Revista U Nº24

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www.auniao.com A REVISTA SEMANAL D´A UNIÃO MÚSICA EM TONS DE AZURE ELEIÇÕES À VISTA: LISTAS E CANDIDATOS PÁG. 05 edição 34.832 · U 24 · 27 de agosto de 2012 · preço capa 1,00 (iva incluído)

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Revista U edição de 27 Agosto de 2012 (Nº24)

Transcript of Revista U Nº24

Page 1: Revista U Nº24

www.auniao.com

A REVISTA SEMANAL D´A UNIÃO

MÚSICAEM TONSDE AZURE

ElEiçõEs à vistA:

listAs E

cAnDiDAtos PÁG. 05

edição 34.832 · U 24 · 27 de agosto de 2012 · preço capa 1,00 € (iva incluído)

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E-mail: [email protected] • Telefone: 295 540 910 • Fax: 295 540 919

Área Clínica Médicos

Análises Clinicas

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Laboratório Dr. Adelino Noronha

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Cardiologia Dr. Vergílio Schneider

Cirurgia Geral Dr. Rui Bettencourt

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Medicina DentáriaDr.ª Ana FanhaDr.ª Joana RibeiroDr.ª Rita Carvalho

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Gastroenterologia Dr. José Renato PereiraDr.ª Paula Neves

Ginecologia/Obstetícia

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Medicina Interna Dr. Miguel Santos

Medicina do Trabalho Dr.ª Cristiane Couto

Nefrologia Dr. Eduardo Pacheco

Neurocirurgia Dr. Cidálio Cruz

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Neuropediatria Dr. Fernando Fagundes

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Neuroradiologia (TAC/Ressonância Magnética) Dr.ª Rosa Cruz

Reumatologia Dr. Luis Mauricio

Terapia da Fala Dr.ª Ana NunesDr.ª Ivania Pires

Urologia Dr. Fragoso Rebimbas

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o retomarTEXTO / Humberta Augusto | [email protected]

Fim de Agosto à vista. Será igualmente, para muitos, o fim das férias, para outros não. Mas o calendário esco-lar, apesar da decrescente natalidade, ainda marca os ciclos de descanso da classe profissional.É, por isso, tempo de retomar a rotina do trabalho. De acertar ponteiros, projectos, afazeres e deveres.Vários pensamentos, à mistura com muitas preocupa-ções, mantêm-se porventura na mente de todos nes-te arranque laboral: a precariedade, a insegurança, a perda do valor do trabalho. A crise. Crise que antes de Verão existia e que depois dele se mantém.O Estado endividado já veio dizer que 2013 será melhor. Vai repor subsídios que tirou aos funcionários públicos, mas já disse também que vai criar mais impostos e que nada será igual a antes. Pois, então, cá estaremos a aguardar por justiça e pelas consequências. Que 2013 venha depressa.Mas antes, pelos Açores, outro pensamento estará nas eleições legislativas regionais. Outubro é o mês para escolhermos quem queremos para governo do arqui-pélago, numa escolha que o eleitor joga além-ilhas, a olhar para o Estado. Lá e cá.Retomemos, assim, e o quanto antes, a normalidade: laboral, governamental, estatal.

SUmÁrIo

RENATO GONÇALVES / pág. 16

NA CaPa...

É já no próximo fim-de-semana que arranca o Festival Azure. A 6.ª edição é explicada, em en-trevista à revista U, por Miguel Linhares, um dos organizadores e fundadores do festival de Verão que junta música, preocupações ambientais e descontração na zona de lazer de São Braz, na Praia da Vitória.O evento já tem espaço próprio não só no calendá-rio dos festivais açorianos, como do país.

espectáculo não justifica a existência 06

passemos para a outra margem 08ansiedade influencia dor aguda 10jantar fora de casa 11ler doce ler 13

por cada pedaço de pão que como 25noites encarnadas 29

pecado não original 15livrarias online 20pura poesia 21

baralhar cartas 05

EDITORIAL / SUMÁRIO

três vezes full hd 07

envelhecer em segurança 14

adágios de benquerença 23

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ElEiçõEs: listas E candidatos

A revista “U” faz a revisão do que, até fecho da presente edição, foi publi-cado e apurado no que às listas de candidatos pelos círculos eleitorais diz respeito.Por parte do PS, e já entregue no Tribunal de Ponta Delgada, foi a lis-ta candidata às eleições regionais de 14 Outubro pelo círculo de S. Miguel, liderada por Vasco Cordeiro, que é o candidato do partido à presidência do executivo regional.A lista socialista integra na segunda posição a professora universitária Pilar Damião, surgindo em terceiro lugar Pedro Moura, apresentador de um dos programas mais vistos da RTP/Açores, dois candidatos que até agora não tinham relação pública com a vida política.O quarto da lista do PS por S. Miguel é José Contente, actual secretário re-gional da Ciência, Tecnologia e Equi-pamentos, seguindo-se outra novi-dade, Graça Silva, líder da CGTP nos Açores, à frente de André Bradford, actual secretário regional da Presi-dência.Pela ilha Terceira, a lista do PS é composta da seguinte forma: Sér-gio Ávila, o actual vice-presidente, seguindo-se Lara Martinho, até ago-ra secretária-geral da Câmara do Comércio de Angra do Heroísmo, o professor universitário Paulo Borges,

oS CÍRCULoS Do PARLAMENTo

Gradualmente, têm sido conhecidos os principais nomes que se candidatam às eleições regionais açorianas. Até final da primeira semana de Setem-bro, as listas dos partidos que disputam o eleito-rado açoriano serão entregues.

Francisco Coelho (presidente do par-lamento açoriano), Berto Messias (lí-der do grupo parlamentar do PS/A), Cláudia Costa, Domingos Cunha, Is-ménia Alves, Joaquim Pires e António Parreira.O PS entregou também a lista candi-data ao círculo eleitoral regional de compensação, também liderada por Vasco Cordeiro, que apresenta nos lugares seguintes Rogério Veiros e Arlinda Nunes, e as da Graciosa (José Ávila) e de São Jorge (arquitecto An-dré Rodrigues).O principal partido da oposição, o PSD, também já tem firmados os no-mes, com Berta Cabral, a disputar a presidência do Governo regional, acompanhada por António Cansado e Humberto Melo, entre outros, pelo círculo de São Miguel.Na Terceira, a lista é encabeçada por

REVISÃO

ASSENTo PARLAMENTAR EM DISPUTA

ELEIÇÕES A 14 DE oUTUBRo

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UM A UM, oS PARTIDoS AÇoRIANoS vão APRESENTANDo AS LISTAS DoS SEUS CANDIDAToS AoS CÍRCULoS ELEIToRAIS qUE CoNfIGURARão A MATEMÁTICA DoS LUGARES A oCUPAR NA ASSEMBLEIA LEGISLATIvA REGIoNAL.

António Ventura, seguindo-se os no-

mes de Judite Parreira, Luís Rendei-

ro, Paulo Ribeiro e Mónica Seidi. Nas

restantes ilhas ficou assim decidido:

Flores: Bruno Belo; Faial: Jorge Costa

Pereira; Pico: Duarte Freitas; São Jor-

ge: António pedroso; Graciosa: João

Bruto da Costa; Santa Maria: Aida

Amaral; e no Corvo, o PSD não apre-

senta lista e apoia a candidatura de

Paulo Estêvão, pelo PPM.

Por seu turno, CDS/PP-Açores, que

já excluiu qualquer cenário de coli-

gação com PS ou PSD nas eleições

apenas anunciou alguns nomes, ca-

sos de Graça Silveira como cabeça de

lista do CDS-PP pelo Faial, e de Jor-

ge Ferreira por Santa Maria, sendo o

mandatário do partido o professor da

Universidade dos Açores João Pedro

Barreiros. Hoje, conforme apurou a

revista “U”, serão divulgados os no-

mes dos candidatos pela ilha Tercei-

ra e ao longo desta semana, a maioria

dos restantes nomes pelos círculos

em falta.

Já a Plataforma de Cidadania, for-

mada pelo Partido Popular Monár-

quico (PPM) e pelo Partido da Nova

Democracia (PND), vai apresentar o

jornalista Rui Simas como cabeça de

lista pelo círculo de S. Miguel, e To-

más Dentinho, docente universitário,

como cabeça de lista pelo círculo da

Terceira.

