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Boletim Epidemiológico Volume 05, Nº 07, 01 de novembro de 2017 Arboviroses Dengue, Chikungunya, Zika e Febre Amarela 1. Introdução O boletim epidemiológico de arboviroses objetiva informar à população sobre a ocorrência dos agravos Dengue, Zika Vírus, Chikungunya e Febre Amarela no município de Sorocaba. Os dados apontados são obtidos a partir da notificação de casos suspeitos por todos os serviços de saúde. Os trabalhos realizados na Vigilância em Saúde, através dos setores de Vigilância Epidemiológica e de Zoonoses monitora a ocorrência de casos, mapeia os casos positivos e organiza ações de bloqueio para evitar o surgimento de casos secundários. Destacamos neste boletim os esforços da equipe de Vigilância em Saúde para a identificação de casos de Chikungunya, agravo que teve os primeiros casos autóctones este ano no município. Salientamos ainda a atenção do setor aos casos recentes de Febre Amarela silvestre em humanos e de epizootias em municípios do estado de São Paulo, não sendo registrados estes eventos em nosso meio. No momento atual não há ocorrência de surtos relacionadas às arboviroses em Sorocaba. 2. Dados Epidemiológicos do ano de 2017 No período de 01/01/2017 a 01/11/2017 (SE 44), ocorreu total de 2.894 casos notificados de dengue, com confirmação laboratorial de 55 casos sendo, 48 positivos autócnes e 6 positivos importados. Foram enviadas amostras de casos confirmados para identificação de sorotipo viral com confirmação em dois casos do sorotipo 2. A taxa de casos positivos é de 1,9% dentre todos os notificados. No mesmo período ocorreram 145 notificações de suspeitos de Chikungunya, com confirmação de 19 casos, sendo 3 importados e 16 casos autóctones. O primeiro Secretaria da Saúde

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Boletim Epidemiológico Volume 05, Nº 07, 01 de novembro de 201 7

Arboviroses

Dengue, Chikungunya, Zika e Febre Amarela

1. Introdução

O boletim epidemiológico de arboviroses objetiva informar à população sobre a

ocorrência dos agravos Dengue, Zika Vírus, Chikungunya e Febre Amarela no

município de Sorocaba. Os dados apontados são obtidos a partir da notificação de

casos suspeitos por todos os serviços de saúde.

Os trabalhos realizados na Vigilância em Saúde, através dos setores de

Vigilância Epidemiológica e de Zoonoses monitora a ocorrência de casos, mapeia os

casos positivos e organiza ações de bloqueio para evitar o surgimento de casos

secundários.

Destacamos neste boletim os esforços da equipe de Vigilância em Saúde para a

identificação de casos de Chikungunya, agravo que teve os primeiros casos autóctones

este ano no município.

Salientamos ainda a atenção do setor aos casos recentes de Febre Amarela

silvestre em humanos e de epizootias em municípios do estado de São Paulo, não

sendo registrados estes eventos em nosso meio.

No momento atual não há ocorrência de surtos relacionadas às arboviroses em

Sorocaba.

2. Dados Epidemiológicos do ano de 2017

No período de 01/01/2017 a 01/11/2017 (SE 44), ocorreu total de 2.894 casos

notificados de dengue, com confirmação laboratorial de 55 casos sendo, 48 positivos

autócnes e 6 positivos importados. Foram enviadas amostras de casos confirmados

para identificação de sorotipo viral com confirmação em dois casos do sorotipo 2. A

taxa de casos positivos é de 1,9% dentre todos os notificados.

No mesmo período ocorreram 145 notificações de suspeitos de Chikungunya,

com confirmação de 19 casos, sendo 3 importados e 16 casos autóctones. O primeiro

Secretaria da Saúde

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caso autóctone ocorreu em março e os demais a partir de julho após intensificação na

busca de casos com sinal clínico de dor articular intensa. A tabela 2 apresenta a

distribuição dos casos confirmados de Dengue e Chikungunya de acordo com a

Unidade Básica de Saúde.

