Boa Vista celebra bons resultados na educação

11
BOA VISTA CELEBRA BONS RESULTADOS NA EDUCAÇÃO Parceria de sucesso com o Instituto Alfa e Beto alavanca a educação em Boa Vista, que agora conta com a tecnologia como aliada. Professores e pais relatam entusiasmados os efeitos positivos na aprendizagem das crianças provocados pela chegada do Galáxia Alfa, software pioneiro que auxilia na alfabetização. Para os educadores da educação infantil, está cada vez mais fácil planejar as atividades em sala de aula com a ajuda do sistema de gerenciamento Zero a Quatro na Palma da Mão. Não há dúvidas: a educação, desde a Primeira Infância, é levada a sério em Boa Vista. Saiba mais nessa newsletter que preparamos para você! EDIÇÃO 5 JUNHO 2015 Foto: Prefeitura de Boa Vista > Trabalho realizado com seriedade garante educação de qualidade para as crianças de Boa Vista

description

Confira os avanços conquistados pela Secretaria de Educação de Boa Vista (RR) em parceria com o Instituto Alfa e Beto. Saiba mais em: www.alfaebeto.org.br

Transcript of Boa Vista celebra bons resultados na educação

Page 1: Boa Vista celebra bons resultados na educação

BOA VISTA CELEBRA BONS RESULTADOS NA

EDUCAÇÃOParceria de sucesso com o Instituto Alfa e Beto alavanca a educação em Boa Vista, que

agora conta com a tecnologia como aliada. Professores e pais relatam entusiasmados os efeitos positivos na aprendizagem das crianças provocados pela chegada do Galáxia Alfa, software pioneiro que auxilia na alfabetização. Para os educadores da educação infantil, está cada vez mais fácil planejar as atividades em sala de aula com a ajuda do sistema

de gerenciamento Zero a Quatro na Palma da Mão. Não há dúvidas: a educação, desde a Primeira Infância, é levada a sério em Boa Vista.

Saiba mais nessa newsletter que preparamos para você!

EDIÇÃO 5 • JUNHO 2015

Foto

: Pre

feitu

ra d

e Bo

a Vi

sta

> Trabalho realizado com seriedade garante educação de qualidade para as crianças de Boa Vista

Page 2: Boa Vista celebra bons resultados na educação

2IAB EM PAUTA

EXPE

DIEN

TEED

ITOR

IAL CELEBRANDO O

DESENVOLVIMENTO DE BOA VISTA

A maior alegria de um educador – seja ele um pai, um professor ou um responsável

em qualquer sistema educativo – é ver os alunos se desenvolvendo.

Como Presidente de uma instituição cujo interlocutor direto não é o aluno, mas a

rede de ensino, a maior alegria é ver as pessoas da rede se desenvolvendo. E é isso

que assistimos em diversos lugares do país, mas que assisto muito de perto, e com

grande alegria, em Boa Vista.

Graças ao fôlego da Prefeita Teresa Surita, aqui estamos envolvidos em programas

que vão desde a gravidez até o final das séries iniciais do ensino fundamental. Cada

programa com sua especificidade, com seus desafios. E todos eles vão caminhando,

com suas pequenas e grandes vitórias, como documentado nesta Newsletter.

Promover mudanças é muito difícil – e isso se tem tornado cada vez mais difícil

na administração pública e numa sociedade que é cada vez mais diversificada em

suas aspirações, seus modos de ver a vida e em suas próprias expectativas. Essas

dificuldades, no entanto, devem ser enfrentadas e superadas, pois devem paralisar a

ação de todos nós que nos sentimos responsáveis pelo futuro de nossas crianças.

Nos vários programas aqui retratados e recheados com saborosos e emocionantes

depoimentos, o leitor encontrará um fio condutor, uma linha comum, um princípio básico

que orienta todas as atividades do Instituto: dar a cada um – a criança, a grávida, o aluno,

o educador, o gestor, o pai das famílias - instrumentos para que ele se desenvolva e se

torne cada vez mais um ser independente e autônomo.

Leia e confira!

Produção: R2 Editorial Reportagem: Simone Mateos /IW ComunicaçõesDIagramação: Nelson Pinho 2015 / edição 5 - Publicação do Instituto Alfa e Beto (IAB)

> João Batista Araujo e Oliveira

Psicólogo, PhD em Educação, João Batista fun-dou, em 2006, o Instituto Alfa e Beto. Trabalhou como professor no Brasil e no exterior. Foi do Banco Mundial e da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e deu consultoria a projetos em mais de 60 países. Criou programas inovadores relacionados à correção de fluxo, gestão da edu-cação e alfabetização. Autor de mais de 30 livros e artigos científicos, foi secretário-executivo do MEC na gestão Paulo Renato. É coautor do capítulo sobre alfabetização da Academia Brasi-leira de Ciências sobre Educação Infantil (2011) e relator do grupo internacional de trabalho de alfabetização infantil da Comissão de Educação da Câmara dos Deputados (2013).

