Boletim - ePharma

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EDIÇÃO 1 - DEZEMBRO 2010 O Natal não engana Pedro Afonso Esta época do ano cria na maioria das pessoas um apelo maior para o consumo, que por vezes chega a ser frenético. Basta observar a correria às lojas e aos centros comerciais um pouco por todo o lado. Os objetos cada vez mais sofisticadamente atraentes convidam ao impulso irresistível de os comprar. Ao mesmo tempo, o espírito natalício impele-nos a uma solidariedade de certo modo artificial, e que, no resto do ano, em muitos casos não é de fato continuada. São inúmeras as campanhas de apoio – normalmente dirigidas a crianças. Não há rádio, jornal ou televisão que se preze, que não tenha uma. É caso para dizer: se fizermos ambas as coisas, agradamos a Deus e ao diabo! O país irá viver as próximas semanas nesta dicotomia, encerrando mais um ciclo, e, no fundo mais uma rotina, entre muitas outras. Enfim, tudo isto acaba por ser um sinal de uma sociedade enferma que rejeita cada vez mais as utopias, que desvaloriza a introspecção, e é impelida para o consumismo, quer seja ele do âmbito material ou das preocupações sociais descartáveis. Lamentavelmente, muitas pessoas já não buscam a felicidade; procuram distrair-se. Durante o ano vivem enfadadas, num tormento indefinido, contudo incomodo. Assim, encetam várias tentativas de libertação: o ginásio, as compras, a cirurgia plástica, as férias no estrangeiro, etc. O esforço, porém, revela-se infrutífero, uma vez que ao fim de algum tempo o fantasma reaparece. Muita gente vive envolta num “nevoeiro psíquico”, mas o Natal dissipa-o e põe a descoberto o que cada um carrega no seu íntimo. Por essa razão, esta é uma altura difícil para alguns, trazendo ao de cima traumas, frustrações, medos e angústias que foram reprimidas: as dificuldades econômicas, as rixas familiares, a solidão, a crise do casamento, as zangas entre amigos, etc. As máscaras caem, e, a verdade, parece ter o seu momento de desforra. Talvez por isso é que se ouve muita gente dizer: “Não gosto do Natal». A aversão chega a ser de tal ordem que há quem chegue a afirmar: «Por mim, tomava dois Valiuns 10 e só acordava no dia 26!”. Diria que a tristeza (em vez da depressão) invade muitas pessoas durante este período, demonstrando que nem tudo está bem nas suas vidas. Se a felicidade é uma vocação universal do Homem, a sua busca é um processo individual, muitas vezes difícil e penoso. Verifica-se que há uma tendência para usar a doença mental para explicar esta tristeza e para justificar fracassos pessoais, reclamando da psiquiatria uma solução. Neste contexto, o indivíduo demite-se de participar nesse processo e procura obter a todo o custo a cura milagrosa para os seus males. Apesar da correria habitual deste período, o Natal, paradoxalmente, acaba por nos obrigar a uma reflexão, confrontando-nos com as raízes dos nossos problemas e ao mesmo tempo com as raízes dos problemas dos outros. Daí que a tristeza apareça. E não há mal nenhum nisso, desde que ela sirva para ajudar a hierarquizar as nossas preocupações e catalizar uma mudança. Não podemos, portanto, cair na tentação de reduzir a dimensão humana à categoria de um objeto, repleto de consumo e de bem-estar com uns pozinhos de preocupação social. Afinal, não basta tomar o tal comprimido ansiolítico para entorpecer a consciência; além de que, as aspirações mais profundas do homem não são materialistas. Por tudo isso, não vale a pena andarmo-nos a enganar a nós próprios. Até porque, se o algodão não engana, o Natal também não! Pedro Afonso - Psiquiatra Fonte: APFN - Associação Portuguesa de Famílias Numerosas Publicado no Portal da Família em 12/12/2007 Especial Natal de

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EDIÇÃO 1 - DEZEMBRO 2010

O Natal não enganaPedro Afonso

Esta época do ano cria na maioria das pessoas um apelo maior para o consumo, que por vezes chega a ser frenético. Basta observar a correria às lojas e aos centros comerciais um pouco por todo o lado. Os objetos cada vez mais sofisticadamente atraentes convidam ao impulso irresistível de os comprar.