BArAlhAr CartaSCOm ELEiÇõES à ViSTA

TEXTO / Humberta Augusto / [email protected]

Com mais ou menos certeza, os partidos fecham os baralhos das cartas com que vão jogar as eleições regionais açorianas de Outubro próximo.Alguns ases, reis, valetes e damas são jo-gados de forma automatizada – são no-mes que encabeçam as listas partidárias por diversas ilhas, já anunciados, firma-dos, com caminho e experiência feitos – outros são jokers que, a ver vamos, se vingam e trazem pontos para a casa.Mas poderá ainda existir novas surpre-sas nas mãos apresentadas. Esta semana será a derradeira, imposta pelos prazos legais, para conhecermos todo o jogo.Mas esta é uma importante partida, não esqueçamos, que necessita de audiência, do eleitorado. Não podem ser só os joga-dores a ganhar e a perder. Isto porque os receios de uma sala semi-vazia, ou seja, da persistente abstenção podem acabar por se tornar numa carta-da por si. A pior de todas, por traduzir de-sinteresse, falta de participação cívica e mesmo posição política de contestação.Apesar de baralhadas, cortadas e dadas as cartas, faço votos para que o eleito-rado não se deixe baralhar, e sobretudo, para que não deixe de apostar no jogo democrático.

fAço votos pARA qUE o ElEitoRADo

não sE DEixE bARAlhAR

REVISÃO

AS CARTAS Do BARALHo

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SaltardenívElTEXTO / Paulo Rocha

serve de rótulo em muitas oca-siões, mas a certeza tantas vezes dita de que a juventude está arre-dada de opções de fundo, de pro-postas formativas ou espirituais e, sobretudo, de conselhos da reli-gião não corresponderá à verda-de. cresce mesmo a errada ideia que distancia o perfil juvenil da di-mensão institucional, determinante para a construção social em qual-quer tempo.à resistente – e sempre louvável – militância sénior que se evidencia em qualquer grémio é necessário acrescentar o crescente pulsar ju-venil, em ambientes rurais como os urbanos, quando se trata de revitalizar associações, grupos e tradições. É junto das camadas mais novas que heranças culturais e populares encontram novos fô-legos, sempre e bem sustentados

pela maturidade de outros, mais velhos. E este não será um fenóme-no exclusivo destes tempos. talvez o seja de todos os tempos, repeti-damente desconhecido porque es-condido no ciclo de cada geração.A relação dos jovens com a igreja católica acontece nesta afinidade, em sintonia com a tensão gerada por sentenças genericamente for-muladas, reveladoras de desco-nhecimentos, e o compromisso real, próximo e concreto que mui-tos jovens e numerosos grupos le-vam por diante, independentemen-te do que deles se diz.A mobilização juvenil em torno do voluntariado missionário, a persis-tência em valorizar a música cris-tã que se apresenta em cada fes-tival Jota, ou a reunião de milhares de adolescentes e jovens de todo o país em acampamento nacional em torno da metodologia escu-tista são exemplos destes dias. E sucedem-se a muitos outros proje-tos que um ano escolar e pastoral incluiu, em iniciativas de âmbito nacional ou diocesano, de secre-tariados ou movimentos juvenis.Entre todos, é fundamental assumir discursos inclusivos, que não se fi-xam no “meu grupo”, mas no nosso caminho, na opção comum. E fazer de todos os eventos, de todas as propostas uma oportunidade para saltar de nível na configuração de cada pessoa com o programa de vida de todos os tempos: o Evan-gelho.

o ESPETÁCULo não jUStIfICa a exIStênCIaTEXTO / Carmo Rodeia

A informação é um bem precioso.É dela que depende a nossa capacidade de escolha.E, mesmo que por vezes seja dada em doses sensacionalistas, com uma prolongada e até inusitada dramatização é benvinda. Como diz o povo, é sempre melhor a mais do que a menos.Dominique Wolton, a este propósito, diz mesmo que o excesso pode fun-cionar como alerta e o público é inteligente para saber interpretar esse exagero. A questão não é nova e coloca-se, sobretudo, na ótica da televisão onde os jornalistas portugueses há muito que passaram para o lado da hipér-bole, criando continuamente mega acontecimentos, com sucessivos dire-tos em que a atualidade nem sempre é sinónimo de informação.A multiplicação de reportagens sem conteúdo relevante ou sequer atual, o recurso a repórteres no terreno que dramatizam e antecipam (às vezes para além do limite!) a tragédia (ou a mera suposição de que ela possa vir a ocorrer) transformam a notícia num folhetim “vendido” em episódios repartidos no tempo que podem ser geradores de pânico e de uma an-gústia desnecessária.A informação da RTP Açores no passado fim de semana, suspensa pela passagem do furacão Gordon, foi um exemplo disto.A direção de informação fez o que lhe competia. Decidiu e bem a aber-tura da antena a especiais informativos que deram conta da evolução da situação, com recurso aos diretos com os repórteres nos locais, com entrevistas a especialistas e às autoridades que têm por missão zelar pelo nosso bem estar. A RTP fez, tal como as autoridades, o trabalho de casa e justificou porque vale a pena lutar por uma televisão regional, de proximidade.Mas a dada altura fiquei com a sensação de que além do objetivo de in-formar havia um outro: o de justificar a sua existência e mostrar que, à semelhança de outros canais, é capaz de fazer uma cobertura ao jeito nacional.E, neste capítulo pecou. O grau de saturação era grande, a começar pelo pivot e pelos repórteres que repetiam à exaustão informações dadas previamente, sem acrescentar nada de novo e a mensagem passou a ser apenas espetáculo, como que a justificar aquilo que está justificado por natureza. E quando assim é perdemos todos!

OPINIÃO

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GADGETS DA SEMANA

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TRêS vEzES fULL HDTEXTO / Paulo Brasil Pereira

Também não é bem assim, mas garanto--lhe que terás dificuldades em distinguir os pixéis quando te aproximares do ecrã de 15’’ do novo MacBook Pro.São apenas 5,1 milhões de pixéis “presos” em 15’’ de ecrã. É muita areia para esta camioneta (mais 3 milhões que uma TV HD), mas aguenta-se e bem este Retina Display. É uma experiência visual até ago-ra impossível num portátil.Com a inclusão deste tipo de monitores nos portáteis, o mundo web também terá que se actualizar nas resoluções das pá-ginas. Há que acompanhar a evolução tecnológica ou então o ecrã servirá ape-nas para os filmes.O novo MacBook Pro desta vez vem artilhado com 2 portas USB 3.0 e 2 portas Thunderbolt (até 10Gb/s).

Como há poucos periféricos com este tipo de portas, que tal ligar 2 monito-res externos com uma resolução até 2560X1600? Uma das novidades deste modelo é a au-sência de unidade óptica, ou seja, bye bye disco rígido. É substituída por memória flash, que tem melhores velocidades do que os discos rígidos convencionais. Um passo em frente que antevê os próximos modelos da marca.Para completar aqui vai: Intel i7 Quad Core a 2,3 ou 2,6GHz; Memória 8 ou 16Gb; Memória Flash 256 ou 768Gb; Grá-ficos Intel HD4000 + Nvidia GT650M; HDMI + leitor cartões SDXC; Câmara Facetime HD720p; Autonomia até 7ho-ras navegação; Dimensões: 359 X 247 X 18mm/2,02Kg

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FERRAMENTAS

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PArentA-liDADEOs pais são constantemente desafiados pelo processo de crescimento e evolu-ção dos seus filhos. Por vezes, deixam escapar desabafos que nem sempre correspondem à verdade. Veja se reco-nhece estes…Já experimentei tudo. Mas nada funcio-na!Duvidoso. Ninguém desconfia que mui-tos pais já tentaram de tudo para ob-ter mudanças de um comportamento problemático do seu filho. Na verdade, é comum já terem (aparentemente) esgotado todos os “cartuchos”, entre prémios, privação de privilégios, casti-gos ou até mesmo punição física. Mais duvidoso é que nada tenha funcionado. Há estratégias que são adequadas e justas, que até produziram resultados pontuais, mas que acabam por ser abandonadas. Porquê? Normalmente, porque se instala a crença de que uma estratégia para ser eficaz tem de dar resultados imediatos e na esmagado-ra maioria das situações problemáti-cas. Ora, o fator crucial que distingue as estratégias eficazes das ineficazes é o tempo. Por um lado, quanto mais tempo estiver instalado um problema de comportamento, mais tempo tam-bém uma estratégia levará a ser eficaz. Depois, muitas das vezes, certas estra-tégias educativas necessitam de um prazo mais dilatado para serem efica-zes não apenas de forma pontual, mas sim de forma consistente. Abreviando: muitos pais usam estratégias adequa-

das. O problema resume-se a não es-tarem atentos a pequenas mudanças ou a alterarem a sua linha educativa demasiadas vezes. Quando chegares a casa é que vais ver como é…Vai mesmo? Muitos pais servem-se da ameaça para conter comportamentos dos seus filhos. O problema desta for-ma de regulação do comportamento é que a curto prazo. Ponderando a ame-aça de que perde a possibilidade de ter acesso a algo de que gosta muito como um brinquedo ou o treino do desporto que pratica, a criança até refreia o seu comportamento. Pelo menos uma boa parte delas o fará. Sucede que muitas ameaças são inconsistentes. Significa isto que muitos pais ameaçam, mas depois não cumprem. Outros até co-meçam por cumprir. Mas depois de de-cidirem que a criança não joga compu-tador durante duas semanas, ao fim de três dias ou uma semana abandonam a decisão inicial. Pior que não agir para conter o comportamento inadequado de uma criança é prometer sem cum-prir ou não fazer cumprir na totalidade uma decisão. Aguardamos os vossos comentários e sugestões para [email protected], bem como uma visita a www.cipp-terceira.com. Até à próxi-ma!

