Boas Praticas de Refrigeração e Meio Ambiente

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    PROGRAMA BRASILEIRO DE

    ELIMINAO DOS HCFCs-PBH

    TREINAMENTO E CAPACITAOPARA BOAS PRTICAS EMSISTEMAS DE AR CONDICIONADO DO TIPO SPLIT

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    PROGRAMA BRASILEIRO DEELIMINAO DOS HCFCs-PBH

    MMA

    Braslia, 2015

    MINISTRIO DO MEIO AMBIENTE

    SECRETARIA DE MUDANAS CLIMTICAS E QUALIDADE AMBIENTAL

    DEPARTAMENTO DE MUDANAS CLIMTICAS

    TREINAMENTO E CAPACITAO

    PARA BOAS PRTICAS EMSISTEMAS DE AR CONDICIONADO DO TIPO SPLIT

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    SUMRIOPREFCIO 11

    O PROTOCOLO DE MONTREAL E A DESTRUIO DA CAMADA DE OZNIO 15

    Substncias Destruidoras da Camada de Oznio (SDOs) e a Refrigerao 16

    A adeso do Brasil ao Protocolo de Montreal 17

    Programa Brasileiro de Eliminao dos HCFCs (PBH) 18

    O IBAMA e o Cadastro Tcnico Federal 21

    A Legislao Brasileira e o Protocolo de Montreal 22

    A Camada de Oznio Suas Causas e Efeitos 23

    1IMPORTNCIA DE RECOLHER, RECICLAR E REGENERARFLUIDOS FRIGORFICOS E REDUZIR VAZAMENTOS 27

    2SEGURANA NA REFRIGERAO 31

    2.1Equipamentos de Proteo Individual EPIs 32

    2.2Segurana durante o trabalho em sistemas de ar condicionado 34

    2.3Recomendaes de segurana para o manuseio de uidos frigorcos 36

    2.4Cilindros de uido frigorco 37

    2.5Manuseio de cilindros de uido frigorco 39

    2.6Referncias normativas 41

    3FLUIDOS FRIGORFICOS 43

    3.1Classicao dos uidos frigorcos 43

    3.2Fluidos frigorcos usados em sistemas de ar condicionado do tipo split 44

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    4EQUIPAMENTOS E FERRAMENTAS 47

    4.1Equipamentos e ferramentas para manuseio e conteno de uidosfrigorcos 47

    4.2Instrumentos para medio 51

    4.3Ferramentas eltricas 52

    4.4Manuteno dos equipamentos e ferramentas 54

    5OPERAO COM TUBULAES 57

    5.1Tubulaes 57

    5.2Ferramentas e equipamentos para o manuseio com tubulaes 58

    5.3Curvas em tubulaes de cobre/alumnio 63

    5.4Flangeamento 66

    5.5Expanso e ligamentos de tubos e componentes 69

    5.6Processos de brasagem 70

    6AR CONDICIONADO 77

    6.1Termos e denies 77

    6.2Sistema de ar condicionado do tipo split 78

    6.3Partes integrantes de um sistema de ar condicionado do tipo split 79

    6.4Sistemas de ar condicionado ciclo-reverso 81

    6.5Sistemas de ar condicionado em condies seladas 83

    7CLCULO DE CARGA TRMICA SIMPLIFICADO PARAAMBIENTES COM AR CONDICIONADO 87

    7.1Formulrio para clculo simplicado de carga trmica de vero 88

    7.2Exemplo de clculo simplicado de carga trmica de vero (resfriamento) 90

    8INSTALAO DE AR CONDICIONADOS DO TIPO SPLIT 99

    8.1Denio da instalao 99

    8.2Posicionamento e instalao das unidades evaporadora e condensadora 100

    8.3Dreno 103

    8.4Dimenses das tubulaes 104

    8.5Procedimentos bsicos para instalao 104

    8.6Carga adicional de uido frigorco 105

    8.7Relatrio de instalao 106

    9VAZAMENTOS - DESCOBRIR E EVITAR 109

    9.1Requisitos para a deteco de vazamentos 109

    9.2Inspeo de vazamentos consertados 110

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    9.3Conteno do uido frigorco 110

    9.4Deteco de vazamento 111

    9.5Trabalhos preparatrios para o teste de vazamento 114

    9.6Testes de vazamento 114

    9.7Localizao de vazamentos em ar condicionados do tipo split 120

    9.8Causas dos vazamentos 121

    9.9Anlise dos pontos de vazamento 122

    10RECOLHIMENTO, RECICLAGEM E REGENERAO DO FLUIDO FRIGORFICO 125

    10.1Recolhimento 125

    10.2Reciclagem 132

    10.3Regenerao 13611OPERAES NO SISTEMA DE REFRIGERAO 141

    11.1Limpeza do circuito do ar condicionado (Flushing) com nitrognio seco 141

    11.2Evacuao do circuito de ar condicionado do tipo split 142

    11.3Carga de uido frigorco 146

    11.4Procedimento de partida (start-up) e balanceamentodo sistema frigorco 148

    11.5Vericao nal de vazamento 152

    12MANUTENO PREVENTIVA PLANEJADA 155

    13FIM DA VIDA TIL 159

    13.1Desativao do sistema 159

    13.2Destinao nal de uidos frigorcos e componentes do sistema 160

    14REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS 163

    ANEXO 01 REQUISITOS PARA A REGENERAO DE FLUIDOS FRIGORFICOS 165

    ANEXO 02 LEGISLAO 167

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    PREFCIOEm 2007, durante a comemorao dos 20 anos de existncia do Protocolode Montreal e aps o bem-sucedido processo de eliminao do consumo deCFCs (Clorouorcarbonos), os Pases Parte do Protocolo de Montreal decidi-ram antecipar o cronograma de eliminao do consumo de HCFC, por meioda aprovao da Deciso XIX/6.

    Para isso, o governo brasileiro coordenou a elaborao do Programa Brasi-leiro de Eliminao dos HCFCs (PBH), entre os anos 2009 e 2011, que foiaprovado em julho de 2011 pelo Comit Executivo do Fundo Multilateral paraa Implementao do Protocolo de Montreal, com um oramento de US$19.597.166,00, para a execuo da primeira etapa.

    As aes do PBH esto voltadas, principalmente, para a eliminao do con-sumo do HCFC-22, utilizado como uido frigorco para sistemas de refrige-rao e ar condicionado, e do HCFC-141b, utilizado como agente expansorpara a fabricao de espumas de poliuretano. No que se refere ao HCFC-22,destaca-se o Programa de Treinamento e Capacitao de Mecnicos e Tcni-cos que atuam no setor de ar condicionados do tipo split.

    Este manual foi elaborado com o objetivo de ilustrar as mais importantesferramentas e prticas utilizadas nos servios de instalao, manuteno ereparo de sistemas de ar condicionado do tipo split. O manual visa oferecerorientao prossional aos mecnicos e tcnicos que trabalham no setor paraa aplicao das boas prticas nos servios relacionados refrigerao, forne-cendo conhecimento essencial para a conteno de vazamentos de uidosfrigorcos.

    Sabe-se que uma quantidade signicativa de emisses de HCFC-22 pode-ria ser evitada por meio da aplicao de boas prticas durante a instalao,operao, manuteno e reparo de equipamentos de refrigerao e ar condi-

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    PREFCIO12

    cionado. Boas prticas incluem atividades de manuteno preventiva, detec-o de vazamentos, registro de dados tcnicos, operao adequada, alm dorecolhimento, reciclagem e manuseio correto dos uidos frigorcos, entreoutros procedimentos. Essas atividades demandam prossionais devidamen-te capacitados e treinados, que podem contribuir para uma reduo signica-

    tiva do consumo de uidos frigorcos.

    Boas prticas de refrigerao trazem benefcios ao meio ambiente e qualida-de aos servios de instalao e manuteno, proporcionando maior tempo devida til e maior ecincia energtica dos sistemas.

    Espera-se que este manual facilite e intensique o intercmbio de conheci-mento entre os prossionais do setor e sirva como meio de informao aosque no puderam participar do programa de treinamento e capacitao. Asilustraes contidas devem fazer lembrar, identicar e comunicar de formafcil os elementos das boas prticas nos servios de refrigerao.

    Est prevista a atualizao deste manual em base regular para integrar suges-tes recebidas e para manter o ritmo da evoluo das aes desenvolvidas.

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    O PROTOCOLODE MONTREAL E ADESTRUIO DA

    CAMADA DE OZNIOO Protocolo de Montreal sobre Substncias que Destroem a Camada de Oz-nio um tratado internacional que objetiva proteger a Camada de Oznio pormeio da eliminao da produo e consumo das Substncias Destruidoras doOznio (SDOs). Foi adotado em 1987 em resposta destruio da Camada deOznio que protege a Terra contra a radiao ultravioleta emitida pelo sol.

    O Protocolo de Montreal estabeleceu metas de eliminao para todos os

    Pases Parte, respeitando o princpio das responsabilidades comuns, porm,diferenciadas. Para prover assistncia tcnica e nanceira aos pases em de-senvolvimento1, em 1990 foi institudo o Fundo Multilateral para a Implemen-tao do Protocolo de Montreal (FML).

    O Fundo administrado pelo Comit-Executivo do Fundo Multilateral paraImplementao do Protocolo de Montreal, composto por sete pases desen-volvidos e sete pases em desenvolvimento. Os projetos que o Fundo apoiaso realizados em 147 pases em desenvolvimento, por meio das agncias

    1 Aqueles cujo nvel anual de consumo de substncias controladas, listadas no Anexo Ado Protocolo de Montreal, seja inferior a 0,3 kg per capita na data de entrada em vigordo mesmo ou em qualquer data posterior nos dez anos que se seguem data deentrada em vigor do Protocolo.

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    O PROTOCOLO DE MONTREAL E A DESTRUIO DA CAMADA DE OZNIO16

    implementadoras multilaterais das Naes Unidas e bilaterais dos pasesdesenvolvidos doadores.

    Agncias Implementadoras Multilaterais:

    Programa das Naes Unidas para o Desenvolvimento PNUD

    Organizao das Naes Unidas para o Desenvolvimento Industrial ONUDI

    Programa das Naes Unidas para o Meio Ambiente PNUMA

    Banco Mundial

    Agncia de Cooperao Tcnica Bilateral:

    Cooperao Alem para o Desenvolvimento Sustentvel por meio

    da Deutsche Gesellschaft fr Internationale Zusammenarbeit (GIZ)GmbH

    Com as aes adotadas pelos pases no mbito do Protocolo de Montreal,estima-se que, entre 2050 e 2075, a Camada de Oznio sobre a Antrticaretorne aos nveis que apresentava em 1980.

