Brasil de Fato RJ - 169

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Ano 3 | edição 169 RIO DE JANEIRO 11 a 13 de abril de 2016 distribuição gratuita Divulgação Guerrero ainda não convenceu Grande estrela do Flamengo tenta emplacar com torcida Mais um caso de estupro na Rural Audiência na Alerj foi marcada após manifestação das estudantes Artistas convocam para ato na Lapa nesta segunda-feira (11) Atividade contará com a presença de Chico Buarque e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva Estudantes já ocupam 13 escolas no RJ Em solidariedade à greve dos professores, que já dura mais de 40 dias, estudantes ocuparam 13 escolas em todo o estado. Eles também reivindicam melhorias no setor e querem abrir o diálogo com o governador Francisco Dornelles. Cidades | pág. 5 Cidades | pág. 7 Cidades | pág. 6 Esportes | pág. 15 Geral | pág. 4 Alimentos livres de agrotóxicos nas favelas. Conheça a experiência de hortas orgânicas na Babilônia e no Chapéu Mangueira Vitor Vogel/Cuca da UNE Divulgação Pablo Vergara / Brasil de Fato RP Fotografia

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Ano 3 | edição 169

RIO DE JANEIRO 11 a 13 de abril de 2016 distribuição gratuita

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ção

Guerrero ainda não convenceuGrande estrela do Flamengo tenta emplacar com torcida

Mais um caso de estupro na RuralAudiência na Alerj foi marcada após manifestação das estudantes

Artistas convocam para ato na Lapa nesta segunda-feira (11)Atividade contará com a presença de Chico Buarque e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva

Estudantes já ocupam 13 escolas no RJEm solidariedade à greve dos professores, que já dura mais de 40 dias, estudantes ocuparam 13 escolas em todo o estado. Eles também reivindicam melhorias no setor e querem abrir o diálogo com o governador Francisco Dornelles. Cidades | pág. 5

Cidades | pág. 7 Cidades | pág. 6

Esportes | pág. 15

Geral | pág. 4

Alimentos livres de agrotóxicos nas favelas. Conheça a experiência de hortas orgânicas na Babilônia e no Chapéu Mangueira

Vitor Vogel/Cuca da UNE

Divulgação

Pablo Vergara / Brasil de Fato

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EXPEDIENTE

Desde 1º de maio de 2013

O jornal Brasil de Fato circula semanalmente em todo o país e agora com edições regionais em Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná e Pernambuco. O Brasil de Fato RJ circula todas as segundas e quintas-feiras. Queremos contribuir no debate de ideias e na análise dos fatos do ponto de vista da necessidade de mudanças sociais.

CONSELHO EDITORIAL:Alexania Rossato,Antonio Neiva (in memoriam), Joaquín Piñero, Kleybson Andrade, Mario Augusto Jakobskind, Nicolle Berti, Rodrigo Marcelino, Vito Giannotti (in memoriam)

EDIÇÃO:Vivian Virissimo (MTb 13.344)

SUB-EDIÇÃO:Fania Rodrigues

REPORTAGEM:André Vieira, Bruno Porpetta, Mariana PItasse e Pedro Rafael Vilela

REVISÃO: Sheila Jacob

COLUNA SINDICAL: Claudia Santiago

ESTAGIÁRIO: Victor Ohana

ADMINISTRAÇÃO: Carla Guindani

DISTRIBUIÇÃO: Kleybson Andrade

DIAGRAMAÇÃO: Juliana Braga

TIRAGEM MENSAL: 200 mil exemplares/mês

(21) 4062 [email protected]

EDITORIAL

Segunda-feira, 11 de abril, Rio de Janeiro, Brasil

º C | F33Ensolarado

PREVISÃO DO TEMPO

Font

e: G

oogl

e

A possibilidade de Michel Temer assumir o gover-

no põe em risco direitos con-quistados pelo povo brasilei-ro. Há mais de um ano, os di-rigentes do PMDB anunciam e constroem o que seria seu programa de governo. Já o chamaram de “Agenda Bra-sil”, “Plano Temer” ou “Uma Ponte para o Futuro”.

O PMDB propõe, por exem-plo, o fim do reajuste automá-tico do salário mínimo. Se for colocada em prática, essa me-dida prejudicará o aumento dos valores do seguro-desem-prego, abono salarial e apo-sentadorias. Cerca de 46 mi-lhões de pessoas deixarão de ser beneficiadas.

COBRANÇA DO SUSMesmo com a avaliação da população de que a saúde e

Os direitos garantidos na CLT, como as férias, 13º salário e descanso semanal remunerado, estão em risco

A direita defende que o Congresso defina, a cada ano, se os programas sociais, como o Bolsa Família, pode-rão continuar ou não. Outro eixo das ideias apresentadas é a “privatização do que for necessário”. Ou seja, deixa-rão de ser públicos os hospi-tais, centros de saúde, as uni-versidades públicas, a previ-dência social, Banco do Bra-sil, Caixa Econômica Federal, a Petrobrás e por aí vai.

TERCEIRIZAÇÃOE, por fim, dentre as propos-tas está a regulamentação das terceirizações. Ou seja, todos os direitos garantidos na CLT, como as férias, 13º salário e descanso semanal remunerado, estão em risco. A terceirização significa pio-res condições de trabalho e

diminuição de salários.Não foi esse o projeto de país

que o povo brasileiro votou nas eleições de 2014. É certo que o governo de conciliação de classes de Dilma, pressio-nado pelo Congresso Nacional e pelos setores empresariais, também executa uma política econômica anti-popular. Mas a saída não é apoiar o impedi-mento, que vai significar piora das condições de vida.

OUTRA POLÍTICA ECONÔMICANossa alternativa é continuar nas ruas: garantir a democra-cia, resistir aos ataques em nossos direitos, mudar a po-lítica econômica do governo Dilma e conquistar uma As-sembleia Nacional Consti-tuinte para a ampla reforma do sistema político brasileiro.

a educação precisam melho-rar, Michel Temer e seus alia-dos defendem “acabar com as vinculações constitucio-

nais estabelecidas, como no caso dos gastos com saúde e com educação”. Além dis-so, na Agenda Brasil, Renan Calheiros, outro cacique do PMDB, cogita “cobrança di-ferenciada de procedimen-tos do SUS”.

PMDB na presidência vai retirar direitos

32° 24° 33° 24° 32° 24°

SEG TER QUA

Rio de Janeiro, 11 a 13 de abril de 20162 | Opinião

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EM FOCO

O uso do telefone celular para acessar a internet ul-

trapassou o do computador pela primeira vez no Brasil. É o que apontou o Instituto Bra-sileiro de Geografia e Estatísti-ca (IBGE). Mais da metade dos 67 milhões de domicílios bra-sileiros passaram a ter acesso à internet em 2014 (54,9%). Em 2013, esse percentual era de 48%. Mais de 60% dessas casas estavam na área urbana.

O celular para navegar na rede era usado em 80,4% das

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FRASE DA SEMANA

Karina Zambrana / Ministério da Saúde

Rafael Neddermeyer / Fotos Públicas

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Celular é principal meio de acesso à internet no Brasil

Disse o ator Lázaro Ramos em um evento sobre o papel político da juventude negra.