A notificação de casos suspeitos de infecção pelo vírus Zika ocorre a partir da

presença de sintomas específicos, sendo que nesta doença é mandatório a ocorrência

de exantema (manchas na pele), acompanhada de sintomas como febre, dor e inchaço

articular e conjutivite. Devido a associação da infecção por Zika com quadros de

microcefalia, todas as gestantes com exantema e todos os recém-nascidos com

suspeita de microcefalia devem ser notificados e investigados laboratorialmente.

Em relação aos casos suspeitos de infecção pelo vírus Zika tivemos total 23

notificações, 20 descartados e 3 casos aguardando resultado laboratorial. Não há

casos confirmados de infecção pelo Zika Vírus em nosso município em 2017,

considerando todos os casos investigados com suspeita de microcefalia, gestantes

com exantema e outros casos de doença exantemática sugestiva de Febre do Zíka

Vírus.

Neste ano ocorreram 9 notificações de casos suspeitos de Febre Amarela sendo

8 casos descartados e 1 caso confirmado importado de Minas Gerais no primeiro

semestre.

Tabela 1 – Número de notificações, casos confirmados, casos autóctones e importados de Dengue, Chikungunya,

ZIKA e febre amarela no ano de 2017*.

Fonte: SINANWEB/DVE/AVS/SES/PMS * dados até 01/11/2017 (SE 44)

Secretaria da Saúde

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O Gráfico 1 apresenta a comparação de casos confirmados de Dengue no

município entre os anos de 2016 e 2017, sendo apontado por semana epidemiológica

(SE) a partir da data de início dos sintomas. Observa-se menor ocorrência de casos

este ano quando comparado ao mesmo período de 2016. Salienta-se que o ano de

2016 não foi considerado epidêmico.

O número de casos confirmados está durante todo o ano abaixo do nível da

alerta, no entando observamos persistência de casos positivos o que demonstra

circulação viral permanente caracterizando a Dengue como endêmica em Sorocaba.

Gráfico 1 - Distribuição dos casos confirmados de dengue nos anos de 2016 e 2017 por SE, a partir da data de início dos sintomas – Sorocaba/SP*

0

5

10

15

20

25

30

35

40

2016

2017

Fonte: SINANWEB/DVE/AVS/SES/PMS * sujeito a alterações, até SE 44/2

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Tabela 2 – Número de casos confirmados, casos autóctones e importados de Dengue, Chikungunya por Unidade

Básica de Saúde, no ano de 2017*.

Fonte: SINANWEB/DVE/AVS/SES/PMS * dados até 01/11/2017 (SE 44)

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3. Ações da Zoonoses

3.1 Avaliação de Densidade Larvária (ADL)

A Avaliação de Densidade Larvária é a atividade de vistoria dos imóveis da

cidade de forma amostral, que tem por objetivo quantificar a infestação de mosquitos

em todas as áreas do município, além de mensurar a quantidade de recipientes

existentes, quais os principais tipos de criadouros, quantos estavam com água parada,

quantos tinham larvas de mosquito e, destes, quantos estavam com larvas de Aedes

aegypti, transmissor das arboviroses - Dengue, Zika, Chikungunya e Febre Amarela.

Essa avaliação permite direcionar as ações de prevenção e controle do

mosquito Aedes aegypti na cidade, concentrando as atividades em áreas com maiores

índices de infestação, além de determinar as atividades devem ser priorizadas

baseando-se nos recipientes e criadouros mais freqüentes na área envolvida.

Realizamos esta avaliação em outubro de 2017, com os resultados apresentados

abaixo. Devemos entender que essa avaliação é como se fosse uma foto do momento

da avaliação e não uma previsão futura de ocorrência de transmissão das arboviroses.