Ao mesmo tempo, o espírito natalício impele-nos a uma solidariedade de certo modo artificial, e que, no resto do ano, em muitos casos não é de fato continuada. São inúmeras as campanhas de apoio – normalmente dirigidas a crianças. Não há rádio, jornal ou televisão que se preze, que não tenha uma. É caso para dizer: se fizermos ambas as coisas, agradamos a Deus e ao diabo!

O país irá viver as próximas semanas nesta dicotomia, encerrando mais um ciclo, e, no fundo mais uma rotina, entre muitas outras. Enfim, tudo isto acaba por ser um sinal de uma sociedade enferma que rejeita cada vez mais as utopias, que desvaloriza a introspecção, e é impelida para o consumismo, quer seja ele do âmbito material ou das preocupações sociais descartáveis.

Lamentavelmente, muitas pessoas já não buscam a felicidade; procuram distrair-se. Durante o ano vivem enfadadas, num tormento indefinido, contudo incomodo. Assim, encetam várias tentativas de libertação: o ginásio, as compras, a cirurgia plástica, as férias no estrangeiro, etc. O esforço, porém, revela-se infrutífero, uma vez que ao fim de algum tempo o fantasma reaparece. Muita gente vive envolta num “nevoeiro psíquico”, mas o Natal dissipa-o e põe a descoberto o que cada um carrega no seu íntimo.

Por essa razão, esta é uma altura difícil para alguns, trazendo ao de cima traumas, frustrações, medos e angústias que foram reprimidas: as dificuldades econômicas, as rixas familiares, a solidão, a crise do casamento, as zangas entre amigos, etc. As máscaras caem, e, a verdade, parece ter o seu momento de desforra. Talvez por isso é que se ouve muita gente dizer: “Não gosto do Natal». A aversão chega a ser de tal ordem que há quem chegue a afirmar: «Por mim, tomava dois Valiuns 10 e só acordava no dia 26!”.

Diria que a tristeza (em vez da depressão) invade muitas pessoas durante este período, demonstrando que nem tudo está bem nas suas vidas. Se a felicidade é uma vocação universal do Homem, a sua busca é um processo individual, muitas vezes difícil e penoso. Verifica-se que há uma tendência para usar a doença mental para explicar esta tristeza e para justificar fracassos pessoais, reclamando da psiquiatria uma solução. Neste contexto, o indivíduo demite-se de participar nesse processo e procura obter a todo o custo a cura milagrosa para os seus males.

Apesar da correria habitual deste período, o Natal, paradoxalmente, acaba por nos obrigar a uma reflexão, confrontando-nos com as raízes dos nossos problemas e ao mesmo tempo com as raízes dos problemas dos outros. Daí que a tristeza apareça. E não há mal nenhum nisso, desde que ela sirva para ajudar a hierarquizar as nossas preocupações e catalizar uma mudança. Não podemos, portanto, cair na tentação de reduzir a dimensão humana à categoria de um objeto, repleto de consumo e de bem-estar com uns pozinhos de preocupação social.

Afinal, não basta tomar o tal comprimido ansiolítico para entorpecer a consciência; além de que, as aspirações mais profundas do homem não são materialistas. Por tudo isso, não vale a pena andarmo-nos a enganar a nós próprios. Até porque, se o algodão não engana, o Natal também não!

Pedro Afonso - PsiquiatraFonte: APFN - Associação Portuguesa de Famílias Numerosas

Publicado no Portal da Família em 12/12/2007

EspecialNatalde

CINEMACULTURA

A Rede Social

Sinopse: O filme contará a evolução do site de relacionamentos sociais. O Facebook foi criado no campus da Universidade de Harvard, e em apenas 5 anos deixou de ser um programa de uso privado para se tornar um fenômeno mundial, com mais de 200 milhões de usuários. Criado por dois amigos estudantes teve sucesso em aproximar pessoas, mas ao mesmo tempo afastou seus criadores. Mark Zuckerberg é o nerd que criou a rede social enquanto ainda era um estudante em Harvard, com apenas 19 anos. Eduardo Saverin, co-fundador do Facebook brigou com Zuckerberg após o sucesso financeiro.

