Animal, é uma das

Medidas Compensatórias EDP (MC 11) e está em fase final de construção.

• Ribeira da Vilariça (berçário), uma das Medidas Compensatórias (MC) EDP que

consiste na recriação de um ambiente de desova e maternidade de peixes numa

ribeira, como substituto do anterior habitat.

• Parque Natural, um projeto em estudo pela Associação de Municípios do Sabor

que tem por objectivo, a valorização, divulgação, monitorização do património

natural e cultural do território.

II. Programas de comunicação e sensibilização

• Incêndios – informar e sensibilizar para importância da prevenção de incêndios,

tendo como público-alvo prioritário mas não exclusivo a população local. É uma

MC EDP que tem como obrigação a proteção de uma área de 6562ha.

• Combate às espécies exóticas de peixes na albufeira – informar e sensibilizar

para importância da proteção espécies autóctones, tendo como público-alvo

prioritário mas não exclusivo a população local.

III. Programas de proteção de espécies

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1. Morcego

Programa de recuperação e criação de abrigos e habitats para quirópteros (MC 5 EDP).

2. Lobo Ibérico

Programa de Proteção e valorização do Lobo Ibérico no Nordeste Transmontano e na Beira

Alta (MC 8 EDP).

• Promover espécies presa para alimentação do Lobo através da criação de 340

pastagens para corso e coelho, algumas com espécies cerealíferas autóctones.

• Criar 7.000 ha de zonas de não caça, o equivalente a 22% da área do concelho de

Alfândega da Fé (para que as presas não sejam atacadas).

• Reduzir ameaça humana à espécie: entrega de 60 cães de gado a pastores e

distribuição de cercas.

3. Lontra e Toupeira da Água

• Programa de Conservação da Toupeira-de-Água (MC 7 EDP).

• Programa de Conservação da Lontra (MC 6 EDP).

• Valorização e Recuperação de habitats de ribeiras afluentes ao Rio Sabor (MC 2 EDP).

• Valorização do Corredor Ripícola no Médio e Alto Sabor e rio Maças (MC 3 EDP).

• Recuperar e valorizar 33 Km de galerias ripícolas (vegetação das margens dos cursos de água).

4. Anfíbios e Répteis

• Programa de Proteção e Valorização de Répteis, Anfíbios e Invertebrados no vale

do Sabor (MC 10 EDP).

• Criar 39 charcas (cegonha negra e anfíbios) e pontos de água (presas do lobo).

• Construir 600 muros em pedra, o equivalente a 1,5 voltas de uma pista de

atletismo.

5. Aves rapina

• Programa de Proteção e Valorização da Avifauna Rupícola no Nordeste

Transmontano (MC 9 EDP).

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• Fomentar alimento/presa: Reabilitar e repovoar 28 pombais com 1600 pontos e

fornecer 120.000 kg de alimento cereal cultivado localmente com espécies

autóctones.

• 39 Charcas (cegonha negra e anfíbios) e pontos de água (presas do lobo).

• 8 Açudes para cegonha negra.

• 3 Campos de alimentação para aves necrófagas.

6. Sobreiros, Azinheiras e Zimbro

• Plantar 217ha de sobreiros, azinheiras e zimbro, o equivalente a 263 campos de

futebol. **

7. Olivais e amendoais

• Reativar áreas agrícolas abandonadas (200 ha). **

** Valorização produtos bandeira da região (azeite, vinho, amêndoas, cereja, cogumelos, mel).

3.2 Notas adicionais para o desenvolvimento dos projetos

3.2.1 Sobre o âmbito dos projetos

Os projetos a elaborar no âmbito do Prémio EDP University Challenge 2015, poderão incidir

sobre infraestruturas, projetos, negócios e iniciativas já existentes na região, desde que estejam

ligados com o tema do concurso. O desafio consiste na elaboração de um projeto integrado e

completo, que estabeleça uma ligação ao plano da sustentabilidade e que aproveite os recursos

existentes no Baixo Sabor (que podem ser de diversas ordens: económica, ambiental, cultural,

etc.).

Cabe aos grupos definir os produtos e/ou serviços a introduzir, definindo simultaneamente um

plano detalhado de implementação, que aborde aspetos tais como a produção ou o

fornecimento (se aplicável), a distribuição, que estabeleça uma estrutura de preços (novamente

se aplicável) e que apresente uma estratégia de marketing e comunicação consistente e

coerente, entre outros aspetos que o grupo possa considerar relevantes.