    Estimativas apontam que, sem as medidas globais desencadeadas pelo Pro-tocolo, a destruio da Camada de Oznio teria crescido ao menos 50% no

    Hemisfrio Norte e 70% no Hemisfrio Sul, isto , o dobro de raios ultraviole-ta alcanaria o norte da Terra e o qudruplo ao sul. A quantidade de SDOs naatmosfera seria cinco vezes maior.2

    Em 2012 foi comemorado os 25 anos da assinatura do Protocolo de Montre-al, que conta com 197 Pases Parte e que apresenta resultados notveis emfavor da conscientizao ambiental e da proteo da natureza.

    Substncias Destruidoras da Camadade Oznio (SDOs) e a RefrigeraoAs SDOs so substncias qumicas sintetizadas pelo homem para diversasaplicaes. So utilizadas na refrigerao domstica, comercial, industrial eautomotiva, na produo de espumas (agente expansor do poliuretano), naagricultura para desinfeco do solo (controle de pragas), para proteo demercadorias (desinfeco), em laboratrios, como matria-prima de vrios

    2 http://www.protocolodemontreal.org.br/eciente/sites/protocolodemontreal.org.br/pt-br/site.php?secao=saladeimprensa, acesso em 26/07/2013.

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    A adeso do Brasil ao Protocolo de Montreal 17

    processos industriais, entre outros. As mais comuns so: clorouorcarbono(CFC), hidroclorouorcarbono (HCFC), brometo de metila e halon.

    No setor da refrigerao, os CFCs foram aos poucos sendo substitudos pelosHCFCs e HFCs. Essas substncias possuem alta capacidade para absorver

    calor, no so in

    amveis e nem txicas ao ser humano. No entanto, os CFCsapresentam alto poder de destruio da Camada de Oznio. J os HCFCstambm destroem a Camada de Oznio, mas em menores propores.

    Os CFCs, HCFCs e HFCs so substncias que contribuem para o aquecimen-to global. Portanto, a liberao de qualquer destas substncias na atmosferatraz enormes prejuzos ao meio ambiente.

    A adeso do Brasil ao Protocolo de MontrealPor meio do Decreto n 99.280, de 6 de junho de 1990, os textos da Conven-o de Viena e do Protocolo de Montreal foram promulgados pelo governofederal, determinando que fossem executados e cumpridos integralmente noBrasil.

    Desde essa poca, o Brasil tem feito a sua parte em relao aos esforosinternacionais para a proteo da Camada de Oznio e tem cumprido com asmetas estabelecidas pelo Protocolo de Montreal, colaborado para a defesado meio ambiente e para a modernizao e aumento da competitividade da

    indstria brasileira.

    O Pas concluiu a eliminao do consumo dos CFCs (clorouorcarbonos) emjaneiro de 2010. Nos ltimos 15 anos, o trabalho desenvolvido pelo governobrasileiro, com recursos do Fundo Multilateral para Implementao do Proto-colo de Montreal, conseguiu reduzir o consumo anual de 9.276 toneladas deCFCs em 2002 para zero em 2010. Isto corresponde ao equivalente a mais de600 milhes de toneladas de gs carbnico de emisses evitadas no perodo,segundo dados do Ministrio do Meio Ambiente.

    O Plano Nacional para Eliminao dos CFCs (PNC), aprovado em 2002, pos-sibilitou a implantao de um sistema de recolhimento, reciclagem e regene-rao de Substncias Destruidoras da Camada de Oznio (SDOs) em todo oPas, composto de cinco centrais de regenerao e 120 unidades de recicla-gem para uidos frigorcos. Como resultado desse Plano, mais de 24,6 miltcnicos foram capacitados em boas prticas de refrigerao e mais de 200empresas nacionais obtiveram apoio para a eliminao dos CFCs em equipa-mentos de refrigerao e na fabricao de espumas de poliuretano.

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    Programa Brasileiro de Eliminaodos HCFCs (PBH)

    O Protocolo de Montreal entrou em uma nova fase voltada para a eliminao

    da produo e consumo dos Hidroclorouorcarbonos - HCFCs, considerandoque essas substncias, alm do potencial de destruio da Camada de Oz-nio, possuem alto potencial de aquecimento global. Em setembro de 2007, osPases Parte do Protocolo de Montreal decidiram, por meio da Deciso XIX/6,antecipar os prazos de eliminao dessas substncias.

    De acordo com a deciso acima, todos os pases se comprometem em cum-prir um novo cronograma de eliminao dos HCFCs. No caso dos pases emdesenvolvimento, os prazos para eliminao dos HCFCs (regra geral) foramdenidos conforme a Tabela 1:

    Tabela 1: Cronograma de eliminao do consumo de HCFCs.

    Ano Ao

    2013 Congelamento do consumo dos HCFCs (mdia do consumo de 2009 e 2010)

    2015 Reduo de 10,0% do consumo

    2020 Reduo de 35,0% do consumo

    2025 Reduo de 67,5% do consumo

    2030 Reduo de 97,5% do consumo

    2040 Eliminao do consumo

    O Brasil, por meio do Programa Brasileiro de Eliminao dos HCFCs (PBH),reduzir em 16,6% o consumo de HCFCs at o nal de 2015.

    A reduo do consumo de HCFCs afetar diversos setores industriais, entreeles os de refrigerao e ar condicionado, espumas, solventes e extino deincndio.

    Estratgia de reduo do consumode HCFCs Etapa 1 do PBHEm 2009, o Seminrio Nacional Governo e Sociedade a caminho da elimi-nao dos HCFCs marcou o incio da elaborao do Programa Brasileiro deEliminao dos HCFCs PBH, documento que dene as diretrizes e aesa serem executadas no Brasil relacionadas ao cumprimento das metas noperodo de 2013 a 2015.

    Nesta primeira etapa, a estratgia de eliminao do consumo de HCFCsconsta da realizao de aes regulatrias, da execuo de projetos de con-

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    Coordenao da implementao do PBH 19

    verso de tecnologias para o setor de espuma e da execuo de projetos deconteno de vazamentos para o setor de servios, conforme Tabela 2.

    Tabela 2: Estratgia de Reduo do Consumo de HCFCs Fase 1 do PBH.

    SETOR APLICAO Quantidade(toneladasmtricas)

    Quantidade(toneladasPDO*)

    HCFC-141b

    Manufatura PU**

    Painis Contnuos 294,1 32,4

    Pele Integral/Flexvel Moldada 789,21 86,8

    PU Rgido 450,91 49,6

    Subtotal 1.534,22 168,8

    HCFC-

    22

    AesRegulatrias

    Refrigerao e Ar Condicionado 26,7 1,5

    Servios Refrigerao e Ar Condicionado 909,09 50Subtotal 935,79 51,5

    TOTAL 2.470,01 220,3

    *PDO = Potencial de Destruio do Oznio

    **PU = Poliuretano

    O PBH foi construdo de forma conjunta e participativa, por meio de um

    processo aberto, transparente e democrtico, cuja participao de todos ossetores envolvidos, governo e iniciativa privada, foi crucial.

    Coordenao da implementao do PBHO PBH coordenado pelo Ministrio do Meio Ambiente (MMA), por meioda Secretaria de Mudanas Climticas e Qualidade Ambiental, e conta como apoio do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Renovveis(IBAMA) e dos demais Ministrios integrantes do Comit Executivo Intermi-

    nisterial para a Proteo da Camada de Oznio PROZON (Decreto de 6 demaro de 2003). A sua execuo apoiada pelo Programa das Naes Unidaspara o Desenvolvimento PNUD, como agncia lder, e pela Cooperao Ale-m para o Desenvolvimento Sustentvel por meio da Deutsche Gesellschaftfr Internationale Zusammenarbeit (GIZ) GmbH, como agncia cooperadora.

    A GIZ a agncia de cooperao bilateral que atuar, no mbito do PBH, naimplementao dos projetos de conteno de vazamentos para o setor deservios (Componente 3 do PBH), com o objetivo de reduzir o consumo deHCFC-22.

    O setor de servios de refrigerao e ar condicionado responde por apro-ximadamente 85% do consumo de HCFC-22 do Brasil. Uma quantidadesignicativa de emisses de HCFC-22 poderia ser evitada por meio da apli-

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    O IBAMA e o Cadastro Tcnico Federal 21

    O IBAMA e o Cadastro Tcnico FederalO IBAMA a instituio responsvel pelo controle da produo, importao,exportao e consumo de Substncias que Destroem a Camada de Oznio(SDOs) no Pas. O Instituto estabelece as cotas de importao das substn-cias; responsvel pela anuncia de licenas de importao e pelo cadastrode todas as pessoas fsicas e jurdicas manipuladoras de SDOs; realiza omonitoramento do comrcio e utilizao dessas substncias; e atua na scali-zao do setor, garantindo que o Brasil atenda aos limites estabelecidos peloProtocolo e pela legislao brasileira.

    A Lei n 6.938, de 31 de agosto de 1981, instituiu o Cadastro Tcnico Federalde Atividades Potencialmente Poluidoras ou Utilizadoras de Recursos Am-bientais (CTF), que gerenciado pelo IBAMA. O Cadastro tem por objetivoprover informaes sobre as pessoas fsicas e jurdicas que interferem dire-

    ta ou indiretamente no meio ambiente; impactando a sua qualidade, assimcomo sobre as atividades potencialmente poluidoras que realizam e as mat-rias-primas, produtos e resduos dos processos produtivos.

    No que se refere ao Protocolo de Montreal, o objetivo do CTF controlar aimportao, exportao, comrcio e utilizao de SDOs. Uma vez cadastrada,a pessoa fsica ou jurdica dever encaminhar periodicamente relatrios desuas atividades, caso contrrio estar sujeita s sanes legais. O cadastra-mento pode ser feito no seguinte endereo:http://servicos.ibama.gov.br/cogeq.

    A Tabela 3 descreve a categoria do servio que as empresas devem estarcadastradas quando manipulam substncias controladas pelo Protocolo deMontreal:

    Tabela 3: Categoria das empresas conforme atividades e servios referentes a subs-tncias controladas pelo Protocolo de Montreal.

    Atividade Categoria Cdigo Descrio TCFA*

    Recolhedor, reciclador,regenerador,incinerador

    Servios de Utilidade 17 56Tratamento e destinao de resduos industriaislquidos e slidos substncia controlada peloProtocolo de Montreal

    Sim

    Importador,exportador, comrcio

    Transporte, Terminais,Depsitos e Comrcio

    18 10

    Comrcio de produtos qumicos e produtosperigosos - produtos e substncias controladaspelo Protocolo de Montreal, inclusive importaoe exportao

    Sim

    Transportador Transporte, Terminais,Depsitos e Comrcio 18 - 20Transporte de cargas perigosas Protocolo deMontreal Sim

    Usurio Outros Servios 21 3 Utilizao de substncias controladas peloProtocolo de Montreal No

    * Taxa de Controle e Fiscalizao Ambiental

    Fonte: CTF/IBAMA

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    O PROTOCOLO DE MONTREAL E A DESTRUIO DA CAMADA DE OZNIO22

    A Legislao Brasileira e o Protocolo de MontrealA Tabela 4 apresenta a relao de atos normativos que formam o respaldolegal para o controle e eliminao das SDOs.