* Equipa do Centro de Intervenção Psicológica e Pedagógica

Penso muitas vezes na sugestão que Jesus faz aos dis-cípulos, mais do que uma vez: «Passemos para a outra margem» (Mc 4,35). Há um sonho do qual não podemos desistir: o sonho de que a Igreja, em cada uma das suas comunidades, se pareça também com uma família alargada em gozo de férias e não apenas a um laborioso centro de prestação de serviços, sobretudo se anónimo ou impessoal. Nessas férias seria diferente! Saberíamos o nome uns dos outros e mais: daríamos tempo para saborear a his-tória e a presença que cada um é. Não seria o relógio a presidir aos nossos encontros, nem a utilidade imedia-

PASSEMoS PArAa oUtra margemTEXTO / José Tolentino Mendonça *

FOTO / Marta Cabral

CIÊNCIA / OPINIÃO

VELHOS E NOVOS DESAFIOS

TEXTO / CIPP *

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ta a emprestar justificação às nossas procuras. Pelo contrário: estar em comunidade seria como caminhar junto ao mar, sem nenhuma pressão de horários (ex-teriores e interiores), entregues ao prazer da con-templação e da companhia. Ou como passear pela montanha, entusiasmados por visões alargadas onde a paisagem refulge numa transparência que quase havíamos esquecido. Nessas férias seria diferente! Aboliríamos o rotinei-ro fast food religioso, que apenas serve para enganar a fome, deixando que a alma se alimente e revitalize como precisa: no silêncio e na palavra, no encontro e no dom, na escuta e na prece. Buscaríamos juntos, como peregrinos experimentados, a abundância ainda intac-ta das fontes que nos irrigam, sentindo-nos depois re-conciliados e gratos pela fantástica vizinhança delas.

* Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura

MONTRA / OPINIÃO

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MONTRA / OPINIÃO

im dit, veniendae simaximod molorpo ressund igendis non conessit reperae cuptatur? Siminte voluptur? Poreium am, quas mi, voluptus, as porrorenis pra dolut quam, quia derum, natibus-to illa nonecea cusdam alignimporro que ex etum ut lam lam aut laborias pedignimenis excea volorro ma der-natquam aut molesequata dis repuda sam resera voleceriae id magnimpos sum sincit quas alitemod et ipsundi-tium explabo. Ebit fugit, sitiae eicim dem simus eicit qui aut aut expelit as et porio. Offictur? Illaut quatur sa a lendam Aniatur aut modi cuptat

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ANSIEDADE

InfluênCIA

Dor AGuDA

TEXTO / ARP/LUSA

As mulheres que têm maior probabilidade de sofrer dor aguda severa depois de uma cirurgia são jovens com proble-mas de dor crónica e têm níveis elevados de ansiedade, segundo um estudo divulgado pela Universidade do Minho.A investigadora Patrícia Pinto avaliou mais de 200 doentes submeti-das a remoção cirúrgi-ca do útero e criou um modelo para identificar as mulheres em risco de desenvolver níveis mais elevados de dor aguda.Com este modelo práti-co, a investigadora pre-tende criar estratégias personalizadas para ajudar a ultrapassar a dor pós-cirúrgica.Os resultados vêm mos-trar uma relação entre a ansiedade e a dor, vindo assim complementar outros estudos interna-cionais que apontam no mesmo sentido.A investigação, que in-cluiu uma amostra de 203 mulheres avaliadas 24 horas antes e 48 ho-ras depois da cirurgia, foi publicada recente-mente na revista norte-americana “Pain”.O estudo permitiu per-ceber que as mulheres com maior probabilida-de de sofrer dor aguda severa após a cirurgia são jovens, têm proble-

mas de dor crónica, ní-veis elevados de ansie-dade e dificuldade de lidar com a dor.“É possível evitar o so-frimento, que aumenta o risco de morbilidade e mortalidade, o tempo de internamento hospita-lar e os custos inerentes aos cuidados clínicos”, indica Patrícia Pinto, da Escola de Ciências da Saúde da Universidade do Minho.Segundo a investigado-ra, quanto mais os doen-tes encaram a situação como catastrófica, mais pode ser a intensidade da dor após a cirurgia: “A catastrofização en-volve a exacerbação do valor da ameaça da dor e generalização do seu impacto negativo, bem como sentimentos de desamparo e pessimis-mo em relação à capa-cidade para lidar com esse sofrimento”.

ESTUDO DE-SENVOLVIDO PELA UNIVER-SIDADE DO MINHO COM-PROVA RELA-çÃO ENTRE A ANSIEDADE E A DOR.

CIÊNCIA

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Jantarforadecasa

TEXTO / Joaquim Neves

No intervalo,entre pratos, não dispenso um gelado de men-ta simples com hortelã.

Há dias em que não apetece sair de casa mas não apetece ir a nenhum restaurante.Querer ter para entrada uma sopinha de meloa com camarão cozido em nuances de limão e piripiri, polvilha-do com salsa picada e pimentas mo-ídas na hora, decorado com chagas de Cristo e flores de alecrim, já que o meu jardim está florido.Para segunda entrada sobre endívias uns cogumelos shiitake em molho de mostarda com cubinhos salteados de pimentos coloridos. Alguém havia deixado um balde cheio de pimentos, cebolas e espinafres ao portão.A seguir para primeiro prato pei-xe, cherne ou pescada dependendo do que o meu pescador tiver, mas branco e que combine para ser co-zido com alecrim, cebola e jamaicas, acompanhado com puré de feijão verde com alho e azeite, húmus com cebola e salsa picada e molho ho-landês para o peixe, decorado com funcho. Questionei-me se esta mes-cla de ervas pudesse resultar, mas apetecia-me.

MESA

o qUE APETECE EM CASA

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No intervalo, entre pratos, não dis-penso um gelado de menta simples com hortelã.Para a carne apetece-me um tornedó acompanhado com bratkartoffeln*, molho bernaise, em cama de rúcula e folhas de beterraba e batata-doce previamente temperadas tradicional-mente e uns rabanetes laminados.Sem cair em grandes exageros atre-vo-me ainda a um terceiro prato, um tortilini médio recheado com quark batido com natas, nozes e espinafres picados só temperado com sal e pi-menta preta, regado com molho cre-moso de redução de tomate e cubi-nhos de cenoura refogada. Para o jantar chega. Nas sobremesas, apetece-me gelado e opto por Häa-gen Dazs único que presta e não te-nho mais máquina de fazer gelados, tentador de mais. Mas não me escuso de servir o gelado blueberry crum-ble** em profiteroles e com molho de chocolate e crocante de avelãs.Só para terminar, com o café, uns pe-tit fours de laranja, pistácio e coco. Pensei para poder pôr tudo em mar-cha, precisaria de ajuda, além de precisar sugestões para as bebidas, aperitivos, vinhos e digestivos.Nada como amigos para comer e be-ber e que se encarregam dos deta-lhes, fazer o que se mande fazer, pôr a mesa, decorar o espaço, rir, conver-sar, pôr música, fazer baboseiras.Servido no terraço, já que me apete-ceu comer fora de casa. Funcionou, nem os mais cépticos e tradicionalis-tas barafustaram muito.Nota: As vezes o melhor restaurante é a casa onde estou com amigos e para amanhã apetece-me sushi, vou ter que saber quem vai ao mar e o que traz. * batatas cozidas e depois em peque-nos cubos passadas pela frigideira** crocante de mirtilos

Receita

sopAs fRiAs

Pessoalmente e no verão, para não me empanturrar com hidratos de carbono à noite, gosto de fazer sopas frias. Para lá do gaspacho, encontrei em meloas, melancias e melão alternativas. São da mesma família, refrescantes e saudáveis. Desfazem-se como água na boca. São uma fonte cheia de vitaminas e sais minerais.– Para as meloas, que trituro com sementes, depois coado, gosto de juntar essencialmente vegetais como aipo, beterraba, cenoura e tempero tal qual uma sopa. Tam-bém gosto com frutos cor de la-ranja.– As melancias, que nem sempre trituro com sementes, já que es-tas têm o mesmo efeito que um viagra, gosto com legumes entre beterraba com ou sem suas folhas e caules, rui barbo ou frutos ver-melhos.– O melão privilegio com frutos verdes e brancos. Não costumo associar a legumes. Mas como sempre, são só dicas, a imaginação tempera o resto.Desde especiarias, sementes, er-vas, nozes, gengibre a iogurtes, queijos cremosos, tudo serve para acrescentar, definir a direcção que quer ir, doce ou salgado, frutado ou mais leguminoso. Experimente.Para quem não resiste ou preci-sar de engordar mais uns quilitos, sugiro hidratos de carbono como a quinoa, previamente cozida que liga muito bem a qualquer uma das cucurbitáceas. Por amor à batata, que não tem mesmo nenhum amor por si, ex-perimente sopas frias.