Para o melhor desenvolvimento do trabalho, recomenda-se atenção para o facto de que as

propostas a serem apresentadas deverão estar diretamente associadas aos recursos presentes

na Rede Natura 2000. Os grupos poderão propor projetos que fomentem o equilíbrio do

ecossistema da região e a envolvência com a população numa perspetiva técnica e científica.

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Adicionalmente, os grupos poderão realizar um benchmarking para a elaboração de projetos

com cariz sócio ambiental e políticas de sustentabilidade. Recomenda-se uma pesquisa e análise

de programas de sustentabilidade sócio ambiental desenvolvidos não só na região do Sabor,

mas em todo o país.

Adicionalmente poderá ser relevante pesquisar programas de sustentabilidade sócio ambiental,

em outros países, por exemplo através de exemplos de empresas do índice Down Jones

Sustainability.

3.2.2 Sobre o desenvolvimento dos trabalhos

Apesar da estruturação dos trabalhos ser uma responsabilidade dos grupos a concurso, os quais

devem fazer uso adequado das ferramentas de trabalho apreendidas ao longo do seu percurso

académico, evidenciamos que os trabalhos devem ser desenvolvidos de forma concisa, objetiva

e pragmática. O enquadramento do projeto deve ser realizado com a maior objetividade

possível, evitando sempre que possível, extensas descrições académicas e teóricas, assim como

a inclusão de informação que não seja relevante para as propostas apresentadas. Ainda assim,

não se deve descurar a existência de uma ligação entre o enquadramento e as opções assumidas

nos trabalhos enquanto aspeto extremamente importante.

Incentivamos os grupos a desenvolver uma ideia ou a procurar corresponder a um objetivo

concreto, que derive de uma necessidade identificada pela pesquisa realizada. Por outro lado,

desaconselhamos a assunção de um âmbito de trabalho demasiado largo, pois poderá tornar-se

impraticável no horizonte temporal de desenvolvimento de trabalho disponível.

O enquadramento apresentado neste briefing facilita a compreensão do âmbito do concurso e

formulação do trabalho a desenvolver por cada grupo. No entanto, o desenvolvimento de uma

pesquisa mais aprofundada não é dispensável para o desenvolvimento de um trabalho

consistente e fundamentado. Sempre que considerem necessário, os grupos poderão recorrer

à Comissão de Acompanhamento do EDP University Challenge 2015 para esclarecer dúvidas e

procurar aconselhamento relativamente ao desenvolvimento dos seus trabalhos. No entanto

fazemos notar dois pontos cruciais:

i. O resultado final dos trabalhos e decisões relativamente ao desenvolvimento dos

projetos continuarão a ser responsabilidade dos respetivos grupos, independentemente

da interação com a Comissão de Acompanhamento.

ii. Não será disponibilizada qualquer informação de carácter privado.

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4 AS BARRAGENS DO BAIXO SABOR E OS RECURSOS NATURAIS DA

REGIÃO

4.1 O Rio Sabor

O Rio Sabor distribui-se fundamentalmente no norte de Portugal, sendo que nasce na Serra da

Parada, Província de Zamora em Espanha e vai desaguar no Rio Douro em Portugal, a jusante da

Barragem do Pocinho, junto à aldeia da Foz do Sabor, 120 km depois da nascente. Os primeiros

2 km do rio situam-se em território espanhol, entrando em Portugal pela Serra de Montesinho,

distrito de Bragança. Tem como afluentes o Rio Maçã, o Rio Angueira, o Rio Ferrença, o Rio Azibo

e a Ribeira da Vilariça. O Rio Sabor tem características muito próprias, com a predominância de

habitats naturais e espécies muito diversificadas.

4.2 Albufeira

• A albufeira criada pela barragem é a 2ª maior do país a par de Castelo de

Bode. É a única de grande dimensão na bacia hidrográfica do Douro;

• Está inserida num território extremamente rico em valores ambientais, com

áreas classificadas coincidentes com os principais cursos de água da região

(Rio Douro, Rios Sabor, Maças e Azibo), bem como com um conjunto de

áreas de montanha. A preservação do território é assegurada por vários

instrumentos legais:

. Sítios de Importância Comunitária (SIC) “Rios Sabor e Maças”,

“Morais” e “Romeu”;

. Zona de Protecção Especial (ZPE) “Rios Sabor e Maças”, “Área

Protegida da Albufeira do Azibo”;

. Parque Natural de Montesinho e Parque Natural do Douro

Internacional.

