bp_junho2007

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Brasil PRESBITERIANO Junho de 007 Ano 0 / Nº - R$ 1,80 Órgão Oficial da Igreja Presbiteriana do Brasil Rede Presbiteriana de Comunicação Págia 16 Festival de Música agita jovens da IPB em Vila Velha Divulgação Págia 4 Cidade na Sibéria é novo campo de missionário da APMT Págia 15 Pastor da IPB lança obra sobre história da espiritualidade vandro Rocha/Folha Imagem Págias 10 e 11 Pernambuco: um desafio para a IPB Secretaria de Missões do Sínodo Central de Pernambuco divulga mapeamento do estado quanto ao alcance do evangelho a fim de promover a visão e a prática missionária da igreja na região Recife, capital de Pernambuco, cidade em que se concentram 1% das IPBs de todo o estado Divulgação Divulgação

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Cidade na Sibéria é novo campo de missionário da APMT Pastor da IPB lança obra sobre história da espiritualidade Pastor da IPB lança obra sobre Órgão Oficial da Igreja Presbiteriana do Brasil DivulgaçãoDivulgação Recife, capital de Pernambuco, cidade em que se concentram 1% das IPBs de todo o estado Págin­a 15 Págin­a 16 Págin­a 4 Págin­as 10 e 11 Rede Presbiteriana de Comunicação vandro Rocha/Folha Imagem Divulgação Divulgação

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B r a s i lPRES BI TE RIA NO

Junho de �007 Ano �0 / Nº ��� - R$ 1,80Órgão Oficial da Igreja Presbiteriana do Brasil

RedePresbiteriana

de Comunicação

Págin­a 16

Festival de Música agita jovens da IPB em Vila Velha

Divulgação

Págin­a 4

Cidade na Sibéria é novo campo de missionário da APMT

Págin­a 15

Pastor da IPB lança obra sobre história da espiritualidade

vandro Rocha/Folha Imagem

Págin­as 10 e 11

Pernambuco: um desafio para a IPBSecretaria de Missões do Sínodo Central de Pernambuco divulga mapeamento do estado quanto ao alcance do evangelho a fim de

promover a visão e a prática missionária da igreja na região

Recife, capital de Pernambuco, cidade em que se concentram �1% das IPBs de todo o estado

Divulgação

Pastor da IPB lança obra sobre

DivulgaçãoDivulgação

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Brasil PRESBITERIANO� Junho de �007

AssinaturasPara qual­quer assun­to

rel­acion­ado a assin­aturas do BP,en­tre em con­tato com:

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s dias 9 a 14 de maio foram marcados por grandes agi-tações causadas pela visi-

ta do papa Bento 16 ao Brasil. A vinda de Joseph Ratzinger ao maior país católico do mundo teve o propósito de canonizar o primei-ro santo brasileiro (Frei Galvão) e dar início à 5ª Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano e do Caribe, em Aparecida do Norte, SP. Esta visita marcou tam-bém a primeira viagem interconti-nental de Joseph Ratzinger como papa eleito em 2005. Antes de Bento 16, o único papa que havia visitado o Brasil fôra João Paulo 2º, em 1980, 1991 e 1997. As visitas papais ao Brasil geralmen-te resultam em grandes comoções por parte da comunidade católica, intensa cobertura pela mídia e uma considerável indiferença por parte dos protestantes.

Talvez parte da indiferença pro-testante deva-se ao fato de que muitos não sabem como respon-der corretamente a eventos como esse. Em uma época em que se enfatiza o “politicamente correto” e se prega a tolerância religiosa e a aversão ao fundamentalismo, poucos protestantes parecem ainda ter ânimo para demonstrar sua discordância com o catolicismo moderno, mesmo que este ainda

celebre a idolatria (canonização do Frei Galvão e adoração ao pró-prio papa) e mantenha algumas contradições tão óbvias (Roberto P. de Toledo, em seu artigo à Veja, denunciou que um dos milagres do frei canonizado foi a concepção de uma criança por um casal fora da instituição do matrimônio sagrado – um dos sete pecados capitais, segundo a igreja católica!). Talvez a posição protestante pudesse ser guiada por três princípios.

Em primeiro lugar, os protestan-tes deveriam reconhecer as virtu-des pessoais de Joseph Ratzinger. Amante da teologia agostiniana (sua tese de doutorado foi escri-ta nessa área), Ratzinger tem se oposto ao liberalismo teológico católico, tem denunciado a teoria da evolução como irracional e tem, corajosamente, defendido alguns valores sociais e familiares aban-donados há muito por alguns gru-pos protestantes. Também, como um chefe de Estado (o Vaticano), ele tem se posicionado em favor do diálogo e da harmonia nas relações internacionais. Neste sentido, é possível manifestar certa simpatia por Bento 16.

Em segundo lugar, os protestan-tes não poderiam ignorar os ensi-nos anti-bíblicos freqüentemente defendidos por Ratzinger. Quando Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé (nomeado ainda

por João Paulo 2º), Ratzinger foi um dos maiores promotores da mariolatria. Tem sido um dos gran-des defensores da “infalibilidade papal” e insiste na reivindicação de que a igreja católica é a única igreja verdadeira (Deus Caritas est). Em sua passagem pelo Brasil, ele ainda alimentou explicitamente o misticismo.

Finalmente, os protestantes deve-riam lembrar que a simpatia pela pessoa de Ratzinger não nos impe-de de contestarmos o ofício anti-bíblico que ele sustenta. De acordo com a tradição católica, ele é o 265º sucessor de Pedro e o representan-te de Deus na Terra. Esse ofício, todavia, não possui embasamento bíblico e muito menos histórico e essa foi uma das razões pelas quais os teólogos de Westminster se referiram àquele que exerce esse ofício como “o homem do pecado”, pois não há outro “cabe-ça da Igreja senão o Senhor Jesus Cristo” (CFW cap. 25. vi).

Refletindo dessa forma, os pro-testantes talvez não fiquem tão indiferentes na próxima visita do papa. Quem sabe voltem a exer-cer a função profética de protestar contra o erro!

Val­deci da Sil­va San­tos

O papa no Brasil

Conselho Deliberativo:Gunnar Bedicks Júnior – presidenteJared Ferreira Toledo da Silva – secretárioAndré Luis da Silva Mello – titularDarly Gomes Silveira Filho – titularEuclides de Oliveira – titularJohnderson Nogueira de Carvalho - titularRicardo da Mota – titular

EXPEDIEN­TE

Rede Presbiterianade Comunicação

Brasil PRESBITERIANOAno 50, nº 633 – Junho de 2007

Rua Maria Antônia, 249, 1º andar, CEP 01222-020, São Paulo – SPTelefone: 0(XX)11 3255 7269

E-mail: [email protected]

Órgão Oficial da

Secretaria de Atendimento ao Assinante: (19) 3741 3000 / 0800 119 105

www.ipb.org.br

Uma publicação da

Opinião

O rev. Val­deci da Sil­va San­tos é coordenador do Doutorado em Ministério

do Centro Presbiteriano de Pós-graduação Andrew Jumper e pastor da Igreja Evangélica

Suíça, em São Paulo.

Edição e chefia de reportagem: Letícia FerreiraDRT/PR: 4225/17/65.E-mail: [email protected]

Textos: Letícia Ferreira - [email protected] Caroline Santana - [email protected]

Diagramação: Aristides NetoImpressão: Folhagráfica

O

Conselho Editorial:Valdeci da Silva Santos - coordenadorJuarez Marcondes Filho - membroMarcos José de Almeida Lins - membroRomildo Lima de Freitas - membroSilas Luiz de Souza - membroWalcyr José de Paiva Gonçalves - membro

Seu recado

Sou pastor missionário residindo atualmente em Ijuí (RS). Como é de conhecimento geral da IPB, o Rio Grande do Sul tem sido a última fronteira brasileira a ser conquistada pelo evangelho. Estou aqui desde 2001 e tenho percebido a grande dificuldade em fazer conhecida a nossa denominação entre os gaúchos. No entanto, recentemente ouvi um testemunho que muito esperava: “Assisto o programa da sua denominação aos sábados de manhã e realmente sua igreja parece ser muito boa, séria e comprometida com a Palavra de Deus”. Esta frase tem um valor muito grande para nós, missionários em terras gaúchas, pois, ganhar o respeito e confiança desse povo é um dos nossos primeiros objetivos missionários. Com isso, cresce nossa responsabilidade de continuarmos nesse pro-jeto, procurando solidificar os campos missionários em todo o Rio Grande do Sul. Contamos com a ajuda da Rede Presbiteriana de Comunicação para tal divulgação. Só da Junta de Missões Sinodal do Sínodo Meridional há treze campos, desde Erechim até Uruguaiana, extremo norte e extremo noroeste do estado, ainda englobando parte do centro do estado. Precisamos do seu apoio. Bem como buscamos apoio de Igrejas Irmãs que nos apóiem financeiramente e espiritualmente.

Parabéns a toda equipe da Rede Presbiteriana de Comunicação.

Rev. Vanderlei Arruda de Ijuí (RS)

Sou assinante do jornal Brasil Presbiteriano há um ano e meio e amo ler e ficar por dentro das notícias de nossa igreja.

Luzia Sucipião, da IP da Vila Matiheussem, em Americana (SP)

Sou leitora do BP e pretendo logo me tornar assinan-te já que tenho crescido muito espiritualmente com a leitura dos artigos maravilhosos nele expostos.

Maria Solange de Souza Lacerda, da IP de Pombal (PB)

Quero lhe parabenizar o prezado irmão rev. Romildo Lima de Freitas pela sua opinião (Um ministro fiel – Opinião BP abril, pg. 2). Do jeito que as coisas estão acontecendo, os alimentos que certos mordomos (ministros) estão servindo, estão perdendo o sabor. Eu não consigo engolir. Pastor Romildo, que Deus continue lhe inspirando.

