Bob news, nº24, março de 2010

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BOB News Dia do Bibliotecário Prêmio Laura Russo homenageia os empreendedores 12 de março é dia de festa, de reencontros, de reflexão, de celebração e de reconhecimento aos bibliotecários com espírito empreendedor. Dos 26 projetos inscritos, nove foram selecionados pela Comissão de Avaliação do IX Prêmio Laura Russo. São profissionais que desenvolveram ações de inclusão em comunidades carentes na cidade de São Paulo, no interior e no litoral do Estado de São Paulo, em penitenciárias. Na tese de doutorado sobre as “Bibliotecas Comunitárias como prática social no Brasil”, a autora conclui: “O motivo principal para a criação de bibliotecas comunitárias é a carência de bibliotecas, o que leva a sociedade a buscar caminhos para enfrentar o problema de acesso à informação, à leitura e ao livro”. Conheça os projetos a partir da pág. 2. Dia do Bibliotecário e Entrega do IX Prêmio Biblioteconomia Paulista Laura Russo 12 de março, às 19h, no Masp Confirme presença: [email protected] ou tel. 5082-1404 BOB NEWS Boletim Eletrônico do Conselho Regional de Biblioteconomia do Estado de São Paulo - Número 24 - Março 2010 In memoriam José Mindlin (1914-2010), o guardião dos livros Sobre a paixão pelos livros e o estimulo à leitura, ele afirmou: “É um vírus que eu procuro inocular porque uma vez inoculado é incurável. Então a pessoa que apanha este vírus vai gostar de livros até o fim da vida”. José Mindlin recebeu em 2001 o II Prêmio Biblioteconomia Paulista Laura Russo pelo trabalho de alta revelância incentivando e divulgando as bibliotecas. 12 de março Até sexta, no Masp Faltam poucos dias para nos conhecer- mos, nos revermos e celebrarmos. No Dia do Bibliotecário, temos a enorme honra em homenagear os colegas em- preendedores sociais. A Comissão de Avaliação do IX Prêmio Biblioteconomia Paulista Laura Russo (conheça os mem- bros na pág. 13) trabalhou duro para analisar os 26 projetos inscritos e traba- lhos acadêmicos. Muitos só não foram selecionados porque não contempla- vam o “Empreendedorismo Social”. O mesmo aconteceu com as dissertações de mestrado, de muito bom nível, mas distantes do tema social que neste ano decidimos privilegiar. Nesta edição do BOB NEWS, apresen- tamos os projetos selecionados e os profissionais com os quais sabemos que podemos contar para defender as bibliotecas, os bibliotecários e todos os envolvidos em construir uma sociedade mais humana e justa. Formamos uma corrente, uma rede ativa de relações, de intercâmbio e de aprendizado. Sabemos do trabalho que ainda temos pela frente, do compromisso assumido perante os colegas, os professores, os amigos, os netos! E temos a consciên- cia de que assim, unidos, temos mais fôlego, coragem e determinação para prosseguir nessa jornada. Evanda Verri Paulino

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Dia do Bibliotecário

Prêmio Laura Russo homenageia os empreendedores

12 de março é dia de festa, de reencontros, de reflexão, de celebração e de reconhecimento aos bibliotecários com espírito empreendedor. Dos 26 projetos inscritos, nove foram selecionados pela Comissão de Avaliação

do IX Prêmio Laura Russo.

São profissionais que desenvolveram ações de inclusão em comunidades carentes na cidade de São Paulo, no interior e no litoral do Estado de São Paulo, em

penitenciárias. Na tese de doutorado sobre as “Bibliotecas Comunitárias como prática social no Brasil”, a autora

conclui: “O motivo principal para a criação de bibliotecas comunitárias é a carência de bibliotecas, o que leva a

sociedade a buscar caminhos para enfrentar o problema de acesso à informação, à leitura e ao livro”.

Conheça os projetos a partir da pág. 2.

Dia do Bibliotecário e Entrega do IX Prêmio Biblioteconomia Paulista Laura Russo

12 de março, às 19h, no MaspConfirme presença: [email protected]

ou tel. 5082-1404

BOB NEWSB o l e t i m E l e t r ô n i c o d o C o n s e l h o R e g i o n a l d e B i b l i o t e c o n o m i a d o E s t a d o d e S ã o P a u l o - N ú m e r o 2 4 - M a r ç o 2 0 1 0

In memoriam

José Mindlin (1914-2010), o guardião dos livros

Sobre a paixão pelos livros e o estimulo à leitura, ele afirmou:

“É um vírus que eu procuro inocular porque uma vez inoculado é incurável. Então a pessoa que apanha este vírus vai gostar

de livros até o fim da vida”.

José Mindlin recebeu em 2001 o II Prêmio Biblioteconomia Paulista Laura Russo pelo trabalho de alta revelância incentivando e divulgando as bibliotecas.

12 de março

Até sexta, no Masp

Faltam poucos dias para nos conhecer-

mos, nos revermos e celebrarmos. No

Dia do Bibliotecário, temos a enorme

honra em homenagear os colegas em-

preendedores sociais. A Comissão de

Avaliação do IX Prêmio Biblioteconomia

Paulista Laura Russo (conheça os mem-

bros na pág. 13) trabalhou duro para

analisar os 26 projetos inscritos e traba-

lhos acadêmicos. Muitos só não foram

selecionados porque não contempla-

vam o “Empreendedorismo Social”. O

mesmo aconteceu com as dissertações

de mestrado, de muito bom nível, mas

distantes do tema social que neste ano

decidimos privilegiar.

Nesta edição do BOB NEWS, apresen-

tamos os projetos selecionados e os

profissionais com os quais sabemos

que podemos contar para defender as

bibliotecas, os bibliotecários e todos os

envolvidos em construir uma sociedade

mais humana e justa. Formamos uma

corrente, uma rede ativa de relações, de

intercâmbio e de aprendizado.

