Boletim Água Quente - Número 7

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Informativo do Projeto Água Quente Número 7 São Carlos, Maio de 2008 boletim Água Quente Í N D I C E 2 Editorial 3 Comunicados 4 Folia de reis 5 Lixo e Reciclagem 6 Requalificação Ambiental 7 Ipê 8 Plantio Urbano 9 Seminário Petrobras 10 Dengue 11 Cooperativas 12 Encontro de Grupos 13 Seção Escola 14 TV Comunitária 15 Divirta-se 16 Fala-Povo São Carlos produz em média 150 toneladas por dia de lixo. Desse volume, segundo a Se- cretaria de Meio Ambiente, aproximadamente 30% a 40% é material reciclável. A desti- nação correta do lixo urbano é um problema enfrentado pelas grandes cidades, mas existem maneiras para contribuir na diminuição da poluição e a degradação do meio ambiente. (Pág. 05) 1° Plantio Urbano: Arborizando as ruas da bacia No início de 2008, o Projeto Água Quente deu início a uma nova ação: a arborização urbana. Nes- te primeiro momento o plantio ocorreu nas calçadas e quintais da Av. Paulo VI, com a participação dos agentes comunitários do projeto e de moradores da avenida e das proximidades. Além do plantio também foram distribuídas mudas de árvores e boletins comunitários aos passantes interessados. No futuro esta atividade será reproduzida em outras regiões da Bacia. (Pág. 8) Catador de reciclaveis Participantes plantando Questão urbana: Lixo e Reciclagem

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Boletim Água Quente - Número 7

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Page 1: Boletim Água Quente - Número 7

Informativo do

Projeto Água Quente

Número 7

São Carlos, Maio de 2008

boletimÁgua Quente

Í N D I C E

2 Editorial

3 Comunicados

4 Folia de reis

5 Lixo e Reciclagem

6Requalificação Ambiental

7 Ipê

8 Plantio Urbano

9 Seminário Petrobras

10 Dengue

11 Cooperativas

12 Encontro de Grupos

13 Seção Escola

14 TV Comunitária

15 Divirta-se

16 Fala-Povo

São Carlos produz em média 150 toneladas por dia de lixo. Desse volume, segundo a Se-cretaria de Meio Ambiente, aproximadamente 30% a 40% é material reciclável. A desti-nação correta do lixo urbano é um problema enfrentado pelas grandes cidades, mas existem

maneiras para contribuir na diminuição da poluição e a degradação do meio ambiente. (Pág. 05)

1° Plantio Urbano: Arborizando as ruas da baciaNo início de 2008, o Projeto Água Quente deu início a uma nova ação: a arborização urbana. Nes-te primeiro momento o plantio ocorreu nas calçadas e quintais da Av. Paulo VI, com a participação dos agentes comunitários do projeto e de moradores da avenida e das proximidades. Além do plantio também foram distribuídas mudas de árvores e boletins comunitários aos passantes interessados. No futuro esta atividade será reproduzida em outras regiões da Bacia. (Pág. 8)

Catador de reciclaveis

Participantes plantando

Questão urbana: Lixo e Reciclagem

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Boletim Água Quente no 7

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Revisão de TextosCarlos Alberto Gebara e Marta Ma-ria FuzatoProdução gráfica e diagramação Beto & Guto Sguissardi [email protected] Tiragem 7.000 exemplares

Editorial

Alguns meses depois, estamos nós aqui de volta. Engajados

que somos na tentativa de agru-par pessoas, na procura de cons-tituir um veículo de comunica-ção que contribua para articular os moradores da bacia hidrográ-fica do Córrego da Água Quente. Para aqueles leitores atentos, de

fato o boletim passado saiu como número seis e era o sexto, e este sairá como número sete e é o sé-timo, dizemos isso porque o pri-meiro boletim foi o número zero e, portanto, o sexto deveria ter sido o número 5, no fim, erramos o número e acertamos a conta...

No momento nos encontramos em um período pré-eleitoral, em que sabidas disputas passam a fi-car mais visíveis no dia a dia de

todos. Pensando nisso, achamos importante marcar uma posição aqui, já que estamos conscientes da proporção política que envol-ve nossa ação comunicativa. De fato nossa atuação é política, o que não significa que seja parti-dária. Consideramos que todas as ações humanas são necessaria-mente políticas, e o importante é conseguir diferenciar, analisar e se posicionar perante os avanços

e retrocessos que envolvem nos-sa sociedade. Não podemos acei-tar que violência, pobreza, desi-gualdade social, emprego, renda, injustiça, saúde, educação, meio ambiente, sejam tratados como assuntos separados, quando na realidade fazem parte de um mesmo sistema, que pretende manter cada um “em seu devido lugar” para o privilégio de pou-cos e o prejuízo de muitos.

PROJETO ÁGUA QUENTEEquipe ExecutoraCoordenadoresDaniel Marostegan e CarneiroRenata Bovo PeresEstagiáriosAdriana Keiko Nishida CostaAnna KuhlRaphael Ricardo Zepon Tarpani

EducadoresAna Laura HerreraAudrey FernandesMagaly MarquesPaola Maia Lo SardoSara Monise de OliveiraThais Troncon Rosa

ParceirosProjeto BrotarProjeto CESCAR

ApoioAcquavitCOMDEMA São CarlosPrefeitura Municipal de São Carlos

ContatosSite do Projeto: http://aguaquente.teia.org.br e-mail do Projeto:[email protected]

TEIA - Casa de Criaçãowww.teia.org.brFone/fax: (16) 3376-3110Rua Rui Barbosa, 1950, Cep 13560-330Vila Elizabete - São Carlos/SP

Organizações ParticipantesCatequese Madre Cabrini, Coopercook, Cooperlimp, Coral Rosa Mística, EMEI Otávio de Moura, Grupo de Coroinhas da Igreja São Francisco de As-sis, Grupo Sagrado Coração de Jesus, Aprendiz Grupo de Mães, Catequese da Igreja São José Operário, Grupo de Oração da Capela Santa Luzia, Pas-toral da Sobriedade, Poetas Anônimos, Projeto Meninos do Aracy, Projeto Social Dona Marízia, Resgate Social.

Boletim Água QuenteElaboração/textos: Ana Laura Her-rera, Anna Kuhl, Audrey Fernandes, Daniel Marostegan e Carneiro, Ga-briel De Santis Feltran, Magaly Mar-ques, Paola Maia Lo Sardo, Renata Bovo Peres, Sabrina Maria de Amo-rim e Alunos das 8as séries da E.M.E.B. Artur Natalino Deriggi, sob a orienta-ção da professora Pietra Mori.Edição: Anna Kuhl, Audrey Fernan-des, Daniel Marostegan e CarneiroImagens: Anna Kuhl, Daniel Maros-tegan e Carneiro, Juliana Soares, Ra-fael Rolim, Sabrina Maria de Amorim e Arquivo Pessoal – Asenildo Elisiário da SilvaAutor da Tirinha: Silveira NetoRetirado do site:www.eupodiatamatando.com

Reality showVamos supor, você está no Nor-

deste, você chega. Eu tenho quatro ou cinco cômodos, ou eu tenho um quintalzinho. Você che-gou do Ceará, você não tem em-prego, você não tem condições de pagar aluguel pra uma família. Que acontece?