    Tabela 4: Atos normativos referentes ao controle de SDOs.

    Ano Dispositivo rgo Objeto

    1981 Lei Federal n 6.938/90,de 31 de agosto de 1981. Presidncia

    Dispe sobre a Poltica Nacional do Meio Ambiente, cria o CadastroTcnico Federal de Atividades Potencialmente Poluidoras ouUtilizadoras de Recursos Ambientais, para registro de pessoas fsicasou jurdicas que se dedicam a atividades potencialmente poluidorase/ou extrao, produo, transporte e comercializao deprodutos potencialmente perigosos ao meio ambiente, assim comode produtos e subprodutos da fauna e flora.

    1988 Portaria n 534, de 19 desetembro de 1988

    Ministrio daSade

    Proibiu a fabricao e a comercializao de produtos cosmticos,de higiene, de uso sanitrio domstico e perfumes sob a forma deaerossis que contivessem CFC.

    1991 Portaria n 929, de 04 deoutubro de 1991 Interministerial

    Criou o Grupo de Trabalho do Oznio (GTO): composto por rgosdo Governo e por entidades da iniciativa privada, exercendo afuno de comit tcnico-consultivo sobre aes para a Proteo daCamada de Oznio.

    1995 Resoluo n 13, de 13de dezembro de 1995 CONAMA*Estabeleceu um cronograma de eliminao do consumo dassubstncias do Anexo A, de acordo com os diferentes usos.

    1998 Lei Federal n 9.605, de12 de fevereiro de 1998

    PresidnciaDispe sobre as sanes penais e administrativas derivadas decondutas e atividades lesivas ao meio ambiente.

    1999 Decreto n 3.179, de 21

    de Setembro de 1999Presidncia

    Dispe sobre a especificao das sanes aplicveis s condutas e

    atividades lesivas ao meio ambiente.

    2000 Lei n 10.165, de 27 dedezembro de 2000

    PresidnciaAltera a Lei n 6.938/81, que dispe sobre a Poltica Nacional doMeio Ambiente.

    2000 Resoluo n 267, de 14de setembro de 2000 CONAMAEstabelece o cronograma de eliminao do uso e importao desubstncias constantes dos Anexos A e B do Protocolo de Montreal.

    2002Instruo Normativan1, de 10 de setembrode 2002

    MAPA**,ANVISA*** eIBAMA

    Estabelece o cronograma de eliminao do uso de brometo demetila.

    2003 Decreto de 6 de marode 2003 PresidnciaCria o Comit Executivo Interministerial para a Proteo da Camadade Oznio, com a finalidade de estabelecer diretrizes e coordenar asaes relativas proteo da Camada de Oznio.

    2003 Resoluo n 340, de 25de setembro de 2003 CONAMA Probe o uso de cilindros descartveis na comercializao de CFC-12, CFC114, CFC-115, R-502 e dos halons H-1211, H-1301 e H-2402.

    2004Instruo Normativan 37, de 29 de junho de2004

    IBAMA

    Estipulou a obrigao de registro no Cadastro Tcnico Federal(CTF) de todo produtor, importador, exportador, comercializador eusurio de quaisquer das substncias, controladas pelo Protocolo deMontreal.

    2008Instruo Normativan 207, de 19 denovembro de 2008

    IBAMADispe sobre o controle das importaes dosHidroclorofluorcarbonos HCFCs e misturas contendo HCFCs,durante os anos de 2009 a 2012.

    2008 Resoluo n 88, de 25de novembro de 2008

    DiretoriaColegiada daANVISA

    Probe a partir de 1 de janeiro de 2011, a produo e a importaode medicamentos inaladores de dose medida que utilizem CFC comogs propelente.

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    A Camada de Oznio Suas Causas e Efeitos 23

    Ano Dispositivo rgo Objeto

    2010

    Portaria n 41, de 25de fevereiro de 2010;Portaria n 75, de 30de maro de 2010; e

    Portaria n 319, de 30 deagosto de 2010

    MMAEstabeleceu o Grupo de Trabalho sobre HCFCs, que tem por objetivocontribuir para a elaborao e execuo do Programa Brasileiro de

    Eliminao dos HCFCs e seus respectivos projetos.

    2012 Portaria n 212, de 26junho de 2012

    MMAInstitui o Programa Brasileiro de Eliminao dos HCFCs - PBH nombito do Plano Nacional sobre Mudana do Clima.

    2012Instruo Normativan 14, de 20 de dezembrode 2012

    IBAMA

    Dispe sobre o controle das importaes deHidroclorofluorcarbonos - HCFCs e de misturas contendo HCFCs, ematendimento Deciso XIX/6 do Protocolo de Montreal, e d outrasprovidncias.

    *CONAMA = Conselho Nacional de Meio Ambiente

    **MAPA = Ministrio da Agricultura, Pecuria e Abastecimento

    ***ANVISA = Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria

    A Camada de Oznio Suas Causas e EfeitosO oznio (O3) um dos gases mais importantes que compe a atmosfera ecerca de 90% de suas molculas se concentram entre 20 e 35 km de altitu-de, regio denominada Camada de Oznio. Sua importncia est no fato deser o nico gs que ltra a radiao ultravioleta do tipo B (UV-B), nociva aos

    seres vivos.

    O oznio tem funes diferentes na atmosfera, em funo da altitude em quese encontra. Na estratosfera, o oznio criado quando a radiao ultravioleta,de origem solar, interage com a molcula de oxignio, quebrando-o em doistomos de oxignio (O). O tomo de oxignio liberado une-se a uma molculade oxignio (O2), formando assim o oznio (O3). Na regio estratosfrica, 90%da radiao ultravioleta do tipo B absorvida pelo oznio. Ao nvel do solo, natroposfera, o oznio perde a sua funo de protetor e se transforma em umgs poluente, responsvel pelo aumento da temperatura da superfcie, junto

    com o xido de carbono (CO), o dixido de carbono (CO2), o metano (CH4) e oxido nitroso (N2O).

    Nos seres humanos a exposio radiao UV-B est associada aos riscos dedanos viso, ao envelhecimento precoce, supresso do sistema imunol-gico e ao desenvolvimento do cncer de pele. Os animais tambm sofrem asconsequncias do aumento da radiao. Os raios ultravioletas prejudicam es-tgios iniciais do desenvolvimento de peixes, camares, caranguejos e outrasformas de vida aquticas e reduzem a produtividade do toplncton, base dacadeia alimentar aqutica, provocando desequilbrios ambientais.

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    Buraco na Camada de Oznio 25

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    IMPORTNCIA DERECOLHER, RECICLARE REGENERAR

    FLUIDOSFRIGORFICOS EREDUZIR

    VAZAMENTOSA atividade de recolhimento, reciclagem e regenerao de uidos frigorcossurge como iniciativa capaz de proporcionar ao mercado o atendimento dademanda do setor por uidos frigorcos em face das aes que esto sendoexecutadas para o cumprimento das metas estabelecidas pelo Protocolo deMontreal.

    O recolhimento dos uidos tem como objetivo principal evitar que SDOssejam lanadas na atmosfera, destruindo a Camada de Oznio e contribuindo

    para o aquecimento global. Por outro lado, surge como importante alternativapara o suprimento de substncias voltadas para o setor de manuteno deequipamentos de refrigerao. Neste sentido, o uido deve ser recolhido e

    1

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    1 IMPORTNCIA DE RECOLHER, RECICLAR E REGENERAR FLUIDOS FRIGORFICOS E REDUZIR VAZAMENTOS28

    tratado por meio da reciclagem ou regenerao, para que posteriormentepossa ser reutilizado, diminuindo a demanda por uidos novos (virgens) im-portados e, consequentemente, o consumo brasileiro de SDOs.

    A deteco e eliminao de vazamentos tambm se tornam aes primor-

    diais, visto que existe um grande potencial para a reduo dos vazamentosnos equipamentos de ar condicionado existentes. A instalao incorreta levaa emisses involuntrias, a elevadas contas de energia eltrica, prejudica acirculao de ar e causa problemas de manuteno. Portanto, a instalaoadequada de unidades de ar condicionado altamente positiva e necessria.Boas prticas de manuteno durante o reparo dos aparelhos de ar condicio-nado em combinao com a adoo de medidas de segurana e prticas derecolhimento, reciclagem e recuperao do uido frigorco trar satisfaoao cliente ao mesmo tempo em que contribui para a reduo dos vazamentose a proteo do meio ambiente.

    Neste sentido, a capacitao e o aperfeioamento da mo-de-obra existenteconstituem importantes medidas que devem ser adotadas para o setor, deforma didtica e simples, com treinamentos voltados para o aprendizado pr-tico.

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    SEGURANA NAREFRIGERAOO trabalho com sistemas de refrigerao expe os tcnicos do setordiretamente ao contato com mquinas, componentes, equipamentos,energia eltrica, gases, leos, entre outros, propiciando riscos sade e a

    segurana pessoal.

    Recomendaes gerais quanto segurana:

    Utilizar cilindros adequados para o recolhimento, conforme a Reso-luo CONAMA n 340 e a norma ABNT NBR ISO 4706;

    Proceder o recolhimento, reciclagem e regenerao, conforme anorma ABNT NBR 15960 (3Rs);

    No caso de trabalhos eltricos, a norma ABNT NBR 5410 dever seradotada;

    Relgio, brincos, piercing, pulseiras, anis, colares e outros asses-srios devem ser retirados antes do incio das atividades. No casode cabelos longos, estes devem ser amarrados;

    O servio somente poder ser realizado por pessoal devidamentequalicado, portando Equipamentos de Proteo Individual (EPIs)e com o emprego de mquinas e ferramentas em bom estado deconservao e de boa qualidade.

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    2 SEGURANA NA REFRIGERAO34

    Para participao deste treinamento os seguintes EPIs so de uso obrigatrio nostreinamentos em Boas Prticas em Sistemas de Ar Condicionado do tipo Split:

    Luvas de trabalho antiderrapantes;

    Luvas, avental e camisa de manga comprida para trabalho com

    brasagem; Calados de segurana;

    Cala comprida;

    culos de segurana com proteo lateral;

    Mscara para respirao descartvel.

