Boletim Federal nº 34

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Setembro/Outubro de 2011Ano 04 Número 32 dos Mosteiros da Ordem da Imaculada Conceição

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Setembro/Outubro de 2011– Ano 04 – Número 32

dos Mosteiros da Ordem da Imaculada Conceição

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DE ALEGRIA VIBREI NO SENHOR

No dia 17 de setembro último encerramos o Ano

Jubilar da aprovação de nossa Regra pelo Papa Júlio

II. Foi um momento de ação de graças e de louvar a

Deus que concedeu a nossa Ordem atravessar cinco

séculos de história no coração da Igreja.

A celebração desses quinhentos anos quis ser, da

parte das monjas Concepcionistas de hoje, uma confirmação de

fidelidade ao “carisma que o Espírito Santo depositou no coração de

Beatriz e por ela legado às suas filhas”.

Beatriz, como Moisés, não chegou a ver a conclusão de sua obra, o

Senhor deu-lhe a glória de ser a mãe das concepcionistas, mas deixou às

suas primeiras filhas a missão de trabalhar pelo seu desenvolvimento

até chegar a conseguir uma Regra própria que definisse a “Forma de

Vida” que as configurasse com Cristo e Maria.

Ela transmitiu às suas discípulas aquela chama acesa em sua alma pela

graça de Deus e lhes confiou o seu sonho de servir, celebrar e

contemplar o mistério de Deus nas maravilhas que Ele realizou na

Mulher que predestinou para ser a Mãe de seu Filho unigênito. É certo

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que a Regra foi aprovada quase vinte anos após sua morte, entretanto,

ela é a expressão do Beatriz viveu.

Quando a Igreja aprovou a Regra, o fez para “pureza de suas

consciências e quietação de suas almas tornando-as livres e isentas de

todo das Regras de Cister e de Santa Clara e do modo de viver referido”.

Assim esforcemo-nos por permanecer nesse mesmo caminho, seguindo

as pegadas de Santa Beatriz e de tantas de suas ilustres filhas que já

concluíram a jornada e nos aguardam para unir-nos ao seu Coro na

glória celeste.

Ir. Maria Auxiliadora do Preciosíssimo Sangue, OIC Presidente da Federação Imaculada Conceição dos Mosteiros da

Ordem da Imaculada Conceição no Brasil.

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OLHEMOS O FUTURO COM ESPERANÇA Homilia da celebração de abertura do II Congresso de Presidentes de Federações da Ordem da Imaculada Conceição – Toledo, 24 de

maio de 2011.

Fr. José Rodrigues Carballo, OFM

Ministro Geral da Ordem dos Frades Menores

Queridos irmãos e irmãs, O Senhor vos dê a paz!

Era o dia 17 de setembro do ano da Encarnação do Senhor de 1511 quando o Papa Júlio II aprovou a Regra da Ordem da Imaculada Conceição. Concluía-se assim o processo fundacional da Ordem da Imaculada Conceição querida por Santa Beatriz da Silva, vossa Mãe e Fundadora. E hoje, quinhentos anos depois, nos reunimos aqui, na Casa Mãe de Toledo, para celebrar esta efeméride tão importante para vós, minhas queridas irmãs concepcionistas, para a Igreja e para toda Família Franciscana, especialmente para nós, Irmão Menores que desde vossas origens vos acompanhamos no caminho de fidelidade ao carisma concepcionista. E nesta oportunidade é lógico que nos perguntemos sobre o por quê e para quê celebrara este V Centenário. Da minha parte, refletindo sobre o significado da celebração deste Centenário, não encontrei palavras melhores que as do Beato João Paulo II no início do Terceiro Milênio em sua Carta Apostólica Tertio Millennio Ineunte. Naquela ocasião, este gigante da fé, como o definiu bento XVI, convidou a todos os fiéis a olhar o passado com gratidão, a viver o presente com paixão e a abraçar o futuro com esperança (Cf. NMI 1,3).

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Este convite é um verdadeiro programa de vida para todos os crentes, e nesta circunstância penso que é particularmente significativo para vós, minhas queridas irmãs concepcionistas, se queremos que este Ano Jubilar seja realmente um kairós, um verdadeiro tempo de graça. Olhar o passado com gratidão Vivei este Centenário como um “único e ininterrupto canto de louvor a Trindade” (NMI 4), e constantemente dai graças ao Senhor (Cf. Ap 11,17) e restituí ao Altíssimo, Onipotente e Bom Senhor todo louvor, honra e glória, porque só a Ele pertencem. Misericordias Domini in aeternum cantabo! Volvei vosso olhar agradecido a vosso passado, a estes quinhentos anos de graça. Lede vossa história com os olhos da fé, com os olhos de Deus e descobrireis com grande espanto que a vossa é uma história de graça, é surpresa de um Deus que se pôs ao vosso lado, mesmo nos momentos difíceis, de tal modo que podeis dizer com o salmista: “Se o Senhor não estivesse a nosso lado, nos teríamos tragados vivos”. Volvei vosso olhar para o passado com tanta gratidão, sabedoras de que se trata de um grande dom que vos foi feito pelo Grande doador, não com a nostalgia de quem pensa que o passado foi melhor. Volvei vosso olhar ao passado com a serenidade e a fé de quem está convencido que o Senhor que fez grande coisas em vossa Ordem através das irmãs que ao longo destes quinhentos anos fizeram parte desta grande fraternidade e dos irmãos que tanto vos ajudaram a ser fiéis ao carisma recebido é o mesmo Senhor que quer continuar fazendo grandes coisas em vós e através de vós. Sim, tendes uma grande história para contar, mas tendes adiante uma grande história para escrever! (Cf. VC 110) E todas, jovens e anciãs, enfermas e saudáveis, estais

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chamadas a escrever um capítulo dessa nova história da Ordem da Imaculada Conceição. Todas sois necessárias. Ninguém pode excluir-se eu ser excluída. Nesta tarefa nada fácil, mas precisamente por isso, mais interessante ainda, nem tudo depende de vós, contudo, nada se fará sem vossa humilde e ao mesmo tempo valente colaboração a sua iniciativa. Portanto, fazendo vossas as palavras de Maria no Magnifcat, abri vossos corações ao louvor e a ação de graças. Convido-vos com força e amor de irmão, a remar mais adentro e, fazendo minhas as palavras de Jesus, vos digo, aliás, grito: Duc in altum! (Lc 5,4). Não permaneçais contemplando vossas debilidades e fragilidades, elas vos imobilizariam; mas antes, tomando consciência de tudo, com grande lucidez, recordai que é em vossa debilidade onde se manifesta a força e a grandeza de Deus (Cf. 2Cor 12,9). Não tenhais medo!, disse o Ressuscitado aos seus discípulos. Não tenhais medo!, digo-vos hoje minhas queridas irmãs concepcionistas de Santa Beatriz da Silva. E com a força que vos dá o Espírito, vivei este Centenário não só como memória do passado, mas também vivei-o como profecia do futuro (Cf. NMI 3). Aproveitai o tesouro da graça recebida nestes quinhentos anos traduzindo-a num projeto de vida nova. Que as lágrimas por um passado glorioso não vos impeçam de descobrir ao vosso lado o Ressuscitado que repete, uma e outra vez: “Não tenhais medo, eu estou convosco, não tema o vosso coração, tende confiança em mim”. Vivei o presente com paixão. Este é nosso trabalho e compromisso hoje. Uma paixão que se afiança em um renovado e profundo encontro com o Senhor, encontro da esposa com o esposo. Isso exige um revisitar vosso