Sabemos do trabalho que ainda temos

pela frente, do compromisso assumido

perante os colegas, os professores, os

amigos, os netos! E temos a consciên-

cia de que assim, unidos, temos mais

fôlego, coragem e determinação para

prosseguir nessa jornada.

Evanda Verri Paulino

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IX Prêmio Laura Russo

Categoria Trabalho Acadêmico: Tese de Doutorado

Bibliotecas Comunitárias como Prática Social no BrasilAutora: Elisa Campos Machado Orientador: Prof. Dr. Waldomiro de Castro Vergueiro

Por Elisa Campos Machado

A pesquisa aborda a biblioteca comuni-

tária como prática social no Brasil. Tem

por objetivo principal apontar políticas

públicas para o fortalecimento e am-

pliação dessas iniciativas. Para isso, foi

necessário proceder à análise da biblio-

teca comunitária como espaço de articu-

lação local, seus atores, sua organização

e o uso da informação nesse contexto.

Partindo do conceito de “comunidade”,

apresentamos uma reflexão sobre as

práticas sociais, os processos participati-

vos e a relação do Estado na construção

de políticas públicas para apoiar essas

experiências. Discutimos o emprego

do termo pela sociedade e pela área

acadêmica, analisando as semelhanças

e diferenças entre a biblioteca comu-

nitária e a biblioteca pública e popular.

Optamos pela metodologia qualitativa

com objetivos exploratórios e resultados

descritivos e analíticos. Levantamos 350

experiências no território nacional e se-

lecionamos 29 para compor o universo

da pesquisa. Lançando mão das técnicas

de entrevista e observação, pudemos

confirmar que o motivo principal para

a criação desses projetos é a carência

de bibliotecas públicas e escolares no

país, o que leva a sociedade a buscar

caminhos para enfrentar o problema

de acesso à informação, à leitura e ao

livro. A partir das experiências analisa-

das, foi possível perceber que, quanto

mais participativa é a sua gestão, maior

é a possibilidade da biblioteca transfor-

mar-se num espaço estratégico para a

implantação de políticas de integração

social. Apontamos como princípios bási-

cos para a implantação de políticas para

esses espaços o respeito à diversidade e

pluralidade cultural, assim como a valori-

zação do espaço público e dos processos

participativos. Defendemos a

consolidação do Sistema Na-

cional de Bibliotecas Públicas

como agência responsável

pela implementação, moni-

toramento e avaliação das

políticas públicas para apoiar

as bibliotecas comunitárias.

Biblioteca Comunitária “Solano Trindade”, na Cidade Tiradentes, em São Paulo.

Elisa também criou o fórum permanente de políticas públicas para bibliotecas na RBBC Rede Brasil de Bibliotecas Comunitárias:

http://rbbconexoes.ning.com/

Biblioteca “Vaga Lume” da Comunidade de Corre Água do Piririm, em Macapá, Amapa.

ELISA CAMPOS MACHADO

Doutora em Ciência da Informação pela Escola de Co-municação e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/

USP). Docente na disciplina de Catalogação pelo De-partamento de Estudos e Processos Biblioteconômicos (DEPB) na Escola de Biblioteconomia da Universidade (EB) Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO).

Coordenadora dos projetos na UNIRIO: Projeto de Pes-quisa: “Biblioteca como prática de responsabilidade

social”, como parte do Grupo de Pesquisa “Espaços e práticas biblioteco-nômicas”, dentro da linha de pesquisa “Biblioteconomia, Cultura e Socie-dade”. Projeto de Ensino: “Representação descritiva: novos parâmetros, novos conteúdos”, como parte do Grupo de Pesquisa “Organização do Conhecimento para a Recuperação da Informação”, dentro da linha de pesquisa “Organização e Representação do Conhecimento”.

WALDOMIRO DE CASTRO SANTOS VERGUEIRO

Possui graduação em Biblioteconomia e Documentação pela Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (1977), mestrado em Ciências da Comunicação (ECA/USP 1985), doutorado em Ciências da Comunicação (ECA/USP 1990) e pós-doutorado pela Loughborough University of Technology (Inglaterra).

Atualmente é professor titular ECA/USP, além de desem-penhar atividades de vice-chefe do Departamento de Biblioteconomia e Documentação e coordenador do Observatório de Histórias em Quadrinhos, também na ECA/USP. É autor de vários livros e artigos em revistas.

Fotos: Divulgação

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IX Prêmio Laura Russo

Categoria Trabalho Acadêmico: Trabalho de Conclusão de Curso

Leitura de Barraco: efeitos de leitura em uma biblioteca itineranteAutor: Adenilson Alves Orientadora: Prof. Dra. Lucília Maria Sousa Romão

Esse projeto, criado em 2005 em um assentamento no bairro

Ribeirão Verde em Ribeirão Preto, tem como finalidade a pro-

moção de espaços de mediação de leitura com sujeitos que

estão inseridos em diferentes contextos nos quais os livros

nem sempre estão presentes e nem sempre chegam como

possibilidade de inscrição de prazer e de uma relação lúdica

com os sentidos de leitura. Considerando que o acesso ao

livro e à leitura inscreveu historicamente sentidos de privilégio,

deixando grande parte da população longe dos processos

de significação dos gestos de leitura, buscamos contribuir,

de maneira prática, com um trabalho que faça justamente

o movimento contrário, levando livros àqueles a quem ele

foi negado. No Projeto “Leitura de Barraco”, criamos uma

biblioteca itinerante, que circula dentro do assentamento

rural Mário Lago onde vivem cerca de quatrocentas famílias,

com o objetivo de inscrever sentidos de errância, movimento,

deslocamento tão significativos para estes sujeitos que agora

estavam assentados em sua terra. Lançamos livros em caixas

de hortaliças, muitos deles entregues de barraco em barraco

dentro de carreolas ou carroças puxadas por animais, lança-

mos livros para que fossem abertos, tocados e lidos, não os

deixando inertes nas prateleiras de uma biblioteca. Lançamos

sementes e o desejo de que leitores pudessem ocupar lugares

diferentes e múltiplos de interpretação, não sabíamos o que

resultaria dessa semeadura, tampouco o sabemos plenamen-

te hoje. Dos sentidos de tantas leituras nas formas de dizer

desses sujeitos, sabemos apenas que o efeito da semente se

fez plantio e colheita.