• Um dos edifícios das centrais é assinada pelo arquiteto Siza Vieira, um dos

dois únicos Pritzker Prizes portugueses “os Nobel da Arquitetura”;

• Existem quatro praias fluviais projetadas, uma para cada um dos concelhos

circundantes;

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• A albufeira está situada junto à foz do Rio Sabor. O rio Sabor é afluente do

Douro, onde já existe um produto turístico de grande procura: Cruzeiros no

Douro Vinhateiro, Património da Humanidade;

• A nova albufeira está a cerca de quatro horas de lisboa e Madrid e a duas

horas do Porto.

4.2 A barragem

A Barragem do Sabor foi criada para potenciar as quatro estruturas hidroelétricas a jusante, já

no Rio Douro e duplicar o armazenamento de água da região. A barragem está constituída por

dois escalões. A albufeira a montante percorre uma extensão de 60 km preenchendo zonas dos

Municípios de Alfândega da Fé, Macedo de Cavaleiros, Mogadouro e Torre de Moncorvo.

A albufeira a jusante foi planeada para uma dimensão de 9,6 km ocupando as zonas do Concelho

de Torre de Moncorvo. A gestão da água, feita através de um sistema reversível, permite

bombear a água para montante, utilizando a energia que as eólicas não têm capacidade de

armazenar, sendo esta renovável e não poluente.

O projeto de construção da Barragem movimentou cerca de uma centena de empresas e cria

aproximadamente 1.500 postos de trabalho diretos e mais de 5.000 indiretos. Com a sua

existência haverá uma contribuição de cerca de 0,5% na produção da energia total em Portugal,

valor qual que deve ser lido em consonância com a restante cascata hidroelétrica do Douro, ou

seja, produz energia para abastecer cerca de 300 mil pessoas por ano.

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Figura 2 – Barragem do Baixo Sabor. Legenda: 1 - barragem do escalão a jusante; 2 – barragem do escalão a jusante; 3 – barragem do escalão a montante.

4.3 Os recursos naturais existentes na região

4.3.1 A Rede Natura 2000

A Rede Natura 2000 distingue-se por um conjunto de áreas protegidas de modo a preservar os

habitats e espécies selvagens raras, ameaçadas ou vulneráveis a nível da União Europeia.

Existem duas Diretivas que compõem esta rede, a Diretiva das Aves - 2009/147/CE, de 30 de

novembro (que substituiu a Diretiva 79/409/CEE do Conselho, de 2 de abril de 1979) e a Diretiva

dos Habitats - 92/43/CEE. A Rede Natura 2000 é formada por dois tipos de zonas,

nomeadamente as Zonas de Proteção Especial (ZPE) – determinadas através da Diretiva das

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Aves, que tem como objetivo assegurar a conservação das espécies de aves e seus habitats - e

as Zonas Especiais de Conservação (ZEC) – criadas em conformidade com a Diretiva Habitats, de

modo a proteger a Biodiversidade e conservar os habitats naturais de espécies de flora e fauna

selvagens.

Cerca de 20% do Território de Portugal Continental é protegido pela Rede Natura 2000, mais

precisamente 59 locais onde se englobam estuários de rios, zona litoral e áreas montanhosas.

Relativamente aos Açores, esta rede ocupa um total de aproximadamente 16% onde estão

abrangidas 38 áreas de todo o arquipélago, tanto no litoral como em zonas mais elevadas.

Sensivelmente 16 locais do território da Madeira estão também preservados pela Rede Natura

2000.

A zona dos Rios Sabor e Maçãs conta com uma área de 33.476 ha pertencentes à Rede Natura

2000. As características naturais dessa zona, aliado à sua distância das zonas urbanas, permitem

uma excelente condição para a conservação e reprodução de espécies da fauna e flora que

atualmente se encontram ameaçadas.

4.3.2 Fauna da região

A biodiversidade da região do Baixo Sabor é caracterizada por diversas espécies de origem

europeia e do Norte de África. As aves são predominantes nesta área, sendo que a maior parte

delas são nidificantes, como a águia de Bonelli (Hieraaetus fasciatus), a águia-real (Aquila

chrysaetos), o abutre do Egipto (Neophron percnopterus), a cegonha-negra (Ciconia nigra), o

falcão-peregrino (Falco peregrinus), o bufo-real (Bubo bubo), o chasco-preto (Oenanthe leucura)

e a Cia (Emberiza cia).

Em relação aos mamíferos aparentes nesta região, os quais representam cerca de 50% dos

existentes em Portugal Continental, distinguem-se o lobo-ibérico (Canis lupus signatus), da

toupeira-de-água (Galemys pyrenaicus), da lontra (Lutra lutra), do gato-bravo (Felis sylvestris) e

do corço (Capreolus capreolus).