A gente acaba dizendo: “- você pega uma madeira, uma coisa. você constrói um quartinho e um banheiro, você vai morando. De-pois, quando você tiver uma “con-dições” melhor, você acaba indo pra outro lugar”. Mas isso não aca-ba. A família acaba morando jun-to. Aí depois, vai pegando mate-rial e vai construindo, e isso vai ficando na fave-la. Só que de-pois a família vai crescendo, acaba casando, acaba tendo filho. Você aca-ba construin-do em cima de sua casa para que seu filho more lá, e as-sim a gente vai ficando... eu costumo dizer que aqui na fa-

vela nós partilhamos tudo, até aquilo que não temos, que é espa-ço. (...) Se você me pergunta quem são essas pessoas que moram na favela, a maioria são pessoas que ganham um salário mínimo, que não tem condições de sair daqui pra nada, que o que ganham, mal dá pra comer.◉

[Silmara, favela Maria Cursi, zona leste de São Paulo].

Esta coluna traz, a cada número do Boletim Água Quente, um trecho de narrativas contemporâneas das periferias das cidades obtidas por Gabriel de Santis Feltran, pesqui-sador em ciências sociais. Contato:

[email protected]

Caso você, ou seu grupo, tenha interesse em indicar um ponto de distri-buição do boletim, ou queira contribuir para a produção dos próximos conteúdos, entre em contato com a gente.

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Site Projeto Água Quente atualizado!

O site do Projeto Água Quente já se encontra com infor-mações fresquinhas sobre o projeto, seus agentes, equipe, grupos, últimas notícias e muito mais.

Divulgue entre seus amigos e comunidade. Visite! Opine! Afinal, precisamos da sua opinião para man-

ter a nossa comunicação atualizada.

Comunicados

Arraial AracienseDia 12 de julho, a partir das 20h, será realizado no Salão de Fes-

tas da Igreja Nossa Senhora de Guadalupe, o Arraial Araciense. Barraquinhas, comida típica, bandeirinha e muito mais. A Igre-ja Guadalupe fica na Rua Hilário Martins Dias, no. 305, Cidade Aracy I. Prestigie!

Curso de Geração de Renda para Organizações Comunitárias

O curso apresentará uma visão geral sobre como estruturar um processo de geração de renda, abordando temas como: con-tabilidade, organização comunitária, plano de negócios e plane-jamento.

Dia 6 de julho, domingo, das 14 h às 17 h na Escola Janete Lia. O curso será gratuito e as inscrições deverão ser feitas na Teia. Tel 3376-3110.

Arborize a sua rua!Após o Evento “Arborizando as Ruas da Bacia”, muitos mora-

dores ficaram interessados em “adotar” uma árvore também. Se você ainda não adquiriu a sua, retire no Horto Florestal de

São Carlos de segunda à sexta-feira das 7h30 às 10h30 ou das 13h às 15h que fica na Estrada Guilherme Scatena, perto do Parque Ecológico. As mudas são gratuitas. Dúvidas entrem em contato com o Horto através do 16 3361-8081.

Conheça a Oficina Cultural de São Carlos

A Oficina Cultural Regional Sérgio Buarque de Holanda, que leva o nome em homenagem ao historiador e ensaísta Sérgio Bu-arque de Holanda, foi inaugurada em novembro de 1990. Dispõe em sua estrutura de ateliês, laboratório fotográfico e auditório.

Todos os meses a Oficina oferece palestras, oficinas, workshops e exposições. No momento, a Oficina esta com inscrições aber-tas para workshops na área de teatro e artes visuais e oficinas na área de literatura. A partir do dia 10 de junho estarão abertas as inscrições para os Cursos de Férias.

Mais informações: 16 3372-8882 – Rua São Paulo, 745 Centro – segunda a sexta-feira das 13 h às 21 h 30 e aos sábados das 13 h às 18 h – www.assaoc.org.br

Cursos Abertos ao PúblicoUma dica para quem deseja realizar cursos rápidos são os cursos

de Corte e Costura e Alimente-se Bem oferecidos pelo SESI (Ser-viço Social da Indústria), com turmas abertas em todos os meses.

Alguns cursos são gratuitos e outros, com preços acessíveis a toda população. Os cursos, na grande maioria, iniciam toda pri-meira semana de cada mês e tem duração de um mês, geralmen-te uma vez por semana.

Para saber mais você pode entrar em contato através do 16 3368-7133 ou na própria unidade na Rua Coronel José Augusto de Oliveira Salles, 1325 – Vila Izabel.

http://aguaquente.teia.org.br

Errata: 1. Em nossa última edição, ficaram faltando os créditos das imagens da matéria do plantio em parceria com o Brotar. Estas imagens foram feitas por Camila de Carvalho Alves.2. Na matéria sobre rádio comunitária, ficou faltando o crédito a Henrique Ferraz, que colaborou na elaboração deste material.

Oficina Cultural Sérgio Buarque de Holanda

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Boletim Água Quente no 7

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A folia de reis é uma manifes-tação religiosa popular de

origem pagã, trazida ao Brasil pe-los portugueses. A comemoração ocorre entre o final e início de cada ano, tendo como ponto culminan-te o dia 6 de janeiro, quando se co-memora o dia dos Santos Reis. Essa festa mistura fé, danças, encenações, cantorias, violas e declamações de trovas. São grandes encontros com comes e bebes em que os fiéis lou-vam o Menino Jesus e a Bandeira da Folia, fazem e pagam promes-sas. Geralmente, o peditório (visi-tas às casas para pedir donativos) começa no dia 24 de dezembro e termina no dia 6 de janeiro. Em algumas regiões, é comum chamar o evento de Folia de Reisado, com algumas outras diferenças nos personagens, nomes e cantorias. Em São Carlos, existe um grupo que todos os anos manifesta sua fé por meio da Folia de Reis, o Grupo Estrela Guia. Começou em 1986, quando o atual mestre embaixador da Folia de Reis, Seu Asenildo Eli-siário da Silva, substituiu o antigo mestre que havia falecido e assu-miu a responsabilidade de cumprir as promessas deixadas por seu an-tecessor. Juntou amigos e parentes para realizar os peditórios, cantar

aí afora. Em São Carlos, a cida-de inteira é percorrida. Cerca de 400 famílias são visitadas, numa média de 15 a 25 casas por noite. Os versos cantados durante as visi-tas são improvisados e com diver-sos temas: acordar a família, fazer saudações, pedir donativos, fazer pedidos e agradecimentos. Cada casa tem seu costume e seus san-tos de devoção, aos quais os versos se adequam. O mestre embaixador canta na frente, seguido pelo em-baixador, primeira voz e segunda voz, contra-mestre e músicos que tocam diversos instrumentos, entre eles agogô, viola, violão, caixa, pan-deiro, afoxé, zabumba e cavaquinho. Os palhaços, ou bastiões (como são chamados na região), são os únicos fantasiados, com uma farda diferente do resto do pessoal, própria do grupo. No interior paulista, os bastiões re-presentam os reis magos. Por isso, não podem ser reconhecidos, não devem mostrar o rosto nem ter a identidade revelada, a não ser em frente a um presépio, pois ence-nam a fuga dos reis magos que se disfarçaram de mendigos para não serem pegos pelos guardas do rei Herodes. São guardiões da ban-deira e levam facão e espada para