Cypriano José da Silva, presbítero em disponi-bilidade da IP Joinville (SC) [email protected]

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ergunta: Gostaria de uma palavra sobre distinções como igreja como insti-

tuição e como organismo, cris-tianismo e cristandade, e coisas semelhantes.Resposta: Considerações:Conceitos de igreja1 - O seguinte esquema resu-midamente revela o rumo que se tomou, chegando a um grave extravio: Século Primeiro – Onde Cristo está, ali está a igreja (Ubi Christus id ecclesia); século 2 – Onde o Espírito está, ali está a igreja (Ubi Spiritus...); século 3 – Onde o bispo está, ali está a igreja (Ubi episcopus...).Observação: Cipriano (200-258 a.D.), a quem é atribuída a sen-tença: Ubi episcopus id ecclesia, combateu a idéia da superiorida-de do bispo de Roma. Afirmava que todos os bispos são iguais. Lembremo-nos de que, biblica-

mente, as mesmas pessoas eram presbíteros e bispos: At 20.17 e 28; 1 Pe 5.1.2 - Cristianismo, cristandade e civilização cristãA palavra cristianismo significa igreja de Cristo, onde quer que se encontre, numerosa ou não. Significa também espírito de Cristo. A palavra cristandade refe-re-se ao conjunto de países onde é mais ou menos notável a presença da igreja cristã. Cristandade não é cristianismo; pode contê-lo ou não. Civilização cristã, nome dado à civilização do mundo ociden-tal (hoje chamada “pós-cristã”), não significa “cristã” no sentido real desta palavra. Indica apenas uma civilização influenciada (e às vezes dominada) pela Igreja Católica Romana. Daí, cristanda-de não é cristianismo verdadeiro; civilização cristã não é civilização verdadeiramente cristã.Instituição e OrganismoA igreja é um organismo vivo,

não uma instituição.A instituição é necessária. Ela é importante quando se mantém subordinada à Palavra de Deus; é um mal quando se sobrepõe à Palavra de Deus. A instituição depende de números (recursos humanos e financeiros); o orga-nismo não. Sobre um aspecto da instituição (templo), Jesus disse: “Em verdade vos digo que não ficará aqui pedra sobre pedra que não seja derribada" (Mt 24.2). Sobre a igreja como o corpo de Cristo, como o povo vivo de Deus, Jesus Cristo disse: “As por-tas do inferno não prevalecerão contra ela” (Mt 16.18).Advertência e ConsolaçãoAdvertência: a humanidade, pior que isso, o povo de Deus, sempre mostrou a tendência de alterar o sentido das Escrituras Sagradas e as prioridades esta-belecidas por Deus nelas (e o protestantismo moderno não está livre dessa culpa). Os fariseus

foram mestres nisso, e os mes-tres da Idade Média se mostraram aprendizes tão bons dos fariseus que foram muito além deles na falsificação da Palavra de Deus. Um dos muitos exemplos disso (é muito próprio lembrar nestes dias de acendrada papalatria): Em At 15.4 vemos que a ordem dos ter-mos sobre a igreja é: a igreja (os membros da igreja), os apóstolos e os presbíteros. Distinção impor-tante no contexto da realização do Primeiro Concílio da Igreja Cristã. Pois não é que o roma-nismo alterou gravemente isso? Na Idade Média desenvolveu-se a idéia de separação entre clero e povo (grego: laos, povo; latim: laicus, relativo ao povo, leigo). O clero era a igreja; o povo era o povo – mendicante sob o clero. Havia até separação com grades de ferro, nos templos, entre o local do clero e o do povo, o que se vê ainda em alguns templos antigos.

A advertência nos vem em textos como o de Mateus 15.6, no qual Jesus acusa os fariseus com estas fortes palavras: “Invalidastes a palavra de Deus, por causa da vossa tradição”.A consolação, para os fiéis ser-vos e servas de Deus, vem em textos como o de Lucas 12.32, onde o Rei dos reis e Senhor dos senhores, que, encarnando, nas-ceu numa estrebaria e teve como berço uma manjedoura, Aquele que fez Sua entrada triunfal em Jerusalém como “o Rei bendito” montado num jumentinho. Este nosso bendito Senhor e reden-tor diz: “Não temais, ó pequeni-no rebanho; porque vosso Pai se agradou em dar-vos o seu reino”. Louvado seja Deus!

P

Odayr Ol­ivetti é pastor presbiteriano, ex-professor de Teologia Sistemática

do Seminário Presbiteriano de Campinas, escritor e tradutor. E-mail:

[email protected]

Odayr Ol­ivetti

Igreja: distinções importantesConsultório Bíblico

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Uma ferramenta útil para a igreja, pastores e líderes. Inclui as alterações da últimareunião do SC-IPB e as mudanças de campos pastorais mais recentes. Dados atua-lizados dos presidentes de Sínodos e secretários executivos dos Presbitérios.

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Anuário IPB 2007. O ponto de encontro da Igreja Presbiteriana do Brasil.

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Brasil PRESBITERIANO� Junho de �007

ados assustadores (vide box) mos-tram claramente a

necessidade do povo russo. Pretendo levar esperança aos jovens da Sibéria, na cidade em que estou, Novasibirsk, mas esperança real, através de Cristo. O nosso Pai tem um grande futuro para esta geração que tem sido vitima de uma triste realidade.A cidade universitária dessa

região tem muitos jovens e circula muita droga. É também uma cidade grande, com quase dois milhões de habitantes, e sem nenhuma igreja reformada. Há apro-ximadamente dez igrejas evangélicas, sendo que ape-nas uma chega a ter mais de 300 membros. É um grande desafio levar esse povo a conhecer o amor e graça de Deus, para assim terem as suas vidas transformadas.Minha missão é influenciar

os jovens e ajudá-los a trans-formar as suas vidas, treinar líderes locais, criar um cír-culo de relacionamentos na cidade, plantar uma igreja relevante e missionária e montar um projeto de rea-bilitação para dependentes químicos.Inicialmente, é preciso

entender a cultura local, desenvolver relacionamen-tos e aprender o idioma. É importante criar esses vín-culos, discipular e trabalhar junto com outros cristãos que queiram, como as igre-jas locais e a Jocum (Jovens com uma Missão).SITUAÇÃO ATUAL

Graças a Deus, atualmen-te o clima na Sibéria está agradável, cerca de 15 graus positivos. Já não há quase neve na rua e a sujeira da cidade está começando a passar. Enfim, a cidade tende a começar a ficar bonita. O melhor é que não precisa-mos mais usar tantas roupas para sair (duas meias, calça de baixo, luva, cachecol, gorro, várias blusas), pelo menos uns quatro quilos a menos de roupa.Já se vê muitas pessoas

na rua, inclusive jovens de várias tribos (punks, skatis-tas, músicos, bikers). Nem me lembrava que a cidade tinha tantos jovens.Estou conhecendo algu-

mas igrejas, nas quais posso entender melhor a maneira de pensar do povo russo e, em algumas delas, ajudar de certa maneira. Conheci uma casa de recuperação de dependentes químicos que vai ser interessante para a plantação de uma nova casa de reabilitação.O melhor tem sido o semi-

nário sobre Relacionamento, com Deus, conosco, com a família e amigos. Estamos na segunda semana de fun-cionamento. O seminário é realizado de terça a quinta-feira e recebe cada vez mais pessoas (em média 40 par-ticipantes), jovens, casais e idosos. Creio que tem sido uma bênção na vida da igre-ja.Além disso, estou parti-

cipando, todas as quintas-feiras, do Alfa Curso, que discipula pessoas que estão conhecendo a Jesus. Apesar

da minha falta de domínio do idioma russo, já consigo compartilhar algumas coisas em nossos discipulados. Em relação à língua, já entendo muita coisa. O mais difícil surge na hora de expressar, já que a língua tem muitas declinações.Na faculdade, tudo está

dando certo na graça de Deus. Pude falar de Deus para a minha professora, pois ela acredita que Jesus ape-nas foi um filósofo. Ofereci, como presente, um Novo Testamento e expliquei um pouco sobre quem foi Jesus. A professora interessou-se pelo assunto e perguntou se poderia ir até a igreja ouvir minha pregação. Concordei, é lógico. Em breve ela irá, assim que puder.Outra experiência interes-

sante são as conversas que tenho com cris-tãos “feridos”. Deus está agin-do em relação a área de aconselhamento, pois existem muitas pesso-as que necessitam de apoio espiritual mais intenso.MOTIVOS DE ORAÇÃOUm problema que surgiu

nesses últimos dias foi o vencimento do visto. Peço orações, pois preciso tomar algumas decisões. O prazo venceu no dia 1º de junho. Para renovar, terei nova-mente que fazer matrícu-la na faculdade, que custa cerca de três mil reais, ou sair do país, o que acarreta ficar três dias em um outro lugar da Europa para pegar outro visto, o de religioso,

pois todos os vistos (exceto o de estudante) só são reno-vados fora do país. Isso sai-ria mais barato, mas corro o risco de conseguir o visto só por três meses e ter que sair novamente para repetir o processo.Já conheço alguns jovens

na faculdade e posso até levar alguns para as igrejas e falar da graça de Deus. Creio que seria importante ficar mais tempo, pois pre-ciso também aprender mais o russo. Irei para outras universidades procurar um preço mais viável, crendo, acima de tudo que Deus estará direcionando a deci-são.

Peço aos irmãos que roguem a Deus juntamen-te comigo pela questão do visto e pelo aprendizado desse novo idioma. Orem também pelas pessoas que evangelizamos, em espe-cial Dima, Leo Cai, Annia Alekssandrovna, Aimã e as pessoas do Alfa Curso. Rogo a provisão de Deus; que ele dê sabedoria, pois são várias as áreas que pre-cisam de socorro aqui.Informações sobre esse

projeto no meu site, no qual, toda a semana, são acrescen-tadas novas informações: www.fabiodiniz.com

Projeto missionário na SibériaMissões Transculturais

Por rev. Fábio Din­iz

Pregando a palavra de Deus na Rússia

Missionário rev. Fábio Diniz

D

Divulgação

Dados sobre o evangelho na Sibéria:

Católicos ortodoxos ..................55%Ateus ...........................................32%Muçulmanos ...............................8,7%Outros .........................................2.47%Evangélicos ................................0,7%

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Brasil PRESBITERIANO �Junho de �007

História: As Confissões Reformadas

Catecismo de Heidel-berg é o principal docu-mento confessional da

igreja reformada alemã, sendo considerado uma das confissões protestantes mais belas, genero-sas e pessoais. Com o advento da Reforma, várias regiões da Alemanha se tornaram lutera-nas, mas algumas delas acaba-ram abraçando um luteranismo moderado, inspirado por Filipe Melanchton, o sucessor de Lutero. Foi o que aconteceu no Palatinado, um pequeno estado da Renânia, a região a oeste do rio Reno. Sua capital, Heidelberg, abraçou o luteranismo em 1545-1546 e, no início da década de 1560, o príncipe Frederico Terceiro optou pelo calvinismo. Tratava-se, porém, de um calvi-nismo atenuado, marcado pelo

espírito de Melanchton.O príncipe convidou alguns

teólogos reformados para traba-lhar na sua cidade. Os mais notá-veis foram dois jovens altamente qualificados, Zacarias Ursino (1534-1583) e Gaspar Oleviano (1536-1587). O alemão Ursino foi um discípulo de Melanchton, conheceu Calvino pessoalmente e se tornou calvinista por influ-ência do reformador italiano Pedro Mártir Vermigli. Oleviano era de origem francesa e abra-çou a fé reformada através de seus contatos com estudantes huguenotes; estudou teologia em Genebra, Zurique e Lausanne. Em Heidelberg, Ursino tornou-se professor de teologia no Colégio da Sabedoria, uma escola fun-dada pelo príncipe, e Oleviano, além de lecionar nessa escola, pastoreou a principal igreja da cidade. Eles foram os líderes de

uma comissão que produziu o famoso catecismo, publicado em 19 de janeiro de 1563 e rapida-mente aceito por praticamente todas as igrejas calvinistas. Sua influência tornou-se particular-mente forte na Holanda, onde foi reconhecido como uma das Três Formas da Unidade, ao lado da Confissão Belga e dos Cânones de Dort.

