Boletim Epidemiológico Dengue, Chikungunya e...
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Boletim Epidemiológico Volume 04, Nº 20, 07 de dezembro de 2016.
Dengue, Chikungunya e Zika
1. Dados Epidemiológicos
Atualizando os dados deste ano-dengue de 2016-2017, que se iniciou no dia
03/07/2016, ou seja, na semana epidemiológica (SE) número 27, temos um aumento no
número de casos de Dengue, conforme se observa na Tabela 1.
Do total de 1.184 notificações, 20 (1,7%) foram confirmadas e 1.164 (98,3%)
descartadas laboratorialmente.
Em relação a Chikungunya foram confirmados 2 casos por critério clínico
epidemiológico na área de abrangência da Unidade Básica de Saúde Aparecidinha e 6 casos
continuam em investigação. Os 2 casos confirmados são classificados como importados, ou
seja, a doença foi adquirida em outro município com transmissão sustentada da doença, um na
SE 34 (Santa Luzia na Bahia) e outro na SE 48 (São Luiz no Maranhão).
Para o Zika vírus registramos 26 notificações onde 8 foram descartadas e 18
permanecem em investigação.
Tabela 1 – Número de notificações, casos confirmados, casos autóctones e importados, casos em investigação e
casos descartados de Dengue, Chikungunya e Zika, da SE 27 até SE 48*.
NotificaçõesConfirmados
Em Investigação DescartadosTotal Autóctones ImportadosDENGUE 1184 20 17 3 0 1164
CHIKUNGUNYA 10 2 0 2 6 2ZIKA 26 0 0 0 18 8
Fonte: SINANWEB/DVE/AVS/SES/PMS * sujeito a alterações
O Gráfico 1 apresenta a comparação da transmissão da Dengue no município
entre o ano-dengue 2015-2016 e o 2016-2017. Observa-se que o início da curva do ano-
dengue anterior (2015-2016) é mais alto, provavelmente por reflexo do excesso de casos de
2015. Evidenciamos que no ano Dengue em curso (2016-2017) não interrompemos a
transmissão da doença, o que poderá levar novamente a números altos de casos no período
de altas temperaturas e chuvas que se inicia nos próximos dias.
Na Figura 1, o mapa sinaliza a distribuição espacial dos casos confirmados de
Dengue e Chikungunya e suspeitos de Zika, dando-nos a ideia da transmissão das
arboviroses na cidade e possibilitando vincular os futuros casos com as áreas em risco. Nota-
se o aglomerado de casos suspeitos de Zika na área de abrangência da Unidade Básica de
Saúde Lopes de Oliveira.
Secretaria da Saúde
Boletim Epidemiológico Volume 04, Nº 20, 07 de dezembro de 2016.
Gráfico 1 -Distribuição dos casos de Dengue dos anos-dengue 2015-2016 e 2016-2017 até a SE 48 - Sorocaba/SP*
Fonte: SINANWEB/DVE/AVS/SES/PMS * sujeito a alterações
Figura 1 – Mapa com a distribuição dos casos confirmados de Dengue e Chikungunya e suspeitos de Zika noMunicípio de Sorocaba/SP do ano dengue 2016-2017 até SE 48*.
Fonte: SINANWEB/DZ/AVS/SES/PMS * Sujeito a alterações
Secretaria da Saúde
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Na Tabela 2, apresentamos a distribuição dos casos confirmados de Dengue por
local de residência dos pacientes, de acordo com a área de abrangência das Unidades Básicas
de Saúde. Com essa informação observamos que todas as regiões da cidade apresentam
casos autóctones de dengue, classificando-as portanto na fase inicial de transmissão.
Tabela 2 – Distribuição de casos confirmados de Dengue do município de Sorocaba/SP por endereço de residência
dos pacientes, do ano-dengue 2016-2017 até SE 48*.
Fonte: DVE/AVS/SES/PMS * sujeito a alterações
Secretaria da Saúde
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2. Conclusão
Alertamos aos profissionais de saúde para SUSPEITAREM das arboviroses, e
NOTIFICAREM todos os casos suspeitos com os dados corretos dos pacientes para melhor
nortearem as ações de controle das doenças.
Fiquem atentos aos sinais e sintomas das três doenças, identificando os casos
suspeitos, notificando-os imediatamente, e seguindo os protocolos de atendimentos e
tratamentos preconizados pelo Ministério da Saúde. Uma atenção maior deverá ser prestada a
casos de gestantes com exantema, pacientes com alterações neurológicas, como
encefalites e Síndrome de Guillain-Barré, e recém-nascidos com microcefalia (meninas com
perímetro cefálico menor ou igual a 31,5 cm e meninos, menor ou igual a 31,9) e/ou alterações
do sistema nervoso central (SNC).
Mantemos a orientação de monitoramento dos imóveis por parte de todos e
enfatizamos a importância de combatermos o mosquito vetor destas três doenças graves como
única forma de controlar a disseminação das mesmas. Elimine recipientes com água parada e
trate com sabão em pó ou detergente os criadouros que não possam ser eliminados.
Todos os casos suspeitos deverão colher sorologia para confirmação do
diagnóstico no 1º atendimento com o correto preenchimento dos dados na ficha de
notificação de arboviroses.
Além da intensificação de medidas de eliminação de criadouros, é importante
que, na presença de sintomas de qualquer uma das três doenças, o paciente procure
atendimento de saúde imediatamente, SE HIDRATE EM ABUNDÂNCIA, permaneça em
repouso, use repelente e só faça uso de medicamentos sob prescrição médica, pois alguns
medicamentos aumentam os riscos de sangramentos. Em caso de piora dos sintomas, procure
atendimento médico imediatamente.
Área de Vigilância em Saúde
Secretaria da Saúde
Prefeitura Municipal de Sorocaba
Secretaria da Saúde