Figura 1 – Mapa e tabela ilustrando a Avaliação de Densidade Larvária (Índice Predial) no Município de Sorocaba/SP

de outubro de 2017. Fonte:SISAWEB/ZOONOSES/SES/PMS

1,4

1,3

0,6

1,01,3

0,6

Secretaria da Saúde

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Observamos na Figura 1, que as áreas Sudoeste, Noroeste, Centro-Sul e Norte

da cidade possuem uma porcentagem maior que 1 de larvas de Aedes aegypti em

comparação ao número de imóveis trabalhados, tornando as áreas, conforme diretrizes

do Ministério da Saúde, "em alerta" de infestação de Aedes aegypti. As áreas sudeste e

centro-norte têm índices satisfatórios. A média geral do município para a infestação de

Aedes aegypti foi de 1,1%, colocando-nos em estado de alerta.

3.2 Arrastão

Contamos com dois caminhões para a realização do chamado “Arrastão”, que é

a coleta e remoção em massa de recipientes, objetivando a diminuição da infestação

do mosquito através do “seqüestro de ovos” fixos às paredes dos mesmos e retirada de

criadouros com larvas, além de evitar a presença de materiais passíveis de se

tornarem criadouros de mosquito. Tem boa aceitação da população, remove de

imediato os criadouros e elimina da área os ovos, larvas e potenciais criadouros. Esta

atividade é realizada de forma rotineira, de segunda à sexta-feira, em horário

comercial. No ano de 2017, removemos as quantidades de criadouros, com total de

381.260 kg até setembro de 2017.

3.3 Casa a Casa e Bloqueio dos Casos Positivos

Possuímos seis equipes exclusivas para a realização das atividades de

prevenção e controle de arboviroses, que realizam as vistorias de imóveis com o

objetivo de diminuir a infestação do vetor por meio da remoção e/ou tratamento de

criadouros, conscientização e orientação da população, além da busca ativa de novos

pacientes que apresentem sintomas. De janeiro a outubro de 2017, registramos

337.483 imóveis visitados com este fim, sendo removidos mais de 430 mil criadouros.

Dentre estas atividades, damos destaque às visitações chamadas de “casa a casa”,

que são visitas de rotina, quando não há um caso positivo de arboviroses, totalizando

228.163 imóveis visitados; e a atividade de “bloqueio – controle de criadouro”, com as

Secretaria da Saúde

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visitas de casa em casa realizadas ao redor de casos positivos para as arboviroses,

totalizando 109.320 imóveis visitados.

3.4 Nebulização

Uma ação complementar à atividade de bloqueio de casos positivos citada

anteriormente é a aplicação de veneno, atividade conhecida como “Nebulização”, que

somente pode realizada quando da constatação de um caso positivo na região

delimitada, ou seja, não pode ser realizada de rotina. Tem como objetivo diminuir a

infestação de mosquitos adultos possivelmente infectados nestas áreas de

transmissão. O uso do veneno deve ser com critério técnico para se evitar danos ao

meio ambiente e resistência do Aedes aegypti ao princípio ativo. De janeiro a outubro

de 2017, 19.535 imóveis foram nebulizados, uma vez que o número de casos positivos

neste ano foi baixo em relação ao ano passado. Por este mesmo motivo, a aplicação

de veneno por meio de máquina embarcada em caminhonete, antigamente conhecida

como “fumacê”, não precisou ser utilizada.

3.5 Pontos Estratégicos

Outra ação é feita em locais chamados de “Pontos estratégicos”, que são locais

com presença de recipientes com potencial para acúmulo de água e proliferação de

mosquitos, principalmente desmanches, borracharias e locais com recolhimento de

materiais recicláveis. Estes imóveis são freqüentemente vistoriados e tratados com

veneno (que matam larvas e mosquitos adultos) para diminuir a infestação do Aedes

aegypti. Até o presente momento, vistoriamos 1.146 pontos estratégicos na cidade.