Foto

: Div

ulga

ção

Page 3: Boa Vista celebra bons resultados na educação

3IAB EM PAUTA

ENSINO ESTRUTURADO

EDUCAÇÃO DE BOA VISTA AVANÇA EM PARCERIA COM O ALFA E BETO

Boa Vista é uma das cinco capitais bra-sileiras pioneiras no uso de um videogame especialmente concebido para ensinar a ler e escrever. Criado pelo Instituto Alfa e Beto, o Galáxia Alfa é o primeiro software no mundo com um programa completo de alfabetização no formato de um divertido videogame, que já foi elogiado por pesqui-sadores da área. Dia 26 de maio, quase 3 mil tablets chegaram às escolas que aten-dem aos mais de 4,4 mil alunos de 1º ano da rede municipal. A própria prefeita Teresa Surita fez a entrega simbólica do primeiro aparelho, na Escola Municipal Pingo de

Gente, na presença de toda a equipe de coordenadores da secretaria municipal de Educação.

“A tecnologia hoje faz parte da vida das pessoas e quando a criança aprende a lidar com isso de forma orientada você tem um resultado muito melhor: estimula a curio-sidade, a inteligência, a compreensão e dá uma maior amplitude de conhecimentos sobre o mundo”, disse a prefeita durante a cerimônia.

A adoção do software foi motivada pe-los bons resultados obtidos em Boa Vista com os programas de ensino estruturado do IAB, que começaram a ser usados na rede municipal a partir de 2013. Naquele momento, o diagnóstico inicial revelou um quadro assustador: metade (49%) das crianças matriculadas do 2º ao 5º ano permanecia analfabeta, incluindo uma em cada quatro no 5º ano. Era preciso ensi-nar as crianças a ler e escrever para que pudessem acompanhar os programas de ensino estruturado adotados inicialmente no 4° e 5º ano, além da pré-escola. Com o Programa de Alfabetização Intensiva do IAB, quatro meses depois, 85% dessas crianças estavam lendo, escrevendo e fazendo avanços nos conteúdos de sua própria série.

Em 2014, repetiu-se, com êxito seme-lhante, a experiência nos 4ºs e 5ºs anos, e o Alfa e Beto começou a ser usado também no 1º ano. Ao término do período, a rede

havia logrado alfabetizar aos seis anos um percentual de alunos duas vezes maior do que o obtido até então, e os resultados do primeiro bimestre deste ano são três vezes superiores aos de 2014. Na alfabetização intensiva, estendida em 2015 a todos os alunos do 2º ao 5º que necessitam, o pri-meiro exame mostrou que, transcorrido apenas um quarto do tempo do curso (cinco de vinte semanas), 40% das crianças já estão lendo e escrevendo.

“Os alunos aprendem muito mais com o programa porque agora a gente tem bons materiais, trabalha com cronograma, planejamento, tem um norte claro do que vai fazer em sala em cada momento, cada dia, cada semana. Antes era tudo disperso, a gente perdia o foco com as atividades extra e raramente cumpria o currículo. Agora o extra que se encaixa no tempo que sobra”, diz a professora do 1º ano Elizan-gela Bastos, que no fim de maio já tinha a maioria da sua sala lendo pequenos textos ou palavras.

A diretora da Escola Ioládia Batista da Silva, Uzielita Cardoso, que atuou vários dos seus 20 anos de magistério como alfabetizadora, opina de forma bem similar: “Antes o ensino era fragmentado, solto, a gente alfabetizava de forma aleatória, sem sequência, ficava mais difícil para a criança aprender a decodificar. Com o ensino es-truturado vem tudo numa sequência lógica, sabemos o que fazer a cada hora do dia, as

Boa Vista incorpora tecnologia para alfabetizar. Parceria com o Alfa e Beto, reduziu para a metade o índice de analfabetismo na rede que agora adota os programas de ensino estruturado em todas as séries iniciais.

> Prefeita Teresa Surita: tablets farão a diferença na aprendizagem

Foto

: Pre

feitu

ra d

e Bo

a Vi

sta

Page 4: Boa Vista celebra bons resultados na educação

4IAB EM PAUTA

atividades são cronometradas e a criança se alfabetiza muito mais rápido”.