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carisma, tirando o pó de vossa identidade de Concepcionistas de Santa Beatriz da Silva. Em outras palavras, viver o presente com paixão significa voltar ao nosso primeiro amor, viver em estado permanente de fundação e, portanto, de conversão. Com as palavras de São Paulo eu vos exorto a conhecer vossa vocação (1Cor 1,26). Vivei como se a Ordem fosse fundada hoje mesmo aqui, nesta Casa Mãe. E mais, vivei o presente como se iniciasse agora a aventura evangélica de Santa Beatriz e como se vós estivésseis entre as primeiras irmãs. Aproveitai este Ano de Graça para revitalizar vossa vida, tanto a nível pessoal como comunitário, investindo vossas melhores energias na dimensão contemplativa e fraterna. Deixai que vossos corações sejam tocados pelo dinamismo do Evangelho, deixai que o Evangelho modifique as vossas vidas como modificou a vida de Francisco e de Beatriz, então vossa fraternidade será mais significativa. Conhecendo vossa generosidade na entrega, ante os restos mortais de Santa Beatriz, “beijando-lhe os pés” e movido pelo grande apreço que vos tenho, uma opção radical de fé e de vida, peço-vos de não manipular as palavras do Evangelho para acomodá-las a um estilo de vida medíocre; peço-vos que acolhais o Espírito que as convida a “nascer de novo” (Jo 3,3) e a reproduzirdes com paixão a criatividade e a santidade de Francisco e Beatriz,de Madre Ágreda, de Sor Maria de los Ángeles, de Sor Maria Dolores e Patrocínio, de Sor Joana de São Miguel, de Sor Catalina Calderón, de Sor Inês de São Paulo, de Sor Maria de São Paulo, de Sor Maria de Ayala, da mexicana Sor Maria de Jesus, da equatoriana Sor Mariana de Jesus Torres, da brasileira Sor Joana Angélica, das mártires de El Pardo e as dez mártires de Madrid, de Sor Maria Alberdi, e de tantas outras irmãs vossas e nossas que formam a florida coroa da família concepcionista e que embelezam a Ordem da Imaculada Conceição. Deste modo

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sereis sentinelas da manhã, sentinelas do futuro (Cf. Is 21,11-12), neste momento delicado da história, mas também pleno de fascinação, que estamos vivendo como Igreja e como Família Franciscana e que também estais vivendo como concepcionistas. Abraçai o futuro com esperança. Isto, além de investir na qualidade evangélica de vossa vida, como já disse, implica também investir, com força e com fé naquele que chama, na pastoral juvenil e vocacional. Sim, irmãs, partindo de um esforço de coerência pessoal e fraterna em viver vossa vocação, proponde com convicção aos jovens “a medida alta e transcendente da vida, concebida como vocação” (Bento XVI), sem excluir a vocação franciscana e concepcionista. Abri-vos aos jovens! Escuta-lhes e propõe-lhes com valentia vossa vocação e a vocação franciscana! Orai pelas vocações e trabalhai intensamente para que os jovens conheçam o mais belo e o melhor de vossa vida franciscana e concepcionista. Como é atual e exemplar a atitude de Paulo que diz: “Eu não penso ter conseguido o prêmio. Só busco uma coisa: esquecendo-me o que fica para trás e lançando-me até o que está adiante, corro para a meta, até ao prêmio ao qual Deus me chama do alto em Cristo Jesus” (Fl 3, 13-14). Mantenhamo-nos no caminho. É hora de correr, de caminhar. Não importa a idade. Maria, modelo de seguimento e discipulado, alcança-nos a graça de seguir a teu Filho fazendo em todo momento o que Ele nos diga; Maria, sem pecado concebida, olha tuas filhas, concede-lhes a graça de servir-te, louvar-te e honrar-te em todo momento; Maria, que tiveste e tens a plenitude da graça, concede-nos a graça de lutar contra toda manifestação de pecado;

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Maria, virgem feita igreja pela escuta e a obediência a Palavra, tua materna intercessão nos alcance testemunhar o que vimos, professamos e celebramos. Maria Imaculada, Rainha da Ordem Franciscana, aqui tens a teus filhos e filhas, volta sobre nós teus olhos de misericórdia para que, como Francisco e Beatriz, descubramos no Senhor Jesus o TODO, e nos consagremos a Ele com todas as nossas forças e quando nos venha a faltar o vinho, apresenta nossa necessidade a Jesus para que Ele transforme nossa água no vinho do amor e da alegria. Fiat, Fiat. Amém, amém.

Tradução de Ir. Lindinalva de Maria, OIC Salvador / BA

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O ESPÍRITO SANTO REALIZARÁ EM TI GRANDES COISAS

Frei Estêvão Ottenbreit, OFM

Assistente Religioso da Federação Imaculada Conceição

Caras Irmãs, Chegamos ao final dos três anos de preparação ao grande jubileu da Regra OIC. Neste mês de setembro comemoraremos agradecidos os 500 anos de aprovação da

Regra OIC. Mais do que festa, justa e conveniente, a ocorrência da data festiva nos coloca diante do renovado desafio de corresponder a esta inspiração particular, doada pelo Espírito Santo aos que levam adiante a missão de Jesus Cristo na e através da Igreja. Convém sempre de novo lembrar a particularidade da elaboração da regra OIC. Semelhante à regra que São Francisco deixou para os seus irmãos, a Regra da OIC não é produto de uma projeção e de um planejamento prévio e sim resultado já de uma revisão de vida, de caminhada, de experiência concreta. Explico melhor: Assim como São Francisco se dirigiu ao papa para obter a aprovação de sua “forma de vida” segundo o Santo Evangelho em 1209 e depois, nos anos seguintes a colocou em prática com os seus irmãos no dia a dia da consagração a Deus e serviço aos homens, assim também Santa Beatriz da Silva obteve do papa Inocêncio VIII, no dia 30 de abril de 1489 a confirmação de sua “forma de vida”, sonhada e pedida em constante oração, através da bula “Inter Universa”. Assim se constitui o primeiro Mosteiro da Imaculada Conceição de Toledo e conseqüentemente todos os Mosteiros que a partir deste foram surgindo, ou seja, a própria Ordem da Imaculada Conceição.

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Curiosamente, em ambos os casos não se elabora imediatamente uma regra para projetar e planejar o dia a dia das respectivas “formas de vida”. Apenas se inicia a caminhada e no dia a dia vai se construir lentamente o que um dia seria recolhido na REGRA, resultado então não de uma previsão e sim de uma experiência cotidiana, de vida concreta com seus altos e baixos, com as suas alegrias, dificuldades e tristezas. Dois aspectos, portanto, valem a pena de serem ressaltados:

1. A Regra OIC, à semelhança da Regra dos Frades Menores,

é resultado de uma “longa” caminhada. Para os

franciscanos esta caminhada se deu de 1209 a 1221 (Regra

não bulada) e 1223 (Regra bulada) respectivamente. Uma

caminhada, portanto, de 14 anos. Para a Ordem da

Imaculada Conceição a caminhada de elaboração da Regra

– com experiência da Regra Cisterciense (beneditina) e

Clariana (Pobres Damas de Santa Clara) – levou 22 anos,

sendo aprovada pelo papa Júlio II no dia 17 de setembro

de 1511.

2. Outra particularidade de ambas as Regras é o fato que as

duas Regras são fruto de uma caminhada. Quer dizer,

resultam da tradução das respectivas “formas de vida”

inspiradas pelo Espírito de Deus a Francisco e a Beatriz, em

vida consagrada concreta. Hoje diríamos até que foram

“construídas” a “muitas mãos” num mutirão co-

responsável dos irmãos e das irmãs, respectivamente. Ou,

com outras palavras, estas Regras mostram a “plantinha

de Assis” e a “plantinha de Toledo” em flor e fruto.