3.6 Imóveis Especiais

Outros imóveis que também devem ser vistoriados por nossas equipes são os

chamados “Imóveis Especiais”. São locais com grande circulação de pessoas, como

escolas, indústrias, hospitais, supermercados, nos quais são realizadas vistorias e

realização de orientações, remoção de criadouros e tratamento químico, quando

necessário. Este ano, visitamos 400 imóveis especiais da cidade.

Secretaria da Saúde

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3.7 Fiscalizações

Além destas atividades preconizadas pelo Ministério da Saúde e pela Secretaria

Estadual da Saúde, realizamos o atendimento de denúncias provenientes dos

munícipes. No ano de 2017, até o presente momento, atendemos 7.700 ocorrências

relacionadas ao Aedes aegypti com as equipes de denúncias, com a emissão de 1.580

notificações para adequação de irregularidades aos responsáveis pelos imóveis, e 263

multas aplicadas.

3.8 Educação, Comunicação e Mobilização Social

Atividades de educação, comunicação e mobilização social também são

essenciais na prevenção às arboviroses. Foram realizadas feiras educativas com

material ilustrativo, expositores, amostras de larvas e mosquitos; palestras e

capacitações em escolas, empresas, e com funcionários municipais; capacitações

sobre arboviroses para a rede de assistência ambulatorial e hospitalar público e privada

nos meses de fevereiro e março de 2017; reuniões técnicas com equipe de gestores da

urgência e emergência públicas e da rede de atenção básica pública nos meses de

agosto, setembro e outubro deste ano; treinamentos com as equipes de Estratégia

Saúde da Família. Estimativa de cerca de cinco mil pessoas atingidas.

4. Febre Amarela

Desde dezembro de 2016, está ocorrendo um surto de Febre Amarela silvestre

no Brasil, sendo os estados mais atingidos Minas Gerais e Espírito Santo. Todos os

casos relatados no Brasil são de febre amarela silvestre, transmitida pelos mosquitos

Haemagogus e Sabethes, só encontrados em lugares de mata. Desde 1942, não há

registro de transmissão de Febre Amarela urbana no Brasil, esta transmitida em

cidades através do vetor Aedes aegypti.

A vigilância da Febre Amarela engloba a notificação de casos em Primatas Não

Humanos. A ocorrência de óbitos em macacos indica a circulação do vírus em áreas

Secretaria da Saúde

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silvestres. Medidas de vacinação na população que habita os arredores das áreas de

ocorrência dos casos são adotadas para que não ocorra a urbanização da doença.

O estado de São Paulo, até 30 de outubro de 2017 registrou 23 casos

autóctones de febre amarela em humanos, todos silvestres. Dez evoluíram a óbito, com

letalidade de 43,5 %. A maioria dos casos é do sexo masculino (93,7%) e a mediana de

idade é de 47,5 anos (2 – 76 anos). Em relação à distribuição geográfica, sete casos

ocorreram em área com recomendação de vacina contra Febre Amarela e 14 casos em

área sem recomendação, com aumento do número de casos a partir da semana

epidemiológica SE 11, quando a transmissão atinge a Regional de Saúde de

Campinas. A partir da SE 19, não houve notificação de casos, porém nas SE 38 e 40

houve dois casos positivos em Itatiba.

Em relação a ocorrência de Febre Amarela em Primatas Não Humanos, no

estado de São Paulo em 2017 foram registradas notificações em 176 municípios e

desses, 25 confirmaram a circulação do vírus. Foram confirmados 283 óbitos por febre

amarela em primatas, sendo que a maior parte ocorreu no GVE de Campinas, com 269

animais. Até a presente data, não houve interrupção da circulação do vírus no GVE de

Campinas, ocorrendo expansão do vírus para novas áreas da região, com detecção

dos primeiros casos positivos de PNH no município de Mairiporã. No Município de São

Paulo foram confirmada as mortes de três macacos positivos para Febre Amarela: um

no Horto Florestal e dois no Parque Anhanguera, na região Norte.

