Boletim 4

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E Portugal? Portugal é membro de facto da Comunidade desde 1 de janeiro de 1986, após ter apresentado a sua candidatura a 28 de março de 1977 e ter assinado o acordo de pré-adesão a 3 de dezembro de 1980. Desde o pedido de adesão até à assinatura do Tratado em 1985, decorreram oito anos de negociações, integrando pareceres, acordos e declarações. A 31 de maio de 1985, a Comissão Europeia emite um parecer favorável à adesão, considerando que o alargamento contribuirá, nomeadamente, para consolidar a defesa da paz e da liberdade na Europa. Assim, a 11 de junho do mesmo ano, o Conselho decide que Portugal poderá tornar-se membro da Comunidade Europeia do Carvão e do Aço. Noutra decisão da mesma data aceita igualmente o pedido de admissão à CEE e à CEEA. Clube Europeu A 25 de março de 1957, foram assinados, em Roma, os famosos “Tratados de Roma”, tendo os mesmos entrado em vigor em 1 de janeiro de 1958. O primeiro institui a Comunidade Económica Europeia (CEE) e o segundo a Comunidade Europeia da Energia Atómica (CEEA ou EURATOM). Os países signatários foram seis: Alemanha (na altura RFA República Federal Alemã), Bélgica, França, Holanda, Itália e Luxemburgo. E já passaram 57 anos… Pretendia-se aprofundar a integração europeia, que passou a abranger a cooperação económica, desenhada pela assinatura do Tratado que instituía a Comunidade Europeia do Carvão e do Aço assinado em 1951. 12 de junho de 1985 Mário Soares, Rui Machete, Jaime Gama e Ernâni Lopes assinam o tratado de adesão da República Portuguesa à Comunidade Económica Europeia e à Comunidade Europeia de Energia Atómica em Lisboa, no Mosteiro dos Jerónimos. Portugal torna-se o 11º membro das comunidades. Para Portugal, a adesão à CEE representa uma opção fundamental para um futuro de progresso e de modernidade. Mas não se pense que seja uma opção de facilidade. Exige muito dos portugueses, embora lhes abra simultaneamente, largas perspetivas de desenvolvimento.” Mário Soares, excerto do discurso na cerimónia da assinatura AGRUPAMENTO DE ESCOLAS Nº1 , SANTO ANDRÉ e-mail: [email protected] Boletim nº4 Ano 1 Março 2014

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Page 1: Boletim 4

E Portugal?

Portugal é membro de facto da

Comunidade desde 1 de janeiro de

1986, após ter apresentado a sua

candidatura a 28 de março de 1977 e

ter assinado o acordo de pré-adesão

a 3 de dezembro de 1980.

Desde o pedido de adesão até à

assinatura do Tratado em 1985,

decorreram oito anos de negociações,

integrando pareceres, acordos e

declarações.

A 31 de maio de 1985, a Comissão

Europeia emite um parecer favorável

à adesão, considerando que o

alargamento contribuirá,

nomeadamente, para consolidar a

defesa da paz e da liberdade na

Europa.

Assim, a 11 de junho do mesmo ano,

o Conselho decide que Portugal

poderá tornar-se membro da

Comunidade Europeia do Carvão e

do Aço. Noutra decisão da mesma

data aceita igualmente o pedido de

admissão à CEE e à CEEA.

Clube Europeu

A 25 de março de 1957, foram

assinados, em Roma, os famosos

“Tratados de Roma”, tendo os mesmos

entrado em vigor em 1 de janeiro de

1958. O primeiro institui a Comunidade

Económica Europeia (CEE) e o

segundo a Comunidade Europeia da

Energia Atómica (CEEA ou EURATOM).

Os países signatários foram seis:

Alemanha (na altura RFA – República

Federal Alemã), Bélgica, França,

Holanda, Itália e Luxemburgo.

E já passaram 57 anos…

Pretendia-se aprofundar a

integração europeia, que passou a

abranger a cooperação económica,

já desenhada pela assinatura do

Tratado que instituía a Comunidade

Europeia do Carvão e do Aço

assinado em 1951.

