Breve Historia Das Capitais Brasileiras Brasilia
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A TV Escola leva até a sua sala de aula os melhores documentários e séries de conteúdo educativo.
Acompanhe nossa programação no Canal 123 da Embratel, no Canal 112 da SKY, no Canal 694 da Telefônica TV Digital ou gratuitamente sintonizando sua antena parabólica: analógica - Hor /Freq. 3770 e
digital banda C Vert /Freq. 3965 Na internet acesse http://tvescola.mec.gov.br e assista ao vivo, 24 horas.
Breve História das Capitais Brasileiras Episódio: “Brasília”
Resumo
O episódio “Brasília” faz parte da série Breve História das Capitais Brasileiras e
dedica-se a narrar a história da capital do nosso país. A sequência de documentários
busca traçar um panorama sobre o crescimento de algumas cidades e oferece a
possibilidade de trabalhar, comparativamente, aspectos relacionados à fundação, ao
desenvolvimento urbano e econômico e aos aspectos culturais de cada um dos
centros urbanos. Sobre Brasília, o episódio destaca duas de suas características
fundamentais: o planejamento urbano e a sua função político-administrativa. Cidade
planejada pelo urbanista Lúcio Costa, com arquitetura criada por Oscar Niemeyer e
paisagismo concebido por Burle Marx, é considerada Patrimônio Histórico da
Humanidade pela UNESCO. Nascida de um projeto que, desde o século XVIII,
previa a transferência da capital do Brasil para o interior do país, Brasília foi e é
palco de momentos de destaque na história nacional. Desde a sua inauguração, em
1960, pelo então presidente Juscelino Kubitschek, passando pelos anos da ditadura
militar, entre as décadas de 1960 a 1980, e a retomada da democracia, com a volta
dos movimentos populares e as atividades políticas no Congresso Nacional, a
capital federal é, ao mesmo tempo, motivo de orgulho e de indignação. Projetada
para ser uma cidade que integrasse, no espaço urbano, as diferentes classes sociais,
Brasília se afastou do seu plano original em seus mais de 50 anos de história. O
desenvolvimento populacional acelerado acabou gerando problemas que são típicos
das grandes cidades.
A TV Escola leva até a sua sala de aula os melhores documentários e séries de conteúdo educativo.
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Palavras-chave Brasília, capital do Brasil, planejamento urbano, migrações internas, segregação
urbana.
Nível de ensino Fundamental (8º e 9º anos).
Componente curricular História.
Disciplinas relacionadas Geografia e Pluralidade Cultural.
Aspectos relevantes do vídeo
O documentário apresenta, cronologicamente, a história de Brasília, dos
antecedentes do seu projeto até os dias atuais, passando por aspectos políticos,
econômicos, sociais e culturais.
Poucos sabem que já nos séculos XVIII e XIX havia o projeto de transferir a
capital federal para o interior do país, com o objetivo de proporcionar uma maior
integração do território e a consolidação do Estado Nacional brasileiro. A cidade do
Rio de Janeiro, então capital do Brasil, não favorecia a comunicação com o interior
do país que estava se formando.
Mas foi no século XX que aconteceu o sistemático desbravamento da área
do planalto central, visando à instalação da futura capital. A Marcha para o Oeste,
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durante o governo de Getúlio Vargas, iniciou esse processo que contribuiu para a
decisão de JK de construir Brasília.
Para erguer a capital federal, foi necessária a contratação de grande número
de trabalhadores, vindos de todas as partes do país. Esse movimento migratório,
iniciado pelos operários pioneiros, deu origem a uma população bastante
diversificada. Os chamados candangos foram atraídos pela proposta de uma vida
melhor. Será que o sonho se realizou?
Com o passar do tempo, a população trabalhadora foi ocupando a periferia
da cidade. Previstas inicialmente no plano urbanístico de Lúcio Costa, as chamadas
cidades satélites hoje representam a desigualdade social presente em todas as outras
cidades brasileiras. Apesar de ter sido projetada para integrar populações de
diferentes origens, Brasília reproduz, no espaço urbano, um problema comum a
outras capitais: o da segregação espacial urbana.
Duração da atividade A atividade está prevista para ser realizada em seis (6) aulas.
O que o aluno poderá aprender com esta aula Perceber-se integrante, dependente e agente da transformação social e do ambiente,
identificando seus elementos e as interações entre eles.
Interpretar o papel histórico de instituições políticas como representação de práticas
de diferentes grupos sociais.
Problematizar a relação entre o homem e a natureza, nas dimensões culturais e
materiais, contemporâneas e históricas, envolvendo a construção da paisagem.
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Ler e construir gráficos e tabelas de maneira adequada para a apresentação dos
dados coletados.
