boletim informativo - Igreja Evangélica Lisbonense...

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Serviços 4ª feira—17h30 Reunião de 4ª feira Domingo—10h00 Escola Dominical adultos e jovens Domingo—11h00 Culto de Louvor a Deus Escola Dominical crianças Se um grão de trigo lançado à terra não morrer, não dá fruto. Mas se morrer dá muito fruto. (João 12:24) Publicação periódica da Igreja Evangélica Lisbonense (Presbiteriana) | Nº3/2016 | SETEMBRO 2016 PROJETO NEEMIAS - UMA OBRA DE REMUDELAÇÃO ROSTOS - DORIS PEREIRA, DIACONISA ESTUDO BÍBLICO - MATEUS 23: 13-36 O EPISCOPALISMO PORTUGUÊS DESDE O SÉCULO XIX Bíblia PAG. 5 Mulheres PAG. 4 Cristãos e o Mundo PAG. 7 Crescer na fé PAGs. 2 e 3 118 anos a servir a Cristo O dia 19 de junho de 2016 foi um marco importante para a comunidade presbiteriana que se reúne regularmente há 90 anos na Rua Febo Moniz, em Lisboa. Neste dia comemorou-se 90 anos de templo construído, mas 118 anos de vida e de serviço a Deus na presença de mais de 180 pessoas (membros, simpatizantes e amigos). Não podia existir melhor momento para abrir as portas de um templo remodelado e fazer a redidicação, pois estão termindas as tão desejadas obras de melhoramento. Neste dia foi ainda inaugurado o Salão Pastor J. A. Santos e Silva, na presença de alguns membros da sua família; bem como a Residência Neemias, base de todo o Projeto Neemias e criada para receber e acompanhar jovens estudantes evangélicos. O dia de aniversário ficou marcado pelo simbologismo conseguido com a presença do Pastor Paulo Leite da Igreja Fluminense, a mesma igreja que muito colaborou na construção do atual edifício há 90 anos. Durante o Culto de Gratidão foi dada a palavra ao Ancião António Calaim, presidente da Aliança Evagélica, à Sónia Valente enquanto presidente do Conselho Presbiteriano Regional do Sul, ao presbítero Joel Santos, da 1ª Igreja Congregacional de Lisboa (Chelas) e à presidente da Junta de Freguesia de Arroios, Margarida Martins. Depois do almoço partilhado e antes do habitual bolo de aniversário, houve ainda tempo para o louvor, trazido pela Marta Fonseca. Que o Senhor continue a abençoar esta igreja e a inspirar a sua liderança. Ámen! EYCE em Lisboa pela pobreza No próximo dia 24 de setembro, terá lugar o passeio da Escola Dominical da IEL. Este ano, a equipa escolheu Abrantes como local de destino. Até lá todos os participantes e convida- dos vão ainda passar pelo Castelo de Almourol, Vale de Santarém e, de- pois a cidade de Abrantes. O almoço será partilhado com os irmãos da Igreja Evangélica Presbiteriana em Abrantes, com os quais partilhare- mos também um culto de louvor. O objetivo do nosso passeio não é apenas reunir os participantes da ED, mas todos os que se sintam com vontade de partilhar a fé em Cristo em um ambiente de festa e de co- nhecimento de mais algumas paisa- gens portuguesas. É necessário fazer pré-inscrição. O valor a pagar incluí o autocarro, o almoço e a viagem de barco para o castelo. Não hesitem em falar com a Doris Pereira e marcar os vossos lugares, vai ser um dia perfeito em comunidade. Passeio da Escola Dominical ACONTECEU ACONTECEU Série de Pregações «A histório do Homem-Deus», Evangelho de Lucas Pastor Luís de Matos e Conselho Presbiteral Versão vídeo em igrejalisbonense.org VAI ACONTECER Grão de Trigo boletim informativo o vereador da Câmara Municipal de Lisboa com a tutela da Ação Social de forma a perceber um pouco mais sobre o plano estratégico. Para além deste trabalho, também ouve momentos de partilha em que cada grupo fazia uma pequena exposição oral sobre a sua crença religiosa e, desta forma, todos conheceram um pouco mais sobre os diferentes credos religiosos. Sem es- quecer que também houve a oportuni- dade de conhecer a cidade, participar num jantar solidário e criar estratégias para erradicar a pobreza e alertar sobre a mesma, não só em Lisboa, mas tam- bém nas suas cidades. Estes eventos ecuménicos são gratificantes não só pelos assuntos abordados nos encon- tros, mas também pela partilha e co- nhecimento de diferentes culturas, religiões e línguas, que, cada vez mais, torna os jovens mais conscientes e unidos, não por aquilo que os separa, mas por aquilo que os une. Letícia Mauaie O EYCE (Ecumenical Youth Council in Europe) é o conselho juvenil ecumé- nico europeu, fundado em 1968 pelo conselho mundial das igrejas, de forma a dar responsabilidade aos jovens para o trabalho ecuménico. Este ano, o grupo organizou um encontro sobre a pobreza e escolheu Lisboa como cená- rio e a nossa igreja como casa. Para o encontro de 21 a 28 de Agosto, foi escolhido o tema “People in Poverty: Part of the bigger picture”, em portu- guês: “As pessoas na pobreza: Parte do grande quadro”. Estiveram reunidos cerca de 20 jovens de diferentes países da Europa, com idades compreendidas entre os 17 e os 25 anos, e de diferentes crenças religiosas (cristãos, judeus e muçulmanos). Durante esta semana, foram feitos vários trabalhos e pales- tras em torno deste assunto. Tiveram uma formação sobre o Serve the City para perceber melhor do trabalho que é feito com os sem-abrigo em Lisboa e o panorama geral da pobreza da cida- de. Também tiveram um encontro com