MESA

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LER doCe lerTEXTO / Sérgio Luís

Agosto do freguês

o mar… o mar perdidamente

quem torra por Agosto não cansa

quem vai amar avia-se em terra

há mares que vêm por bem

Mar, doce mar…

quem não está bem…desnuda-se

fazer mar melado

quadro com vista para o mar

Andar na corda gamba

iartistas

hortografias

há loiros na costa

bolsa de calores

Música lixeira portuguesa

xatos e pontapés

o pato das cantigas

Dia de s. Rock

Gin crónico

Dar o porco ao manifesto

A brindar com o fogo

PALAVRAS

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a sen-sibili-zação e a p r o -t e c -ç ã o d e c o n -sumi-dores vulneráveis como os idosos, as pessoas com deficiência, as crianças e os jovens. No âmbito des-se protocolo foi lançada a brochura pela DGC que alerta para o facto de o “envelhecimento e o au-mento da longevidade da população mundial se-rem já uma realidade incontornável pelo que, faz todo sentido falar em esperança de vida saudável e em segurança”.“Assim, será muito importante actuar na área da prevenção e na forma como a sociedade integra e trata os mais idosos”.Em termos de segurança geral, quando os idosos se encontrar sozinho em casa deve: colocar uma cor-rente de segurança na sua porta; não abrir a porta a pessoas desconhecidas; manter sempre um tele-móvel perto de si; ter sempre à mão os números de emergência, preferencialmente, gravados na me-mória do telemóvel ou do telefone; instalar, sempre que possível, um interruptor de fácil accionamento à entrada de cada divisão; assegurar-se de que as instalações eléctricas estão em boas condições; não sobrecarregar as fichas múltiplas, nem as ex-tensões; não colocar os cabos e fios eléctricos em locais de passagens ou corredores; deixar as portas e janelas fechadas sempre que sair de casa.

Nas próximas edições, daremos seguimento aos conselhos da brochura “Envelhecimento Activo e em segurança”.

EnvE-lhEcErEmsEgu-rança I

27 agosto 2012 / 14

TEXTO / Direcção Geral do

Consumidor

A Direção-Geral do Con-sumidor (DGC), União das Misericórdias Portu-guesas, a União das Mu-tualidades Portuguesas e a Confederação Na-cional das Instituições de Solidariedade assi-naram um protocolo de cooperação com vista ao desenvolvimento de acções conjuntas para promover a informação,

CONSUMO/OPINIÃO

vERão,hotelarIa e CrISe

O secretário-geral da Associação da Hotelaria, Res-tauração e Similares de Portugal (AHRESP) alertou que “o verão não vai ser a tábua de salvação” do turismo e que o terceiro trimestre vai agravar a si-tuação do sector.“Temos de ter presente que, não obstante alguma movimentação em determinadas regiões do país, é reconhecido que esse fluxo turístico, embora em quantidade, está a consumir muito menos”, afirmou à Lusa o secretário-geral da AHRESP, José Manuel Esteves, salientando que há “uma quebra da receita efectiva”.Na semana passada, terminou o prazo para o paga-mento do IVA do segundo trimestre, que a AHRESP espera que não tenha sido “tão doloroso como o pri-meiro”, ainda que o gabinete de crise da associação esteja “cheio de pedidos de ajuda”, estando para vir o terceiro trimestre que será “o pior de todos”.A associação encomendou um estudo sobre as que-bras do sector, que deverá ser entregue ao Governo no início de Setembro, para “que se reconheça que o aumento da taxa do IVA foi ‘a gota de água’ sobre a queda do consumo e a crise que assola a economia”.Apesar da situação negativa, o secretário-geral da AHRESP disse-se confiante nas negociações que estão a decorrer com o Governo no sentido de to-mar medidas para a defesa do sector do turismo, nas suas várias vertentes, incluindo o regresso do IVA para a taxa intermédia de 13 por cento.

QUEBRA DE RECEITA EFECTIVA

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As listas dos melhores filmes são o pecado original dos críticos: uma ir-resistível tentação que assegura tre-mendas injustiças e algumas surpre-sas e desilusões. Essa é a parte má; a parte boa é que obriga a pensar bastante e o empreendimento é mui-to divertido. Isto a propósito da nova lista da revista Sight and Sound, do British Film Institute.As listas começaram em 1952 e são publicadas de dez em dez anos; va-mos concentrar-nos na deste ano e anotar as surpresas que contém. É forçoso reconhecer que muitos des-tes filmes são famosos mas figuram de forma exclusiva no percurso ci-néfilo dos especialistas. Tentarei não falar do que não conheço, obviamen-te.O Vertigo de Hitchcock no cimo des-ta tabela: a cinematografia do mestre é intensa, claro, nada a lamentar na escolha; Citizen Kane em segundo é confirmação da perspetiva histórica como critério: o filme foi propulsor de vários avanços técnicos e costumava estar em primeiro lugar. Mantém-se no top da lista compilada pelos re-alizadores e que é apresentada em separado.Os realizadores colocam Vertigo em 6º lugar, atrás dos 2 primeiros O Pa-drinho, 8 e 1/2 de Fellini e Os ladrões de Bicicletas. Lá terão as suas razões mas contrastam com a lista geral (que inclui críticos de cinema). Nessa lista ocupam, respetivamente, as po-sições 21 e 31, 10 e 33. Vamos concen-trar-nos nesta última que contempla 235 “películas”, contra apenas 41 dos homens das lentes.Surpresa número 1: 2001, Odisseia no Espaço em sexto. Um filme magnífico é certo, mas bem mais filosófico do que os críticos costumam mastigar... bom, não foram eles que o considera-ram pretensioso quando saiu? Repôs-se a justiça aqui. Surpresa número 2: Au Hasard Balthazar, 16. O burro que

passa de dono em dono entre os me-lhores? Ainda por cima, Bresson tem sete filmes na lista!A preferência por filmes existencia-listas parece explicar estas escolhas: para isso aponta o surgir de um ob-jeto tão complexo como Persona, 17 (ou Ordet, 24, ou Mulholland Drive, 28). Este último um herdeiro próximo daquele filme de Bergman. Ah, e o Stalker de Tarkovsky, 29.É curiosa a situação dos documen-tários: um no top ten, O Homem da Câmara de Filmar, 7 (mudo), e o re-gisto de entrevistas que dura nove horas e meia com sobreviventes de campos de concentração (muitos alemães também), chamado Shoah, 29. Cinema com relevo civilizacional inquestionável.Interessante o caso de Tarkovsky: com quatro filmes na lista, o seu me-lhor trabalho tem o pior desempe-nho: Solaris, 154, quando Mirror é nú-mero 19. E não é que não haja filmes de ficção científica: além do que já se falou, Metropolis, 36, e Blade Runner, 69 (até porque Solaris é um filme filosófico-existencialista). Talvez a maior injustiça de toda a lista.O Leopardo de Visconti também não fez melhor que 57. É interessante notar que os grandes épicos históri-cos não ficam muito bem colocados. Lawrence da Arábia em 81 e E Tudo o Vento Levou em 235. Os filmes de guerra saem-se muito melhor: Apo-calypse Now, 14; A Batalha de Algiers, 48. Ou os westerns: A Desaparecida, 7; Rio Bravo, 63; Era Uma Vez no Oes-te, 78.Womg Kar Wai tem 2 filmes: Dispo-nível para Amar, 24, e Chungking Express, 144. O sucesso do segundo terá ajudado o primeiro, mas é signifi-cativo que 2046 não esteja presente. Serenata à Chuva, 20, musical, per-tence a um género praticamente não representado, o musical e bem pouca falta faz, diga-se de passagem.

PeCadonãooRiGinAl

OPINIÃO

TEXTO / Pe. Teodoro Medeiros

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mundo azurE

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TEXTo / Renato Gonç[email protected]

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O Festival Azure assinala este fim-de-semana a sua 6.ª edição. A “U” falou com Miguel Linhares, um dos organiza-dores e fundadores do evento, sobre a sua criação e como, ao longo destes seis anos, o festival foi ganhando espaço não só no cartaz açoriano mas também a nível nacional.

Revista U – Como surgiu a ideia do Festival Azure?Miguel Linhares (M.L.) Todo o núcleo duro da or-ganização do Festival Azure está ligado há música há muitos anos, desde o início dos anos 90. Sem-pre como músicos, no entanto, por volta de 2002, iniciou-se conversas e “tertúlias” sobre o que po-deria ser um festival de verão que alia a música a outras actividades e ao contacto privilegiado com a natureza. Tudo isto resultou em variados eventos de pequena dimensão, catapultando-se para o Festival Abismo, em 2006, nos Biscoitos, e ao primeiro Festival Azu-re em 2007 e já em S. Brás.O espaço, assim que visitado por nós, tornou-se imediatamente como o de eleição para um evento deste género, o que com o apoio e aprovação da junta de freguesia tornou-se possível a sua utiliza-ção. Quanto ao nome, a história é curiosa e extensa para o pouco espaço aqui disponível, no entanto, resumidamente, algumas correntes ideológicas defendem que as rotas de genoveses e florentinos já tinham passado pelos Açores – e eventualmen-te desembarcado – muito antes dos Portugueses em 1427. Também crê-se que o nome que davam a estas ilhas era as ilhas Azzorro, ou Azzurre (ilhas azuis) que depois de um aportuguesamento origi-nou o nome Açores (pois sabe-se que o nome não advém da presença destas aves de rapina, porque não existiam no arquipélago). Achámos que seria o nome adequado para o evento, pela sua originalidade e conceito e pela rápida as-sociação a Verão, a natureza e a Açores.