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Conseqüência lógica desta nossa reflexão, portanto, é que aquilo que o Espírito Santo inspirou à fundadora (forma de vida) e floresceu e frutificou sob a ação do mesmo Espírito Santo na vida das primeiras irmãs (Regra), nós devemos levar adiante com a ajuda do Espírito de Deus. Este Espírito que nunca se deixou e nunca se deixará “amarrar” às nossas vontades ou até “aprisionar” dentro da nossa acomodação, continua a nos impulsionar. Este é o grande legado e o grande presente do jubileu: não olhar somente para trás, para um passado certamente glorioso, mas olhar principalmente para o presente com a responsabilidade de projetar o futuro. Um teólogo medieval cunhou uma expressão que vale a pena ser lembrada por ocasião do jubileu assim: “Somos anões que se mantém em pé sobre os ombros de gigantes.” Interpretando este dito para a nossa situação, diria que de fato não adianta nos gloriarmos de um passado brilhante, de nos enfeitarmos com os méritos dos outros, de querermos colher os frutos que não cultivamos, de evocarmos as grandes figuras que nos precederam – as famosas e as escondidas no anonimato de uma vida fiel -. Temos uma responsabilidade histórica, uma dívida para com o Espírito de Deus que quis que esta obra iniciada fosse realmente força no “coração da Igreja” e contribuição eficaz para a salvação dos homens e do mundo. Nós não temos o direito de impedir, interromper ou de estagnar o crescer, o florir e o frutificar desta “forma de vida”. Finalizando com este artigo o triênio de preparação ao grande jubileu da REGRA DA OIC gostaria de mencionar ainda uma imagem usada por um dos Padres da Igreja. Ele achava que Deus Pai, Criador de tudo o que existe, agia no mundo com duas mãos: uma chamada Jesus Cristo e a outra chamada Espírito Santo. Jesus

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Cristo certamente como o nosso modelo ao qual queremos seguir na obediência ao Pai. O Espírito Santo como a força e o dinamismo que nos faz caminhar sem cessar e nos faz “voar nas asas do vento” para onde Deus Pai nos quer ver. Peço a Deus Pai, por ocasião do jubileu, que não nos faça renovar apenas a vontade de seguir o Cristo, mas que ele nos dê a graça de redescobrir a presença do Espírito Santo que nos quer preservar da acomodação e que nos quer levar a respirar sempre de novo o ar fresco das alturas desta vocação maravilhosa “no coração da Igreja”, contemplando a ação de Deus em Maria. Não é por acaso que a ícone que representa a vocação concepcionista é a anunciação do anjo a Maria e diante da perplexidade de Maria – e da nossa nos dias de hoje – o anjo dizendo: “O Espírito Santo virá sobre ti e o poder do Altíssimo ti cobrirá com a sua sombra”. E animada pelo Espírito Santo, Maria se pôs – e se põe – a caminho para ir ao encontro de Isabel – e dos homens e mulheres de todos os tempos – para celebrar a escolha (vocação) e cantar os louvores de Deus através de sua vida: “O Poderoso fez em mim grandes maravilhas!” Caras Irmãs, Entreguemo-nos novamente por ocasião deste jubileu que temos a felicidade de celebrar nas “asas” do Espírito Santo que inspirou, elaboro, fez e faz florir e frutificar a Regra da OIC. Magnificat! Magnificat!

Boas festas!

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BEATRIZ NO V CENTENÁRIO

Trechos da carta da Madre Coordenadora da

Confederação Santa Beatriz, Espanha, Madre Maria de La Cruz Alonso Paniagua,

OIC, por ocasião da solenidade de nossa Mãe

Santa Beatriz.

Minhas queridas irmãs, ainda conservo na retina dos olhos a imagem de vossa presença na celebração do Congresso e jubileu concepcionista. Vivemos o presente da fraternidade, demos passos na comunhão e comunicação de nossa Ordem criando vínculos cada vez mais fortes entre as irmãs e tudo isso sob o abrigo protetor do manto de nossa Madre Fundadora. Se em sua vida bem-aventurada lhe cabe mais alegria e glória, sem dúvida que assim desfrutou nestes dias. Que satisfação e gozo ver as irmãs unidas! “Se o grão de trigo não morre também não dá fruto”. Beatriz em sua vida de doação e seguimento a Jesus Cristo Redentor é esse grão de trigo morto e fecundo na espiga de sua Ordem. Uma fecundidade com 500 anos de existência e com vitalidade crescente porque suas filhas mantiveram viva a chama que o Espírito Santo depositou nela; souberam manter e crescer na fé como Maria Imaculada; foram fiéis ao presente de sua vocação contemplativa; souberam viver na solidão e silêncio “o sinal do Mistério Trinitário dentro de si e com as irmãs, pois cada irmã é lugar privilegiado de comunhão com Deus” (CCGG 95). As irmãs que nos precederam são uma herança para agradecer e imitar eu suas mais genuínas virtudes de Concepcionistas. Sobre nós, sobre

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este momento de graça que estamos vivendo, recai a responsabilidade de seguir mantendo viva essa chama do Espírito. Não é momento de desânimo, nem de desilusão, é momento de retomar o sonho do seguimento de Jesus Cristo Redentor com a confiança e o entusiasmo do primeiro amor. Ele selou uma aliança conosco no dia de nossa Profissão, mas não nos disse onde nos levaria e nem como faríamos o caminho, nós confiamos nele. Até agora não nos decepcionou, seguro nos leva por veredas tortuosas, por sendas que não conhecemos, mas Ele vai sempre ao nosso lado, não rompe sua aliança. E não sabemos nada de seu plano sobre nossas vidas, mas em lugar de buscarmos o caminho, deixemos isso para Ele e permaneçamos atentas aos sussurros do Espírito. Santa Beatriz foi sempre argila nas mãos de seu Oleiro, não se instalou em seus projetos, no que ela cria ser o melhor, mas sim, na oração constante, tratava de descobrir a vontade de seu Senhor. Ela havia se consagrado e seguia a Jesus Cristo, não a seus projetos pessoais. Maria de Nazaré, confia na mensagem do anjo e faz da Palavra de Deus vida em sua vida; não tem medo das fadigas e dos perigos das montanhas e corre apressada ao encontro e para remediar as necessidades que existem fora dela, não olha para si mesma, olha os planos de Deus no mundo. Maria é a pobre de Javé, a disponível a sua Palavra, a que entende pouco o que está passando mas se confia totalmente em quem a leva, aquele que ela leva em suas entranhas. Irmãs, pertencemos a Ordem da Imaculada Conceição para seguir o caminho destas mulheres que Deus Pai colocou como

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paradigma em nossa história de salvação e como companheiras e guias em nosso caminho de peregrinas. O desposório com Jesus Cristo Redentor implica nossa confiança total nele, implica não querer nem buscar nada fora de sua vontade, implica ajudá-lo para que se realize sua obra em cada uma de nós e no mundo, implica “limpar o coração dos desejos terrenos e vaidades do mundo” (R 30). “E desejar ter sobre todas as coisas o Espírito do Senhor e sua santa operação”. Sejamos irmãs da Ordem da Imaculada Conceição plenas de “humildade e mansidão” (R 44) com o coração capaz de semear confiança ao nosso redor, convencidas de que a aliança que Deus Altíssimo fez conosco se cumprirá!