Divulgação

Divulgação

A apresentadora Bela Gil gravou um vídeo sobre os 5 anos da Campanha Perma-nente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida. “Vocês fazem um trabalho magnífico. Co-mida sem veneno é a verda-deira comida saudável”.

Condenado pela Justiça da França por lavagem de dinheiro, o deputado Paulo Maluf (PP) anunciou, em suas redes sociais, que vota-rá a favor do impeachment da presidente Dilma Rous-seff. “Valorizo fortemente a democracia”, escreveu. Con-ta outra, Maluf!

GRIPERio quer vacinar 1,4 milhão

A campanha nacional de vacinação contra a gri-pe marcada para o dia 30 de abril pretende imuni-zar 1,4 milhão de pessoas no Rio de Janeiro até 20 de maio. De acordo com a Se-cretaria de Saúde, esse nú-mero representa 80% dos grupos prioritários: crian-ças a partir de seis meses de idade e menores de cinco anos, gestantes, mulheres com até 45 dias após o par-to, idosos com idade a partir de 60 anos e doentes crôni-cos, além de profissionais da área da saúde. A vacina é distribuída pelo Ministé-rio da Saúde e imuniza con-tra os três subtipos de vírus da Influenza que mais cir-culam no inverno: A/H1N1, A/H3N2 e Influenza B.

casas com acesso à internet. Já o computador para esse fim es-tava em 76,6% desses domicí-lios e teve queda na compara-ção com 2013 (88,4%). A maior proporção desse uso foi re-gistrada no Nordeste, com 92,5% dos domicílios com o celular como meio de aces-so à internet.

O número de ca-sas com acesso à in-ternet por tablet, ce-lular e televisão cres-ceu 137,7% – passan-

do de 3,6 milhões para 8,6 milhões, de 2013 para 2014.

O número de pessoas que acessaram a internet por equi-pamentos eletrônicos diferen-

tes do computador teve cresci-

mento de 155,6% de 2013 para

2014, alcançan-do 10,5% da

população de 10 anos ou mais de

idade. (ABr)CRISE FINANCEIRAPolícia Civil do Rio avalia movimento grevista

Nesta segunda-feira (11), haverá uma reunião do sin-dicato dos policiais para avaliar o movimento gre-vista. Na última quinta-feira (7) os policiais da instituição entraram em estado de gre-ve. A Polícia Civil do Rio de Janeiro também anunciou na última semana medidas de adequação às restrições orçamentárias que o esta-do enfrenta. Haverá redu-ção de um terço no número de viaturas abastecidas nos postos dos órgãos de segu-rança pública, com exceção das frotas da Divisão de Ho-micídios, da Coordenadoria de Recursos Especiais, do Departamento Geral de Po-lícia Técnico-Científica e do DC-Polinter.

O golpe vai ser dos pretos contra o racismo, contra as elites, não o contrário

SUS E DEMOCRACIA Na última quinta-feira (7) foi comemorado o Dia Nacional em Defesa do SUS e da Democracia. Em Brasília, em frente ao Ministério da Saúde, movimentos populares realizaram um ato com o lema “Sem Democracia não teremos SUS, e sem SUS não teremos democracia”.

Rio de Janeiro, 11 a 13 de abril de 2016 Geral l 3

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Redaçãode Curitiba (PR)

4 | Mundo

A Polícia Federal deflagrou na última semana a Ope-ração Feng Shui, destina-da a apurar crimes ambien-tais decorrentes da emissão de esgoto, sem o devido tra-tamento, nas águas da Baía de Guanabara e lagoas da re-gião da Barra da Tijuca e de Jacarepaguá, na zona oeste da capital fluminense.

A investigação da PF, inicia-da há cerca de um ano, apon-

MST pede punição aos responsáveis pela morte de dois sem-terra no Paraná

Após a morte de dois sem-terra na última quinta-fei-

ra (7), no município de Que-das do Iguaçu, região central do Paraná, o Movimento dos Trabalhadores Rurais sem-terra (MST) pede a investiga-ção e a punição dos respon-sáveis pelo crime. De acor-do com o movimento, segu-ranças e jagunços da madei-reira Araupel participaram da ação, junto com a Polícia Militar (PM). A empresa alega ser proprietária da área ocu-pada pelos sem-terra; no en-tanto, a Justiça Federal reco-nheceu que o terreno perten-ce à União.

As vítimas, Vilmar Bordim (44) e Leonir Orback (25), eram militantes do MST e trabalhavam na organização do acampamento. Vilmar era casado e pai de três filhos, e Leomar deixou esposa grávi-da de nove meses.

Em nota, a direção estadual do MST descreve a situação da seguinte maneira: “A em-

boscada ocorreu enquanto aproximadamente 25 traba-lhadores sem-terra circula-vam de caminhonete, a 6 km do acampamento, dentro do perímetro da área decretada pública pela Justiça, quando foram surpreendidos pelos policiais e seguranças entrin-cheirados. Estes alvejaram o veículo onde se encontravam os sem-terra”.

De acordo com o advoga-do da comarca de Quedas do Iguaçu, Claudemir Torrente, que acompanhou de perto a situação, “todas as vítimas fo-ram baleadas pelas costas, o que deixa claro que estavam

fugindo e não em confronto com os policiais”.

Além das mortes, a embos-cada – que teria sido organiza-da pela PM, segundo o MST –, deixou pelo menos sete sem-terra feridos. Nenhum policial apresentou ferimentos.

A área do acontecimento foi isolada pela PM, impedindo a aproximação de familiares das vítimas, advogados e im-prensa, por aproximadamente duas horas. Há denúncias de advogados presentes no local de que os policiais removeram os corpos e objetos da cena do crime, sem a presença do Ins-tituto Médico Legal (IML).

PF investiga companhia de esgoto por cobrança indevida

tou possíveis falhas no pro-cessamento do esgoto pro-duzido no Rio de Janeiro e na região metropolitana. Tam-bém foi apurada a ocorrência do crime de estelionato, com suspeitas de que a Compa-nhia Estadual de Águas e Es-gotos (Cedae), empresa res-ponsável pelo tratamento dos dejetos, esteja cobrando ta-xas pelo serviço sem prestá-lo adequadamente.

Em nota, a Cedae informou que recebeu com surpresa a operação policial, incluindo busca e apreensão de docu-mentos em suas dependên-cias, “haja vista que sempre pautou suas atividades pelo respeito à população, à le-gislação e às instituições pú-blicas e nunca colocou qual-quer empecilho à colabora-ção com os entes de fiscaliza-ção”. (ABr)

Joka Madruga

Rio de Janeiro, 11 a 13 de abril de 20164 | Geral

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André Vieirado Rio de Janeiro (RJ)

Nossa ocupação é para reivindicar melhores condições de estudo e mais investimentos para a educaçãoPablo Miceli, estudante

Fotos: Vitor Vogel/ Cuca da UNE

A luta por uma educação de qualidade é antiga.