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U – As primeiras edições não foram “fáceis” em termos das condições atmosféricas e presença do público. Passou pela vossa cabeça mudar as datas, o formato, ou mesmo desistir da ideia do festival?M.L. – Em variadas edições o Fes-tival Azure foi fustigado por condi-ções climáticas por vezes bastante

adversas, o que chegou a originar a destruição de muitas estruturas, al-terações de horários de espectáculos e, obviamente, uma quebra inevitá-vel e significativa de bilheteira. Tudo isto tem criado bastantes problemas à organização que tem tentado – a muito custo, mas sempre de boa-fé e com muita dedicação – resolver estes inconvenientes. Como somos muito persistentes nunca pensámos concretamente em desistir, embora por vezes seja desmoralizante, mas acreditamos que um dia o esforço será amplamente reconhecido. O formato é este, não pede uma mu-dança. Um festival de verão é isto, não é um evento num pavilhão ou num recinto fechado. Quanto à mu-dança de datas ela aconteceu por variadas vezes – embora por outras razões que não as climáticas – no entanto a chuva e o vento chegou a perseguir-nos mesmo assim, o que prova que nos Açores, seja Agosto ou Dezembro, quando é para chover, é mesmo para chover, nada a fazer.E já agora fica a previsão para este ano que é boa, todos os sites da es-pecialidade indicam que a chuva não deverá visitar o Azure este ano.

U – O Azure sempre procurou ser muito mais que um festival de músi-ca. A ligação à natureza e a outras artes está na base do projecto?M.L. – Completamente! Até porque a formação superior de alguns dos membros da organização é em áreas artísticas. Desde o seu início que a música é só mais um complemento a uma varie-dade de actividades. Uma ideologia muito forte e que originou aquele que ainda é o nosso lema “reutiliza-ção de materiais”, tem feito parte da estrutura do evento e toda a envol-

vente estética, decorativa e mesmo logística é baseada nesse lema.Diversas actividades têm sido aborda-das no Azure, desde a pintura, cinema, fotografia, dança, a outras actividades como BTT, parkour, terapias alterna-tivas etc. São mostras e workshops que completam e diversificam o pro-grama, para além dos concertos.

U – O Azure já tem o seu próprio espaço no calendário de Verão dos Açores? M.L. – Claramente. Sendo o único festival de verão no grupo central – e um dos poucos na região – e pas-sados que estão 6 anos, é notório o crescente interesse do público, es-sencialmente num target entre os 16 e os 35 anos. Qualquer calendário ou agenda de festivais, mesmo a nível nacional, o Azure está lá e suscita interesse. A crescente aposta da organização na promoção tem resultado e as pre-senças em programas como o Curto-Circuito, na SIC Radical tem dado os seus frutos no que concerne a uma solidificação a nível regional e a um maior conhecimento a nível nacional.

U – Quais os principais destaques da edição deste ano?M.L. – Pela primeira vez teremos mú-sicos de quatro países diferentes: Es-tados Unidos, Alemanha, Cabo-Verde e Portugal e de correntes musicais muito distintas. Destaca-se obviamente a presença dos Amor Electro nesta edição, ban-da revelação de 2011 a nível nacional,

DESTAQUE

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DESTAQUE

DESCoNTRAÇão No fESTIvAL

BILHETEIRA DE RECICLAGEM

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mas também dos Beatbombers que foram em 2001 campeões mundial de scratch, tendo conseguido pela primeira vez este título para Portu-gal. O cabo-verdiano Dany Silva vem trazer ao Azure uma sonoridade mais “world music” que também tem sido aposta quase todos os anos. É um músico com uma carreira já muito longa e muito conhecido em Portugal e no estrangeiro. Consideramos todos os artistas de imensa qualidade, mas estes serão provavelmente os mais conhecidos do público em geral. Como tem sido também regra desde a primeira edi-ção, os artistas regionais tem sempre lugar de destaque no programa, en-tre Dj´s, bandas e formadores.Devido também à parceria com a Burra de Milho, foi possível criar um leque de formações ainda mais inte-ressante e variado. Aconselho a visita-rem o nosso site – www.festivalazure.com – para se inteirarem de todas as actividades e inscreverem-se.

U – Que planos para o futuro do Azu-re?M.L. – O projecto é este e funciona, mas tudo isto requer muito traba-lho. Um festival de pequena-média dimensão em Portugal só pode ter a sua avaliação definitiva – no que concerne à sua viabilidade – ao fim de 6, 7 anos. Nos Açores não sei se a realidade será ainda diferente e mais ampla, mas de qualquer maneira es-tamos a chegar a este ponto fulcral e mediante os indicadores do ano pas-sado – que foi a 5ª edição – tudo nos leva a crer que o sonho a que nos de-dicamos há quase 10 anos é viável e funciona, mais ainda numa ilha como a Terceira que é de uma grande en-trega a festividades e tem um con-ceito cultural relativamente apurado e histórico. Não nos esqueçamos que um dos festivais mais antigos do país aconteceu aqui e exactamente no concelho da Praia da Vitória, onde também ocorre o Azure.Acreditamos que este era um evento que faltava na Terceira e nos Açores e pretendemos torná-lo muito mais dinâmico, diversificado e estender a multiculturalidade do festival a pata-mares ainda não explorados por cá.Também a consolidação em termos logísticos e financeiros é algo impe-rativo para a boa saúde do Festival Azure. Algumas das lutas da organi-zação tem-se centrado nestes dois aspectos e com a colaboração de to-dos os intervenientes – directos e in-directos – acreditamos ser possível. Para além disso os apoios e parce-rias, privados e públicos – como os da Direcção Regional da Juventude, Di-recção Regional da Cultura, Direcção Regional das Comunidades, Direcção Regional de Prevenção e Combate às Dependências e da Câmara Mu-nicipal da Praia da Vitória e Junta de Freguesia de S. Brás – são fundamen-tais e decisivos para a continuação do Festival Azure. É para estes também que vai o nosso reconhecimento e agradecimento.

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SoBEM Ao PALCo

Do fESTIvAL AzURE

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DirectorMarco Bettencourt Gomes

EditoraHumberta Augusto

RedacçãoJoão Rocha, Humberta Augusto,

Renato Gonçalves, Sónia Bettencourt

Design gráficoFrederica Lourenço

PaginaçãoIldeberto Brito

Colaboradores desta ediçãoAdriana Ávila, Adriano Batista, Carmo Rodeia, Frederica Lourenço, Ivo Machado, Joaquim Neves, José Júlio Rocha, José Tolentino Mendonça, Marisa Leonardo, Mike Maciel, Paulo Brasil Pereira, Paulo Rocha, Rildo Calado, Ruben Tavares, Sara Leal, Sérgio Luís e Teodoro Medeiros.

Contribuintenº 512 066 981nº registo 100438

Assinatura mensal: 9,00€Preço avulso: 1€ (IVA incluído)

Tiragem desta edição 1600 exemplaresMédia referente ao mês anterior: 1600 exemplares

A UNIÃOPARA SER ASSINANTE, RECORTE E ENVIE ESTA FICHA

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PurAPoESiA

Filme: Poesia (Poetry)Título Orgiginal: Shi (Coreia), 2010Duração: 139 minutosGénero: DramaEscrito e Realizado por Chang-Dong LeeActores: Jeong-hie Yun, Da-wit Lee e Hira Kim

Uma mulher de sessenta e seis anos (Jeong-hie Yun) é diagnosticada com Alzeimer. Ainda nos estágios iniciais da doença, depara-se com um crime em que um familiar próximo está en-volvido e vê-se forçada a lidar com o conflito. Mas são as aulas de poesia que lhe dão o alento, força e propó-sito.

Este drama coreano, escrito e reali-zado por Chang-Dong Lee, ex Minis-tro da Cultura e Turismo da Coreia do Sul entre 2003 e 2004, foi galardoa-do em Cannes (2010) com o prémio de melhor argumento, tendo tam-bém integrado a selecção oficial de festivais como Toronto, Telluride e o NewYork Film Festival. Um dos aspectos mais interessan-tes a nível da fotografia e cenografia deste filme são os enquadramentos com profundidade, isto é, em pri-meiro plano decorre sempre a acção principal mas, ao fundo, uma acção complementa e situa a cena, quer com figurinos ou personagens que se movimentam e têm vida, quer a pers-

TEXTO / Sara Leal *

Produtora e realizadora cinemato-

gráfica | [email protected]

FALANDO DE CINEMA

DRAMA CoREANo

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pectiva profunda do próprio espaço, o ambiente em que acção decorre e a relação desse espaço com os ob-jectos que o integram e caracterizam ou complementam as personagens nesse meio. Os cenários são por isso credíveis, realistas e enquadram a audiência intrínsecamente na histó-ria. Nem a ausência de banda sonora se faz sentir, já que o som ambiente nos absorve no filme.Mas ainda mais do que o cenário e fotografia, a meu ver, o desempenho dos actores é o aspecto mais rele-vante de qualquer filme, só esse nos pode fazer viver a história e os mo-mentos emocionais de um filme. Em Poesia, a actriz principal – Jeong-hie Yun – desempenha fenomenalmente o seu papel, com uma graciosidade e beleza comoventes. Ela guia-nos pela história, num caminho emocional que apesar de dramático não é tragica-mente exagerado. É subtil e só ela consegue levar-nos na procura da beleza nos meadros da natureza hu-mana, por vezes cruel e insensível.As palavras desvanecem da memó-ria, mas o valor está na forma como se veêm as coisas, o poder da ob-servação, mostrar interesse e ver de verdade. Se se consegue realmente ver uma coisa, consegue-se sentí-la e compreendê-la, naturalmente - como

água que se torna numa nascente. A proposta do próprio professor de poesia é que os alunos consigam ver, pois ver é o mais importante na vida. Só assim se consegue preencher uma folha de papel em branco, com o co-ração aberto, com a verdade, com o que é genuíno. Há que preparar um lápis e papel e esperar a chegada do momento. O filme vive do paralelismo de Mija em busca da inspiração, na fuga da sua frustração, do isolamento em que vive, as relações ausentes e o caminho que percorre na tentativa de escrever o seu primeiro poema, superando as dificuldades.A água inicia e acaba o filme, simbo-liza a ordem natural das coisas, que começam e têm um fim, tal como a vida. Pura poesia.