os versos e levar a bandeira da fo-lia. Filho de uma família de violei-ros, o mestre embaixador é canta-dor de versos desde os nove anos, quando a folia passou em sua casa, em uma fazenda na região do rio Mogi. Seu filho, André Artur da Silva, também é embaixador da folia. Seu Asenildo admite que a Folia de Reis é uma manifestação cultural, mas para ele é uma tradi-ção religiosa levada com muita fé. As peregrinações do Grupo Es-trela Guia geralmente se iniciam no primeiro sábado de setembro e seguem até o dia 6 de janeiro, sempre aos sábados, totalizando 12 eventos. Começa cedo, pois foi a maneira como a tradição se adap-tou à correria do dia-a-dia dos pe-regrinos, que trabalham e às vezes fazem apresentações em outros lugares. Normalmente, tem início por volta das quatro horas da tar-de do sábado e vai até o amanhe-cer. O primeiro dia é o mais lon-go, e a bandeira e os instrumentos ficam em uma casa escolhida e avisada. As demais casas recebem a visita de surpresa. A folia passa por vários locais da região - uma vila na usina Tamoyo, nas cidades de Bocaina, Araraquara, Améri-co Brasiliense, Santa Lúcia e por

se defender. Em outras regiões, os palhaços têm outros nomes, como marungo ou alferes, e podem ter outras representações. Em alguns locais do norte, por exemplo, os palhaços personificam os soldados de Herodes, e não os reis magos. Para definir quem é quem na fo-lia, é preciso aprender e se prepa-rar durante as peregrinações. Para poder assumir outros cargos, não há uma hierarquia rígida quanto à idade: um jovem pode ser mestre embaixador, se estiver preparado. No terceiro domingo de setembro, também acontece o Encontro Re-gional da Folia de Reis na cidade de São Carlos. Vale a pena presti-giar!

O bastião, palhaço da folia, durante as cantorias.

Folia de Reis, fé e cantoria

Mestre Embaixador e os músicos cantam os versos.

No Bairro da Cidade Aracy, exis-tem grupos de Folia de Reis, que estão parados no momento. Na 1° edição do Projeto Água Quen-te, havia a participação do grupo Estrela do Oriente, representado pelo Seu Antonio e sua esposa El-vira. Existe também o grupo do Seu Benedito, que se apresentou no último Encontro Regional de Folia de Reis.

Folia de Reis na Bacia

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Lixo e reciclagem

Em praticamente todos os produtos que consumimos

nas nossas ações diárias existe a produção de resíduos. Dessa forma, quanto mais consumi-mos maior será o volume de resíduos produzidos.

O destino de todo este re-síduo produzido é um grave problema ambiental, que atual-mente não temos condições de resolver. O máximo que temos condições de fazer hoje é: pri-meiro - diminuir a produção de resíduos, consumindo menos e evitando o uso de materiais descartáveis; segundo – rea-proveitar o resíduo, utilizando mais de uma vez todo tipo de material descartável e optando pelo uso de materiais duráveis; terceiro – reciclar os resíduos, o que normalmente depende de uma estrutura industrial e que, portanto, dificilmente po-

demos fazer em casa.São considerados RESÍDU-

OS RECICLÁVEIS aqueles que: podem ser transformados; que têm mercado e; que têm valor econômico. Para citar um exemplo, fraldas descartáveis que levam aproximadamente 450 anos para se decompor, são recicláveis (visite www.knowa-ste.com), mas no Brasil não há essa tecnologia (ainda) e nem um destino alternativo nos li-xões e aterros sanitários para fraldas descartáveis. Logo, fral-das descartáveis no Brasil não são resíduos recicláveis.

Este exemplo também é bom para demonstrar que não há

“receita de bolo”, o que fazem no Japão é diferente do que fa-zem no Canadá, que é diferente do que podemos fazer em São Carlos. Devemos ter coerência com a realidade, isto é, a reali-

dade social, ambiental e econô-mica local.

Deixamos aqui algumas di-cas que servem para pensar-mos sobre, e então, começar-mos a mudar algumas atitudes nossas, dentro de casa, na rua, na escola ou no trabalho:• Reduzindo o desperdício:

comprando produtos com menor quantidade de emba-lagem, pegando o mínimo possível de sacolinhas plásti-cas no mercado e tendo uma caneca em mãos para não usar copos descartáveis, já diminuímos a quantidade de resíduos que produzimos;

• Reutilizando materiais: gar-rafas PET para fazer vasos ou guardar óleo de cozinha que não deve em hipótese alguma ser jogado em ralos ou pias, e posteriormente en-tregar em alguma instituição

que receba para a produção de sabão caseiro;

• Separando recicláveis paraa coleta seletiva: armazenar apenas materiais limpos é o mais importante como latas de molho, caixinhas de leite e outros. Sacos plásticos como de arroz, feijão, sal, etc são recicláveis. Se ficar na dúvi-da coloque na reciclagem, as pessoas que trabalham com isso separam depois. Uma informação importante,

caso no seu bairro ainda não tenha a Coleta Seletiva, com-bine com algum catador a en-trega do material. Desta forma, o material separado não ficará na sua lixeira na calçada, cor-rendo o risco de ser misturado com resíduos não recicláveis.

Reciclar não é difícil, basta se acostumar!! O meio ambiente e os catadores agradecem!

Vamos reciclar o lixoUm fato muito importante é reciclar o lixo. Mas como reciclar, e o

que é que se pode reciclar?Muitas pessoas já estão reciclando, mas às vezes de maneira inade-

quada e sem nenhum cuidado e higiene.Então vamos aprender como?Primeiro, vamos separar o lixo: papel, plásticos, latas, vidros, des-

cartáveis, pilhas e até baterias. Latas, vidros, garrafas pet devem ser bem lavadas antes de ir para o lixo. Por quê? Porque senão atraem e juntam insetos, ratos e até o mosquito da dengue.

Não vamos mais poluir o meio ambiente com esses lixos que po-dem ser reaproveitados e que geram renda para muitas pessoas que estão desempregadas e vivem dessa reciclagem.

Nós devemos cobrar dos órgãos públicos a coleta seletiva de lixo reciclável, pois ainda é um projeto que esta engatinhando nos meios públicos.

Enquanto não se tem a coleta seletiva, vamos separando o lixo, pois sempre tem quem vem apanhá-lo.

Vamos contribuir para a melhora do nosso planeta, pois afinal, é aqui que vivemos. Então, vamos reciclar.

*Texto produzido por Sônia Maria F. de Paula, agente do Projeto Água Quente

Catador de recicláveis

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Boletim Água Quente no 7

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Agentes do Projeto Água Quente visitando a obra do Tijuco com o Engenheiro Paulo Silva Leme.

Biomanta é uma manta de fi-bra natural (sisal ou coco) que impede a erosão das margens do córrego no início da obra. Hidrossemeadura é um jato em alta pressão de um líquido constituído por sementes, fer-tilizantes químicos, orgânicos e colantes naturais.