O príncipe Frederico queria um catecismo conciliador, que reunisse o melhor do pensamen-to luterano e reformado e ao mesmo tempo fosse útil para instruir as pessoas nos elemen-tos básicos da fé cristã. O texto contém 129 perguntas e res-postas que seguem o padrão da carta aos Romanos. Depois de duas perguntas introdutórias, há três divisões: (a) Parte 1: Nosso pecado e culpa – a lei de Deus (perguntas 3-11): contém uma

confissão da pecaminosidade humana e do desprazer de Deus; (b) Parte 2: Nossa redenção e liberdade – a graça de Deus em Jesus Cristo (perguntas 12-85): delineia o plano de redenção, incluindo uma exposição do Credo dos Apóstolos; (c) Parte 3: Nossa gratidão e obediência – nova vida através do Espírito Santo (perguntas 86-129): apre-senta a gratidão obediente como o fundamento das boas obras e inclui uma exposição dos Dez Mandamentos e da Oração do Senhor.

O Catecismo de Heidelberg tem várias características espe-ciais. Foi concebido para ser um guia para a instrução religiosa de crianças e jovens, bem como uma confissão para toda a igreja. Reúne diferentes correntes do pensamento reformado e evita questões controvertidas. A única

pergunta polêmica é a de nº 80, incluída posteriormente, que trata da missa e da transubstan-ciação. Afirma a eleição, mas não menciona a reprovação e a expiação limitada; a doutrina dos sacramentos reúne elemen-tos zuinglianos e calvinistas. Dá ênfase às boas obras como a resposta cristã à graça divina (o chamado “terceiro uso da lei”). O uso do pronome da primeira pes-soa, muitas vezes no singular, dá ao documento um tom caloroso e pessoal. Possui um caráter for-temente bíblico e prático, mos-trando a importância da fé cristã para a vida diária. As perguntas e respostas foram estruturadas de tal forma que o catecismo podia ser estudado em 52 domingos, ou seja, exatamente um ano.

O

Al­deri Souza de Matos é pastor presbiteriano e historiador oficial da

IPB. E-mail: [email protected]

Al­deri Souza de Matos

O Catecismo de Heidelberg (1563)

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Brasil PRESBITERIANO� Junho de �007

Mais uma cidade min­eira al­can­çada pel­a IPB

Por evan­gel­ista Marcian­o Pereira da Costa

No dia 11 de fevereiro, a IP Central de Araguari (MG), juntamente com a Congregação Olhos d”Água, situada na zona rural de Indianópolis, iniciou os trabalhos presbiterianos na cida-de de Indianópolis, localizada no Triângulo Mineiro. Até então, a cidade não tinha nenhum tipo de trabalho da IPB. O culto inaugural con-tou com �� pessoas, das quais �� membros da congregação da zona rural e �0 da cidade. Foi dirigido pelo obreiro do campo, evangelista Marciano Pereira da Costa. O desafio é gran-de, porém contamos com a graça e o cresci-mento que o Senhor nos dará.A cidade é pequena, com cerca de �000 habi-tantes e o objetivo, agora, é construir um tem-plo e a casa pastoral, pois os cultos têm sido realizados na garagem da casa do evangelis-ta. Informações pelo telefone (��) ���� 1��� e pelo e-mail halieus�00�@yahoo.com.br.

Aconteceu

Divulgação

Casa e garagem do evangelista Marciano, onde são realizados os cultos presbiterianos

Seman­a San­ta n­o campomission­ário de São Mateus do Sul­Por rev. José Jul­io de Azevedo

Divulgação

Feliz, uma das crianças atendidas no campo missionário mostra o presente de Páscoa que ganhou

Rev. João Herivaldo Costa e família

Homen­agem aos dez an­os depastorado do rev. João Herival­doCostaPor rev. João Herival­do Costa

Tivemos diversas atividades especiais na Semana da Páscoa no Campo Missionário de São Mateus do Sul (PR). O campo é um proje-to da Junta de Missões Nacionais em parceria com o Presbitério das Araucárias (PR). Na sexta-feira, dia � de abril, organizamos um mutirão social na Congregação da Raia – um dos bairros mais carentes da cidade, onde realizamos escola dominical e cultos sema-nais. Temos ali cerca de �� alunos que estão sendo evangelizados há cinco anos.O trabalho do dia � foi iniciado às 1�h, com uma devocional. Em seguida, enquanto um grupo organizava atividades de lazer (cama elástica e futebol) alguns irmãos, liderados por Henrique Less, cortavam os cabelos de crianças e outros interessados. Foram �0 cortes. Foi também feita uma palestra sobre higiene bucal.Depois do lanche, com refrigerantes e sandu-íches para as cerca de 80 pessoas presentes, foi distribuído para crianças e adolescentes o novo uniforme da escola dominical e roupas doadas pela comunidade. Tudo ficou muito bom e bonito, para a glória de Deus.No sábado, dia 7, um grupo de irmãos, lide-

A IP de Sinop (MT), no dia �� de março, prestou uma homenagem ao seu pastor, o rev. João Herivaldo Costa, pelos dez anos de pastorado na referida igreja. Foram momentos de grande emoção, quando a igreja o pre-senteou com uma grande surpresa, trazendo seus familiares de Recife. O pastor Herivando Costa, reitor do Seminário Batista Nacional e presidente da Convenção Batista do Recife, foi o pregador e o louvor ficou por conta do cantor Hevaldo Costa. A condução do culto ficou por conta do rev. Roberto Dusi (pastor auxiliar da igreja), sua esposa Zenir Costa, rev. Heverardo Costa (irmão do rev. João e também auxiliar na IP de Sinop), e Hedvaldo Costa (também irmão do pastor e secretário de Trânsito da cidade).Esteve presente ainda a mãe do rev. João, Neuza Costa, a cunhada Erica e a sobrinha Sofia, de Recife. Estiveram também o prefeito de Sinop, Nilson Leitão, e a primeira dama, Renata Leitão, além do comandante da PM da cidade de Feliz Natal (MT), da presidente da Sinodal de SAFs e de pastores da cidade. Foi uma linda homenagem.

rados pelo pastor José Julio, visitaram �� presidiários, a maioria jovens envolvidos com drogas e tráfico. Depois do culto na casa de detenção, onde os detentos puderam cantar louvores com as letras distribuídas, foram pre-senteados com caixas de chocolate doadas por uma rede local de supermercados.O Culto da Ressurreição aconteceu em nosso templo, às 7h da manhã. Havia cerca de 80 presentes, alguns visitantes. Houve a apre-sentação de um coral infantil pelos alunos da escola dominical do campo e um teatro dramatizando a ressurreição de Jesus, por alunos da congregação.Depois do café da manhã reforçado oferecido pelas irmãs da SAF, aconteceu um período de lazer, quando foram entregues coelhos feitos com garrafas de plástico cheias de bombos, ovos e balas.

Divulgação

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Brasil PRESBITERIANO 7Junho de �007

Memória e saudade

Federação de UPHs visita prefeito de Ipatin­ga (MG)Fon­te: Site da IP Cen­tral­ de Ipatin­ga (www.ipci.org.br)

Uma comitiva formada por membros de nove UPH´s filiadas à Federação de Homens do Presbitério Leste Vale do Aço (MG), visitou, na manhã de 11 de abril, o prefeito de Ipatinga (MG), Sebastião Quintão.O motivo da visita foi comemorar o Dia do Prefeito, oportunidade em que o chefe do executivo municipal ipatinguense, que é evan-gélico, pôde ouvir a meditação da Palavra e orações pedindo as bênçãos de Deus para seu governo.Falando em nome da federação e citando tre-chos do livro de Neeminas, o secretário presbi-terial, reverendo Paulo Silas (IP Veneza), des-tacou as qualidades daquele servo de Deus e notável homem público que foi Neemias, chamado para conduzir o processo de recons-trução de Israel.O rev. Paulo Silas destacou que Neemias pediu a Deus que sempre se lembrasse dele e lhe desse sabedoria e capacidade para administrar a nação. Como todo governante, Neeminas enfrentou oposição e desafios que, muitas vezes, pareciam maiores do que ele, mas nunca, em tempo algum, se esqueceu de Deus e de cumprir Suas leis.O secretário presbiterial exortou o prefei-to Quintão a que, em seu governo, como Neemias, procure sempre cumprir as leis de Deus e nunca se esqueça de pedir a Ele sabe-doria para conduzir os destinos do município.

Presb. Gen­ésio da Sil­va MaiaPel­os reveren­dos Marcos An­ton­io Dias, pastor da IP em São Louren­ço (MG), e Jairo da Sil­va Martin­s, secretário executivo do Presbitério Circuito das Águas (MG)

A IP em São Lourenço (MG) comunica o fale-cimento de seu presbítero Genésio da Silva Maia, ocorrido em 1� de março. O presb. Genésio era um irmão muito amado, pres-bítero muito ativo, respeitado e responsável pelo ponto de pregação Ebenézer. Mesmo adoentado, fez sua última pregação em 10 de dezembro de �00� e participou das comemo-rações natalinas.O amado irmão foi eleito presbítero em 19�9, na IP da Fontinha, no Rio de Janeiro, mas não chegou a exercer o ofício devido a sua mudan-ça para Minas Gerais. Em 197�, foi eleito diá-cono na IP de São Lourenço. De 197� a 197� e em 1979, foi presidente da UPH. Foi também tesoureiro da Federação das UPHs em 1979, quando foi eleito presbítero, em 10 de dezem-bro, empossado em 1� de janeiro de 1980.Exercia o presbiterato com alegria, dedicação e humildade. Irmão muito amado pela igreja, amigos, vizinhos e pelo presbitério Circuito das Águas, a cujas reuniões se fazia presente acompanhando seus dois genros pastores e representando sua igreja. Em seu ofício fúne-bre houve a presença de 18 pastores. Deixou viúva a senhora Júlia Delfina Maia, além de quatro filhos e sete netos. Também deixou, como herança para todos que o conheceram, seu exemplo de companheirismo, mansidão e humildade. Que o Espírito Consolador conti-nue a confortar o coração da família.

Evan­gel­ização com fan­toches em Passo Fun­doPel­o miss. Davi Boaretto, da Mesa Admin­istrativa do Campo Mission­ário de Passo Fun­do

Do dia �1 ao dia �� de abril, o Campo Missionário da IPB em Passo Fundo (RS), recebeu o Ministério Ágape e o missioná-rio irlandês da Presbyterian Evangelistic Fellowship, Sam Shaw, diretor assistente de um ministério, nos Estados Unidos, de evan-gelização com fantoches, The Agape Puppets (www.theagapepuppets.org).Com muita dedicação, eles nos treinaram para esse tipo de evangelização e deixaram bone-cos e outros equipamentos para iniciarmos o ministério com fantoches aqui no campo mis-sionário. Este trabalho foi precioso no preparo dos nossos membros para a evangelização de nossa cidade.Louvamos a Deus pela vida do Gerson, da Silvana e da Fabiane Simioni, da Kerolin Viana, do Sam Shaw e do também irlandês Joshua Bower, que enfrentaram uma viagem de mil quilômetros numa Kombi, vindos de São Paulo, para abençoar a obra missionária no Rio Grande do Sul. A vinda destes irmãos foi possível devido ao apoio que a IP de Alphaville, de São Paulo, tem dado a obra missionária em Passo Fundo e também a IP de Apucarana (PR), que nos enviou uma oferta para ajudar nas despesas de viagem do grupo.A IP de Passo Fundo está sendo plantada com incentivo de igrejas corajosas. Além das citadas, temos sido apoiados pela IP Vila Constantino, de Patrocínio (MG), IP Ebenézer, de Ribeirão Preto (SP), IP Chácara Primavera, de Campinas (SP), e IP Herval d´Oeste, de Santa Catarina.