ENSAIO

ALzEIMER INSPIRA fILME

PELÍCULA BUSCA INSPIRAÇão

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ADÁGIOSde benqUerença

Abrir

as mãos

Colher

os orvalhos

da memória

nos jardins

MúSICA

Não escutamos as mãos mas sabe-

mos serem elas

Sabemos

Quantos rios insinuam quantos silên-

cios sabem invocar

Porque a música

Prolonga o riso das mãos

Se o não escutares é porque os lírios

dormem

De cansaço.

OS MALMEQUERES

Disseste: hoje rasguei os papéis

Que escreveste

Depois

Como se faz às folhas

De Outono

Deixaste-as arder no esquecimento.

Agora

Entendo os malmequeres.

CóDIGOS DE MADRESSILVA

Abrir as mãos

Colher os orvalhos da memória nos

jardins

Depois

Entrar nos bosques e descodificar

Os passos as folhagens

Regressar

De pulmões abertos à cidade

Do escárnio.

TEXTO / Ivo Machado

FOTO / Mike Maciel

FOTÓGRAFO

Page 24: Revista U Nº24

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Page 25: Revista U Nº24

27 agosto 2012 / 25

Por CADA PeDAÇO De PÃO QUE coMo

Aqui há uns anos, escrevi, numa das minhas “Cartas de Roma”, uma cró-nica sobre um sem-abrigo de Florença, Roberto, na casa dos trinta, que aparentava ser tudo menos sem-abrigo. Na altura expliquei como a sua história o tinha atirado para as ruas de Florença e como a sua maneira de ser, tão diferente, delicada e humilde, tinha implodido com as minhas concepções dos sem abrigo. E como sentia o dever de nunca olhar para ninguém sem ideias pré-concebidas, porque ser pessoa é ser único, não classificável, não catalogável.O que me impressionou mais na história de Roberto é que ele gostava muito de uma jovem mulher. E gostava dela pelo simples facto de ela lhe ter, um dia, dirigido palavras meigas a que o seu coração frágil não resis-tiu. Sabendo o percurso dela para o trabalho, e não ousando nem sequer dirigir-lhe a palavra, durante muito tempo ele sentava-se na soleira de uma porta na rua por onde ela passava todos os dias, quase à mesma hora. Lá estava, sempre à à hora em que ela passava. E isso dava sentido ao seu dia. Era um ritual.A beleza de um ritual é magistralmente descrita pela raposa ao Princi-pezinho de Saint-Exupéry. Um ritual é um gesto aparentemente insigni-ficante a que nós damos um valor desmedido. E é essa desmesura que o torna. Já Pessoa dizia que todas as cartas de amor são ridículas e ridículos os que escrevem cartas de amor. Mais ridículos do que os que escrevem cartas de amor só os que não escrevem cartas de amor.Conheci um rapaz que, 22 dias antes da amada celebrar 22 anos, come-çou a colocar uma rosa por dia debaixo da janela do seu quarto, às duas da manhã: 22 rosas em 22 dias até ao 22.º aniversário. Escusado será di-zer que a amada não o amava.Eu próprio, enquanto estive em Roma, todos os sábados, às nove horas da manhã, ia comprar uma rosa sempre ao mesmo lugar, sempre branca, e colocava-a num pequeno vaso ao lado de um Ícone de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro.O tempo – ou melhor – a falta dele, é o grande assassino dos rituais que dão sentido e compasso às horas do nosso dia. Ausência de rituais entre pessoas significa, simplesmente, ausência de amor.Recordo-me de ir com o meu avô, nas manhãs das terças-feiras, à vinha podar as parreiras e trazer as vides em molhes. Chegar a casa e deitar os molhes ao sol ou à abrigada, conforme o tempo. Na quinta-feira chegava o moleiro, empoeirado de branco, como o burro e a carroça, a deixar dois sacos, um de farinha de milho outro de trigo. A sexta-feira era o grande dia. Logo pela manhã, ajudava – como os olhos e a alma juntinhos – a avó a amassar religiosamente a farinha, a deitar-lhe fermento, naqueles alguidares tremendos, cosidos de ga-tos nas fissuras e a cheirar intensamente a um amor indizivelmente seguro. A seguir, toca a carregar a lenha, com uma religiosidade im-pagável, um molhinho de uma dúzia de gravetos às costas, o Avô atrás com dois molhes. Atirava-se a lenha para a garganta do forno que de-vorava ruidosamente a madeira e deixava um brasido tórrido que era afastado para os cantos. Ia dentro a massa e saía, quente, fumegante, delicioso, o pão sagrado. Pão que não se vendia, que se beijava se caía ao chão, que se guardava para o caso de aparecer um pobre de pedir a bater à porta. Que se dava. A panificação industrial é um grande avanço tecnológico. Mas só isso...

OPINIÃO

TEXTO / Pe. José Júlio Rocha

Page 26: Revista U Nº24

hoJEHoje foi mais um dia como os outros, mas diferente dos outros, vivido da mesma for-ma que os outros, mas sentido de outra forma, visto com os mesmos olhos, mas observado com olhos renovados e límpidos.Hoje, senti necessi-dade de sair e de me afastar de tudo aquilo, que vejo, sinto e ouço a cada dia que me é pro-porcionado. Precisei de me isolar no meio de outros que não via há algum tempo, precisei de almoçar sozinho com gente que também há muito não via, precisei de deixar o meu “habi-tat” para ter um pouco de paz e pensar mais naquilo que é essencial. Hoje consegui perceber que afinal não sou só eu que vejo determinadas

situações como situ-ações catastróficas e sem resultado positivo aparente, percebi que outros têm a mesma opinião que eu, e que, afinal, não sou assim tão louco como dizem, compreendi que não sou só eu a ter medo de denunciar determina-das coisas, mas que os outros também sentem os mesmos medos que eu; compreendi que não sou o único a querer dar o máximo mesmo sabendo que sou frágil, mas que há sempre al-guém no meio da mul-tidão disposto a fazer o mesmo, reconhecendo também as suas limita-ções; percebi que não sou o único a querer mudar o mundo, mas que como eu existem imensas pessoas ca-mufladas pelo medo e pela vergonha daquilo que os outros poderão pensar e dizer; entendi que na primeira abor-dagem a alguém nunca se percebe tudo como queríamos e que qua-se sempre retiramos conclusões precipita-das. Hoje, redescobri o quão belo é ser louco pela vida, o quão belo é lutar pelas vitórias do dia-a-dia a todo o cus-to, o quão belo é sentir-se preenchido total e verdadeiramente, dan-do tudo o que se tem sem esperar receber qualquer elogio ou ho-menagem, e sobretudo, o quão gratificante é ter aptidão de, perante as maiores dificuldades da vida, permanecer

PARTIDAS

TEXTO / Adriano Batista

FOTO /Ruben Medeiros

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F E V E R E I R OS — 7 14 21 28 —T 1 8 15 22 — —Q 2 9 16 23 — —Q 3 10 17 24 — —S 4 11 18 25 — —S 5 12 19 26 — —D 6 13 20 27 — —

M A R Ç OS — 7 14 21 28 —T 1 E 15 22 29 —Q 2 9 16 23 30 —Q 3 10 17 24 31 —S 4 11 18 25 — —S 5 12 19 26 — —D 6 13 20 27 — —

A B R I LS — 4 11 18 F —T — 5 12 19 26 —Q — 6 13 20 27 —Q — 7 14 21 28 —S 1 8 15 F 29 —S 2 9 16 23 30 —D 3 10 17 P — —

M A I OS — 2 9 16 23 30T — 3 10 17 24 31Q — 4 11 18 25 —Q — 5 12 19 26 —S — 6 13 20 27 —S — 7 14 21 28 —D F 8 15 22 29 —

J U N H OS — 6 R 20 27 —T — 7 14 21 28 —Q 1 8 15 22 29 —Q 2 9 16 F 30 —S 3 F 17 24 — —S 4 11 18 25 — —D 5 12 19 26 — —

J U L H OS — 4 11 18 25 —T — 5 12 19 26 —Q — 6 13 20 27 —Q — 7 14 21 28 —S 1 8 15 22 29 —S 2 9 16 23 30 —D 3 10 17 24 31 —