Conhecimentos prévios que devem ser trabalhados pelo professor com o aluno Os alunos precisam conhecer a história da ocupação territorial do Brasil, desde os
primeiros tempos da colonização, iniciada pela fundação de vilas e cidades ao longo
do litoral, passando pela interiorização do território nos séculos seguintes, até os
movimentos mais recentes de exploração econômica das diferentes regiões do país.
A construção da paisagem é um ato de interferência humana na natureza e reflete
um projeto social de um determinado momento da história. Assim, compreender a
trajetória da mudança das capitais federais, desde Salvador, passando pelo Rio de
Janeiro, até a construção de Brasília, é fundamental para o aluno compreender a
relação histórica do homem com o meio ambiente.
Estratégias e recursos da aula/descrição das atividades Etapa 1 – Levantamento de conhecimentos prévios e exibição do vídeo
É recomendável começar a discussão de um tema a partir do conhecimento
dos alunos, pois além de evitar a repetição desnecessária de informações, valoriza as
experiências anteriores e chama a atenção para as construções e desconstruções de
visões sobre o assunto tratado.
Assim, professor, inicie a aula fazendo um levantamento das ideias que os
alunos associam à Brasília, registre na lousa e discuta, rapidamente, com eles tais
visões. Provavelmente, aparecerão comentários relacionados à capital do Brasil, sua
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função político-adminstrativa e também comentários do noticiário, como ações do
governo, corrupção, manifestações no Congresso, votação de leis, etc.
A seguir, exiba o documentário na íntegra.
Etapa 2 – Atividade Inicie a segunda aula retomando alguns aspectos do vídeo. Junto com os
alunos, organize as informações que enfocam o projeto de transferência da capital
para o planalto central, nos séculos XVIII, XIX e XX. Essa organização cronológica
colabora para a construção da noção de permanência e mudança ao longo do tempo.
A seguir, trabalhe especificamente com o projeto piloto de Brasília, destacando os
participantes em suas diferentes áreas: Lúcio Costa (urbanismo), Oscar Niemeyer
(arquitetura) e Burle Marx (paisagismo). O uso de imagens do documentário e de
outras fontes é importante para a representação visual das ideias que conceberam a
construção da cidade. Há sites que disponibilizam documentos escritos e visuais
sobre a história brasiliense, como:
http://www.memorialjk.com.br/bsb/indexbsb.htm
No site do Memorial JK, há uma seção dedicada à história de Brasília.
http://noticias.uol.com.br/especiais/brasilia-50-anos/
Fotos mostram a cidade em 1950 e nos dias atuais; em comemoração aos 50 anos da
capital federal, traz fotos comparativas de 1960 e de 2010.
Nessa aula ainda, o conceito de paisagem deve ser visto como fruto da ação
humana no meio. A Geografia pode colaborar para tal discussão, evidenciando, a
partir do caso de Brasília, a relação do homem com a natureza na construção do
espaço urbano.
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Na terceira aula, o tema privilegiado é um corte temático da história de
Brasília: a sua população de migrantes. Retome o trecho do documentário sobre os
trabalhadores pioneiros na construção da capital. Os chamados candangos deram
início à população brasiliense, que depois foi sendo composta por pessoas vindas de
todas as regiões do Brasil. Aqui o conceito de migração é construído a partir dessa
experiência brasileira. Vale também apresentar uma sequência de depoimentos
gravados por ocasião dos 50 anos de Brasília, em que um carioca, um goiano, um
gaúcho, um mineiro, um cearense e um paulista contam como foram morar na
capital federal.
Os deslocamentos populacionais, em diferentes épocas, seguiram dinâmicas
econômicas, sociais e políticas distintas. Apresentar aos alunos outros momentos de
migrações internas já ocorridas no Brasil, como no século XIX, durante o ciclo da
borracha, na região Norte ou, mais recentemente, o deslocamento de migrantes
nordestino para o Sudeste. Junto com o professor de Geografia, os alunos deverão
discutir tais deslocamentos no território nacional, suas causas e suas consequências
ao longo da história. Mapas temáticos podem colaborar para a compreensão de tais
migrações.
Um exemplo são os mapas abaixo, disponíveis na Wikipédia. No Portal do
Professor, há links de acesso às enciclopédias digitais livres.
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fonte: Wikipédia Pesquisa feita para “Migração interna no Brasil”
Outra estratégia é conhecer o perfil da população das cidades brasileiras.
Para isso, os dados do IBGE nos últimos censos são adequados ao trabalho em sala
de aula.
No Portal do Professor, nos links disponíveis, há um infográfico sobre a
variação da população de cada cidade do Brasil. Este material interativo pode ser
consultado pelos alunos. Eles podem saber não apenas sobre Brasília, mas sobre a
cidade onde vivem e outras da sua região ou de seu interesse.
Consultar: Saiba a população de cada cidade, segundo o Censo 2010 do
IBGE.