Treinamento para uso dos bonecos fantoches em evangelização

Para receber notícias e saber mais do Campo Missionário de Passo Fundo mande seu e-mail para [email protected] .

Ao final do encontro, os presentes cantaram o hino �7� do Hinário Presbiteriano, escrito por Sarah Pouthon Kalley, cuja melodia é baseada no Hino Nacional da Alemanha e, a letra, uma oração pelos governantes. Demonstrando emoção ao ouvir hino, o prefeito solicitou que depois lhe fosse enviada uma cópia da letra do mesmo, de maneira que ele possa ser em breve entoado no Projeto Torre de Vigília, mantido por sua administração no auditório do Sétimo Andar do Paço Municipal.A comitiva que visitou o prefeito Sebastião Quintão contou, além do rev. Paulo Silas, com a presença do rev. Enos Dias Pereira, pastor da IP do Ideal, e dos sócios de UPHs das IPBs Central, Veneza, Ideal, Iguaçu, Canaã, Bethânia, Esperança e Limoeiro. Representando a federação, estava o presb. Egraldo Magela Drumond, da IP do Ideal, que atualmente é o secretário executivo.

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Brasil PRESBITERIANO8 Junho de �007

Cecep real­iza Primeiro Con­gresso Nacion­al­ de Oficiais da IPBDe 7 a 10 de junho, no Sesc de Venda Nova, em Minas Gerais, o Cecep (Conselho de Educação Cristã e Publicações) realiza o Primeiro Congresso Nacional de Oficiais da IPB. O tema, Liderança Bíblica: o desafio de ser oficial no século 21, será desenvolvido pelo pastor e escritor norte-america-no John Sittema, autor do livro Coração de Pastor publicado pela Editora Cultura Cristã.Durante todo o congresso, as ministrações devo-cionais serão feitas pelo presidente do SC-IPB, rev. Roberto Brasileiro.Serão também oferecidos os seminários Bons oficiais e bons pais, pelo presb. Solano Portela; O equilíbrio matrimonial, pelo rev. Augustus Nicodemus; Ser filho de oficial, pelo rev. Jader Borges; O diácono presbiteriano, pelo rev. Alderi Souza de Matos; Pastoreio e discipulado, pelo rev. Cláudio Marra; O pastoreio no Novo Testamento e na IPB, pelo rev. Jôer Corrêa; Apto para ensinar, pelo rev. Heber Carlos de Campos; A liderança colegiada no Antigo Testamento, pelo rev. Mauro Meister; O uso do tempo, pelo rev. Ludgero Morais, e O oficial e a disciplina, pelo rev. Valdeci Santos.A comissão organizadora informa que o preço da inscrição, R$�90, inclui hospedagem e alimenta-ção.Informações com a Editora Cultura Cristã pelo e-mail [email protected] ou pelo telefone (11) ��07 7099.

En­con­tro de coros evan­gél­icos em Brasíl­iaPor Lael­ton­ F. Cun­haSerá realizado o Primeiro Encontro de Coros Evangélicos, na IP Central do Gama, em Brasília, no dia �� de junho às 19h�0. A finalidade do encontro é louvar e adorar a Deus por meio da música e também incentivar o canto coral nas liturgias das igrejas, como também a participação em atividades de evangelização.Informações no site www.Ipcg.org.br ou pelo tele-fone (�1) 9���-0��8.

Terceiro En­con­tro de Recursos para o Trabal­ho In­fan­til­A Secretaria Sinodal da Infância do Sínodo Sudoeste Paulista mudou a data de seu Terceiro Encontro de Recursos para o Trabalho Infantil, que será realizado na IP de Botucatu (SP). O evento teria acontecido no dia �8 de abril, mas foi transferido para o dia �0 de junho.As palestras serão Inimigos do Trabalho Infantil em crescimento, Comunicando e sendo entendi-do (clareza e objetividade) e Didática - o que é?

Material didático-como usá-lo? Além das pales-tras, serão oferecidas duas oficinas para Escola Bíblica de Férias: O Atleta de Cristo e O internauta de Jesus.A cada dez inscrições de uma mesma igreja, uma será gratuita. As inscrições podem ser feitas até o dia �0 de junho, pelo e-mail [email protected], por carta (enviando-se os seguintes dados: nome, endereço, cidade, igreja a que pertence e e-mail): Rua Dr. Cardoso de Almeida, 19�0 – Centro – 18�00-00� – Botucatu/SP. Ou pelos telefones (1�) �88� 089�/ 971� 80��/ 81�� ��17.

13º Con­gresso de UPHs do Sín­odo Min­as-Espírito San­toNa IP de Baixo Guandu (ES), terá lugar o 1�º Congresso Administrativo da Confederação Sinodal de UPHs do SME (Sínodo Minas-Espírito Santo), de �9 de junho a 1º de julho. O tema será Homens Fortalecidos para Servir, com a preleção do rev. Eliobergues Eler Guimarães, pastor da IP

Monte Sinai, em Barra de São Francisco (ES).

Min­istério da In­fân­cia da IPBpromove con­gressoA Secretaria Nacional do Ministério com a Infância da IPB, com o apoio da Editora Cultura Cristã e do Instituto Presbiteriano Mackenzie, promove o Congresso Infantil Pequenos Passos. O evento é dirigido a quem trabalha com crianças, Escola Bíblica Dominical e departamentos infantis, e acontece de � a 8 de julho em Recife (PE) e de � a 9 de setembro, em Brasília.Os temas abordados serão Quando o desânimo chega ao Departamento Infantil, Como trabalhar no DI quando sobram dificuldades e faltam aju-dantes e material, A criança no livro de Provérbios, Famílias em crise e crianças sofrendo, e É muito fácil perder uma criança hoje.O congresso oferecerá também algumas oficinas: Berçário é coisa séria, Juniores - como trabalhar com pré-adolescentes?, A música no departamen-to infantil, Como as crianças aprendem, Missões e o desafio de evangelizar crianças, Como preparar aulas para o DI, Como montar uma UCP em sua igreja, Bom, fácil e barato – como trabalhar com material reciclável, Organização e manutenção de um departamento infantil, EBFs – temas e brinca-deiras, e O culto infantil.Entre os preletores estão o secretário executivo do Supremo Concílio da IPB, rev. Ludgero Bonilha de Morais, Rossana Lidório, esposa do missionário Ronaldo Lidório, o professor e um dos coordena-dores do Centro Presbiteriano de Pós-graduação, rev. Mauro Meister, o secretário geral da Secretaria Nacional do Ministério com a Infância da IPB, rev. Jader Borges, a teóloga, escritora e doutora em

História Joyce Clayton, a missionária e responsá-vel pelo trabalho com a Infância da IP de Brasília Edaci Camargo, o pastor da IP Ebenézer, de São Paulo, rev. Márcio Alonso, Eny Borges, da Apec (Aliança Pró Evangelização das Crianças), o cien-tista e professor Adauto Lourenço. Contato e ins-crições com a secretaria pelo telefone (81) ���1 1�8� e pelo e-mail [email protected].

En­con­tros region­ais das Mulheres que surpreendemA Confederação Nacional de SAF’s, sob a super-visão das vice-presidentes regionais e com o apoio da Secretaria Geral do Trabalho Feminino da IPB, está promovendo os Encontros Regionais de Treinamento �007. Segundo Eloísa Helena Chagas Monteiro Alves, secretária executiva da CNSAF’s, o objetivo é disponibilizar às mulheres treinamento em diversas áreas de trabalho, aper-feiçoando as auxiliadoras para melhor servirem a Jesus, à igreja e ao próximo, como verdadei-ras Mulheres que surpreendem. Os temas dos estudos e oficinas foram escolhidos pelas líderes de cada região de acordo com as necessidades locais. A participação é aberta a mulheres mem-bros da IPB que não sejam sócias da SAF.Os próximos encontros serão realizados na Região Sudeste: em São Paulo, de 1� a 1� de setembro; em Minas Gerais, de �1 a �� de setembro; no Rio de Janeiro, de �8 a �0 de setembro, e no Espírito Santo, de � a 7 de outubro.Na Região Nordeste, com local ainda não definido, o encontro será realizado de 1� a 1� de outubro.O primeiro encontro, sobre o qual o BP publicou uma reportagem na edição de maio deste ano, foi realizado na Região Centro Oeste, em Anápolis (GO), de 8 a 11 de março. Estiveram presentes cerca de ��0 mulheres de todas as confederações sinodais da região, acompanhadas de seus secre-tários sinodais, alguns presbiteriais e pastores que apóiam o trabalho das sociedades internas como forças de integração da igreja, além de presiden-tes de sínodos.Informações: Região Sudeste – com Mathilde, pelo e-mail [email protected], e Região Nordeste - com Ana Maria, pelo e-mail [email protected].

Viagem da Reforma Protestan­teO rev. Alderi Souza de Matos, historiador oficial da IPB, será o guia histórico de uma viagem espe-cial que irá percorrer os locais onde se deram os acontecimentos mais importantes da Reforma Protestante do Século 1�. O programa, que será de �7 de outubro a 9 de novembro, inclui cidades na Inglaterra, Alemanha, França e Suíça.Informações pelo e-mail [email protected].

Acontece

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Brasil PRESBITERIANO 9Junho de �007

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Brasil PRESBITERIANO10 Junho de �007

aracterizado por sua exuberância, praias paradisía-

cas, riqueza cultural, gente hospitaleira, Pernambuco é um cantinho aconchegante e agradável para se viver. Lamentavelmente a realida-de espiritual não combina com sua beleza natural, pois nosso estado é marcado por intensa prática de idolatria e feitiçaria, uma religiosidade caracterizada pelo sincre-tismo, sem contar os inú-meros problemas sociais”, declara o rev. Marcos Cesar Martins, secretário de Missões do Sínodo Central de Pernambuco, que divulga um mapeamento das condi-ções do estado com a finali-dade de promover a visão e a prática missionária da igreja, despertando sua atenção para o desafio da evangelização total da região.

Os dados obtidos nesse mapeamento mostram que 44% dos 185 municípios de Pernambuco, incluindo a capital, Recife, não estão totalmente alcançados para o evangelho, sendo que 34 cidades têm um índice inferior a 1% da população formado por evangélicos. O município com menor índi-ce de evangélicos é Solidão, no sertão pernambucano:

0,17%. E a microrregião menos alcançada é Araripe, com oito municípios. É na região metropolitana de Recife que se encontram 63% dos evangélicos do estado.

“É extremamente desa-fiador saber que 61 % das igrejas presbiterianas estão concentradas na Região Metropolitana enquanto o interior é precariamente evangelizado”, afirma o rev. Marcos César.PRESENÇA DA IPB

Segundo o mapeamen-to do Sínodo Central de Pernambuco, os aproxima-damente 8,5 milhões de habi-tantes do estado contam com 109 IPBs distribuídas em 39 cidades. Há ainda congre-gações de igrejas locais em outras 19 cidades e mais 14 campos da JMN (Junta de Missões Nacionais) da IPB, alguns em parcerias com presbitérios, outros com igre-jas. “Totalizamos 72 municí-pios com a presença da IPB, deixando-nos o desafio de 113 municípios que ainda não alcançamos, embora a IPB já esteja há 129 anos em solo pernambucano”, aler-ta o rev. Marcos Cesar. As IPBs receberam as perguntas da pesquisa do sínodo e 75 responderam (veja os núme-ros totais no quadro IPB no Pernambuco em Números).