Na área de abrangência Grupo de Vigilância Epidemiológica de Sorocaba, que

engloba 33 municípios da região, ocorreu apontamento de um apenas um caso de

óbito em Primata Não Humano por febre amarela no município de São Roque ocorrido

no mês de fevereiro. Não há registro de casos autóctones de febre amarela em

humanos na Regional de Sorocaba.

No estado de São Paulo, não há indicação de vacinação de rotina contra febre

amarela em algumas áreas (figura 2). Em todas as áreas ao redor das epizootias, onde

não há a indicação de rotina ações de vacinação temporárias são desencadeadas.

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No município de São Paulo existe no momento a recomendação de vacinação

temporária para a população que habita ou circula frequentemente em áreas ao redor

dos parques que tiveram apontamento de casos, estes localizados na Zona Norte da

cidade.

O município de Sorocaba não é área de recomendação para a vacinação de

Febre Amarela. Não há registro de epizootias em áreas contíguas ao município.

O Ministério da Saúde indica dose única da vacina de febre amarela para as

áreas com recomendação de vacinação em todo o país. A medida é válida a partir de

abril de 2017. A adoção de dose única atende as orientações da Organização Mundial

da Saúde (OMS). A dose de reforço não é mais recomendado por ser observado, a

partir de estudos, que a imunidade protetora é atingida em 99% após receberem uma

dose da vacina.

Informações sobre os municípios com recomendação de vacinação, as Unidades

Básicas de Saúde que dispõem da vacina e os locais que emitem o Cerficado

Internacional de Vacinação contra Febre Amarela exclusivamente para os moradores

de Sorocaba, estão disponíveis no site da Prefeitura de Sorocaba.

Secretaria da Saúde

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Figura 2 – Mapa com os municípios de recomendação de vacinação contra febre amarela. Fonte: Boletim

Epidemiológico do ESP, febre amarela 30/10/2017

3. Conclusão

A equipe de Vigilância em Saúde em conjunto com as áreas de assistência à

saúde (Atenção Básica e Urgência/Emergência) desde agosto iniciaram atividades

para enfrentamento das arboviroses, já com foco na temporada dos meses mais

quentes e chuvosos do ano, quando é esperado aumento do número de casos

confirmados.

Secretaria da Saúde

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Estão sendo organizados treinamentos para todos os profissionais da rede públi

ca e privada de assistência à saúde e revisão do Plano Municipal de Contingência para

o Combate às Arboviroses. Todas as ações estão sendo discutidas no Comitê de

Combate às Arboviroses com a intenção de organizar as atividades para a prevenção

e, em caso de aumento dos casos, enfrentamento do agravo.

A ocorrência de casos de Chikungunya, doença que teve os primeiros casos

autócnes registrados este ano, reforça a necessidade da atenção dos profissionais de

saúde a suspeitarem da doença e direcionarem os suspeitos para a coleta de exames

e tratamento adequado.

A Área de Vigilância em Saúde programou para 28 de novembro de 2017 um

evento de capacitação aos profissionais da saúde com professora convidada da

Universidade Federal da Bahia, estado que já viveu epidemias de Chikungunya.

Com a ocorrência concomitante de duas arboviroses urbanas (Dengue e

Chikungunya), ambas transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, é de grande

importância a manutenção permanente de atenção contra o vetor, sendo fundamental o

apoio e a colaboração da população. Os imóveis devem ser vistoriados pelo menos

uma vez por semana, buscando-se eliminar pontos com água parada. Recipientes que

não possam ser removidos devem ser tratados com detergente ou sabão em pó.

As arboviroses são no momento o maior desafio de saúde pública em nosso

país e o seu combate envolve a participação de toda a população e todos os setores da

sociedade.

Área de Vigilância em Saúde

Secretaria da Saúde

Prefeitura Municipal de Sorocaba

Secretaria da Saúde