Tradução de Irmã Lindinalva de Maria, OIC Mosteiro de Nossa Senhora da Conceição – Salvador/BA

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CAMINHANDO COM MARIA – XIX

Ir. Maria Imaculada de Jesus Eucarístico, OIC

Mosteiro Rainha da Paz – Joinville/SC

BUSCAR JESUS

“Depois do anúncio dos anjos, os pastores saem com grande pressa em busca de Jesus”. Quem busca Jesus O encontra. Encontra-O por

que foi o próprio que o encontrou por primeiro e, infundiu em seu coração o desejo de buscá-lo. Esta é a grande verdade: “Deus nos amou por primeiro”. Após o nascimento é aos pastores que Jesus se revela e eles acorrem até Belém na ânsia de encontrá-lo. Sentem a necessidade de fazer a experiência para depois anunciar, falar daquilo que não somente ouviram dizer, mas viram e testemunharam na manjedoura do estábulo. Nós também devemos nos por a caminho como os pastores para irmos ao encontro de Jesus e fazermos a nossa experiência de fé, de amor e adoração, contemplando o Deus invisível que se faz presente no meio de nós e que na maioria das vezes, passa despercebido pela maioria dos homens. O Evangelho nos diz que os pastores “encontraram Maria, José e o Menino deitado na manjedoura”. Isso significa que devemos confiar naqueles que antes e nós fizeram a experiência de Deus. Eles nos apontam o caminho com segurança, especialmente José e Maria, são para nós sinais visíveis da graça divina. Se chegarmos até eles, nos levarão a Jesus, com toda certeza. O Deus que se revela a nós, também deseja que sejamos suas testemunhas. De fato, é impossível estar NE sua presença, ser envolvido pelo seu infinito amor e depois calar-se diante do

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mundo. “Os pastores glorificando e louvando a Deus por tudo o que viram e ouviram”. Como o humano não pode limitar a ação divina, a força e a profundidade de um verdadeiro encontro com Deus fazem com que ele transborde de nosso ser como uma “fonte a jorrar até a vida eterna”. Todos aqueles que têm um encontro pessoal com o Senhor, que o “adoram em espírito e verdade” a exemplo de José e Maria, mesmo que se calem, o seu silêncio proclamará a grandeza de Deus e sua soberania absoluta. Pois, vemos que os pais de Jesus não saíram pregando e anunciando a todos a divindade do Filho, mas se ocultaram em seu Mistério e testemunharam com a vida, num gesto concreto que fez com que suas atitudes se transformassem num ato de adoração, um culto de louvor ao Deus altíssimo. Como não nos extasiar diante de tamanha grandeza de alma e espírito? Precisamos imitar essa atitude de José e Maria para que nossa vida se traduza num contínuo ato de louvor e adoração, enquanto seguimos com gratidão o caminho já trilhado por eles. “A monja Concepcionista faz de sua vida uma resposta de amor que serve, ama, honra e adora o Senhor, com coração sincero e mente pura”. Virtude basilar: PIEDADE.

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500 ANOS DE HISTÓRIA

Sublime ideal de perfeição A ser vivido no dia a dia Na radical fidelidade Traduzindo em gestos concretos As atitudes de Maria.

Rastro de um amor indiviso Expresso nas pequenas coisas Garantindo a continuidade do carisma Resplandecente na História A se perpetuar pelos séculos afora.

SANTA REGRA: 500 ANOS HISTÓRIA

Ó sublime caminho de vida, Na trilha da santidade, Ó ideal tão profundo, Tesouro da eternidade! Ó manancial da graça! Espelho de perfeição; Essência do carisma, Da Ordem da Imaculada Conceição. Ó sagrada herança! Que nossa mãe nos deixou; Sonho do coração de Deus, A quem ela se consagrou.

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Ó mistério inefável! De um amor incondicional, Que faz-nos sponsa Christi, Numa consagração total! Ó dádiva excelsa! De indisivel profundidade, Fonte a jorrar do eterno, Que nos une em caridade. Ó bem tão valioso, Beleza que vem do céu! Paraíso nesta terra,

Escondido sob um véu. Ó baú das santas virtudes! A ser vivida no dia a dia, Seguindo os passos de Beatriz, Na imitação de Maria.

Esta é a regra de ouro, Que mantém vivo o Carisma na Igreja, E o perpetua na história, Por que assim, o Pai deseja.

Ir. Maria Imaculada de Jesus Eucarístico,

OIC Mosteiro Rainha da Paz – Joinville/SC

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550000 AANNOOSS NNOO CCOORRAAÇÇÃÃOO DDAA IIGGRREEJJAA

CCeelleebbrraaççããoo JJuubbiillaarr –– 0099 aa 1122 ddee sseetteemmbbrroo ddee 22001111

MMoosstteeiirroo ddaa LLuuzz –– SSããoo PPaauulloo

** ** ** 09 DE SETEMBRO DE 2011

PRIMEIRO DIA DA SOLENE CELEBRAÇÃO JUBILAR

Iniciamos o dia com o Ofício das Laudes seguido da Santa Missa, presidida pelo capelão do Mosteiro da Luz, Pe. José Arnaldo, auxiliado por um diácono, fazendo assim a abertura oficial da Solene Celebração Jubilar cuja intenção foi exposta no início da Liturgia. O Pe. José Arnaldo foi muito feliz em suas colocações. Ao falar com entusiasmo da vocação concepcionista o fez subdividindo em três momentos: 1º: precisamos tomar consciência, redescobrir o chamado a vida monástica, a vocação contemplativa no mundo de hoje. Somos chamadas a caminhar com a Igreja e na Igreja. 2º: Devemos nos espelhar em Maria imitando o seu exemplo de levar os Homens para Deus ao mesmo tempo em que os ensina: “Fazei o que Ele vos disser”. 3º: precisamos ser sinais de Deus para o mundo, como uma Luz que brilha iluminando os anseios e as esperanças dos Homens.

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No final da celebração o Pe. José Arnaldo também elevou uma prece desejando que neste momento único e sublime que vivemos, Maria esteja ao lado de cada concepcionista fortalecendo e conduzindo no caminho trilhado por Santa Beatriz. Recebemos a

uma benção solene e após o término da Missa rezamos a Hora Média e nos dirigimos ao refeitório para partilhar o café da manhã em fraternidade. As 09:00h fomos para a sala destinada às conferências. Frei Sandro Roberto da Costa, OFM, professor de história da Igreja no Instituto Teológico Franciscano, de Petrópolis/RJ, ministrou a primeira conferência: A presença da OIC no Brasil. Fr. Estevão fez a acolhida e apresentou os confrades: Ronaldo Faustino e Brayan, ambos estudantes em Rondinha/PR. Vieram para assessorar na

parte litúrgica do encontro. Dois monges Beneditinos, Ir. Camilo e Ir. Lourenço se fizeram presentes, ambos do Mosteiro São Bento em São Paulo/SP e Maria Ferraz, responsável pela conferência que viria depois. Frei Sandro fez uma explanação

do que representa estes dias de jubileu para nós concepcionistas depois de termos iniciado com o canto Maria de Nazaré. Escolhendo o tema: Memória da Ordem da Imaculada Conceição no Brasil.

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Testemunho de fé, trabalho e oração, Fr. Sandro nos deu uma visão de conjunto desde o início da presença da Ordem no Brasil. Subdividindo em três partes levou-nos a contemplar uma seqüência histórica até os dias de hoje, chegando a uma conclusão de que a vida religiosa claustral é uma luz para a sociedade de hoje. Após a palestra com Frei Sandro, fizemos um pequeno intervalo e em seguida Me. Lindinalva apresentou Maria Ferraz, a palestrante que deu continuidade apresentando o contexto histórico do convento da Lapa (Salvador/BA). Ela nos levou a um conhecimento mais aprofundado da história do 1º Mosteiro concepcionista no Brasil percorrendo uma linha de pensamento que atualiza e reedita o passado no presente. Ao meio dia tivemos um almoço festivo e às 15:00h voltamos a nos reunir para a apresentação do II Congresso de Presidentas das Federações da OIC ( Toledo- Espanha). Me. Lindinalva conduziu esse momento apresentando com precisão os frutos colhidos deste Congresso cujo tema era “Chamadas, inspiradas e desposadas”, ocorrido de 23 a 29 de maio do ano corrente. Através de fotos, pensamentos e partilha do que se viveu neste II Congresso podemos penetrar o Espírito que iluminou e orientou nossas irmãs e irmãos reunidos nesse tempo forte de graça.