Mas, no Rio de Janeiro, estu-dantes de escolas públicas encontraram uma nova for-ma de pressionar o governo do estado e chamar atenção da sociedade para o drama vivido no setor: ocupar a pró-pria escola. Até a sexta-feira (8), eram 13 instituições ocu-padas pelos alunos na capital e no interior. Segundo o mo-vimento, novas escolas serão ocupadas nos próximos dias.

Do Méier, na zona norte, vem um dos exemplos. Des-de a última segunda-feira (4), o Colégio Estadual Vis-conde de Cairú está ocupa-do por seus alunos. E eles não estão sozinhos. Profes-sores se revezam para apoiar e ao mesmo tempo aprender com a nova forma de orga-nização dos jovens. Enquan-to isso, pais e vizinhos levam até o colégio alimentos para que o movimento continue. “Nossa ocupação é para rei-vindicar melhores condições de estudo e mais investimen-tos para a educação”, afirma o estudante do terceiro ano Pa-blo Miceli, de 18 anos.

Em uma rápida visita à es-cola, onde estudam 2.300 alu-nos, não fica difícil entender o que Pablo critica. Ao menos três salas guardam uma infi-nidade de aparelhos que não estão sendo utilizados: ca-deiras, mesas, aparelhos de som, ventiladores, geladei-ra, ar-condicionado, impres-soras, fogão industrial. “Nos-

Estudantes ocupam 13 escolas estaduais no RioJovens ocuparam instituições para reivindicar mais qualidade na educação

so colégio tem 98 anos e os problemas não são novos. Te-mos uma estrutura compro-metida, paredes com infiltra-ção, o telhado da quadra caiu, no auditório começaram uma reforma e não terminaram”, completa Pablo.

REIVINDICAÇÕESEntre os pontos reivindica-dos pelos estudantes estão: reforma dos espaços peda-gógicos; manutenção da in-fraestrutura; contratação de porteiros, inspetores e reinte-gração dos funcionários ter-ceirizados que foram demi-tidos; melhoria na qualida-de da merenda; eleição dire-ta para diretores; e nenhuma sala com mais de 35 alunos, já que, segundo os estudan-tes, existem turmas com mais de 60 alunos. As ocupações também ocorrem em apoio

outras. “Com essa ocupação nós aprendemos a nos orga-nizar e descobrimos os nos-sos direitos”, revela a estudan-te do segundo ano J.S., de 17 anos.

Após receber as doações dos alimentos, são os pró-prios alunos que se encarre-gam de fazer sua própria co-mida. O estudante Samuel Raymundo, de 18 anos, é o “chefe da cozinha” no pe-ríodo da tarde. “Nossa equi-pe aqui é muito trabalhado-ra. Aqui fazemos de tudo: ar-roz, macarrão, feijão, carne”, comenta o aluno ao apontar para as panelas com o jantar pronto às 17h. Ele acrescen-ta que a ocupação só irá ter-minar após o governo atender as demandas dos estudantes. Até lá, promete trabalhar duro para manter seus colegas de colégio de barriga cheia.

ESTADO RESPONDEQuestionada pelo Brasil de Fato, a Secretaria Estadual de Educação (Seeduc) infor-mou que já se reuniu com re-presentantes das ocupações e prometeu atender algumas reivindicações. Sobre os ca-sos específicos de cada esco-la, a Seeduc afirmou que só irá debater após a desocupa-ção das unidades.

Exemplo de São Paulo inspirou estudantes do RJ a ocuparem escolas

O estudante Samuel Raymundo, de 18

anos, é o “chefe da cozinha” da ocupação

aos profissionais da educa-ção do estado, que comple-taram 40 dias em greve.

ORGANIZAÇÃONa ocupação do C.E. Viscon-de de Cairú a distribuição de tarefas se dá através de co-missões, que cuidam da co-municação, segurança, ativi-dades, alimentação, dentre

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Fania Rodrigues do Rio de Janeiro (RJ)

Pamela Machado

RP Fotografia

A direção da universidade sempre se calou diante dos estupros e violências contra as meninasSashia dos Santos, do Levante Popular da Juventude

Mais um caso de estupro aconteceu na Universi-

dade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), no campus de Seropédica, na Baixada Flu-minense, na última semana. A grande repercussão de uma manifestação que reuniu mais de 400 estudantes motivou a realização de uma audiência pública na Assembleia Legis-lativa do Rio de Janeiro (Alerj), na próxima quarta-feira (13), às 10h. Após o crime sexual, as universitárias criaram na in-ternet a campanha #MeAvisa-QuandoChegar, que vem ga-nhando cada vez mais apoio.

O nome da última vítima, uma estudante de Agronomia, foi mantido em sigilo. O crime aconteceu na ciclovia, ao lado da universidade. A universitá-

Alerj fará audiência sobre estupros na Rural

ria Sashia dos Santos, do Le-vante Popular da Juventude, comenta que a maioria dos casos não é denunciada pelas vítimas, que ficam com medo do agressor e da exposição pú-blica. Segundo a 48ª Delega-cia de Polícia, 19 casos foram registrados na região no últi-mo ano. Segundo as estudan-tes, desde o começo do ano le-tivo, já aconteceram três casos de estupros na UFRRJ.

As estudantes acusam a di-reção da universidade de não

tomar nenhuma atitude para melhorar a segurança das alu-nas. “A direção da universida-de sempre se calou diante dos estupros e violências contra as meninas. Nunca prestou ajuda ou assistência psicológica às vítimas. Nenhuma providên-cia foi tomada”, relata Sashia.

Atualmente, a Rural tem aproximadamente 13 mil es-tudantes, só no campus de Seropédica, e outros 3 mil nas cidade de Nova Iguaçu e Três Rios. A maioria é com-posta por meninas.

“A coisa está tão feia que nós temos medo de andar até du-rante o dia na universidade”, diz Sashia. E à noite a situação piora bastante. A pouca ilumi-nação e a falta de guardas faci-litam a ação dos criminosos.

E não é de hoje que as es-tudantes denunciam esse tipo de crime. Elas criaram uma página no facebook chamada “Abusos cotidia-nos – UFRRJ” para relatar ca-sos de violência sexual. Mais de 600 histórias foram regis-tradas nos últimos três anos.

No mesmo dia do protes-to foi realizada uma assem-bleia, só de mulheres, onde puderam discutir o problema e apontar algumas soluções. Algumas meninas também fi-zeram uma ação “clandesti-na”, com colagens e pichação de frases como “eu não me-reço ser estuprada”, “machis-tas não passarão” e “cuidado, zona de estupro”.

NOTA DA UNIVERSIDADEDepois de ter o prédio ocu-pado por alunas cobran-do providências contra cri-mes sexuais cometidos con-tra mulheres, a UFRRJ divul-gou nota pública reconhe-cendo falhas na segurança. No comunicado, a institui-ção ainda pede desculpas pelo “inadequado acompa-nhamento” de um dos casos de estupro ocorrido em suas dependências. No entanto, nenhuma ação foi anuncia-da para melhorar a seguran-ça das alunas. A UFRRJ alega falta de recursos financeiros.

