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    UNIVERSIDADE DE SO PAULO

    ESCOLA DE ENGENHARIA DE SO

    CARLOS

    Guia de projeto para subestaes de altatenso

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    RENATO MASAGO GONALVES

    Guia de projeto para subestaes de altatenso

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    AUTORIZO A REPRODUO TOTAL OU PARCIAL DESTE TRABALHO,POR QUALQUER MEIO CONVENCIONAL OU ELETRNICO, PARA FINSDE ESTUDO E PESQUISA, DESDE QUE CITADA A FONTE.

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    I

    AGRADECIMENTOS

    Agradeo primeiramente a Deus por me proporcionar todas as condies fsicas,

    financeiras, emocionais e espirituais para iniciar e completar o curso de Engenharia Eltrica

    com nfase em Eletrnica.

    Agradeo aos meus pais Daniel Gonalves e Rita de Cssia Eller por todo o apoio dado

    durante todo o curso, por todos os conselhos e todas as repreenses.

    Agradeo ao meu irmo Cesar Augusto Eller por todo o tempo que despendeu

    escutando meus problemas, me aconselhando e me motivando.

    Agradeo aos professores e funcionrios da Escola de Engenharia de So Carlos pelo

    tempo e esforo dispendido na minha formao, em especial ao Prof. Dr. Ruy Alberto Corra

    Altafim, meu orientador.

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    II

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    IV

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    V

    SUMRIO

    AGRADECIMENTOS ................................................................................................................I

    SUMRIO ................................................................................................................................. V

    LISTA DE FIGURAS .............................................................................................................. IX

    LISTA DE TABELAS........................................................................................................... XIII

    LISTA DE SIGLAS................................................................................................................ XV

    RESUMO............................................................................................................................. XVII

    ABSTRACT .......................................................................................................................... XIX

    1 INTRODUO ................................................................................................................ 21

    1.1 Sistemas Eltricos de Potncia................................................................................... 21

    1.2 Subestaes ................................................................................................................ 24

    2 SUBESTAES DE ALTA TENSO ............................................................................ 25

    2.1 Classificao das Subestaes ................................................................................... 25

    2.2 Configuraes Tpicas de Subestaes ...................................................................... 26

    2.2.1 Barramento Singelo ou Simples ......................................................................... 28

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    VI

    4.2 Reatores em Derivao .............................................................................................. 65

    4.2.1 Classificao dos Reatores em Derivao ......................................................... 66

    4.3 Disjuntores................................................................................................................. 67

    4.3.1 Princpio de Funcionamento dos Disjuntores .................................................... 68

    4.3.2 Tipos de Disjuntores .......................................................................................... 70

    4.3.3 Acessrios dos Disjuntores ................................................................................ 73

    4.4 Chaves ....................................................................................................................... 73

    4.4.1 Classificao das Chaves ................................................................................... 75

    4.4.2 Tipos Construtivos das Chaves .......................................................................... 76

    4.4.3 Acessrios das Chaves ....................................................................................... 78

    4.5 Transformadores de Corrente .................................................................................... 78

    4.5.1 Classificao dos Transformadores de Corrente ................................................ 79

    4.5.2 Tipos Construtivos dos Transformadores de Corrente ...................................... 80

    4.5.3 Correntes Nominais e Relaes Nominais dos Transformadores de Corrente .. 82

    4.5.4 Classes de Exatido dos Transformadores de Corrente ..................................... 83

    4.6 Transformadores de Potencial ................................................................................... 85

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    VII

    5 EQUIPAMENTOS DE MDIA TENSO..................................................................... 113

    5.1 Corrente de Curto-Circuito ...................................................................................... 113

    5.2 Diferenas entre Equipamentos de Alta Tenso e Mdia Tenso ............................ 114

    5.2.1 Disjuntores ........................................................................................................ 114

    5.2.2 Religadores ....................................................................................................... 116

    5.2.3 Chaves Seccionadoras ...................................................................................... 116

    5.2.4 Cubculos Blindados de Mdia Tenso ............................................................ 117

    5.2.5 Resistores de Aterramento ................................................................................ 123

    6 EQUIPAMENTOS AUXILIARES ................................................................................. 125

    6.1 O Sistema de Servios Auxiliares ............................................................................ 125

    6.1.1 Servios Auxiliares em Corrente Alternada ..................................................... 126

    6.1.2 Servios Auxiliares em Corrente Contnua ...................................................... 126

    6.2 Bancos de Baterias ................................................................................................... 127

    6.3 Bancos de Retificadores ........................................................................................... 131

    6.4 Transformadores de Servios Auxiliares ................................................................. 132

    6.5 Painis Auxiliares .................................................................................................... 133

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    VIII

    8.2 Passo 1: Uma nova subestao necessria? .......................................................... 171

    8.3 Passo 2: Como ser feita a nova subestao? .......................................................... 171

    8.4 Passo 3: Onde instalar a subestao? ...................................................................... 172

    8.5 Passo 4: Encontrou-se uma soluo satisfatria? .................................................... 174

    8.6 Passo 5: Especificao dos Equipamentos .............................................................. 174

    8.6.1 Equipamentos de Alta Tenso .......................................................................... 176

    8.6.2 Equipamentos de Mdia Tenso ...................................................................... 182

    8.6.3 Equipamentos de Servios Auxiliares .............................................................. 183

    8.7 Passo 6: Especificao dos Sistemas ....................................................................... 186

    8.7.1 Especificao do Sistema de Proteo, Controle e Supervisrio ..................... 186

    8.7.2 Especificao do Sistema de Teleproteo ...................................................... 187

    8.7.3 Especificao do Sistema de Deteco e Combate Incndio ........................ 187

    8.7.4 Especificao dos Sistemas de Segurana ....................................................... 188

    8.7.5 Especificao do Sistema de Aterramento ....................................................... 188

    8.7.6 Especificao do Sistema de Proteo Contra Descargas Atmosfricas ......... 189

    8.7.7 Especificao dos Estudos ............................................................................... 189

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    IX

    LISTA DE FIGURAS

    Figura 1 - Sistema Eltrico de Potncia ................................................................................... 21

    Figura 2 - Interligaes do sistema eltrico de potncia do Brasil .......................................... 22

    Figura 3 - Gerao mundial de eletricidade por combustvel (trilhes de kWh) .................... 23

    Figura 4Gerao no Brasil de eletricidade por combustvel (trilhes de kWh) .................. 24

    Figura 5 - Diagrama unifilar ..................................................................................................... 27

    Figura 6 - Diagrama trifilar ...................................................................................................... 27

    Figura 7 - Representao de disjunto e chave .......................................................................... 28

    Figura 8 - Barra simples sem seccionamento ........................................................................... 29

    Figura 9 - Barra simples com seccionamento ........................................................................... 29

    Figura 10 - Barra simples mais barra de transferncia ............................................................. 29

    Figura 11 - Barra dupla mais barra de transferncia ................................................................ 29

    Figura 12 - Barra dupla com chaveamento de paralelismo ...................................................... 30

    Figura 13 - Barra dupla - dois disjuntores ................................................................................ 30

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    X

    Figura 31 - Disjuntor Siemens245 kV .................................................................................... 68

    Figura 32 - Chave seccionadora com abertura dupla lateral e anis para reduo de efeito

    Corona ..................................................................................................................................... 74

    Figura 33 - Esquema construtivo dos tipos de chaves ............................................................. 77

    Figura 34 - Transformadores de corrente ................................................................................ 79

    Figura 35 - Transformador de corrente do tipo enrolado ......................................................... 80

    Figura 36 - Transformador de corrente do tipo barra............................................................... 81

    Figura 37 - Transformador de corrente do tipo janela ............................................................. 81

    Figura 38 - Transformador de corrente do tipo bucha ............................................................. 81

    Figura 39 - Transformador de corrente do tipo ncleo dividido .............................................. 82

    Figura 40 - Transformador de potencial indutivo ................................................................... 86

    Figura 41 - Para-raios Siemens................................................................................................ 90

    Figura 42 - Bobina de bloqueio ............................................................................................... 94

    Figura 43 - Esquemtico das bobinas de bloqueio .................................................................. 95

    Figura 44 - Esquema de uma unidade capacitiva .................................................................... 99

    Figura 45 - Banco de capacitores .......................................................................................... 100

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    XI

    Figura 61 - Resistor de aterramento ...................................................................................... 123

    Figura 62 - Banco de baterias ................................................................................................ 127

    Figura 63 - Exemplo de curva de descarga de baterias ......................................................... 129

    Figura 64 - Exemplo de curva de fator de capacidade Kt ..................................................... 130

    Figura 65 - Retificador/carregador de baterias ...................................................................... 131

    Figura 66Transformador de servios auxiliares a leo ...................................................... 133

    Figura 67Transformador de servios auxiliares a seco ..................................................... 133

    Figura 68 - Grupo gerador 480V e 569 kVA ......................................................................... 135

    Figura 69 - Exemplo de tela do Sistema Supervisrio atravs de IHM ................................ 146

    Figura 70 - Nveis de automao ........................................................................................... 147

    Figura 71 - Cabo OPGW ....................................................................................................... 151

    Figura 72 - Esquema do Sistema OPLAT .............................................................................. 152

    Figura 73 - Sistema de sprinklers .......................................................................................... 154

    Figura 74 - Cilindros para sistema fixo de CO2..................................................................... 154

    Figura 75 - Sistema de gua nebulizada ................................................................................ 155

    Figura 76 - Tanque de armazenamento de pr-mistura para espuma .................................... 155

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    XII

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    XIII

    LISTA DE TABELAS

    Tabela 1 - Projeo de consumo de energia eltrica no Brasil ................................................ 23

    Tabela 2 - Comparativo entre configuraes tpicas de subestaes ....................................... 33