    2.2 Segurana durante o trabalho emsistemas de ar condicionadoDurante a manuteno e/ou a instalao de aparelhos de ar condicionado,devem ser tomadas as seguintes medidas bsicas de segurana:

    1. O manual de manuteno e/ou a apostila de treinamento devem ser man-tidos prximos para consulta;

    2. Somente utilize peas de reposio recomendadas;

    3. Sempre verique as presses de operao corretas dos uidosfrigorcos;

    4. Utilize somente manmetros de presso calibrados;

    5. Faa a carga apenas pelo lado de baixa presso do sistema;

    6. Assegure que todo o uido frigorco tenha sido recolhido.

    2.2.1Segurana de ferramentas e equipamentos1. As ferramentas e equipamentos devem ser mantidos e inspecionados

    regularmente;

    2. Somente utilize ferramentas adequadas para a realizao do trabalho;

    3. As ferramentas e equipamentos devem ser operados de acordo com asrecomendaes dos fabricantes;

    4. Lminas de arco de serra, brocas e outras ferramentas devem apresentarbom estado de conservao;

    5. Os tcnicos que operam as ferramentas e equipamentos tm a responsa-

    bilidade pessoal de us-los corretamente e com cuidado.

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    2.2 Segurana durante o trabalho em sistemas de ar condicionado 35

    2.2.2Segurana ao usar ferramentas eltricas1. Desligue os equipamentos quando no estiverem em uso, antes da ma-

    nuteno e limpeza ou durante a troca de componentes;

    2. Pessoas no envolvidas com o trabalho devem ser mantidas distnciado local;

    3. Manuseie as ferramentas sempre com as duas mos;

    4. No mantenha a mo sobre o interruptor da ferramenta eltrica;

    5. Mantenha as ferramentas em bom estado de conservao e semprelimpas;

    6. Remova ferramentas eltricas danicadas, identicando-as com seguintemensagem: No utilizar;

    7. No transporte ou puxe ferramentas portteis pelo cabo eltrico;8. No puxe o cabo eltrico para desligar a ferramenta eltrica;

    9. Mantenha os cabos longe de fontes de calor, leo e objetos cortantes;

    10. Substitua os cabos danicados imediatamente.

    2.2.3Segurana eltrica1. As razes mais comuns das falhas no funcionamento de aparelhos de ar

    condicionado so ocorrncias em circuitos ou componentes eltricos;

    2. Os componentes eltricos de um aparelho de ar condicionado devem seraterrados para prover proteo contra choques eltricos;

    3. Ferramentas eltricas e cabos de extenso normalmente apresentamtrs terminais conectados aos cabos eltricos. Estes terminais nuncadevem ser cortados ou removidos, deixando o cabo eltrico nu;

    4. Tcnicos devem estar cientes dos potenciais riscos existentes e das pre-caues que devem ser tomadas para reduo de riscos de acidentes.

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    2.4 Cilindros de uido frigorco 37

    Primeiros Socorros em caso de acidentes

    No caso de ferimentos e queimaduras causados pelo contato de uido frigo-rco lquido com a pele, deve-se remover a roupa e lavar a rea afetada comgua normal. No caso dos olhos recomenda-se lav-los continuamente por 15

    a 20 minutos. Em seguida, a pessoa deve procurar assistncia mdica pros-sional. No caso de asxia de um tcnico durante a manuteno, os respons-veis devem imediatamente entrar em contato com os servios de emergn-cia (SAMU ou Corpo de Bombeiros).

    Se o tcnico sofrer um choque eltrico, outras pessoas ao redor no deverotoc-lo at que a fonte de alimentao de energia eltrica esteja desconecta-da. Em seguida, oferea os primeiros socorros e encaminhe para assistnciamdica adequada.

    2.4 Cilindros de fluido frigorficoOs uidos frigorcos devem ser recolhidos em um cilindro adequado, confor-me a ABNT NBR ISO 4706:2012 e a Resoluo CONAMA n 340/2003.

    A Resoluo CONAMA n 340, de 25 de setembro de 2003, que dispe sobrea utilizao de cilindros retornveis para o armazenamento de gases quedestroem a Camada de Oznio, de cumprimento obrigatrio em todo oterritrio nacional. Esta resoluo probe a liberao dos uidos frigorcoscontrolados pelo Protocolo de Montreal na atmosfera. Ela tambm estabele-ce que os cilindros e as mquinas de recolhimento devero ser projetadospara conter dispositivo antitransbordamento. Este dispositivo ir, automatica-mente, limitar o nvel mximo do uido frigorco transferido, respeitando onvel de oitenta por cento do seu volume lquido.

    Alm disso, os recipientes destinados ao manuseio de uido frigorco(cilindros de servio para recolhimento, cilindros de servio para carga, etc.),e as atividades de manuseio de uidos devem atender s normas: NBR13598/2011 (Vasos de Presso para Refrigerao), NBR 15960/2011 (Fluidos

    frigorcos Recolhimento, reciclagem e regenerao 3Rs) e DOT 4BA (nor-ma que informa tipo, capacidade e presso de trabalho dos cilindros).

    Cuidado:Nuncase deve misturaruidos frigorcos

    diferentes,armazenando-os emum mesmo cilindro.

    Importante: Somenteutilize cilindros

    de recolhimentoadequados e,

    especicadamente,projetados para

    armazenamento deuidos frigorcos,em conformidadecom a legislao

    vigente.

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    2.6 Referncias normativas 41

    2.6Referncias normativas

    Tabela 2.1 Referncias normativas

    Norma Ttulo

    ABNT NBR 13598/2011 Vasos de Presso para Refrigerao

    ABNT NBR 16401/2008 Instalaes de ar condicionado Sistemas centrais e unitrios

    ABNT NBR 15976/2011Reduo das emisses de fluidos frigorficos halogenados emequipamentos de refrigerao e ar condicionado Requisitos gerais eprocedimentos

    ABNT NBR 15960/2011 Fluidos frigorficos Recolhimento, reciclagem e regenerao (3R)

    ABNT NBR 16069/2010 Segurana em sistemas frigorficos

    ISO 51 49/1993Requerimentos de Segurana Sistemas Mecnicos de RefrigeraoUsados para Arrefecimento e Aquecimento (traduo pelo grupo de

    Componentes para Refrigerao e Condicionamento de Ar, ABIMAQ, 1995)

    NF EN 378-2000 Refrigerating Systems and Heat Pumps-Safety and EnvironmentalRequirements

    ANSI/ASHRAE 15-2007 Safety Code for Mechanical Refrigeration

    B52-M 1983 Mechanical Refrigeration Code

    BS 4434 Part 1: 1989 Specifications for Requirements for Refrigeration Safety, General (mais 3normas especficas de mesmo cdigo)

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    FLUIDOSFRIGORFICOS

    3.1 Classificao dos fluidos frigorficosOs uidos frigorcos so classicados de acordo com as caractersticas detoxicidade e inamabilidade, estabelecidas na norma ANSI/ASHRAE 34-2010.A classicao de segurana serve para determinar como o uido deve serusado, por exemplo, sua aplicabilidade em lugares ocupados ou a quantidademxima permitida para espaos connados. A classicao de seguranaconsiste em dois dgitos alfanumricos, onde o smbolo alfabtico indica atoxidade e o numeral a inamabilidade.

    Classicao de toxicidade:

    Classe A: menor grau de toxicidade

    Classe B: maior grau de toxicidade

    Classicao de inamabilidade:

    Classe 1: sem a propagao da chama

    Classe 2: menor inamabilidade levemente inamvel

    Classe 3: maior inamabilidade

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    3 FLUIDOS FRIGORFICOS44

    Tabela 3.1: Classicao do grupo de segurana dos uidos frigorcos.

    Grupo de Segurana

    AUMENTODA

    INFLAMABILIDAD

    E

    Maior inflamabilidade A3 B3

    Menor inflamabilidade

    Velocidade depropagao > 10cm/s A2 B2

    Velocidade depropagao 10cm/s A2L B2L

    Sem a propagao da chama A1 B1

    Menortoxicidade

    Maiortoxicidade

    AUMENTO DA TOXICIDADE

    3.2 Fluidos frigorficos usados em sistemasde ar condicionado do tipo split

    Tabela 3.2: Fluidos frigorcos usados em condicionadores de ar do tipo Split

    FluidoFrigorfico Composio PDO* GWP** (100 anos) Grupo de segurana

    HCFC-22 CHClF2 0,05 1780 A1

    HC-290 C3H8

    0

    3 A3

    HFC-32 CH2F2 675 A2L

    HFC-407C R32/125/134a 1650 A1

    HFC-410A R32/125/134a 1980 A1

    HFC-417A R125/134a/600 1950 A1

    HFC-161 CH3CH2F 12 A3

    *PDO Potencial de Destruio do Oznio

    **GWP Potencial de Aquecimento Global

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    EQUIPAMENTOS EFERRAMENTAS

    Os tcnicos de refrigerao e ar condicionado trabalham principalmente comequipamentos e ferramentas manuais. Para que o trabalho seja bem-sucedi-do, os tcnicos, bem capacitados ou treinados, devero utilizar ferramentas

    de boa qualidade e bem cuidadas. Os materiais devem ser adequados aosrespectivos trabalhos, conforme as recomendaes do fabricante. Utilizarequipamentos e ferramentas inadequadas pode trazer riscos ao trabalho.Por exemplo, ao utilizar uma chave de fenda,em vez de uma chave philips,a ponta da chave de fendapode escorregar e causar ferimentos. O uso deequipamentos e ferramentas apropriadas contribui para melhorar a qualidadedo trabalho de instalao, reparo e manuteno.

    4.1 Equipamentos e ferramentas para manuseioe conteno de fluidos frigorficos

    Ferramentas apropriadas e em boas condies de uso so essenciais para semanter a boa qualidade e garantir a segurana do trabalho. Alm de chaves ealicates, o tcnico de refrigerao tambm dever portar outras ferramentasbsicas para o manuseio correto e seguro dos uidos frigorcos, bem comopara aferio das condies mnima de trabalho do sistema frigorco.

    Nesta sesso so apresentadas algumas destas ferramentas essenciais.

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    4 EQUIPAMENTOS E FERRAMENTAS54

    4.4 Manuteno dos equipamentose ferramentas

    A manuteno dos equipamentos e ferramentas abrange todas as aes

    necessrias para manter os materiais em boas condies de trabalho, poden-do ser preventiva ou corretiva. A manuteno inclui inspees programadas,lubricao e troca de leo/lubricante para garantir o bom funcionamento.