Na semana passada um novo caso de violência sexual ocorreu na instituição

Só esse ano foram relatados três estupros de alunas da UFRRJ

Ato contra violência sexual reúne centenas de universitárias

Rio de Janeiro, 11 a 13 de abril de 20166 | Cidades

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Fotos: Pablo Vergara / Brasil de Fato

Mariana Pitassedo Rio de Janeiro (RJ)

Pelos quintais e canteiros dos morros da Babilônia

e Chapéu Mangueira, manje-ricão, tomate, maracujá, hor-telãs e outras hortaliças ga-nham espaço. As produções orgânicas, que são fruto do tra-balho comunitário nas fave-las do Leme há cinco anos, são usadas para consumo próprio, compartilhadas entre vizinhos ou vendidas em restaurantes da região e bairros da zona sul.

A iniciativa, que hoje é man-tida pelos próprios moradores, foi impulsionada pelo projeto Rio Cidade Sustentável, pro-movido por 12 grandes em-presas em paralelo com as ati-vidades do Rio+20, em 2011. A ideia foi criada para ofere-cer vários cursos de formação nas duas favelas, entre eles, ca-pacitação de instalação e ma-nutenção de hortas orgânicas em quintais e lajes.

Entre os 16 moradores for-mados no curso, estava Ma-ria Helena da Conceição, 63 anos. Empregada domésti-ca aposentada, ela montou uma horta no próprio quintal como terapia.  “Sempre gos-tei de plantas, mas depois do curso consegui fazer minha horta, que virou meu delírio. Eu ocupei minha cabeça, es-tava entrando em depressão. Às vezes vendo para restau-rantes, mas nem sempre vale a pena porque a produção é

pequena, uso mais nas co-midas que faço para vender para fora”, explica.

SUSTENTÁVELCozinheira “de mão cheia”, Maria Helena tem como pla-

tais do Lido, além de muitos restaurantes da zona sul”, afir-ma João Batista.

TROCASOutra compradora assídua das produções da Babilônia e Chapéu Mangueira é Regina Tchelly, 34 anos, idealizado-ra do projeto Favela Orgâni-ca e também moradora local. A cozinheira trabalha em suas receitas com a ideia de apro-veitamento total dos alimen-tos. Se sobra alguma coisa que não consegue utilizar vai para a composteira, que também abastece as hortas vizinhas. “Nos tornamos parceiros, va-

mos trocando sementes, ma-téria orgânica, mudas e tam-bém conto com os vizinhos que têm horta para me for-necer hortaliças e tempe-ros. A gente vai se ajudando”, acrescenta. Além disso, Regi-na também incentiva e inves-te nos canteiros produtivos, chamados por ela de “Labo-ratório da vida”, que são hor-tas orgânicas desenvolvidas nas ruas da Babilônia, cuida-das e consumidas de forma coletiva pelos vizinhos.

LABORATÓRIO DA VIDAMaiores que as hortas do “Laboratório da vida”, mas com perfil produtivo pare-cido, existem cerca de 30 es-palhadas pela cidade. Fru-to do projeto Hortas Cario-cas, criado há oitos anos pela prefeitura, as plantações ur-banas têm metade da produ-ção doada para as escolas do bairro e às famílias mais po-bres, indicadas pela Associa-ção dos Moradores. A outra parte pode ser comercializa-da pelas equipes e o lucro é dividido entre os cuidadores.

Sempre gostei de plantas, mas depois do curso consegui fazer minha hortaMaria Helena da Conceição, empregada doméstica aposentada

Nos tornamos parceiros, vamos trocando sementes, matéria orgânica, mudas, hortaliças e temperosRegina Tchelly, do projeto Favela Orgânica

Hortas orgânicas ganham espaço em favelas cariocasNa Babilônia e no Chapéu Mangueira, as produções são compartilhadas entre vizinhos ou vendidas para restaurantes

João Batista planta manjericão, capim limão, coentro e salsinha

Trabalho comunitário nas favelas do Leme produz orgânicos

no montar uma lanchonete, junto com sua vizinha, para servir quitutes com ingre-dientes plantados em casa. A ideia surgiu depois da con-sultoria oferecida pelo Sebrae no ano passado para os donos das hortas tornarem suas pro-duções sustentáveis.

O ex-motorista de ônibus João Batista, 59 anos, também teve sua vida transformada após o curso. “É uma atividade que me ajudou a movimentar a vida. Conheci pessoas e luga-res aqui na comunidade que nunca tinha visitado. Hoje te-nho muitos pedidos de man-jericão, capim limão, coentro e salsinha. Planto por encomen-da, principalmente mudas. Nós aqui já vendemos para o Festival Gastronômico Quin-

Rio de Janeiro, 11 a 13 de abril de 2016 Cidades l 7

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EBC Memória

Divulgação

Os casos de zika não pa-ram de crescer pelo

país. Somente no estado do Rio de Janeiro, o núme-ro de registros da doença aumentou quase seis vezes em uma semana, passan-do de 4.289 em 22 de março para 24.600 em 1º de abril. Desse total, 17.799 casos fo-ram confirmados e 105 des-cartados, segundo o bole-tim divulgado pela Secreta-ria de Estado de Saúde.

A melhor estratégia para combate aos criadouros do mosquito, segundo a pes-quisadora Lia Giraldo da Fiocruz, é a ampliação do programa de saneamento básico: esgotamento sanitá-rio, tratamento do lixo, dre-nagem dos solos e, princi-palmente, abastecimento de água. Cerca de 90% dos cria-douros são reservatórios ca-seiros de água, utilizados pe-las populações mais pobres, que não possuem cisternas nem caixas d’água protegi-das. Dessa forma, a água é armazenada em baldes, la-tas, tonéis e tanques expos-tos ao mosquito.

“A incidência de dengue, zika e chikungunya é maior nas populações mais pobres pela falta de infraestrutura dos bairros onde moram e também pela vulnerabilida-de da saúde, devido ao maior contato com os pesticidas. O saneamento é a saída não só para essas doenças mas para tantas outras. A responsa-bilidade não é do indivíduo

“Saneamento básico é a solução para combate à Zika”

Mariana Pitassedo Rio de Janeiro (RJ)

Para Lia Giraldo, pesquisadora da Fiocruz, a doença deve ser combatida com a ampliação do esgotamento sanitário, tratamento do lixo e abastecimento de água

como apontam as campa-nhas e sim do poder público”, afirma.

VENENOPara a pesquisadora, a doen-ça ainda continua se espa-lhando porque está sendo combatida de forma inade-quada. “Por recomendação da OMS, nossa população se expõe a venenos cada vez mais potentes, que só têm atingido à nossa saúde e não ao mosquito. A epidemia de

População precisa exigir política pública de saneamento eficaz, diz pesquisadora

Pesquisas recentes, reali-zadas pela Fiocruz de Per-nambuco, mostram que o aedes aegypti pode não ser o principal vetor do zika ví-rus, mas sim o culex, que é um mosquito comum, co-nhecido como muriçoca ou pernilongo. O proble-ma apontado por essa nova descoberta é que o culex se reproduz não só em água limpa, como o aedes, mas também põe ovos em água suja e esgotos. Dessa forma, a doença pode se alastrar de forma mais rápida.

