Boletim Informativo dos Cooperantes (Andes do Peru e Chile) e é da família do cajueiro e do...

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Trimestral Nº 279 • 2017 Boletim Informativo dos Cooperantes

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Boletim Informativo dos Cooperantes

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// LACTICOOP | EDITORIAL

Ficha TécnicaBoletim Informativo Redacção:

Av. de Oita, 7 r/c - Apartado 923810-143 Aveiro - EC AVEIROTelef. 234 377 280Fax 234 377 281

Tiragem:1000 Exemplares

Periodicidade:Trimestral

Depósito legal:217931/04

Recepção de anúncios:Todos os textos, publicidade e imagens devem ser entreguesaté ao dia 15 de cada Mês.

Colaboraram neste número:André OliveiraFernandes da SilvaFernando CardosoFernando TaveiraFilinto OsórioHenrique MoreiraLuíza FernandesMário CupidoNuno Cardoso

Execução Gráfica:Creativelab, Branding StudioRua José Afonso 9, 3800-438 AveiroTlf.: 234 346 130 | [email protected]

ImpressãoLitoprintZona indust. 3 MarcosVale do Grou - Apartado343754-908 Aguada Cima-ÁGUEDATelef.: 234 600 330

Árvore do Mês - Pimenteira Bastardapag. #4

Açúcares Líquidospag. #6

Confraria do Leitepag. #8

Floresta ou Monocultura do Eucaliptopag. #10

GEApag. #12

Risco na Actividade Económicapag. #14

Alltechpag. #14

O que valorizam os Portugueses no Consumo Alimentarpag. #18

Fertinagropag. #22

A Não Perder

R ealizou-se no passado dia 25 de Maio, a Assembleia Geral Ordinária de apresentação do Relatório e Contas da Lacticoop UCRL, referente ao exercício de 2016. O ano de 2016 caracterizou-se por um forte crescimento da produção de leite durante o

primeiro trimestre na União Europeia, que em simultâneo com os constrangimentos que se verificavam no mercado do consumo dos produtos lácteos, gerou um excesso de matéria-prima.

Esta tendência começou a ser contrariada ao longo do segundo semestre, em resultado da descida muito acentuada do preço de leite nos países onde o crescimento foi mais pronunciado reforçada com a introdução de medidas adicionais para regular a produção.

Em Portugal o cenário foi bastante diferente, verificando-se um decréscimo acentuado da produção, na sequência das medidas tomadas pela generalidade dos compradores pela via da implementação dos contratos.

O decréscimo da produção permitiu de alguma forma evitar que os produtores continuassem a contabilizar perdas de rendimento que estavam a pôr em causa a sobrevivência de muitas explorações.

A Lacticoop procurou no ano de 2016 dar cumprimento ao contrato celebrado com a Lactogal, o que foi conseguido à custa de um permanente acompanhamento e monitorização da produção junto das explorações. Com este acompanhamento foi possível ir fazendo os reajustamentos necessários que permitiram que não houvessem explorações penalizadas por limites de produção e assim manter um rendimento estável às mesmas.

Apesar do sector estar a atravessar um largo período de grande volatibilidade, ainda assim aos produtores da Lacticoop, foi emitido juntamente com o processamento do leite do mês de Maio um vale comercial no valor de 0,00345€ por cada litro de leite entregue no ano de 2016, que poderá ser utilizado em compras efectuadas nas suas Cooperativas ou na Lacticoop entre 1 de Janeiro de 2017 e 31 de Dezembro de 2017. Esta distribuição de valor é resultante do esforço partilhado pelos produtores e pela Lacticoop, para conseguir os objectivos traçados para o ano de 2016.

Hoje como antes, é na união de esforços entre Produtores, Cooperativas e União que encontramos a chave do sucesso para o nosso futuro próximo!

O Presidente do Conselho de Administração da LacticoopJoaquim Maria de São José Cardoso

Editorial

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// LACTICOOP | ARVORE DO MÊS

Q uase todos os dias faço aquele percurso: um velho curso de água que corre lá no fundo duma vala, um troço de estrada rural saturado de carros estacionados que é suportado por fresca alameda de árvores antigas. Algumas espécies ripícolas bem representadas pelo conjunto de

negrilhos há muito sabiamente ali plantados e outras árvores mais ou menos dispostas ao acaso como um deslocado pinheiro manso, modernos liquidamberes e um hibisco que o tempo agigantou. Mesmo à frente dum acesso ao Lar de Idosos, uma Pimenteira-Bastarda, sempre verde, dança os ramos a cada pequena brisa, abraça os carros parados, mostra-se digna do lugar que ocupa e parece mais velha do que de facto é.

Agora, uma fita de plástico ao longo da alameda e uma cruz vermelha em cada tronco, parecem traçar o destino destas árvores, nomeadamente da nossa pimenteira ali tão bem integrada. Por certo no lugar irá nascer nova obra do agrado e do interesse das populações. Talvez até venham a ser plantadas novas árvores como metrosideros ou liquidamberes tão na moda e ao gosto dos modernos paisagistas.Para nós estas poucas árvores são importantes e nenhum projecto deve condicionar árvores interessantes mas sim estas que devem condicionar qualquer projecto.

“Árvores! Corações, almas que choram,Almas iguais à minha, almas que imploram

Em vão remédio para tanta mágoa!”

Florbela Espanca – Charneca em flor

Nome vulgar: Pimenteira-BastardaFamília: AnacardiaceaeGénero: SchinusEspécie: Schinus Molle

Características botânicas

Folhas: Perenes, compostas, pinuladas, com 8 a 12 cm de comprimento e 7 a 15 folíolos elípticos. Apresentam uma cor verde-clara com tons amarelados e resinosos.

Flores: Planta dióica, apresentam as flores masculinas e femininas em árvores diferentes. As flores, muito pequenas, com cinco pétalas e de cor branca a amarelada, estão

PimenteiraBastarda

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agrupadas em inflorescências pendentes e dispostas no terminal dos ramos que aparecem de Maio a Julho.

Frutos: Pequenas drupas apenas com uma semente de cor inicialmente verde e vermelha a púrpura depois de madura. Tem apenas meio centímetro de diâmetro, tom aveludado e um epicarpo muito fino e delicado em tudo semelhante ao grão de pimenta.

Caule: Tronco com aspecto precocemente envelhecido e duro, castanho-escuro e muito rugoso e fissurado.

Perfil: Árvore com 8 a 12 metros de altura, ramagem

pendente e aromática que associada à persistência das folhas e à cor muito verde e fresca lhe dá um aspecto muito gracioso. A pimenteira-bastarda é originária da América do Sul (Andes do Peru e Chile) e é da família do cajueiro e do pistácio. O nome ficou a dever-se à semelhança dos seus

pequenos frutos rosa com os grãos da pimenta. Também em castelhano, francês e italiano a árvore é adjectivada como falsa pimenteira. Lineu, ao classifica-la, utilizou a designação “schinus” correspondente ao nome em grego do lentisco também produtor de resina.

O nome “molle” foi importado directamente do idioma quéchua e quer dizer apenas árvore. Melhor expressão utilizavam os índios guarani que significava abundante cabeleira, referindo-se à sua copa de ramos pendentes. Na origem esta árvore preferia as margens dos rios mas suporta solos pobres e mesmo arenosos e variações climatéricas extremas. Disseminada como árvore ornamental, depressa se adaptou a diferentes regiões do globo podendo encontrar-se já como espontânea na Europa Ocidental e invasora das áreas de pastagem na savana semidesértica da África do Sul. Para além da sua extraordinária aptidão para árvore ornamental, os seus pequenos frutos eram importantes para as civilizações andinas que os utilizavam na preparação duma bebida alcoólica fermentada de uso generalizado. Também conheciam as suas propriedades antibacterianas e antissépticas e a resina era utilizada para embalsamar as múmias dos imperadores. Também os jesuítas, nas travessias do sertão brasileiro, recorriam à infusão das folhas para as enxaquecas e outros males, pelo que a conheciam como árvore do bálsamo.