    1. A manuteno de rotina uma necessidade devido utilizao de equipa-mentos e ferramentas eletromecnicas;

    2. Aes de manuteno preventiva programada visam evitar avarias e fa-lhas inesperadas durante a manuteno ou reparo;

    3. O objetivo bsico da manuteno evitar a falha de ferramentas e

    equipamentos;4. A manuteno necessria para preservar e melhorar a conabilidade

    das ferramentas e equipamentos;

    5. A manuteno contribui para a segurana e produtividade e evita desper-dcio, interrupo, acidentes e outros transtornos.

    leo da bomba de vcuoO nvel do leo deve ser vericado atravs do visor de leo antes de cada

    utilizao do equipamento. A principal causa de falha na bomba de vcuo obaixo nvel de leo ou a presena de leo contaminado. O leo na bomba devcuo deve ser trocado regularmente.

    De acordo com as instrues do fabricante, a troca do leo de ser realizadaaps cerca de 100 horas de funcionamento ou aps 200 reparos no sistema,ou mesmo antes, se o uido frigorco for recolhido de um sistema altamen-te contaminado. Use somente leo de boa qualidade conforme recomendadopelo fabricante.

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    OPERAO COMTUBULAES

    5.1 TubulaesOs tubos para uidos frigorcos utilizados em refrigerao normalmente pos-suem paredes muito nas para serem rosqueadas. Por isso, so usados ou-tros mtodos para a juno dos tubos, como conexo por ange e juno porbrasagem, demandando mtodos e ferramentas adequadas para o trabalho.

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    5 OPERAO COM TUBULAES70

    5.6 Processos de brasagemA tcnica de brasagem um dos mtodos mais comuns de se unir tubos derefrigerao, onde as juntas abrasadas devem suportar presso, vibrao,

    temperatura e tenso de ciclos trmicos (variao de temperatura).As tcnicas de brasagem so as mesmas para todos os dimetros de tubos,e as nicas variveis so o metal de adio (vareta) e o calor necessrio paraa brasagem.

    A brasagem um processo que ocorre em temperaturas acima de 450C,mas inferior ao ponto de fuso do metal de base. Geralmente realizada comtemperaturas variando entre 600C a 815C.

    O uso de nitrognio como gs protetor um mtodo importante para evitara oxidao interna da tubulao. colocado no interior da tubulao ao qualir ser realizada a brasagem e deve ser utilizado durante todo o processo. Umcuidado importante deixar um ponto do sistema frigorco ou uma extre-midade do tubo aberta, evitando o aumento da presso que ir dicultar oprocesso de brasagem.

    Preparao da tubulao e procedimento de brasagem:

    1. Medio e corte da tubulao

    2. Escareamento

    3. Limpeza

    4. Montagem

    5. Introduo de nitrognio

    6. Aquecimento

    7. Aplicao do material de adio

    8. Resfriamento e limpeza

    Nota:Para brasagemem tubulaode cobre dos

    condicionadoresde ar do tipo Split,a vareta de cobre

    com 6% de fsforo suciente.

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    5.6 Processos de brasagem 75

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    AR CONDICIONADO

    6.1 Termos e definies

    6.1.1Ar condicionadoProcesso que objetiva controlar simultaneamente a temperatura, a umidade,a movimentao, a renovao e a qualidade do ar de um ambiente. Em certasaplicaes controla o nvel de presso interna do ambiente em relao aosambientes vizinhos.

    6.1.2Condicionador autnomo do tipo mini-splitCondicionador constitudo por uma unidade de tratamento de ar de expansodireta, de pequena capacidade (geralmente inferior a 10 kW), instalada dentrodo ambiente a que serve (designada unidade interna), geralmente projetadapara insuao do ar por difusor incorporado ao gabinete, sem dutos, supridaem uido frigorco lquido por uma unidade condensadora, instalada externa-mente (designada unidade externa).

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    6 AR CONDICIONADO78

    6.1.3Unidade condensadoraUnidade montada em fbrica, composta de um ou mais compressores frigor-cos e condensadores resfriados a ar ou a gua.

    6.2 Sistema de ar condicionado do tipo splitO sistema de ar condicionado do tipo Split constitui-se de dois equipamentosinterligados por meio de tubulaes frigorcas, sendo a unidade condensa-dora (externa ao ambiente) e a unidade evaporadora (interna ao ambiente). Asdistncias entre as partes que o integram ao sistema, bem como desnveis aserem utilizados, dependem das caractersticas do sistema a ser instalado.

    Vantagens de um sistema de ar condicionado do tipo Split:

    Menor nvel de rudo em virtude da distncia em que se pode insta-lar a unidade condensadora externa;

    A unidade evaporadora interna pode ser administrada com uso decontrole remoto;

    Sua instalao adaptvel a ambientes em que no seja possvel ainstalao de um ar condicionado convencional (tipo janela).

    Desvantagens de um sistema de ar condicionado do tipo Split:

    Maior possibilidade de vazamentos de uido frigorco, comparadoao sistema de janela;

    Dependncia da qualidade tcnica do servio prestado peloinstalador.

    Necessidade de cuidado com as tubulaes frigorcas e com odreno de gua.

    Condicionadores de ar do tipo split mais comuns: Parede instalados presos parede do ambiente;

    Piso/Teto instalados rente ao teto ou sobre o piso do ambiente;

    Split-Cassete esse formato assemelha-se a uma grelha de sada dear, sendo instalados sobre forros de gesso rebaixados.

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    6 AR CONDICIONADO84

    Vlvula SchraderAs vlvulas Schrader so de uso comum em sistemas de refrigerao paraconexo do circuito de refrigerao com o manmetro de servio, ou cone-xo direta com dispositivos de controle.

    Para a realizao de servios gerais elas desempenham um papel importante.Porm, uma vlvula Schrader no prova de vazamento!

    Para evitar vazamentos pelo ncleo da vlvula, vrios tipos de tampas devedao so utilizados:

    1. Tampa de vedao com elastmero / borracha de vedao;

    2. Tampa cnica;

    3. Tampa com selo de cobre.

    Com o tempo a vedao de borracha envelhece e se torna porosa ou danicada por inuncias mecnicas e, assim, se torna propcia a vazamen-tos. Se os componentes do sistema (condensadores, evaporadores, tubos detransferncia de uido frigorco) possuem vlvulas Schrader com tampas devedao serrilhadas (recartilhada), devem ser trocadas por uma porca sextava-da com vedao de cobre.

    A face de vedao, da vedao de cobre, no pode ser molhadacom leo, j que mesmo uma menor quantidade de leo podeselar as vedaes de cobre com vazamentos por um longo tempo.Esses vazamentos no podero ser detectados sem um teste devazamento.

    Ao apertar a porca tome cuidado para assegurar que o corpo da vl-vula Schrader esteja xo com a utilizao de uma chave adequada.

    Importante:Eviteo uso de vlvulasdo tipo Schrader

    na instalao.

    Importante:A tampamais ecaz para

    vedao a do tipocom selo de cobre.

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    CLCULO DE CARGATRMICASIMPLIFICADO PARA

    AMBIENTES COM ARCONDICIONADOA carga trmica consiste em determinar a quantidade de calor que deve serretirada (resfriamento) ou acrescentada (aquecimento) ao ambiente a ser con-dicionado para proporcionar as condies adequadas ao conforto trmico.

    O conhecimento da carga trmica importante para: Dimensionar a instalao;

    Selecionar os equipamentos;

    Avaliar o funcionamento dos equipamentos existentes ou a seremadquiridos;

    Avaliar as alteraes necessrias ao sistema que benecia o am-biente, cuja nalidade venha ser alterada.

    Este clculo, exceto para ambientes muito simples, invivel sem o auxlio

    de um programa de computador.

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    7 CLCULO DE CARGA TRMICA SIMPLIFICADO PARA AMBIENTES COM AR CONDICIONADO88

    Para um nico ambiente ou pequeno nmero de ambientes, admissveladotar o mtodo de fator de carga de refrigerao, que consiste em umaverso simplicada do clculo da carga trmica de forma manual, contem-plando na utilizao de fatores de coecientes pr-calculados para a constru-o de situaes tpicas.

    7.1 Formulrio para clculo simplificadode carga trmica de vero

    Embora a norma ABNT NBR 5858/1983 tenha sido cancelada, a tabela 7.1ainda uma boa referncia para o clculo simplicado de carga trmica devero em ambientes privados, residncias e escritrios, devido aos bons

    resultados que podem ser obtidos para sistemas de pequena capacidade.

    Nota:Recomenda-separa climas frio, em

    que a temperaturaexterna pode ser

    inferior a 15C, que

    seja usada mquinade ciclo reversa.No Brasil, a seleo

    da mquina feitapara condies devero. No caso de

    inverno, a potnciade aquecimentonormalmente suciente para

    manter um ambiente

    em condiesacima de 15C.

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    7.1 Formulrio para clculo simplicado de carga trmica de vero 89

    Tabela 7.1 FORMULRIO PARA CLCULO SIMPLIFICADO DE CARGA TRMICA DE VERO CONFORME REFERN-CIA DA NORMA ABNT NBR 5858/1983.

    CLIENTE:____________________________________________________________________

    TCNICO RESPONSVEL:_______________________________ DATA:___/___/____

    Calor recebido de: Quantidade FatoresKcal/h

    Quantidade xFator

    1. Janelas: Insolao Semproteo

    Comproteointerna

    Comproteoexterna

    (Quantidadex Fator)

    Norte m2 240 115 70

    Nordeste m2 240 95 70

    Leste m2 270 130 85

    Sudeste m2 200 85 70

    Sul m2 0 0 0

    Sudoeste m2 400 100 115

    Oeste m2 500 220 150

    Noroeste m2 350 150 95

    2. Janelas: Transmisso

    Vidro comum m2 50

    Tijolo de vidro m2 25

    3. Paredes Construo leve Construo pesada

    a) Paredes externas

    Orientao sul m2 13 10Outra orientao m2 20 12

    b) Paredes internas m2 8

    4. Teto

    Em laje m2 75

    Em laje c/ 2,5 cm de isolao ou mais m2 60

    Entre andares m2 13

    Sob telhado isolado m2 13

    Sob telhado sem isolao m2 40

    5. Piso (exceto os diretamente sobreo solo) m2 13

    6. Nmero de pessoas 150

    7. Renovao do ar nopessoas 200

    8. Iluminao e aparelhos eltricos 1

    9. Portas ou vos sempre abertos m2 150

    10. Subtotal (somar todos os valoresda coluna Quantidade x Fator)

    11. Carga trmica total

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    7.2 Exemplo de clculo simplicado de carga trmica de vero (resfriamento) 91

    2 passo: Determine a rea na tabela a seguir, somando asreas das janelas de cada parede e preenchendo os

    valores no formulrio da colunaQuantidade.Observao 1: No exemplo, os valores das janelas encontram-se preenchidos.

    Observao 2:Verique se a janela possui proteo interna ou externa.

    Nota:Compreende-se por proteo interna as persianas,cortinas ou similares e por proteo externa os toldos ouanteparos capazes de proteger da incidncia de raios solares.