    Tabela 3 - Classes de tenso usuais .......................................................................................... 36

    Tabela 4 - Nveis de isolamento normalizados para a faixa 1 ................................................. 51

    Tabela 5 - Nveis de isolamento normalizados para a faixa 2 ................................................. 52

    Tabela 6 - Nveis de poluio e ambientes caractersticos ...................................................... 54

    Tabela 7 - Nveis de poluio e distncias de escoamento mnimas ....................................... 55

    Tabela 8 - Smbolos para refrigerao de transformadores ..................................................... 61

    Tabela 9 - Ordem dos smbolos da refrigerao de transformadores ...................................... 62

    Tabela 10Relaes nominais de transformadores de corrente ............................................. 83

    Tabela 11 - Exatido para transformadores de corrente .......................................................... 83

    Tabela 12 - Valores de carga nominal e designaes de transformadores de corrente para

    medio [] ................................................................................................................................. 84

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    XIV

    Tabela 30 - Exemplo - Especificao dos transformadores de corrente AT de proteo ..... 201

    Tabela 31 - Exemplo - Especificao dos transformadores de corrente AT de medio ...... 202

    Tabela 32 - ExemploEspecificao dos transformadores de potencial AT de proteo .... 202

    Tabela 33 - ExemploEspecificao dos transformadores de potencial AT de medio .... 203

    Tabela 34 - Exemplo - Especificao dos para-raios AT ....................................................... 204

    Tabela 35 - Exemplo - Especificao dos resistores de aterramento ..................................... 206

    Tabela 36 - Exemplo - Especificao dos cubculos de distribuio MT .............................. 207

    Tabela 37 - Exemplo - Especificao dos disjuntores MT de entrada e de barra .................. 207

    Tabela 38 - Exemplo - Especificao dos disjuntores MT dos alimentadores ...................... 208

    Tabela 39 - Exemplo - Especificao das chaves seccionadoras fusvel MT ........................ 209

    Tabela 40 - Exemplo - Especificao dos transformadores de corrente MT de entrada e

    barramento ............................................................................................................................. 210Tabela 41 - Exemplo - Especificao dos transformadores de corrente MT dos alimentadores

    ................................................................................................................................................ 210

    Tabela 42 - Exemplo - Especificao dos transformadores de potencial MT ....................... 211

    Tabela 43 - Exemplo - Especificao dos para-raios MT ...................................................... 212

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    XV

    LISTA DE SIGLAS

    ABNT Associao Brasileira de Normas Tcnicas

    ANSI American National Standards Institute

    ATR Analisador Transitrio de Redes

    C Capacitor

    CA Corrente Alternada

    CC Corrente Contnua

    CCD Charge-Couple Device

    CFTV Circuito Fechado de Televiso

    COS Centro de Operao do Sistema

    CPFL Companhia Paulista de Fora e Luz

    CS Chave Seccionadora

    DJ Disjuntor

    EIA Energy Information Administration

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    XVI

    RA Resistor de Aterramento

    SAC Sistema de Ar Condicionado

    SCADA Supervisory Control and Data Aquisition

    SDCI Sistema de Deteco e Combate Incndio

    SDI Sistema de Deteco de Incndio

    SE Subestao

    SEP Sistema Eltrico de PotnciaSIN Sistema Interligado Nacional

    SPCS Sistema de Proteo, Controle e Supervisrio

    SSA Sistema de Servios Auxiliares

    TC Transformador de Corrente

    TNA Transient Network Analyzer

    TPC Transformador de Potencial Capacitivo

    TPI Transformador de Potencial Indutivo

    TR Transformador

    TSA Transformador de Servios Auxiliares

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    XVII

    RESUMO

    GONALVES, R. M. Guia de projeto para subestaes de alta tenso. 2012.

    Monografia (Graduao)Escola de Engenharia de So Carlos, Universidade de So Paulo,

    So Carlos, 2012.

    Devido grande complexidade que o projeto eltrico de subestaes de alta tenso pode

    alcanar, poucos profissionais esto familiarizados com este processo. Busca-se com esta

    monografia abordar o embasamento terico que possibilite aos profissionais projetar de forma

    mais simples tais subestaes. Para tanto, so realizados estudos bsicos das caractersticas

    das subestaes, bem como dos equipamentos de alta tenso usualmente utilizados. So

    apresentados tambm, de maneira mais ilustrativa, equipamentos de mdia tenso, sistemas e

    servios necessrios para se elaborar o projeto de subestaes prontas para energizao.

    Elabora-se ento um guia de projeto apresentando os passos a serem seguidos para o seu

    projeto, englobando desde o processo de deciso pela construo de uma subestao,

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    XIX

    ABSTRACT

    GONALVES, R. M. Design guide of high voltage substations. 2012. Thesis

    (Undergraduate) Escola de Engenharia de So Carlos, Universidade de So Paulo, So

    Carlos, 2012.

    Due to the great complexity of the electrical design of high voltage substations can

    reach, few professionals are familiar with this process. This monograph will address the

    theoretical foundation that enables professionals to design easily such substations. To this

    end, basic studies of the substations characteristics are made as well as high voltage

    equipment usually employed. Are also presented, in a more illustrative way, medium voltage

    equipment, systems and services necessary to develop the project of substations under turn-

    key regime. Its presented a design guide showing the steps to be followed for substations

    project, encompassing from the decision process for the construction of a substation, through

    the choice of location and configuration, to definition of the characteristics of the equipment

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    1 INTRODUO

    1.1 Sistemas Eltricos de Potncia

    Os Sistemas Eltricos de Potncia (SEP) um sistema complexo que engloba os

    equipamentos para a gerao, transmisso e distribuio de energia eltrica. De maneira

    representativa, podemos entender este sistema como esquematizado naFigura 1.

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    interligadas, formando uma rede complexa, no podendo definir a origem da energia que est

    alimentando um determinado equipamento.

    No Brasil mais de 95% do sistema est ligado em anel, excluindo algumas partes a

    Regio Norte. Projetos em andamento j preveem a interligao destas partes isoladas com o

    resto do sistema de potncia do Brasil, conforme mostra aFigura 2.

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    Figura 3 - Gerao mundial de eletricidade por combustvel (trilhes de kWh) [3]

    Para o Brasil as projees no so diferentes. De acordo com a Empresa de Pesquisa

    Energtica (EPE) em estudo feito em 2011 para o Ministrio de Minas e Energia (MME),

    deve ocorrer um crescimento mdio do consumo de aproximadamente 4,8% ao ano no

    perodo de 2010 a 2020, tendo um crescimento de 456,5 TWh para 730,1 TWh, como

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    Figura 4Gerao no Brasil de eletricidade por combustvel (trilhes de kWh) [5]

    Portanto, observa-se neste cenrio a necessidade de expandir o SEP, no Brasil e no

    mundo, a fim de se gerar, transmitir e distribuir toda a energia futuramente requerida.

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    2 SUBESTAES DE ALTA TENSO

    Uma subestao pode ser definida um conjunto de equipamentos com o propsito de

    chaveamento, transformao, proteo ou regulao da tenso eltrica, podendo

    eventualmente conter equipamentos para a compensao de reativos. Sua principal funo

    garantir um alto grau de confiabilidade ao sistema eltrico. Para isto, as partes defeituosas ou

    sob falta devem ser prontamente desligadas e o fornecimento de energia ser reestabelecido o

    mais rpido possvel atravs de manobras ou comutaes.

    A seguir ser apresentado um estudo das caractersticas das subestaes de alta

    tenso, baseado na apostila de treinamento de subestaes da Schneider Electric.

    2.1 Classificao das Subestaes

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    2. Quanto ao nvel de tenso:

    Baixa Tenso (BT)At 1 kV; Mdia Tenso (MT)De 1 kV a 69 kV; Alta Tenso (AT)De 69 kV a 230 kV; Extra-Alta Tenso (EAT)De 230 kV a 800 kV; Ultra-Alta Tenso (UAT)Acima de 800 kV.

    3. Quanto ao tipo de instalao:

    Ao tempo Instaladas ao ar livre, cujos equipamentos ficaro sujeitos sintempries;

    Semi-abrigadaProvidas somente de uma cobertura em toda a extenso doptio de manobra;

    AbrigadaInstaladas em locais abrigados, cujos equipamentos no estosujeitos a intempries.

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    Figura 5 - Diagrama unifilar

    O diagrama trifilar (Figura 6) representa o sistema eltrico pelas suas trs fases e

    contm informaes alm daquelas contidas no diagrama unifilar, as quais podem ser

    utilizadas em outros esquemas.

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    Simbolicamente representam-se estes equipamentos como visto naFigura 7.

    Figura 7 - Representao de disjunto e chave

    A seleo da configurao dos barramentos dever levar em considerao alguns fatores

    de mrito tais como confiabilidade, custo, simplicidade construtiva, flexibilidade operativa,

    facilidade de manuteno e facilidade de expanso, em maior ou menor grau. Em princpio ocusto o fator preponderante na escolha da configurao, mas a flexibilidade operativa e a

    confiabilidade podem muitas vezes sobrepuj-lo, dependendo da finalidade e importncia da

    subestao.

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    Figura 8 - Barra simples sem seccionamentoFigura 9 - Barra simples com seccionamento

    2.2.2 Barramento Auxiliar

    A adio de barramentos auxiliares associados aos barramentos principais atravs de

    disjuntores permite a manuteno de quaisquer disjuntores, sem o desligamento dos circuitos

    correspondentes. Geralmente utilizado em pontos da rede em que se exige continuidade no

    fornecimento e em locais de grande poluio, onde a limpeza dos equipamentos necessria,

    o que acarreta desligamentos frequentes. As Figuras Figura 10 e Figura 11 nos trazem

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    2.2.3 Barramento Duplo

    As principais caractersticas do barramento duplo so a diviso dos circuitos de

    alimentao em dois grupos, podendo assim trabalhar com dois valores de tenso e

    frequncia, ou a possibilidade de manuteno em um barramento sem o desligamento do

    fornecimento de energia aos circuitos.