As folhas, muito ricas em tanino, foram utilizadas também nos curtumes. A pimenteira-bastarda, apesar do nome deselegante que lhe deram, é hoje cada vez mais utilizada na ornamentação das ruas das vilas e cidades. Nos parques, com mais espaço, pode apreciar-se melhor a elegância e frescura desta espécie. Afinal não tem nada de falso. É igual a ela própria e tem a grande vantagem de manter limpo o chão à sua volta.

Mário Cupido

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// LACTICOOP | AÇÚCARES LIQUIDOS

Um pouco de história:

A incorporação de açúcares não é uma novidade, de facto iniciou-se com o objectivo de tornar os arraçoamentos mais palatáveis bem como reduzir o efeito de sorting, homogeneizando o arraçoamento. No entanto,

nos últimos anos, o papel dos açúcares tem sido estudado mais aprofundadamente e temos vindo a observar a sua contribuição para o funcionamento óptimo do ecossistema do rúmen.

Actualmente, nos sistemas de formulação mais recentes os açúcares são tidos como elementos essenciais e requerem já uma inclusão mínima à semelhança da fibra ou da proteína. Os laboratórios são já capazes de analisar não apenas o conteúdo em açúcares mas também que tipo de açúcares, possibilitando a formulação de dietas com quantidades específicas de determinados açúcares.Hidratos de Carbono nas dietas:Existem vários tipos de hidratos de carbono nas dietas de vacas leiteiras, os hidratos de carbono providenciam a maior parte da energia disponível nos arraçoamentos, mas fazem-no de forma diferente pelo que é necessário compreender a natureza dos hidratos de carbono bem como a sua fermentação.

Os hidratos de carbono mais simples são os açúcares, de fermentação rápida, constituem uma fonte de energia rapidamente utilizável que é disponibilizada à flora ruminal e permite que ela dê início ao processo de síntese proteica de imediato tirando maior proveito das forragens utilizadas no

arraçoamento. De seguida temos amido, que é o principal hidrato de carbono de reserva nas plantas. É sintetizado a partir de glucose e composto por dois polímeros, amilose e amilopectina.

Por fim temos a celulose, é o polissacarídeo mais comum no planeta Terra. Crê-se que cerca de 50% da parede celular das plantas seja composta por celulose. As cadeias de celulose são compostas por grandes conjuntos de 30-300 unidades de glucose. As ligações entre estas moléculas são muito fortes, tornando-as muito difíceis de quebrar, para além deste facto as cadeias estão arranjadas de forma ordeira e paralela dando-lhe uma estrutura cristalina tornando a molécula insolúvel e hidrofóbica.

Como é facilmente perceptível a facilidade em transformar cada um destes tipos de hidratos de carbono em energia

AÇÚCARES LÍQUIDOS NA ALIMENTAÇÃO DE VACAS DE LEITE

Vários estudos indicam a utilização de açúcares para o melhoramento da qualidade e quantidade do leite produzido. Este facto deve-se a uma combinação de factores, que promovem o aumento de ingestão de matéria seca, e um melhoramento geral no

processo de fermentação ruminal: pH mais estável, aumento da produção de proteína de origem microbiana e mais fibra digerida.Antes de aprofundarmos estes aspectos começaríamos por identificar os açúcares e as suas fontes.Estamos certos de que após a leitura deste artigo chegarão à mesma conclusão que nós, a utilização de alimentos líquidos SUGARPLUS é a forma mais eficaz e

económica de incorporar açúcares no arraçoamento de bovinos de leite.

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// LACTICOOP | AÇÚCARES LIQUIDOS

utilizável é muito diferente, pelo que cada um deles tem um papel a desenvolver na função ruminal.Sabemos hoje que existe uma necessidade mínima de amido, assim como de celulose, representada na fracção FAD, portanto fará também sentido que os açúcares tenham um mínimo estipulado para desempenharem o seu papel na fermentação ruminal.

A meta-analise publicada por Emanuele em 2014 (grafico abaixo) indica que as necessidades de açúcares se situam entre os 6 e os 8% da matéria seca. A forma mais segura e mais eficaz de suprimir as necessidades de açúcar do arraçoamento é a introdução de alimentos líquidos.

Os Açúcares no Rúmen:

Aquando da formulação de um arraçoamento os diferentes ritmos de fermentação dos vários componentes devem ser tidos em conta, por forma a manter um equilíbrio na população bacteriano do rúmen.O sistema dinâmico de formulação considera para cada fracção de cada ingrediente um número que representa a sua taxa de degradação ruminal, este factor é relevante pois a taxa de degradação dos açúcares situa-se nos 40%/hora enquanto que a do amido se encontra entre os 10-30%/hora e a das fibras se situa entre os 3-10%/hora.

Quanto à proporção de açúcares degradados no rúmen, as mais recentes pesquisas apontam para um valor de 80%/hora, os açúcares não digeridos prosseguem até ao intestino onde a sua digestão é concluída (Sniffen, 2014). Uma vez que já são moléculas solúveis, os açúcares líquidos entram no licor ruminal e actuam como fonte de energia imediatamente disponível para a flora ruminal, permitindo um ritmo de desenvolvimento rápido e vibrante, desempenhando um papel fundamental na fermentação ruminal.

No âmbito desta utilização de açúcares à custa da substituição de amido podemos abordar alguns tipos particulares de dietas, nomeadamente à base de silagem de Luzerna ou de outros fenos que contêm altos níveis de azoto não proteico e outras fontes de PDR de acordo com pesquisas de Muck e McDonald datadas já de 1990. Quando tais dietas são fornecidas, a taxa de fermentação energética no rúmen poderá ser demasiado lenta para permitir que os organismos ruminais sintetizem proteína a partir da PDR rapidamente disponível, resultando em desperdício. Assim sendo a inclusão de alimentos líquidos com altos teores de sacarose aumenta em grande medida o proveito da proteína de origem microbiana. Os açúcares fermentam mais rapidamente do que o amido no rúmen,

tornando-se energia rapidamente disponível para a flora ruminal aumentando os teores de proteína microbiana em até 18% (NRC, 2001) quando comparados com flora ruminal que degrada amido proveniente de pastone.

Outro factor que deve ser tido em consideração quando se discute a fermentação ruminal é o pH, que é um bom indicador de uma fermentação bem feita. O objectivo é um valor de pH estável, que não baixe muito de 6 e a presença de açúcares efectivamente contribui para esse facto. Foi demonstrado que a fermentação ruminal de açúcares produz uma maior percentagem de ácido butírico – o substracto energético preferido das papilas ruminais. Estas papilas ruminais, uma vez desenvolvidas, ajudam a escoar os ácidos gordos voláteis presentes no licor ruminal, desta forma mantendo o pH mais estável e mais elevado.

REVISAO BIBLIOGRAFICA:

O estudo conduzido por Broderick et al, 2008 investigou o nível de substituição de amido por açúcares no qual se obtém o maior rendimento.

Para efeitos deste trabalho experimental administraram-se quatro tipos de tratamentos para aferir o seu resultado, sempre com os tratamentos a aportarem 16,8% de Proteína Bruta na matéria seca e 30% de NDF. Os melhores resultados foram obtidos com teores de amido na ordem dos 24,5% e um teor de açúcares totais de 7,5% da MS.

Parâmetros 7.5% Amido2.5% Açúcares

5% Amido 5% Açúcares

2,5% Amido7,5% Açúcares

0% Amido10% Açúcares

Capacidade de Ingestão de MS (kg/dia) 24.5 25.4 26.0 26.0

Leite (corrigido a 3,5%GB)(kg/d) 40.7 42.1 43.8 43.2

Ureia no leite (mg/dL) 11.5 12.2 11.3 11.9

Ureia na urina (g/d) 174 157 147 137

Os resultados obtidos são extraordinariamente animadores e atestam sobre como a inclusão passo a passo de açúcares promove inúmeros benefícios. Pudemos observar aumentos na produção de leite bem como na sua qualidade. Em particular aumentou o consumo de matéria seca, aumentaram os teores de proteína e gordura no leite, reduziram-se os teores de ureia tanto no leite como o excretado pela urina.