Em comparação com outras denominações evangélicas, a pesquisa concluiu que a Batista, presente no Estado há 120 anos, tem igrejas em 185 cidades, mesmo número que a Assembléia de Deus, na região há 89 anos.

O rev. Marcos Cesar visi-tou a Convenção Batista de Pernambuco e, entrevistando o responsável pelo órgão que administra as missões esta-duais na região, pastor Edvan Tavares, descobriu que, em 2000, 44 municípios esta-vam sem trabalho Batista. A igreja empreendeu uma campanha evangelizadora, Pernambuco para Cristo, e, no final de 2006, já havia alcançado todas as cidades do estado. Atualmente, o foco está voltado para os vilarejos com a campanha Pernambuco 100% para Cristo.

Já o pastor Samuel Oliveira, vice-presidente da Convenção das Assembléias de Deus em Recife, afirmou que há mais de vinte anos sua denominação tem igrejas em todos os municípios de Pernambuco.

“CLetícia Ferreira

Entrevista

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IPB no Pernambuco em números

129 anos de presença no estado109 IPBs organizadas72 municípios com presença da IPB39 cidades com IPBs organizadas19 congregações de IPBs26 IPBs não mantêm nenhuma congregação67 IPBs ainda não viabilizaram a organização de suas congregações em igrejas46 IPBs não mantêm nenhum trabalho fora de suas fronteiras20 anos é a média da idade das congregações14 campos da JMN61% das IPBs estão na Região Metropolitana da capital60% das IPBs que mantêm congregações têm dificuldades para esse trabalho

Secretaria de Missões do Sínodo Central de Pernambuco divulga mapeamento do Estado quanto ao alcance do evangelho a fim de promover a visão e a prática missionária da igreja na região

Classe para crianças num dos campos da IPB em Pernambuco

Pernambuco: um desafio para a IPB

IPB no município de Simpaúba

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Brasil PRESBITERIANO 11Junho de �007

BP: A que o senhor acredita que se devem os resultados desse mapeamento?Rev. Marcos Cesar: Pelos dados obtidos com a pesqui-sa, podemos observar que a concentração de igrejas pres-biterianas, em Pernambuco, está nos grandes centros urbanos e é inexpressiva no interior. Acredito que a resposta para esse e os outros dados levantados pode ser mais complexa do que imaginamos, mas arris-co alguns palpites: acredito que há falta de informação e de visão por parte da IPB em relação ao estado, mas também faltam recursos financeiros e obreiros quali-ficados. Tenho apresentado minha pesquisa em reuniões de pastores e conferências missionárias e os líderes ficam estarrecidos com os dados, demonstrando que desconheciam tal realidade.Percebi, nesses oito anos de ministério em Pernambuco, que o envolvimento mis-sionário de nossas igrejas aqui é muito pequeno, quase sempre restrito a missões urbanas. Raras são as igrejas que desenvolvem um minis-tério fora dos limites de sua cidade, tornando mais pre-cária a presença evangéli-ca presbiteriana à medida que geograficamente nos distanciamos da Região Metropolitana de Recife. A meu ver, isso é indício de falta de visão missionária.No entanto, conheço igrejas com boa visão missioná-ria, mas sem recursos para alugar um salão, comprar mobília, pagar obreiro, equi-

par o campo. Infelizmente, a falta de recursos emperra o desenvolvimento missio-nário de uma igreja.Também não é fácil encon-trar obreiros com perfil que os qualifique como pionei-ros, capazes de chegar a uma cidade sem nenhum contato e, “do nada”, fazer surgir uma nova igreja. Isso é raridade. Quando em visita a um de nossos centros aca-dêmicos de formação teoló-gica questionei os semina-ristas sobre o interesse no ministério de plantação de igrejas em contexto serta-nejo. Eles me responderam que estavam sendo treina-dos para pastorear igrejas já organizadas, não tinham nenhuma habilidade para iniciar novas igrejas.

BP: O que o senhor sugere como prováveis soluções?Rev Marcos Cesar: Acre-dito que a IPB tem doutores e especialistas em missões muito mais capazes para avaliar a situação e propor ações que promovam uma mudança desse contexto, mas gostaria de dar minha contribuição.Para o problema da falta de informação, que se divul-guem amplamente nos órgãos de comunicação da denominação os dados desafiadores para a evan-gelização total do estado de Pernambuco. Com essas informações, creio que o assunto deveria ser trata-do em concílios superio-res da IPB, principalmen-te em presbitérios e síno-dos locais. O trabalho da

JMN e da APMT (Agência Presbiteriana de Missões Transculturais) também precisa ser mais divulgado, aproximando os presbiteria-nos da obra que a igreja vem desenvolvendo no Brasil e no mundo.Quanto à falta de visão, creio que é necessário empreender campanhas de despertamen-to missionário, capacitação de líderes para promoção de missões em suas igrejas, além da organização de sim-pósios, cursos, conferências e congressos estaduais com freqüência e eficiência para ampliar a visão missionária de nosso povo.Já a falta de recursos finan-ceiros é um problema gene-ralizado em nosso país. A parceria entre igrejas tem sido instrumento eficaz e ágil no processo de aber-tura de novos campos mis-sionários. A IP do Recife

tem um campo no sertão de Pernambuco em parce-ria com três outras IPBs: Aprisco das Ovelhas, em Governador Valadares (MG), pastoreada pelo rev. Marco Antônio Santos; Primeira de Colatina (ES), pastoreada pelo rev. Weberson Gáudio Rios, e Terceira de Alto Caparaó (MG), pastoreada pelo rev. José Nicodemos Pinheiro Júnior.Igrejas com boa visão mis-sionária e poucos recursos podem se unir num mesmo objetivo, isso sem con-tar os eventos que podem ser promovidos para cap-tar recursos para missões. Novamente vou usar o exemplo da IP de Recife: temos Feijoada Missionária, Doces Missionários, gansos, boi, pano de prato, bolsas, artesanato etc. Com disposi-ção e criatividade podemos fazer o dinheiro aparecer.

No entanto, qualificar obrei-ros para trabalho pioneiro é essencial. Temos oito semi-nários na IPB e desconheço que haja uma capacitação específica para ministério pioneiro. Plantar novas igre-jas é necessário. Há notícia de que centenas de pastores estão sem campo na IPB. Parece-me que o conceito de campo em nossa deno-minação é uma igreja orga-nizada, prontinha para ser pastoreada. Se um presbi-tério não dispõe de uma comunidade com esse perfil logo afirma que não pode ordenar mais pastores por não haver “campo”, mesmo que haja 113 municípios em nosso estado sem presença presbiteriana. Sugiro que nossos seminários inten-sifiquem as matérias rela-cionadas com evangelismo e missões, capacitando os alunos para plantação de novas igrejas.

BP: Qual a palavra de desa-fio que o senhor deixa para a família presbiteriana?Rev. Marcos Cesar: David Cornfield escreveu em um de seus livros que “Jesus estabeleceu uma grande comissão e não uma grande sugestão”. Jesus não sugere que a igreja faça missões, Ele ordena que isso aconte-ça. Por isso, deixar de fazer missões é rebelião contra Jesus e contra o que Ele esta-beleceu em Sua Palavra. Há muito por fazer na expansão do reino de Deus. Apresento aqui apenas o desafio de um estado. Desejo que a IPB prossiga priorizando a expansão do reino de Deus em todo mundo, sem esque-cer sua “Janela Doméstica” e envide esforços para evan-gelizar o Brasil, de uma forma específica cidades e povoados precariamente alcançados.

Rev. Marcos Cesar com a esposa Niedja eos filhos Amanda e Vinícius

Entrevista com rev. Marcos Cesar Martins, há quatro anos secretário de Missões do Sínodo Central de Pernambuco

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Brasil PRESBITERIANO1� Junho de �007

o Espírito Santo, onde residia, levou uma Bíblia que passou a ler juntamente com a esposa, dona Placidina.Em 1911, Euzébio Cabral foi para a região mineira a fim de cuidar de negócios particulares e gostou do local, onde fixou residência dois anos depois. Dona Placidina e a prima dela, Francisca Silva, que foi com eles, eram membros da IP de São José do Calçado (ES) e tinham feito a Pública Profissão de Fé e recebido o Batismo. Naquele tempo, Euzébio ainda não era membro da igreja.Em Governador Valadares, o casal revelou intensa paixão pelas almas e evangelizava os habitantes do povoado, casa por casa. Vieram também para cá outros irmãos que muito somaram na divulga-ção do evangelho na região.No dia 9 de outubro de 191�, chegou a Santo Antônio da Figueira (antigo nome da região), o rev. Aníbal Nora, que pastoreava a IP de Alto Jequitibá. No dia 1� de outubro de 191�, o rev. Aníbal rece-beu �� pessoas por Pública Profissão de Fé e Batismo. Entre elas estava Euzébio.O trabalho se desenvolveu e, em janeiro de 1917, o Presbitério do Rio de Janeiro decidiu organizar a congregação em igreja, o que foi feito no dia 1� de maio de 1917, com �0 membros. Foi organizada com o nome de Egreja Christã Presbyteriana de Figueira do Rio Doce.A Primeira IP de Governador Valadares tem, atu-almente, cerca de �00 membros (maiores e meno-res). A história dessa igreja é vitoriosa. O fruto do seu labor pode ser visto não apenas nas mais de vinte IPBs existentes hoje na cidade, que são suas filhas e netas, mas, também em outras importan-tes entidades por ela criadas e apoiadas, as quais estão cumprindo significativo papel educacional e social na cidade. Atualmente, o pastor titular é o rev. Eneziel Peixoto de Andrade, auxiliado pelos reverendos Oliveiros Ciribelli e Gílson Almeida Júnior.

Liliane Silva

Enquanto na cidade de Niterói, no dia �� de março de 19��, se reuniam nove pessoas, representan-do cinco estados brasileiros, para organizarem o Partido Comunista Brasileiro, em Manhumirim (MG), precisamente, às 11h daquele mesmo dia, reunia-se uma comissão, por ordem do Presbitério Espírito Santos-Minas, para organizar a Igreja Presbiteriana de Manhumirim. A igreja teve ori-gem com 1�� membros comungantes. Dois anos depois, no dia 1� de março de 19��, acontece a emancipação política de Manhumirim. As coisas mudaram muito desde aquele dia, mas a igreja permanece fiel a Cristo Jesus e à Palavra de Deus, procurando ser uma igreja do século �1, com respostas para a sociedade contemporânea, porém, sem negociar os princípios das Escrituras Sagradas e sem perder suas características de uma igreja histórica.Em todos esses anos, passaram pela igreja irmãos e irmãs valorosos na obra do Senhor. Foram pessoas consagradas que viveram vida de oração, consagração, serviço e contribuição para a obra de Cristo. Somos gratos a Deus por estas vidas tão preciosas. Somos imensamente gratos também pelos atuais membros que, da mesma forma, são irmãos e irmãs valorosos.Que Deus continue abençoando nossa amada igreja. Que este aniversário seja um desafio para servirmos mais e melhor ao Senhor da igreja, sem abrirmos mão de nossa identidade presbiteriana.