MICROCEFALIADe acordo com a pesqui-sadora, a relação da micro-cefalia e o zika vírus ain-da não pode ser afirmada, mas resultados das pesqui-sas da Fiocruz de Pernam-buco estão caminhando para a confirmação. “Esta-mos diante de uma doen-ça séria, que precisa ser tra-tada com mais urgência. As vacinas são realidades dis-tantes, pois exigem anos de pesquisa. A vacina da den-gue foi descoberta, mas ain-da não é viável, em termos de custo para vacinação em massa. A solução urgente é o saneamento básico. Ou enfrentamos essa doença com saneamento ou tere-mos que conviver com ela para sempre. Precisamos exigir uma política pública de saneamento eficaz”, con-clui a pesquisadora.

Aedes pode não ser principal vetor do zika, mostra pesquisa

dengue que persiste todos os anos, e agora a zika, nos mostra que essa tática não adiantou nada”, explica, des-tacando que, além da inefi-cácia e dos ricos à saúde po-pulação, os pesticidas tam-bém têm altos custos de in-vestimento que poderiam ser melhor utilizados.

A incidência de dengue, zika e chikungunya é maior nas populações mais pobres pela falta de infraestrutura dos bairros

Ou enfrentamos essa doença com saneamento ou teremos que conviver com ela para sempre

Rio de Janeiro, 11 a 13 de abril de 20168 | Entrevista

Lia Giraldo, pesquisadora da Fiocruz

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Peru: candidata da esquerda é alvo de guerra suja da imprensa localOs peruanos foram às ur-

nas, no último domingo (10), para eleger a presiden-te da República e o parlamen-to. O segundo turno está mar-cado para o dia 5 de junho e a posse para 28 de julho.

Duas mulheres lideravam as pesquisas de intenção de voto: Verónika Mendoza, candidata do partido de esquerda Frente Ampla, e Keiko Fujimori, repre-sentante da extrema-direita e fi-lha do ex-ditador do Peru, Alber-to Fujimori, preso desde 2009.

Em uma campanha eleitoral

Divulgação

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ação

FRANÇA Depois das massivas manifestações de operários franceses contra a reforma trabalhista, agora foi a vez dos policiais. Eles se juntaram aos demais trabalhadores e foram para as ruas do país protestar por melhores salários e condições de trabalho.

As autoridades dos Esta-dos Unidos informaram, na última semana, que a patrulha de fronteira com o México impediu a entrada de mais de cem migrantes sem documentos que atra-vessaram um rio que sepa-ra os EUA do México.

No total, foram detidas 102 pessoas: 73 homens, 12 mulheres e 17 meno-res, cujas nacionalidades não foram divulgadas.

Entre outubro de 2015 e fevereiro desse ano, a pa-trulha fronteiriça norte-a-mericana deteve na fron-teira sul dos Estados Uni-dos 51.217 pessoas sem documentação. O total re-presenta um crescimen-to de 117% em relação ao mesmo período do ano anterior (23.621).

Premiê da Islândia nega renúncia MIGRAÇÃOEUA impedem entrada de migrantes O gabinete do primeiro-mi-

nistro da Islândia, Sigmundur Davið Gunnlaugsson, desmen-tiu, na noite de terça-feira (5), a renúncia do premiê. Ele comu-nicou à imprensa que continua no posto, mas diz que se afas-tou por “tempo indetermina-do” do cargo. O chefe do gover-no agora é o ministro da Agri-cultura, que é vice-líder do Par-tido Progressista e assumiu o posto de forma temporária.

O primeiro-ministro da Islân-dia foi citado em um dos maio-res escândalos de corrupção da

Verónika Mendoza, candidata da esquerda, vai concorrer ao segundo turno

Chefe do governo da Islândia tira licença por tempo indeterminado

conturbada e marcada por de-núncias, a Justiça peruana ex-cluiu dois candidatos da disputa presidencial. Além disso, a can-didata que liderou as pesquisas até o final, Keiko Fujimori, qua-se ficou fora das eleições. Ela foi acusada de compra de votos.

No entanto, a única can-didata que não tinha acusa-ção na Justiça foi a que mais sofreu críticas da imprensa. Verónika Mendoza foi alvo de uma verdadeira guerra decla-rada pelos meios de comuni-cação, segundo informou o

atualidade, batizado de “Pana-ma Papers” ou “Papéis do Pana-má”. 11 milhões de documentos vazados do escritório da empre-sa panamenha Mossack Fonse-ca revelaram um grande esque-ma de lavagem de dinheiro e ocultação de patrimônio.

Políticos brasileiros, como Eduardo Cunha, e o filho de Fernando Henrique Cardoso também são citados nesse es-cândalo de corrupção, assim como o ex-ministro do Supre-mo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa.

deputado Manuel Dammert, seu companheiro de partido.

“Antes da candidatura de Verónika os meios disseram que a esquerda não existia e que a disputa se daria dentro dos partidos neoliberais. Ago-ra a direita e a imprensa estão fazendo uma campanha mi-diática contra sua candidatu-ra, acusando Verónika de bar-baridades”, denunciou o depu-tado. Até o fechamento dessa edição, o resultado não permi-tia dizer quem havia passado para o segundo turno.

Rio de Janeiro, 11 a 13 de abril de 2016 Mundo l 9

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AGENDA DA SEMANA

Os próprios produtores de “House of Cards” investem nas comparações com o Brasil

A série House of Cards (original Netflix) é um fe-nômeno de público e crí-tica no Brasil e no mun-do. No enredo, ambienta-do na capital dos Estados Unidos, Washington, o po-lítico Frank Underwood (Kevin Spacey) e sua mu-lher Claire (Robin Wri-ght) articulam a ascensão política do casal de forma inescrupulosa e cínica. 

O lançamento recen-te da 4ª temporada da sé-rie coincidiu com o atual momento de superaque-cimento do clima político no Brasil e, logo, as com-parações entre a ficção e a realidade se tornaram irresistíveis. Os próprios produtores da série ame-ricana têm investido nas comparações. Em feverei-ro, para promover o lança-mento da atual tempora-da, Frank Underwood foi “capa” das revistas Veja e Carta Capital. Há poucos dias, tornou-se viral na in-ternet um vídeo, aparente-mente anônimo, que imi-ta a abertura da série com imagens de Brasília.

COMPARAÇÕESEssas comparações surgem de forma espontânea e re-fletem a visão de parte da

SEMPRE VI NOVELA | Antônio Claret

House of Brasil?Divulgação

população brasileira sobre o processo político. Segundo essa visão, os resultados po-líticos seriam frutos de algu-mas mentes criminosas que manipulam a tudo e todos em benefício próprio. É uma visão limitada, que ignora a complexidade do jogo polí-tico e o impacto das múlti-plas regras e regimes na pro-dução das justiças e injusti-ças sociais.