Agentes visitam Córrego Tijuco PretoEm 2005 os Agentes do Projeto Água Quente foram conhecer a obra com

o engenheiro responsável Paulo Silva Leme, que explicou toda a tecnologia utilizada.

Esta proposta é considerada um exemplo muito positivo para a cidade e para o meio ambiente, pois utiliza materiais mais sustentáveis e ecologi-camente corretos. Além disso, pretende transformar uma área abandonada, escondida e evitada em um local agradável de lazer e convívio.

Mas ainda há muito o que fazer para a finalização de todo Parque Linear pensado. É muito importante que os moradores locais conheçam, se aproxi-mem da proposta e se envolvam com a continuidade deste processo para que a requalificação seja realmente implementada.

Um exemplo de requalificação ambiental Córrego Tijuco Preto

O que é requalificação?

É a transformação de um lugar para que ele possa ter um novo uso, uma nova utilidade. Por exemplo, uma área verde aban-donada que vira uma praça ou um parque, um casarão velho que vira um centro cultural.

O córrego Tijuco Preto, lo-calizado no centro de São

Carlos, apresenta diversos pro-blemas ambientais como: áreas de inundações, depósitos de lixo e entulho, travessias precárias de carros e pedestres, nascentes canalizadas, desmatamentos, va-zamentos de esgotos e falta de es-paços de lazer.

Esses problemas são conseqü-ências do modo como a cidade foi crescendo, não considerando a presença dos rios e os escon-dendo sempre que possível.

Atuando pela transformação de parte desses problemas, o Minis-tério Público exigiu uma propos-ta da Prefeitura Municipal para a melhoria ambiental das margens Vista atual da área

do Tijuco Preto. A partir disso, foi desenvolvido um Projeto de Requalificação Ambiental para uma parte do córrego que vai da nascente até a Rua Rui Barbosa, chamado PróTijuco.

Diversos setores do município participaram deste projeto: Po-der Público, Universidade de São Paulo, Empresas, Organizações Não Governamentais e também alguns moradores locais.

A idéia do Projeto foi a trans-formação desta área em um Par-que Linear com ciclovias, pas-seios de pedestres, espaços de lazer, iluminação, bancos, plan-tio de árvores, áreas de retenção de água etc. Esta idéia valoriza o córrego Tijuco Preto e afasta a possibilidade da construção de avenidas marginais muito próxi-mas às suas margens, algo proibi-do pelo Código Florestal brasilei-ro mas muito praticado ao longo dos anos.

Deste Projeto, apenas o trecho onde o córrego estava enterrado foi executado, entre as ruas Mon-teiro Lobato e Totó Leite. Para esta primeira intervenção foi exi-gido que toda a parte tamponada

do córrego fosse aberta, buscan-do deixá-lo mais próximo do seu estado anterior.

Foi proposto então um canal aberto e pesquisadas técnicas de menor impacto ambiental, cha-madas Ecotécnicas. Para isso fo-ram utilizados materiais como madeira, pedras e biomanta com hidrossemeadura.

Esta parte do projeto executi-vo foi desenvolvida pela empre-sa Silva Leme Engenharia e pela organização Teia – Casa de Cria-ção.

Para quem quiser saber mais informações sobre este Projeto, entrar em contato com Renata ou Eduardo na Teia, 3376-3110, [email protected].

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Ipê Branco

Ipê Amarelo

Curiosidades do Ipê• OipêfoiconsideradoaÁrvoreNacionalBrasileiraaté1978,antes

da lei no. 6507 declarar o Pau-Brasil;• Possuipropriedadesmedicinais,principalmentesuacasca;• Éapreciadopelaqualidadedesuamadeiraqueéresistenteaoapo-

drecimento e por servir para fins ornamentais e decorativos;• Tem amadeira preferida pormúsicos na fabricação de arcos de

violino; • OipêédaFamíliaBignoniaceae,nativodaregiãoquevaidonorte

do México até o norte da Argentina;• Temorigemno cerrado e por estemotivo não precisa demuita

água, apenas no começo do seu plantio;• Emtupi-guaraniipêsignifica“árvoredecascagrossa”.

Ipê: a árvore de muitas coresNo inverno, é fácil encontrar-

mos nas ruas de São Carlos árvores floridas e muitas delas são os ipês carregados de flores ama-relas, roxas, rosas ou brancas. O ipê é uma espécie de árvore que produz farta floração nas mais va-riadas cores e com uma madeira dura e resistente.

Para se plantar um ipê deve-se saber que ele é espaçoso e algu-mas espécies, como o ipê-roxo, pode chegar a até 30m de altura e ter copas frondosas chegando a ter cerca de 5 m de copa.

É uma espécie que pode ser uti-lizada para arborizaçao urbana, principalmente pelo fato de possuir raiz piovante, ou seja, raiz central para baixo, o que contribui para que as calçadas não sejam danifica-das. Mesmo assim é recomendada para plantio aonde haja bastante espaço para cima, ou seja, locais sem perigo de atingir redes elétri-cas e que não tenha calçadas estrei-tas, sendo esta uma espécie mais indicada para quintais e praças.

Os ipês costumam florir depois de 05 anos do plantio da muda, se bem cuidado, sem podas drásti-cas, cortes no tronco e desde que

esteja em solo fértil, com boa ofer-ta de água e nutrientes.

Floração Na época de floracão perde to-

talmente as folhas para dar lugar às flores das mais variadas cores. De julho a setembro florescem e de setembro a outubro frutificam. Porém, isto também depende do tipo do ipê. Os diversos tipos de ipê recebem os nomes conforme as cores de suas flores ou madeira, como ipê-roxo, ipê-amarelo, ipê-branco e ipê-rosa. O ipê-roxo é o primeiro a florir no ano.

As flores por sua exuberância atraem abelhas e pássaros, princi-palmente beija-flores que são im-portantes agentes polinizadores.

Os ipês, assim como muitas outras espécies, além da função paisagística, principalmente em arborizações urbanas, proporcio-nam benefícios a todos, como a proteção contra ventos, a dimi-nuição da poluição sonora, a ab-sorção de parte dos raios solares, o sombreamento, a ambientação a pássaros e a absorção da polui-ção atmosférica, neutralizando os seus efeitos.

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Projeto Água Quente realiza seu 1o Plantio Urbano

No dia 16 de fevereiro, o Proje-to Água Quente realizou seu

primeiro plantio em área urbana. Um pouco diferente dos outros plantios realizados pelo Projeto, para a realização do plantio nas ruas, a equipe e os agentes comu-nitários do Água Quente realiza-ram entrevistas com moradores da Avenida Paulo VI e travessas, no Jardim Cruzeiro do Sul, para informar e levantar os interesses em plantar árvores em frente às suas casas, estabelecimentos co-merciais ou até nos quintais.

Verificaram também os possí-veis locais de plantio e as espécies adequadas junto com os morado-res, para que todos conhecessem as principais regras da arborização ur-bana de forma que as árvores, com o passar do tempo, não causem problemas tais como atrapalhar a passagem de pedestres, não atin-jam as redes elétricas, de água e es-goto, assim como não escondam as placas de sinalização, o que poderia causar acidentes e preocupações.