O aumento do teor de gordura aquando da substituição de amido por açúcares foi aparentemente mediado pelo incremento de energia consumida. A estes benefícios continuamos a somar a redução de sorting, redução do risco de acidose ruminal, a redução de pó nos comedouros e não menos importante o aumento da digestibilidade da fibra.

No presente estudo, a substituição do amido da dieta por açúcares é apontada como melhoradora da produção e qualidade em vacas de leite.

Escrito por Filinto Girão Osório e Luíza Fernandes – EDF MAN Liquid Products European Division

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VII CAPITULO DE ENTRONIZAÇÃO DA CONFRARIA NACIONAL DO LEITE

A Confraria Nacional do Leite realizou no passado dia 17 de Junho o seu VII Capítulo de Entronização, que decorreu no Teatro Municipal de Vila do Conde.A Confraria Nacional do Leite é uma

instituição que tem como seu primeiro objectivo a defesa de um bem essencial que é o leite.

Outro dos seus objectivos é distinguir personalidades que de alguma forma prestaram relevantes serviços ao leite.

Do grupo de personalidades que este ano foram entronizadas destacamos o Senhor Secretário de Estado da Agricultura e Alimentação Dr. Luis Medeiros Vieira, o Senhor Presidente da Comissão Permanente de Agricultura e Mar da Assembleia da Republica Engº Joaquim Barroso de Almeida Barreto e a senhora Presidente da Câmara Municipal de Vila do Conde Dra Maria Elisa de Carvalho Ferraz que foram entronizados com Confrades de Honra.

Como Confrade de Mérito foi entronizado o Presidente do Conselho de Administração da Lacticoop, senhor Joaquim Maria de São José Cardoso, personalidade que desde muito jovem tem dedicado a sua vida ao leite, iniciada como produtor de leite há mais de três décadas e mais tarde como dirigente da Cooperativa Agrícola de Montemor-O-Velho, da Lacticoop, da Lactogal e da Fenalac, entre outras.

Do Grupo de Confrades Irmãos entronizados fizeram parte o senhor João Luis Dias Reis Vice-Presidente da Mesa da Assembleia Geral da Lacticoop, o Senhor Germano Marques Ventura Marta, Presidente da Cooperativa Agrícola de Sanfins, o Dr. José Carlos Dias Marinho, Médico de Higiene e Segurança no Trabalho da Lacticoop e Lactogal e o Engº Carlos José de Almeida Oliveira, técnico da Lacticoop.

No uso da palavra a senhora Presidente da Camara Municipal de Vila do Conde, congratulou-se pela escolha de Vila do Conde para a realização da Cerimónia e realçou a importância que o sector do leite representa para o seu município e por isso está instituída uma comissão de acompanhamento permanente deste sector composta por representantes da Camara Municipal e das Organizações representativas do sector, a qual reúne com frequência.

O Senhor Presidente da Comissão Permanente de Agricultura

e Mar Engº Joaquim Barreto afirmou sentir-se muito honrado pela distinção concedida pela Confraria Nacional do Leite, destacou a importância que a fileira do leite tem na economia nacional e garantiu manter-se atento aos problemas do sector e dar o seu contributo naquilo em que possa vir a ser útil dentro e fora da Comissão Permanente de Agricultura e Mar.

Por outro lado o Senhor Secretário de Estado da Agricultura e Alimentação fez questão de afirmar que desde o início da sua carreira profissional no Ministério da Agricultura que tem estado ligado ao leite, na medida em que foi responsável pelo acompanhamento da utilização de leite recombinado no tempo em que o país não conseguia produzir leite em natureza para as necessidades de transformação e consumo.

Fez uma análise detalhada à evolução do setor nos últimos anos e destacou uma das últimas medidas que está a ser implementada no nosso mercado de consumo, que tem a ver com a rotulagem do leite e produtos lácteos. A partir de agora o consumidor poderá facilmente identificar a origem do leite e produtos lácteos e assim “consumir o que é nosso”.

A última intervenção dos Confrades coube ao novo Confrade de Mérito Senhor Joaquim Cardoso.

Depois de saudar entidades presentes proferiu uma breve comunicação tendo afirmado:“Estamos hoje a celebrar o VII Capítulo de Entronização da Confraria Nacional do Leite, numa região de fortes tradições na área da produção de leite. Quando há mais de três décadas iniciei a minha exploração leiteira familiar com meia dúzia de vacas em produção fi-lo porque o sector do leite era um dos sectores que melhores condições de vida proporcionava às pessoas que viviam da terra e por isso o abracei com grande determinação, primeiro como produtor e depois como dirigente cooperativo.As décadas de oitenta e noventa do século passado proporcionaram um forte desenvolvimento deste sector tornando-o auto-suficiente para as necessidades do consumo interno.Com a nossa integração no mercado único, tivemos que nos organizar de forma a superarmos os desafios que em cada momento foram surgindo para podermos competir com os nossos parceiros europeus. Foi nessa altura que surgiu em Portugal um projecto de grande envergadura, a Lactogal,

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demonstrando que o espirito de cooperação deve prevalecer em momentos de grandes incertezas e desafios.Completamos agora dois anos após a liberalização do mercado do leite na União Europeia e os efeitos dessa liberalização foram rapidamente sentidos pelo sector. A produção de leite na União Europeia começou a crescer a um ritmo maior que o consumo do leite e produtos lácteos, resultando daí fortes desequilíbrios no mercado afetando o preço de leite pago à produção que, em 2016, que atingiu níveis insustentáveis. Um dos grandes desafios que o sector se confrontará nos próximos tempos será o nível muito elevado de flutuações dos rendimentos dos produtores causados pela volatilidade do preço de leite e dos custos dos factores de produção.Assistimos ao esforço de alguns países, incluindo Portugal, para minimizar estes desequilíbrios entre a oferta e a procura de leite, implementando medidas de auto-regulação, que permitiram uma maior estabilização nos preços do leite à produção.

Do entendimento que tenho deste sector, hoje como antes, reveste-se da maior importância, a união de esforços de todos os agentes intervenientes na cadeia, para que seja possível continuar a manter viva a produção de leite em Portugal”.

Encontram-se presentes nesta cerimónia essencialmente personalidades que dedicaram ao leite muito das suas vidas e do seu saber.

Muitas outras já se não encontram entre nós, mas que jamais poderemos esquecer. Uma dessas personalidades é o Comendador Fernando da Silva Mendonça, com quem tive o

prazer de em conjunto termos travado grandes batalhas em prol deste sector. A sua coragem e determinação foi decisiva em muitos momentos, onde foi preciso por vezes mover montanhas, para se obterem decisões consensuais, que ainda hoje se revelam fundamentais.

Em sua memória proponho uma curta salva de palmas. Pessoalmente, sou Confrade fundador da nossa Confraria, e sinto-me muito honrado por ser hoje distinguido como Confrade de Mérito.

Como disse no início há mais de 30 anos que a minha vida é dedicada ao leite e suas Organizações.

A minha experiência de vida pemite-me dizer às gerações mais novas que vale a pena lutar e não baixar os braços, quando acreditamos que podemos atingir os nossos objectivos.

Senhor Secretário de Estado, aproveitando aqui a sua presença que a todos nos honra, gostaria de lhe pedir que tenha sempre presente a importância que o sector do leite representa em termos económicos, sociais e ambientais para o nosso país e esperamos que seja uma voz permanentemente activa junto dos nossos parceiros europeus”.

Finalizado o VII Capítulo de Entronização, teve lugar uma missa na Igreja Matriz de Vila do Conde à qual se seguiu o almoço nas instalações da Agros na Póvoa de Varzim.

Fernandes da Silva

Pub.

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// LACTICOOP | ARVORE DO MÊS

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Depois de ler e ouvir algo durante esta semana sobre a floresta e os incêndios, não resisti e também algo tenho a acrescentar. Não sendo um especialista quero como de costume, relembrar algo muito simples mas que talvez

esteja relacionado, ou na origem destes flagelos de primavera e início de verão.