    Geralmente utilizado em instalaes alimentadas com dois valores de tenses ou

    frequncias, ou quando se deseja uma alimentao contnua, sem possibilidade de qualquer

    interrupo. As Figuras Figura 12, Figura 13e Figura 14apresentam trs das configuraes

    em barramento duplo mais utilizadas.

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    2.2.4 Barramento em Anel

    As subestaes com barramento em anel tem a caracterstica de um disjuntor poder sair

    de operao sem interromper o fornecimento de energia nos circuitos alimentadores. Por outro

    lado, os equipamentos da subestao devem ser dimensionados para aproximadamente o

    dobro da corrente de curto-circuito dos circuitos de alimentao, alm de se ter o problema dapouca visibilidade da instalao, o que pode aumentar as chances de erros nas manobras da

    subestao.

    Esta configurao geralmente utilizada em locais com influncia norte americana, para

    subestaes com at seis derivaes (Figura 15eFigura16).

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    Figura 16 - Barramento em anel duplo

    2.2.5 Comparativo entre Configuraes

    33

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    Tabela 2 - Comparativo entre configuraes tpicas de subestaes [6]

    Configurao

    Fatores de Mrito

    ConfiabilidadeSimplicidadeConstrutiva

    FlexibilidadeOperativa

    Facilidadede

    Expanso

    Facilidadede

    Manuteno

    Fatorde

    Custo

    Barra simplessem

    seccionamentoMuito baixa Boa No tem

    Somentecom

    desligamentocompleto

    Boa 1,0

    Barra simplescom

    seccionamentoBaixa Boa Baixa

    Comdesligamento

    ParcialBoa > 1,0

    Barra simples ede

    transfernciaRegular Boa Regular

    Somentecom

    desligamentocompleto

    Boa 1,2

    Barra dupla e

    detransferncia

    Boa a muitoboa Regular Boa Boa Regular 1,4

    Barra duplacom

    paralelismo

    Boa, com maisde 1 circuito /

    subestaoBoa

    Boa, commais de 1circuito /

    subestao

    Comdesligamento

    ParcialBoa 1,2

    Barra dupla -dois Excelente Excelente Excelente Excelente Boa 2,0

    34

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    Em relao transmisso de energia, o ONS apresenta requisitos mnimos para as

    instalaes de acesso rede bsica e para seus componentes integrantes. No caso dosbarramentos, estabelece a configurao mnima de acordo com a classe de tenso, conforme

    visto abaixo.

    Barramento de 230 kVBarra dupla com disjuntor simples e quatro chaves; Barramento com tenso igual ou superior 345 kV Barra dupla com

    disjuntor e meio.

    Vale salientar que arranjos alternativos de barramentos podem ser utilizados, desde que

    apresentem desempenho igual ou superior ao dos arranjos estabelecidos (em relao aos

    fatores de mrito).

    Da mesma maneira que o ONS, as concessionrias observam os fatores de mrito,

    considerando as vantagens e desvantagens de cada configurao, e recomendam a mais

    favorvel como base para a construo de novas subestaes sob sua concesso.

    35

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    3 PRINCIPAIS CARACTERSTICAS DOS EQUIPAMENTOS

    Existem algumas caractersticas que so comuns maioria dos equipamentos e que so

    chave para a caracterizao destes como, por exemplo, a tenso nominal, a corrente nominal,

    os nveis de corrente de curto-circuito suportveis e os nveis de isolamento.

    A especificao destas caractersticas dever se basear em quatro fatores principais:

    experincia, estudos, normas e padronizao. Neste ponto, os estudos realizados na etapa de

    detalhamento se fundamentaro principalmente no diagrama unifilar e nas condies

    ambientais do local, consistindo basicamente no estudo do fluxo de potncia para a

    determinao das correntes nominais, no estudo de curto-circuito para a determinao dasuportabilidade ao curto-circuito e da interruptibilidade dos disjuntores e no estudo das

    sobretenses para a determinao dos nveis de isolamento.

    As informaes apresentadas a seguir foram baseadas nos livros de Ary DAjuz em

    36

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    Tabela 3 - Classes de tenso usuais

    Classes de Tenso (kV)

    Mdia Tenso Alta Tenso Extra-Alta Tenso Ultra-Alta Tenso

    7,2 15 24,2 36 72,5 145 245 300 362 420 550 800 e acima

    3.1.2 Corrente Nominal

    A corrente nominal definida como a corrente que atravessa o sistema quando este est

    em regime normal de operao. geralmente definida para chaves seccionadoras, disjuntores,transformadores de corrente, bancos de capacitores e filtros.

    A especificao das correntes nominais pode ser resumido da seguinte forma:

    1 Determinar os fluxos mximos nas linhas atravs do estudo de fluxo de potncia

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    Onde:

    Potncia trifsica do transformador em VA;Corrente de linha do sistema;Tenso de linha do sistema;

    Defasagem entre tenso e corrente de linha.

    Reescrevendo esta frmula para outros termos teremos:

    Onde:

    Potncia do transformador em VA;Corrente nominal os equipamentos;

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    No se deve confundir corrente de curto-circuito e corrente de sobrecarga. Esta ltima

    ocorre em sistemas ou equipamentos sem defeito e advm de uma solicitao indevida dosistema. Geralmente no ultrapassa 50% do valor da corrente nominal.

    Portanto, deve-se projetar os equipamentos da subestao para suportarem todas as

    solicitaes de corrente que surgirem, sem que haja prejuzo para o funcionamento dos

    mesmos, e at que os disjuntores possam atuar e desligar o trecho defeituoso do circuito.

    importante considerar na especificao da corrente de curto-circuito a assimetria que

    esta pode apresentar, devido componente contnua. Esta componente decai

    exponencialmente, sendo a constante de tempo funo da relao X/R da rede. O valor do

    pico mximo da corrente de curto-circuito assimtrica, o valor eficaz da corrente simtrica e adurao da corrente de curto-circuito tambm devem ser especificados.

    39

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    2. Determinar a relao X/R da rede e a constante de tempo da componentecontnua da corrente de curto-circuito;

    3. Determinar o valor do pico mximo da corrente de curto-circuito assimtrica;4. Determinar o valor da componente contnua na separao dos contatos dos

    disjuntores.

    Atualmente, com o avano da computao digital, as correntes de curto-circuito socalculadas atravs de programas que utilizam tanto parmetros da subestao em questo

    quanto parmetros do sistema onde a subestao inserir.

    Via de regra o ONS ou a concessionria se incubem da realizao de tal estudo,

    fornecendo no Parecer de Acesso informaes como corrente de curto-circuito e resistncias ereatncias da sequncia positiva, sequncia negativa e sequncia zero da rede no ponto de

    acesso. indicado tambm o valor de corrente de curto-circuito mnimo que deve ser adotado

    para os equipamentos da subestao.

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    Sobretenses internas Tm origem dentro do circuito considerado, tendocomo principal causa as manobras de disjuntores e os curtos-circuitos.

    A segunda forma, mais usual e mais adequada para a especificao dos equipamentos

    feita de acordo com o tempo de durao e o grau de amortecimento das sobretenses,

    classificando estas em:

    Sobretenses atmosfricas So aquelas que ocorrem entre fase e terra ouentre fases, causadas por descargas atmosfricas ou por outra causa que

    apresente as mesmas caractersticas da frente de onda de uma descarga

    atmosfrica. Apresentam em geral grande amplitude (da ordem de 6 p.u.) e

    durao muito curta (frente de onda de at 20 s), como pode ser visto naFigura18;

    41

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    apresentam amplitude de no mximo 4 p.u. e durao de frente de onda entre

    100 s e 500 s, como por exemplo a mostrada naFigura 19;

    42

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    devido sua durao, podem ser determinantes na especificao do isolamento

    dos equipamentos.

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    Existem duas maneiras de se determinar as sobretenses em um sistema: por medies

    em sistemas reais ou por anlise em algum modelo de simulao. Logicamente, quando setrabalha com o projeto de subestaes, o primeiro caso no pode ser aplicado, j que

    necessrio que a subestao j esteja implantada.

    Ento, de maneira geral, a determinao das caractersticas temporrias das

    sobretenses pode ser determinada por mtodos analticos, porm a determinao decaractersticas transitrias advindas de no linearidades, acoplamentos, entre outros,

    extremamente difcil. Portanto necessrio se encontrar outra maneira de caracterizar as

    sobretenses.

    Um mtodo que foi muito utilizado e que se tornou obsoleto com a evoluo dacomputao digital o Transient Network Analyzer (TNA) ou Analisador Transitrio de

    Redes (ATR). O TNA um mtodo analgico composto por modelos individuais em escala

    reduzida que representam os equipamentos eltricos e que so interligados conforme sistema

    real. Desta forma, atravs de um computador digital acoplado a este modelo, pode-se

    t l i l f i i d d d N Fi 21 d b TNA

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    45

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    Figura 22 - Exemplo de tela do EMTP [12]

    3.1.4.2 Controle de sobretenses

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    http://www.cyme.com/software/emtp/
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    pela utilizao de hastes de proteo area ou cabos-guarda areos (Figura 23),

    que interceptam descargas atmosfricas diretas, evitando que estes incidamsobre os cabos condutores das linhas de transmisso ou nos barramentos das

    subestaes;

    47

    http://www.usp.br/agen/wp-content/uploads/imagem.jpg
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    Figura 24 - Para-raios de alta tenso [14]

    Resistores de pr-inseroAssociados aos disjuntores, reduzem a amplitudedas sobretenses decorrentes da energizao e religamento de linhas de

    transmisso e tambm das tenses de reestabelecimento transitrias atravs dos

    contatos dos disjuntores. Podem estar ainda associados a capacitores nos

    terminais dos disjuntores que reduzem a taxa de crescimento da tenso de

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    o Instalar um circuito ressonante composto por resistor (R), indutor (L) ecapacitor (C). O indutor e o capacitor so sintonizados frequnciaoperativa fazendo com que o resistor no seja solicitado em condies

    normais de operao. Por outro lado, na ocorrncia de uma falta, o

    resistor ir amortecer as oscilaes transitrias. Entretanto, este sistema

    exige o uso de grandes capacitores e indutores, o que reflete um alto

    custo;

    o Instalao de compensadores em derivao (shunt), que reduzem o efeitoFerranti e diminuem as sobretenses de manobra;

    o Restries no chaveamento dos disjuntores.