Com seus 20 anos de magistério, Uzielita reconhece: “Com o Alfa e Beto, a escola passou a trabalhar de forma uni-fi cada, a oferecer um ensino com padrão de qualidade, de referência. Só não trago minha fi lha da escola privada para a rede municipal porque ela já está no 9ºano, que a rede não oferece”.

Para ela, elemento chave para os bons resultados é o acompanhamento: “Hoje, o gestor sabe o que acontece em cada turma, a frequência de cada aluno, qual precisa de reforço e em quais conteúdos. Tudo é monitorado. Se o aluno falta um dia, já ligamos para saber por quê. Com isso, a infrequência caiu muito”, conta Uzielita, que tem sob sua responsabilidade 1.217 alunos da pré-escola ao 5º ano.

O depoimento reflete o que pensa a maioria dos docentes que já usou o progra-ma. Eles atribuem o sucesso a um elenco de boas práticas próprias do Alfa e Beto: bons materiais didáticos, com atividades para os alunos, manuais de orientações sobre como ministrar os conteúdos, e ao trabalho organizado com metas, plane-jamento e avaliações constantes dos re-sultados: “Hoje medimos a aprendizagem dos alunos a cada passo, o que possibilita recuperar as defasagens e não deixar nin-guém para trás como acontecia antes”, diz Fabiane Macedo Freitas, coordenadora da escola Nova Canãa, que tem 15 anos de experiência profi ssional.

“A mudança foi difícil porque o programa é muito exigente, os professores reclama-vam e até os pais por causa da quantidade de lição de casa e da cobrança para que eles se envolvessem naquilo. Mas todos estão vendo que vale a pena, porque as crianças aprendem mais e porque facilita muito ter um planejamento que vem detalhado e é para valer”, diz a diretora Nara Santana, da Escola Edsonina de Barros Villa.

Embora achem o programa exigente,

os alunos em geral estão gostando: “Esses livros são mais interessantes, explicam mais. Tem algumas atividades difíceis, mas o professor sempre nos ajuda a fazer”, diz Hanna Victória, de 9 anos, da Escola Pingo de Gente. Sua colega Francimara de Souza, da mesma idade, concorda: “Os livros de antes eram bons, mas esses são melhores. Antes a gente só soletrava, hoje a gente lê e faz um re-sumo do que entendeu”.

Para dar conta das exigências do programa, os professo-res estão se esforçando para envolver os pais na vida escolar dos f i lhos com as mais variadas es-tratégias. Eli-zângela, por exemplo, aproveita a hora em que eles vêm buscar os fi lhos na escola. “Uma vez por semana, quando vamos co-meçar lição nova, faço a mãe vir até a sala de aula buscar a criança para eu explicar o que vamos trabalhar naqueles dias e pedir que me ajude em casa com as lições. Isso ajudou muito”.

A despeito das difi culdades para sanar níveis tão altos de analfabetismo na rede, os avanços logrados se fazem notar até entre alunos do 5º ano, boa parte deles alfabetizados em 2014 e alguns até neste ano: “Meus alunos hoje tem nível comparável aos da rede privada e os que chegam da rede estadual têm difi culdade para acompanhar, mas isso só foi possível porque tivemos a alfabetização intensiva no ano passado”, diz Sandra de Castro,

professora do 5º ano da Escola Vovó Júlia. Sua turma usa o Programa Prova Brasil, que dedica o primeiro semestre a fazer uma revisão completa das séries anterio-res exatamente para sanar as defasagens. O gráfi co ao lado mostra os avanços fei-tos pelos estudantes do Programa Prova Brasil do ano passado para cá.

No global, a rede toda reduziu de 49% para 29% o percentual de alunos analfa-betos (sendo que os 4ºs e 5ºs passaram de 35% para 10%), mas a expectativa é que os avanços sejam bem maiores este ano. Afi nal, é a primeira vez que a alfabeti-zação intensiva está acessível para todas as séries e a primeira vez que os 2ºs e 3ºs anos estão usando os programas de ensino estruturado, sem contar que os 1ºs anos estão sendo alfabetizados com a ajuda do Galáxia Alfa, que tornou a aprendizagem ainda mais prazerosa. A coordenadora do Programa de Alfabeti-zação Intensiva, Cristina Borges, diz que, para garantir que todos os que precisam tenham acesso este ano à alfabetização intensiva, a secretaria já contratou 50 novos docentes.