Os répteis são também animais que se destacam nesta área, estando referenciadas 19 espécies

diferentes, que representam aproximadamente 70% do total de répteis em Portugal

Continental.

Como não poderia deixar de ser referido, na área em questão existe uma importante

comunidade de peixes, sendo o seu local de desova e alevinagem. Há a predominância da boga,

escalo, barbo, perca-sol, pimpão, o verdemã e o góbio.

4.3.3 Flora da região

O conjunto de plantas e vegetação que se podem encontrar na região do Baixo Sabor

representam 20 tipos de habitats naturais abrangidos pela Diretiva Comunitária de Habitats.

Neste local são predominantes os cultivos de amendoeiras, videiras e oliveiras. Daqui resulta

uma grande quantidade de produção de azeite, sendo um importante fator económico para a

região.

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Os azinhais e sobreirais persistem nesta região e pelo vale encontra-se uma grande quantidade

de endemismos aliados à comparência de substratos calcários e ultrabásicos.

As características mediterrânicas e europeias são influentes no que se refere ao fundo do vale

do Rio Sabor, pelas condições climáticas pode-se verificar a presença de diversas espécies

vegetais de pequeno porte próprias das áreas com estas particularidades. Entre elas distingue-

se a abundância de Olea europaea var. Sylvestris, Cistus albidus, Buxus semperviriens e de

Dianthus laricifolius.

4.4 Ações implementadas pela EDP

No âmbito da implementação da barragem, a EDP já atua no sentido de minorar e compensar

os impactos da implementação das barragens.

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5 GRUPO EDP

5.1 O Grupo EDP

A EDP – Energias de Portugal, S.A. foi criada em 1976, após a fusão de 13 empresas que haviam

sido nacionalizadas no ano anterior. Hoje, a EDP ocupa o 280º lugar no ranking das marcas mais

valiosas do mundo e a sua expansão deu-se a um nível global marcando presença em vários

pontos do mundo.

A EDP pauta-se por uma visão de ética nos negócios e sustentabilidade do meio ambiente,

levando a uma forte aposta na vertente de energias renováveis, também conhecidas como

energias verdes. O seu objetivo é ser “uma empresa global de energia, líder em criação de valor,

inovação e sustentabilidade”.

Os compromissos assumidos pela empresa – divididos em quatro categorias – refletem a sua

atitude face ao mercado, aos seus colaboradores e principalmente aos seus clientes.

Pessoas

• Aliar uma conduta ética e de rigor profissional, ao entusiasmo e iniciativa, valorizando

o trabalho em equipa;

• Promover o desenvolvimento das competências e o mérito;

• Acreditar que o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional é fundamental para o

sucesso.

Clientes

• Colocar-se no lugar dos Clientes sempre que é necessário tomar uma decisão;

• Ouvir os seus Clientes e responder de forma simples e transparente;

• Surpreender os seus Clientes, antecipando as suas necessidades.

Sustentabilidade

• Assumir as responsabilidades sociais e ambientais que resultam da sua atuação,

contribuindo para o desenvolvimento das regiões onde está presente;

• Reduzir, de forma sustentável, as emissões específicas de gases com efeito de estufa da

energia que produz;

• Promover ativamente a eficiência energética.

Resultados

• Cumprir com os compromissos assumidos perante os acionistas;

• Liderar através da capacidade de antecipação e execução;

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• Exigir a excelência em tudo o que é feito pela EDP.

5.1.1 A marca e valores do grupo EDP

Na essência, a EDP pretende apresentar-se como uma empresa humana, sustentável e

inovadora. Estas são características intemporais e universais, independentemente das

inovações de produto ou das mudanças competitivas. Como empresa dinâmica na vanguarda da

área energética, a EDP tem agora uma marca que representa essa agilidade. Foi criado um

sistema moderno, flexível e adaptável que dá à marca o ritmo das transformações que ocorrem

dentro do próprio Grupo.

O funcionamento da EDP assenta na (valores):

• Confiança… dos acionistas, clientes, fornecedores e demais stakeholders;

• Excelência… na forma como executa;

• Iniciativa… manifestada através dos comportamentos e atitudes das suas pessoas;

• Inovação… com o intuito de criar valor nas diversas áreas em que atua;

• Sustentabilidade… visando a melhoria da qualidade de vida das gerações atuais e

futuras.