A biodiversidade é fundamental para a manutenção dos equilíbrios ambientais, responsáveis pela qualidade de vida da população em geral. É igualmente importante fonte de rendimento, para as comunidades locais e nacionais bem como a base para diversas actividades económicas, realçando aquele que mais me motiva, a agricultura, pecuária e a silvicultura.

Todos temos opiniões sobre tudo e em meu entender, quase sempre se fala verdade, no entanto há efectivamente motivos para grande desilusão, e essa desilusão passa pelo abandono da terra, essa que em tempos idos sinónimo de grande rendimento, de vida e de paisagem cuidada. Hoje sinónimo de pouco rendimento, pobreza e desilusão. Causas? Muitas, mas, não me cabe a mim escalpelizar, apenas sentir aquilo que todos sentimos, a grande preocupação num futuro. Reforço , futuro de facto muito preocupante.Um grande amigo e meu Professor disse. “No meu tempo a floresta era um pequeno “banco” para os camponeses... Para pagar a contribuição cortava-se um pinheiro” eu acrescento. Quando os filhos necessitavam de ir estudar, no baptizado, na comunhão, no casamento etc. cortava-se a mata, vendia-se o touro, o azeite e outros proveitos vindos da terra e tudo se pagava. Eu próprio sou fruto disto que digo. Meus pais pequenos agricultores assim faziam para sustento da família, para todas as despesas diárias e extraordinárias do casal.

Sendo Portugal, um país de pequena dimensão, a floresta Portuguesa ocupa cerca de 3 milhões de hectares, o que corresponde a 35% do território nacional. Entre 2005 e 2010 há um decréscimo de 57 mil hectares, tendo este decréscimo origem nos devastadores e sucessivos incêndios. A área agrícola representa cerca de 32% seguindo-se os terrenos abandonados (incultos) com cerca de 24%, com uma tendência de aumento no interior do Pais e algumas zonas do litoral.Há também a preocupação de reflorestar mas, o potencial de crescimento da área arborizada é de cerca do dobro, caso sejam aproveitadas as áreas de terrenos improdutivos e abandonados.. Realce-se também que a reflorestação é feita á base do eucalipto e este como sabemos é uma espécie altamente infamável que, quando voltamos aos incêndios, cada vez potenciamos mais os danos provocados.

O eucalipto como referido é a espécie florestal predominante, com cerca de25% da ocupação. Segue-se o sobreiro com cerca 23%, e o pinheiro bravo com cerca de 22 %. Três espécies florestais em que duas delas são exóticas. Se pensarmos em Carvalhos, Castanheiro, medronheiro, Azinheira Amieiro etc, não lhe dão importância florestal, porquê? Uns necessitam de muita água, outros microclimas específicos, e ainda outros demoram muitos anos no seu crescimento, sempre a mesma desculpa e pouco se tem feito. O castanheiro é uma excepção pois o seu fruto tem grande interesse económico, nomeadamente em Trás-os-Montes e na Beira Alta.

O eucalipto é de facto uma cultura intensiva, de crescimento rápido e rendimento elevado, com grande procura por parte das celuloses, sendo a principal matéria-prima destas. Por sua vez, elas alugam, compram terrenos para plantar esta espécie, garantindo esta matéria prima nas suas fábricas. Tudo legitimo e importante. O exagero da eucaptilização deve-se apenas á falta de ordenamento.

Ao longo das últimas décadas, Portugal descorou um ordenamento florestal que se assume de primordial importância. Este será sem dúvida, um compromisso direccionando á conservação e promoção e uso sustentável da biodiversidade, dos recursos genéticos, e a repartição dos benefícios de forma justa e equitativa, pelos proprietários e população em geral. Todos queremos travar a onda de incêndios, não se tem conseguido, a formula e solução a todos parece fácil, mas não é. Como faríamos então? Em meu entender e de forma simplista:

Ordenamento agrícola e florestal.

Limpeza da floresta.

Valorizar de uma forma justa os produtos provenientes da agricultura. Evita-se o abandono.

Mais barreiras ao avanço das chamas. Aceiros e espécies menos combustíveis.

Escola, pois a educação e o conhecimento são a base da nossa distinção e condição como seres humanos.

Resta-me ser solidário e endereçar um voto de pesar a todos os atingidos por esta onda de incêndio, que somos todos nós.

Fernando Taveira

Floresta ou monoculturado eucalipto?

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// LACTICOOP | GEA

BEM-VINDOSA UMA NOVA ERA DA TECNOLOGIADA QUALIDADE DO LEITE

DIGA ADEUS AOS COPOS APLICADORES SUJOS

Os Conjuntos de ordenha, as práticas de imersão no desinfectante para tetos e as ferramentas de detecçao da mastite praticamente não mudaram nas últimas décadas. Mas agora, os tempos estão a mudar.

Os elevados custos e a escassez de mão-de-obra estão a levar os produtores de leite a utilizarem ferramentas que permitam aumentar a eficiência e a reduzir a mão-de-obra, para que possam manter a sua rentabilidade.

As novas tecnologias sob forma de robótica e automação estão a ajudar os produtores suprir estas necessidades e ao mesmo tempo melhorarem a qualidade do leite.

A GEA Farm Tecnologies está a trabalhar continuamente para trazer ao mercado novos avanços que ofereçam resultados e tornem as explorações leiteiras mais eficientes.

Muitas destas novas tecnologias estão a revolucionar o processo de ordenha pela utilização da automação para realizar rotinas diárias.

Resultado: A automação elimina o erro humano e frequentemente melhora a qualidade do leite recolhido, enquanto aumenta a eficiência e reduz os custos de mão-de-obra. Desta forma as operações leiteiras de hoje saem a ganhar.

Em breve, os copos aplicadores sujos e os imprevisíveis sistemas pulverizadores de desinfectante para os tetos serão um problema superado.

O novo Apollo ™MilkSystem da GEA FARM Techonogies aplica automaticamente desinfectante para os tetos dentro do conjunto de ordenha, um pouco antes da sua retirada. Este é o momento ideal para se fazer a aplicação pós-ordenha, porque o teto ainda não foi exposto a elementos externos.

Além disto, a geometria ideal da superfície superior da tetina assegura que quantidades iguais de desinfectante sejam distribuídas em volta de cada teto para uma cobertura completa e garantida.

Além disto, depois da retirada do conjunto, uma solução desinfectante de retro-lavagem mata qualquer bactéria

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COMO AS MEDIDAS DE CONDUTIVIDADE ELÉCTRICA PODEM SER USADAS PARA SE DETECTAREM AS MASTITES

Muitas explorações de leite de hoje em dia gostariam de

detectar as mastites sem terem que recorrer a colheita de

amostras de leite.

As medições de condutividade eléctrica não são uma

novidade para este sector, mas como cada vez mais

explorações leiteiras estão a utilizar os dados computorizados

através da análise de programas informáticos, para tomarem

decisões de gestão, a condutividade é uma tecnologia de

detecção da mastite mais viável e mais utilizada.

A condutividade eléctrica monitoriza a ocorrência de leite

anormal consoante as diferenças de concentração de sal

que existe entre os quartos infectados e não infectados. O

sódio e o cloreto são elevados em quartos infectados, porque

eles vazam do sangue para o leite durante o processo de

inflamação. A corrente eléctrica flui mais prontamente (maior

condutividade) pelo leite com mastite do que pelo leite não

infectado devido aos ions.

Os níveis de condutividade geralmente aumentam ANTES dos

sinais clínicos da mastite aparecerem, proporcionando que se

dê inicio ao tratamento adequado.

Parâmetros tais como os dias de lactação, cio, nutrição,

intervalo das lactações e a saúde geral da vaca podem

influenciar na condutividade. Portanto, para que as medidas

de condutividade ofereçam uma maior precisão, deve-se

comparar vacas individualmente com os seus próprios

registos referenciados anteriormente. Desta forma, os níveis

mais elevados de condutividade junto com a baixa produção

de leite podem ser fortes indicadores para uma detecção

precoce da mastite.

remanescente no conjunto antes que ele seja colocado na próxima vaca.