    3.1.5 Caractersticas e Nveis de Isolamento

    Os isolamentos compreendem os espaamentos no ar, isolamentos slidos e imersos em

    l id i l t l d l i i l t l

    49

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    InternosIsolamentos slidos, lquidos ou gasosos de equipamentos e que noesto em contato com o ar atmosfrico e que, portanto, esto livres da influnciados fatores ambientais.

    Quando classificados por suas caractersticas, dividem-se em:

    RegenerativosSo aqueles em que o dieltrico tem a capacidade de regenerarintegralmente a sua rigidez dieltrica aps a ocorrncia de uma descarga

    disruptiva. Podem ser ainda subdivididos em dois grupos, a saber:

    o Isolamentos de equipamentos So os isolamentos que estorelacionados aos equipamentos da subestao como, por exemplo, a parte

    externa de equipamentos de manobra e a parte externa das buchas dostransformadores de fora e transformadores de medio;

    o Isolamentos de instalao Compreendem os isolamentos que sereferem somente instalao como, por exemplo, espaamentos de ar

    entre condutores, entre condutores e estruturas, dentre outros

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    Tabela 4 - Nveis de isolamento normalizados para a faixa 1 [15]

    Tenso Mxima doEquipamento

    Tenso Suportvel Nominal Frequncia Industrial

    Durante 1 Minuto

    Tenso Suportvel Nominalde Impulso Atmosfrico -

    NBI

    kV (Valor Eficaz) kV (Valor Eficaz) kV (Valor de Crista)

    7,2 204060

    12 28607595

    15* 34*95

    110*

    17,5 387595

    24 5095

    125145

    36 70145170

    200*

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    Tabela 5 - Nveis de isolamento normalizados para a faixa 2 [16]

    Tenso Mxima doEquipamento

    Tenso Suportvel Nominalde Impulso de Manobra

    Tenso Suportvel Nominalde Impulso Atmosfrico -

    NBI

    kV (Valor Eficaz) kV (Valor de Crista) kV (Valor de Crista)

    300

    750850

    950850

    9501050

    362850

    9501050

    95010501175

    420850

    10501175

    95011751300

    420/460* 105013001425

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    necessrios ento ensaios adicionais de suportabilidade fase-fase. Ainda, os valores

    assinalados por * no so constantes na norma IEC 60071-1.

    3.1.6 Distncia de Escoamento

    A distncia de escoamento, dada em mm/kV, a menor distncia ao longo da superfcie

    de um material entre duas partes condutoras. Est intimamente ligada ao isolamento dos

    equipamentos das subestaes j que, devido ao esforo que as sobretenses e outros fatores

    causam nos isolamentos dos equipamentos, podem ocorrer descargas eltricas.

    O problema est no fato de que fatores climticos como vento, umidade e poluio

    possam reduzir as capacidades de isolamento dos isoladores, levando a descargas eltricas

    indesejadas. Criou-se ento o conceito de nveis de poluio, estabelecendo uma distncia

    mnima de escoamento de acordo com as condies ambientais do local de instalao da

    b t A T b l 6 t i d l i d fi id ti bi t

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    Tabela 6 - Nveis de poluio e ambientes caractersticos [17]

    Nvel de Poluio Ambientes Tpicos

    I - Leve

    - reas sem indstrias e de baixa densidade de casas comclimatizao;- reas de ventos constantes e/ou chuva;- reas agrcolas;- reas montanhosas;

    - Todas as reas devem estar a mais de 10 km de distncia do mar,sem incidncia de ventos martimos.

    II - Normal

    -reas industriais sem fumaa poluidora partculas;- reas com grande densidade de casas e indstrias com ventosconstantes e/ou chuva;- reas expostas a ventos martimos no muito prximas da costa.

    III - Pesado

    - reas com grande densidade de indstrias e de casas comsistemas de climatizao poluidores;- reas relativamente prximas ao mar e expostas a ventos vindosdo oceano.

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    4 EQUIPAMENTOS DE ALTA TENSO

    Como o foco principal desta monografia o projeto de subestaes de alta tenso, sero

    apresentados nesta seo os principais equipamentos de alta tenso que compem as

    subestaes, baseando-se principalmente nas consultas a seguir apresentadas:

    Livros de Ary DAjuz em conjunto com Furnas intitulados EquipamentosEltricos Especificao e aplicao em subestaes de alta tenso e

    Transitrios eltricos e coordenao de isolamento Aplicao em sistemas de

    potncia de alta tenso;

    Livro de Antnio Carlos Cavalcanti de Carvalho intitulado Disjuntores echaves: aplicao em sistemas de potncia;

    Livro de John D McDonald intitulado Electric Power SubstationsEngineering;

    Monografia de Fabiano de Souza intitulada Estudo e projeto eltrico bsico de

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    exemplo, dimenses, formas geomtricas e materiais), que so assuntos bastante complexos e

    de responsabilidade de especialistas no assunto.

    Posteriormente em outros captulos, como complementao deste assunto, sero

    apresentados alguns dos equipamentos de mdia tenso, sistemas e estudos que podem

    compor as subestaes.

    4.1 Transformadores de Fora

    Os transformadores de fora (Figura 25) ou transformadores de potncia so os

    principais e geralmente os mais caros equipamentos de subestaes do tipo elevadoras ou

    abaixadoras. Seu papel transformar a tenso de um sistema em outra tenso, possibilitando o

    seu acoplamento.

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    4.1.1 Classificao dos Transformadores de Fora

    Pode-se classificar os transformadores de fora de diversas maneiras, a saber:

    De acordo com o tipo construtivo do ncleo magntico:o MonofsicosSo transformadores de fora em que se usa um ncleo

    magntico para cada fase do sistema;

    o TrifsicosSo transformadores de fora nos quais se utiliza somenteum ncleo magntico para o acoplamento das trs fases.

    De acordo com o tipo construtivo dos enrolamentos:o Convencional Os enrolamentos primrio e secundrio so isolados

    eletricamente, ou seja, so formados por duas bobinas diferentes. A sua

    vantagem est no isolamento eltrico entre o primrio e secundrio,

    evitando que alguns efeitos prejudiciais sejam transferidos de um lado do

    f d

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    Figura 26 - Ligao em delta esquemtica (a) e no ncleo (b) [20]

    o Ligao em Estrela (Y) Um dos terminais de cada um dos trsenrolamentos interligado e as fases so conectadas nos outros terminais

    dos enrolamentos (Figura 27);

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    quando no h equilbrio de cargas (reatores) ou quanto necessrio se

    utilizar 2 aterramentos.

    Figura 28 - Ligao Zig-Zag esquemtica (a) e no ncleo (b) [22]

    De acordo com o tipo de refrigerao:Os transformadores so definidos por um grupo de quatro smbolos para cada

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    NaTabela 9 apresentada a ordem como se deve apresentar os smbolos.

    Tabela 9 - Ordem dos smbolos da refrigerao de transformadores [24]

    Primeira Letra Segunda Letra Terceira Letra Quarta Letra

    Indicativa do meio de resfriamentoem contato com os enrolamentos

    Indicativa do meio de resfriamentoem contato com o sistema de

    resfriamento externo

    Natureza domeio de

    resfriamento

    Natureza dacirculao

    Natureza domeio de

    resfriamento

    Natureza dacirculao

    Por exemplo, um transformador com refrigerao ONAN/ONAF/ONAF2 tem

    trs tipos de refrigerao, sendo o primeiro por leo natural e ar natural, e o

    segundo e terceiro por leo natural e ar forado.

    De acordo com o tipo de comutao:O comutador um dispositivo que muda a ligao das derivaes dos

    l d f d i d i i d

    63

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    de estudos tcnicos e econmicos em relao a fatores como custo, custo das perdas,

    limitaes tcnicas de produo, de transporte e de acondicionamento.

    Vale citar a utilizao comum de um terceiro enrolamento em delta para a ligao de

    compensadores de reativos e/ou alimentao de servios auxiliares, geralmente com um tero

    da potncia dos enrolamentos principais. Ainda, para transformadores com ligao do tipo

    estrela-estrela, usual a utilizao deste terceiro enrolamento em delta, a fim de evitar a sada

    imediata do transformado com a falta de uma fase.

    4.1.2 Impedncia Caracterstica do Transformador

    A impedncia caracterstica, tambm conhecida por impedncia percentual ou tenso de

    curto-circuito percentual a parte da tenso nominal que, quando aplicada ao enrolamento

    primrio, capaz de fazer circular a corrente nominal no secundrio quando este est curto-

    i it d M t ti t d

    64

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    Onde:

    Corrente de curto-circuito;Corrente nominal do secundrio;Impedncia caracterstica do transformador. um fator importante tambm quando se considera paralelismo de transformadores. Os

    transformadores que estiverem em paralelo devem possuir a mesma impedncia caracterstica.