A ação buscou e contou com a participação de diversas pessoas da comunidade, principalmente

dos moradores da própria avenida, os quais literalmente “adotaram” as mudas que foram plantadas, to-mando para si a responsabilidade de cuidar delas, aguando-as e pro-tegendo-as. No mesmo dia foram distribuídas mudas para os mora-dores de outras ruas interessados em plantar em suas casas.

Dentre as espécies de árvores plantadas e distribuídas estavam os famosos ipês, símbolo nacional, resedás brancos e roxos, calian-dras e flamboianzinhos. Também plantaram e distribuíram árvores frutíferas como amoreiras, pitan-gueiras, goiabeiras e tamarindei-ros. Em cada árvore plantada foi colocado um tutor para proteção e condução, junto com uma placa informativa que apresenta o nome popular da árvore para que todos possam reconhecê-las. No total, 80 mudas foram plantadas nas calça-das e mais de 100 distribuídas.

A ONG Ramudá que tem expe-riência em arborização urbana na cidade de São Carlos por desen-volver o “Projeto Rua Viva”, auxi-liou na ação desde o planejamento até a execução. Outra parceira foi

a Prefeitura através da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Sustentável, Ciência e Tecnologia que forneceu os tutores de prote-ção para as mudas e o Horto Flo-restal que doou parte das mudas.

O acompanhamento das mudas plantadas

A atividade não termina com o plantio, pois a parte mais difícil começa após o plantio. Por esse motivo o Projeto Água Quente está acompanhando o desenvol-vimento das mudas, auxiliando os moradores, trocando informa-ções importantes, tirando dúvidas, ajudando com as podas de condu-ção das mudas e com o controle de formigas e fungos que podem acometê-las. A poda no início do desenvolvimento das mudas é

Agente preparando local para plantio

Agentes entregam muda para moradora

muito importante, pois a situação ideal é conduzir a árvore desde jo-vem, quando tem maior facilida-de de regeneração e cicatrização, orientando seu crescimento para adaptar-se ao espaço: calçada, fia-ção, placas, toldos, etc.

Em levantamento realizado pe-los agentes comunitários do pro-jeto, verificou-se que as mudas, 3 meses depois do plantio, estão em ótimas condições devido a atenção e aos cuidados dos mo-radores e da comunidade em ge-ral em aguá-las e até protegê-las com a construção de cercados. A participação dos moradores na manutenção das mudas está sen-do, e sempre será, essencial para o sucesso da ação de arborização urbana estimulada pelo Projeto e realizada pela comunidade da Ba-cia do Água Quente.

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Placa de identificacão da muda Equipe Projeto Água Quente divulgando o projeto

IPTU Verde Em São Carlos, a nova lei do IPTU oferece a possibilidade de descontos

no valor da anuidade. Um incentivo econômico para o benefício ambiental de forma que todos os moradores que tiverem árvores na calçada em frente à residência e/ou quem possuir áreas permeáveis no terreno de sua casa (jar-dins e gramados, por exemplo) poderão solicitar descontos no IPTU.

O requerimento de desconto do IPTU Verde deverá ser solicitado até o final de 2008 para que seja inspecionado pela Prefeitura e abatido do IPTU 2009.

O contribuinte pode requerer o desconto pela internet, acessando o en-dereço www.saocarlos.sp.gov.br ou diretamente nas unidades do SIM (Ser-viços Integrados do Município), no Centro na esquina das ruas Major José Inácio e Dona Alexandrina ou na Vila Prado na Rua Bernardino de Campos, de segunda à sexta-feira, das 8h30 às 16h30. A solicitação também pode ser feita na Secretaria de Desenvolvimento Sustentável, Ciência e Tecnologia, na Rua General Osório, 1.138, Centro.

Para o preenchimento das informações é indispensável que o contribuin-te esteja com o carnê de IPTU em mãos, tanto para a solicitação via Internet quanto nas unidades do SIM e da SMDSCT.

Poda de ConduçãoPoda de Condução é o nome

dado à poda adotada em mudas e árvores jovens com o objetivo de conduzir seu crescimento e ade-quá-las às condições do local onde se encontram plantadas. Esta ação indispensável pretende ajudar a deixar o tronco das árvores retos e em haste única, livre de brotos e a copa da árvore com seus galhos, elevada acima de 1,80 metros para que não atrapalhe a passagem dos pedestres e dos veículos.

Próxima açãoA próxima atividade de MA-

NUTENÇÃO do plantio urbano será realizada dia 21 de junho na Avenida Paulo VI. Além da poda e reposição de mudas mortas ou doentes, estão programadas ou-tras atividades, como oficina de produção de mudas para arbori-zação urbana, doação de mudas, entre outras que serão realizadas na Praça Maraci Cristiane de Nar-do. Toda comunidade está convi-dada a participar.

Projeto Água Quente participa de Seminário organizado

pela Petrobras

Participantes de projetos de todo Brasil, reuniram-se no

Rio de Janeiro entre os dias 11 e 13 de março para o 3º Seminário do Programa Petrobras Ambiental.

O objetivo deste evento foi a integração e a troca de experiên-cias dos 63 projetos que recebem patrocínio da Petrobras para a realização de suas ações socioam-bientais. O Projeto Água Quente é um desses projetos e está na sua segunda edição iniciada em 2007.

Durante os três dias do Seminá-rio houve apresentações da equi-pe do Programa Petrobras Am-biental e também apresentações de alguns projetos sobre os temas: formação de redes, sustentabilida-de, boas práticas adotadas, divul-gação e comunicação, educação ambiental, replicabilidade e rela-cionamento com a comunidade.

Os projetos são experiências que vêm trabalhando com diver-sos tipos de comunidades: po-pulações urbanas, trabalhadores

rurais, professores, pescadores, educadores ambientais etc.

A maioria deles, assim como o Projeto Água Quente, trabalham com grupos de Agentes Multipli-cadores que atuam como ponte entre projeto, grupos e população em geral, visando expandir conhe-cimentos e ações para a melhoria da qualidade de vida das comuni-dades envolvidas.

Os representantes dos projetos mostraram também uma grande preocupação em não dependerem exclusivamente de um patrocina-dor e a necessidade de buscarem alternativas para isso, como busca de outros patrocínios e estratégias de geração de renda.

A participação em encontros deste tipo é muito importante para o Projeto Água Quente, pois mostra que existem ações pareci-das sendo realizadas em diversas partes do Brasil e que podemos levar e divulgar nossa experiência, aprender e trocar coletivamente.