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Após essa explanação tivemos um pequeno intervalo, e as 17:15h nos dirigimos à Capela para a oração de Vésperas solenes, presidida por Fr. Estevão. Foi um momento sublime onde o céu tocou a terra. Na capela velas acesas nos

aguardavam ao lado das quais cada irmã depositou o seu anel para depois, no momento oportuno, como que receber de novo o anel do Esposo e renovar com Ele sua aliança de amor, recitando a Fórmula dos votos, conduzidas por Me.

Maria Auxiliadora. Com este momento sagrado encerramos a celebração jubilar deste dia. Que o Senhor eternize em nosso coração e em nossa vida a graça desse instante fecundando em nós o Carisma de Beatriz revigorado pela força do amor esponsal que nos une a Cristo eternamente. Que Maria e Beatriz nos abençoem com a perseverança final

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10 DE SETEMBRO DE 2011

SEGUNDO DIA DA SOLENE CELEBRAÇÃO JUBILAR

Iniciamos o dia as 06:30h da manhã com o Ofício das Laudes. Depois tomamos café em espírito festivo, celebrando a comunhão fraterna e a alegria deste jubileu. As 09:30h nos dirigimos a sala de conferência para ouvir as

colocações de Frei José Clemente Muller, OFM, “Palavra de Deus e a Regra da OIC, à luz da Exortação Apostólica pós-Sinodal Verbum Domini”. Começamos com um canto, animado por nossos irmãos franciscanos: Brayan e Ronaldo. Fr. Estevão fez a acolhida e as apresentações, passando a palavra a Fr. José Clemente. Nosso palestrante começou parabenizando pelos 500 anos da aprovação da Regra e parabenizou também as irmãs que deixaram seus mosteiros para se fazerem presentes neste

acontecimento histórico para a vida da Ordem. Ele fez uma exortação sobre a importância da Palavra de Deus e a necessidade da Lectio Divina a nível pessoal e comunitário, pois é a Palavra que nos alimenta na dimensão espiritual da vida religiosa que deve gerar boa

energia para a Igreja e o mundo.

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Referiu-se também a alguns artigos das CCGG que falam da Palavra e Fr. Clemente nos falou de quatro aspectos importantes: 1º - a Palavra tem um rosto, uma face. Precisamos ser este rosto; ser uma vitrine para o mundo. 2º - a Palavra tem uma casa. Essa casa é a Igreja.

3º - a Palavra tem um caminho. Na nossa caminhada Deus está sempre conosco, da mesma forma que esteve com os discípulos de Emaús. 4º - a Palavra tem uma voz; precisamos ser essa voz que ressoa no mundo e o leva a conhecer Deus. Fr. Clemente abriu um amplo leque da Palavra referindo-se a vários documentos da Igreja, escritos em um período conturbado da história para dar uma diretiva ao povo, dentre eles “Verbum Domini”. Este documento em especial veio trazer um incentivo à vida da Igreja e do povo, visando resgatar a fé e a Lectio Divina, para que a Sagrada Escritura não seja uma Palavra do passado, mas atual. Tivemos um momento de intervalo para em seguida Ir. Eleusa Maria apresentar algumas das figuras ilustres da OIC através de fotos e textos (slides- power point). Começando pela vida de Santa Beatriz ela nos levou a mergulhar na história de algumas de nossas irmãs veneráveis

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que nos deixaram seus rastros no caminho da santidade. As 12:15h fomos tomar a refeição em clima festivo. As 14:00h fomos em visita ao museu de Arte-Sacra e tivemos ocasião de contemplar a beleza de Deus que se expressa arte. As 16:00h nos reunimos para Solene Celebração Eucarística presidida por D. Odilo

Sherer, Arcebispo de São Paulo e concelebrada por Fr. Estevão, Fr. José Clemente e outros sacerdotes. A missa foi animada pelo coral Mariano de Sant´Ana, sob a direção do Maestro Ricardo Miele.

D. Odilo, em suas colocações, falou de nosso carisma como o legado de Santa Beatriz que nós concepcionistas devemos perpetuar na Igreja e no mundo. Fez preces pedindo pelos mosteiros, por cada irmã e pelo aumento das vocações para a Ordem. Também falou da Indulgência concedida nestas celebrações jubilares e rezou com as irmãs e com os fiéis presentes, nesta intenção. Com a benção solene encerrou a liturgia e antes de retirar-se cumprimentou as irmãs pessoalmente dizendo-se muito feliz em participar deste momento tão especial.

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Assim encerramos mais um dia de intensa comemoração desejando que a graça Divina nos confirme nesta missão de perpetuar no coração da Igreja e do mundo os ideais de Santa Beatriz.

11 DE SETEMBRO DE 2011

TERCEIRO DIA DA SOLENE CELEBRAÇÃO JUBILAR

O dia se iniciou com o Ofício das Laudes e após um intervalo nos reunimos para o café da manhã celebrando a alegria do convívio fraterno. Em seguida comungando no espírito da amizade de co-

irmãs passeamos pelo jardim do mosteiro contemplando a natureza e registrando este momento tão especial para

cada uma de nós através de fotos. Ás 10:30h nos reunimos no coro para a Solene Celebração Eucarística presidida pelo ministro provincial da Província Imaculada Conceição da OFM, Frei Fidêncio Vanboemmel, contando mais uma vez com a animação

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do Coral Mariano de Sant´Ana. Fr. Fidêncio em sua colocação, com simplicidade e profunda sabedoria fez algumas definições do que é a Santa Regra, usando também das palavras do Ministro Geral em sua carta às Concepcionistas para este V Centenário, expressando-se mais ou menos da seguinte forma: - A Santa Regra não é apenas um texto redigido no papel, mas uma experiência de vida.

- A Santa Regra é um Dom Divino para a Igreja e a humanidade. - A Santa Regra é a vida das concepcionistas. - A Santa Regra é uma fonte de dinamismo espiritual permanente. - A Santa Regra é Maria, é cada irmã, é a Igreja. No final da liturgia Cláudio Fontana cantou um belíssimo hino do jubileu de sua própria autoria em homenagem às irmãs reunidas nestes dias de congresso. E após recebermos a benção, nos encontramos no local preparado com antecedência para o almoço de congraçamento. Com o coração jubiloso cantamos os parabéns para a nossa querida Ir. Francisca do mosteiro do Rio de Janeiro, que celebrava seus 80 anos de vida. Cláudio Fontana nos alegrou novamente cantando sua canção “ O Homem de Nazaré” e repetindo o hino do jubileu com entusiasmo e emoção, levando todos a cantar com ele extravasando a alegria do momento.

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As 15:00h voltamos ao coro para a apresentação da Orquestra Sinfônica Carlos Gomes que veio marcar sua presença e partilhar da nossa festa. Fizemos um intervalo para em seguida participar da Missa das

17:00h presidida pelo Fr. José de Maria, da congregação dos Irmãos de São João, capelão do Mosteiro de Salvador. Com o jantar fraterno encerramos mais este dia de celebração, pleno de graça divina. Que Maria e Beatriz nos abençoem e o Senhor nos conduza pela mão nos caminhos que nos chama a percorrer.