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Serviços

4ª feira—17h30

Reunião de 4ª feira

Domingo—10h00

Escola Dominical adultos e jovens

Domingo—11h00

Culto de Louvor a Deus

Escola Dominical crianças

Se um grão de trigo lançado à terra não morrer, não dá fruto. Mas se morrer dá muito fruto. (João 12:24)

Publicação periódica da Igreja Evangélica Lisbonense (Presbiteriana) | Nº3/2016 | SETEMBRO 2016

PROJETO NEEMIAS

-

UMA OBRA DE

REMUDELAÇÃO

ROSTOS

-

DORIS PEREIRA,

DIACONISA

ESTUDO BÍBLICO

-

MATEUS 23: 13-36

O EPISCOPALISMO

PORTUGUÊS

DESDE O

SÉCULO XIX

Bíblia PAG. 5 Mulheres PAG. 4 Cristãos e o Mundo PAG. 7 Crescer na fé PAGs. 2 e 3

118 anos a servir a Cristo

O dia 19 de junho de 2016 foi um

m a r c o i m p o r t a n t e p a r a a

comunidade presbiteriana que se

reúne regularmente há 90 anos na

Rua Febo Moniz, em Lisboa.

Neste dia comemorou-se 90 anos de

templo construído, mas 118 anos de

vida e de serviço a Deus na presença

de mais de 180 pessoas (membros,

simpatizantes e amigos). Não podia

existir melhor momento para abrir

as portas de um templo remodelado

e fazer a redidicação, pois estão

termindas as tão desejadas obras de

melhoramento. Neste dia foi ainda

inaugurado o Salão Pastor J. A.

Santos e Silva, na presença de alguns

membros da sua família; bem como

a Residência Neemias, base de todo

o Projeto Neemias e criada para

receber e acompanhar jovens

estudantes evangélicos.

O dia de aniversário ficou marcado

pelo simbologismo conseguido com

a presença do Pastor Paulo Leite da

Igreja Fluminense, a mesma igreja

que muito colaborou na construção

do atual edifício há 90 anos. Durante

o Culto de Gratidão foi dada a

palavra ao Ancião António Calaim,

presidente da Aliança Evagélica, à

Sónia Valente enquanto presidente

do Conselho Presbiteriano Regional

do Sul, ao presbítero Joel Santos, da

1ª Igreja Congregacional de Lisboa

(Chelas) e à presidente da Junta de

Freguesia de Arroios, Margarida

Martins. Depois do almoço

partilhado e antes do habitual bolo

de aniversário, houve ainda tempo

para o louvor, trazido pela Marta

Fonseca. Que o Senhor continue a

abençoar esta igreja e a inspirar a

sua liderança. Ámen!

EYCE em Lisboa pela pobreza

No próximo dia 24 de setembro, terá lugar o passeio da Escola Dominical da IEL. Este ano, a equipa escolheu Abrantes como local de destino. Até lá todos os participantes e convida-dos vão ainda passar pelo Castelo de Almourol, Vale de Santarém e, de-pois a cidade de Abrantes. O almoço será partilhado com os irmãos da Igreja Evangélica Presbiteriana em Abrantes, com os quais partilhare-mos também um culto de louvor.

O objetivo do nosso passeio não é

apenas reunir os participantes da ED, mas todos os que se sintam com vontade de partilhar a fé em Cristo em um ambiente de festa e de co-nhecimento de mais algumas paisa-gens portuguesas.

É necessário fazer pré-inscrição.

O valor a pagar incluí o autocarro, o almoço e a viagem de barco para o castelo. Não hesitem em falar com a Doris Pereira e marcar os vossos lugares, vai ser um dia perfeito em comunidade.

Passeio da Escola Dominical

ACONTECEU ACONTECEU

Série de Pregações

«A histório do Homem-Deus», Evangelho de Lucas

Pastor Luís de Matos e Conselho Presbiteral Versão vídeo em igrejalisbonense.org

VAI ACONTECER

Grão de Trigo boletim informativo

o vereador da Câmara Municipal de Lisboa com a tutela da Ação Social de forma a perceber um pouco mais sobre o plano estratégico. Para além deste trabalho, também ouve momentos de partilha em que cada grupo fazia uma pequena exposição oral sobre a sua crença religiosa e, desta forma, todos conheceram um pouco mais sobre os diferentes credos religiosos. Sem es-quecer que também houve a oportuni-dade de conhecer a cidade, participar num jantar solidário e criar estratégias para erradicar a pobreza e alertar sobre a mesma, não só em Lisboa, mas tam-bém nas suas cidades. Estes eventos ecuménicos são gratificantes não só pelos assuntos abordados nos encon-tros, mas também pela partilha e co-nhecimento de diferentes culturas, religiões e línguas, que, cada vez mais, torna os jovens mais conscientes e unidos, não por aquilo que os separa, mas por aquilo que os une.