> Testes aplicados pelo Instituto Alfa e Beto mostra avanço das turmas de 4o e 5o ano de Boa Vista em Língua Portuguesa. Nas turmas de 4o ano, o ganho foi de 13 pontos percentuais em dois meses. Já no 5o ano, o salto foi de 33 pontos percentuais no mesmo período

Page 5: Boa Vista celebra bons resultados na educação

5IAB EM PAUTA

TECNOLOGIA

GALÁXIA ALFA ALFABETIZA BRINCANDO

Com apenas uma semana de expe-riência em sala de aula com o Galáxia Alfa, alunos e professores da rede muni-cipal de Boa Vista estão entusiasmados com o potencial pedagógico e lúdico do videogame que ensina a ler e escrever. “Eles aprendem brincando, se concentram muito e avançam rapidamente nas fases”, diz a professora Maria Cristina Crispim, do 1º ano da Escola Jael da Silva Barrada.

No game, as crianças têm de supe-rar inúmeros desafios em dois mundos diferentes para conseguir ajudar Babu e Buba a libertar os povos Panuis e Nupais e, enquanto jogam, praticam todas as ha-bilidades necessárias para se alfabetizar, passando de fase só quando já dominam a anterior. Os professores ficam impressio-nados em ver como as crianças aprendem sozinhas a jogar e avançam com uma velocidade incrível: “Eles ficam concentra-díssimos e vão descobrindo tudo sozinhos, não precisa explicar nada”, diz Alessandra Rodrigues Monteiro, professora do 1º ano da Escola Edsonina de Barros Villa. A grande vantagem do jogo, segundo ela, é que essa concentração cresceu também na aula que antecede o jogo.

“Melhorou muito a concentração deles na aula porque eles ficam todos na expec-tativa de jogar e sabem que o conteúdo que estamos vendo vai ajudá-los no jogo”, diz Alessandra que, como os outros do-centes, acredita que essa motivação terá impacto muito positivo na aprendizagem. O único problema é ter de explicar que ‘não podem levar para casa para continuar jogando’ e lidar com a vontade dos alunos das outras séries que não param de per-guntar quando haverá games educativos para eles também.

Até os pais estão entusiasmados com a novidade. É o que conta Janete Bezerra,

mãe de Nicolás Silva, de 6 anos: “Ele dava muito tra-balho para sair da cama de manhã, agora é só eu ameaçar tirar ele da es-cola e levar para uma que não tenha o tablet que ele levanta rapidinho. Chega em casa entusiasma-do para fazer as lições, pede para eu conferir. Essa motivação só pode ajudar na aprendizagem”.

O aplicativo está for-matado para funcionar em tablets nos quais, em geral, os alunos se revezam para jogar 30 minutos por dia cada um. Mas em Boa Vista a secretaria de Educação garantiu um aparelho para cada aluno trabalhar em sala, a fim de evitar que todos perdessem uma parte da aula enquanto jogam e que a professora fosse atrapalhada pelo revezamento.

Inovador em termos mundiais por en-globar todas as fases da alfabetização, o software chamou a atenção, em maio, de pesquisadores e psicopedagogos que esti-veram presentes 2º IBNequinho, encontro que reúne cientistas de várias áreas que estudam o desenvolvimento humano na Primeira Infância.

“É um recurso que preenche uma grande lacuna, não só por trazer para a sala de aula a linguagem tecnológica da nova geração, mas também porque inclui tudo o que a ciência indica que é impor-tante para alfabetizar e que raramente é contemplado pelos programas usados no Brasil”, diz Alessandra Seabra, doutora em psicologia e pesquisadora do processo de alfabetização e do desenvolvimento infantil do Laboratório de Neuropsicologia Cogni-tiva da Universidade de São Paulo (USP).

Para desenvolver o Galáxia Alfa, o IAB pesquisou exaustivamente a bibliografia internacional disponível e não encontrou outro software que englobasse todas as habilidades que devem ser adquiridas para aprender a ler e escrever. Para acumular pontos e dar energia aos heróis Buba e Babu, as crianças têm de vencer desafios que as fazem exercitar tudo o que é preciso para aprender a ler e escrever. Os desafios incluem atividades relacionadas à coor-denação motora, ao domínio do princípio alfabético, ao reconhecimento e forma-ção das letras; à consciência fonológica e fonêmica, decodificação, identificação automática de palavras e desenvolvimento de fluência de leitura. Para passar para a fase seguinte do jogo, a criança tem que atingir 90% de acertos.

O Galáxia Alfa obedece à mesma me-todologia de alfabetização do Alfa e Beto e as várias fases e caminhos do jogo estão articulados com as etapas do programa, permitindo uma perfeita sincronia com as aulas. Apesar disso, o programa está con-cebido para poder ser usado também de forma autônoma para ensinar as crianças a ler e escrever.