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Leitura de Barraco tira os livros das estantes da biblioteca e os transporta em caixas de horta-liças para que cheguem, como sementes, nas

mãos dos leitores.

LUCÍLIA MARIA SOUSA ROMÃO

Possui graduação em Letras (1988) pelo Centro Universitá-rio Barão de Mauá de Ribeirão Preto e doutorado direto (2002) em Psicologia pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras

de Ribeirão Preto USP. Desde 2003, é docente (MS3) com dedicação exclusiva da Universidade de São Paulo. É bolsista 2 do CNPq (2009). É parecerista ad hoc do CNPQ e FAPESP; membro de ABRALIN, da ALED, do GEL e do GT de Análise do Discurso da ANPOLL. Especialista em Análise do Discurso. Publicou livros, além de artigos em revistas científicas e capítulos de livros. Coordena o Grupo de Pesquisa Discurso e memória: movimentos do sujeito, cadastrado junto ao Diretório de Grupos do CNPQ.

ADENILSON ALVES

Bacharel em Ciências da Informa-ção e Documentação e Biblioteco-nomia, pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto

- UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO – USP/RP

Cidadão portovaltense (título recebido em função das atividades desenvolvidas durante o Projeto Rondon), Prefeitura Municipal de Porto Walter/AC.

Fotos: Divulgação

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IX Prêmio Laura Russo

Categoria Projeto

Biblioteca Aprendiz

Por Rosana Formigoni Telles

O Projeto Biblioteca Aprendiz, trabalho voluntário que vem sendo desen-

volvido no Centro Comunitário Ludovico Pavoni (CCLP) desde 2005, tem

por objetivo capacitar um grupo de adolescentes carentes do Projeto

Crescer do CCLP com os princípios básicos de organização necessários

para, com ônus mínimo para a instituição, criar uma biblioteca para

prestar serviço de empréstimo manual e desenvolver um programa bási-

co de capacitação informacional para os alunos e professores do centro.

Atualmente, o Centro Comunitário conta com uma biblioteca de apro-

ximadamente 2.000 livros, o que equivale a 16,9 livros por aluno. O

espaço inicial, de três metros quadrados, foi ampliado para 30 metros

quadrados. A partir deste ano, será agregada uma sala complementar

para abrigar a coleção de livros infantis e um espaço agradável para

leitura.

A simplificação do número de chamada, associada à implantação de

um programa básico de capacitação informacional, foi aplicada para

garantir a compreensão do sistema de organização utilizado e conse-

quente inclusão informacional dos usuários.

O CCLP é uma entidade sem fins lucrativos que atua atendendo a

crianças, adolescentes e adultos, moradores da favela Real Parque e

Panorama, em São Paulo.

A simplificação do número de chamada, associada à implantação de um programa básico de capacitação

informacional, foi aplicada para garantir a compreensão do sistema e consequente inclusão informacional

dos usuários.

ROSANA FORMIGONI TELLES

Bibliotecária e educadora. Graduada pela FESP-SP (Fundação Escola de Bi-blioteconomia de São Paulo), possui especialização em Sistemas Automa-tizados de Informação (PUCAMP); Master in Curriculum and Teaching (Michigan State University) e com pós-graduação em Gestão do Co-nhecimento (Senac-SP).

Fotos: Divulgação

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IX Prêmio Laura Russo

Categoria Projeto

Biblioteca Itinerante

Por Cibele Fernandes de Oliveira

O projeto “Biblioteca Itinerante” foi desenvolvido pelo Programa Nacional de In-

centivo à Leitura (Proler/BS) em parceria com o Sistema Integrado de Bibliotecas da

Universidade Santa Cecília (Unisanta) em maio de 2008 a partir de uma doação de

livros da própria Biblioteca Nacional (BN) ao Proler/BS. Os livros doados abordam

temas de história (cidades brasileiras), artes e a história de algumas comemorações

típicas do Brasil (história do carnaval).

Portanto, resolvemos criar a Biblioteca Itinerante para que este acervo particular

do Proler/BS pudesse circular entre as bibliotecas públicas, escolares e universitárias

da Baixada Santista, pois o intuito era não restringir este acervo a um grupo seleto,

ou seja, os participantes do comitê Proler/BS.

Sendo assim, os representantes de cada cidade do Proler/BS ou dirigentes das bi-

bliotecas poderão ficar com a Biblioteca Itinerante desde que assinem um termo

de responsabilidade e a retirem na reunião mensal do Proler/BS.

Além dos livros, a “Biblioteca Itinerante” dispõe de um banner sobre o projeto,

uma listagem de todos os títulos e um carrinho para que as obras possam ser

deslocadas com maior facilidade até a cidade solicitante. Lembramos que o prazo

de permanência desta Biblioteca é de dois meses, podendo ser renovado por mais

um mês, desde que não haja outro agendamento.

O projeto Biblioteca Itinerante já passou por Bertioga, Guarujá

e Cubatão, entre outros municípios do Litoral do

Estado de São Paulo.

As bibliotecárias Ana Maria Racioppi Silvei-ra (à esq.) e Cibele Fernandes de Oliveira (à dir.). Ao centro, a coordenadora do Proler da Baixada Santista: Conceição Dante

CIBELE FERNANDES DE OLIVEIRA

Graduada em Biblioteconomia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP-2005), com especialização em livros raros e antigos pela Universidad Complutense de Madri (2008). Proficiência no idioma espa-nhol (Diploma DELE-2008). Formação complementar sobre a cultura espanhola pela Universidad de La Rioja (2006). Membro da comissão executiva do Pro-grama Nacional de Incentivo à Leitura - PROLER/BS. Mediadora dos pedidos da base de dados espanhola Dialnet no Brasil. Atualmente é bibliotecária da Universidade Santa Cecília atuando principalmente na área de gerência de bibliotecas universitárias com ênfase em marketing cultural.