O clamor pelo salvador da pátria, ou pelo mocinho hollywoodiano, ressalta a velha oposição “bem ver-sus mal” que é primária e ingênua. Esse desvio de foco nos faz esquecer, por exemplo, que o modelo de financiamento de cam-panha eleitoral não só ali-menta a corrupção gene-ralizada, como resulta em uma brutal desigualdade de nossas chances de par-ticipação na esfera pública.

Trama política de série americana tem acontecimentos semelhantes aos da política brasileira

O quê: Espetáculo conta história de um negro acusado de um crime e uma prostituta, única testemunha do ocorrido.Onde: Arena Carioca Dicró – Parque Ary Barroso, Penha. Entrada pela Rua Flora Lobo.Quando: De qui (14) a dom (17), 20h (qui a sáb) e 19h (dom).Quanto: 0800

O quê: Exposição traz tendências da fotografia digital de artistas que exploram a força da imagem impressa.Onde: Centro Cultural Justiça Federal – Avenida Rio Branco, 241, Centro. Quando: De terça a domingo (a partir do dia 13), de 12h às 19h. Até 29/05.Quanto: 0800

O quê: Cineclube infantil exibe “Carros 2” e “Tá Chovendo Hambúrguer 2”, para divertir a criançada no fim de semana. Onde: Centro Cultural Banco do Brasil – Rua Primeiro de Março, 66, Centro.Quando: Sábado e domingo (16 e 17), 15h. Quanto: R$ 10 (R$ 5 meia)

O quê: Em homenagem a São Jorge Guerreiro, evento abre com feijoada e anima participantes com roda de samba de Alexandre Nadai e a galera do Samba Zé. Onde: Praça da Harmonia, s/n – Gamboa. Quando: Domingo (17), 16h.Quanto: Entrada 0800, R$ 20 o prato de feijoada

O quê: Festa da escola técnica de formação de atores Martins Pena promete muito forró e batucada. Verba arrecadada será doada à Escola. Onde: Espaço XV – Arco do Teles, Largo do Paço, Centro.Quando: Sexta (15), 22h. Quanto: R$ 15 (até 23h)

O quê: Roda de samba liderada por Gabriel Cavalcante anima conhecida rua do centro do Rio de Janeiro, com muita alegria e um repertório cheio de sambistas consagrados. Onde: Rua do Ouvidor, esquina com a Rua do Mercado – Centro. Quando: Sábado (16), 17h.Quanto: 0800

Samba do Ouvidor

A prostituta respeitosa

Balaio – A Festa

CineCCBB Matinê

IV Festa de Ogum

Intervenção na fotografia impressa

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Divulgação

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Paula Kossatz/ Divulgação

Rio de Janeiro, 11 a 13 de abril de 2016 Cultura l 11

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12 | Opinião

VivaRio

A FIM DE PAPO | MC Leonardo

Essa semana a impren-sa divulgou o saldo de mais uma operação policial em Acari. A polícia disse que o resultado da ação com cinco mortos “foi positivo”. Como alguém pode ver po-sitividade em algo que re-sultou em mortes?

As polícias do Rio de Ja-neiro (em especial a militar) aceitaram o rótulo de “in-seticida social” e estão ce-gas sobre o que estão fazen-do. Os policiais, principal-mente os formados recen-temente, deveriam estar ao lado daqueles que querem um novo tratamento do Es-tado brasileiro.

DEBATE RASOA imprensa, que deveria cumprir o papel de elevar o debate, prefere tratar o as-sunto de maneira rasa, du-rante todos esses anos. As-sim vamos sempre discu-tir sobre o traficante de fu-zil nos becos e vielas, e não os custos da proibição.

Tenho certeza que tais custos não são discutidos justamente por terem vi-das de “sujeitos matáveis”

A Odebrecht novamente está envolvida em caso de su-

perfaturamento com suspei-ta de fraude, com seu grupo Odebrecht Transpor, que gere e controla a Supervia. No tele-férico do Alemão, o diretor Luiz de Souza recebia R$ 58 mil por mês. Isso é três vezes mais que o governador Pezão.

O contrato, sem licitação, previa que o Estado cobriria todo o valor gasto com os fun-cionários. Assim, o governo Pe-zão pagou R$ 180 milhões, des-de 2011. Isso gerou uma dívida pública de R$14,5 milhões.

Os funcionários recebiam muito menos que o valor da planilha, como o bilheteiro Verner Verneck, que recebia R$ 966,67 no contracheque, mas era cobrado R$ 3.733,93 no valor declarado.

Nesse ano, o governador Pe-zão cobriu uma dívida de R$38,9 milhões da Supervia com a em-presa Light. Além disso, tam-bém houve sumiços de 54 car-

As vítimas de Acari

envolvidas. Esses “sujeitos matáveis” também são po-liciais, pois são os que vão para o combate. Na maioria das vezes, eles saíram de lo-calidades iguais as que eles estão combatendo.

LEGALIZAÇÃOOs moradores de favela, que estão entrando na ado-lescência, com todos os hormônios aflorando, adre-

nalina a mil, com facilida-des da sociedade consu-mista, são as maiores víti-mas desse sistema.

Ou se legalizam as drogas ou iremos ver a polícia en-trar nas favelas para fazer o que vem fazendo todos es-ses anos: matar, prender, apreender, se corromper, morrer, e muito mais.

Esses “sujeitos matáveis” também são policiais, pois são os que vão para o combate

José Abrahão

ros de trem e arquivamento de reclamações de usuários con-tra acidentes, agressões de se-guranças, atrasos, entre ou-tras irregularidades.

EM NOME DO LUCROA Supervia alega prejuízo. No “ciclo das tarifas”, a cada au-mento de custos, a empresa faz reajustes. Isso exclui usuários e, assim, os consórcios cortam gastos, piorando a qualidade. Logo, aumentam tarifas, ale-gando melhorias.

Isso provocou uma crise de mobilidade urbana. Para “amenizar” essa situação, o poder público promove po-líticas de incentivo: Bilhete Único, subsídios, desonera-ções e, claro, corrupção.

O transporte só piora: trens lotados e tarifas altas. O Alemão é militarizado para alimentar o lucro do teleférico, com chaci-nas, racismo e brutalidades po-liciais. Sofre pelo corte de 111 li-nhas de ônibus no eixo norte-

sul da cidade, feito pelo prefei-to Eduardo Paes.

O Estado acumula dívida de R$ 186 bilhões por desonerar empresas, pagando em cortes na educação pública, saúde, aposentadoria, empregos e no subsídio ao Bilhete Único. Se os incentivos públicos ser-virem aos empresários, com os trabalhadores pagando ta-rifas e tendo seus direitos cor-tados, a crise vai piorar.

TARIFA ZEROÉ urgente o povo conquistar

a tarifa zero, taxando as maio-res fortunas e controlando a produção da sociedade, que é fruto do nosso trabalho. Os ri-cos devem pagar pela crise, não os mais pobres. Assim, garanti-remos o transporte público gra-tuito, integrado e com a garan-tia dos direitos sociais.