IP de Manhumirim (MG) 85 an­osPor rev. Sergio P. Tavares

Segunda IP de Barretos (SP)16 an­os Por rev. Sil­vio José de Ol­iveira Novo

Aniversários

A Segunda Igreja Presbiteriana de Barretos (SP) completou, em abril, 1� anos de organização. É uma igreja dinâmica e acolhedora e conta com ��0 mem-bros. O pastor é o rev. Silvio José de Oliveira Novo que, com sua esposa Maysa Novo, está à frente desse trabalho há 11 anos.Fizeram-se presentes o rev. Adão Carlos Nascimento, que falou sobre “O homem na crise da Meia Idade”, e o músico Hilquias Alves, ambos de Campinas (SP).

O presbiterianismo chegou a Governador Valadares em 1911, por meio de Euzébio Cabral. Ele residia em Alegre (ES), mas conheceu o evangelho no Rio de Janeiro. Percebendo grande número de pessoas indo para a IP do Rio de Janeiro, curioso, ele entrou e ouviu a mensagem. Ao voltar para

Primeira IP de Valadares (MG)90 an­os Por rev. En­eziel­ Peixoto de An­drade Quarta IP de Volta Redonda (RJ)

31 an­os Por rev. Edmil­son­ Robadel­ Fern­an­des

tivas deu-se com a Santa Ceia do Senhor. Na oca-sião, pregou o rev. Edmilson Robadel Fernandes.No dia 8 de abril, a direção do culto ficou por conta da União Presbiteriana de Adolescentes (UPA), quando se comemorou a Páscoa com a encenação de uma bela peça teatral e pregou o presb. Franklin Euller Marins, conselheiro da UPA.No dia 1� de abril, o conselho da Quarta IP de Volta Redonda reorganizou a União Presbiteriana de Homens (UPH). Após a solenidade, foi realiza-do o culto, quando pregou o presb. Paulo Daflon, presidente da Confederação Nacional dos Homens Presbiterianos.Nos dias �1 e �� de abril, a igreja recebeu a IP Central de Heliópolis, de Belford Roxo (RJ), quando pregou o rev. José Henrique, pastor da igreja visi-tante. No dia ��, o ministério de louvor, orquestra e coral da Quarta IP de Volta Redonda apresentaram louvores ao Senhor.Com essa programação, que mobilizou a igreja a convidar, evangelizar, discipular e integrar os vizi-nhos e amigos, procuramos motivar também todos os membros a dedicar-se mais ao Reino e a viver de maneira mais consagrada para o Senhor da Igreja.

Primeiro templo da Primeira IP de Governador Valadares

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A cada domingo do mês de abril, foi realizada uma programação especial para comemorar o �1º ani-versário da Quarta Igreja Presbiteriana de Volta Redonda. A abertura das programações comemora-

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Brasil PRESBITERIANO 1�Junho de �007

Há 10� anos nascia uma mulher para fazer diferença. Seu nome era Eunice Adelaide de Faria. A cidade de Alto Jequitibá (MG) não seria mais a mesma; o sr. João e a dona Laurinda, pais de Eunice, também. Lá estava uma grande bên-ção que Deus lhes dera e só o tempo haveria de destacar os propósitos mais singelos e profun-dos de Deus para vida daquela criança que foi batizada pelo rev. Henrique Louro de Carvalho.Aos 19 anos de idade, Eunice se casou com Antônio Bibiano. Dessa união nasceram 1� filhos e mais quatro adotivos. Para os membros da IP de Baixo Guandu, a irmã Eunice é exemplo na famí-lia, onde procurou sempre ser uma exímia dona de casa, uma boa cozinheira e uma boa mãe, criando

Aniversários

Eunice Adelaide de Faria102 an­osPor rev. Ân­gel­o Vieira da Sil­va, pastor da IP de Baixo Guan­du (ES)

os filhos com amor e dedicação, orientando-os sempre a ser bons servos de Deus.Eunice é exemplo de trabalho. Exerceu o ofício do magistério com apreço, ensinando com maestria seus jovens alunos a serem honestos. Como de praxe para a época, também era parteira, ajudan-do muitas mães a contemplar o milagre da vida, do nascimento de seus filhinhos.Ela também é exemplo de cristã. Desde moça, dedicou-se à obra do Senhor. Foi presidente da Mocidade, presidente da SAF, professora, superin-tendente e secretária de Escola Bíblica Dominical. E o resultado de todo este trabalho? O Senhor abençoou nossa irmã e ela tem visto sua prospe-ridade, os filhos de seus filhos. Já são �� netos, �� bisnetos e quatro tataranetos. Paz sobre sua casa, minha irmã.A irmã Eunice é membro da IP de Baixo Guandu desde 10 de setembro de 19��. Hoje, está impos-sibilitada de participar dos cultos, mas seus irmãos em Cristo procuram visitá-la. Sua lucidez é de admirar.Como pastor presbiteriano, sou grato a Deus por me dar a graça de participar da vida de dona Eunice. Desejo do fundo de meu coração que o exemplo de homens e mulheres valorosos no Senhor encher os corações dos membros da IPB de ânimo e disposição para a grande obra de Deus.

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A IP de Paul comemorou �0 anos de vida nos dias � e � de março a 1º de abril. Foi uma festa de alegria e gratidão ao Senhor por ter alcançado tão grande bênção. Muitos pastores fizeram-se presentes e pregaram a palavra de Deus. Também participaram das festividades muitos corais, que entoaram louvores ao Senhor.A igreja iniciou sua caminhada no dia 17 de feve-reiro de 19�7, jurisdicionada ao então Presbitério de Vitória. Foi organizada com 1�8 membros comungantes e �� menores.Atualmente, está jurisdicionada ao Presbitério de Vila Velha. Conta com 170 membros comungantes e �8 não-comungantes. As sociedades internas estão em pleno funcionamento, o conselho é com-posto por sete presbíteros, atuam nove diáconos e a igreja tem uma congregação.

IP de Paul, Vila Velha (ES)50 an­os - Jubil­eu de Ouro Por rev. Izaías Moreira da Sil­va

Coral Martinho Lutero da IP de Paul

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Brasil PRESBITERIANO1� Junho de �007

este ano dare-mos enfoque à evangelização”,

declara o pastor da IP de Descalvado (SP), rev. Silas Daniel dos Santos. Para começar, foi realizado, no início do ano, uma Escola Bíblica de Férias (EBF), na qual crianças puderam ouvir a mensagem de Jesus. Seguindo o entusiasmo do sucesso da EBF, um grupo de jovens da igreja sentiu o desejo e a necessidade de continuar levando a mensa-gem de Jesus às crianças. Assim, deu-se início a um projeto de evangelização nas praças.Por ser voltado a crianças,

o grupo usa muita músi-ca, músicas infantis, mas somente evangelizadoras. Contam com a ajuda de um palhaço, de alguns “som-bras” (pessoas vestidas de preto com o rosto pintado de branco que seguem imi-tando quem passa), além de algumas guloseimas ofere-cidas às crianças após as apresentações.A princípio, quando che-

gam ao local previamente escolhido, alguns membros do grupo começam a armar a “casinha” dos fantoches (uma armação feita de canos de PVC, que segundo o pres-bítero Thiago Cabral, res-ponsável pela “construção”, são mais fáceis de manejar, muito mais leves que madei-ra e podem ser montados e desmontados facilmente),

ao mesmo tempo põem para tocar em alto som algumas músicas. A outra parte do grupo, que inclui o palhaço e os “sombras”, se divide e sai chamando as crianças da região para irem assistir à apresentação.Em aproximadamente

quinze minutos já estão todos de volta ao local escolhido. A “casinha” já está monta-da e as crianças esperando. Para começar, são ensinadas às crianças algumas músicas cristãs infantis, tais como a do Sabão, sempre acompa-nhadas de gestos e danças. Nesse momento, as crianças já ficam sabendo que não se trata de uma apresentação comum, mas que irão apren-der algo sobre Jesus.Na seqüência, o palhaço

aparece. As crianças ficam agitadas e já começam a se sentir mais à vontade. Acompanhado de um jaca-ré de borracha puxado por um cordão, que ele afirma ser um cachorro, o palhaço chama uma criança qualquer e junto com ela se apresenta ao restante do grupo com um “como vai, como vai, como vai? Tudo bem, tudo bem, tudo bem!”. Faz, então, brincadeiras “para saber se as crianças são espertas”, diz rindo. Brincam de “vivo ou morto”, de “voa ou não voa”, entre outras. Depois de algum tempo diz aos meninos que ele tem dois amigos que gostariam de conhecê-los. Em coro cha-mam Quequo e Miloca, os dois fantoches.Aparecem, então, na jane-

la da “casinha”, os dois dos personagens da peça. A história resume-se a uma conversa entre os dois e a uma outra personagem, a vovozita. Eles se questio-nam acerca da criação do mundo: “Vovozita! Quem criou todas as coisas?”, per-guntam Quequo e Miloca. E então, a vovozita explica às crianças que quem criou todas as coisas foi Deus. Explica também o que é pecado e conta sobre a morte e ressurreição de Jesus, que “perdoa todos os nossos pecados”. Assim, Quequo e Miloca fazem uma oração de arrependimento e aceita-ção de Jesus como senhor e salvador.Depois da apresentação, as

crianças são convidadas a conhecer a igreja local e os pais que estiverem por perto recebem folhetos com mensagens evangelizadoras, sendo convidados a ir à igre-ja também.Em seguida, as crianças

cantam novamente algumas músicas e recebem doces ou

balas oferecidas pelo grupo (geralmente são coisas sim-ples e não muito caras, já que a igreja não dispõe de muitos recursos, mas que sempre deixam as crianças muito animadas e servem como forma de cativar e aproximar os jovens da igre-ja com os meninos que aca-baram de conhecer).Para receber essas crian-

ças a IP de Descalvado, por meio da UCP (União de Crianças Presbiterianas), mantém reuniões aos sába-dos. Nelas, os pequenos aprendem músicas, ouvem histórias bíblicas e recebem aconselhamento. Ganham ainda convites dirigidos aos pais para que venham à Escola Dominical, a fim de conhecer a Bíblia e seus ensinamentos.Questionado sobre a

importância dos trabalhos de evangelização, o rev. Silas Daniel dos Santos afirma: “Em primeiro lugar, evan-gelizar significa obedecer ao mandamento de Jesus: ‘Ide por todo mundo e pregai

o evangelho’. Em segun-do lugar, é importante para engajar a igreja nessa tare-fa. Em terceiro lugar, evan-gelizar em praças públicas permite um alcance maior e mais democrático nas ime-diações onde a igreja está inserida”.O rev. Silas disse que a

IP de Descalvado tem apoiado irrestritamente a UMP (União de Moços Presbiterianos) nesse traba-lho. “Ajudamos na instru-ção, estudo bíblico e dou-trinário para que os jovens estejam firmados cada vez mais na Palavra de Deus. Apoiamos estrategicamente com materiais diversos para evangelização, carros, gaso-lina, lanche etc.”, informa.

“N

Fl­ávio Gomes da Sil­va, em col­aboração para o BP

O palhaço chama os fantoches enquanto a garotada fica na expectativa

Crianças

Miloca, vovozita e Quequo falam do plano da salvação para as criança

Evangelizar é Preciso!