Na quarta aula, o professor deverá apresentar dados sobre a população
brasileira. O objetivo é familiarizar-se com a leitura de tabelas e compreensão dos
dados apresentados. Inicie com a leitura do texto “Mais de 5,2 milhões de
brasileiros migraram entre 1995 e 2000”, retirado do site do IBGE, com alguns
resultados sobre o censo 2000.
e assista ao vivo, 24 horas.
Discuta com os alunos aspectos apresentados no texto, como as regiões de
origem dos movimentos migratórios, o destino dos migrantes, o rendimento, a
composição racial, o nível de estudo, etc.
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A seguir, apresente a tabela com dados históricos sobre a população
brasileira.
População residente por situação do domicílio e por sexo - 1940-1996
Total Urbana Rural Anos
Homens Mulheres Homens Mulheres Homens Mulheres
1940 20.614.088 20.622.227 6.164.473 6.715.709 14.449.615 13.906.518
1950 25.885.001 26.059.396 8.971.163 9.811.728 16.913.838 16.247.668
1960 35.055.457 35.015.000 15.120.390 16.182.644 19.935.067 18.832.356
1970 46.331.343 46.807.694 25.227.825 26.857.159 21.103.518 19.950.535
1980 59.123.361 59.879.345 39.228.040 41.208.369 19.895.321 18.670.976
1991 72.485.122 74.340.353 53.854.256 57.136.734 18.630.866 17.203.619
1996 77.442.865 79.627.298 59.716.389 63.360.442 17.726.476 16.266.856
Fonte:
http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/censohistorico/1940_1996.shtm
Esses dados podem ser encontrados em
Estatísticas Históricas do Brasil. Rio de Janeiro: IBGE, 1987, volume 3.
Anuário Estatístico do Brasil. Rio de Janeiro: IBGE, 1996, volume 56.
Contagem da População 1996. Rio de Janeiro: IBGE, 1997, volume 1.
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Após a análise dos dados da tabela, verificando tanto o crescimento total da
população como a relação entre população urbana e população rural, solicite que os
alunos transformem a tabela em um gráfico que permita a visualização desse
crescimento populacional nos centros urbanos. No Portal do Professor, há links para
recursos digitais que podem ser utilizados na criação de gráficos.
Para a quinta aula, os alunos devem trazer os gráficos e apresentar aos
colegas. A seguir, proponha que eles transfiram para a realidade da sua cidade a
reflexão sobre a migração no Brasil. Os alunos devem se organizar em pequenos
grupos (de 4 a 5 integrantes) e elaborar uma coleta de dados com a população local.
A seguir eles irão tabular esses dados e apresentar suas conclusões à classe. Para a
coleta de dados, eles devem elaborar um questionário básico que servirá para
padronizar as respostas e transformar os dados em informações significativas.
Sugestão de questionário
1. Onde o senhor (a) nasceu?
( ) nessa cidade ( ) em outra cidade
2. Caso seja migrante, qual seu Estado de origem: ___________________
3. O senhor (a) estudou até:
( ) Ensino Fundamental I ( ) completo ( ) incompleto
( ) Ensino Fundamental II ( ) completo ( ) incompleto
( ) Ensino Médio ( ) completo ( ) incompleto
( ) Graduação ( ) completo ( ) incompleto
( ) Pós-graduação ( ) completo ( ) incompleto
4. Qual sua renda mensal:
( ) 1 salário mínimo ( ) entre 2 e 5 salários mínimos
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( ) entre 6 e 10 salários mínimos ( ) mais de 10 salários mínimos
O questionário é individual e uma pessoa não pode responder duas vezes a
mesma pesquisa. Os alunos deverão ter um prazo de uma semana para coletar os
dados. Cada grupo fica responsável por 10 entrevistas. A apresentação dos dados
deve ser feita em gráficos, um para cada pergunta.
Na última aula, os alunos apresentam os dados sobre a população local e
discutem sobre a existência ou não de uma parcela de migrantes que mora na cidade
e sobre seu perfil. Lembrar que tal atividade é uma amostragem, realizada com o
intuito de capacitar os alunos para a leitura de dados em gráficos e tabelas.
Questões para discussão Há outras questões que, após a atividade que privilegiou o estudo sobre as
migrações internas no Brasil, podem ser trabalhadas a partir do documentário
“Brasília”.
Para dar continuidade a essa reflexão, a sugestão é que os alunos leiam o
texto “Segregação espacial urbana”, de Renato Saboya, disponível no site
Urbanidades. O professor de Geografia pode ser convidado para participar da
discussão sobre a divisão da população no espaço da cidade e suas consequências
sociais.
Bibliografia HOLSTON, James. A cidade modernista: uma crítica de Brasília e sua utopia. São
Paulo: Companhia das Letras, 1993.
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SENRA, Nelson de Castro (org.). Veredas de Brasília: as expedições geográficas.
São Paulo: IBGE, 2010.
Consultora: Denise Mendes