A G O S T OS 1 8 F 22 29 —T 2 9 16 23 30 —Q 3 10 17 24 31 —Q 4 11 18 25 — —S 5 12 19 26 — —S 6 13 20 27 — —D 7 14 21 28 — —

S E T E M B R OS — 5 12 19 26 —T — 6 13 20 27 —Q — 7 14 21 28 —Q 1 8 15 22 29 —S 2 9 16 23 30 —S 3 10 17 24 — —D 4 11 18 25 — —

O U T U B R OS — 3 10 17 24 31T — 4 11 18 25 —Q — F 12 19 26 —Q — 6 13 20 27 —S — 7 14 21 28 —S 1 8 15 22 29 —D 2 9 16 23 30 —

N O V E M B R OS — 7 14 21 28 —T F 8 15 22 29 —Q 2 9 16 23 30 —Q 3 10 17 24 — —S 4 11 18 25 — —S 5 12 19 26 — —D 6 13 20 27 — —

D E Z E M B R OS — 5 12 19 26 —T — 6 13 20 27 —Q — 7 14 21 28 —Q F F 15 22 29 —S 2 9 16 23 30 —S 3 10 17 24 31 —D 4 11 18 N — —

Guerrilhas, N.º 34 – Terra-Chã • 9700-685 Angra do Heroísmo

Telefone / Fax 295 331 469 • Telmóveis: 969 028 777 / 969 239 333

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Page 27: Revista U Nº24

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com um sorriso ca-paz de contagiar todo aquele que por mim passe, porque ninguém tem obrigação de saber que hoje o meu dia foi menos bom, mas eu te-nho o dever de tornar melhor o dia daqueles que comigo se cruzam estrada fora.O meu hoje não foi igual ao ontem que passou, nem será igual ao amanhã que virá. Contudo, ver cada dia com os olhos renova-dos é o desafio lança-do para não cairmos na monotonia e na ge-neralização de tudo e de todos.

HOJE FOI...HOJE FOI UM DIA DA-QUELES…HOJE FOI PARA (NÃO) ESQUECER…HOJE PRECI-SEI DE… HOJE SENTI QUE…

PARTIDAS

vER CADA DIA

CoM oS oLHoS RENovADoS

Rua da Rosa, 199700-171 Angra do HeroísmoTelefone: 295 214 275Fax: 295 214 030

UniãoGráficaAngrenseUnipessoal Lda.

UNIÃO GRÁFICA ANGRENSE, UNIPESSOAL, L.DA

Rua da Rosa, 19 | Apartado 49

9700-171 ANGRA DO HEROÍSMO

Tel. 295 214 275 | Fax 295 214 030

E-mail: [email protected]

www.auniao.com

TAXA PAGAPORTUGAL

CONTRATO 200018151

[email protected]

União Gráfica AngrenseCONTRIBUINTE N.º 999 999 999Rua da Rosa, 19 • 9700 Angra do HeroísmoTelefone: 295 214 275 • Fax: 295 214 030

GUIA TRANSPORTE

NºNome _______________________________________________________________________________________________________________________Morada _____________________________________________________________________________________________________________________Contribuinte n.º Data

Quant. Designação P. Unitário

TOTAL . . . .

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Importância

IVA em regime de isenção

Viatura nº __________

Local de Carga ______________________________________

Local descarga ______________________________________

Hora ________ h ________

Hora ________ h ________

Recebido por ______________________________

Entregue por _______________________________

Matrícula ________ – ________ – ________ O Condutor _____________________ Data ______ /______ /______

U. G. A. • Contribuinte nº 512 066 981 • Rua da Palha, 11-17 • Angra do Heroísmo • Aut. Minist. 2-3-88 • 1 bl. c/ 50x3 ex. • 6-2008 Os bens/serviços foram colocados à disposição do cliente nesta data

AGUENTA V E R D O S

FAYAL SPORTFactos e Figuras

Armando Amaral

F E V E R E I R OS — 7 14 21 28 —T 1 8 15 22 — —Q 2 9 16 23 — —Q 3 10 17 24 — —S 4 11 18 25 — —S 5 12 19 26 — —D 6 13 20 27 — —

M A R Ç OS — 7 14 21 28 —T 1 E 15 22 29 —Q 2 9 16 23 30 —Q 3 10 17 24 31 —S 4 11 18 25 — —S 5 12 19 26 — —D 6 13 20 27 — —

A B R I LS — 4 11 18 F —T — 5 12 19 26 —Q — 6 13 20 27 —Q — 7 14 21 28 —S 1 8 15 F 29 —S 2 9 16 23 30 —D 3 10 17 P — —

M A I OS — 2 9 16 23 30T — 3 10 17 24 31Q — 4 11 18 25 —Q — 5 12 19 26 —S — 6 13 20 27 —S — 7 14 21 28 —D F 8 15 22 29 —

J U N H OS — 6 R 20 27 —T — 7 14 21 28 —Q 1 8 15 22 29 —Q 2 9 16 F 30 —S 3 F 17 24 — —S 4 11 18 25 — —D 5 12 19 26 — —

J U L H OS — 4 11 18 25 —T — 5 12 19 26 —Q — 6 13 20 27 —Q — 7 14 21 28 —S 1 8 15 22 29 —S 2 9 16 23 30 —D 3 10 17 24 31 —

A G O S T OS 1 8 F 22 29 —T 2 9 16 23 30 —Q 3 10 17 24 31 —Q 4 11 18 25 — —S 5 12 19 26 — —S 6 13 20 27 — —D 7 14 21 28 — —

S E T E M B R OS — 5 12 19 26 —T — 6 13 20 27 —Q — 7 14 21 28 —Q 1 8 15 22 29 —S 2 9 16 23 30 —S 3 10 17 24 — —D 4 11 18 25 — —

O U T U B R OS — 3 10 17 24 31T — 4 11 18 25 —Q — F 12 19 26 —Q — 6 13 20 27 —S — 7 14 21 28 —S 1 8 15 22 29 —D 2 9 16 23 30 —

N O V E M B R OS — 7 14 21 28 —T F 8 15 22 29 —Q 2 9 16 23 30 —Q 3 10 17 24 — —S 4 11 18 25 — —S 5 12 19 26 — —D 6 13 20 27 — —

D E Z E M B R OS — 5 12 19 26 —T — 6 13 20 27 —Q — 7 14 21 28 —Q F F 15 22 29 —S 2 9 16 23 30 —S 3 10 17 24 31 —D 4 11 18 N — —

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Page 28: Revista U Nº24

27 agosto 2012 / 28

“a política baseia-se na indiferença da maioria dos interessados, sem a qual não há política possível.” | Paul Valéry

CArTooN

ÓCIOS / OPINIÃO

AS MAiS VIStaSONLINE

Devido à tempestade Gordon ATLÂNTICOLI-NE CANCELA VIAGENS ATÉ SEGUNDA-FEIRA

Segunda-feira TEMPESTADE TROPICAL PASSA PELOS AçORES

qUEstionÁRio

QUAL O FA-VORITO à CONQUISTA DO TíTULO DE FUTE-BOL?FC Porto: 43 (26,38%) | SL Benfica: 61 (37,42%)

SC Braga: 6 (3,68%) | Sporting CP: 53 (32,52%)

TOTAL: 163 (100%)

ENTRETENIMENTO / OPINIÃO

07 maio 2012 / 28

“Citação e/ou frase aqui.”

AS MAIS VISTASONLINE

A MA-ÇONARIA INFLU-ENCIA A POLÍTICA PORTU-GUESA?

QUESTIONÁRIO

SIM

NÃO

CARTOON

Título Aqui

Título Aqui

CÃES QUE CASAM...TEXTO / Frederica Lourenço

...os donos, claro. Ou então aqueles que, à

falta de um com carisma que chegue para

estar à altura das escolhas dos noivos, os

alugam à hora.

Ainda a propósito desta súbita moda ca-

nina, descobri que os BFF´s das noivas

são agora uma espécie de complemento

ao vestido, e começam a fazer as vezes

dos tradicionais bouquets de flores. Noi-

va atenta a estas coisas da moda não

abdica mais da fotografia do “happily

ever after” sem os dois seres mais impor-

tantes da sua vida: o noivo e o cão (não

necessariamente por esta ordem!). O

I am a fan of

canino faz as delícias dos convidados, e

torna-se no segundo elemento mais im-

portante da festa: à parte da noiva, tudo

parecem pormenores, e acho que até os

noivos não se preocupam com a súbita

despromoção de que são alvo, desde que

isso traga um álbum fotográfico de fa-

zer inveja ao mundo inteiro. E quem não

tem a sorte de ter um, aluga. Afinal, é o

sucesso do casamento que está em jogo,

e o cão errado ou a ausência do mesmo

na hora de dizer o sim perante as cente-

nas de amigos, pode arruinar o vestido do

melhor estilista.