Biblioteca Itinerante na Biblioteca Central da Unisanta

Biblioteca Itinerante no interior da Biblioteca da UNIESP no Guarujá

Fotos: Divulgação

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IX Prêmio Laura Russo

Categoria Projeto

Maracatando

Por Luciane Lima

O projeto surgiu com a parceria da

bibliotecária Luciane B. Lima e do pro-

fessor de percussão Marcelo Gabriel,

ambos profissionais da Fundação Julita.

Eles decidiram resgatar as raízes e influ-

ências africanas através de uma seleta

de histórias que falava da Abolição da

Escravatura, a chegada e o tratamen-

to nos navios negreiros, a história do

maracatu e, principalmente, sobre o

preconceito racial tão presente na vida

dos educandos.

A história conta sobre um príncipe afri-

cano e uma boneca de origem baiana

que se encontram ocasionalmente. A

boneca conta toda a trajetória dos ne-

gros no Brasil, o sofrimento e os casti-

gos a que eram submetidos. Assim, o

príncipe passa a compreender melhor as

suas origens. O mais interessante é que

a boneca incentiva e aguça a curiosida-

de dele, que a questiona sobre como ela

poderia saber de tanta coisa...

Com essa deixa, a personagem apresen-

ta o espaço da biblioteca é fala sobre

sua importância para obtenção do co-

nhecimento e o prazer da leitura.

O príncipe também apresenta um instru-

mento chamado “Macumba”, acabando

por desmistificar que o Maracatu é uma

forma de ritual religioso.

Após a cantoria de cantigas cantarola-

das pelo público, previamente ensinadas

pelo professor nas aulas de Maracatu,

encerramos a participação do projeto

com uma conversa de conscientização

de que cor de pele, raça ou religião

devem ser respeitadas, uma vez que a

bibliotecária se caracterizou justamente

para mostrar aos educandos que isso

não faz a menor diferença.

LUCIANE B. LIMA

Bacharel em Biblioteconomia e Ciência da Informação FABCI. Trabalha há 18 anos na área de Biblioteca, com cons-tante incentivo à leitura. Atualmente é bibliotecária de uma ONG e de uma Universidade.

O professor de percussão Marcelo Gabriel e Luciane Lima

De maneira lúdica, Luciane toca em assuntos como a

violência e o preconceito racial e fala sobre a importância

da biblioteca.

Fotos: Divulgação

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IX Prêmio Laura Russo

Categoria Projeto

As partes do todo: bibliotecas crochetando agasalhos e relacionamentos com quadrinhos de amor

Pelo quarto ano consecutivo, o Centro Universitário Se-

nac, Campus Campos do Jordão, realiza a ação Quadra-

dinhos do Amor. O objetivo é mobilizar voluntários para

a confecção de pequenas peças de crochê, que são unidas para formar grandes

colchas. Depois de prontas, as colchas são trocadas por cobertores, distribuídos

nas comunidades em condição de baixa renda.

Somente em 2009, o projeto arrecadou 245 cobertores com a confecção de 13

colchas e ajudou moradores de ruas e abrigos do Rio de Janeiro, a Casa Abrigo

Elza Mansur e o Acampamento dos Pumas, em Campos do Jordão. Além disso, a

novidade foi a troca de cobertas por violões para a implantação de uma escola da

música na região de Presidente Prudente, interior de São Paulo.

A iniciativa da ação partiu da bibliotecária do Campus, Tânia Maria Sanvezzo Cardin,

e hoje conta com a participação de outras unidades da instituição. “O projeto já

ajudou muita gente e a cada ano conta com a adesão de mais pessoas. A integra-

ção entre os participantes e o incentivo ao trabalho voluntário são os principais

objetivos dessa atividade”, afirma Maria Stela Crotti, diretora do Campus.

Podem colaborar alunos, docentes, funcionários, familiares e comunidade em geral.

Quem não tem habilidade na arte do crochê pode contribuir doando matéria-prima.

A ação, que também conta com a colaboração dos Departamentos Nacionais do

Senac e Sesc, é realizada durante todo o ano.

Com a participação voluntária, projeto dá visibilidade às bibliotecas, fortalece a ação cooperativa e o aprendizado, e cria estratégia de marketing para as bibliotecas da Rede Senac.

TÃNIA MARIA SANVEZZO CARDIN

Considera-se uma “bibliotecária sem fronteiras”. Foi bibliotecária-fiscal do CRB-8, docente da Universidade Estadual de Londrina e da UNISANTANA; bibliotecária da Prefeitura Municipal de Ibiporã-PR onde desenvolveu tra-balho de Ação Social envolvendo lixo, livros e incentivo à leitura, sendo promovida a Diretora de Departamento de Meio Ambiente da Prefeitura da cidade. Atuou ainda em Biblioteca Escolar, ONG, Biblioteca Hospitalar e nos últimos 10 anos, em Biblioteca Universitária. Atualmente no Centro Universitário Senac – Campus Campos do Jordão. Sua maior paixão são as pessoas e o seu hobby, o artesanato, por meio desse dom tem se envolvido voluntariamente em diversos projetos sócio-culturais na cidade.

BEATRIZ PINHEIRO DA GUIA

Bibliotecária e professora de História. Tem mestrado em Educação, Arte e História da Cultura e especialização em Gestão do Conhecimento. Vem atuando na área da Biblioteconomia há mais de 25 anos em inúmeras ins-tituições como a Library of Congress Office, Biblioteca Nacional, Cultura Inglesa, Senac Depto. Nacional e Senac SP. Hoje é tutora em um curso de especialização a distância. Tem como hobby a arte, através da pintura e trabalhos manuais e participa, voluntariamente, de projetos sócio-culturais. Adora viajar e se considera uma cidadã do mundo. Depois de oito anos morando em São Paulo, voltou para o Rio, onde é funcionária do Inmetro.