12 DE SETEMBRO DE 2011

PEREGRINAÇÃO AO SANTUÁRIO DE NOSSA SENHORA

APARECIDA

Iniciamos o dia com a viagem ao Santuário de Nossa Senhora Aparecida, onde participamos da missa das 09:00h em clima de peregrinação e espírito de ação de graças por estes 500 anos de história que se perpetua na vida de cada concepcionista. O Senhor nos

concedeu a graça de não somente participar da Santa Missa, mas ainda sermos chamadas para ocupar lugares no presbitério e ver o

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propósito que nos levou à Basílica ser expresso como uma das principais intenções pelo Pe. Darci, CSsR, Reitor do Santuário, que comungando conosco desse momento rezou em ação de graças por estes 500 anos e por cada irmã concepcionista. Ficamos em Aparecida até as 14:30h e seguimos para o Seminário Frei Galvão em Guaratinguetá onde fomos acolhidas com alegria por nossos irmãos franciscanos e tivemos a oportunidade de conhecer e contemplar as maravilhas de Deus

naquele ambiente sagrado. Os frades partilharam um delicioso lanche conosco e nos surpreenderam com uma apresentação inusitada de “São Francisco” através de um boneco (fantoche) causando-nos grande descontração e alegria.

Aproveitamos a oportunidade do momento para fazer uma visita fraterna ao nosso Mosteiro de Guaratinguetá onde está sepultada a serva de Deus Me. Maria de Lourdes. Nossas irmãs nos receberam com solicitude e delicadeza apresentando-nos a casa e o ambiente sagrado que as abriga e propicia a comunhão com Deus e com a humanidade.

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Às 18:00h retornamos ao Mosteiro da Luz que nos hospedava e partilhamos do jantar em fraternidade e assim encerramos o dia e as comemorações do jubileu a nível de Federação. Agradecemos a Deus

por esta oportunidade única, irrepetível em nossas vidas, desejando que cada uma das irmãs possa colher abundantes frutos no crescimento espiritual, na vivência de nosso Carisma e na fidelidade em manter viva a chama que o “Espírito acendeu em Santa Beatriz” e que compete a nós perpetuá-la na história. Que Maria e Beatriz nos ajudem a discernir e acolher as moções divinas para reler e atualizar em nossa vida os ideais da Santa Regra buscando a “fonte do dinamismo espiritual permanente” que nos fará perseverar até o fim no caminho da eternidade.

MAGNIFICAT ANIMA MEA DOMINUM!

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JUBILEU DAS IRMÃS CONCEPCIONISTAS

Fr. Brayan Filipe Farias da Silva, OFM.

Não me envergonho em dizer que tinha uma imagem não muito boa da vida de clausura das Irmãs Concepcionistas. Pareciam-me religiosas um pouco “mortas”, com uma vida não muito expressiva, uma presença meio apagada na Igreja.

Que erro! Que engano! Que pecado!

Visão típica de quem não conhece a riqueza e a vitalidade de uma forma de vida toda tomada da fecundidade e da criatividade do Espírito Santo que suscita sempre e cada vez a vida religiosa como diferentes modos de viver, e viver bem, o Evangelho do Senhor.

Pois bem, desarmado já “de cara” eu e meu confrade Frei Ronaldo vivemos e convivemos com as Filhas de Santa Beatriz da Silva, a Fundadora da Ordem da Imaculada Conceição, dias de festa e de júbilo por esse modo próprio e bonito de seguir a Jesus Cristo.

Frei Estêvão Ottenbreit, o responsável espiritual pela Federação dos Mosteiros das Irmãs Concepcionistas presentes no Brasil, nos acolheu e contou conosco para os cantos e para a liturgia das celebrações durante os três dias.

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Entre os dias 9 a 11 de setembro no Mosteiro da Luz em São Paulo estiveram reunidas quase 50 Irmãs vindas de 14 Mosteiros Concepcionistas do Brasil todo.

Que festa bonita!

Desde 1511 (quando Santa Beatriz recebeu a Bula Papal de aprovação de sua Regra), as Irmãs Concepcionistas vivem dia-a-dia na dinâmica e na exigência do Evangelho de “vigiar e orar” e acompanham com a oblação de suas vidas e com o compromisso de vida claustral a Igreja Peregrina e Missionária que anuncia o Cristo pelo mundo afora.

As irmãs não anunciam o Cristo pelo mundo afora?

Decididamente concluí nestes dias que sim. São tão missionárias quanto aqueles que não observam a vida de clausura. Mas missionárias porque sustentam continuamente a missão e a Evangelização com suas orações e preces contínuas em favor de todos nós.

Não podemos esquecer que são Concepcionistas porque querem seguir o Cristo e viver o Evangelho do mesmo modo de Maria: mulher que ouve e acolhe de coração aberto a voz e a vontade do Pai, num coração puro e sem mancha.

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No primeiro dia, as irmãs renovaram seus votos e reafirmaram o compromisso que assumiram com sua consagração. Cantamos solenemente no final do dia o Ofício de Santa Beatriz da Silva.

No segundo dia, as irmãs estudaram com Frei José Clemente Muller a documento Papal “Verbum Domini” e no final do dia receberam Dom Odilo Pedro Scherer, Cardeal de São Paulo, que presidiu a Eucaristia para as irmãs.

No terceiro dia, Frei Fidêncio Vamboemmel, nosso Ministro Provincial, presidiu a Eucaristia e na homilia refletiu com muita profundidade e propriedade a forma de Vida das Irmãs Concepcionistas e lhes dirigiu uma palavra encorajadora e de ânimo: “a Igreja, o mundo todo conta com vocês e com o brilho de sua forma de vida”.

No mesmo dia, voltamos eu e meu confrade para Rondinha com boas e animadoras impressões das Irmãs Concepcionistas e sua Ordem.E não menos provocados: precisamos cada vez mais conhecer nossa Família Franciscana. Precisamos cada vez mais conhecer aqueles e aquelas que conosco partilham do seguimento de Cristo no mesmo passo do de Francisco: o passo do Evangelho, nosso Regra, e a luta pela justiça, pela paz e pelo bem.

Paz e Bem!

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CELEBRAÇÃO DOS 500 ANOS DA REGRA NO MOSTEIRO PORTACELI

Conforme o Programa que enviamos a todas, fizemos a novena preparatória presidida cada dia por um Sacerdote diferente e em alguns dias concelebrada por outros mais. Apresentamos, inclusive, em cada dia, uma de nossas Irmãs que se

destacaram em virtude e santidade: projetando sua figura pessoal e seu resumo biográfico, denominando-as como “Estrelas da Imaculada.” Combinando com o título de Nossa Senhora, focalizado em cada dia, foram colocadas as biografadas, as preces e orações na liturgia. No primeiro dia a celebração foi abrilhantada pelo canto dos noviços servos da Eucaristia, mais uma professora de música. Os traços biográficos apresentados foram de Madre Teresa de Jesus Romero. A leitura biográfica de cada dia foi feita antes da Bênção Final dada com a relíquia de Santa Beatriz. No segundo dia, animou a celebração, um grupo de cantores de nossa Vila, Jardim Paraíso. A “Estrela” apresentada foi Irmã Maria de Jesus do México. O terceiro dia foi abrilhantado por um grupo de cantores da Paróquia Nossa Senhora da Saúde. A “Estrela”, cujos traços biográficos apresentamos, foi nossa conterrânea e fundadora do Mosteiro da Luz, Madre Helena Maria do Sacramento.