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Boletim Água Quente no 7

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Dengue

A culpa não é do mosquito. A Dengue é causada por um ví-

rus e esse vírus é transmitido por um mosquitinho chamado Aedes aegypti, que é do tamanho de um grão de arroz. O mosquito pica uma pessoa doente, se contamina e transmite o vírus quando pica outra pessoa. Não se pega com contato íntimo, espirro ou objeto do doente. Como não existem formas co-nhecidas de combate ao vírus, devemos combater o mosqui-to inibindo a sua reprodução, com a colaboração e partici-pação de todos, não só do po-der público, mas de todos os cidadãos.Uma vez por semana no mí-nimo é importante verificar todos os possíveis focos do mosquito transmissor (os cria-douros – locais que acumulam água limpa) e removê-los. Os que não puderem ser remo-vidos devem ser limpos ou tratados colocando produtos alternativos como sal grosso, detergente ou desinfetante.Segundo a assessoria de im-prensa do Departamento de Vigilância Epidemiológica, São Carlos registrou até o co-meço de maio deste ano, 16 casos confirmados de Dengue, dos quais 13 foram contraídos em outros municípios e 3 em São Carlos. Durante todo o ano, o Departamento realiza visitas aos imóveis e em pon-tos estratégicos como borra-

charias, depósitos de ferro-ve-lho e materiais de construção, cemitérios, entre outros. Esta é a forma: prevenir para não ser pego de surpresa!Uma pessoa com sintomas da Dengue, não deve tomar nenhum medicamento, deve procurar imediatamente um posto de saúde para hidrata-

ção e confirmação do caso. Muitas notícias sobre Dengue circulam por aí, recentemente uma delas falava sobre uma vacina homeopática, o que deixou muitas pessoas con-fusas. Por isso, procuramos a Dra. Telma Nery, médica que confia, acredita e pratica a Ho-meopatia há mais de 10 anos.

Parece que o mosquitinho chegou e não quer ir mais embora.

Afirma ela que na homeopa-tia NÃO EXISTE nenhuma VACINA, nem contra dengue nem qualquer outra doença viral. As vacinas atuam es-timulando uma resposta do corpo com produção de anti-corpos específicos contra um agente específico. Não existe isto na homeopatia. Segun-do ela, a homeopatia, quando praticada correta e adequa-damente, atua estimulando a

“energia vital” de todo ser vivo estimulando que cada pessoa tenha o seu corpo e mente funcionando regularmente, o que melhora as respostas do corpo a quaisquer agravos como vírus, bactérias e outros.

“Temos alguns medicamentos que atuam estimulando uma melhor resposta para uma ou outra situação, por exemplo, alguns melhoram situações de febre, tosse e diarréia, mas não “imuniza” qualquer pes-soa contra esta ou aquela situ-ação”, conta ela.Com a proximidade do inver-no a tendência é a diminuição das chuvas e, portanto, o acú-mulo de água é menor, dificul-tado a procriação do mosquito. Mas, ATENÇÃO, estudos re-latam a adaptação do mosqui-to a temperaturas inferiores às descritas por especialistas, portanto é possível encontrar o mosquito em pleno inverno.Para solucionar este problema é essencial que cada um faça a sua parte. A dengue pode até matar, então não podemos deixar de lembrar que ela exis-te. Faça sua parte!

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Maio de 2008

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O que é Cooperativa?Conta a história que o co-

operativismo e a primeira cooperativa do mundo surgi-ram em 1884, quando um gru-po de tecelões em uma fábrica do norte da Inglaterra, se reu-niram para enfrentar a pressão dos capitalistas e os negocian-tes intermediários que não obedeciam ao princípio da justiça do trabalho.

A idéia era criar um sistema econômico que tivesse como base a ajuda mútua, a solida-riedade humana, a cooperação, a honestidade e o esforço cole-tivo. O intuito da cooperativa era promover uma mudança estrutural que pudesse resul-tar em melhores condições de trabalho.

No Brasil, o cooperativismo iniciou-se no começo do sécu-lo XIX. Atualmente, o coope-rativismo é regulamentado por leis especiais e subordinado ao

Conselho Nacional de Coope-rativismo. A Lei do Coopera-tivismo Brasileiro regulamen-ta as cooperativas de trabalho, como formá-las e outras ques-tões pertinentes.

Entende-se que coopera-tiva é a associação de pesso-as ou grupos de profissionais de uma mesma área, forman-do uma entidade própria. To-dos os integrantes são sócios e com o mesmo poder de voto. A união dessas pessoas deve satisfazer a aspirações e neces-sidades econômicas, sociais e culturais comuns.

O cooperativismo tem como princípios: adesão voluntá-ria e livre, gestão democrá-tica e participação econômi-ca dos membros, autonomia e independência, educação, for-mação e informação, interco-operação e interesse pela co-munidade.

Muitas cooperativas atuam no setor de prestação de servi-ços, área que gera o maior nú-mero de postos de trabalho do mercado. É o caso das duas co-operativas que fazem parte do Projeto Água Quente: a Coo-perlimp, que atua no setor de limpeza, e a Coopercook, no setor de alimentação, ambas fundadas no bairro do Gonza-ga, na Bacia do Água Quente.

Não há restrições quanto ao tipo de serviço que uma coo-perativa pode oferecer. Para ser fundada, é necessária a união de no mínimo 20 pessoas. O estatuto criado deve conter os

objetivos, determinar como será a administração e a divi-são de tarefas, as despesas e lu-cros dentro da cooperativa e para seus cooperados. As coo-perativas, assim como empre-sas, pagam alguns impostos.

Em São Carlos, existe a IN-COOP – Incubadora Regio-nal de Cooperativas Popu-lares, com a finalidade de colaborar em empreendimen-tos econômicos, coletivos e autogestionários. Visite o site www.incoop.ufscar.br e obte-nha mais informações sobre os projetos e trabalho desen-volvidos por eles.Sede da Cooperlimp

Coopercook no II encontro de grupos da bacia

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Boletim Água Quente no 7

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III ENCONTRO DE GRUPOS“Socializando e integrando ações na região do Córrego Água Quente”

O Projeto Água Quente tem como um de seus principais

objetivos fortalecer a interlocução e o diálogo com diferentes seto-res atuantes na região da Bacia Hidrográfica do Córrego Água Quente. Acreditamos que a mobi-lização e a articulação entre vários grupos potencializa discussões e ações direcionadas à melhoria da qualidade de vida e das condições socioambientais da região.

Nesse sentido, o Projeto vem propondo a realização de uma sé-rie de encontros setoriais e coleti-vos com o intuito de promover um espaço de debates e de integração entre diversos grupos sociais. Em agosto de 2006, aconteceu o I En-contro, em que os participantes puderam discutir temáticas como cooperativismo e economia soli-dária, ações culturais e assisten-ciais, etc. No ano passado, em de-zembro, realizamos o II Encontro, cujo objetivo foi debater, de forma

Credenciamento do encontro Grupo participando da oficina de fanzine

integrada, uma série de questões relacionadas à realidade social, econômica e ambiental dos bair-ros da região, tais como a história da ocupação da Bacia, as condi-ções de moradia, de transporte, o problema da poluição e do des-matamento, dentre outras.

Dando continuidade a esta ini-ciativa que, como se vê, vem sendo desenvolvida desde nossa primeira edição, no último dia 18 de maio, o Projeto realizou o III Encontro de Grupos da Região do Córrego Água Quente, cujo tema foi “Socializan-do e integrando ações na região do Córrego Água Quente”. O III En-contro de Grupos, que aconteceu na EMEB Janete Lia, funcionou como um espaço para que diver-sos grupos, associações e organi-zações da região apresentassem suas experiências de ação, visando o fortalecimento da rede que en-volve a comunidade, sendo possí-vel aprofundar contatos e diálogos

para que futuros trabalhos sejam desenvolvidos coletivamente.