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Fotos: Divulgação

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IX Prêmio Laura Russo

Categoria Projeto

Biblioteca Comunitária do Jardim Ranieri

Por Rita de Fátima Gonçalves Pisniski

A Biblioteca Comunitária do Jardim Ranieri está localizada no distrito de Jardim

Ângela, extremo sul da cidade de São Paulo. Em 2007, com o intuito de atender ao

apelo dos moradores e combater os elevados índices de evasão escolar, os policiais

que atuam na Base Comunitária concluíram que a construção de uma biblioteca

criaria um importante vínculo com a comunidade e seria um instrumento de pre-

venção e combate aos altos índices de violência do bairro.

Em 2008, fui convidada a ajudar na organização do acervo para que a Biblioteca

pudesse funcionar a contento. Uma equipe de voluntários se formou e, até hoje,

a Biblioteca Comunitária do Jardim Ranieri conta com algumas dessas pessoas na

organização de acervo e no atendimento ao público. Esses voluntários são jovens

moradores do bairro.

O acervo é composto por 6.500 livros: material de referência, livros didáticos,

quadrinhos e literatura, principalmente literatura infantil. Contamos também com

cinco computadores para uso do público e um para serviços técnicos.

Sem nunca deixar de lado a importância de oferecer um espaço de informação e

desenvolvimento da cidadania, a Biblioteca Comunitária do Jardim Ranieri oferece

a leitura como elemento fundamental na prevenção e combate à violência.

RITA DE FÁTIMA GONÇALVES PISNISKI

Bibliotecária formada em 1983 pela FESP-SP. Trabalha há 22 anos como bibliotecária do Município de São Paulo, tendo coordenado as Bibliote-cas Malba Tahan e Marcos Rey. Há quatro anos é diretora da Biblioteca Monteiro Lobato. Em 2007 foi convidada a participar da implantação da Biblioteca Comunitária do Jardim Ranieri onde é voluntária.

Policiais militares ajudaram a construir a biblioteca

comunitária do Jardim Ranieri, que oferece a leitura na prevenção e combate

à violência.

Biblioteca Comunitária do Jardim Ranieri foi notícia no “Jornal da Tarde” em 20 nov 2007.

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Fotos: Divulgação

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Por Leila Rabello de Oliveira

O Sistema de Bibliotecas do Centro Universitário Belas Artes

de São Paulo trabalha com ações relacionadas à cidadania des-

de 1994. São ações que promovem e democratizam o acesso

à leitura por meio de doação de livros para o desenvolvimento

do hábito de leitura, doação de materiais escolares e alimen-

tos, auxílio às festas sazonais, como entrega de chocolates

na Páscoa, prendas e alimentos juninos, brinquedos no dia

da criança e Natal. Contempla, também, o atendimento a

pessoas com necessidades especiais [físicas e sensoriais] e rea-

lização de campanhas contributivas em prol das necessidades

das 25 instituições parceiras atendidas. A Biblioteca Cidadã

é uma iniciativa que tem como finalidade fornecer apoio a

entidades assistenciais, comunidades e escolas, por meio de

treinamento e capacitação de profissionais para a implanta-

ção, atendimento e formação de acervos. Realiza ações de

mobilização entre os corpos discente, docente e administrativo,

arrecadando livros, materiais escolares, brinquedos, etc.

O Sistema de Bibliotecas, por meio da Biblioteca Cidadã, co-

labora, entre outros espaços, com a Biblioteca Comunitária

UNAS/Heliópolis – acervo com aproximadamente 9.000 obras.

Público em potencial, 130 mil pessoas. Os responsáveis diretos

pelo programa são Fábio Robson da Silva (diretor de Proje-

tos UNAS (União de Núcleos, Associações e Sociedades de

Moradores de Heliópolis e São João Clímaco), Edson Arthur

Alves da Silva (coordenador) e a professora e bibliotecária Leila

Rabello de Oliveira. Parceiros: Centro Universitário Belas Artes

de São Paulo, Ruy Ohtake Arquitetura e Urbanismo, Cultura

Ponto de Leitura, e os patrocinadores Instituto C&A e Banco

Panamericano.

Visa possibilitar melhores condições sociais e educacionais,

contribuindo para que as crianças, jovens e a comunidade

possam ter contato com a leitura e alcançar melhores condi-

ções de vida. Visa promover a responsabilidade social no meio

acadêmico e prestar auxílio às entidades de assistência social,

como os da Comunidade de Moradores de Heliópolis e São

João Clímaco. Assim, a Biblioteca Cidadã Belas Artes acredita

contribuir na formação educacional e cultural da comunidade.

O impacto na qualidade de vida é significativo, pois permite

o acesso à informação, a educação e a cultura, e possibilita o

desenvolvimento intelectual e social, melhorando os índices

de evasão escolar, os riscos de violência e como resultado final:

o efetivo desenvolvimento de hábitos de pesquisa e leitura.

IX Prêmio Laura Russo

Categoria Projeto

Biblioteca Comunitária de Heliópolis

LEILA RABELLO DE OLIVEIRA

Mestrado em Ciência da Infor-mação pela PUC-Campinas, Licenciatura Plena em His-tória, Bacharelado em Biblioteconomia e Documentação pela Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo. Diretora Técnica e Consultora da Thesis Organi-zação & Metodologia S/C, Chefe do CGI Centro Gestor da Informação – Sistema de Bibliotecas, e professora dos cursos de Relações Internacionais, Design Gráfi-co e Produto do Centro Universitário Belas Artes de São Paulo.

Projeto diminui os índices de

evasão escolar e os riscos de violência, e desenvolve hábitos de pesquisa e

leitura.