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O quarto dia foi solenemente animado por uns trinta Monges do Mosteiro da Ressurreição. Os traços biográficos foram de Madre Maria de Jesus de Ágreda. No quinto dia, os cantos foram executados pelas Irmãs de nossa Comunidade; e a “Estrela” biografada, Irmã Rosa Dewez, da Bélgica. Um grupo de cantores da Paróquia Bom

Jesus, abrilhantou a celebração do sexto dia. A “Estrela” apresentada foi Madre Oliva Maria de Jesus. O sétimo dia foi animado pelos postulantes dos Frades Menores Missionários. A “Estrela” biografada, Madre Dolores do Patrocínio. No oitavo dia a celebração foi animada por um grupo dos Arautos do Evangelho. As biografadas apresentadas, as “Estrelas que destilam sangue”, as mártires de nossa Ordem: Madre Joana Angélica, da Bahia e as Mártires de Madrid e Escalona, Espanha. O nono dia foi abrilhantado pela presença dos Frades Menores Missionários e seu coral. A “Estrela” apresentada, Madre Mercedes de Jesus Egido. Finalmente, o dia 17 de setembro, foi solenemente presidido por nosso Bispo, Dom Sérgio Arthur Braschi e concelebrado por mais dois sacerdotes: Pe. Delsi Zamboni, superior do Seminário Eucarístico e Pe. Mário Spaki, reitor do Seminário Filosófico diocesano. A celebração foi animada pelos cantores da Paróquia Nossa Senhora da Saúde. A “Estrela”, que

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vale por uma constelação, foi, evidentemente, a Fundadora, Santa Beatriz da Silva.

Após a leitura dos traços biográficos, crianças trouxeram até próximo ao altar, um quadro de agradecimento que preparamos; enquanto entoamos o Magnificat. Terminado este, foi feito outro agradecimento pela Madre, a todos os presentes na celebração, bem como a todos que participaram da Novena e nos auxiliaram de vários modos para que tudo se realizasse do melhor modo possível.

Antes da Bênção final fez-se o sorteio de cinco prêmios: duas Bíblias, uma imagem de Nossa Senhora e duas de Santa Beatriz. Nosso Bispo, muito alegre e paternal, fez uma festa com os sorteados, e no fim gracejou: aos que não ganharam, as Irmãs prometem que nos próximos 500 anos colocarão novos prêmios!... Terminada a celebração, houve confraternização na parte externa do Mosteiro entre os participantes, com as contribuições que trouxeram e a boa organização dos que auxiliaram, todos ficaram contentes e felizes. Todas as celebrações foram filmadas. A participação diária durante a novena foi de 120 a 150 pessoas. No dia 17 calculou-se em 500 pessoas aproximadamente. Deus seja louvado, a Virgem Maria engrandecida e Santa Beatriz e suas filhas mais conhecidas. Para maior glória de Deus.

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CELEBRAÇÃO DOS 500 ANOS DA REGRA NO MOSTEIRO MONTE SIÃO – JATAÍ/GO

Nesse tempo especial em que

celebramos os 500 anos da

aprovação de nossa Regra,

nossa comunidade viveu

momentos fortes de

celebração: Jubileu de Prata;

Profissão religiosa e a

celebração do jubileu

propriamente dito.

Jubileu de Prata: No dia 29 de julho, Ir. Maria Silvia de Santa

Beatriz, celebrou o seu jubileu argênteo, numa bela celebração

presidida por nosso bispo, D.

José Luís Magella Delgado,

onde reuniram-se amigos e

benfeitores do Mosteiro. A data

mesmo dos 25 anos de

profissão religiosa foi 17 de

agosto, cuja antecipação foi

devida a agenda do nosso bispo,

cuja presença foi querida.

Com Ir. Maria Sílvia cantamos Magnificat por tamanha graça! Que

Deus, pela intercessão da Virgem Imaculada e de Santa Beatriz a

sustente no fervor, na alegria e na santidade.

Profissão Religiosa: No dia 24 de outubro, a

noviça Ir. Maria Teresinha do Menino Jesus,

emitiu seus votos religiosos por um ano na

Ordem da Imaculada Conceição. A liturgia foi

presidida por nosso bispo, D. José Luís Magella

Delgado e contamos com a presença de amigos

e familiares da professando. Foi um momento

bonito e marcante. Sempre uma oportunidade

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de revigoramento. Que Ir. Maria Teresinha seja perseverante e fiel

sustentada sempre pela graça e proteção divinas.

500 anos no coração da Igreja: A celebração dos 500 anos da

aprovação de nossa Regra em nosso Mosteiro foi no dia 18 de

setembro, presidida pelo vigário geral, Pe. José Mendonça

Del´Ácqua e concelebrada por Pe. Tiago Minelli, na oportunidade

renovamos os votos religiosos. A comunidade composta por

muitos amigos e benfeitores se regozijaram conosco, além de ter

sido uma oportunidade impar de divulgação de nosso Carisma.

Deo Gratias!

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CELEBRAÇÃO DOS 500 ANOS DA REGRA NO MOSTEIRO DA IMACULADA CONCEIÇÃO E SÃO JOSÉ – FORTALEZA/CE

Ave Maria puríssima, sem pecado concebida!

Fidelidade, Oração Amor, Doação, Louvor, Perseverança Celebração!

Neste Jubileu elevamos a Deus

nossa Ação de Graças pelas Primeiras Irmãs

que souberam manter viva a chama que o

Espírito Santo, acendeu em Nossa Mãe Santa Beatriz.

Esta chama que vem Iluminando, Inspirando e Chamando, desperte em nossos corações o zelo e o empenho na Fidelidade

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Em transmitir às próximas gerações,

como tochas chamejantes e Vivas. Com carinho

e as orações

das Monjas Concepcionistas.

Fortaleza - Ceará

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CELEBRAÇÃO DOS 500 ANOS DA REGRA NO MOSTEIRO DE NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO- SALVADOR/BA

Depois das solenes celebrações no Mosteiro da Luz – São Paulo – tivemos a oportunidade de celebrar, também solenemente, os 500 anos de aprovação da Regra de nossa Ordem em nossa Comunidade. Afinal, um jubileu desses é momento mesmo de agradecer,

agradecer... e agradecer novamente. Quinhentos anos de história traz consigo uma enorme riqueza que cabe a nós descobrir e fazer dela uma fonte de ânimo para a caminhada, na certeza de que somos agora as responsáveis e continuadoras dessa “forma de vida” que gerou na Igreja e para a Igreja, grandes mulheres, verdadeiras almas apaixonadas e dedicadas inteiramente, fazendo-nos acreditar o quanto vale a pena, o quanto é bela e grandiosa nossa vocação Concepcionista: servir, contemplar e celebrar o Mistério de Maria em sua Imaculada Conceição. Fazer de nossas atitudes as atitudes de Maria no seguimento de Jesus Cristo, no cotidiano simples, mas ao mesmo tempo eloqüente, de nossa Consagração. Assim, para preparar o grande dia do Jubileu, que em nossa Comunidade foi celebrado dia 18 de setembro, tivemos um Tríduo com os seguintes temas: Inspiradas, Chamadas, Desposadas. A cada dia veio um sacerdote convidado, que celebrava a Eucaristia e apresentava dentro da celebração o tema respectivo. Foi de muito proveito para nós e foi ocasião de fazer com as pessoas que freqüentam nossa Igreja Conventual participassem um pouco e recebessem também muitas graças para suas vidas e suas famílias. As Monjas Beneditinas também estiveram presentes no primeiro dia do Tríduo.