Além da apresentação da expe-riência do próprio Projeto Água Quente, o Encontro contou com a presença de outros 10 grupos con-vidados, que também apresenta-ram seus trabalhos – Cooperlimp, Coopercook, Projeto Madre Ca-brini, Projeto Meninos do Aracy, Projeto Social Dona Marízia, Pon-to de Cultura “Teia das Culturas”, ONG Espaço Cidadão, EMEB Janete Lia, EMEB Artur Natalino Deriggi, Associação de Moradores do Jd. Cruzeiro do Sul –, dando o ponta-pé para o desenvolvimento de um rico debate sobre possíveis formas de integração entre dife-rentes ações e atividades. Na par-te da manhã, registramos ainda a presença de representantes de alguns outros grupos, totalizando cerca de 110 pessoas.

À tarde, após o almoço coleti-vo oferecido pelo Projeto, instru-

mentos de comunicação comu-nitária foram explorados, com o objetivo de fortalecer ainda mais o contato e a interlocução entre os grupos. Foram desenvolvidas ofi-cinas de rádio e fanzine (pequeno jornal feito à mão), potencializan-do a troca e a circulação de infor-mações.

É importante lembrar que este encontro, assim como os outros já realizados, integra um conjunto de atividades de articulação entre grupos setoriais e de ampliação da participação dos moradores da Bacia na discussão sobre os problemas e potencialidades ali presentes. Portanto, ainda este ano, no segundo semestre, o Pro-jeto pretende promover mais um encontro de grupos e também um fórum, que deve funcionar como um espaço ampliado de participa-ção para a elaboração de diretrizes e prioridades de ações de transfor-mação socioambiental na região.

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Pensando no FuturoImagine o mundo de amanhã.

Será que nós estamos preocu-pados com o futuro de nosso pla-neta?

“Água” nos faz lembrar “vida”. Além disso, percebemos que só em dizer “água” muitas palavras relacionadas com ela vêm em nos-sas cabeças. Portanto, deveríamos lidar com a água como se ela va-lesse ouro.

Em alguns lugares do mundo há guerras para se conseguir uma pequena quantidade de água. No Brasil, a água é a nossa maior ri-queza natural. Será que algum dia teremos que brigar por ela? Do jeito que as coisas andam, é muito provável que sim.

Temos que valorizar cada gota d’água! Preservá-la é obrigação de todos!

O mundo inteiro está se esbal-dando com o pouco de água potá-vel que nos resta. É triste saber que muitos pensam que a água nunca vai acabar... E não vai mesmo! A di-ferença é que está sobrando água, só que esta é poluída! Contaminada!

Os mais velhos deveriam incen-tivar os mais jovens a diminuir o desperdício da água, assim como diminuir sua poluição. Cada litro de água potável desperdiçada sig-nifica um tempo a menos de nossa

sobrevivência. Se não prezarmos por ela, o planeta que nos abriga entrará em declínio e morrerá.

Para diminuirmos a possibili-dade de água saudável acabar, ou pelo menos dela durar um pou-quinho mais, basta tomarmos al-gumas atitudes:• não jogar lixo nos rios e nas

matas ciliares;• reutilizar água que foi usada

para lavar roupas para lavar cal-çadas;

• não deixar torneiras pingandoe sempre verificar se há vaza-mentos nos canos;

• diminuiro temponochuveiro,entre várias atitudes.É muito provável que todos vo-

cês já saibam de tudo isso. Mas não vale somente “saber” – é pre-ciso também “fazer”.

Nós não podemos ficar sentados esperando que a cura ou a solução caia do céu, assim como a chuva! Precisamos salvar nosso bem tão preciso que está doente: nossa in-color, insípida e inodora ÁGUA.

Este texto foi escrito pelos alunos das 8as séries do Ensino Fun-damental regular da E.M.E.B. Artur Natalino Deriggi, sob a orientação da professora de Ci-ências, Pietra Mori.

O Jogo “Água e Qualidade de Vida”

Os alunos das 8as séries da E.M.E.B. Artur Natalino

Deriggi tiveram oportunidade de aprender brincando com o jogo sobre “Água e Qualidade de Vida”. Isso ocorreu nas aulas de Ciên-cias sob orientação da professora Pietra Mori.

Aprender brincando é muito mais divertido! Além de o jogo ter conteúdos que os alunos já conhecem, ele também ensina e educa. As regras são simples: a professora faz uma série de perguntas de múltipla escolha e os alunos, divididos em grupos, discutem qual seria a resposta correta e, ao sinal de um apito, levantam placas com as letras A, B, C, D e E, correspondentes às cinco possíveis respostas para as perguntas feitas. A cada acerto o grupo move uma peça em um tabuleiro, sendo que vence o gru-po que chegar primeiro até a casa final.

O jogo tem por objetivos aju-dar o aluno a compreender e ter

ciência da importância da água e sua relação com a qualidade de vida das pessoas, saber os efeitos da qualidade da água sobre seu cotidiano e entender seu próprio papel na conservação deste recur-so. Além disso, o jogo apresenta enfoque sobre as propriedades físico-químicas da água, sua atu-ação e presença nos organismos e no meio ambiente e a qualidade de vida que ela pode oferecer.

A utilização de “Água e Quali-dade de Vida” como recurso me-todológico contribuiu muito para a transformação do ensino de Ciências num processo eficien-te e motivante para os alunos e professora. Todos se envolveram muito com a atividade e gosta-ram bastante do jogo. Depois da brincadeira, redigiram o texto

“Pensando no Futuro” (veja-o ao lado). Espera-se que, brincando, o “saber” signifique realmente uma mudança no “fazer”, ou seja, que a teoria expanda-se e passe a fazer parte do dia-a-dia de todos.Alunos das 8as séries da E.M.E.B. Artur Natalino Deriggi

Alunos das 8as séries da E.M.E.B. Artur Natalino Deriggi

Seção Escola

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Boletim Água Quente no 7

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D i V i R T a - S E !PaRa cOLORiR

TV Comunitária: transparência e inclusão

O Boletim Água Quente, como um meio de comunicação,

tem a preocupação de discutir permanentemente o tema da “co-municação na comunidade”. Nas edições passadas já discutimos boletins e rádios comunitárias, agora vamos falar das TVs Comu-nitárias.

A montagem e manutenção de uma TV Comunitária é algo um pouco mais complicado do que uma rádio comunitária, já que produzir e manipular vídeos atu-almente exige equipamentos mais complexos e caros. De qualquer forma, os princípios que norteiam a idéia de uma TV comunitária são os mesmos: o conteúdo da progra-mação é que faz a diferença.

No Brasil existem dois tipos básicos de sinais de TV: o sinal aberto, de uso gratuito – caso das emissoras mais conhecidas, como a TV Globo, SBT, Bandeirantes, Record, Cultura, entre outras; e o sinal pago – canais ligados a dis-tribuições privadas de TV a cabo

ou de outra tecnologia, como a NET e a SKY, entre outros.

Aqui nos interessa discutir os canais de sinal aberto, que são de uso gratuitos. O sinal em si, isto é, o direito de transmitir, é uma concessão pública, o que coloca a discussão da necessidade de que as transmissões abertas atendam aos interesses públicos. O que muitas vezes não é observado na programação dos grandes canais comerciais de TV aberta. Entre os canais de sinal aberto existem: os comerciais, os educativos e os co-munitários.