O sistema Apollo é construído a partir do Conjunto de Ordenha IQ, um conjunto único com quatro câmaras que apresenta um sistema de controlo do vácuo que bloqueia o fluxo de ar um pouco antes da colocação do conjunto (ou se o conjunto é retirado por um coice). Isto impede que a sujidade, material da cama ou outros contaminantes venham a ser sugados para dentro da linha do leite.

Com uma aplicação automática do desinfectante para os tetos que garante a cobertura completa e consistente e uma retro-lavagem conveniente do conjunto depois de cada utilização, o Apollo MilkSystem é realmete o equipamento de ordenha mais avançado em termos de qualidade do leite.

Alem disto, com a automação do processo de imersão dos tetos, os produtores de leite conseguem reduzir a mão-de-obra necessária na sala de ordenha e muitas vezes aumentar a produtividade da sala!

Fonte: Boletim “Dairy Pipeline” da Cooperativa de Extensão da Virgínia,

Setembro de 2012, Christina Peterson-Wolf, Cientista de Extensão do

Sector Leiteiro, Gestão da Ordenha e Qualidade do Leite

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O Risco na Atividade Económica -Produção de Leite-*Introdução

A Gestão do Risco na Agricultura tem sido um dos aspetos mais críticos da actividade nos últimos anos, em resultado de uma conjugação de factores que inclui a tendência liberalizante da evolução das Políticas Públicas e a emergência de novos fenómenos de incerteza ligada à volatilidade dos mercados e às alterações climáticas. No caso específico da Produção de Leite, podemos afirmar que de um quadro compreensível de possíveis riscos que afetam a Agricultura (Quadro I), essa atividade está sujeita, com maior ou menor impacto, a todos eles. Assim, importa analisar a forma como se revelem esses riscos na produção de leite e, também, como se têm comportado os operadores sectoriais na mitigação dos mesmos.

Quadro I – Riscos Potenciais associados à Agricultura (Fonte:CE)

Riscos ligados ao preçoIncerteza acerca do nível futuro dos preçosExcessiva volatilidade dos preçosEvolução dos preços das “commodities” (ex: leite em pó e manteiga)

Riscos ligados à produçãoImpacto de condições climatéricas adversas, secas, inundações,…Doenças dos animais e plantasImpacto das alterações climáticas

Riscos ligados ao rendimento do produtorMaior variabilidade do rendimento Dificuldades de tesouraria da exploração Estrangulamento do rendimento da exploração devido a desequilíbrios da cadeia de valor

Por uma questão de economia e de relevância e atualidade para o sector, serão analisados nesta apresentação os riscos associados ao preço e ao rendimento do Produtor.

Riscos Associados ao Preço

Os riscos associados ao preço do leite ao Produtor eclodiram com uma maior relevância a partir de 2008, na sequência do pico de preços registado em 2007, conforme se pode confirmar no Gráfico I. Com efeito, até 2007 a variação de preços era fundamentalmente sazonal, em consequência dos ritmos produtivos naturais ao longo do ano.

A partir de 2008, as cotações médias do leite ao produtor passam a apresentar um comportamento errático, com fortes picos e depressões, instituindo um fenómeno novo no sector, o qual se passou a denominar “volatilidade do mercado”.

Gráfico I – Evolução das cotações do leite ao Produtor na UE (Fonte: CE)

Obviamente que não foi o mercado que se alterou substancialmente. Aquilo que verdadeiramente mudou foi a Política Agrícola Comum sectorial, pois em 2008 foram decididos aumentos extraordinários de 2% das quotas leiteiras, assim como aumentos anuais de 1% das mesmas até 2015 (tendo este ano ficado consagrado definitivamente como o último de vigência do regime). Ficou, assim, enfraquecido o mais relevante instrumento de controlo da oferta de leite na UE, acontecendo o mesmo com o regime de apoio de mercado, com importantes cortes do nível de suporte (p.ex: regime de intervenção e eliminação de instrumentos de escoamento).

Para mitigação dos efeitos nefastos da tal “volatilidade” de mercado, os operadores cooperativos nacionais foram pioneiros na introdução da contratualização das entregas de leite a partir de 2016. Com efeito, foi efetuado um esforço de adequação das quantidades contratadas às necessidades de mercado, que resultou numa forte diminuição da produção.

Gráfico II – Evolução das entregas de leite em Portugal

Obviamente que esse não foi o objetivo último dessa tomada de decisão, mas sim a sustentação dos preços pagos aos produtores, algo que acabou por acontecer. Compreendendo algumas reações individuais de desagrado face à limitação da capacidade produtiva das explorações, pretendeu-se acima de tudo salvaguardar o interesse do sector em geral e da sua sustentabilidade.

Tendo sido o primeiro ano de aplicação efetiva do regime de

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Gráfico III – Proporção de subsídios no rendimento das explorações na UE 2007-2013 (por atividade)

contratualização, diversos desafios se colocam à utilização deste instrumento. Destacamos os seguintes:

• Preocupação constante com a equidade e justiça no tratamento dos produtores.

• Mecanismos de abertura à entrada de novos produtores, nomeadamente jovens.

• Adequação dos volumes às expectativas dos produtores mais dinâmicos.

• Destino dos volumes sobrantes ao contrato.• Extensão dos benefícios da contratualização ao nível do

controlo da produção a todo o território nacional (p.ex Açores não têm aplicado com vigor o regime).

• Melhoria da informação estatística oficial (IFAP não publica qualquer informação, estatística ou outra, sobre o regime não obstante a exigir aos compradores )

Noutro plano, o mercado de futuros tem sido adiantado como uma via para a mitigação e o controlo da volatilidade do mercado lácteo, existindo já duas plataformas de negociação na UE. No entanto, existem sérios obstáculos e dificuldades na utilização deste mecanismo, que podemos sistematizar da seguinte forma:• Incerteza e desconfiança em relação aos mercados

financeiros. • Perecibilidade dos produtos (não obstante se tratar de

leite em pó e manteiga e frequentemente não existir entrega física).Volumes mínimos dos contratos elevados (> 5 tons manteiga ou leite em pó).

• Elevadas exigências de conhecimento técnico especializado, que implicam economias de escala significativas (Cooperativas, OP’s, Indústria e não Produtores).

• Taxas cobradas pela intermediação na UE significativamente mais altas que EUA (5% vs 20%).

• Liquidez/ eficiência do sistema proporcional ao volume contratado e número de operadores (criação de um ciclo vicioso de pouca aderência).

Riscos Associados ao Rendimento do Produtor

Em relação ao risco ligado ao rendimento do Produtor, este está intimamente associado ao preço, não obstante apresentar uma lógica própria. Com efeito, um dos grandes amortecedores das variações de rendimento dos produtores de leite na UE tem sido as ajudas diretas no âmbito da PAC.

Com efeito, este regime tem constituído um verdadeiro “seguro” de rendimento dos produtores de leite. No caso do leite, as ajudas diretas da PAC representam em média cerca de 42% do rendimento dos produtores europeus (valor mediano em relações a outros sectores, vide Gráfico III) mas apresentam um elevado índice de aproveitamento.

Efetivamente, se analisarmos a perda de rendimentos no período 2007-2013, verificamos que foi na atividade “leite” que ocorreu uma menor proporção de explorações com quebras de rendimento superiores a -30%, concretamente 22% das explorações (vide Gráfico IV, apesar da forte crise que assolou o sector.)

Gráfico IV – Proporção das explorações com quebras de rendimento superiores a 30% na EU 2007-2013 (por atividade)

A observância destes factos obriga a uma reflexão apurada antes de qualquer decisão acerca da transferência de verbas do pacote de ajudas diretas da PAC para um qualquer outro instrumento de gestão de risco específico, cuja maior eficiência está longe de estar comprovada.

Outro risco que importa equacionar no âmbito do rendimento do Produtor, está ligado ao estrangulamento da cadeia de valor por parte da Grande Distribuição. Sendo uma tendência mundial e europeia, em Portugal apresenta um nível de extrema importância no caso do sector leiteiro.