    Tabela 7.2 Medidas das reas das janelas:

    Calor recebidode: Quantidade Fatores

    Kcal/h

    Quantidade xFator

    1 Janelas:Insolao

    Semproteo

    Com proteointerna

    Com proteoexterna

    (rea xFator)

    Norte m2 240 115 70Nordeste m2 240 95 70Leste 3 m2 270 130 85Sudeste m2 200 85 70Sul m2 0 0 0Sudoeste m2 400 100 115Oeste m2 500 220 150

    Noroeste m2 350 150 95

    3 passo: Multiplique os valores anotados na colunaQuantidadepelas constantes na coluna Fatoreseanote os resultados na coluna (rea x Fator).Observao:Na multiplicao foram tomados osfatores indicados com proteo interna, pois, comovimos no esboo as janelas possuem cortinas.

    Tabela 7.3 Seleo do fator de proteo para as janelas:

    Calor recebidode: Quantidade Fatores

    Kcal/hQuantidade x

    Fator

    1 Janelas:Insolao

    Semproteo

    Com proteointerna

    Com proteoexterna

    (rea xFator)

    Norte m2 240 115 70Nordeste m2 240 95 70Leste 3 m2 270 130 85 390

    Sudeste m2

    200 85 70Sul m2 0 0 0Sudoeste m2 400 100 115Oeste m2 500 220 150Noroeste m2 350 150 95

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    7 CLCULO DE CARGA TRMICA SIMPLIFICADO PARA AMBIENTES COM AR CONDICIONADO92

    4 passo: Some os valores obtidos na coluna (rea x Fator) e anote-osna colunakcal/h (Quantidade x Fator).Nota:Para dormitrios ou ambientes de uso exclusivonoturno, a insolao no deve ser considerada.

    Tabela 7.4 Somatrio da carga trmica das janelas por insolao:

    Calorrecebido de: Quantidade Fatores

    Kcal/hQuantidade x

    Fator

    1 Janelas:Insolao

    Semproteo

    Com proteointerna

    Com proteoexterna

    (rea xFator)

    Norte m2 240 115 70

    Nordeste m2 240 95 70Leste 3 m2 270 130 85 390Sudeste m2 200 85 70Sul m2 0 0 0Sudoeste m2 400 100 115Oeste m2 500 220 150Noroeste m2 350 150 95 390

    5 passo: Determine as reas das janelas de transmisso (item2do formulrio simplificado), multiplique pelo fatorcorrespondente (50 para vidro comum, 25 para tijolo devidro) e anote na coluna kcal/h (Quantidade x Fator).

    Tabela 7.5 Carga trmica das janelas por transmisso.

    2- Janelas: TransmissoKcal/h

    Quantidade xFator

    Vidro comum 3 m2 50 150

    Tijolo de vidro m2 25

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    7.2 Exemplo de clculo simplicado de carga trmica de vero (resfriamento) 93

    6 passo: Determine as reas das paredes e anote a soma dos resultadosobtidos na coluna quantidadedo item 3do formulrio.

    Observaes: As portas (at 1,5 m de largura) devem ser consideradas como

    parte da parede;

    Considere as posies do sol pela manh e tarde, para determinara parede sul;

    As paredes sombreadas constantemente por construes adjacen-tes devem ser consideradas como exposio sul;

    Parede sombreada por rvores no deve ser consideradas, poispoder a situao ser transitria;

    As paredes contguas a ambientes condicionados no devem serconsideradas;

    considerada parede de construo leve a de espessura inferiora 15 cm; e a parede de construo pesada, a de mais de 15 cm deespessura;

    Multiplique os valores obtidos na coluna quantidadedo item 3pelasconstantes indicadas no formulrio e anote na coluna kcal/hosresultados.

    Tabela 7.6 Carga trmica das paredes.

    3-Paredes Construo leve Construo pesada (rea x Fator)Kcal/h

    Quantidade xFator

    Paredes externas

    Orientao sul m2 13 10

    Outra orientao 45 m2 20 12 540

    Paredes internas 9 m2 8 72 612

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    7 passo: Determine a rea do teto e anote na coluna quantidade(item 4do formulrio). Multiplique o resultado anotado

    pela constante indicada na colunafatorese anote oresultado obtido na coluna kcal/hdo formulrio.Observaes:

    Dever ser utilizado somente um dos subitens do item 4do formul-rio simplicado;

    Escolha a que melhor se assemelha ao seu caso, pois a constru-o poder ser trrea ou estar entre andares e receber a insolaosobre o telhado ou lajes.

    Tabela 7.7 Carga trmica do teto.

    4- TetoKcal/h

    Quantidade xFator

    Em laje m2 75

    Em laje c/ 2,5 cm de isolao oumais

    m2 60

    Entre andares 18 m2 13 234

    Sob telhado isolado m2 13Sob telhado sem isolao m2 40

    8 passo: Determine a rea do piso, anote na coluna quantidadee em seguida multiplique pela constante indicadana coluna fatoranotando na coluna kcal/horesultado obtido (item 5 do formulrio).Nota:O piso instalado diretamente sobreo solo no deve ser considerado.

    Tabela 7.8 Carga trmica do piso:

    Kcal/hQuantidade x

    Fator

    5 - Piso (exceto osdiretamente sobre o solo) 18 m

    2 13 234

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    7.2 Exemplo de clculo simplicado de carga trmica de vero (resfriamento) 95

    9 passo: Verifique o nmero de pessoas que normalmente iroocupar o ambiente, anote na coluna quantidadee

    multiplique pela constante na colunafatore anote oresultado na coluna kcal/h(item 6 do formulrio).

    Tabela 7.9 Carga trmica da quantidade de pessoas:

    Kcal/hQuantidade x

    Fator

    6 - Nmero depessoas 3 150 450

    10 passo: Determine a taxa de renovao de ar externo. Anote-ana coluna quantidadee multiplique pela constanteindicada na coluna fator. O resultado obtido dever seranotado na coluna kcal/h (item 7 do formulrio).

    Tabela 7.10 Renovao do ar.

    Kcal/hQuantidade x

    Fator

    7. Renovao do ar nopessoas: 3 200 600

    11 passo: Determine a potncia (watts) consumida pelas lmpadasou aparelhos eltricos existentes no ambiente condicionado.

    Anote-a na coluna quantidadee multiplique pela constanteindicada na colunafator. O resultado obtido dever seranotado na coluna kcal/h(item 8 do formulrio).

    Tabela 7.11 Carga trmica das lmpadas/aparelhos eltricos.

    Kcal/hQuantidade x

    Fator

    8 - Iluminao/aparelhos eltricos 300 W 1 300

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    7 CLCULO DE CARGA TRMICA SIMPLIFICADO PARA AMBIENTES COM AR CONDICIONADO96

    12 passo: Determine as reas, ou vos das portas, que iro permanecerconstantemente abertas para recintos no condicionados.

    Anote na coluna quantidade,e, em seguida, multipliquepela constante da colunafator. O resultado dever sercolocado na coluna kcal/h(item 9 do formulrio).Obs.:Quando a largura ou vo for superior a 1,5metros, o recinto ao lado no condicionado deveser considerado no clculo de carga trmica.

    Tabela 7.12 Carga trmica de portas ou vos sempre abertos.

    Kcal/hQuantidade x

    Fator

    9-Portas ou vossempre abertos 0m

    2 150 0

    13 passo: No item 10 do formulrio temos a soma quenos indicar os subtotais dos resultados obtidosna coluna kcal/h(quantidade x fator).

    Tabela 7.13 Resumo dos resultados do exemplo dado.

    Somados todos os resultados do exemplo dado, teremos:

    1. Janelas (insolao) 390 kcal/h

    2. Janelas de transmisso 150 kcal/h

    3. Paredes 612 kcal/h

    4. Teto 234 kcal/h

    5. Piso 234 kcal/h

    6. Pessoas al/h7. Renovao do ar 600 kcal/h

    8. Iluminao e aparelhos eltricos 300 kcal/h

    9. Portas ou vos sempre abertos 0 kcal/h

    10. TOTAL 2970 kcal/h

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    7.2 Exemplo de clculo simplicado de carga trmica de vero (resfriamento) 97

    14 passo: Ao total obtido dever ser aplicada a correo indicada no

    mapa de acordo com a regio.

    Exemplo:se o clculo estivesse sendo realiza-do para um ambiente em Minas Gerais, deve-r ser adotado o fator de correo de 0,85:

    2970 kcal/h x 0,85 (fator de correo, vermapa abaixo) = 2524,5 kcal/h

    15 passo: Para transformar kcal/h para BTU/h,multiplique o valor em kcal/h por 4.No nosso exemplo cam2524,5 kcal/h x 4 = 10098,8 BTU/h

    Figura 7.2 - Correo indicada de acordo com a regio.

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    INSTALAO DE ARCONDICIONADOSDO TIPO SPLIT

    A implementao de prticas adequadas de instalao muito importante,uma vez que tem inuncia sobre o funcionamento real dos aparelhos de arcondicionado. A instalao incorreta pode levar a altas contas de energia el-trica, prejudicar a circulao de ar e criar problemas de manuteno. Estudostm demonstrado que a instalao incorreta de aparelhos de ar condicionado responsvel por reduzir a capacidade e ecincia desses aparelhos emaproximadamente 20%.

    8.1 Definio da instalaoEtapa destinada evoluo da concepo da instalao e representaodas informaes tcnicas provisrias de detalhamento, com informaes ne-cessrias e sucientes ao incio do inter-relacionamento entre os projetos dasdiversas modalidades tcnicas participantes no processo, contemplando:

    Clculo de carga trmica;

    Seleo preliminar dos equipamentos, com dados referenciais dedimenses, capacidade, consumo energtico e peso;

    Denio preliminar de localizao das unidades evaporadora econdensadora;

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    8 INSTALAO DE AR CONDICIONADOS DO TIPO SPLIT104

    8.4 Dimenses das tubulaesO valor a ser considerado para o comprimento mximo equivalente j incluio valor do desnvel entre as unidades, podendo ser utilizada a seguinte

    equao:C.M.E = C.L + (N Conexes x 0,3 metros por conexo)

    Onde:

    C.M.E - comprimento mximo equivalenteC.L - comprimento linear

    Nota:Procurar a menor distncia e o menor desnvel entrea unidade evaporadora e condensadora. O comprimentomximo equivalente inclui curvas e restries.