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Fotos: Divulgação

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IX Prêmio Laura Russo

Categoria Projeto

Leiturativa

O projeto Leiturativa foi criado e desenvolvido em setembro de 2004 por dois

alunos do curso de Biblioteconomia e Ciência da Informação da FESPSP: Durvalino

Nascimento Peco e Wagner Paulo da Silva. Com o objetivo de incentivar a leitura

mediante ações culturais, o projeto proporciona aos participantes o acesso ao

conhecimento, à cultura e à leitura.

Com ciclos de leitura, encontro com autores e saraus literários desenvolvidos em

6 diferentes penitenciárias paulistanas, o projeto segue no seu intuito de levar

inclusão, reflexão e cidadania. Deste modo, o gosto pela leitura é despertado a

partir do incentivo à reflexão e à discussão sobre o conteúdo dos textos, de for-

ma que os participantes apresentem suas idéias e opiniões, com liberdade para

criá-las, recriá-las e transmiti-las, associando-as a sua própria realidade ou a uma

realidade que almejam.

Pág. 10

DUVALINO NASCIMENTO PECO (Esq.)

Estudante de Biblioteconomia da FESP-SP, intituição que ado-tou o projeto que hoje conta o apoio do Governo do Estado de São Paulo, Secretaria de Estado da Cultura - Programa de Ação Cultural. Atento às necessidades da comunidade do sis-tema carcerário, ele contatou as instituições e os profissionais que ajudariam a viabilizar a ação.

WAGNER PAULO DA SILVA (Dir.)

Bibliotecário formado pela FESP-SP (2003), Wagner possui o perfil do bibliotecário educador. Com poder de oratória, ele rapidamente cativa ao contar histórias e desperta nas pessoas o encatamento proporcionado pela leitura.

O autor Luís Mendes, mediadores e participantes do projeto na Penitenciária Feminina Franco da Rocha em maio de 2005.

Notícia sobre o projeto no Diário Oficial do Estado de São Paulo em 11/março/2009: “Até mesmo mulheres que não sabiam ler participam da ação e depois entraram no ensino fundamental para se alfabetizar”.

IX PRÊMIO LAURA RUSSO 8

Leiturativa já esteve presente em seis penitenciárias paulistanas, em instituições educacionais, e foi o terceiro

colocado na Categoria Educação no Prêmio Cidadania sem fronteiras em 2007 do Mackenzie e Machado de Assis

do Ministério da Cultura.

Fotos: Divulgação

Page 11: Bob news, nº24, março de 2010

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IX Prêmio Laura Russo

HOMENAGENS ESPECIAIS

Os homenageados especiais no Dia dos Bibliotecários

Cárbia Sabatel Bourroul, empreendedora e amiga dos bibliotecários

Pág. 11

“Homenagear os bibliotecários

é celebrar a cultura. A cultura

que pulsa viva dentro das bi-

bliotecas, já que reúne o acer-

vo material e imaterial de um

povo. Comemorar o Dia dos

Bibliotecários, cuja data com-

pleta 20 anos este ano, tem

ainda um quê especial, pois o Brasil acaba de perder um

gigante da cultura e um exemplo para este país: José

Mindlin, um colecionador de livros, cuja paixão pelos

livros nos faz lembrar o papel primordial de um biblio-

tecário. Parabéns a todos os bibliotecários deste país”.

Sociólogo formado pela USP, com especialização em Processo

Legislativo e Relações Executivo/Legislativo pela UNB. Fez cur-

so de Extensão Cultural pela Escola de Governo de São Paulo.

Exerceu importantes funções nas três esferas de governo. Em

Brasília, atuou na Casa Civil da Presidência da República e no

Ministério da Educação, onde criou e implantou o Programa

de Financiamento Estudantil – FIES e o Bolsa Escola, o primeiro

programa nacional de transferência de renda.

Esposa do engenheiro, homem pú-

blico e bibliófilo José Celestino Bour-

roul (1923-2004), a sra. Cábia criou o

Memorial ’32 Centro de Estudos José

Celestino Bourroul, o qual dirige des-

de 2005. Instalada no quarto andar

do Instituto Histórico e Geográfico de

São Paulo, a biblioteca especializada

na Revolução Constitucionalista de 32

tem cerca de 4.500 volumes. Formada em letras clássicas pela

PUC-SP, ela contratou um arquiteto para realizar a reforma

do espaço e uma equipe composta por uma bibliotecária e

historiadora e vários estagiários de Biblioteconomia. Antes

mesmo de doar o acervo, contratou uma bibliotecária para

organizar tudo. Atualmente, está empenhada em reformar

mais um espaço para sessões musicais, exibição de filmes,

palestras e outras manifestações culturais.

Floriano Pesaro, sociólogo e vereador em São Paulo

Em São Paulo, foi Secretário-Adjunto da Casa Civil do Gover-

no do Estado de São Paulo, Secretário Executivo do Comitê

de Qualidade da Gestão Pública e Coordenador do Comitê

Gestor de Política Social, criado para formular e coordenar

políticas, programas e ações sociais do Governo do Estado.

Como Secretário Municipal de Assistência e Desenvolvimento

Social, criou um modelo inovador de gestão social, implan-

tando os programas São Paulo Protege e Ação Família – Viver

em Comunidade, além da inédita campanha “Dê mais que

esmola. Dê futuro”, que tirou mais de duas mil crianças das

ruas da capital.

Na Câmara Municipal foi Vice Presidente da Comissão Extra-

ordinária Permanente de Defesa dos Direitos da Criança, do

Adolescente e da Juventude, membro da Comissão Perma-

nente de Finanças e Orçamento, vice-presidente da Subcomis-

são de Acompanhamento do Plano de Metas- Agenda 2012.

Integrou a Comissão Parlamentar de Inquérito da Pedofilia e

Enfrentamento da Violência Sexual Infanto-Juvenil e é Presi-

dente da Frente Parlamentar em Defesa das Microempresas,

Empresas de Pequeno Porte, Microempreendedores Individu-

ais e Cooperativas. É membro da Comissão de Constituição

e Justiça e Conselheiro Municipal da Juventude (1ª Gestão).