Tal deriva do facto dos lácteos, em particular a categoria leite, serem utilizados como produto-isco para a atração de clientes à loja, gerando um guerra comercial entre insígnias que resulta numa degradação visível dos preços de venda ao público, a qual se transmite a montante na cadeia de valor. Na verdade, se comparamos os preços de venda ao público de diversas categorias de leite UHT em Portugal, Espanha e França podemos verificar um diferencial que varia entre os -20% a -80% em Portugal. Outra prática também recorrente da Distribuição prende-se com a utilização da importação de lácteos visando exercer pressão sobre a produção nacional, quando existe capacidade nacional de satisfazer a totalidade do consumo em Portugal.

Finalmente, o risco último com potencial para afetar o rendimento do produtor depende da decisão magnânima do consumidor. Neste plano, têm ocorrido nos últimos tempos fenómenos de desinformação visando descredibilizar os benefícios do leite e dos produtos lácteos na alimentação humana. Tratam-se obviamente de guerras comerciais que utilizam argumentos falaciosos, mas que têm gerado a dúvida junto dos consumidores, resultando numa efetiva redução do consumo. Por essa razão, a FENALAC vai levar a cabo, a partir de Julho e durante três anos, uma campanha de promoção e informação acerca desta matéria, que pretende repor a verdade com base em factos científicos devidamente consolidados.

Fernando Cardoso Secretário - Geral da FENALAC - Federação Nacional das Cooperativas de Produtores de Leite

* Resumo da Palestra realizada na Sessão de Apresentação Revista CULTIVAR nº7, Ministério da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural,

Lisboa, 11 de Maio 2017

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Inibidor de Fungos da Alltech para dietas de animais

O que é o MOLD-ZAPTM?

Existe uma sensibilização crescente para o significado dos fungos e dos seus metabolitos secundários na saúde e bem-estar dos animais domésticos e dos seres humanos. Isto põe em destaque a necessidade de controlar as atividades deste grupo de microrganismos. O facto de que determinadas doenças respiratórias são causadas por fungos já é conhecido há gerações. Mas o seu papel mais sinistro na elaboração de micotoxinas está a ser rapidamente revelado. De facto, as consequências económicas para a produção animal em todo o mundo estão estimadas em milhões de dólares (Jones et al, 1994).

Em 1995, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação

e a Agricultura (FAO) estimou que 25% das reservas mundiais de grãos é anualmente contaminada com micotoxinas (Mannion & Johnson, 1995).

Além disso, o crescimento de Fungos nos alimentos dos animais resulta na perda de nutrientes, diminuição da palatabilidade e na redução do consumo. De facto, no que se relaciona com a perda de nutrientes resultante, isto poderá estar na ordem dos 5% na energia metabolizável, mas em casos extremos chegar aos 25%. As perdas ocorrem maioritariamente no componente lipídico (Tabela 1) e serão acompanhadas da perda de aminoácidos e vitaminas essenciais.

O Mold-Zap é composto por ácido propiónico tamponado. Os atributos do ácido propiónico enquanto inibidor de fungos não precisam de apresentações ou referências. Contudo, o ácido propiónico apresentado na forma isolada (pura) é um desengordurante, decapante e muito corrosivo com uma grande afinidade com a maioria dos materiais vedantes/estanques. É também perigoso para o ser humano e tem um odor muito desagradável. O ácido propiónico no Mold-

Zap é tamponado com amoníaco num processo especial que se acumula na forma de dipropionato de amónio.Este sal, à semelhança do monopropionato de amónio e tetrapropionato de amónio, mas não os sais de cálcio ou de sódio, é um sal muito fraco e não existe fora da solução. É este fator que o torna extremamente adequado enquanto inibidor de fungos: é menos estável mas mais volátil do que o propionato de amónio mas muito mais estável do que o

Fungos no alimento são invariavelmente constantes em teores de humidade superiores a 13 – 14% ou em humidades relativas acima de 80%, temperaturas de 13 oC e superiores ou quando ocorre uma infestação de insetos. Contudo, a humidade é o fator mais importante. Mesmo que o conteúdo de humidade seja menor do que o indicado anteriormente, não devemos ser condescendentes: a maioria dos fungos sobrevive num estado de dormência sob a forma de esporos que são altamente tolerantes a condições de humidade reduzida. Além disso, o conteúdo de humidade poderá não ser uniforme em todo o armazenamento do alimento: poderão existir partes húmidas e em alguns locais de armazenamento (por exemplo, em silos metálicos) a humidade pode migrar para a superfície em direção ao sol. Este nível de humidade não uniforme é um bom exemplo da frase “uma maçã podre no barril”.

Tabela 1: Comparação dos constituintes nutricionais do milho com fungos e milho normal(g/kg de de matéria seca salvo indicado em contrário)

Energia metabolizável (MJ/

Kg)Proteína bruta Gordura bruta Fibra bruta Amido Açucar

Normal 14,25 89 40 31 576 43

Com bolor 13,59 83 15 34 581 46

Tindall, 1983

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Benefícios do MOLD-ZAP

Aplicação e disponibilidade

• Mata uma grande variedade de Fungos encontrados no alimento• É muito estável, de manuseamento seguro e intuitivo• Não é corrosivo para os equipamentos • É compatível com os outros ingredientes e aditivos da dieta• Não tem intervalo de segurança•Funciona de imediato quando adicionado à dieta• É tão eficiente na forma líquida como em pó• Tem uma ação prolongada

O Mold-Zap está disponível na forma líquida e em pó.A formulação líquida disponível, em recipientes de 200 e 25 litros e a formulação em pó em sacos em folha de alumínio de 25 kg. O produto é aplicado numa proporção de 0,5 – 2,0 L (kg)/tonelada de dieta total quando o conteúdo de

humidade for superior a 17%. O produto em pó possui os mesmos ingredientes ativos que o líquido sendo, no entanto, estes complexados numa base composta por vermiculitas e esmectitas ativadas.

Inibidor Inibição de fungos Corrosão Volatilidade Difusividade DifusividadeÁcido propiónico 100 100 100 100 100Propionato de cálcio 40 3 0 5 5

propionato de amónio 60 3 3 60 70

dipropionato de amónio(Mold-Zap)

90 5 5 90 90

tetrapropionato de amónio 70 5 5 70 80

Ésteres de propionato 40 3 1 30 5

Tabela 1: Comparação das propriedades de diferentes compostos de propionato relativamente ao ácido propiónico

Referências:Jones, T.J., Genter, M.B., Hagler, W.M., Hansen, J.S., Mowrey, B.A., Poors, M.H. & Witlow, L.W. (1994). Understanding and coping with effects of mycotoxins in livestock feed and forage. AG-523, North Carolina State University, Raleigh, NC. Mannion, P.F., & Johnson, B.J. (1995). Fungi down on the farm. New Scientist 105 (1446): 12-16 Tindal, W. (1983). Molds and feeding livestock. Anomal Nutrition & Health,July-Aug., p.5

tetrapropionato de amónio. Quando entra em contacto com a humidade dissolve-se e produz o dobro da quantidade de ácido propiónico quando comparado com rival propionato, é muito menos corrosivo e menos volátil, resultando por isso em menos perdas para a atmosfera (Tabela 2).Isto significa que um ingrediente mais ativo para uma ação mais longa

e uma difusão mais lenta do que o propionato de amónio. Acima de tudo, é mais seguro para quem com ele trabalha. Além disso, após a dissociação, o dipropionato de amónio liberta o ácido livre sob a forma monomérica, que é cinco a sete vezes mais ativa do que a forma dimérica existente na solução.

0,5 mls de Mold-Zap aplicado ao centro de uma placa de Petri, fornece uma zona deinibição para várias espécies de fungos“

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O que valorizam os portuguesesno consumo alimentar?

A saúde e o bem-estar preocupam cada vez mais os consumidores portugueses, o que se tem refletido nas escolhas alimentares que fazem. De acordo com dados da Nielsen, os portugueses procuram cada vez mais

comprar produtos saudáveis ou com características que tenham benefícios para a sua saúde.