Um videogame que ensina a ler

Foto

: Pre

feitu

ra d

e Bo

a Vi

sta

> Nova ferramenta pedagógica entusisma não só professores e alunos como também conta com o envolvimento dos pais

Page 6: Boa Vista celebra bons resultados na educação

6IAB EM PAUTA

Monitoramento permanenteO aplicativo também foi concebido

para permitir o monitoramento perma-nente da aprendizagem dos alunos por parte dos professores, coordenadores, diretores e da própria Secretaria. Isso é possível porque o equipamento arquiva a evolução de cada aluno no jogo e quando é sincronizado (uma vez por semana) com a plataforma do instituto, transmite essas

informações para lá, onde são processa-das com as de todos os outros tablets. Feito isso, os educadores podem obter relatórios com a evolução, os acertos e os erros mais frequentes de cada criança, de cada turma, de cada escola, de cada série ou de toda a rede. Isso permite monitorar os avanços na aprendizagem dos alunos de forma contínua, sem a necessidade de aplicar e corrigir testes.

A criança é avaliada, sem saber, en-quanto brinca. Os relatórios possibilitam aos professores e coordenadores fazer mais cedo as intervenções necessárias para recuperar alunos ou turmas eventual-mente defasados, o que também é feito naturalmente pelo próprio jogo já que, para passar para a fase seguinte, a criança deve refazer atividades nas áreas em que ainda não atingiu o nível adequado.

Adoção do Programa Alfa e Beto de Pré-escola tornou as crianças mais questionadoras, articuladas e autoconfiantes, dizem os professores da educação infantil

EDUCAÇÃO INFANTIL

APRENDER A PENSAR BRINCANDO

Crianças mais questionadoras, mais desinibidas, mais autoconfiantes, com mais vocabulário e capacidade de expressão. Es-ses são os diferenciais que os professores da pré-escola são unânimes em identificar nos alunos de 4 e 5 anos que passaram a usar o programa do IAB para essa idade. “O desenvolvimento deles é extraordinário com o programa, muito melhor do que antes porque todas as atividades são apresentadas instigando os alunos a participar, a pensar, a opinar. O manual do professor vem com muitas orientações sobre como a gente deve fazer isso”, diz Jiselly da Silva Lobato, que acompanhou uma turma durante dos anos.

Apesar de seus dez anos de experiência profissional, ela avalia que seu desempe-

nho em sala melhorou muito a partir do programa: “A gente ficava desassistido, eu tinha muita dificuldade para achar materiais adequados para trabalhar em classe e fazer o planejamento. Os resultados não eram tão bons porque a aula não era tão rica”.

A professora Marildes Oliveira da Sil-va fazia avaliação semelhante já após seu primeiro ano de experiência com o programa na escola Vovó Clara. “Antes a gente focava muito em fazê-los exercitar a cópia de letras. O programa traz atividades muito mais diversificadas, sempre lúdicas e dirigidas a desenvolver habilidades di-ferentes, trabalha muito a imaginação, o lado artístico, instiga a criança. Agora eles falam e perguntam muito mais. Noto um

avanço grande na capacidade de expressão oral, na desenvoltura e na coordenação motora deles”.

Os professores destacam principalmente os exercícios de compreensão de textos de histórias infantis, as parlendas, cantigas e as conversas na rodinha: “A gente é orientado para contextualizar tudo com a escola, a casa, a realidade deles, fazendo perguntas que os levem

a relacionar as coisas, pensar. Não é aque-la interpretação de texto com perguntas óbvias. É tudo feito para levar a pensar e se expressar. A ideia é fazer com que ele questione, pergunte e não só perguntar para ele”, explica Jiselly.

Outro aspecto positivo destacado pelos docentes é o aumento da partici-pação dos pais em função das crianças agora sempre levarem tarefas para casa: “Como eles chegam contando o que aprenderam e animados para fazer as tarefas, os pais acabam estimulados a participar. O programa ajudou a escola a conquistar a família”, diz Jiselly.