Data Prevista: 03/12/2010

Elenco Com: Jesse Eisenberg e Andrew Garfield

Distribuidora: Columbia Pictures

SPLICE - A Nova Espécie

Sinopse: Clive e Elsa são dois brilhantes cientistas especializados na combinação de DNA e se dedicam a criar espécies híbridas de animais para um laboratório farmacêutico. Depois do sucesso de seu ultimo experimento, decidem em segredo dar um passo mais adiante e usar DNA humano para a criação de um novo ser que os ajude a revolucionar a medicina moderna. Mas a espécie resultante é muito mais que uma nova escala na árvore evolutiva, uma surpreendente criatura que excede seus sonhos mais ambiciosos.

Data Prevista: 24/12/2010

Elenco Com: Adrien Brody e Sarah Polley

Distribuidora: Califórnia Filmes

Skyline

Entrando numa fria maior ainda com a família

Sinopse: Skyline começa quando o governo dos EUA envia uma mensagem para o espaço, visando encontrar vida alienígena. Meses depois, luzes estranhas descem sobre a cidade de Los Angeles, e uma força extraterrestre começa a abduzir os seres humanos.

Data Prevista: 03/12/2010

Elenco Com: Eric Balfour e Scottie Thompson

Distribuidora: Playarte

Sinopse: Desta vez, Greg e sua esposa irão adicionar à família os irmãos Henry e Ashley Focker, gêmeos de cinco anos do casal. O garoto será gentil e bastante sensível, enquanto a garota será travessa e se interessará por atividades mais masculinas, como carros. Jessica Alba será uma sexy e manipuladora representante da indústria farmacêutica que sofre assédio de todo o elenco masculino. Laura Dern vai viver a diretora da escola primária em que os gêmeos Focker vão estudar.

Data Prevista: 31/12/2010

Elenco Com: Robert De Niro e Ben Stiller

Distribuidora: Paramount

TEATRODo Jeito Que Você Gosta

Espaço ElevadorEndereço: Rua Treze De Maio, 222Tel.: (11) 3477-7732Quando: (Sex, Sáb e Dom) sexta às 20h30; sábado às 20h00; domingo às 19h00. A bilheteria abre uma hora antes. De 08/10 a 19/12.Resenha: Adaptação coletiva para peça de William Shakespeare (1564- 1616). Para comemorar uma década, a Cia. Elevador de Teatro Panorâmico inaugura sede na Bela Vista, o Espaço Elevador, com essa versão da peça escrita em 1599. A trama mostra personagens urbanos que entram em conflito depois que Rosalinda é expulsa da corte e passa a viver em uma floresta. De 08/10/2010 a 19/12/2010.

Stand Up - CLUBE NO TEATRO PROCÓPIO FERREIRA!

Teatro Procópio FerreiraEndereço: Rua Augusta, 2.823 - Jardins - SP Tel.: (11) 3083-4475Quando: Todas as Quartas-feiras - 21h.Ingressos: (11) 4003-1212Resenha: O cenário é: um microfone, um pedestal e um banquinho. O mestre de cerimônias – Marcelo Mansfield – sobe ao palco para apresentar os outros três humoristas* – Oscar Filho, Marcela Leal e Danilo Gentili – que apresentam o seu material com duração de 12 a 15 minutos.

SAÚDE

Problemas na coluna

A dor nas costas é um dos problemas mais comuns que podem prejudicar as pessoas no trabalho e em casa. Pode ser forte a ponto de impedir o trabalho, ou ainda provocar a perda da concentração e a capacidade de permanecer sentado durante o trabalho pelo tempo que for necessário. Muitas pessoas não percebem que o ato de sentar força a coluna, o que pode ser agravado pelo tempo em que se fica sentado e pela adoção da postura incorreta.

Corrigindo a postura

Para sentar...

- Procure levantar com freqüência, mesmo que seja por alguns segundos, isso porque ficar sentado sobrecarrega mais a coluna do que ficar em pé;

- A cadeira deve ser adequada com assento regulável, acolchoada e amplo, permitindo o apoio de toda a coxa. Os joelhos devem estar flexionados em torno de 90º e o encosto deve ser regulável, de forma independente do assento e dar apoio à curvatura lombar;

- Os pés devem ficar apoiados no chão ou em suporte próprio.