José Abrahão é integrante do Movimento

Passe Livre (MPL)

Supervia frauda sistema de pagamento de funcionários

Rio de Janeiro, 11 a 13 de abril de 2016

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Variedades l 13

Suflê de cenouraDiv

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ção

Ingredientes

• 4 cenouras cozidas e amassadas

• 1 colher de margarina

• 1 cebola ralada

• 1 pitada de sal

• 1 copo de leite

• 2 colheres de farinha de trigo

• 100 g de queijo picado

• 3 gemas e claras separadas

Modo de prepar

Cozinhe as cenouras, amasse e reserve. Em uma panela coloque a manteiga, a cebola ralada e deixe fritar. Coloque a farinha dissolvida no leite com as 3 gemas. Coloque na panela o queijo picado. Deixe engrossar, desligue o fogo e coloque a cenoura amassada. Misture bem e coloque as claras em neve. Coloque em um refratário untado com margarina e coloque no forno para gratinar.

Tempo de preparo40 minutos

Divulgação

Uma pessoa que fica com pessoas do mesmo sexo é necessariamente bissexual ou pode ser só uma curiosidade? Como saber isso?

Mirlene Dias, 28 anos, operadora de telemarketing

Dúvidas? [email protected] Sofia Barbosa | Coren MG 159621-Enf

Cara Mirlene, na minha opinião, qualquer pes-

soa pode ter experiências de relações homoafetivas es-porádicas por curiosidade sim. Caso tenha prazer com essas relações, pode que-rer repetir algumas ou mui-tas vezes. Algumas pessoas têm tanto prazer com a re-lação homoafetiva que dei-xam de gostar e ter prazer com os relacionamentos he-terossexuais. Outras conse-guem manter relações com ambos os sexos e sentem-se bem assim.

Há também as pessoas que, ao experienciar uma re-

BOMBOU NA INTERNET AMIGA DA SAÚDE

síveis inquietudes ligadas ao prazer sexual. Deixar os sen-timentos aflorarem. Muitos reprimem as suas inquietu-des por preconceito ou medo do estigma que pode carre-gar pela homofobia ainda tão presente em nossa sociedade.

lação homoafetiva, não se sen-tem realizadas e preferem man-ter somente relações heterosse-xuais. Acredito que não deve-mos ter preocupação em ves-tir um rótulo, em caber em uma ou outra definição. O mais im-portante é buscar vivenciar pos-

IRONIA MESMO É QUE DOS 65 PARLAMENTARES DA COMISSÃO

DO IMPEACHMENT

37 TÊM PENDÊNCIAS JUDICIAIS

Rio de Janeiro, 11 a 13 de abril de 2016 Variedades l 13

Receita

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14 | Variedades

Áries (21/3 a 20/4)Poderá ver terminada uma zanga que já se arrasta há vários anos e que incomoda seu cotidiano.

Touro (21/4 a 20/5)Brevemente a sua vida amorosa dará uma grande virada. Tenha a ousadia de deixar as coisas acontecerem.

Gêmeos (21/5 a 20/6)Dê mais atenção à pessoa que tem a seu lado. Aprenda a dividir e a valorizar quem te deseja o bem.

Câncer (21/6 a 22/7)Não perca tempo idealizando o seu amor, aceite-o tal como é. Que a leveza de espírito seja constante.

Leão (23/7 a 22/8)Poderá se sentir um pouco sozinho no mundo, mas não é bem assim, afinal muitos gostam de sua companhia.

Virgem (23/8 a 22/9)A seta do Cupido espera por você. Tenha a ousadia de sonhar, e a felicidade permanecerá em sua vida.

Libra (23/9 a 22/10)Não se precipite nos gastos. Que a clareza de espírito esteja sempre consigo. Passeie com amigos.

Escorpião (23/10 a 21/11)Seja honesto consigo próprio, não tenha receio de reconhecer os seus erros e traçar novas rotas de vida.

Sagitário (22/11 a 21/12)Reanime as suas atividades de casal. Organize um jantar que reúna os seus amigos e se divirta com eles.

Capricórnio (22/12 a 20/1)Tente dormir as horas necessárias para o seu bem-estar físico e psicológico. Não esbanje dinheiro.

Aquário (21/1 a 19/2)Siga com maior convicção aquilo que o seu coração lhe pede para fazer, deposite confiança nele.

Peixes (20/2 a 20/3)A força do impulso está em você e só você pode criar as circunstâncias propícias à realização dos seus projetos.

HORÓSCOPO FASES DA LUANova 11/4

Cheia 22/4

Crescente 14/4

Minguante 30/4

Rio de Janeiro, 11 a 13 de abril de 201614 | Variedades

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Tânia Rego / Agência Brasil

Inauguração da Marina contrasta com lixo nas águasEduardo Paes reafirmou que despoluição “não é uma preocupação olímpica”

O Senado aprovou na úl-tima semana um aporte de R$ 490 milhões para o Co-mitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos do Rio 2016.

Além desta verba, estão previstos na MP 710/2016 ou-tros recursos para os Minis-

Senado dá mais R$ 490 milhões aos Jogos OlímpicosMedida Provisória foi aprovada e prevê suplemento de verba a outras áreas

térios da Justiça, Defesa, In-tegração Nacional, Cultura e Turismo, além do pagamen-to de encargos financeiros da União. Com este suplemen-to, o custo aos cofres públicos pode chegar a R$ 1,47 bilhão.

A MP ainda segue para promulgação, o que deve

ocorrer ainda esta semana. Porém, a medida não foi aprovada por unanimidade. O Senador Randolfe Rodri-gues (Rede-AP) votou contra a MP, e os líderes do PSDB e do DEM votaram a favor, mas fizeram ressalvas na tri-buna do Senado. (BP)

Próteses geram polêmica

Tido como a grande es-trela da companhia ru-bro-negra, Paolo Guerrero, contratado a peso de ouro junto ao Corinthians, ainda não é unanimidade para a torcida do Flamengo.

Mesmo sendo o artilheiro do time na atual tempora-da, o que inclui nosso céle-bre Campeonato Carioca, a experimental Primeira Liga e a fatídica estreia na Copa do Brasil, é fato que Guer-rero ainda não convenceu. Ainda mais se considerar-mos, do ano passado para cá, os longos meses de je-jum do atacante.

Se no ano passado a es-trutura precária do clube foi apontada como razão para a má fase do atacante pe-ruano, o problema, em tese, foi corrigido. O Flamengo inaugurou um baita Cen-tro de Treinamentos, com um bolhão modernoso, vá-rios equipamentos sinistros, campos em bom estado etc.

Neste ano, o próprio trei-nador jogou na conta do cansaço a queda de rendi-mento do time. . Foram fei-tas inúmeras viagens devi-do à ausência de casa pró-pria. Nesta, obviamente, Guerrero está inserido

No entanto, não existe ra-zão aparente para o desper-dício de gols em profusão que Guerrero vem protago-

nizando. Mesmo a viagem às pressas do Uruguai para o Brasil, por conta dos jogos da seleção do Peru pelas eliminatórias da Copa, não explica as chances perdi-das diante do Vasco e do Botafogo.