O Memorial ‘32 Centro de Estudos José Celestino Bourroul, inaugu-rado em julho de 2005, também possui página na Internet na qual se tem acesso a um catálogo das obras: www.memorial32.org.br

Fotos: Divulgação

Page 12: Bob news, nº24, março de 2010

BOB News

IX Prêmio Laura Russo

HOMENAGENS ESPECIAIS

Os homenageados especiais do CRB-8 no Dia dos Bibliotecários

José Luiz Goldfarb, coordenador de programas de incentivo à leitura

“O bibliotecário é primor-

dial e cada vez será mais

importante, tanto para o

uso do livro impresso como

das novas mídias digitais.

A biblioteca é o alicerce da

cidadania, de uma socie-

dade educada e culta. Essa

opinião não é só minha,

estudos constatam a importância do estimulo à leitura

junto à população. Esse hábito, leitura por prazer, pode

ser alimentado por uma rede de bibliotecas públicas

e escolares, que dependa de profissionais que atuem

nesses espaços não só na organização da informação e

do acervo, como também para os tornarem dinâmicos

e atraentes”.

Possui graduação em Física pela Universidade de São Paulo

(1978), mestrado em Filosofia e História da Ciência – McGill

University, Canadá (1980) e doutorado em História da Ci-

ência pela Universidade de São Paulo (1992). Atualmente é

professor da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo,

vice-coordenador do Programa de Estudos Pós-Graduados

em História da Ciência para o Biênio 2009/2011. É também

coordenador dos Programas de incentivo à leitura:

• “São Paulo: um Estado de Leitores” da Secretaria deEstado da Cultura de São Paulo, através da Organização Social POIESIS,

• “Letras de Luz” da Fundação Victor Civita/Energias do Brasil ( atuando no Tocantins, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul e São Paulo),

• “Rio: uma cidade de Leitores” da Secretaria de Educação da Prefeitura da cidade do Rio de Janeiro.

Curador do prêmio jabuti da Câmara Brasileira do Livro, as-

sessor da Vice-Presidência Cultural e Social da Associação

Brasileira ‘A Hebraica’ de São Paulo, conselheiro da Biblioteca

Haroldo de Campos (Casa das Rosas – Secretaria de Estado

da Cultura), presidente do conselho deliberativo da Asso-

ciação Amigos do Museu Judaico de São Paulo, conselheiro

da Associação Brasileira ‘A Hebraica’ de São Paulo, diretor

de eventos da Sociedade Brasileira Amigos da Universidade

Hebraica de Jerusalém, coordenador do Corredor Literário na

Paulista – Secretaria de Estado da Cultura.

Tem experiência na área de História, com ênfase em História

das Ciências, atuando principalmente nos seguintes temas:

história da ciência e ciência no século XVII, influências hermé-

ticas em Isaac Newton, ciência e religião, história da ciência no

Brasil; bibliotecas públicas, políticas públicas de promoção do

livro e da leitura, judaísmo, cinema, e elaboração, produção,

viabilização e implantação de projetos e eventos culturais,

além coordenar campanhas e encontro via Twitter.

Pág. 12

Valéria dos Santos Gouveia Martins, bibliotecária

Mais importante do que uma

grande biblioteca ou um gran-

de acervo, são instrumentos

menores e mais modestos

bem administrados e que su-

pram as necessidades reais da

comunidade local.

É bibliotecária pela PUCCampi-

nas (1980), mestre em Gestão da

Qualidade Total pela Unicamp (2004), possui especialização

em Administração de Recursos Humanos pela Universidade

de Taubaté (1989), formação Black Belt pelo Inst. de Ma-

temática Estatística e Ciência da Computação da Unicamp

(2000), e Gestão Estratégica Pública pela Escola de Extensão

da Unicamp (2007), assim como diversos cursos de aperfei-

çoamento. Já foi docente e possui experiência na área de

Ciência da Informação. Desde 2004, é coordenadora associa-

da do Sistema de Bibliotecas da Unicamp e diretora técnica

da Biblioteca Central Cesar Lattes.

Destacamos duas de suas atividades na área cultural e de

incentivo è leitura:

Biblioteca Itinerante do Cidadão: projeto desenvolvido há

quatro anos, em parceria com o Hospital das Clínicas da Uni-

camp, estimulando a leitura nos ambulatórios da instituição.

Biblioteca Comunitária: Comunidades Quilombolas no

Vale do RIbeira: projeto que tem por objetivo formar agentes

multiplicadores de leitura e de bibliotecas comunitárias, nas

comunidades Quilombolas André Lopes, Galvão, São Pedro

e Sapatu do Médio Vale do Ribeira.

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Page 13: Bob news, nº24, março de 2010

BOB News

IX Prêmio Laura Russo

COMISSÃO DE AVALIAÇÃO

Conheça os professores doutores que avaliaram os projetos

na nona edição do Prêmio Laura Russo, que teve como tema

“Empreendedorismo Social”.

Angela Maria Belloni Cuenca é docente da Faculdade Saúde Pública da USP e Diretora da Biblioteca/CIR: Centro de Informação e Referência da Faculdade de

Saúde Pública da USP. Graduada em Biblioteconomia pela Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (FESPSP-1977), possui Mestrado (1998) e Doutorado

(2004) em Saúde Pública pela Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo.

Asa Fujino possui mestrado e Doutorado em Ciências da Comunicação pela Escola de Comunicações e Artes.

Atualmente é pesquisadora da Universidade de São Paulo, integra os Núcleos de pesquisa NPC/ECA e ATIID/FSP.

É docente e coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Ciência da informação da ECA/USP, onde orienta

na área de Administração, atuando principalmente com os seguintes temas: propriedade intelectual, cooperação universidade-empresa, informação tecnológica e gestão de informação; serviços de informação especializados, informação & acessibilidade, estudos de impacto da

produção científica em patentes.