    Exemplo: Para interligao de um sistema de 12.000 BTU/h (3,51 kW), cujopercurso real da tubulao tem 6 metros de comprimento linear e possui 4curvas, o clculo do comprimento mximo equivalente deve ser efetuadoconforme abaixo:

    Equao: C.M.E = C.L + (N.C x 0,3)C.M.E = 6 + (4 x 0,3)C.M.E = 7,2 metros

    Nota:Os dimetros das linhas de suco e expanso sero

    obtidos utilizando o valor de C.M.E e a tabela do fabricante.Nota: Em unidades ciclo quente e frio, loops nas linhasde expanso e suco devero ser feitas para reduode rudos e vibrao, podendo ser eventualmentesubstitudos por tubos exveis. O isolamento das linhas,em ambos os casos, deve ser feito separadamente.

    8.5 Procedimentos bsicos para instalaoUnidade Evaporadora

    1. Seleo do local;

    2. Denir o tipo da evaporadora;

    3. Furao na parede (posicionar a unidade corretamente de acordo com asrecomendaes do fabricante);

    4. Posicionamento das tubulaes de interligao;

    5. Instalao da tubulao de drenagem de gua condensada;

    6. Montagem.

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    8.7 Relatrio de instalao 107

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    VAZAMENTOS -DESCOBRIR E EVITAR

    9.1 Requisitos para a deteco de vazamentosOs vazamentos de uidos frigorcos devem ser identicados e reparadoso mais rpido possvel. O local deve ter ventilao adequada e ser avaliadode acordo com o mtodo mais adequado. Durante cada manuteno pre-ventiva ou atividade de reparo, pelo menos as seguintes tarefas devero serrealizadas:

    1. Testes de vazamento nas partes relevantes do sistema de arcondicionado;

    2. Instalao de todas as tampas de vlvulas e coberturas doscomponentes;

    3. Limpeza do local e teste nal de vazamento;

    4. Elaborao de relatrios, registro de informaes, rotulagem do sistema(se aplicvel).

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    9 VAZAMENTOS - DESCOBRIR E EVITAR110

    9.2 Inspeo de vazamentos consertadosUma vez que o vazamento tenha sido identicado e reparado, devero ocor-rer atividades de acompanhamento que incidam sobre o local de reparo e

    nas partes adjacentes que tenham sofrido esforos. Esta veri

    cao deve-r ocorrer imediatamente aps o reparo, e ser repetida aps um ms paraacompanhamento.

    A m de remover a carga de udo frigorco durante o reparo de vazamen-to, devero ser realizadas, corretamente, as operaes de recolhimento douido, brasagem, pressurizao para deteco de vazamento, vcuo e cargade uido frigorco.

    9.3 Conteno do fluido frigorficoPor conta dos efeitos nocivos dos CFCs, HCFCs e HFCs, a conteno dosuidos frigorcos deve ser considerada em todas as fases de um sistema dear condicionado, incluindo:

    Projeto e instalao de fcil manuteno do sistema;

    Deteco e reparo de vazamentos;

    Recolhimento durante os servios.

    Tipos de emisses

    As emisses de uido frigorco para a atmosfera so muitas vezes chama-das de perdas, sem a distino das causas. No entanto, os tipos de emissesso muito diferentes, e suas causas devem ser identicadas e controladas.As fontes de emisses so:

    Degradao do sistemacausada por variaes de temperatura, pres-so e vibraes, que podem levar a signicativos aumentos nastaxas de emisso de uido frigorco;

    Falhas dos componentesem sua maioria provenientes de m constru-o ou instalao incorreta;

    Perdas durante o manuseio do uido frigorco ocorrem principalmenteno processo de carga do sistema, e ao abrir o sistema sem recolhi-mento prvio do uido;

    Perdas acidentais so imprevisveis e so causadas por incndios,exploses, sabotagem, roubo, etc.;

    Perdas por disposio dos equipamentosso causadas, intencional-mente, atravs da abertura do sistema, onde o uido liberado para

    o ambiente.

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    9.4 Deteco de vazamento 111

    Projeto

    O ndice de vazamento tem seu potencial primeiramente afetado pelo pro-jeto do sistema, no qual devem ser consideradas todas as possibilidadesque proporcionem o aumento da vida til e a conabilidade do equipamento,

    minimizando a necessidade de servios de interveno. A seleo de mate-riais adequados, a realizao de tcnicas corretas de juno (unio de linhase componentes), a no utilizao de conexes mecnicas e a elaborao deprojeto, que contemple o fcil acesso nos casos de reparo e manuteno,so fatores crticos a serem considerados durante a concepo de um siste-ma com baixo ndice de vazamento.

    Instalao

    A instalao correta do sistema de ar condicionado do tipo split importantepara um funcionamento correto e para conteno de vazamentos durante a

    vida til dos equipamentos. A boa instalao passa pela utilizao de cone-xes e materiais de tubulao adequados.

    indispensvel o uso de gs inerte (por exemplo, nitrognio) para manter alimpeza interna das tubulaes durante o processo de brasagem, bem comorealizar a evacuao do sistema para remover os gases no condensveis.

    Deve-se realizar a vericao de vazamentos antes da carga de uido. Nainstalao deve-se tomar os cuidados necessrios para atender as especica-es do projeto e no utilizar componentes defeituosos (realizao de obser-vaes criteriosas).

    Assistncia

    A realizao do servio correto de fundamental importncia para a reduodas emisses de uidos. O tcnico deve assegurar que o sistema no pos-sua vazamentos, esteja devidamente carregado e funcionando corretamente.Alm disso, deve manter os registros de servios, contemplando o histricode vazamentos ou o mau funcionamento.

    Quando um sistema for desativado, deve-se recolher o uido frigorco edestin-lo para a reciclagem, reutilizao ou destruio.

    9.4 Deteco de vazamentoA deteco de vazamentos uma etapa de extrema importncia nos proces-sos de fabricao, instalao e manuteno dos componentes e sistemas.A deteco de vazamentos do sistema deve ser realizada aps a montagemdo sistema na fbrica ou no campo. Existem trs tipos gerais de deteco devazamentos: global, monitoramento de desempenho automatizado (ensaio deemisses indiretas) e local (ensaio de emisso direta).

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    9 VAZAMENTOS - DESCOBRIR E EVITAR112

    9.4.1Mtodos de ensaio para emissesindiretas de fluidos frigorficos

    9.4.1.1Deteco globalEstes mtodos indicam se existe vazamento, mas no indicam a localizao.Eles so teis no nal da montagem e quando o sistema aberto para reparoou retrot.

    Sistema de Vericao

    Pressurizar o sistema com um gs inerte e isol-lo. Haver va-zamento, caso haja uma queda de presso dentro de um prazoespecicado;

    Evacuar o sistema e medir o nvel de vcuo ao longo de um deter-minado tempo. O aumento da presso indica que existe vazamento;

    Colocar o sistema em uma cmara e carreg-lo com um gs indica-dor. Em seguida, evacuar a cmara e monitor-la com espectrme-tro de massa ou analisador de gs residual;

    Vericar o nvel de uido frigorco no tanque de lquido.

    Muitos destes testes utilizam um gs indicador, geralmente este gs podeser nitrognio, hidrognio a 5% ou hlio. No uma boa prtica utilizar umuido frigorco como gs indicador.

    9.4.1.2Sistemas automatizados para omonitoramento de vazamentos

    Parmetros de monitoramento, tais como temperatura e presso, ajudama identicar qualquer alterao no equipamento. Tambm fornecem dadossobre a escassez de carga de uido frigorco.

    9.4.2Mtodos de ensaio para emisses

    diretas de fluidos frigorficosDeteco local

    Estes mtodos localizam com preciso as eventuais fugas e so normalmen-te utilizados durante a manuteno. A sensibilidade normalmente expressaem ppm (partculas por milho), e taxas de uxo de massa (g/a = gramaspor ano).

    A tabela 9.1 compara as sensibilidades de vrios mtodos de ensaio.

    Nota:Estasabordagens

    so aplicveis

    a sistemas queesto sem uido

    frigorco.

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    9.7 Localizao de vazamentos em arcondicionados do tipo split

    Um sistema de ar condicionado do tipo split pode conter vrios componentes

    que podem ser potenciais fontes de vazamento.

    9.7.1Componentes com maioreschances de vazamentosNo caso do ar condicionado do tipo split os componentes com maiores chan-ces de vazamentos, so:

    Vlvulas de servio;

    Vlvulas Schrader, podendo vazar atravs dos seus ncleos, espe-cialmente se estiverem sem tampa;

    Linha de suco;

    Linha de expanso;

    Trocadores de calor.

    9.7.2Vazamentos nos condensadores

    resfriados a arOs vazamentos em condensadores resfriados a ar so mais comuns na reada tubulao aletada, onde os tubos passam atravs da armao aletada docondensador. Os fabricantes tm procurado eliminar este problema, com no-vos arranjos para xao das aletas na tubulao e utilizando tubos de maiorresistncia mecnica.

    9.7.3Vazamentos na interligao das unidadesA interligao consiste em unir a unidade interna e externa por meio da tubu-lao de suco e expanso.

    Os vazamentos podem ocorrer em qualquer uma das ligaes por conexomecnica ou brasadas ao longo da tubulao.

    Cuidado:A tubulaodeve ser mantidaisolada o mximo

    possvel no momentoda instalao,

    evitando a entradade impurezas eumidade. Alm

    disso, deve possuirsuportes de xaopara sustentao e

    suportar vibraes.

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    9.9 Anlise dos pontos de vazamento 123

    Tabela 9.3: Relatrio para Anlise de vazamento de uido frigorco.

    Relatrio para Anlise de vazamento de fluido frigorfico N:

    Preencha este relatrio e caso necessrio faa um esboo do circuito frigorfico e anexe para orientao

    Informaes Gerais

    (01) Tcnico ou empresa de manuteno: (04) Cliente/Endereo:

    (02) Fabricante do sistema de refrigerao:(05) Pessoa de contato e informaes do operador dosistema:

    (03) Data: (6) Data de incio deoperao:

    (06) Telefone:

    Fluido Frigorco

    (07) Tipo de fluido frigorfico:R22 R407AR410A R290 outro=

    (10) Quantidade do fluido frigorfico recolhido (kg)>

    (08) Fluido frigorfico acrescentado (vazamento) (11) Recarga completa de fluido frigorfico(09) Quantidade do fluido frigorfico acrescentado(kg)>

    (12) Total de fluido frigorfico recarregado (kg) >

    Informaes da Instalao

    (13) Unidade interna tipo/modelo/n: (15) Fabricante do sistema:

    (14) Unidade externa tipo/modelo/n:

    Local do Vazamento

    (16) Linha de descarga do compressor (25) Compressor

    (17) Linha de expanso (26) Vlvula de segurana(18) Linha de suco (27) Filtro Linha de lquido

    (19) Amortecedor de vibrao da linha de descarga (28) Interruptor de presso / Transmissor

    (20) Separador de lquido (29) Dispositivo de expanso

    (21) Evaporador (30) Outros:

    (22) Vlvula de servio (31) Ponto de vazamento no acessvel (coberto)

    (23) Vlvula Schrader (32) Vazamento no encontrado

    (24) Condensador do fluido frigorfico

    Motivo do Vazamento -

    Nota: Mais do que um motivo de vazamento pode ser aplicvel!