Matéria publicada no site da Unimed Paulistana.

CUIDE BEMDA SUA COLUNA.ELA AGRADECE! Bateu aquela fome? Eis a solução: RESTAURANTE

CRYSTAL. Localizado no primeiro andar do Edifício Crystal, na Al. Mamoré, 989. Ambiente agradável, com amplo salão com mesas bem distribuídas, oferecendo bem estar com uma vista diferenciada, por ser envolvido com paredes de vidro.

O Crystal se destaca dos demais restaurantes da região por oferecer ao colaborador ePharma um incrível beneficio, ou seja, há uma lista com a matrícula e o nome dos funcionários que permite que o valor da refeição seja anotado e descontado em folha de pagamento.

FIQUEPOR

DENTRO

- Para não engordar...

Variados tipos de saladas, comidas leves e light, como folhas de alface, tomates cereja, agrião, repolho, chuchu, beterraba, couve flor, brócolis, milho, ervilhas, rúcula com queijo branco e tomate seco, berinjelas com azeite e espinafre com ricota.

- Para matar a fome...

Pratos quentes, carnes variadas como filé mignon, carne de panela, bracholas, lombo, almôndegas, todo tipo de carne de churrasco, cafita, lingüiça e coração de frango. Entre file de frango gratinado, enroladinho com bacon, frango a passarinho e ao molho, peixes fritos, assados ao molho, filé, empanados e badejos.

- Para se aquecer...

Em dias mais frios ou no inverno, sopas e caldos variados impressionam muita gente, como caldo verde, de cebola, feijão, espinafre, legumes, quatro queijos e calabresa com acompanhamento de torradas, pão sírio que é um sucesso!

- Para adoçar a vida...

As sobremesas encantam os olhos de quem nem pensa em regime, como pavê de chocolate, brigadeiro, beijinho, pudim de leite condensado, bolo gelado de creme, merengue, browne com sorvete e banana caramelizada.

REFLITATUDO O QUE HOJE PRECISO

REALMENTE SABER, APRENDI NO JARDIM DE INFÂNCIA

Pedro Bial

Tudo o que hoje preciso realmente saber, sobre como viver, o que fazer e como ser, eu aprendi no jardim de infância. A sabedoria não se encontrava no topo de um curso de pós-graduação, mas no montinho de areia da escola de todo dia. Estas são as coisas que aprendi lá:

1. Compartilhe tudo.

2. Jogue dentro das regras.

3. Não bata nos outros.

4. Coloque as coisas de volta onde pegou.

5. Arrume a sua bagunça.

6. Não pegue as coisas dos outros.

7. Peça desculpas quando machucar alguém.

8. Lave as mãos antes de comer e reze antes de deitar.

9. Dê descarga.

10. Biscoitos quentinhos e leite fazem bem para você.

11. Respeite o outro.

12. Leve uma vida equilibrada: aprenda um pouco, pense um pouco... e desenhe.. e pinte... e cante... e dance... e brinque... e trabalhe um pouco todos os dias.

13. Tire uma soneca às tardes.

14. Quando sair, cuidado com os carros.

15. Dê a mão e fique junto.

16. Repare nas maravilhas da vida.

17. O peixinho dourado, o hamster, o camundongo branco e até mesmo a sementinha no copinho plástico, todos morrem... nós também.

NOTE:

Pegue qualquer um desses itens, coloque-os em termos mais adultos e sofisticados e aplique-os à sua vida familiar, ao seu trabalho, ao seu governo ou ao seu mundo e verá como ele é verdadeiro, claro e firme. Pense como o mundo seria melhor se todos nós, no mundo todo, tivéssemos biscoitos e leite todos os dias por volta das três da tarde e pudéssemos nos deitar com um cobertorzinho para uma soneca. Ou se todos os governos tivessem como regra básica devolver as coisas ao lugar em que elas se encontravam e arrumassem a bagunça ao sair.Estas são verdades, não importa a idade.

Ao sair para o mundo é sempre melhor darmos as mãos e ficarmos juntos.