Com palhaço, “sombras” e muita disposição, IPB de Descalvado realiza trabalho para evangelizar crianças

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Brasil PRESBITERIANO 1�Junho de �007

primeiro volume da trilo-gia Espiritualidade Cristã na História, escrito pelo

pastor da IPB e doutor em Teologia Dogmática pela Universidade de Salamanca, na Espanha, rev. Ronaldo Cavalcante, acaba de ser lançado pela Editora Paulinas. Segundo o autor, a obra, Das ori-gens até Santo Agostinho, chega para suprir a carência de informa-ções sobre o assunto no Brasil e principalmente para recuperar o patrimônio da história da espiritu-alidade cristã, ou seja, do relacio-namento entre o homem e Deus. O segundo volume deverá ser lança-do no final do ano que vem.

Para o rev. Ronaldo, há uma tendência entre os evangélicos de rejeitar tudo o que foi produzido antes da Reforma do século 16, o que deixa de lado muitas coisas

importantes na formação do rela-cionamento entre Deus e a huma-nidade, que culminou na vinda de Jesus. A tendência natural é começar a estudar a história a partir da Reforma. No entanto, há 1.500 anos de história antes disso. O rev. Ronaldo declara que é necessário voltar às fontes originais do cristia-nismo: “Percebemos que, tanto na Idade Média, quanto na igreja anti-ga há verdadeiros tesouros enco-bertos especialmente na tradição protestante. Quando lemos Lutero, Calvino, Zwinglio, os grandes reformadores, todos eles beberam nas fontes patrísticas do Antigo e do Novo Testamento”.ESSÊNCIA

O rev. Ronaldo explica que o fenômeno religioso cristão é bas-tante rico e isso é muito bom por-que se tem um campo vasto de pesquisa. No entanto, percebe-se que o fenômeno visível da reli-

gião cristã pode encobrir, ainda que inconscientemente, o que seria prioritário no cristianismo, que é o que o livro busca identificar, ou seja, a essência, a relação pessoal

do homem com Deus por meio de Jesus e, antes da vinda de Cristo, tudo o que aponta para Ele como sumo mediador.

O pastor usa como exemplo o

advento da igreja romana, com os imperadores Constantino e Teodoro, no século 4º, que privi-legiou o cristianismo, elevando-o a uma posição em que o perigo é o esquecimento da sua verdadei-ra função neste mundo, ou seja, estabelecer a reconciliação entre homem e Deus. Então aparecem os fenômenos visíveis, como uma teologia e uma liturgia bastante elaboradas, o que pode levar o crente a considerar esses fenô-menos como sendo prioritários e essenciais. “Se coloca a conse-qüência no lugar da causa, ou seja, o que gerou tudo aquilo é a relação com Deus e não o contrário. Esses fenômenos podem até dar pistas, induzir ou indicar, mas a idéia é que por trás das tradições cristãs católicas, ortodoxas e protestan-tes há a necessidade do encontro com o Deus vivo, o Deus cristão”, declara o escritor.

Trilogia recupera a história da espiritualidade cristãLiteratura Livro é lançado para informar e resgatar importantes momentos do cristianismo

O rev. Ronaldo Cavalcante é professor da Escola de Teologia e do mestrado em Ciências da Religião da Universidade Presbiteriana Mackenzie, em São Paulo

OLetícia Ferreira

Letícia Ferreira

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Brasil PRESBITERIANO1� Junho de �007

proximadamente 500 jovens lotaram o Teatro Municipal de Vila Velha

(ES) nos dias 20 e 21 de abril para prestigiar novas compo-sições no Festival de Música realizado pela Federação de Mocidades Presbiterianas do Presbitério de Vila Velha. O festival contou com a partici-pação de nove igrejas como concorrentes, e as premiações foram dois períodos de quatro horas para gravação da música vencedora em um estúdio e cré-ditos de R$300 para o primeiro e segundo lugares e de R$200 para o terceiro em uma loja de instrumentos musicais.

O principal objetivo do fes-tival foi estimular o aprimora-mento musical dos participan-

tes, potencializando-os para o exercício de suas funções musi-cais em suas respectivas igre-jas, além de promover o inter-câmbio de seus conhecimentos musicais. Para tanto, os orga-nizadores investiram em um qualificado corpo de jurados que julgaram os quesitos conte-údo bíblico, conteúdo poético, facilidade melódica, melodia, harmonia e arranjo.

Há Tempo foi à música ven-cedora, composta pelo rev. Glauter Garcia, pastor da IP de Itaparica, em Vila Velha. Em segundo lugar, os premiados foram os membros da Primeira IP de Vila Velha, com a música Coração Puro, composta por Hélio Júnior. A IP de Itapuã, também em Vila Velha, ficou com o terceiro lugar com a música Livre Sou, composta

por Wesley dos Santos.Segundo a comissão organiza-

dora, “o festival foi muito além de apenas um espaço onde as igrejas apresentaram canções. Serviu para qualificar os músi-cos participantes, à medida que convidamos profissionais da

música para participarem da banca julgadora. Serviu como ponto de encontro e opção de atividade cultural para diversas juventudes e, acima de tudo, serviu para que a palavra fosse levada aos corações dos parti-cipantes, evangélicos ou não.

A realização do Festival de Música contribuiu para a popu-larização da União de Mocidade Presbiteriana no município de Vila Velha. Programações como esta servem para a disseminação da Palavra de Deus e devem ser incentivadas até como opção de atividade cultural, dada a reco-nhecida e indiscutível impor-tância da atividade musical para diversas sociedades em tempos e espaços distintos”.

Parabéns participantes: IPB de Vila Garrido, IPB de Colorado, IPB de Paul, IPB de Cobilândia, IPB de Itapoã IPB de Vila Velha, IPB de Itaparica e convidados. Sem vocês esse festival não seria o mesmo. Até 2008!

Festival de Música movimenta MocidadeLouvor

Comissão organizadora do festival

ALetícia Ferreira

An­dré Ol­iveira

An­dré Ol­iveira é o vice-presidente da Federação de UMP's de Vila Velha

em me preocupado muito o crescimento da tecnologia da infor-mação no desenvol-

vimento da nossa juventude. Preocupa-me saber que nossos jovens ficam plugados horas a fio diante de um computador, “conversando” sabe-se lá o quê, com não sei quem. Dizem que são amigos! Nunca se viram, não se conhecem e nunca vão se conhecer, mas são “amigos”. Preocupa-me quando vejo um adolescente concentradíssimo diante de um computador, só mexendo com os dedos pole-gares... Preocupa-me quando vejo crianças solitárias com seus joguinhos nas mãos, sem

conversar com os pais e não querendo ser interrompidas...

Essa é a geração que nasceu no auge desse avanço tecnoló-gico rápido que estamos vendo. Não são capazes de viver sem computador, sem celular, sem os jogos “on line”, sem Orkut etc.

Talvez você que me lê possa pensar que sou ultrapassado e que não estou vendo o avanço tecnológico que acontece, quei-ramos ou não! Não é isso! O avanço da tecnologia da infor-mação é fundamental, inevitá-vel e benéfico, porém, na edu-cação dos nossos filhos temos que tomar alguns cuidados.

Não podemos permitir que nossos filhos tenham amigos virtuais e não saibam o nome do

seu vizinho do lado ou da frente da nossa casa. Não podemos assistir nossos filhos moverem apenas os polegares e deixa-rem atrofiar pernas e braços. Não podemos permitir que não tomem sol e que não andem descalços. Não podemos per-mitir que nossos filhos sejam “craques” no futebol virtual, mas não sejam capazes de dar um chute numa bola.

Tenho saudade do campinho de futebol perto da minha casa quando eu era criança! À tardi-nha, todos os dias, reuníamos os amigos da rua onde morávamos e fazíamos dois times: um com camisa e o outro sem camisa. Colocávamos tijolos que ser-viam de traves e jogávamos futebol até escurecer. É eviden-

te que isso hoje não é possível! Mas era saudável.

Alguns educadores enten-dem que não é possível proibir aos nossos filhos o acesso aos jogos, ao MSN, ao Orkut etc. Não acho que devamos proi-bir, mas devemos acompanhar, saber o que e com quem estão falando, o que estão vendo, quanto tempo ficam diante do computador, se estão dormindo o suficiente, se tomam sol, se fazem exercícios físicos...

Não gostaria de ver, daqui a alguns anos, jovens inteli-gentes, que sabem tudo “de computador”, que virtualmente conhecem o mundo, que falam vários idiomas, mas pálidos, fracos, feios, fechados, intro-vertidos, neuróticos...

Nossas escolas e nossas igre-jas precisam se modernizar para oferecer aos nossos filhos o que há de melhor na atualidade, mas finalizo com um testemunho. Recentemente, assisti a uma senhora idosa contando estórias para crianças com um velho flanelógrafo. O amor, a atenção aos pequeninos e o carinho nas suas palavras, aliado ao suspen-se em cada figura que colocava, substituiu qualquer “data-show” dos mais modernos.

Em tempo: sou professor na Escola Dominical e uso “data-show”.

Conectados com o mundo... mas solitáriosArtigo

TGil­son­ Al­berto Novaes

Gil­son­ Al­berto Novaes é presbítero na IP de Americana (SP) e diretor

administrativo-financeiro do Instituto Presbiteriano Mackenzie, em São

Paulo

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Brasil PRESBITERIANO 17Junho de �007

com alegria e gra-tidão que ocupamos o espaço desse jor-

nal da nossa amada Igreja Presbiteriana do Brasil para divulgar o brilhan-te trabalho que as SAFs (Sociedade Auxiliadora Feminina) do nosso imenso Brasil tem desenvolvido na área de Ação Social. Um trabalho que quase sempre envolve a igreja e traz para a comunidade e para a própria igreja bene-fícios, ações, gestos e atitu-des que alegram o coração de Deus. Dentro do planejamento

da nossa secretaria, pro-curamos conscientizar as sinodais de que o exercício da Ação Social é funda-mental para a mulher cris-tã. Não podemos esquecer que o nosso Mestre Jesus nos deixou vários ensina-mentos, onde Ele, o nosso Salvador e Senhor assistia o povo, procurando socor-rê-los em todas as suas necessidades.As notícias que chegam

até nós são cheias de ativi-dades desenvolvidas pelas irmãs que, com apoio da Igreja, do Pastor, da Junta Diaconal, estão realizando um trabalho brilhante nesse nosso imenso Brasil.O mais importante e rele-

vante é que a palavra é sem-pre pregada. Cristo Jesus é anunciado. O evangelho de Jesus tem sido prioridade nessas atividades, e com alegria temos notícias de conversões e restaurações.