Letícia Mauaie

O EYCE (Ecumenical Youth Council in Europe) é o conselho juvenil ecumé-nico europeu, fundado em 1968 pelo conselho mundial das igrejas, de forma a dar responsabilidade aos jovens para o trabalho ecuménico. Este ano, o grupo organizou um encontro sobre a pobreza e escolheu Lisboa como cená-rio e a nossa igreja como casa. Para o encontro de 21 a 28 de Agosto, foi escolhido o tema “People in Poverty: Part of the bigger picture”, em portu-guês: “As pessoas na pobreza: Parte do grande quadro”. Estiveram reunidos cerca de 20 jovens de diferentes países da Europa, com idades compreendidas entre os 17 e os 25 anos, e de diferentes crenças religiosas (cristãos, judeus e muçulmanos). Durante esta semana, foram feitos vários trabalhos e pales-tras em torno deste assunto. Tiveram uma formação sobre o Serve the City para perceber melhor do trabalho que é feito com os sem-abrigo em Lisboa e o panorama geral da pobreza da cida-de. Também tiveram um encontro com

Projeto Neemias: o antes e o depois de um Tal como Neemias foi um ins-

trumento nas mãos de Deus

para restaurar a identidade de

Jerusalém – o seu muro, o seu

culto e o seu povo -, também os

membros da Igreja Lisbonense

(e todos os homens e mulheres,

Instituições e Igrejas, que se

reveem na missão desta Igreja)

são chamados hoje a assumir

um papel importante na reestru-

turação da missão da Igreja

Lisbonense na cidade de Lisboa.

O Projeto Neemias é um projeto

de obediência: Tendo por base a

necessidade de a Igreja cumprir

a Grande Comissão, dada por

Jesus e plasmada nas suas pala-

vras em Mateus 28:19-20,

«portanto, vão e façam com que

todos os povos se tornem meus

discípulos. Batizem-nos em

nome do Pai e do Filho e do

Espírito Santo, ensinando-os a

obedecer a tudo quanto eu tenho

mandado. E saibam que estarei

sempre convosco até ao fim dos

tempos», a liderança da Igreja

Lisbonense está comprometida

com a necessidade de centrar, de

uma forma mais real, a vida

comunitária em torno da Pala-

vra de Deus, expressa de forma

suprema em Jesus Cristo.

É também um projeto de espe-

rança, pois a Igreja é um orga-

nismo vivo que tem que se re-

produzir e multiplicar. Ou seja, a

Igreja tem de responder de for-

ma responsável à necessidade de

«fazer discípulos»! Podemos

escolher vários caminhos, mas,

como Igreja, somos impelidos a

responder a essa chamada dan-

do possibilidade a que os jovens

de hoje se responsabilizem,

desde já, pela forma como traba-

lharão as suas decisões futuras.

Essa responsabilização fará com

que não sejam somente melho-

res discípulos, mas tornará me-

lhor a sociedade onde vão tomar

as suas decisões.

Foi necessário: melhorar o espa-

ço de culto, reestruturar o Salão

e preparar o espaço para acolher

estudantes universitários.

Crescer na fé / GRÃO DE TRIGO / IGREJA EVANGÉLICA LISBONENSE (PRESBITERIANA) / Nº3/2016 SETEMBRO 2016 / 02

(...) porque, onde está o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração. (Lucas 12:34)

Ajuda-nos a dar este passo!

Faz o teu donativo para

NIB 0033 0000 5003 0995 7180 5

IBAN: PT50 0033 0000 5003 0995 7180 5 / Swift: BCOMPTPL

Restruturar espaço de culto

Restruturar Salão Social

Criar acolhimento para

Estudantes Universitários

O Templo é o primeiro espaço de acolhimento para quem chega, as condições anteriores colocavam em risco o bem-estar dos que

escolhiam a IEL para congregar. Hoje o espaço está acolhedor, simples e centrado na Trindade: Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo.

Crescer na fé / GRÃO DE TRIGO / IGREJA EVANGÉLICA LISBONENSE (PRESBITERIANA) / Nº3/2016 SETEMBRO 2016 / 03

Pois todo o que se exalta será humilhado; e o que se humilha será exaltado. (Lucas 14:11)

projeto inspirado por Deus para servir

O salão Social era um espaço escuro e sem vida. Hoje é Salão Pastor J.A. Santos e Silva, com luz, cor, vida e novas oportunidades para os membros da IEL, mas também para outras

instituições que precisem daquele espaço com salas de apoio, cozinha, projetor, e muito mais.

A Residência Neemias foi sonhada para ser um espaço de acolhimento para jovens estudantes universitários evangélicos, com o objectivo de os acompanhar na sua vida académica,

dando-lhes ferramentas para não substituirem os valores cristãos pelos do mundo. Deus permitiu e o sonho tornou-se realidade!

Mulheres / GRÃO DE TRIGO / IGREJA EVANGÉLICA LISBONENSE (PRESBITERIANA) / Nº3/2016 SETEMBRO 2016 / 04

Mas ele respondeu: Os impossíveis dos homens são possíveis para Deus. (Lucas 11:27)

disso a derrubou.

Católica Romana ativa e envolvi-da, foi um dia desafiada por um pastor que liderava a Missão Evangélica em Alhos Vedros re-centemente inaugurada. A curiosi-dade levou-a a assistir vários cul-

Ordenada diaconisa em 28 de junho de 2015, Doris Pereira (como gosta de ser chamada) é um dos rostos femininos da lide-rança da Igreja Evangélica Lisbo-nense (Presbiteriana). «Não sei explicar bem, mas para mim o que importa é servir a Igreja e poder contribuir para que mais pessoas possam conhecer um Deus que é Salvador e que transforma vidas», disse quando lhe perguntámos porque aceitou este ministério.

Há poucos dias celebrou os seus 70 anos, mas como costuma dizer, «a cabeça continua a ter 30». Sempre dinâmica e envolvida, sempre com uma postura «fresca» e bem disposta, mesmo nos mo-mentos em que parece perder as forças e o ânimo, Doris é vista por muitas mulheres da nossa comu-nidade como um exemplo de que nada nos deve fazer baixar os braços e desistir.