    Caso contrrio, devido s diferenas de tenses entre os secundrios dos transformadores,

    surgir uma corrente de circulao, que far com que a potncia total fornecida pelo

    paralelismo dos transformadores no seja igual soma das potncias individuais de cada

    transformador.

    4.1.3 Acessrios dos Transformadores de Fora

    65

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    4.2 Reatores em Derivao

    Os reatores em derivao (Figura 29) so equipamentos utilizados para controlar as

    tenses no barramento em regime permanente e para a reduo da sobretenso nos surtos de

    manobra. Ainda, so usados para a compensao de reativos e reduo de correntes de curto-

    circuito. Para se alcanar tais funes, a relao tenso x corrente dos reatores deve ser linear

    at um determinado valor de tenso, em geral 150% da tenso do sistema. Isto se faz atravs

    da utilizao de reatores com ncleo de ar ou com ncleo de ferro e entreferro, sendo estes

    ltimos os mais utilizados, devido ao menor volume ocupado pelo reator.

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    colunas, ou, em casos especiais, com trs colunas. Quando no houver a

    necessidade da igualdade, o reator trifsico pode ser construdo com 3

    colunas do ncleo formando um tringulo equiltero. Geralmente os

    reatores de tercirio so trifsicos em estrela no aterrada.

    De acordo com o material do ncleo:o Ncleo de ArO material construtivo do ncleo o ar atmosfrico;o Ncleo de FerroO material construtivo do ncleo o ferro. o tipo

    mais usado, pois leva a equipamentos mais compactos e com menores

    perdas.

    De acordo com a localizao:Os reatores em derivao podem estar localizados em diversos pontos do

    sistema.

    o Reatores de linhaInstalados junto linha de transmisso;o Reatores de barraInstalados junto aos barramentos da subestao;

    R d i i I l d j l i i d

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    especificado e interromper corrente sob condies anormais de operao, como, por exemplo,

    as de curto-circuito.

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    da corrente, certa energia continuar sendo gasta para aquecer o condutor, mas no ser

    necessria energia para o campo magntico. Essa energia do campo magntico armazenada

    na forma de energia potencial, e ser devolvida ao sistema com a dissipao entre os contatos

    do disjuntor em forma de arco eltrico.

    O arco eltrico consiste de um plasma eletricamente condutor que permite corrente

    fluir entre os contatos abertos do disjuntor, evitando assim que o campo magntico decaia

    com extrema rapidez. Como se sabe:

    Onde:

    Tenso o circuito ;Indutncia do circuito;i d d d

    70

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    no desaparece instantaneamente e, se houver uma temperatura alta o suficiente, o arco pode

    reacender.

    4.3.2 Tipos de Disjuntores

    Os primeiros disjuntores a serem usados utilizavam a tcnica de interrupo ao ar livre.

    Ao longo do tempo, com crescimento das potncias de interrupo e os nveis de tenso dos

    sistemas eltricos, surgiram disjuntores com outras tecnologias como o disjuntor a leo,

    hexafluoreto de enxofre (SF6), dentre outros.

    Os disjuntores de alta tenso, quando classificados de acordo com as tcnicas de

    interrupo, so divididos em:

    Disjuntores a ar comprimidoNos disjuntores a ar comprimido a extino do f it t d i j d i id i t t t

    71

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    at 230 kV, apesar de estarem tecnicamente ultrapassados. Estes disjuntores

    podem ser subdivididos em:

    o Grande volume de leo So compostos basicamente de um grandetanque metlico, ao potencial da terra, no qual so imersos os

    mecanismos de extino do arco, sendo que cada polo concentrado em

    uma unidade individual;

    o Pequeno volume de leoComo uma evoluo das cmaras individuaisdos polos dos disjuntores a grande volume de leo, desenvolveu-se os

    disjuntores a pequeno volume de leo. Sua vantagem est no fato de

    utilizar menor volume de leo, possuir uma manuteno bem mais

    simples e prtica e apresentar alta confiabilidade. Por outro lado, no est

    bem adaptado a sistemas de extra-alta tenso.

    Disjuntores a SF6Devido s suas propriedades, o hexafluoreto de enxofre(SF6) um gs muito utilizado para a extino do arco em disjuntores. Ele no

    explosivo, estvel, inerte, no txico e no corrosivo, alm de possuir excelentes

    t ti d i l f i t d t lt i S

    72

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    prximo ao do disjuntor ideal. Ainda, no existe desgaste dos contatos como nos

    outros tipos. Em contrapartida, devido a questes de custo, este tipo de disjuntor

    no utilizado comercialmente.

    Pode-se ainda classificar os disjuntores quanto ao mecanismo de acionamento, sendo

    eles:

    Acionamento por solenoideNeste tipo de acionamento uma bobina solenoide utilizada para acionar os contatos na operao de fechamento e tambm para

    carregar a mola de abertura. pouco utilizado devido a pouca energia que

    capaz de prover aos sistemas de abertura;

    Acionamento a mola Para este tipo, a energia necessria ao fechamento armazenada em uma mola. A mola carregada atravs de motores de corrente

    contnua ou corrente alternada. So utilizados em disjuntores de alta e extra-alta

    tenso;

    73

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    4.3.3 Acessrios dos Disjuntores

    Os principais acessrios utilizados na composio do disjuntor so o resistor de pr-

    insero, os capacitores de equalizao de tenses e o sincronizador de manobras.

    Os resistores de pr-insero reduzem a amplitude das sobretenses decorrentes da

    energizao e religamento de linhas de transmisso e tambm das tenses de

    reestabelecimento transitrias atravs dos contatos dos disjuntores. Podem estar ainda

    associados a capacitores nos terminais dos disjuntores que reduzem a taxa de crescimento da

    tenso de reestabelecimento transitria.

    Os capacitores de equalizao de tenso so utilizados em disjuntores de alta e extra-

    alta tenso constitudos por duas ou mais cmaras de interrupo a fim de garantir uma

    distribuio uniforme da tenso total entre as cmaras.

    O i i d d b tili d ti i i t t d d

    74

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    chocam com os tomos do dieltrico entorno do eletrodo, provocando a liberao de novos

    eltrons, num processo chamado de Avalanche de Townsend. Este efeito ocorre em

    superfcies pontudas ou irregulares, onde ocorre uma concentrao de campo eltrico, grande

    o suficiente para ionizar o meio isolante no qual a superfcie est imersa, tornado o meio

    condutivo.

    Este efeito trs alguns problemas ao sistema como a gerao de rudos audveis e de

    radiofrequncia, perda de energia, danificao de isolamentos, como tambm a produo de

    oznio, sendo necessrio reduzir a sua ocorrncia.

    Para evitar este efeito so instalados anis metlicos no entorno dos contatos das chaves

    de alta a ultra-alta tenso, a fim de se homogeneizar o campo eltrico heterogneo e

    concentrado no seu entorno, causado pela prpria forma construtiva das chaves (contatos,

    parafusos, soldas), conforme mostrado naFigura 32.

    75

    http://img.directindustry.com/images_di/photo-g/high-voltage-outdoor-switch-disconnector-724265.jpg
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    4.4.1 Classificao das Chaves

    As chaves podem ser classificadas de acordo com diversos fatores. Quando classificadas

    de acordo com a funo que desempenham dentro da subestao, so divididas em:

    Chaves seccionadoras So utilizadas para contornar (by-pass) ou isolarequipamentos das subestaes, como disjuntores, capacitores srie, dentre

    outros, a fim de se realizar a manuteno destes equipamentos. Ainda, so

    utilizadas para se realizar as manobras de transferncia entre barramentos de

    uma subestao (principal, secundrio, transferncia, dentre outros);

    Chaves de terraSo utilizadas para aterrar os equipamentos do sistema queesto em manuteno, ou para aterrar linhas de transmisso, barramentos, ou

    bancos de capacitores em derivao;

    76

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    Acionamento motorizadoO acionamento motorizado pode ser feito atravsde motores eltricos, acionadores hidrulicos, pneumticos ou outros tipos de

    acionamento.

    4.4.2 Tipos Construtivos das Chaves

    Existem diversos tipos construtivos para a abertura e o fechamento das chaves, sendo

    eles:

    Chave de abertura lateral; Chave de abertura vertical; Chave de abertura vertical reversa; Chave de abertura dupla lateral; Chave de abertura central;

    77

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    78

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    4.4.3 Acessrios das Chaves

    Existem inmeros acessrios para as chaves. A escolha destes deve ser feita em relao

    funo e caractersticas da chave no sistema. Entre os acessrios podemos citar:

    Lmina de terra; Motorizao para o acionamento das lminas da chave; Dispositivos de intertravamento entre as lminas principais e as lminas de terra; Indicadores de posio das lminas; Dispositivos de extino de arco eltrico; Contatos de sacrifcio; Anis redutores de Efeito Corona.

    4.5 Transformadores de Corrente

    79

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    Figura 34 - Transformadores de corrente [29]

    A funo primria dos transformadores de instrumentao definida na norma ABNT

    NBR 6546:1991 como sendo o transformador que alimenta instrumentos de medio,

    80

    T f d d i d di

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    Transformadores de corrente para servio de medio; Transformadores de corrente para servio de proteo.

    Os transformadores de corrente para servio de proteo pode ser subdivididos, de

    acordo com a norma ABNT NBR 6546:1991, em:

    Classe APossuem alta impedncia interna, ou seja, a reatncia de disperso doenrolamento secundrio possui valor considervel;

    Classe BPossui baixa impedncia interna, ou seja, a reatncia de disperso doenrolamento secundrio possui valor desprezvel.