Os corações são alcança-dos pelo Espírito Santo de Deus e a obra segue. Deus seja louvado!As campanhas lançadas

pela nossa Secretaria de Ação Social são: doação de sangue e ajuda às pessoas atingidas pelas enchentes, que sofreram com o grande volume de água ocorrido na região Sudeste, período de tragédia com mortes. Por outro lado, no Piauí a seca destruiu 50% da produção

agrícola e as cidades eram abastecidas por caminhões pipa (novembro/2006). O trabalho tem sido muito

bem desenvolvido pelas auxiliadoras que com cora-ção cheio de amor e bon-dade tem atendido também a asilos, abrigos de crian-ças, hospitais, presídios, seminários, comunidades e missionários, orando pelas famílias e ofertando. Providenciaamos também kits de enxoval para bebês

e outros. As doações soli-citadas foram atendidas com êxito.O nosso alvo é demons-

trar dentro da consciência social que vale a pena ser bom. A prática consciente do bem surpreenderá nossa nação e agradará o coração de Deus.Cada auxiliadora, dentro

de suas limitações e rea-lidades, serve ao Senhor Jesus como mulher cristã, cumprindo os ensinamen-

tos do nosso Mestre e con-tribuindo para progresso e realizações de ativida-des que tem enriquecido o desenvolvimento das SAFs, Federações e Sinodais. Com certeza a soma de todo o trabalho executado irá fortalecer e abençoar o nosso trabalho feminino e consequentemente as nos-sas igrejas.

A SAF e a missão assistencialistaAção Social Mulheres que surpreendem na Ação Social são instrumentos de Deus

Marly na Primeira Executiva Nacional do Quadriênio 2006-2010

Sandra Silvério Lopes

Marl­y Sil­va de Marin­s

Marl­y Sil­va de Marin­sé secretária de Ação Social CNSAFs

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Brasil PRESBITERIANO18 Junho de �007

omos gratos a Deus, pois, a cada dia, mais pessoas têm se dedicado

à obra missionária e anuncia-do o evangelho. Há um foco impressionante de carência do evangelho no Rio Grande do Sul e a JMN (Junta de Missões Nacionais) desenvol-ve um trabalho nesse esta-do. Vale a pena saber o que tem para contar o missionário rev. César Pereira, de Santa Maria:

“Com a bênção do Senhor, estamos no terceiro mês de trabalho aqui na cidade de Santa Maria. Temos nos adap-tado bem aos costumes e ao clima da região. O municí-pio está localizado no centro do estado do Rio Grande do Sul, a 298 km da capital e, segundo dados do IBGE (ano 2006), contava com 270.073 habitantes. É uma cidade com

muitas universidades, bases do Exército e da Aeronáutica, que abriga pessoas de diversas regiões do Brasil e também de outros países. Temos aqui um povo tradicionalmente católico romano, mas há um bom número de adeptos do espiritismo, voltados ao misti-cismo, e há até quem pratique a feitiçaria. É considerável também o índice de pessoas com depressão e que cometem suicídio.

A cultura é um tanto dife-rente da nossa região de ori-gem. O povo gaúcho tem suas peculiaridades, cultivam as suas tradições, mantêm for-temente os vínculos familia-res. A igreja, embora pequena em número de membros (28 comungantes e 12 não comun-gantes), é composta por gente de diversos estados do Brasil. A membresia é instável, pois é formada por uma grande par-cela de estudantes e/ou milita-res com seus familiares, que

logo voltam para os seus luga-res de origem ou se mudam para outra cidade.

O campo missionário aqui é fruto da JMN. Em dois bairros da cidade mantemos um ponto de pregação. Temos o obje-tivo de fortalecer esse traba-lho com a salvação de muitas vidas preciosas, e, para isso, temos feito visitas, cultos nos lares, grupos de discipulado e outras portas têm sido abertas para realização de visitas e novos estudos.

Sabemos que para fazer tudo isso, além da unção da Espírito Santo, precisamos dispor de literatura e material adequado, bem como de recursos que nos facilitem o deslocamento.”

Aceite esse desafio missio-nário, ore pelos campos mis-sionários e pelos missioná-rios do Rio Grande do Sul. Ajude os campos e participe conosco desta obra de Deus. Informações pelo e-mail [email protected].

Rio Grande do Sul, um desafio missionário

Missões Nacionais

Por rev. Jair Moraes, divul­gador JMN

S

IP em Santa Maria e seus membros

município de Apuí está localizado no extremo sul do esta-

do do Amazonas, limitando-se com os estados do Mato Grosso e Pará, sendo assim um ponto de encontro dos três Estados. Por esse motivo, há uma estrada municipal cha-mada Vicinal Três Estados. A principal fonte de riqueza é a pecuária.

A cidade, em extensão, é equivalente ao estado da Paraíba ou aos estados de Sergipe e Alagoas somados. Não obstante, sua população é só de 20 mil habitantes, muitos provenientes de outros locais do Brasil. É a única cidade

do Amazonas sem porto flu-vial, sendo formada à margem da Rodovia Transamazônica, que cruza o município numa extensão de 260 km.

O trabalho presbiteriano teve o seu primeiro missio-nário em 1984. Um templo de madeira foi inaugurado em 1988. Já em 2002, quando aqui chegamos, esse mesmo templo estava parcialmen-te apodrecido e teve que ser substituído por um novo em alvenaria, cuja inauguração foi realizada em fevereiro de 2006.

Com a cooperação de outras IPBs e da JMN, estamos lan-çando os alicerces do espaço Educacional-Social. Trata-se de um local com 300 m2 para

desenvolver os programas e atividades que muito contri-buirão para a evangelização.

Outros trabalhos aqui desenvolvidos são: meia hora diária de programa de segun-da a sexta feira na rádio local, evangelização nos lares e manutenção de cinco grupos familiares e evangelização na creche municipal duas vezes por semana. Nossa alegria é ver pessoas deixando as tre-vas e vindo para a luz de Jesus.

Orem conosco para que Deus envie recursos para a construção do espaço Educacional-Social.

Informações sobre o campo missionário pelo e-mail [email protected].

Missões em Apuí (AM)Por rev. An­an­ias Loback

O

Missionário rev. Ananias Loback e a esposa Lílian

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Brasil PRESBITERIANO�0 Junho de �007

utro lançamento recente da Cultura Cristã é o livro De

todo o teu entendimento: pensando como cristão num mundo pós-moderno, a obra mais recente de Gene Edward Veith Júnior. É uma versão revisada e atualizada de uma obra anterior, publi-cada em 1987, que reflete a preocupação cristã em inte-ragir com a cultura ao redor, bem como motivar outros a fazerem o mesmo. O autor defende que a fé cristã tem uma epistemologia eficien-te para se compreender as cosmovisões atuais e res-ponder às suas indagações mais profundas.Na primeira parte, ele

apresenta as bases bíblicas para o aprendizado “secu-lar”, onde argumenta que o exercício da mente e a interação intelectual são elementos de uma voca-ção legítima de Deus para o cristão (pp. 17-34). Na segunda parte, o autor ofe-rece uma perspectiva geral do pensamento contempo-râneo, no qual aborda as pressuposições e caracterís-ticas do mundo pós-moder-no que oferecem resistên-cias intelectuais e morais ao Cristianismo (pp. 37-84). O livro termina com a apre-sentação de uma hermenêu-tica dos principais aspectos da “mente cristã”, em que o Veith argumenta que “o cristianismo fornece uma estrutura intelectual que é, na verdade, superior a qual-

quer outra visão de mundo” (pp. 13 e 87). A conclusão é um comentário sobre o sig-nificado da expressão bíbli-ca “amar a Deus de todo o entendimento” (pp. 135-138). Como todas as obras de desse escritor, este livro encontra-se fundamentado em sólida pesquisa acadê-mica, bem como em uma análi-se pertinente da literatura sobre o assunto.Diferente de

outras obras do gênero, o livro não oferece uma dis-cussão filosófica, mas uma estrutura de raciocínio com potencial para lidar com quais-quer idéias encon-tradas no mundo p ó s - m o d e r n o . Empregando o exemplo de Daniel e seus amigos na corte da Babilônia, o autor defende a tese de que “o cristão que busca c o n h e c i m e n t o , procura se instruir e explo-ra até a mais ‘secular’ das matérias está cumprindo uma vocação cristã que é agradável a Deus e de gran-de importância para a igre-ja” (p. 11). A compreensão dessa verdade, segundo o autor, é fundamental para que o cristão evite as duas atitudes mais comuns pra-ticadas por aqueles que são confrontados com as discrepâncias básicas entre

a fé cristã e o pensamen-to ateu: o isolamento e o sincretismo. O fato é que alguns cristãos, esmagados pelo poder e prestígio do mundo secular, se retraem e não vêem qualquer razão para interagir com o con-texto sócio-intelectual em que vivem. Outros, diante

do mesmo desafio, fazem concessões e abraçam uma versão sincrética do cristia-nismo, reinterpretando as verdades bíblicas de acordo com os padrões e valores vigentes.Gene E. Veith Jr. desen-

volve a sua tese a partir de um estudo bíblico e his-tórico da importância da instrução “secular” para o cristão. Conclui que as Escrituras sempre apresen-

tam Deus como a fonte de todo conhecimento verda-deiro e habilidade intelec-tual (p. 19). Com respeito à história da igreja, o autor deixa claro que a instrução sempre foi incentivada pelo cristianismo, pois a fé cris-tã encontra-se alicerçada sobre a revelação especial

de Deus, ou seja, a Bíblia Sagrada. Logo, a leitura, a escrita e a instru-ção encontram-se intimamente conectadas com as atividades rela-cionadas à prega-ção do evangelho e ao crescimen-to espiritual dos cristãos. Além do mais, “historica-mente, foi a Bíblia que eliminou as superstições do paganismo e abriu as portas para a ciência, a tecno-logia e a cultura ocidental” (p. 22). Logo, a centralida-de da Bíblia para os cristãos implica

em que eles nunca devem desprezar a instrução.Ao analisar os ataques mais

comuns ao Cristianismo, Veith Jr. lembra que “aqui-lo que às vezes se apresenta como secular não tem nada de secular. Declarações sobre o significado, a ori-gem e o propósito da vida são intrinsecamente religio-sas” (p. 38). Dessa forma, a tese da neutralidade cien-tífica é uma falácia que os

cristãos devem saber dis-tinguir claramente em suas interações com o mundo ao redor. Além do mais, há que se atentar para o fato de que muitos ataques ao cristianismo são fundamen-tados na ignorância acerca da sua verdadeira essência. O problema é que a versão mutilada da fé cristã é mui-tas vezes apresentada pelos próprios cristãos que divor-ciam proclamação de pre-sença, ou seja, palavras do testemunho. Dessa forma, a missão cristã implica não apenas em informar pesso-as, mas em instruí-las e dis-cipulá-las quanto aos prin-cípios bíblicos da fé cristã.Devido ao número de

assuntos abordados pelo autor, o livro poderia ser mais volumoso. Há tópicos que realmente exigem uma investigação mais profun-da. Contudo, o número de páginas apresenta-se como uma vantagem para aque-les que preferem uma ins-trução sólida e abrangente, mas não dispõem de tanto tempo nem da motivação para lerem compêndios minuciosos. O autor pare-ce realmente ter atingido o seu objetivo em produzir uma obra útil para estudan-tes, seus pais, educadores e amantes do saber. Esta é mais uma excelente con-tribuição para a literatura protestante no Brasil.

Val­deci da Sil­va San­tos

De todo o teu entendimento:pensando como cristão num mundo pós-moderno

Divulgação

O

Literatura

O rev. Val­deci da Sil­va San­tos é coordenador do Doutorado em

Ministério do Centro Presbiteriano de Pós-graduação Andrew Jumper e

pastor da Igreja Evangélica Suíça, em São Paulo