Contudo, por detrás de um sorriso e de uns olhos brilhantes encontra-se uma história de uma mulher que enfrentou e enfrenta lutas diárias. Depois de uma infância feliz em Aljustrel, aos 11 anos mudou-se para Alhos Vedros, perto da Moita. A decisão de mu-dar de vida dos pais Francisco Luís e Maria Jacinta, foram mar-cantes para esta jovem criança habituada aos seus amigos de sempre. «Vivi uma infância feliz com os meus pais e duas irmãs mais novas, mas depois de uma vida feliz e tranquila no Alentejo,

tos e rapidamente se envolveu na comunidade com os jovens e pas-sou a frequentá-la. «Nessa altura senti que a minha relação com Deus tinha que ser confirmada através do baptismo e foi o que fiz na certeza de que quem crer e for batizado será salvo (Marcos 16:16)», recordou.

Os desígnios de Deus são sempre misteriosos e foi na igreja evangéli-ca que conheceu aquele que viria a ser o seu marido - Carlos Pereira (ver caixa).

Chegou à igreja presbiteriana atra-vés do casamento. Primeiro con-gregou na Igreja que se reúne em Campo de Ourique, depois, devido a um processo de cisão ocorrido na mesma, o casal Pereira escolheu a IEL para sua comunidade regular, ainda no tempo do Reverendo Vasconcelos (1963-1973) e até hoje permanecem.

Com um bom gosto especial para a decoração e um dom para criar bijuteria e para a jardinagem, pode dizer-se que a leitura, o teatro e o cinema fazem parte dos seus pas-satempos preferidos. Mas é em Deus que encontra o seu conforto e a sua paz. «A minha comunhão com Deus é tão intima, tão de Pai e filha, que eu sinto a sua presença protetora e segura em cada mo-mento da minha vida », confirmou. E acrescentou ainda que o livro dos Salmos é o que mais lê, «pois é aí que nos momentos de desalento, de tristeza, de dor, de gratidão ou de alegria, que encontro sempre a resposta certa para as necessidades da minha fé e do meu coração.»

Doris - sou diaconisa só para servir

passamos a ter uma vida muito diferente e com algumas dificul-dades », contou. Passou a estudar à noite no Barreiro e a trabalhar durante o dia em Lisboa, fazendo horas de transportes públicos e poucas horas de sono, mas nada

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Foi na igreja evangélica do Barreiro, durante um culto dominical que

Doris conheceu Carlos, amigo do pastor Jaime Vieira.

Algum tempo depois começou uma história de amor que se iniciou com

um namoro de cerca de dois anos , seguido do casamento no dia 10 de

Dezembro de 1967. Cerimónia celebrada pelo Pastor Augusto Esperan-

ça na Igreja Evangélica Presbiteriana de Lisboa (Campo de Ourique).

Mais tarde, no dia 16 de Setembro de 1968, Deus abençoou o casal com

uma filha a quem deram o nome de Isabel Rute.

Doris sempre trabalhou até ao dia do parto, mas algum tempo depois

resolveu abdicar da profissão e dedicar-se a ser esposa e mãe. Apesar de

não se arrepender da escolha, rapidamente voltou ao seu ritmo de tra-

balho. «Quem me conhece sabe que não sou muito de estar assim tão

sossegadinha e achei que estava a ser muito redutora da minha própria

vida e recomecei a trabalhar», brincou.

FICHA TÉCNICA

Nome: Maria das Dores Pereira

Idade: 70 anos

Ministério: Diaconisa

Estado Cívil: Casada com Carlos

Pereira (presbítero regente)

Filhos: Isabel Rute

Bíblia: Salmos

Passatempos: criar bijuteria,

jardinagem, leitura, teatro, cine-

ma

Gostos: amar a vida e vive-la com

a intensidade possível dos 70 anos

Mateus 23: 13-36

«Ai de vós, doutores da lei e fari-seus fingidos!», assim começa cada advertência ou cada lamento. Jesus estava certo que estes dois grupos tinham consciência do que faziam de errado. Os doutores da Lei, ou Escribas, eram profundos conhecedores das Escrituras e monopolizavam a interpretação da Palavra de Deus tornando-se guias espirituais do povo, ditando as regras, até mesmo o que se referia ao culto. Os Fariseus inte-gravam um grupo aliado à elite sacerdotal e eram grandes propri-etários de terras e viviam afasta-dos do povo simples. Formavam um partido religiosos puritano que resistia aos costumes e ao pensamento grego, entrincheiran-do-se na observância zelosa e rigorista da letra da Lei escrita e oral. Os dois grupos eram simpa-tizantes e alguns doutores da Lei foram também Fariseus.

v13 - «Ai de vós, doutores da lei e fariseus fingidos! Fecham a porta do reino dos céus na cara das pessoas. Não entram, nem deixam entrar os que gostariam de o fa-zer.»

Estou certa que nestes dois grupos de líderes havia os que não se incluíam neste género de crítica, no entanto, a situação parecia ser bem generalizada e preocupantes para Jesus. Os fariseus, no geral, não estavam a dar ao mundo uma oportunidade imparcial de salva-ção e isso é muito sério na doutri-na de Jesus. (Mateus 18:7-11) Ai daqueles que levam os outros a pecar! São coisas que hão-de acontecer sempre, mas ai daque-les que forem culpados disso!

v14 - « Ai de vós, doutores da lei e fariseus fingidos! Devoram os bens das viúvas e desculpam-se com longas orações. Mas Deus há-de castigar-vos ainda mais por causa disso.»