    4.5.2 Tipos Construtivos dos Transformadores de Corrente

    Existem diversas formas construtivas dos ncleos dos transformadores de corrente, a

    81

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    Figura 36 - Transformador de corrente do tipo barra

    Tipo janela No apresenta enrolamento primrio prprio. O ncleo possuiuma abertura para a passagem do condutor do circuito primrio (Figura 37);

    Figura 37 - Transformador de corrente do tipo janela

    Tipo bucha Transformador de corrente semelhante ao tipo janela, masprojetado para ser instalado sobre a bucha de um equipamento eltrico (Figura

    82

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    Figura 39 - Transformador de corrente do tipo ncleo dividido

    Tipo com vrios enrolamentos primrios Possui vrios enrolamentosprimrios separados e isolados entre si;

    Tipo com vrios ncleos Possui vrios enrolamentos secundrios separados eisolados entre si, montados cada um sobre um ncleo diferente, porm com um

    enrolamento primrio em comum.

    4.5.3 Correntes Nominais e Relaes Nominais dos Transformadores de Corrente

    83

    Tabela 10 Relaes nominais de transformadores de corrente [30]

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    Tabela 10 Relaes nominais de transformadores de corrente [30]

    CorrentePrimriaNominal (A)

    RelaoNominal

    CorrentePrimriaNominal (A)

    RelaoNominal

    CorrentePrimriaNominal (A)

    RelaoNominal

    5 1:1 100 20:1 1000 200:1

    10 2:1 150 30:1 1200 240:1

    15 3:1 200 40:1 1500 300:120 4:1 250 50:1 2000 400:1

    25 5:1 300 60:1 2500 500:130 6:1 400 80:1 3000 600:140 8:1 500 100:1 4000 800:150 10:1 600 120:1 5000 1000:160 12:1 800 160:1 6000 1200:175 15:1 8000 1600:1

    4.5.4 Classes de Exatido dos Transformadores de Corrente

    84

    Para os transformadores de corrente para medio utiliza-se o conceito de carga

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    Para os transformadores de corrente para medio utiliza se o conceito de carga

    nominal. Segundo a ABNT as cargas nominais so designadas pelo smbolo C seguido do

    nmero de volt-ampres correspondente corrente secundria nominal. Pode-se observar seus

    valores naTabela 12.

    Tabela 12 - Valores de carga nominal e designaes de transformadores de corrente para medio [32]

    Designao Resistncia

    IndutncianH

    PotnciaAparenteVA

    Fator dePotncia

    Impedncia

    ANSI ABNT

    B-0,1 C2,5 0,09 0,116 2,5 0,90 0,1

    B-0,2 C5,0 0,18 0,232 5,0 0,90 0,2B-0,5 C12,5 0,45 0,580 12,5 0,90 0,5B-1 C25 0,50 2,3 25 0,50 1,0

    B-2 C50 1,0 4,6 50 0,50 2,0B-4 C100 2,0 9,2 100 0,50 4,0B-8 C200 4,0 18,4 200 0,50 8,0

    Assim, no caso de um transformador de corrente de medio, para a especificao da

    85

    Tabela 13 Classes e designaes de transformadores de corrente para proteo [33]

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    Tabela 13 Classes e designaes de transformadores de corrente para proteo [33]

    Caractersticas Nominais Designao

    ImpednciaSecundria

    Interna

    PotnciaAparente

    VA

    TensoSecundria

    VANSI ABNT

    Alta (A)

    2,5 10 T10 A10

    5,0 20 T20 A20

    12,5 50 T50 A5025 100 T100 A10020 200 T200 A200

    100 400 T400 A400200 800 T800 A800

    Baixa (B)

    2,5 10 C10 B10

    5,0 20 C20 B2012,5 50 C50 B5025 100 C100 B10020 200 C200 B200

    100 400 C400 B400200 800 C800 B800

    86

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    Figura 40 - Transformador de potencial indutivo [34]

    A principal funo dos transformadores de potencial a de isolar o circuito de alta

    tenso do circuito de baixa tenso, e reproduzir os efeitos transitrios e regime permanente do

    circuito de alta tenso o mais fielmente possvel no circuito de baixa tenso.

    87

    4.6.2 Tipos Construtivos dos Transformadores de Potencial

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    p

    Existem basicamente dois tipos construtivos de transformadores de potencial:

    Transformador de potencial indutivoSo semelhantes a um transformadorde fora, porm conectados a pequenas cargas;

    Transformador de potencial capacitivo So constitudos basicamente decapacitores, cujas funes so de divisor de tenso capacitivo e de acoplar a

    comunicao via carrier (PLC) ao sistema de potncia, associados a uma

    estrutura de um transformador de potencial indutivo.

    Existem ainda os divisores capacitivos, divisores resistivos e divisores mistos, que no

    so usados em sistemas de potncia, sendo utilizados em circuitos de ensaio e testes de

    laboratrio.

    P 69 kV h d i i d d f d d i l

    88

    Tabela 14 - Relaes nominais para transformadores de potencial [35]

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    Ligao entre fases Ligao entre fase e terra

    TensoPrimria

    Nominal (V)

    RelaoNominal

    TensoPrimriaNominal

    (V)

    Relao Nominal

    Tenso Secundria Nominal (V)

    115/3 115/3 115

    115 1:1 - - - -

    230 2:1 - - - -

    402,5 3,5:1 - - - -460 4:1 - - - -2.300 20:1 2.300/3 36:1 20:1 12:13.450 30:1 3.450/3 52,5:1 30:1 17,5:14.025 35:1 4.025/3 60:1 35:1 20:14.600 40:1 4.600/3 72:1 40:1 24:16.900 60:1 6.900/3 105:1 60:1 35:1

    8.050 70:1 8.050/3 120:1 70:1 40:111.500 100:1 11.500/3 180:1 100:1 60:113.800 120:1 13.800/3 210:1 120:1 70:123.000 200:1 23.000/3 360:1 200:1 120:134.500 300:1 34.500/3 525:1 300:1 175:146 000 400 1 46 000/3 720 1 400 1 240 1

    89

    Tabela 15 - Exatido para transformadores de potencial

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    Transformador de Potencial

    Norma Proteo e Medio

    ANSI 0,3 - 0,6 - 1,2

    No caso de um transformador de potencial, para a especificao da classe de exatido

    indica-se a exatido seguida do smbolo de maior carga nominal com a qual se verifica esta

    exatido (indicado pelo smbolo P pela norma ABNT). Pode-se observar os valores das

    cargas nominais naTabela 16.

    Tabela 16 - Valores de carga nominal e designaes de transformadores de potencial [36]

    DesignaoABNT Resistncia IndutnciamH

    Potncia

    AparenteVA

    Cos Impedncia

    P12,5 115,2 3042 12,5 0,10 1152

    P25 403,2 1092 25 0,70 576P35 82,2 1095 35 0,20 411P75 163 2 268 75 0 85 192

    90

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    Figura 41 - Para-raios Siemens[37]

    A sua principal funo a de proteger os equipamentos contra descargas que entram nasubestao atravs das linhas de transmisso e tambm proteger contra parte das falhas da

    blindagem contra descargas diretas (cabos para-raios). Isto feito limitando-se a tenso a um

    valor conhecido, evitando que tenses superiores cheguem aos equipamentos protegidos.

    Como uma funo adicional, os para-raios podem proteger o sistema contra surtos de

    91

    4.7.1 Classificao dos Para-raios

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    Existem duas maneiras principais para se classificar os para-raios:

    Quanto sua funcionalidade A funcionalidade est relacionada com alocalizao do para-raios na subestao.

    o De estaoEnglobam todos as classes de tenso, em especial as acimade 138 kV;

    o Intermedirio (ou subtransmisso) Englobam principalmente ospara-raios com classe de tenso entre 138 kV e 35 kV, normalmente

    utilizadas para a subtransmisso;

    o De distribuioEnglobam as classes de tenso abaixo de 35 kV, maisutilizados para a distribuio.

    Quanto ao material do isolamentoComercialmente utilizam-se trs tipos dei l i

    92

    Tabela 17 - Valores de tenso nominal de para-raios

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    Faixa de TensoNominal

    kV Eficaz

    Degraus deTenso

    Nominal

    3 12 1

    12 54 3

    54 108 6108 288 12288 396 18396 756 24

    A escolha da tenso nominal do para-raios depender da tenso de operao contnua do

    para-raios e tambm do tipo de aterramento do sistema.

    A mxima tenso de operao contnua do para-raios (), tambm conhecida comoMCOV (Maximum Continuous Operating Voltage), a mxima tenso eficaz permissvel

    frequncia industrial que pode ser aplicada continuamente aos terminais dos para raios

    93

    seu valor 10% acima da tenso fase-fase do sistema, aproximado para o valor superior mais

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    prximo de acordo com aTabela 17.

    Para os dois casos citados anteriormente, como regra, assume-se que a tenso nominal

    do para-raios deva ser pelo menos 125% da tenso de operao contnua do para-raios. Desta

    forma:

    Onde:

    Tenso nominal do para-raios;Mxima tenso de operao contnua.Aproxima-se o valor de para o valor superior mais prximo dado na Tabela 17,encontrando-se o valor final da tenso nominal do para-raios.Por exemplo, considerando que estamos trabalhando em um sistema com tenso

    i l d 138 kV

    94

    tipo estao e de 10 kA e 5 kA para para-raios tipo distribuio. A escolha da corrente feita

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    geralmente de acordo com a tenso nominal do para-raios, da seguinte maneira:

    Corrente de descarga nominal de 5 kATenso nominal do para-raios de 3 a39 kV eficaz;

    Corrente de descarga nominal de 10 kATenso nominal do para-raios de 3a 360 kV eficaz;

    Corrente de descarga nominal de 20 kATenso nominal do para-raios de276 a 612 kV eficaz.