    (33) Oscilao / Vibrao (41) Pulsao na descarga de gs

    (34) Suporte da linha de transferncia de fluidofrigorfico inadequada (42) Corroso

    (35) Ponto de brasagem inadequado (43) Brasagem capilar deficiente

    (36) Conexo flangeada mal vedada (44) Conexo roscada mal vedada

    (37) Flange mal vedado (45) Vlvula Schrader mal vedada

    (38) Ponto de solda inadequado (46) Danos de transporte

    (39) Danos causados por terceiros (47) Outros

    (40) Parte defeituosa/fabricante &tipo docomponente (48) Assinatura do tcnico

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    RECOLHIMENTO,RECICLAGEM EREGENERAO DO

    FLUIDOFRIGORFICO

    10.1 RecolhimentoRecolher signica remover o uido frigorco de um sistema em qualquercondio e estoc-lo em um recipiente adequado.

    Para o recolhimento de uidos frigorcos o uso de uma recolhedora neces-srio. Algumas recolhedoras so combinadas com sees de limpeza, se-parao de leo e ltrao. Estas unidades so descritas como unidades dereciclagem ou combinao de unidade de recolhimento e reciclagem.

    Existem trs tipos de aparelhos disponveis, que podem ser independentesou dependentes do sistema ou passivos:

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    10 RECOLHIMENTO, RECICLAGEM E REGENERAO DO FLUIDO FRIGORFICO126

    Recolhimento independente

    A recolhedora independente tem seu prprio compressor (ou algum outromecanismo de transferncia) para bombear uido frigorco para fora do sis-tema. No requer assistncia de qualquer componente do sistema que esteja

    sendo recuperado.Recolhimento dependendo do sistema

    Recolhedoras dependentes do sistema conam no compressor do aparelhoe/ou na presso do uido frigorco do aparelho para assistir no recolhimentodo uido frigorco. O recolhimento que use apenas um cilindro de recolhi-mento resfriado se enquadra nesta categoria.

    Recolhimento Passivo

    O recolhimento passivo voltado para pequenas quantidades de uidos fri-

    gorcos (refrigeradores domsticos, sistemas de ar condicionado de janela epequenos splits). realizado por meio da diferena de presso entre o apare-lho e o equipamento de armazenagem do uido.

    10.1.1Mtodos de recolhimentodo fluido frigorficoOs mtodos de recolhimento dependem do tipo de uido frigorco a serrecuperado, o qual geralmente se divide em dois grupos gerais: alta presso,onde o ponto de ebulio do uido frigorco ca entre - 50 C e 10 C pres-so atmosfrica, e baixa presso onde o ponto de ebulio ca acima de 10C presso atmosfrica. Fluidos frigorcos de alta presso incluem CFC-12,HFC-134a e HCFC-22. Os uidos frigorcos de baixa presso incluem o CFC-11, CFC-113, HCFC-123.

    Os trs mtodos diferentes de recolhimento de uido frigorco so:

    1. Recolhimento por transferncia de vapor (para sistemas pequenos);

    2. Recolhimento por transferncia de lquido;

    3. Recolhimento rpido push-pull para cargas de uido frigorco acima de4,5 kg.

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    O procedimento de recolhimento ativo, por transferncia de lquido (push--pull), consiste na extrao do uido frigorco do sistema de refrigerao, pormeio de equipamento apropriado, utilizando um cilindro intermedirio, e naarmazenagem do uido recolhido em cilindros e/ou tanques retornveis. Este

    mtodo garante um desempenho at 300 vezes mais rpido que o da fase devapor e o mtodo mais utilizado em sistemas de mdio e grande porte.

    Um cilindro intermedirio com vlvula de lquidos (pescador) conectadoentre o sistema e a mquina recolhedora. O cilindro intermedirio extrai ouido frigorco por meio da vlvula de lquidos (fase lquida) do sistema. Amquina recolhedora, ento, extrai o uido frigorco do cilindro intermediriopor meio da vlvula (fase vapor) e, por sua vez, pressuriza a linha de vapor doequipamento, forando a sada do uido frigorco na fase lquida.

    O uido frigorco remanescente deve ser recolhido pelo processo ativo portransferncia de vapor.

    Dicas especiais para o recolhimento de uido frigorco:

    1. Sempre utilize as mangueiras de refrigerao mais curtas possveis;

    2. Use mangueiras com grande dimetro (por exemplo ), se possvel;

    3. Remova os ncleos de vlvula do sistema e das mangueiras, se possvel;

    4. Use uma pistola de calor (ou secador de cabelo) para evaporar o

    uidofrigorco (lquidos presos). Manchas so visveis onde umidade conden-sa por fora;

    5. Use primeiro o recolhimento por transferncia de lquido, quandopossvel;

    6. Evacue cilindros de recolhimento vazios e equipamentos antes do uso;

    7. Use ferramentas inteligentes, por exemplo, ferramenta de remoo doncleo.

    10.1.2Dispositivos antitransbordamentoOs cilindros de armazenamento devem possuir dispositivo antitransborda-mento, o qual controle o nvel de enchimento do cilindro. Estes dispositivosiro, automaticamente, limitar o nvel mximo do uido frigorco transferidorespeitando o nvel de oitenta por cento do seu volume lquido.

    Estes dispositivos devem ser um dispositivo de segurana, porm na maioria

    das mquinas esses interruptores simplesmente desligam a recolhedora semparar o uxo do uido frigorco, o que pode resultar em um cilindro excessi-vamente cheio, ou seja, uma situao extremamente perigosa para o tcnico.

    Nota:A normaABNT NBR 15960

    (Fluidos Frigorcos- Recolhimento,

    Reciclagem e

    Regenerao (3Rs)

    Procedimentos)deve ser seguida.

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    10.1 Recolhimento 129

    A seguir so apresentados os perigos conhecidos em situaes comuns:

    1. Durante procedimentos de recolhimento rpido push-pull, uma veztendo sido dada partida em algum sifo, o dispositivo antitransbordamen-to simplesmente desliga a mquina, mas no impede que o tanque que

    excessivamente cheio;2. Ao utilizar um cilindro com uma grande quantidade de uido frigorco frio

    e recolhendo de um sistema a uma temperatura mais alta, o desligamen-to da mquina no far com que o uido frigorco pare de migrar para oponto mais frio (neste caso, o tanque de recolhimento), enchendo exces-sivamente o cilindro mesmo com a recolhedora desligada.

    10.1.3Reutilizao do fluido recolhido

    Na maioria dos casos, o

    uido frigor

    co recolhido pode ser recarregado nomesmo sistema de origem, aps o reparo, se o uido frigorco no estivercontaminado, como, por exemplo, por um desgaste do compressor. Tambm possvel a reutilizao de uidos frigorcos recolhidos em um sistemasimilar aps a limpeza, por meio de uma unidade de reciclagem para removera umidade, as partculas, os cidos e os gases no condensveis. Em todosestes casos, essencial que o uido frigorco tratado no seja contaminado(misturado) com outros tipos de uido frigorco.

    Os principais contaminantes so umidade, cidos, gases no condensveis,material particulado, partculas de resduos de alto ponto de ebulio, como

    leo lubricante e gases condensveis. O Anexo 01 mostra o nvel de conta-minantes conforme ARI 740.

    A umidade diminui a ecincia do sistema e pode causar bloqueio no disposi-tivo de expanso por congelamento.

    Os cidos consistem em tipos orgnicos e inorgnicos. Os cidos orgnicosesto normalmente contidos no lubricante e so removidos no separador deleo, na linha de lquido ou na linha de suco por meio do ltro secador. Oscidos inorgnicos, tais como cido clordrico, so removidos pela purga de

    no condensveis e apresentam reaes com superfcies metlicas.Os gases no condensveis so constitudos principalmente por ar. Podemestar no interior de um equipamento de ar condicionado ou podem ser intro-duzidos durante a manuteno. O controle consiste em:

    Realizar o vcuo e a quebra do vcuo com a carga de uido frigor-co impedindo a entrada de ar. Lembre-se que o ar pode penetrarmesmo em unidades pressurizadas com udo frigorco, como, porexemplo: na troca de uma garrafa de udo frigorco o ar contido namangueira ir para o equipamento, reduzindo a eccia do vcuo;

    Minimizar a inltrao de ar por meio da correta montagem doequipamento, com a utilizao de tcnicas apropriadas de conexoe procedimentos de manuteno.

    Nota: O dispositivoantitransbordamento,

    ou seja, o controlede nvel de 80% nem

    sempre impede umenchimento excessivodo cilindro. O tcnico

    dever estar cienteda probabilidade dosriscos segurana

    e deve acompanharo processo de

    recolhimento de formacontnua, utilizando,

    adicionalmente, umabalana para controle

    do peso do cilindro.

    Cuidado:Nenhumprocesso que envolvaconexes temporrias

    e sistemas sobpresso dever ser

    deixado sozinhopelo tcnico!

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    10 RECOLHIMENTO, RECICLAGEM E REGENERAO DO FLUIDO FRIGORFICO130

    Os particulados podem ser removidos por meio de ltros simples ou secado-res instalados na entrada da recolhedora.

    Os resduos de elevado ponto de ebulio consistem, principalmente, delubricante misturado ao uido frigorco, quando estes no so compatveis.

    Outros gases condensveis consistem, principalmente, de outros uidosfrigorcos. Eles podem ser gerados em pequenas quantidades por meio daoperao em altas temperaturas.

    A mistura de uidos um caso especial de outros gases condensveis emque o uido no atende s especicaes do produto, mesmo que toda aumidade, cidos, partculas, lubricante e no condensveis tenham sidoremovidos. Para evitar a mistura acidental, deve-se:

    Marcar claramente o recipiente para o tipo de uido frigorcoespecco;

    Limpar as mangueiras ou equipamentos de recolhimento e recicla-gem antes do incio de qualquer procedimento, no caso em que sorecolhidos e reciclados uidos diferentes por um mesmoequipamento.

    A separao de misturas de uidos frigorcos requer equipamentos indus-triais de tecnologia altamente avanada. Por isso, essas misturas ou uidosfrigorcos altamente contaminados devem ser tratados separadamente e/ouarmazenados para posterior destruio, conforme legislao vigente.

    Para a proteo do meio ambiente e para ns de reutilizao dos uidosfrigorcos recolhidos, o tipo do uido deve ser conhecido. No misture tiposdiferentes de uidos frigorcos para no inviabilizar a reutilizao!

    Mtodos de iden