Maria da Conceição Gomes, que hoje é gestora, mas que era coordenadora da pré-escola quando o Alfa e Beto co-meçou a ser implementado, conta que as crianças estão chegando muito mais bem preparadas para a alfabetização: “Elas relacionam as letras aos seus sons, reconhecem todas as formas, cores e muitas já escrevem o próprio nome. Aliás, tem criança até do 1º pe-ríodo, de 4 anos, que já escreve o nome. Embora a proposta do programa não seja alfabetizar nessa idade, ele estimula tanto que algumas aprendem”.> Ganhos na educação infantil transcendem os muros da escola

Foto

: Pre

feitu

ra d

e Bo

a Vi

sta

Page 7: Boa Vista celebra bons resultados na educação

7IAB EM PAUTA

DESENVOLVIMENTO INFANTIL

EM BOA VISTA, A LEITURA COMEÇA NO BERÇOPrograma municipal que distribui livros e ensina pais de famílias carentes a lerem para os filhos pequenos está sendo avaliado por professores da New York University

Dois renomados especialistas em desenvolvimento infantil da Universi-dade de Nova York - o pediatra Alan Mendelson e a psicóloga Adriana Weisleder - estiveram em Boa Vista no início de maio para mais uma etapa do estudo que vai avaliar o impacto sobre o desenvolvimento infantil do Programa Leitura desde o Berço, que começou a ser implementado este ano nas unida-des de educação infantil Casas Mãe pela parceria da Prefeitura Municipal de Boa Vista com o Instituto Alfa e Beto.

Nessa visita os pesquisadores se reuniram com a equipe do IAB, com a

equipe local de avaliadores formada por 12 psicólogos de Boa Vista, participa-ram de reuniões com pais, educadores e visitaram casas da famílias atendidas pelo Família que Acolhe. Ao final da visita, na sede do Família que Acolhe apresentaram um relato de suas ati-vidades e do andamento da pesquisa à Prefeita Teresa Surita, em reunião da qual participaram a Secretária Mu-nicipal de Educação e os gestores do Família que Acolhe.

O impacto de intervenções como essa sobre o desempenho escolar pos-terior já foi comprovado em diversos

estudos inter-nacionais. A leitura desen-volve a ca-pacidade de abstração da criança – já que traz ob-jetos reais re-presentados por f iguras, p a l a v r a s e sinais. Livros permitem aos adultos con-versar com as

crianças sobre uma variedade de temas muito mais ampla do que a que surge nas conversas cotidianas e ajudam a criança a adquirir uma linguagem mais complexa do que a que é usada no dia a dia, com um vocabulário mais amplo e estruturas sintáticas mais elaboradas. Como as palavras são os tijolos que estruturam o pensamento, ler para uma criança conversando com ela, promove seu desenvolvimento cognitivo.

> Pais, cuidadores e educadores são capacitados em oficinas de leitura

> Pesquisadores de Nova York visitam Boa Vista na companhia de Desise Rocha, do IAB (de laranja)

Foto

: Pre

feitu

ra d

e Bo

a Vi

sta

Foto

: Pre

feitu

ra d

e Bo

a Vi

sta

Page 8: Boa Vista celebra bons resultados na educação

8IAB EM PAUTA

Família Que Acolhe – uma política inovadora e integrada para a Primeira Infância

POLÍTICA PÚBLICA

PRIMEIRA INFÂNCIA COMO PRIORIDADE

O apoio ao desenvolvimento nos primeiros anos de vida tornou-se prioridade absoluta da prefeitura de Boa Vista e o Instituto Alfa e Beto, seu principal parceiro para a elaboração e implementação de políticas nessa área. A motivação é clara: as evi-dências científicas mostram, de um lado, que receber ou não estímulos e cuidados adequados no início da vida influi em todo o desenvolvimen-to humano posterior e, de outro, que políticas públicas de qualidade nessa área tem um impacto muito positivo, sobretudo em realidades sociais pou-co favoráveis.

A partir da experiência anterior das Casas Mãe, o Família Que Acolhe (FQA) se tornou um conjunto articu-lado de políticas públicas cientifica-mente embasadas, consolidadas em lei municipal em 2013 para garantir sua continuidade.

A originali-dade do Famí-lia que Acolhe começa com seu s is tema integrado de g e s t ã o , q u e é gerenciado d i r e t a m e n t e pelo gabinete da prefeita em conjunto com quatro secre-tarias munici-pais (Saúde, Educação, Gestão Social e Comunicação e Finanças). A integra-ção da gestão se reflete na integração dos serviços básicos que chegam às famílias, desde a marcação de consul-tas e acompanhamento do pré-natal até o acesso à creche, pré-escola, pediatra, fonoaudiólogos, e informa-ções sobre higiene, alimentação e os

estímulos que os bebês precisam ter desde os primeiros momentos de vida. Tendo como público alvo a população carente, o programa atende atualmen-te 4,3 mil mães, sendo 1,7 mil do Bolsa Família, cerca de mil adolescentes grá-vidas, 600 usuárias das Casas Mãe, 11 reeducandas do sistema penitenciário, entre outras.