    4.8 Bobinas de Bloqueio

    As bobinas de bloqueio (Figura 42)so equipamentos utilizados quando se adota para a

    subestao um sistema de teleproteo do tipo OPLAT (Ondas Portadoras sobre Linha de Alta

    95

    4.8.1 Caractersticas Construtivas das Bobinas de Bloqueio

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    As bobinas de bloqueio so constitudas de um enrolamento principal, envolto em um

    ncleo geralmente de ar, de um dispositivo de sintonia, um dispositivo de proteo (para-

    raios), dos terminais para a conexo da linha de transmisso e dos cabos da subestao.

    Podem conter um pedestal, a fim de ser instalados sobre um isolador de pedestal ou sobre um

    transformador de corrente capacitivo, ou ainda conter isoladores na parte superior, para ainstalao em modo suspenso. Podemos observar as bobinas, de modo esquemtico, na Figura

    43.

    96

    A avaliao das bobinas de bloqueio envolve a comparao da impedncia da bobina de

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    bloqueio em uma determinada frequncia com a impedncia do sistema vista do local de

    instalao da mesma. Dependendo das normas utilizadas, utiliza-se o valor de impedncia da

    linha entre 300 e 600. Usualmente utiliza-se o valor de 400 para acoplamentos fase-

    terra e 600 para acoplamento fase-fase.

    Os parmetros utilizados para se medir a eficincia da bobina de bloqueio so a perda

    de insero ( ) e a atenuao de bloqueio ( ), expressos em decibis ou nepers.Matematicamente temos: |

    |

    | | Onde:

    97

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    Onde:

    Resistncia mnima de bloqueio;Impedncia mnima de bloqueio;Limite superior da faixa;Limite inferior da faixa;

    Frequncia de ressonncia;

    Fator determinado pelaTabela 18.

    98

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    Onde:

    Resistncia mnima de bloqueio;Impedncia mnima de bloqueio;Limite superior da faixa;Limite inferior da faixa;

    Frequncia de ressonncia;

    Fator determinado pelaTabela 18.4.9 Bancos de Capacitores em Derivao

    99

    4.9.1 Unidades Capacitivas e Bancos de Capacitores

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    As unidades capacitivas, tambm chamadas de latas ou clulas capacitivas, so uma

    associao srie e/ou paralelo de capacitores individuais. Os capacitores possuem

    internamente resistores de descarga projetados para garantir a extino da tenso da unidade

    aps alguns minutos (entre 5 e 10 min). Podemos ver o esquema de uma unidade capacitiva

    naFigura 44.

    100

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    Figura 45 - Banco de capacitores [42]

    A proteo dos capacitores feita atravs de um elo fusvel ligado s unidades

    capacitivas, de modo que ele se rompa durante um curto-circuito interno, isolando a unidade

    capacitiva defeituosa o mais rpido possvel, evitando assim que outras unidades capacitivas

    sejam atingidas. Este elo fusvel pode ser interno (Figura 47)ou externo (fuseless) (Figura

    46), variando de acordo com o projeto.

    101

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    Figura 46Unidade capacitiva com fusvelexterno [43]

    Figura 47Unidade capacitiva com fusvelinterno [44]

    O elo fusvel interno indicado para grandes potncias pois um elemento defeituoso

    102

    4.9.2 Esquema de Ligao dos Bancos de Capacitores em Derivao

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    Existem trs tipos de ligao que normalmente so utilizadas para bancos de capacitores

    em derivao:

    Ligao em estrela aterrada ou dupla estrela aterrada As principaisvantagens desta configurao (Figura 48)so:

    o So autoprotegidos contra surtos atmosfricos, no sendo necessrio ouso de para-raios adicionais;

    o Podem ser usados em sistemas com grandes quantidades de harmnicosdevido ao caminho de baixa impedncia para correntes de altas

    frequncias;o A tenso de reestabelecimentos dos disjuntores relativamente baixa;

    Por outro lado, este tipo de ligao apresenta certas desvantagens, como:

    A t i t f i i it d i

    103

    o No provocam interferncia nos circuitos de comunicao;o No h uma preocupao to grande para a proteo do secundrio dos

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    o No h uma preocupao to grande para a proteo do secundrio dostransformadores de corrente quanto nas ligaes em estrela aterrada oudupla estrela aterrada.

    Como desvantagens deste tipo de ligao pode-se citar:

    1. O neutro do banco dever ser isolado para a tenso de fase, o que podeser muito dispendioso para tenses mais altas;

    2. A tenso transitria de reestabelecimento dos equipamentos de manobrada subestao deve ser vista com uma ateno especial.

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    105

    A capacidade nominal das unidades capacitivas dever ser, preferencialmente, ade maior tenso e de maior potncia;

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    de maior tenso e de maior potncia;

    A potncia do banco dever ter desvio mximo de 5% do total planejado; A tenso nominal do banco de capacitores dever ser igual ou maior tenso

    mxima prevista de operao do banco;

    A sobretenso causada pela falha em uma unidade capacitiva no poder sersuperior a 10%.

    NaTabela 19 apresentado um formulrio para bancos de capacitores em derivao em

    Alta Tenso e Extra-Alta Tenso, com fusvel externo, para o clculo das tenses nas

    unidades aps a ocorrncia de defeitos, onde:

    Nmero de grupos em srie;Nmero de unidades em paralelo por grupo;Nmero de unidades excludas de um grupo;Tenso nominal fase-terra do banco;

    106

    Com base nestas equaes possvel fazer o caminho inverso para encontrar os valores

    X e M das quantidades de capacitores srie e paralelo do banco de capacitores em derivao.

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    q p p p

    Por exemplo, considere que, aps um clculo de dimensionamento de um banco decapacitores chegamos s seguintes premissas:

    Trabalha-se em um sistema com tenso nominal de 345 kV; A potncia do banco de capacitores deve ser de 160 MVAr; A tenso nominal deve ser maior que a tenso ; , fornecida pelos setores de planejamento; A potncia total do banco deve ter desvio mximo de 5%; O tipo de ligao dupla estrela aterrada; A sobretenso mxima devido falha de uma unidade (N=1) de 10% (

    );Inicialmente tem-se:

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    108

    Aumento da capacidade de transmisso de potncia da linha de transmisso; Aumento da estabilidade do sistema;

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    ;

    Diminuio da queda de tenso ao longo da linha de transmisso; Melhor equilbrio de potncia entre as linhas, reduzindo as perdas globais do

    sistema;

    Reduo nos custos quando comparado a outras alternativas.

    109

    4.10.1 Principais Componentes dos Bancos de Capacitores Srie

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    O banco de capacitores srie constitudo de trs bancos monofsicos. Cada banco pode

    ser dividido em seus componentes principais, a saber:

    CapacitoresSo como descritos no item4.9.1;

    Dispositivos limitadores de tensoO limitador de tenso pode ser um gap ouum resistor a xido de zinco. Os gaps podem ser divididos em no auto-

    extinguveis (no possuem mecanismos de extino do arco, sendo necessrio

    um equipamento para o desvio da corrente, por exemplo um disjuntor) e auto-

    extinguveis (possuem mecanismo de extino de arco e, por esta razo, somais complexos);

    Disjuntores de derivao Estes disjuntores desempenham uma funo

    110

    Coluna de comunicaesPara o envio dos sinais de corrente para os relslocalizados na casa de comando da subestao utiliza-se uma coluna de

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    comunicao. Os sinais geralmente so enviados por fibras pticas, mas anecessidade de se ter equipamentos eletrnicos e optrnicos sobre a plataforma

    energizada leva os projetistas a utilizar um sistema puramente magntico,

    utilizando um transformador de corrente modificado, que leva diretamente para

    o solo as correntes secundrias do transformador de corrente;

    Plataforma A plataforma isolada geralmente feita em ao galvanizado edimensionada para a colocao dos equipamentos e trnsito de pessoas para a

    realizao da manuteno;

    Seccionadoras As seccionadores tem a funo de isolar o banco decapacitores para a realizao da manuteno;

    Reator de descargaO reator de descarga, quando utilizado, instalado em

    111

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    Figura 52 - Banco de capacitores em srie tipo gap simples

    Caso o banco de capacitores no apresente o resistor R e o disjuntor D2, aps

    ocorrer um defeito na rede, o gapG1 dispara e curto-circuita o capacitor C to

    logo o nvel de tenso atinja o seu ajuste. Aps o disparo, o disjuntor D1

    fechado, permitindo a passagem de corrente e resfriando o gap. Por fim, apsalgum tempo da eliminao do defeito o disjuntor aberto, reestabelecendo o

    capacitor operao.

    Caso o resistor R e o disjuntor D2 estejam presentes aps o disparo do gap os

    112

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    Figura 53 - Banco de capacitores em srie tipo gap duplo

    O funcionamento deste tipo construtivo bem simples. O gapG2 (com ajuste

    20% inferior ao gap G1) dispara, curto-circuitando o capacitor. Aps a

    eliminao da falta o disjuntor D2 abre, reinserindo o capacitor C com o gapG1

    em sua plena capacidade , protegendo o banco contra sobretenses de reinsero.

    Tipo com limitador a xido de zincoO esquema para este tipo construtivo mostrado naFigura 54.

    113

    5 EQUIPAMENTOS DE MDIA TENSO

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    Em subestaes de distribuio de energia, e principalmente nas industriais, utilizam-se

    equipamentos de mdia tenso associados ao secundrio do transformador de fora, para

    realizar a distribuio, manobra, controle e proteo da energia fornecida ao consumidor.

    Esta seo ir mostrar, em um carter mais superficial, alguns dos equipamentosutilizados nas subestaes de mdia tenso e as suas diferenas para os equipamentos de alta

    tenso, baseando seu contedo principalmente em catlogos de diversas empresas como

    Eletele, Schake Siemens.