Quais são, então, os produtos saudáveis mais consumidos pelos portugueses? De acordo com a Nielsen, as escolhas vão para o iogurte (81%), o feijão (71%), a couve-de-folhas (64%), o salmão (64%) e o chá, essencialmente preto, verde e hibiscus (55%).Para além disso, tem-se registado um aumento na tendência de escolha de produtos que os consumidores acreditam trazer benefícios para a saúde, como é o caso das sementes de chia, do gengibre e das bagas de goji. “Estes ingredientes podem ser preferencialmente consumidos crus (como os mirtilos, as sementes de chia, as bagas de goji e as nozes) ou cozinhados (como o salmão, ou a couve-de-folhas). Por outro lado, os consumidores revelam ainda utilizar uns alimentos essencialmente para refeições (os feijões ou os feijões de soja) e outros para bebidas (a hortelã-pimenta, o cacau)”, acrescenta a Nielsen.

Ficamos também a saber que 72% dos consumidores nacionais acreditam na eficácia dos chamados ‘superalimentos’ na prevenção ou tratamento de algumas doenças, com outros 66% a revelar que gostariam de ter mais informação relativamente a este tipo de produtos e a como inclui-los na sua alimentação. Quase metade acredita também que este tipo de alimentos pode substituir prescrições médicas.“De acordo com os últimos dados e relatórios da Nielsen, compreendemos que a Saúde é uma importante tendência no consumo nacional, que deve ser tida em conta pelas marcas e pelos retalhistas. Os consumidores portugueses estão, de facto, muito disponíveis para comprar produtos saudáveis e para pagar mais por eles quando se apercebem do seu real benefício. É importante que também a oferta acompanhe esta tendência, que é uma importante oportunidade a considerar”, comenta Ana Paula Barbosa, Retailer Services Director na Nielsen.

Portugueses evitam o açúcarOutra das tendências apontadas pela Nielsen é uma crescente preocupação com o consumo de açúcar. A maioria dos inquiridos no âmbito deste estudo revela que olha para as quantidades de açúcar presentes em cada produto, com outros a revelarem também que o tipo de adoçante presente no produto pode influenciar a decisão de compra. Importa ainda referir que quando o tema é Bebidas, a maioria dos portugueses considera que as quantidades de açúcar existentes são demasiado elevadas.

Segundo Ana Raquel Santos, Client Consultant Executive na Nielsen, “os Refrigerantes (como Colas, Sumos com Gás, Ice Teas e Diluídos), cada vez mais associados pelo consumidor a produtos processados com teor em açúcar mais elevado, têm sofrido quebras de consumo nos últimos anos que levaram os próprios fabricantes a repensar estratégias, reforçando, por exemplo, claims de redução de açúcares. Por outro lado, os Sumos 100% e Néctares têm consolidado o seu crescimento ano após ano, beneficiando de uma associação a produtos mais naturais, com menos açúcares adicionados, com mais vitaminas e outros benefícios. Seguindo a tendência de Sumos 100% e Néctares, também as Águas têm tido dinamismos positivos, sendo cada vez mais vistas como substitutas de Bebidas Refrescantes em alguns momentos de consumo”.

Também em relação às crianças, os portugueses demonstram uma forte preocupação, uma vez que 71% consideram que anúncios de produtos com alto teor de açúcares não deveriam passar junto à programação infantil.

Que impacto terão estas tendências na decisão de compra? O estudo da Nielsen revela que nos próximos 12 meses, os consumidores portugueses pretendem passar a consumir mais frutas e vegetais (57%) e reduzir o consumo de doces (52%), de alimentos com açúcares adicionados (49%) e de alimentos ricos em gorduras saturadas (43%).

FONTE: Revista Distribuição HojeANIL News (21 Junho)

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FIC

HA

TÉC

NIC

A

Polígono industrial La Paz, parcela 185 / 44195 Teruel (España) / (+34) 978 618 070 [email protected] / www.fertinagro.com / www.tervalis.com

FISIOACTIVADOREstimulante orgânico líquido, rico em matéria orgânica e concentrado em aminoácidos livres de rápida assimilação para aplicação na rega ou em pulverização foliar. Actua sobre o desenvolvimento, a floração e o vingamento, favorecendo a recuperação das culturas debilitadas. Melhora o crescimento das culturas, permitindo obter elevados rendimentos. A sua aplicação junto a herbicidas incrementa a eficácia dos mesmos e o vigor da cultura. Em aplicações radiculares potencia o desenvolvimento das raízes e favorece a actividade da flora mi-crobiana. Os péptidos de cadeia curta existentes, favorecem a absorção e o transporte dos elementos nutritivos presentes no solo. O seu aminograma destaca-se pela presença de PROLINA, aminoácido vital para situações de stress e regulação do balanço hídrico da planta. A presença de POLIÓIS, ajuda a potenciar a resposta da planta em situações de desequilíbrio hídrico.

• Denominaçãotipo:Aminoácidos. Grupo 4.1.01 (R.D. 506/2013).

• ClasseA:Conteúdo em metais pesados inferior aos limites autorizados para esta classificação.

• NºdeinscriçãonoRegistroSandach:02.44.PTC.006.

• Processodeobtenção:Aminoácidos de hidrolisado animal.

• Matérias-primasdeorigemorgânica:Hidrolisado 50%.

Nãoépermitidooacessoaanimaisdepastoouautilizaçãodasculturascomoervadepastoduranteummínimode21diasapósasuaaplicação.

APRESENTAÇÃO

Líquido solúvel (LS).

CONTEÚDODECLARADO

p/p p/v

Aminoácidoslivres 12.0 % 14.4 %

Azoto(N)total 8.0 % 9.6 %

Azoto(N)orgânico 2.5 % 3.0 %

Azotoureico 5.5 % 6.6 %

pH 5

Aminograma:Al, Ar, As, Ci, Fe, Gl, Glu, Hp, Hi, Is, Le, Ls, Me, Pr, Se, Tir, Tr, Trp, Va.

OUTROSCOMPONENTES

p/p p/v

Óxidodepotássio(K₂O)solúvelemágua 1.0 % 1.2 %

Aminoácidostotais 14.0 % 16.8 %

MatériaOrgânica 41.0 % 49.2 %

CarbonoOrgânico 24.0 % 28.8 %

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FIC

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TÉC

NIC

A

Polígono industrial La Paz, parcela 185 / 44195 Teruel (España) / (+34) 978 618 070 [email protected] / www.fertinagro.com / www.tervalis.com

FISIOACTIVADOREstimulante orgânico líquido, rico em matéria orgânica e concentrado em aminoácidos livres de rápida assimilação para aplicação na rega ou em pulverização foliar. Actua sobre o desenvolvimento, a floração e o vingamento, favorecendo a recuperação das culturas debilitadas. Melhora o crescimento das culturas, permitindo obter elevados rendimentos. A sua aplicação junto a herbicidas incrementa a eficácia dos mesmos e o vigor da cultura. Em aplicações radiculares potencia o desenvolvimento das raízes e favorece a actividade da flora mi-crobiana. Os péptidos de cadeia curta existentes, favorecem a absorção e o transporte dos elementos nutritivos presentes no solo. O seu aminograma destaca-se pela presença de PROLINA, aminoácido vital para situações de stress e regulação do balanço hídrico da planta. A presença de POLIÓIS, ajuda a potenciar a resposta da planta em situações de desequilíbrio hídrico.

• Denominaçãotipo:Aminoácidos. Grupo 4.1.01 (R.D. 506/2013).

• ClasseA:Conteúdo em metais pesados inferior aos limites autorizados para esta classificação.

• NºdeinscriçãonoRegistroSandach:02.44.PTC.006.

• Processodeobtenção:Aminoácidos de hidrolisado animal.

• Matérias-primasdeorigemorgânica:Hidrolisado 50%.

Nãoépermitidooacessoaanimaisdepastoouautilizaçãodasculturascomoervadepastoduranteummínimode21diasapósasuaaplicação.

APRESENTAÇÃO

Líquido solúvel (LS).

CONTEÚDODECLARADO

p/p p/v

Aminoácidoslivres 12.0 % 14.4 %

Azoto(N)total 8.0 % 9.6 %

Azoto(N)orgânico 2.5 % 3.0 %

Azotoureico 5.5 % 6.6 %

pH 5

Aminograma:Al, Ar, As, Ci, Fe, Gl, Glu, Hp, Hi, Is, Le, Ls, Me, Pr, Se, Tir, Tr, Trp, Va.