Page 29: Revista U Nº24

27 agosto 2012 / 29

CiNEMA dIgItalA p a r t i r d o p r ó x i m o m ê s d e S e t e m b r o a C u l t u r a n g r a E . E . M . p a s s a a u s u f r u i r d o e q u i p a m e n t o n e c e s s á r i o p a r a a

E 3De x i b i ç ã o d e f i l m e s e m 3 D .A empresa munici-pal de Angra do He-roísmo informa que a sala de cinema do Centro Cultural e de

no Centro CUltUral

Congressos angrense vai disponibilizar, a partir de 1 de Setembro, de cinema digital e em 3D.Mais informam que os interessados deverão ficar atentos à programação a anunciar em breve. Mais informações em: http://www.cul-turangra.pt

14.º AngrajazzJack DeJohnette e Jason Moran são os cabeças de cartaz do 14.º Festival Internacional de Jazz de An-gra do Heroísmo - Angrajazz, que decorre de 4 a 6 de Outubro.O palco do Centro Cultural e de Congressos de Angra do Heroísmo vai receber seis concertos em três dias.O festival arranca a 4 de Outubro com a Orques-tra Angrajazz, composta por jovens músicos da ilha Terceira, seguindo-se a actuação do quinteto do trompetista polaco Tomasz Stanko. No dia seguinte, sobe ao palco o quinteto do saxofonista português Rui Teixeira, seguido do quinteto do baterista norte-americano Jack DeJohnette. O Angrajazz termina a 6 de Outubro com um concerto de Jason Moran and the Bandwagon. A Orquestra de Jazz de Matosinhos encerra o programa, numa actuação em que estará acompanhada pelo saxofonista norte-americano Chris Cheek. O Angrajazz está orçado este ano em 88 mil euros. Os ingressos mantêm os preços do ano passado, variando entre 12 e os 18 euros por dia e entre 25 e 45 euros para os três dias, havendo ainda descon-tos para jovens e idosos.

CULTURA

Uma mulher virtu-osa, quem a pode-rá encontrar? O seu valor é superior aos das pérolas. (Prov. 31 10-11)A religião para mui-tos, repudia as orien-tações sexuais!Há histórias bíblicas refutadas por exe-getas, teólogos que apontam para a tese de que jesus teve mulheres, entre elas, Maria Madalena (Dan Brown, O Có-digo Da Vinci) e que esta era uma doidi-vanas! Certamente estão todos muito longe da história original e tão pouco, perto da realidade! Por que motivo se afasta a ideia de se-xualidade da igreja? A sensualidade que se presencia numa noite quente está para além do expli-cável, na envolvên-cia dos pares, algo que se esconde pe-rante o quotidiano, porque… é proibido! Sabia que na Bíblia há a existência de cartas entre um ca-sal apaixonado que se desejam ardua-mente num amor impossível de ser experienciado? ora, procurem o Cântico dos Cânticos, (7, 11-13 ); Não que a Igreja nos queira privar de prazeres, mas é uma autêntica simbologia de respeito humano onde apresentam histórias bizarras e outras de amor in-condicional, onde o justo, e humilde pre-valece! Recomendo-vos a consulta dos vastos trabalhos de Ariel Al-varez Valdés, assim como o recente livro de A. Cunha oliveira, “Jesus de Nazaré e as suas mulheres”.Como “Amante da Sociedade”, deixo-vos a pensar neste tema com um novo olhar!

NoiTESenCar-nadaSTEXTO / Marisa Leonardo

Page 30: Revista U Nº24

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loPAzzTEXTO / Adriana Ávila

Stefan Eichinger ou Lopazz é um músico que nos chega de Zurich - Alemanha, dirigente de um editora multimé-dia 800achtspur, realizador de filmes e também é reco-nhecido por ser um “Mix-Mastering-Engineer”, inclusive misturou temas para séries televisivas como Miami Vice e Magnum. Sendo uma das grandes e mais importantes referências do espectro Minimal Tech House e apesar de ter somente um álbum editado «Kook Kook», a sua cria-ção musical não fica aquém das expectativas, com uma vasta compilação sonora. Podemos contar com diversos EP’s e Singles lançado desde 93/94.

loPaZZ na terCeIraLopazz encontra-se em tour pelo mundo, passando tam-bém por Portugal. É importante fazer alusão à presen-ça deste artista no Festival Azure no dia 1 de Setembro, festival este, que irá decorrer como já é habitual na ilha Terceira (30, 31 Julho e 1 de Setembro) na freguesia de São Brás. O Azure, é uma oportunidade alternativa de co-nhecer música nova, conviver e ao mesmo tempo estar em sintonia com a natureza.

DiAs DE MEloAcaba de ser lançado mais um roteiro cultural dos Açores, desta vez dedicado ao poeta picoense Dias de Melo.A publicação, da responsabilidade da direcção re-gional da Cultura, inclui uma resenha histórica sobre este escritor e sugere um percurso pela ilha do Pico.

BolSASartíStICaSSerão atribuídas oito bolsas para o apoio à criação artísticas em 2013. O regulamento pode ser consul-tado em www.azores.gov.pt. As áreas abrangidas são: artes plásticas, audiovisual e multimédia, cria-ção literária, dança, dramaturgia, fotografia, músi-ca em composição erudita e música em composição para bandas filarmónicas. O valor de cada bolsa é de 10 mil euros.

GovERNo no YouTubeEm http://www.youtube.com/GovernodosAcores o executivo açoriano disponibiliza diversos vídeos so-bre eventos de iniciativa ou com o apoio do governo regional.Os mais recentes mostram imagens das últimas festas da Praia da Vitória, os discursos oficiais do Dia da Região, cerimónias de adjudicação de obras, spots de publicidade institucional, entre outros.

CULTURA

Page 31: Revista U Nº24

27 agosto 2012 / 31

FoToDiGiSuB 2012Realiza-se a 8 de Setembro na Praia da Vitória uma pro-va do 7º Troféu Nacional de Fotografia Subaquática.O Clube Naval da Praia da vitória e o centro de

nA pRAiA

mergulho Octupus organizam esta eta-pa do FotoDigiSub na ilha Terceira, a pe-núltima, de um total de cinco, que tiveram início em Cascais e que terminam em Se-simbra.

O FotoDigiSub 2012, que está na sua 7ª edição, é uma competição única e original, disputada a nível nacional, tendo como objectivos a dinamização do mergulho e da fotografia subaquática, proporcio-nando oportunidades competitivas a todos os mer-gulhadores que praticam Fotografia Digital Suba-quática.

A poeta Marta Du-tra, natural da Hor-ta, lançou o seu segundo livro de poesia “de via-gem”, no passado dia 25 de Agosto no Centro Paro-quial de Castelo Branco, no faial.o livro conta com o prefácio do es-critor açoriano joão de Melo. “o livro fala do amor, do tempo e da morte. De carácter intimista conduz o leitor pelo existen-cialismo poético, provocando a re-flexão sobre a vida através da palavra poética”, referem os promotores.

a 8 de Setembro

OPINIÃO / AGENDA

OPINIÃO / AGENDA

07 maio 2012 / 31

HEADLINE HERELores aut quidebis dis nitatem et que pel ime nosse-quam, officae cesecto etum rae quibus acesto quaspiet faccum iligenimi, sam et, quidebitis antia

TITLE HERE

dolorestibus conse-quate int entus quo doluptiatus dolo earum rem arum volora vita arum reictissi utatae. Et aborero cone etur, cuptatem que com-moluptas quiae et, ve-liqui accusam facculp

TITLE HERE

ariorum vel il es volor simus, core quistib eribus voluptis earum vendae cum exerum arum quiant. Ehendit, sinto verovitio. Ut est, ut incid quas inullor estiusa picaboremque nonsed quibearum que est, quiasped eos auditem poreptas doloriti omnimpo-riate invellaut expediciis quias mos sam alite quid quas ella Lit et qui debis magnates dolupta erfe

Xeratem quost autemos dipsam ut imagnam, offic totatur? Quiditam alia iducidentia si-tias millupis et om-nim ex enis as eost eosaper ibeaquo ma del ipis dolor ad eument, con cor-ectatiam dolorese pratiant quam que volo molorro ex et vit qui ditessun-di unte ella nate nobitatem quis quossimodia quis delisci psapedi beritem ilit quis in-venis consequ un-dignam aut most, cum fugition eium eratur res ipsamus eatum etur sapitat iaecaep udaera-tiatur aditatis no-bitib usante qui as rersperae latis ex exerae. Ipicipitium que et, quatur res

O objectivo do projecto é o de apresen-tar novas ideias que permitam alterar a relação entre arquitectura e natureza: para os arquitectos responsáveis pelo projecto, estes têm de ser livres da im-posição de modelos inflexíveis, devendo ter uma relação com as formas da natu-reza circundante. O processo de design deste hotel foi inspirado pelos igloos, os abrigos dos moradores nativos do Ártico, juntamente com as formas fluídas das montanhas envolventes.

TEXTO / Rildo Calado

WORLDARCHITEC-

TUREFESTIVAL

2012

WAF AWARDS 2012

Shortlist 2012

Categoria: Edifícios completos

Subcategoria: Hotéis

Projecto: Barin ski resort

Localização: Irão

Atelier RYRA Studio

www.ryrastudio.com

Page 32: Revista U Nº24