Os canais comerciais pautam sua programação pelo interesse em aumentar seus rendimentos, o que muitas vezes afasta sua pro-gramação de um conteúdo que responda ao papel informativo e educativo de um meio de comu-nicação que tem uma concessão pública. Já os canais educativos, normalmente procuram se pautar pelos interesses públicos de infor-mação e comunicação, um exem-

plo no estado de São Paulo é a TV Cultura. Os canais comunitários normalmente se pautam pelos in-teresses da comunidade a que seu sinal abrange, portanto, são canais com um caráter mais local.

Algumas emissoras locais re-transmitem parte da programação de canais educativos. A rigor, são TVs locais normalmente destina-dos a universidades, prefeituras e fundações. Na programação das TVs educativas, há uma abertura para programas de conteúdo co-munitário. Por lei, ficou estabele-cido que 15% dos programas se-jam produzidos localmente. Nesse espaço, são inseridos programas, em geral chamados de “comunitá-rios” e com apoio cultural local.

Nas TVs locais do estado de São Paulo, a maioria dos programas é veiculada normalmente no perío-do noturno, após as 22 horas. Ge-ralmente, os 15% do total de horas destinados a produções locais não conseguem ser ocupados, ficando em alguns casos com apenas 4 ou

5 horas de utilização por semana. Em grande parte, os programas produzidos localmente são de entrevistas focadas em temas de interesse geral da cidade, incluin-do saúde, política, educação, lazer, cultura e outros.

As emissoras nem sempre são transparentes quanto à inclusão da comunidade na programação, e os espaços geralmente são trata-dos como privados. A maior am-bição da TV comunitária é envol-ver a comunidade diretamente no processo de criação da mensagem, participando em diversos níveis da produção audiovisual: definir te-mas e roteiros, editar, atuar como ator ou apresentador, dar depoi-mentos e entrevistas, etc. Para isso, é necessário haver sempre diálo-go entre quem faz e quem assiste; debater e discutir conteúdos para que as demandas da comunida-de sejam atendidas. Em qualquer meio de comunicação comunitá-ria, o importante é que a popula-ção participe de sua construção.

Equipamentos de gravação Gravação

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D i V i R T a - S E !

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m o d o d e p r e p a r o

Descasque os maracujás, aproveitando apenas a par-te branca da fruta. Corte-os ao meio e retire a polpa. Reserve. Corte as cascas em tiras finas. Deixe de mo-lho na água de um dia para o outro. Faça uma calda com açúcar, água e o suco de maracujá feito da pol-pa. Acrescente a canela em casca, adicione as cascas escorridas e deixe cozinhar até que fiquem macias. Sirva gelado.

Tempo de Preparo: 30 minutos

Rendimento: 6 porções*Receita do Programa Alimente-se Bem oferecido pelo SESI

i n g r e d i e n t e s 3 cascas de maracujá ✓ 1 xícara (chá) de açúcar ✓ 1 ½ xícara (chá) de água ✓ ¼ xícara (chá) de suco de maracujá ✓ canela em casca a gosto ✓

PaRa cOLORiR

Você sabia? A casca de maracujá é rica em proteína e minerais.

Doce de Casca de Maracujá

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Boletim Água Quente no 7

Patrocínio:

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Charles Santos PaulinoMecânicoPor ter um horário de trabalho que às vezes exige que eu esteja em horários variados na empre-sa, acabo não tendo horários fle-xíveis para ficar pelo bairro que moro. Mas mesmo assim acabo por freqüentar mais o centro da cidade por falta de opção no bairro.

Lucas BarbosaEstudantePara me divertir eu jogo futebol na rua de casa que é tranqüilo. Não gosto de empinar pipa, mas ando de bicicleta. Tem uma pra-ça, mas não vou lá porque meu pai acha perigoso. Tá bom por-que só gosto mesmo de jogar (sic).

Letícia T. da SilvaAcompanhante de IdosoAcabo não fazendo nada na re-gião por falta de tempo, pois tra-balho à noite e tenho que cuidar dos meus filhos e da casa duran-te o dia. Até tinha um parquinho no Gonzaga que dava para ir, mas as crianças acabaram com tudo.

Elza DiasAposentadaEu faço ginástica na Igreja Ma-dre Cabrini e caminho em volta da área onde está sendo constru-ído o Centro Comunitário. Uma vez ou outra alguém promove al-guma coisa. Acho que teria que ter um lugar para trabalhar com crianças enquanto os pais traba-lham, ensinar a convivência, har-monia e a se respeitar.

Maria do Carmo S. FernandesDona de CasaGeralmente saio do bairro mes-mo tendo que pegar ônibus, porque aqui não tem nada para fazer. Vou a pesque-pague, no zoológico...

Vânia Jesus de SouzaAtendenteSaio de fim de semana, gosto de bailes, mas vou para outros luga-res por falta de opções no bairro em que moro.

Tamires MarcondesEstudanteÀs vezes oferecem uns shows como o que teve no mês passado. Eu fico em casa namorando e de vez em quando vamos até o sho-pping porque não tem o que fazer por aqui. Mas acabo tendo que voltar antes das 10 horas porque depois disso não tem ônibus.

Sofia DenariEstudanteTem vezes que eu vou à praça, mas não tem brinquedo. Ai eu brinco na casa das minhas ami-gas e ando de bicicleta na frente da Igreja Madre Cabrini.

Alex Moura de OliveiraPintorInfelizmente o bairro não ofere-ce nada, vou mais em festas do que fico aqui. Durante a semana fico batendo papo na rua com os amigos. A praça que havia, des-truíram. Seria interessante ter salões de baile, quadra de fute-bol... mas também, se tiver nin-guém cuida.

Severino José da Silva “Tobias”ManutençãoVou para o forró no centro. Aqui até tem, mas como já estou por lá fica mais fácil.

F A L AP O V O

Lazer

Quando pensamos em lazer, logo vem em nossas mentes questões como ter

tempo livre, descanso e divertimento. Seria bom se pelo menos uma vez por semana tivéssemos um momento em que pudésse-mos unir os três. Mas às vezes temos um e não temos o outro. Temos o tempo livre, mas não temos opção de divertimento. Te-mos a opção de divertimento, mas não te-mos o dia de descanso.

Nos tempos de hoje é normal associar-mos lazer com ir ao shopping, tempo livre em poder dormir até mais tarde e dia de descanso em dia para cuidar da casa e dos filhos. Por outro lado, opções às vezes é o que menos temos. Às vezes longe da resi-dência, sem fácil acesso ou até mesmo fora do alcance dos nossos bolsos.

Seria ótimo se todos nós tivéssemos op-ções de lazer e/ ou diversão próximas às nossas casas e de fácil acesso. Ou que op-ções de lazer fossem levadas até nossos bairros, como teatro e cinema itinerantes, atividades culturais para crianças em pra-ças, entre outros. Enfim, algumas destas atividades já são oferecidas na região da Bacia, mas sabemos a que público estão sendo direcionadas? Se são oferecidas de forma proporcional à demanda por ativi-dades de lazer e cultura na região? E de que forma vêem sendo divulgadas na região? Lazer e Diversão são direitos de todos nós, mas temos que demonstrar sempre nosso interesse em que aconteçam