    5.1 Corrente de Curto-Circuito

    114

    Corrente de curto-circuito;Impedncia percentual do transformador.

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    5.2 Diferenas entre Equipamentos de Alta Tenso e Mdia Tenso

    Nem todos os equipamentos que so utilizados na alta tenso so aplicveis na mdiatenso. o caso das bobinas de bloqueio, de alguns tipos de disjuntores e alguns tipos de

    chaves seccionadoras.

    O contrrio tambm verdadeiro. Alguns equipamentos utilizados em mdia tenso no

    so aplicveis na alta tenso. Dentre estes podemos citar alguns tipos de disjuntores, osreligadores, as chaves seccionadoras fusveis, os cubculos blindados de mdia tenso e os

    resistores de aterramento.

    115

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    Figura 55 - Disjuntor de mdia tenso [47] Figura 56 - Disjuntor compacto de mdia tenso[48]

    Estes ltimos, quando instalados em cubculos de distribuio de mdia tenso isolados

    a ar e se associados a certos mecanismos, podem ser removidos dos cubculos, permitindo

    assim maior facilidade na manuteno ou troca do disjuntor.

    116

    5.2.2 Religadores

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    Os religadores (Figura 57) so equipamentos semelhantes aos disjuntores, porm,

    adicionalmente s caractersticas destes, os religadores so fornecidos com os circuitos de

    proteo e controle completos e integrados, para a instalao em postes ao longo de redes de

    distribuio. Por este motivo os religadores so regidos por normas diferentes dos disjuntores,

    como a norma ABNT NBR 8177:1983 (atualmente cancelada sem substituio).

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    Estes equipamentos so ento instalados ao tempo, sobre bases de concreto (como no

    caso dos disjuntores), ou ainda instalados ancorados em postes devido ao seu tamanho

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    reduzido (tambm chamada de distribuio area), sendo esta ltima mais utilizada fora doptio de subestaes (por exemplo na distribuio de energia aos consumidores residenciais).

    Outro mtodo, muito utilizado em subestaes de distribuio de instalaes industriais

    a utilizao de cubculos blindados de mdia tenso (Figura 59). Estes cubculos so painis

    aterrados construdos com chapas metlicas, no qual se instalaro tanto os equipamentos demdia tenso como os sistemas de proteo e controle referentes a estes equipamentos.

    119

    Operacionalmente e construtivamente, os cubculos que utilizam um ou outro meio de

    isolao so bem semelhantes, sendo que os isolados a SF6possuem as mesmas vantagens

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    dimensionais apresentadas no disjuntor.

    Por outro lado, no quesito manuteno, cada um possui vantagens e desvantagens. Os

    cubculos isolados a SF6so conhecidos por apresentar pouca ou nenhuma manuteno, sendo

    que em casos extremos, como na ocorrncia de danos por ocorrncia de faltas, a manuteno

    se torna mais complicada e dispendiosa.

    Os cubculos isolados a ar, por outro lado, apresentam maior necessidade de

    manuteno, possibilitando tambm uma maior facilidade da mesma. Tambm, h a

    possibilidade de instalao de disjuntores extraveis, ou seja, disjuntores que podem ser

    removidos dos cubculos com o auxlio de carros especiais, para a manuteno.

    Em geral, os cubculos de mdia tenso tanto isolados a ar quanto isolados a SF6 so

    compostos de 4 compartimentos:

    120

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    121

    3Isolador tipo bucha;

    4Transformador de corrente;

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    5Transformador de potencial;6Conexo de cabos;

    7Chave de aterramento;

    8Conexo de baixa tenso;

    9Unidade de comando do disjuntor;

    10Cmara de interrupo;11Sistemas de contato;

    12 Sistema de operao e intertravamento para movimentao do disjuntor extravel

    (para cubculos isolados a ar).

    5.2.4.2 Invlucro Metlico Aterrado

    O i l tli t d l t d i t d it d

    122

    As tabelasTabela20, Tabela21,Tabela 22eTabela 23,baseadas na norma ABNT NBR

    IEC 60529:2005, nos trazem o nmero ou letras utilizadas para cada elemento e o seu

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    significado.Tabela 20 - Primeiro elemento do cdigo IP

    Elemento Numero Significado

    W

    0 No protegido

    1 50 mm de dimetro2 12,5 mm de dimetro3 2,5 mm de dimetro4 1 mm de dimetro5 Protegido contra poeira6 Totalmente protegido contra poeira

    Tabela 21 - Segundo elemento do cdigo IP

    Elemento Numero Significado

    0 No protegido

    1 Gotejamento vertical2 Gotejamento (inclinao 15)

    123

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    5.2.5

    Resistores de Aterramento

    Os resistores de aterramento so equipamentos instalados no neutro do secundrio dos

    transformadores de potncia ou neutro dos geradores, a fim de limitar as correntes de falta

    fase-terra, evitando assim que estas correntes danifiquem os outros equipamentos dasubestao. Devem, porm, permitir uma amplitude de corrente suficientemente alta para que

    os transformadores de instrumentao excitem os rels de proteo, acionando o sistema de

    proteo e controle e desligando assim o sistema.

    124

    Os custos de manuteno so praticamente iguais aos do sistema solidamenteaterrado (neutro aterrado);

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    Reduzem as sobretenses devido ressonncia LC e curto-circuitosintermitentes.

    Os resistores de aterramento so dimensionados para conduzir correntes por tempo

    limitado (5, 10, 30 ou 60 segundos), absorvendo a energia durante o tempo de circulao da

    corrente, e dissipando em forma de calor. Os valores comerciais mais utilizados de correntenominal para resistores de aterramento so de 100 A, 200 A e 400 A.

    125

    6 EQUIPAMENTOS AUXILIARES

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    Alm dos equipamentos utilizados para a conduo, transformao, manobra e

    monitoramento da energia, comum o uso de equipamentos auxiliares, que executaro

    funes secundrias, mas que so essenciais para o perfeito funcionamento da subestao.

    Em geral estas funes envolvem o fornecimento de corrente alternada ou contnua emregime normal de funcionamento ou em momentos de falta de energia no sistema, para

    operao e manuteno de algumas das funes essenciais da subestao. Estes equipamentos

    so de grande importncia para a confiabilidade do sistema.

    Dentre estes equipamentos podemos citar os transformadores, painis de distribuio,bancos de baterias, bancos de inversores e retificadores e outros equipamentos de suporte.

    126

    6.1.1 Servios Auxiliares em Corrente Alternada

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    Os Servios Auxiliares em Corrente Alternada so responsveis por suprir energia s

    cargas de corrente alternada, como motores, iluminao, tomadas, conversores CA/CC. O

    projeto deste sistema difcil de ser padronizado, j que depende do nmero e potncia das

    cargas, do nmero e potncia das fontes, dos nveis de tenso, dentre outros fatores.

    Em alguns casos so utilizados sistemas de transferncia automtica das fontes, a fim de

    se melhorar a disponibilidade de energia e aumentar a confiabilidade do sistema. Vale

    salientar que estes sistemas podem representar uma adio de custos considervel, sendo que

    a sua aplicao deve ser analisada cuidadosamente.

    Em geral so empregados sistemas com tenso de 127/220 Vca e/ou 220/380 Vca.

    6 1 2 S i A ili C t C t

    127

    6.2 Bancos de Baterias

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    Os bancos de baterias (Figura 62) so os acumuladores de energia utilizados nas

    subestaes. Os bancos so formados por clulas de baterias ligadas em srie/paralelo de

    modo a se alcanar as tenses e capacidades de corrente necessrias aos bancos de baterias.

    Os tipos de baterias mais utilizadas so as chumbo-cidas seladas ou ventiladas, as de

    nquel-cdmio e as de on-ltio. Pode-se utilizar ainda as baterias tipo alcalinas, porm estas

    esto saindo de uso devido ao seu baixo desempenho em relao aos outros tipos de baterias.

    128

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    Onde:

    Capacidade do banco de baterias (Ah);Corrente contnua que o banco fornece (A);

    Tempo que o banco de baterias mantm a tenso acima da tenso final de descarga

    (h).

    Para se especificar os bancos de baterias, e consequentemente os bancos de

    retificadores, deve-se levar em conta as tenses, os requisitos de corrente, a durao de

    operao e a frequncia de uso.

    As cargas dos bancos de baterias consistem em cargas contnuas e cargas temporrias.

    As cargas contnuas envolvem lmpadas, rels, motores e quaisquer outros equipamentos que

    necessitem serem alimentadas continuamente pelos bancos. Estas cargas, em geral envolvem

    d b d b i d 3 10 h C i i d il i d

    129

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    Figura 63 - Exemplo de curva de descarga de baterias [55]

    Para o processo de especificao dos bancos de baterias necessrio se elaborar um

    perfil de descargas, representando todos os consumos em ampres e os respectivos intervalos

    de tempo. A capacidade em ampre-hora do banco ir ento ser dimensionada para a maior

    requisio de corrente dentre as exigncias de descarga.

    O dimensionamento dos bancos de baterias feito atravs da equao:

    130

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    As curvas para o fator de capacidade so dadas pelo fornecedor das baterias e

    relacionam o valor do fator , o tempo de descarga e a tenso final de descarga. AFigura 64nos mostra um exemplo de curvas de Kt.

    131

    Nmero de clulas de baterias; Corrente de recarga da bateria, com valores aproximados de parab t i l li b t i h b id

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    baterias alcalinas e para baterias chumbo-cidas;Capacidade total do banco de baterias (Ah).6.3 Bancos de Retificadores

    Os retificadores de corrente (Figura 65)so responsveis pelo carregamento das baterias

    e so dimensionados para manter as baterias em regime de flutuao e para fo