Figura 1 – Evolução da marca EDP

5.2 Ciclo da Energia e áreas de negócio – breve enquadramento do negócio e da empresa

A EDP tem como visão, tornar-se uma empresa global de energia, mediante o cumprimento de

três fatores fulcrais: liderança na criação de valor, inovação e sustentabilidade.

Essencialmente conhecida pela sua presença no setor elétrico, de produção, de distribuição e

de comercialização, no entanto, com intervenção e forte presença no setor do gás na Península

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Ibérica. É um dos maiores operadores energéticos da Península Ibérica, o maior grupo industrial

a nível nacional e o terceiro maior produtor de energia eólica a nível mundial.

A EDP possui uma alargada área de negócio, mas cumprindo os compromissos de

sustentabilidade, numa base de eficiência energética, redução sustentável da emissão de gases

com efeito de estufa da energia produzida e contribuição para o desenvolvimento das regiões

onde estão presentes.

Podem ser definidas seis Unidades de Negócio as pertencentes ao Grupo EDP:

• Produção de Eletricidade: Regime Convencional em Portugal e Espanha; Regime

Especial que contempla operações de produção elétrica através de mini-hídricas,

cogeração, biomassa e resíduos; Trading de Energia e Compromisso Ambiental;

• Energias Renováveis: que abrangem o território nacional e espanhol;

• Distribuição de Eletricidade: realizada por empresas do grupo, pela EDP Distribuição em

Portugal e pela EDP HC Energia em Espanha;

• Comercialização: maior comercializador não regulado em Portugal e posicionando-se

entre as 5 primeiras comercializadoras em Espanha.

• Gás na Península Ibérica: realizada por empresas do grupo, pela EDP Gás S.G.P.S. em

Portugal e pela EDP Naturgas Energia em Espanha;

• EDP no Brasil: nas áreas de produção, distribuição e comercialização.

5.3 Plano das Barragens – as novas, quais, porquê, importância, que necessidades colmata

A EDP tem prestado fortes contributos na agilização da autonomia nacional em matéria

energética, implementando e executando práticas e procedimentos de atividades

tecnologicamente inovadoras, com carácter de sustentabilidade e de preocupação ambiental e

humana.

Um dos focos e objetivos da empresa é potenciar o aproveitamento hidrológico e a capacidade

hídrica. Atualmente perspetiva-se para Portugal um acréscimo do aproveitamento hidrológico

que ascenderá a 70% e para o mercado ibérico, ambiciona incrementar a capacidade hídrica em

57%.

As barragens funcionam como meio eficiente de empreendimento hidroelétrico, em particular

as reversíveis, pois reforçam a segurança do sistema de abastecimento elétrico e armazenam a

energia excedentária produzida pelas eólicas, promovendo simultaneamente as reservas de

água e minimização dos riscos de inundações.

Page 18: BRIEFING – EDP UNIVERSITY CHALLENGE 2015geracaoedp.edp.pt/universitychallenge/uploaded/1423072574-0813.pdf · do ensino superior passa pelo D ' #%",%$0 # ... objetiva e pragmática.

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Estes projetos são coincidentemente considerados como motores de interação e criação de

sinergias entre a EDP e as localidades onde os projetos se desenvolvem, permitindo soluções e

compensações criativas, económicas e de relevância para os interessados diretos. A cadeia

envolvente do projeto é acoplada à importância dos investimentos em empreendimentos

hidroelétricos, em que a EDP destaca atualmente a Barragem do Baixo Sabor, do Ribeirão Ermida

e do Foz Tua. Numa fase de licenciamento, encontra-se o investimento no Fridão.

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6 MAIS INFORMAÇÕES UTEIS SOBRE A EDP E SOBRE O TEMA DO

CONCURSO

Os grupos a concurso poderão encontrar mais informação sobre a EDP e sobre a região através

dos seguintes links:

Sobre a EDP

www.edp.pt

(Os grupos a concurso poderão encontrar os logotipos da EDP no site da empresa, na área

“Media”).

Sobre a barragem do Sabor

http://www.a-nossa-energia.edp.pt/centros_produtores/empreendimento.php?item_id=1

Camara Municipal de Alfandega da Fé

www.cm-alfandegadafe.pt/

Camara Municipal de Macedo de Cavaleiros

www.cm-macedodecavaleiros.pt/

Camara Municipal do Mogadouro

http://mogadouro.pt/

Câmara Municipal de Torre de Moncorvo

www.torredemoncorvo.pt/

Associação de Municípios do Baixo Sabor

www.ambs.pt/