Apesar de o Carioca não ser exatamente um bom parâ-metro técnico para avaliar

É evidente que Guerrero, até hoje, ainda não emplacou no Flamengo

A Federação Internacio-nal de Atletismo (IAAF, si-gla em inglês) estabeleceu um prazo para decidir se permitirá ou não que atle-tas que usam próteses nas pernas poderão disputar a Olimpíada do Rio 2016.

O Grupo de Trabalho formado pela entidade co-meça a se reunir no pró-ximo dia 20, em Mônaco (FRA), e promete uma de-cisão, no máximo, até ju-nho. Os debates tratarão de um suposto ganho de velocidade e impulsão pe-los amputados com a pró-tese, o que poderia gerar desequilíbrio na disputa.

qualquer coisa, é evidente que Guerrero, até hoje, ainda não emplacou no Flamengo.

A expectativa que se ti-nha e se tem sobre ele, até o momento, ainda é frus-trada. A despeito dele ser importante na retenção da bola no campo de ataque, ninguém joga com a cami-sa nove à toa.

O que se espera de Guer-rero são gols. Muito mais do que os já marcados. Chega a ser ridículo que Guerrero seja comparado a Riascos, ainda mais em desvantagem.

Está acabando o esto-que de justificativas. Ou, trocando em miúdos, aca-bou o caô.

Gilvan de Souza/Flamengo

IAAF/DivulgaçãoA inauguração, na última quinta-feira (7), da nova

Marina da Glória – local de competições da vela durante os Jogos do Rio 2016 – foi mar-cada por um grande evento, com a presença do prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB).

No entanto, a exaltação da bela Marina, obra realizada com dinheiro privado do con-sórcio BR Marinas e entregue ao mesmo para administra-ção (embora haja uma deci-são judicial contrária à con-cessão, em que a prefeitura deve recorrer), contrasta com a sujeira nas águas do local.

O prefeito reafirmou duran-

Acabou o caô

te o evento que a despoluição não é uma preocupação olím-pica, embora tenha repassa-do o problema à Cedae (Com-panhia Estadual de Águas e Esgoto), que afirmou estar prevista ainda para esse mês a inauguração do desvio de saí-das clandestinas de esgoto, es-pecialmente para a área de saída dos barcos.

A obra foi realizada com di-nheiro privado, do consórcio BR Marinas, que também vai administrar as novas instala-ções. Entretanto, há uma de-cisão judicial contrária à con-cessão, em que a prefeitura deve recorrer. (BP)

CEDAE pretende desviar o esgoto para outro local, sem resolver o problema

O estoque de justificativas

está se esgotando e os

gols teimam em não sair

Rio de Janeiro, 11 a 13 de abril de 2016 Esportes l 15

TOQUES CURTOS | Bruno PorpettaBINÓCULO

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O Fluminense foi a Volta Re-donda enfrentar o time da casa em meio a uma crise envolven-do o treinador Levir Culpi e o maior ídolo da história recente do clube, o atacante Fred.

Uma reunião na sede do clu-be, em Laranjeiras, definiu que Fred estaria liberado para tra-tar de “problemas particulares” e se reapresentaria apenas na terça-feira (12). No entanto, a história parece bem mais com-plexa.

O atacante teria dito à dire-ção do clube que não jogaria mais com Levir Culpi no co-mando da equipe. Ele estaria insatisfeito por ser substituído recorrentemente nos últimos jogos, desde que voltou recu-perado de uma lesão, além de não receber passes dos compa-nheiros mais jovens da equipe.

Por enquanto, ninguém se pronunciou oficialmente sobre o caso, mas a terça-feira será decisiva para saber sobre o fu-turo de Fred no clube. O joga-dor teria manifestado vontade

Em meio à crise entre Fred e Levir, Flu vence VoltaçoVitória por 2 a 0 dá vantagem do empate em jogo decisivo contra o Vasco

Fred pode estar se despedindo do Flu, após polêmica com Levir

de ser emprestado a outro clu-be brasileiro, após uma discus-são no vestiário com Levir.

No jogo, o Fluminense to-mou poucos sustos ao longo da partida. Superior ao adver-sário, não teve muitos proble-mas para definir o placar em 2 a 0, com um gol em cada tempo.

No primeiro, Magno Alves recebeu cruzamento de Jona-than, limpou o zagueiro e bateu firme para abrir o placar, aos 32 minutos.

Na etapa final, em contra-a-taque do tricolor, Cícero dis-parou pela direita com a bola, passou para Magno Alves, que deu lindo corta-luz e deixou a bola para Edson penetrar em velocidade na área e tocar por cima do goleiro, ampliando o marcador e dando números fi-nais à partida.

O Flu agora precisa apenas de um empate no clássico con-tra o Vasco para ser campeão da Taça Guanabara.

O surpreendente Lei-cester venceu o Sunder-land, fora de casa, por 2 a 0, com dois gols marca-dos por Vardy, e manteve a liderança do Campeo-nato Inglês com sete pon-tos de distância para o To-ttenham.

O artilheiro do time che-

Leicester vence e mantém vantagemgou a 21 gols na Premier League e é o vice-artilhei-ro da competição, atrás ape-nas de Harry Kane, do Tot-tenham, que marcou 22 ve-zes. Vardy não marcava ha-via oito jogos.

O Leicester chegou a estar com 10 pontos de vantagem, porém o Tottenham jogou

depois contra o Manchester United, em casa, e fez 3 a 0 em apenas seis minutos, du-rante o segundo tempo.

Na 34ª rodada, o Leicester recebe o West Ham em casa, no próximo domingo (17), enquanto o Tottenham sai para enfrentar o Stoke City, na segunda-feira (18). (BP)

Vardy é o artilheiro do Leicester City no Campeonato Inglês

O Botafogo enfrentou o Bangu, pela penúltima ro-dada da Taça Guanabara, no estádio de São Januário, precisando de uma vitó-ria para sacramentar sua classificação para as semi-finais do Carioca.

O primeiro tempo foi bastante morno, com poucas chances para am-bos os lados. O Botafogo foi levemente superior, mas como não conse-guia ter profundidade no último terço do campo, acabou criando muito pouco perigo para o golei-ro Célio Gabriel. O Bangu, por sua vez, não encaixa-va bons contragolpes.

Divulgação LCFC

Nelson Perez/Fluminense FC

Vitor Silva SSPress/Botafogo FR

Fogão vence no fim e garante vaga

No segundo tempo, o jogo ficou mais aberto. A maior qualidade do Botafogo fez com que o alvinegro criasse mais chances que o adver-sário. O Bangu ainda tinha dificuldades, mas tinha espaço para jogar nos contra-ataques.

Gol mesmo, só nos acréscimos do segundo tempo. Luís Henrique foi derrubado na área e Ro-drigo Lindoso bateu bem, garantindo a vitória do Botafogo por 1 a 0, além da vaga nas semifinais. O Bangu reclamou muito com a arbitragem de uma falta em Almir na origem do lance do pênalti. (BP)

O Botafogo, do treinador Ricardo Gomes, está nas semifinais

16 | Esportes

Bruno Porpetta do Rio de Janeiro (RJ)

Rio de Janeiro, 11 a 13 de abril de 2016