Marize Carvalho Vilela, formada em História pela Universidade de São Paulo, mestre e doutora em História

da Educação (PUC/SP), atualmente leciona Prática e Didática do Ensino nos cursos de Pós-Graduação da

Fundação Escola de Sociologia de São Paulo (FESPSP).

Nair Kobash, graduada em jornalismo, com mestrado e doutorado em Ciências da Comunicação, é professora

livre-docente (área de Análise Documentária) da Universidade de São Paulo.

Valéria Valls é Bacharel em Biblioteconomia e Documentação, Mestre e Doutora em Ciências da

Comunicação pela ECA/USP. É coordenadora do curso de Biblioteconomia e Ciência da Informação da

FaBCI /FESPSP, docente de graduação e pós-graduação da FESPSP.

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Page 14: Bob news, nº24, março de 2010

BOB News

ANUIDADES 2010

Até 31 de março, bibliotecário tem 10% de desconto na anuidade

Pessoa Física: R$ 285,00Pagamento integral com desconto Valor

Até 31/03/2010: 10% de desconto R$ 256,50

Pessoa JurídicaO valor da anuidade varia de acordo com o capital social. Consulte a íntegra da Resolução CFB no site www.crb8.org.br

A falta de pagamento da anuidade caracteriza exercício ilegal da profissão, ficando o bibliote-cário sujeito às penalidades previstas na Lei de Contravenções Penais e à multa, conforme Lei Federal 9674/98, art. 38 combinado com art. 39 inciso IV e Art. 40.

Importante:

Parcelas quitadas até dia 31/03/2010 não sofre-rão acréscimo de juros, multa, ou correção mo-netária.

Parcelas que vencerem após 31/03/2010, sofrerão incidência de juros de mora de 1% (um) ao mês e correção monetária pela variação mensal do IPCA/IBGE.

Parcelamentos firmados após 31/03/2010 sofrerão acréscimos de multa de 2% (dois por cento) sobre o valor da anuidade, juros de 1% (um por cento) ao mês, e incidência de correção monetária pela variação mensal do IPCA/IBGE.

Os pagamentos das anuidades, multas e emolu-mentos devem ser efetuados somente por meio de boletos bancários emitidos pelo CRB/8. Em hipótese alguma realize depósito direto em con-ta corrente.

Formas de Pagamento

Até o vencimento, os boletos podem ser pagos em qualquer agência bancária, nas redes cre-denciadas (Pão de Açúcar, CompreBem e Casas Lotéricas) ou via Internet.

Qualquer dúvida pode ser esclarecida com o sr. Thiago, pelo telefone 5082-1404, ou e-mail: cobranç[email protected]

EM DEFESA DO BIBLIOTECÁRIO

O CRB-8 atua para orientar, fiscalizar, representar e defender o exercício da profissão de

bibliotecário. Escreva, colabore, sugira, critique e participe.

[email protected] tel. 5082-1404

BOB NewsB o l e t i m E l e t r ô n i c o d o C o n s e l h o R e g i o n a l d e B i b l i o t e c o n o m i a d o E s t a d o d e S ã o P a u l o C R B - 8 .

C o n s e l h e i r o s : E v a n d a A . V e r r i P a u l i n o , M a r i a d a s M e r c ê s P e r e i r a A p ó s t o l o , C o n c i l i a T e o d ó s i o , G u a r a c i a b a

d e A l m e i d a D o m i n g u e s , R o b e r t o J u l i o G a v a , F l á v i a d a S i l v e i r a L o b o , M a r i a E d i t e d e S o u z a B i s p o , I v o n e

C a v a l c a n t e M a c i e l , J o ã o G a r c i a N e t o , L u c i a n a M a r i a N a p o l e o n e , V â n i a M a r t i n s B u e n o d e O l i v e i r a F u n a r o ,

S a n d r a A l v e s M a r t i n s d a R o s a e M a r i l u c i a B e r n a r d i .

C o o r d e n a ç ã o d a s u b - c o m i s s ã o d e c o m u n i c a ç ã o : M a r i a d a s M e r c ê s P e r e i r a A p ó s t o l o .

E d i ç ã o : A r b e i t E d i t o r a e C o m u n i c a ç ã o L t d a . J o r n a l i s t a R e s p o n s á v e l : C r i s t i n a T h i m m M i r a r a ( M t b . 1 8 . 1 7 6 )

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Errata Boletim Informativo CRB-8, Ano 16, No 1, 2009:

Local de entrega do IX Prêmio Biblioteconomia Paulista Laura Russo: Masp. O Sistema CFB/CRBs (Conselho Federal de Biblioteconomia e Conselhos Regionais de Biblioteconomia) hoje é formado por 14 regionais. O CRB do Espírito Santo tornou-se delegacia.

Licitações

As licitações efetuadas em 2009 pelo CRB-8 obedeceram a prioridades desta Gestão e seus desdobramentos. A Comis-são de Licitação trabalha sob demanda das solicitações da Diretoria e das Comissões, as quais deverão reunir-se com a CLI para definição de itens que serão exigidos no Edital.

Todos os membros desta gestão trabalham contra a exi-güidade de tempo, participam de cursos de atualização na área e reúnem-se com freqüência com o Jurídico deste Conselho para dirimir dúvidas, otimizar e agilizar as diversas rotinas do processo licitatório, que obedece rigidamente a Lei 8666/93 e suas atualizações.

Licitações efetuadas em 2009: Assessoria Juridica, Asses-soria de Imprensa, aquisição de material e contratação de empresa para acompanhamento da reforma na entidade.

Licitação efetuada em 2010: Assessoria de Imprensa. Estão previstas outras em 2010.

Membros: Flávia da Silveira Lobo (coordenação), Ivone Cavalcanti Maciel, bibliotecária e conselheira e represen-tante do CRB-8 Lucy Clelia Castor.