OUTROSCOMPONENTES

p/p p/v

Óxidodepotássio(K₂O)solúvelemágua 1.0 % 1.2 %

Aminoácidostotais 14.0 % 16.8 %

MatériaOrgânica 41.0 % 49.2 %

CarbonoOrgânico 24.0 % 28.8 %

Polígono industrial La Paz, parcela 185 / 44195 Teruel (España) / (+34) 978 618 070 [email protected] / www.fertinagro.com / www.tervalis.com

Nº-0000/REV. 00

DOSESEMODODEAPLICAÇÃO

AplicaçãoFoliar: Como estimulante e revigorante entre 200-300 c.c./100 L. Pode aplicar-se du-rante todo o ciclo vegetativo e em todo o tipo de culturas. Em mistura com herbicidas aplicar entre 1 a 3 L/Ha.

Aplicaçãonaáguaderega:Como orientação, podem aplicar-se entre 10-15 L/Ha repetindo a aplicação durante as fases de maior exigência energética da cultura. A sua aplicação é reco-mendável durante todo o ciclo da cultura, principalmente nos momentos de maior exigência energética: enraizamento, floração, vingamento, etc…

APLICAÇÃORECOMENDADAPORCULTURA

CULTURA Ap. FOLIAR Doses /Hl. Ap. REGA Litros/Ha

Hortícolas Cada 1-2 semanas 300-400 cc./Hl 3-4 Tratamentos Pós-Transplante 10-20 L/Ha

Ornamentais Primeiros estadios 300-400 cc./Hl 3-4 tratamentos pós-transplante 10-20 L/Ha

Morango Cada 2 semanas 300-400 cc./Hl Cada 15 dias 15-30 L/Ha

Framboesa Cada 2 semanas 300-400 cc./Hl Cada 15 dias 15-30 L/Ha

Fruteirasecitrinos 2-4 app. na rebentação, floração e engorda 200-300 cc./Hl No desenvolvimento vegetativo, floração e vingamento 10-20 L/Ha

Abacateemanga 1-2 app. na floração e engorda 200-300 cc./Hl No desenvolvimento vegetativo, floração e vingamento 10-25 L/Ha

Olival 2-4 app. na rebentação, floração e engorda 150-250 cc./Hl No desenvolvimento vegetativo, floração e vingamento 15-20 L/Ha

Vinha 2-3 app. na rebentação, floração e engorda 200-300 cc./Hl No desenvolvimento vegetativo, floração e vingamento 10-15 L/Ha

Leguminosas Mistura de tratamentos 1-3 L/Ha - -

Cereal Mistura com Herbicidas/Fungicidas 1-3 L/Ha - -

Arroz Mistura com Herbicidas/Fungicidas 2-4 L/Ha - -

Beterraba Mistura de tratamentos 2-4 L/Ha - -

Batata Mistura de tratamentos 2-4 L/Ha - -

Bananeira - - Rega 75-90 L/Ha

Luzerna Após cada corte 2-4 L/Ha Rega 75-90 L/Ha

Cebolaealho Mistura de tratamentos 1-3 L/Ha - -

PRECAUÇÕESDevido à sua elevada concentração é recomendável agitar antes de usar. Não misturar com produtos muito alcalinos, enxofres ou óleos minerais. Não misturar com cobres excepto em olival. Não utilizar em ameixas. Instruçõesdearmazenamentoemanipulação: Manter resguardado do sol e da humidade. Temperaturadearmazenamento:5ºC-35ºC. Prevençãodeacidentes:Em caso de derrame, limpar a zona com água e não verter no medio ambiente. Frasesdesegurança:P102 – Manter fora do alcance das crianças. P270 – Não comer, beber nem fumar durante a sua utilização.

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// LACTICOOP | FERTINAGRO

A FERTINAGRO NUTRIENTES ONDE SE ENGLOBA A FERTINAGRO PORTUGAL, NA VANGUARDA DA TECNOLOGIA E INVESTIGAÇÃO I+D+I AO SERVIÇO DA AGRICULTURA E DOS PRODUTORES PECUÁRIOS

A Fertinagro Nutrientes, empresa espanhola líder no fabrico de fertilizantes, com filial em Portugal, foi autorizada a utilizar uma preparação de 3-fitase produzida por Komagataella pastoris (CECT 13094) como

aditivo em alimentos para frangos de engorda e galinhas poedeiras.

A autorização foi dada através do Regulamento de Execução 2017/895 da Comissão de 24 de Maio de 2017, ficando aquela preparação classificada na categoria de aditivos designada por "aditivos zootécnicos".

Sem efeitos adversos na saúde

Segundo o Regulamento, a Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos concluiu, no seu parecer de 19 de Outubro 2016, que, nas condições de utilização propostas, a 3-fitase produzida por Komagataella pastoris "não tem efeitos adversos na saúde animal, na saúde humana nem no ambiente". A Autoridade também concluiu que o aditivo "tem potencial para ser eficaz na melhoria da disponibilidade do fósforo fítico nos regimes alimentares das espécies alvo". A Autoridade considera que não é necessário estabelecer requisitos específicos de monitorização pós-comercialização.

A Fertinagro obtém a homologação europeia da Fitasa líquida, "GlobalZimes FLF 1000"

Na mesma linha do seu projecto de I+D+I, a Fertinagro Nutrientes, empresa do grupo Térvalis, é a única produtora de nutrição vegetal e animal capaz de produzir esta proteína que permite aproveitar o fósforo dos nutrientes vegetais presentes nas rações para animais monogástricos (aves e porcos), minimizando assim uma elevada contaminação meio-ambiental.

O comité de peritos da European Food Safety Authority (EFSA) ( Autoridade Europeia de Segurança Alimentar) secção ´Nutrição Animal´ aprovou no passada dia 24 de Maio o uso desta enzima que liberta o fósforo fítico dos ingredientes de origem vegetal, especialmente de cereais e leguminosas.

A Fertinagro obtém a homologação europeia e consequentemente a permissão para comercialização, através de um processo de produção exclusivo a partir da patente PCT/EP2015/075834, após um reforço de investigação em biotecnologia que começou no ano de 2008 e pressupôs

um investimento superior a 9 milhões de euros desde o seu começo, com dados certificados pelo Centro para o Desenvolvimento Tecnológico Industrial (CDTI), dependente do Ministério da Economia, Industria e Competitividade do governo de Espanha.

Com esta patente, que tem um período de vigência temporal de 20 anos, atingem-se as 29 patentes propriedade da Fertinagro Nutrientes, às quais há que somar outras 13 que possui o grupo Térvalis. Nesta patente da Fitasa trabalharam activamente investigadores da equipa de I+D+I da Fertinagro, composto por 14 profissionais.

Esta Fitasa (enzima) será comercializada por uma outra empresa do universo Térvalis, GLOBALFEED que produz fosfatos para a Nutrição Animal (Bicálcico, Monocálcico, Monobicálcico, Monosódico, Fosfatos Tecnológicos), aditivos (Sulfato de Ferro) e agora esta fitasa para aves; com tudo isto, a Fertinagro converte-se na única empresa do sector dos fosfatos nutricionais capaz de fornecer fitasas aos seus clientes, o que supõe um desafio perante os grandes produtores mundiais. Actualmente, esta fitasa é produzida numa fábrica piloto da Fertinagro em Utrillas (Teruel).

Fiel aos seus objectivos, compartilhados com as restantes empresas do Grupo Térvalis, a Fertinagro Nutrientes continua a incorporar na sua filosofia empresarial, experiência, tecnologia e inovação para o sector agrícola e pecuário. Presentemente trabalha-se no processo de tramitação para obtenção da homologação da fitasa para suinicultura, esperando-se o registo da patente para o corrente ano.

Adaptado de Fertinagro Nutrientes/Grupo Térvalis Elaborado por Henrique César Moreira

Fertinagro Portugal Director Zona Norte/Centro

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