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No dia 18 de setembro tivemos a solene celebração sob a Presidência de nosso Arcebispo Dom Murilo Krieger e concelebrada pelo guardião do Convento São Francisco de Salvador, frei Walter e mais o Frei Casimiro que é tio de nossa Irmã Eliana e mais o Pe. João Tomás, da Congregação de São João, nossos

capelães. Além de uma participação numerosa de amigos e conhecidos do Mosteiro. Estiveram conosco nossas Irmãs Carmelitas. Foi um grande dia! Na homilia Dom Murilo ressaltou a importância de celebrar o jubileu e também a importância da presença da Vida Contemplativa na Igreja, entre outras coisas. Dentro da celebração renovamos os Votos e mais uma vez nos colocamos nas mãos do Senhor para viver essa Regra e Forma de Vida “por toda a nossa vida, no serviço de Deus e da Igreja”. O Ano Jubilar foi de muitas bênçãos para nossa Comunidade e resta-nos dizer ainda uma vez: Obrigada, Senhor! Fizestes por nós maravilhas, santo é vosso nome! Que as graças do Jubileu perdurem em nossas vidas e que possamos seguir felizes nesse “caminho santo”...

Mosteiro de Nossa Senhora da Conceição Salvador-BA

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O JUBILEU EM FOTOS

“A entrada nesta Ordem é uma singular oferta,

que a Nosso Redentor e a sua gloriosa Mãe se

oferece, dando-se a Ele, com corpo e alma em

hóstia viva...”

(Cf. R 2)

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“Seja o hábito das Religiosas desta Ordem na

seguinte forma: uma túnica, um hábito e

escapulário, tudo branco, para que a candura

deste vestido exterior dê testemunho da pureza

virginal da alma e do corpo”

(R 6)

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MOSTEIRO DA IMACULADA CONCEIÇÃO E DE SANTA CLARA – SOROCABA/SP

200 ANOS DE FUNDAÇÃO

O Mosteiro da Imaculada Conceição e de Santa Clara, celebrou em 25 de agosto deste ano os 200 anos de Fundação por Frei Galvão.

UM POUCO DE HISTÓRIA Em 1811, estando o prédio do Recolhimento pronto e tendo feito a comunicação com a Igreja, D. Manoela e Rita de Santa Inês de Oliveira, filhas do Alferes Francisco Xavier de Oliveira e D. Maria Custódia de Oliveira; netas do Capitão-mor de Sorocaba Salvador de Oliveira Leme, planejaram fundar um Recolhimento na Vila de Sorocaba, à semelhança do Recolhimento da Luz em São Paulo. E assim foi feito o pedido ao Vigário Geral de S. Paulo e três Irmãs da Luz vieram para as iniciar na vida religiosa.

No dia 19 de agosto do mesmo ano, chegaram Frei Galvão e as Irmãs: Domiciana da Assunção, Rita do Coração de Jesus e Isabel da Visitação, esta última era sobrinha do Venerável Fundador. No dia 25, festa de São Luiz, Rei de França, foi fechada a clausura e inaugurado o Convento. Desde então todos os anos esta querida data é nele celebrada com solene "TE DEUM”.

Frei Galvão aqui esteve por onze meses instruindo a nova Comunidade na vida espiritual e regular e, ao se retirar, deixou

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todas as Irmãs professas para poderem ocupar os cargos, e sua sobrinha Madre Isabel como primeira Regente. Sua Excia. Revma. D. José Carlos de Aguirre, primeiro Bispo de So-rocaba, tendo visitado o Recolhimento em 1925, por ele interessou-se sobremodo tratando logo de iniciar a reforma que levaria à observância da Vida Religiosa e a um grande florescimento. Viajou para Roma e fez tudo para que pertencesse a uma Ordem. Em 1926, ainda foram as religiosas da Luz que reorganizaram a comunidade de Sorocaba, para obterem da Santa Sé a incorporação do convento à Ordem da Imaculada Conceição, graça que foi recebida em 1929. Em 1960, o Mosteiro já precisando de muitos reparos, para os quais não se dispunha de dinheiro, ficou resolvido que seria melhor transferir para um local que fosse mais distante de toda a

confusão do centro da cidade. A primeira providência tomada foi a regularização de todos os bens conseguida junto às autoridades civis. Depois de tomadas todas as providências, diversos terrenos foram encontrados e a escolha recaiu neste lugar situado no Jardim Vera Cruz,

Bairro do Cerrado. Monsenhor Sola foi o responsável por toda a administração da construção e do novo Mosteiro. A bênção do prédio foi procedida por D. Aguirre e uma rápida visita às instalações foi feita, tendo à frente Dom Thurler, que

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benzia as dependências. A missa foi presidida por Dom Aguirre, auxiliado pelo Mons. Antônio Pedro Misiara, confessor da Comunidade naquela época, e a bênção solene foi dada a todos por Dom Thurler. Desde esse momento as religiosas se sentiram felizes por deixarem aquela velha mansão secular de paredes largas de taipa, escura e úmida, para aqui encontrarem um prédio de linhas novas, modernas, claro, espaçoso, simples e muito arejado, agradável e sem muito burburinho. À direita do Mosteiro descortina-se uma maravilhosa campina matizada de verde e salpicada de casinhas brancas e coloridas, deixando aparecer ao longe diversos bosques de Eucaliptos. À esquerda, dentro do terreno que circunda o Mosteiro, estende-se uma poética alameda de Eucaliptos que purifica os ares do mesmo. Foi marcada definitivamente a mudança para o dia 16 de abril de 1963, terça feira da Páscoa. Assim, celebrando 200 anos, nos unimos à Comunidade de Sorocaba e participamos desta alegria suplicando ao Senhor que lhes conceda todas as graças de perseverança e santidade!

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NOSSAS IRMÃS VENERÁVEIS

Irmã Maria do Pilar Seu nome de batismo era Clotilde Campos Urdiales. Era natural de Leon. Nasceu em 06 de junho de 1897. Tomou o hábito de Ir. Leiga em abril de 1924. Fez Profissão Religiosa Solene em 02 de maio de 1928. De alma mariana, falar sobre Nossa Senhora era seu maior prazer. Seu caráter era muito agradável. Possuía um trato delicado e fino. Sempre desejou ser paciente e caridosa. Quando começaram os dias tristes, começou também para ela os dias difíceis, pois a multidão queria incendiar o mosteiro. Uma senhora a levou para sua casa, passando assim horas em casa desconhecida. Passou à noite sentada numa cadeira para superar o medo que a dominava. Apesar de tudo, Irmã Maria do Pilar, se achou digna de se enfileirar com o grupo que ia ao encontro da morte. Irmã Maria Beatriz Esta religiosa nasceu em Navas de los Caballeros (Leon) a 18 de março de 1908 com o nome de Narcisa Garcia Villa. Entrou no Mosteiro em 1924 e recebeu o hábito no final deste mesmo ano. Era sensível ao extremo. Como Sta. Teresinha, chorava por ter chorado. No mosteiro, trabalhou como refeitoreira, sacristã, porteira e secretária. O sorriso era a faceta característica de Ir. Maria Beatriz. Ao deflagrar a revolução, rezava pelos perseguidores. Compôs um canto que terminava assim: “Oh! Jesus quero amar-te sem medida. Como seria feliz se por teu amor, pudesse dar a minha vida!”. Os acontecimentos mais tarde, iriam concretizar os desejos deste jovem coração. Tornou-se mais uma mártir por amor a Cristo.

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A-t-e-n-ç-ã-o!

Não deixe de enviar sua contribuição para o Boletim!

Envie para:

Ir. Magnólia de Maria, OIC

Mosteiro de Nossa Senhora da Conceição Rua Campinas de Brotas, 737 – Brotas

40275-160 Salvador/BA E-mail: [email protected]

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Ave Maria Puríssima!

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