Duas políticas municipais de educação, Família que Acolhe, de Boa Vista, e Nova Semente, de Petrolina, foram apresentados durante o II IBNequinho – Congresso que reúne neurocientistas, psicólogos e profi ssionais voltados para a Primeira Infância. A Prefeita Teresa Surita fez uma detalhada apresentação do programa, ressaltando sua origem, seus fundamentos científi cos, justifi cando a focalização nas famílias benefi ciárias do Bolsa Família. Também apresentou a estrutura de funcionamento que envolve a integração das várias Secretarias e as várias parcerias que participam do mesmo. No caso do Instituto Alfa e Beto, a parceria inclui a implementação da Universidade do Bebê I (gravidez), UBB-II, programa voltado para as famílias com crianças de até dois anos, que se encontra em fase de desenvolvimento e o programa da UBB-III, as Casas-mãe, que implementam a proposta pedagógica do Instituto. Os participantes do evento fi caram impressionados com a amplitude das intervenções e o seu embasamento científi co dos mesmos, mas o aspecto que mais chamou, na apresentação da Prefeita Teresa Surita, foi o fato de não se tratar de um programa, mas de uma política pública estabelecida por lei e com recursos assegurados para sua continuidade.

Família que acolhe é debatido em Congresso de neurocientistas

> Família que Acolhe: cuidar da Primeira Infância agora é lei em Boa Vista

Foto

: Pre

feitu

ra d

e Bo

a Vi

sta

Page 9: Boa Vista celebra bons resultados na educação

9IAB EM PAUTA

Em articulação com as Casas Mãe, o FQA garante apoio às gestantes atendidas nas suas unidades, além da capacitação das equipes dessas creches para que sejam capazes de dar todos os estímulos necessários ao desenvolvimento das crianças durante sua interação diária com elas. O Programa Zero a Quatro do IAB é o indutor dessas ações nas Casas Mãe, cujos cuidadores receberam treina-mento específico inicial do instituto e ainda recebem aprofundamento des-

sa capacitação através do programa de coaching Class (ver matéria).

Na sede do FQA também funciona a Universidade do Bebê (UBB) uma outra iniciativa do IAB que integra a parceria com Boa Vista. Na UBB, gestantes (sobretudo as adolescen-tes), mães novatas, familiares e cui-dadores encarregados das crianças nas creches têm acesso a programas de palestras sobre o desenvolvimen-to psicossocial das crianças desde o ventre e as melhores formas de

estimulá-lo em cada faixa etária. O programa está dividido em Univer-sidade do Bebê I, para gestantes; UBB II, para famílias com crianças de até dois anos e o UBB-III focado nas Casas Mãe que implementam a proposta pedagógica do Instituto. O programa da UBB é continuamente aperfeiçoado com as contribuições que vão surgindo dos participantes e parceiros – notadamente da equipe do Família que Acolhe que implemen-ta as atividades.

Programa de Coaching aprimora capacitação de equipes das Casas Mãe e, a partir deste ano, da pré-escola também

COACHING

TREINANDO A SENSIBILIDADE DE QUEM CUIDA DOS PEQUENOS

Além dos programas que cons-

tituem referência nacional na pré-

-escola, alfabetização e séries ini-

ciais, o Instituto Alfa e Beto oferece

para seus parceiros um programa de

formação de educadores que atuam

em creches e pré-escolas. Este pro-

grama se baseia na sistema CLASS

(Classroom Assessment Scoring

System) que pode ser traduzido

l ivremente como um sistema de

registro de interações entre adultos

e crianças. O sistema CLASS foi

desenvolvido pelo Dr. Robert Pianta,

da Universidade de Virgínia e tem

duas caracterísitcas importantes.

Primeiro, ele focaliza a interação

entre adultos e crianças e ensina o

adulto a promover interações que

comprovadamente promovem o

desenvolvimento das crianças. Se-

gundo, o programa se utiliza de um

sistema de cofilmagem e feedback

das interações, o que requer um

profissional especializado (coach

ou técnico). Parte do programa é

desenvolvido de forma presencial e

parte à distância. A equipe do IAB

é composta por psicólogos que fo-

ram devidamente credenciados pela

Universidade de Virgínia.

Esse programa, que foi oferecido

às educadoras e coordenadoras das

Casas-mãe, em 2014, está sendo

oferecido aos professores das pré-

-escolas da rede municipal.