Jesus, claramente condena o ato

A hipocrisia tem preço em Jesus

de roubar os mais desfavorecidos em consciência, considerando que uma oração de pedido de perdão bem longo resolve, mesmo que o nosso coração tenha intenção de continuar a roubar.

v15 - «Ai de vós, doutores da lei e fariseus fingidos! Correm o mun-do inteiro para arranjarem um adepto mas, quando o conseguem, tornam-no duas vezes mais mere-cedor do inferno que vocês.»

Naquele tempo o judaísmo era aberto a gentios que eram induzi-dos na religião e na nação medi-ante a circuncisão dos homens, do batismo e da oferta de sacrifícios. Um novo crente, normalmente, é mais fervoroso do que aquele que o converte e, segundo essa teoria, o gentio que era levado a confiar em valores legais e rituais para a sua salvação cumpria-os de forma mais rigorosa e extremada, acaba-do por reforçar mais a sua conde-nação.

v16 - «Ai de vós, conselheiros cegos! Ensinam que se uma pes-soa jurar pelo templo, isso não tem importância, mas se jurar pelo ouro do templo, então fica obrigada a cumprir o que jurou.»

Jesus não pode aceitar que no

Bíblia / GRÃO DE TRIGO / IGREJA EVANGÉLICA LISBONENSE (PRESBITERIANA) / Nº3/2016 SETEMBRO 2016 / 05

Porque o Filho do Homem veio buscar e salvar o perdido. (Lucas 19:10)

Uma crítica ao sistema religioso e formal

Jesus critica e condena os responsáveis religiosos que sustentam um sistema formal e hipócrita que não considera o

Reino de Deus como dom nem a liberdade dos filhos de Deus. Este é um sistema que impede a entrada no Reino

porque não leva à conversão, mas à perversão, e destrói o verdadeiro Espírito das Escrituras.

Irmãos e irmãs, se ouvimos (lemos) bem estas palavras podemos reconhecer nelas semelhanças com as lideranças

de hoje, ao povo de hoje. No nosso meio muitos há que embora frequentadores assíduos da sua Igreja, ainda não

entenderam o que é pertencer a Cristo e deixam transparecer uma grande incoerência entre o que se prega e o que se

vive. Infelizmente, Jesus não nos deixou um livro pormenorizando como devia ser uma verdadeira comunidade

cristã nas suas mais variadas valências e então fomos obrigados a criar rotinas, métodos, rituais e estruturas que

consideramos ser as melhores. No entanto, tudo isto só terá a aprovação do nosso Senhor e Salvador se Ele for a

base de tudo.

«Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, a não ser por mim» (João 14:6). Se a nossa comunida-

de tiver sempre esta permissa por perto, nada faremos que nos desvie da Sua vontade. Pois sempre que o fizermos

será Ele, o nosso Senhor a mostrar-nos o erro e a julgar a atitude!. Não há rito ou método que seja abençoado se não

for para dar honra e glória ao nosso Deus e apenas a Ele, sem que exaltemos qualquer ser humano no Seu lugar. O

Senhor Jesus prometeu que edificaria a Sua Igreja e que as forças da morte nada poderão contra ela.

povo de Deus haja espaço para a mentira e para o fingimento usan-do termos específicos no juramen-to que prestam. No início do evan-gelho de Mateus, no sermão da montanha, o próprio Jesus já tinha deixado claro que pessoas honestas não fazem juramentos, muito menos em nome de Deus.

v23 - «Ai de vós, doutores da lei e fariseus fingidos! Dão a Deus a décima parte da hortelã, do endro e dos cominhos, e põem de lado as coisas mais importantes da lei, tais como a justiça, a misericórdia e a fidelidade. Estas coisas é que era preciso cumprir, sem despre-zar as outras.»

O dizimo do grão, do vinho, do óleo, das frutas, do rebanho, era parte das escrituras (Lv 27:30 e Dt 14:22), mas os escribas estende-ram esse conceito às ervas aromá-ticas e medicinais. A maior falha não era a ênfase indevida nas coisas de menor importância, mas o fato de eles terem deixado de dar a atenção devida ao que há de mais importante na Lei: «a justi-ça, a misericórdia e a fidelidade». E por isso Jesus usa a comparação grotesca do mosquito e do camelo – é imensamente cego no que faz aquele que consegue filtrar o pe-

DIR

EIT

OS

RE

SE

RV

AD

OS

queno mosquito, mas deixar en-trar o enorme camelo!

v25 - «Ai de vós, doutores da lei e fariseus fingidos! Limpam a parte de fora do copo e do prato, mas a parte de dentro está cheia de rou-bos e violências.»

Jesus queria advertir para uma vida exterior regulada que escon-de uma vida interior impura. O Mestre estava preocupado tanto com o interior como com o exteri-or de cada um. Embora coloque o homem interior em primeiro lu-gar, também sempre ensinou que uma renovação interior é refletida ou expressa na vida exterior.

v27 - «Ai de vós, doutores da lei e fariseus fingidos! São semelhantes a túmulos caiados. Por fora pare-cem muito bonitos, mas por den-tro estão cheios de ossos de mor-tos e de toda a espécie de podri-dão.»

O costume judaico de pintar os sepulcros perto da Páscoa para que se destacassem e fossem evi-tados por perigo de contaminação é aqui usado por Jesus para que o povo, mais uma vez, entenda de forma simples o quão grave é a conduta destes dois grupos: o legalismo facilmente se torna numa capa sob a qual pode estar um coração não regenerado.

v29 - « Ai de vós, doutores da lei e fariseus fingidos! Constroem os túmulos dos profetas e fazem belos monumentos aos mártires»

Por fim, Jesus desvenda a contra-dição entre o louvor aos profetas, agora convenientemente mortos, e a rejeição dos profetas que causa-ram desconforto com a sua pre-sença. Pura desonestidade. Antes de tudo fingem ser melhores que os seus antepassados, mas no seu tempo rejeitam profetas com o mesmo testemunho dos de outro-ra. No fundo Jesus afirma «tal pai, tal filho».