12 de junho de 1985

Mário Soares, Rui Machete,

Jaime Gama e Ernâni Lopes

assinam o tratado de adesão

da República Portuguesa à

Comunidade Económica

Europeia e à Comunidade

Europeia de Energia

Atómica em Lisboa, no

Mosteiro dos Jerónimos.

Portugal torna-se o 11º

membro das comunidades.

“Para Portugal, a adesão à

CEE representa uma opção

fundamental para um futuro de

progresso e de modernidade. Mas

não se pense que seja uma opção

de facilidade. Exige muito dos

portugueses, embora lhes abra

simultaneamente, largas

perspetivas de desenvolvimento.”

Mário Soares, excerto do discurso na cerimónia da assinatura

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS Nº1 , SANTO ANDRÉ e-mail: [email protected]

Boletim nº4

Ano 1

Março 2014

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Entre 1 de julho e 31 de dezembro de 2007, Portugal

assumiu a terceira Presidência do

Conselho da União Europeia.

Sucedeu à Alemanha e precedeu

a Eslovénia, países com os quais foi

elaborado um programa para 18

meses, a partir do qual cada

Presidência elaborava as suas

prioridades específicas.

A Presidência Portuguesa,

alimentada pela ideia-força “Uma

União mais forte para um mundo

melhor”, articulou o seu programa

em torno de três eixos

fundamentais: Tratado de Lisboa;

Cimeira UE-África; cimeira UE-Brasil.

Presidências Portuguesas no Conselho da UE

Sabias que…

A Presidência Portuguesa do primeiro semestre de 1992

estabeleceu como prioridades

consolidar Maastricht, reforçar as

relações com o resto do mundo e

perspetivar o alargamento. Durante

este período, registaram-se

acontecimentos e foram assinados

documentos de grande relevância,

por exemplo, Assinatura do Tratado

da União Europeia, em Maastricht

em fevereiro, assinatura para o

Acordo do Espaço Económico

Europeu, em maio, e conclusão do

processo de reforma da Política

Agrícola Comum.

A segunda Presidência ficou marcada pela Adoção da

Estratégia de Lisboa, pela primeira

cimeira África-Europa, e pela

abertura da Conferência

Intergovernamental.

Portugal salientou a atenção

prioritária que daria a seis

dimensões específicas:

alargamento; reforma das

instituições; emprego, reforma

económica e coesão social;

política externa e de segurança

comum; espaço de liberdade,

segurança e justiça; saúde pública e segurança alimentar.

A UE é identificada por uma série de símbolos,

sendo o mais conhecido de todos um círculo de

estrelas amarelas num fundo azul. Fica, agora, a

conhecer outros.

A bandeira

A bandeira da UE é o símbolo da União Europeia,

mas também da unidade e da identidade da

Europa. As estrelas simbolizam os ideais de unidade,

de solidariedade e de harmonia entre os povos.

O Hino Europeu

A melodia escolhida em 1972 foi o “Hino à

Alegria” de Ludwig van Beethoven, parte da Nona

Sinfonia. Pretendeu-se exaltar os ideais europeus da

liberdade, paz e solidariedade.

Página 2 Boletim informativo do Clube Europeu do Agrupamento de Escolas nº1, Santo André ● Ano 1, Número 4

O Dia da Europa

No dia 9 de maio, Dia da Europa, comemora-se a

paz e a unidade na Europa. Esta data assinala o

aniversário da histórica Declaração de Schuman.

Num discurso proferido em Paris, em 1950, Robert

Schuman, Ministro dos Negócios Estrangeiros francês,

expôs a sua visão de uma nova forma de

cooperação política para a Europa, que tornaria

impensável uma nova guerra entre os países

europeus. Considera-se que a UE atual teve início

com esta proposta.

A divisa da UE

A divisa da União Europeia, “Unida na

diversidade”, começou a ser utilizada em 2000. Esta

divisa evoca a forma como os europeus se uniram e

formaram a UE para trabalhar em conjunto pela paz

e prosperidade, sem nunca esquecer a

enriquecedora diversidade de culturas, tradições e

línguas que caracteriza o continente europeu.