Estas são, provavelmente ,as pala-vras mais duras que Jesus profe-riu.

Alexandra de Matos

Presbítera regente

Cultura cristã / GRÃO DE TRIGO / IGREJA EVANGÉLICA LISBONENSE (PRESBITERIANA) / Nº3/2016 SETEMBRO 2016 / 06

Repara, pois, que a luz que há em ti não sejam trevas (Lucas 11:35)

Livro do mês Bíblia de Estudos de

Genebra

Foi lançada em 2009 pela

Cultura Cristã e Sociedade

Bíblica do Brasil a «Bíblia

de Estudos de Genebra -

Edição Revista e Amplia-

da». Esta é a tradução da

"Spirit of the Reformation

Study Bible" de 2003, cujo

editor geral é o Richard L.

Pratt Jr., professor do Re-

formed Theological Semi-

nary. Enquanto em inglês

ela usa a NIV (New Interna-

tional Version), em portu-

guês ela utiliza, como a sua

versão anterior, a Almeida Revista e Atualizada, com a diferen-

ça de que o texto português foi completamente revisto e ade-

quado à "Nova Reforma Ortográfica". Essa nova edição, além de

ter sido revista e conter mais notas explicativas que a anterior,

contém dois novos recursos de auxílio ao leitor e estudante da

bíblia: 1) O primeiro deles são as notas sobre a relação entre

Cristo e cada livro do Antigo Testamento, encontradas nas in-

troduções a cada livro. 2) O segundo recurso é a indexação do

texto das notas com os Símbolos de Fé Reformados, que são as

três formas de unidade das Igrejas Reformadas (Confissão Bel-

ga, Catecismo de Heidelberg, e os Cânones de Dort) e os três

símbolos de fé de Weatminster (Confissão de Fé Westminster,

Catecismo Maior de Westminster, e Breve Catecismo de Wes-

tminster). Estes símbolos de fé estão compilados no final da

Bíblia de Estudos de Genebra.

É importante destacar, diante das notas e documentos reforma-

dos anexos à Bíblia de Genebra, a seguinte observação na Intro-

dução a esta Bíblia: "Esperamos que nenhum leitor venha a

confundir as notas falíveis e os documentos confessionais conti-

dos nesta publicação com as próprias Escrituras. Tudo isso está

publicado em um único livro para a comodidade do leitor, não

para colocar as Escrituras e as interpretações humanas no mes-

mo nível". (Bíblia de Estudo de Genebra Edição Revista e Am-

pliada, p. ix) Esta é a atitude esperada de qualquer leitor diante

de qualquer Bíblia de estudo, seja ela qual for.

FONTE: wikipedia

CARTOON

Se estivermos com problemas, se precisarmos de ajuda, a Bíblia nos diz que o caminho

para a Salvação de Deus é através do Portão do Louvor. Louvar, glorificar, é uma expres-

são de fé. Murmuração, choro e autopiedade irão coloca-nos do lado de fora.

DESAFIO

Apoio aos refugiados Nestes dias, o Senhor chama-nos a ajudar os refugiados que rece-bermos em Portugal (cerca de 4000) e não só.

Enquanto cristãos e cidadãos, poderemos fazê-lo em várias ver-tentes, de acordo com o estabelecido pela PAR (Plataforma de Apoio aos Refugiados http://www.refugiados.pt ). Esta Platafor-ma dispõe da informação, medeia e formaliza em Portugal todos os esforços da sociedade civil em prol desta causa.

Assim, a Aliança Evangélica vem desafiar a sua igreja/associação/organização a acolher uma família de refugiados de acordo com os requisitos apresentados na PAR. Para oficializar o seu interesse em ser uma organização anfitriã, vá a http://www.refugiados.pt/como-ajudar/ e preencha o formulário. A Plataforma procura IPSS's, Autarquias, Associações, Instituições Religiosas, Escolas que assumam (sozinhas ou em parceria umas com as outras) a responsabilidade face a uma família concreta providenciando alojamento adequado, alimentação, apoio no acesso ao mercado de trabalho, no acesso à educação, à saúde e à aprendizagem do português.

A Aliança Evangélica disponibiliza apoio para esclarecer algumas dúvidas que possam surgir, através do e-mail: [email protected].

FONTE: AEP

Cristãos e o Mundo / GRÃO DE TRIGO / IGREJA EVANGÉLICA LISBONENSE (PRESBITERIANA) / Nº3/2016 SETEMBRO 2016 / 07

Glória a Deus nas maiores alturas, e paz na terra entre os homens, a quem ele quer bem . (Lucas 2:14)

No princípio da década de 70 do século XIX, sob o efeito das resoluções do Concílio Vaticano I

(1869-70) – que proclamou o dogma da

infalibilidade papal –, uma dezena de

presbíteros católicos romanos abandonou a Igreja Católica, juntando-se uma parte destes a

Angel Herreros de Mora, que os acolheu e

transformou em seus ajudantes. Estes

presbíteros terão inclusivamente chegado a

eleger Mora como seu bispo antes da morte

deste em 1876.

Nesta ocasião, enquanto os presbíteros António Ribeiro de Melo e Henrique Ribeiro Ferreira de

Albuquerque ficaram a pastorear a congregação

de Mora, três outros (João Joaquim da Costa

Almeida, Manuel António Pereira Júnior e José

Nunes Chaves) constituíram mais três pequenas

congregações episcopalianas com o apoio do capelão anglicano em Lisboa desde 1864, o

cónego Thomas Godfrey Pembroke Pope (1837-

1902).

Os episcopalianos vieram a ser o primeiro grupo

a conseguir agrupar várias pequenas

congregações numa denominação com unidade

institucional; esse feito, impulsionado por Pope e pelos apoios que garantiu da anglicana Igreja

da Irlanda a que pertencia, seguiu-se à lei de

1878 que instituiu o registo civil para súbditos

portugueses que não fossem membros da Igreja

estabelecida. A Igreja Episcopal Reformada Portuguesa, fundada ainda em 1878, realizou

em 8 de Março de 1880 o seu primeiro sínodo,

adotando o nome de Igreja Lusitana Católica

Apostólica Evangélica (I.L.C.A.E.); os seus

presbíteros e representantes leigos das três congregações deixaram então registada, numa

carta ao episcopado anglicano irlandês, a

esperança de que «o termos nós o Episcopado

nos dará uma posição muito mais vantajosa na

luta em que estamos empenhados contra a Igreja Romana, e há-de atrair ao nosso grémio

muitas pessoas, que, posto que reconheçam as

corrupções de Roma, sentem grande

repugnância de unir-se a uma Igreja que não

seja episcopal» (Ata do Sínodo Geral, 5.4.1880).

O episcopalismo português desde o século XIX

Pilares da nossa fé

Organização e difícil

ímpeto missionário

Ora, apesar de algum crescimento do número de

congregações e de fiéis, a Igreja Lusitana não conseguira, no final de Oitocentos, ultrapassar

as quatro centenas de comungantes e algumas

centenas mais de pessoas afetadas pelas suas

atividades pastorais; as expectativas dos seus

fundadores, de que ela pudesse ser a Igreja episcopal e nacional, independente de Roma tal

como chegara a ser sonhado por alguns

católicos regalistas, goraram-se.

A I.L.C.A.E. conseguiu a adesão da antiga Igreja

Evangélica Espanhola de Lisboa e de mais duas

congregações de Vila Nova de Gaia inicialmente

metodistas e mantidas pelos dois irmãos industriais de ascendência britânica, Diogo e

André Cassels (1846-1931); conseguiria ainda

inaugurar outras congregações, no Porto e em

Setúbal, com algumas dezenas de membros, até

chegar às dezassete congregações que tinha em 1995.

A Igreja Lusitana tornou-se mesmo, desde finais do século XIX, num género de elite do

protestantismo português, com jornais

prestigiados como O Evangelista (1892-1900), a

adesão de figuras de perfil intelectual como o

major Guilherme Luís Santos Ferreira (1849-1931) ou os Rev. Guilherme Dias da Cunha

(1844-1907) e Eduardo Henriques Moreira

(1886-1980), e a projeção pública dos seus

primeiros bispos consagrados, como o médico

D. Luís Rodrigues Pereira (1908-1984, grande cultor do ecumenismo, nomeadamente com a

Igreja Romana, e inspirador da adesão formal à

Comunhão Anglicana em 1980) ou o advogado

D. Daniel de Pina Cabral, bispo dos Libombos

na província anglicana da África do Sul (numa

altura em que a Igreja Lusitana e o governo português, nos anos sessenta, convergiram na

importância a dar à missionação anglicana no

norte de Moçambique); da Igreja Lusitana

partiram, por isso, as principais iniciativas

(ainda que falhadas) tendentes a construir formas de unidade da minoria protestante e que

a pudessem representar junto das autoridades:

a Associação Protestante Portuguesa em 1909, a

Aliança Evangélica Portuguesa na primeira fase da sua existência (cujo primeiro presidente foi o

bispo-eleito lusitano Joaquim dos Santos

Figueiredo) e a Juventude Evangélica

Portuguesa, que funcionava no edifício do

antigo convento dos Marianos às Janelas Verdes (Lisboa), comprado em 1898 pela Igreja

Lusitana com apoio anglicano.

Esta primeira Igreja “sinodal” portuguesa dotou-se enfim, nos seus primeiros anos, de uma

única liturgia, original e resultante da fusão dos

antigos ritos peninsulares com o anglicano

(Livro de Oração Comum, 1884), bem como de um corpo de regras canónicas que instituíram

um ministério regular e ordenado juntamente

com uma gestão das paróquias controlada e

participada pelos leigos (que elegem também

representantes seus ao sínodo). Mas, apesar de bem organizada, com um número considerável

de congregações e implantada em duas zonas

importantes do País, a Igreja Lusitana não

conseguiu gerar uma dinâmica missionária –

aparentou sempre ser uma cabeça a que faltava

o corpo.

A razão desta incapacidade de crescimento deve-se ao facto da leitura e conhecimento da Bíblia

terem sido o eixo da missionação para estas

correntes do protestantismo “histórico” desde o

século XIX, o que limitava o proselitismo à

pequena minoria alfabetizada (onde concorria

com outras crenças sofisticadas) ou o fazia necessitar de um prévio e caro trabalho de

aproximação (alfabetização, aulas bíblicas);

deste modo, a missionação requeria

investimentos que os pequenos grupos

protestantes pioneiros não tinham possibilidades de fazer senão em pequena ou

pequeníssima escala, até porque estiveram

patentemente dependentes de apoios de

sociedades missionárias ou de beneméritos

(Roughton, Cassels, Robinson) para abrir e manter as suas poucas congregações.

Luís Aguiar Santos

Idoso evangeliza na Coreia do Norte Minho, é um homem de setenta anos que ainda viaja por vilas que ficam em

regiões fronteiriças da Coreia do Norte, por amor aos refugiados norte-

coreanos escondidos, só para compartilhar com eles o evangelho e falar de

Jesus, com a ajuda de alguns impressos que costuma carregar.

No mês passado, porém, o colaborador das «Portas Abertas» foi confronta-

do por um ladrão que o espancou numa rua escura, onde não havia nin-

guém para socorrê-lo. Mas isso não o impediu de continuar. Ele não se

importou em sair magoado da situação, e ainda seguiu louvando a Deus,

pois o ladrão não levou seu material tão valioso que usa para evangelizar.

Minho é um colaborador da Portas Abertas que trabalha no país mais fe-

chado do mundo e o que mais hostiliza o cristianismo. Para o governo norte

-coreano os cristãos são vistos como desprezíveis. Realizar trabalhos de

evangelização é uma tarefa perigosa, aqueles que se arriscam a levar as

boas novas de Cristo fazem isso sabendo que correm risco de vida, pois

declarar-se um cristão é uma ofensa à liderança da nação.

FONTE: Portas Abertas

Notícias do Mundo Cristão

Presidente recebe religiosos No início do mês de setembro, o presidente da República recebeu, no Palá-cio de Belém, os representantes das religiões que participaram na celebra-ção ecuménica na Mesquita de Lisboa no dia da sua tomada de posse. Os 17 representantes de confissões religiosas entregaram a Marcelo Rebelo de Sousa um álbum de fotografias do encontro e receberam o contributo do presidente da República para o diálogo inter-religioso e o papel das religi-ões. Infelizmente, e por razões que desconhecemos, a Igreja Presbiteriana não esteve representada, o que nos coloca de fora do tema, a nível nacional.

No dia da tomada de posse como presidente da República Portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa participou num encontro inter-religioso que de-correu na mesquita central de Lisboa, e contou com a presença de 17 repre-sentantes de confissões religiosas e associações cívicas. Na ocasião, o presi-dente assumiu o seu apoio a esta iniciativa e afirmou que “Portugal deve muita da sua grandeza secular ao seu espírito ecuménico”, deixando votos de que os próximos cinco anos sejam vividos “sob o signo da paz, justiça e fraternidade”.

FONTE: Agência Ecclesia

Notícias do Mundo Cristão

Apoio pastoral

Última / GRÃO DE TRIGO / IGREJA EVANGÉLICA LISBONENSE (PRESBITERIANA) / Nº3/2016 SETEMBRO 2016 / 08

Quem é fiel no pouco também é fiel no muito; e quem é injusto no pouco também é injusto no muito. (Lucas 16:10)

para a paixão de viver como se

fosse uma miragem que apenas

ganha contornos na cruz de Cristo

mas, na realidade, não chega para

saciar a vida das pessoas.

No documento sobre a contextua-

lização do Projecto Neemias o

último parágrafo afirma, «A Igreja

Evangélica Lisbonense está empe-

nhada nesta missão de se ocupar

dos jovens cristãos a que tem

acesso e redirecionar os seus es-

forços para inverter esta realidade

[jovens cristãos que abandonam

as igrejas durante os seus anos de

universidade].

Em 2015, a empresa Win-Gallup

realizou um estudo sobre os paí-

ses mais religiosos e menos religi-

osos do mundo. Foram feitos 64

000 inquéritos em 65 países.

Nesse estudo podemos ver que

nos 10 países em que as pessoas

se consideram menos religiosos

há 5 países europeus. No nosso

contexto social português é fácil

Hoje a sociedade que nos rodeia é

muito exigente e temos de estar

preparados para não deixarmos

que seja a própria sociedade a

ditar no que cremos como Cris-

tãos. É por isso que como Igreja

abrimos espaços para que possas

Paixão pela vida vir ao nosso encontro e expores as

tuas dúvidas. Queremos realmen-

te que possas viver uma vida com

paixão. Paixão pelas pessoas,

paixão pelo trabalho, paixão pelo

mundo que te rodeia. Deixa-nos

ajudar-te a compreender que

Cristo pode fazer isso de forma

excecional e que podes viver uma

vida plena de satisfação, não por

que tudo irá decorrer sem proble-

mas, mas por que tens um Deus

que é maior do que qualquer pro-

blema.

É papel central da Igreja empe-

nhar-se na proclamação da vida

plena. Em Jesus Cristo encontra-

mos a paixão que muda vidas.

Como Igreja acreditamos que

muitos jovens de hoje anseiam

por essa vida de paixão, que nos

faz saltar do sofá para a vida real e

ai fazer toda a diferença. Porém

essa paixão fica muitas vezes no

campo das ideias e do romantis-

mo ateu ou religioso. Quem cres-

ceu como um cristão nominal olha

ver jovens sem nenhuma relação

com a Igreja. Não quer dizer que

não estejam abertos para falar

sobre Deus, mas muitos têm enor-

mes barreiras com a Igreja. De

igual forma é muito normal ver

como as paixões dos jovens se

fixam na diversão momentânea (o

último jogo de consola ou o último

modelo de computador ou iPad) e

muito menos em valores sociais.

É nossa obrigação proclamar que

a vida com paixão não se fixou

unicamente na cruz do Calvário

nem é mera ideia do passado. É

nosso dever proclamar e dizer-te

que a Paixão de Cristo, a sua mor-

te por amor de cada um de nós, se

torna real todos os dias através da

forma como Deus nos toca e nos

transforma.

Próximas Atividades

DIR

EIT

OS

RE

SE

RV

AD

OS