Como em todas as atividades do

IAB, este programa se baseia num

manual que descreve as dimensões

crít icias da interação do adulto-

-criança que influenciam o desen-

volvimento infantil, com orientações

para os professores sobre a melhor

forma de proceder. O manual ser-

ve de base para a reflexão que os

participantes fazem acerca da sua

interação com as crianças flagrada

na filmagem de alguns momentos

(cerca de 10 minutos) em sala de

aula. Os psicólogos responsáveis

(coaches) selecionam então dois

trechos desse vídeo que exemplifi-

quem boas práticas e reenviam ao

Page 10: Boa Vista celebra bons resultados na educação

10IAB EM PAUTA

Foto

: Pre

feitu

ra d

e Bo

a Vi

sta

professor juntamente com questio-

namentos sobre os aspectos positi-

vos e/ou o que poderia ser melhora-

do naquela situação. Esse trabalho

indiv idual izado se complementa

com reuniões periódicas para troca

de experiências dos educadores que

participam desta formação.

“A ideia não é criticar, mas sim

reforçar o comportamento positivo,

levando o próprio educador a refletir

sobre o que ele poderia fazer me-

lhor a partir daquilo que ele faz bem,

mostrar que quando ele tem esse

ou aquele comportamento, a reação

da criança é mais positiva”, explica

o psicólogo Walfrido Neto, que co-

ordena o programa de coaching em

Boa Vista.

Os profissionais das Casas-mãe

que passaram pelo programa contam

o quanto aprenderam sobre o próprio

comportamento e seu impacto sobre

as crianças ao assistirem aos vídeos.

“No começo, a gente abria a apostila

e dizia ‘ah, isso eu já faço, isso eu já

sei, isso também’. Mas vendo o vídeo

a gente se dá conta do que realmente

faz. Sabemos que é preciso ouvir a

criança, mas na filmagem você per-

cebe que não deu tempo para ela

responder. Com o coaching aprendi a

ouvir e a ver as crianças com outros

olhos. Então, elas também apren-

deram a ouvir melhor e o trabalho

passou a fluir melhor”, conta Eugir-

lânia Brandão, da

Creche Municipal

Tia Dulce.

“ O c o a c h i n g

nos ensinou a dar

um papel mais ati-

vo para as crian-

ças, fazê-las falar,

participar, expres-

sar seus gostos,

deixá- las tentar

resolver as coi-

sas sozinhas an-

tes de acudir, lim-

par, vestir, ajudar.

Isso desenvolveu

muito a autono-

mia delas. Acabou

aqui lo de achar

que para aprender

e la tem só que

ouvir. Agora o que

a gente mais faz

é perguntar, espichar a conversa e

ouvir o que estão ‘dizendo’ até as que

ainda não falam. É visível como elas

se desenvolvem mais desse jeito”, diz

Gardene da Silva, que trabalha com

crianças entre 2 e 3 anos na Creche

Tia Hérika. Para ela, as orientações

do coaching foram tão importantes

quanto as recebidas no Programa

Leitura desde o Berço.

Depois de um ano no programa a

coordenadora da creche Vovó Rosa,

Elizama Souza, diz que sua concep-

ção de ensino mudou: “A gente tinha

a visão de que a criança tem que

decorar coisas para aprender e que

a brincadeira era só um momento lú-

dico, não víamos a relação do brincar

com a parte cognitiva e psicomotora.

Com o programa, aprendi a trans-

formar os brinquedos e todas as

situações cotidianas em estímulos e

vejo que eles se desenvolvem muito

mais rápido, até os pais percebem e

comentam”.

A psicóloga Lidiane Soares, da

equipe do IAB, lembra uma profes-

sora que era extremamente retraída

e que passou por uma verdadeira

metamorfose durante o coaching:

“Ela, que quase não falava com as

crianças, se limitava a distribuir os

materiais, terminou dando aos cole-

gas dezenas de exemplos de como

interagir para estimular”. O exemplo

é importante porque o Coaching

foi concebido para dar progressiva

independência à rede, transforman-

do os educadores que já passaram

pelo programa em reprodutores do

coaching.> Programa de coaching visa interações de qualidade entre o educador e a criança‏

Page 11: Boa Vista celebra bons resultados na educação

11IAB EM PAUTA

Plataforma digital facilita a gestão e enriquecer as práticas pedagógicas nas creches

ZERO A QUATRO

MAIS TECNOLOGIA NA EDUCAÇÃO EM BOA VISTA

No fim de maio, as equipes que tra-balham nas creches de Boa Vista ga-nharam um aliado tecnológico de peso: tablets com o Zero a Quatro na Palma da Mão, aplicativo que reúne numa única plataforma digital praticamente toda a experiência pedagógica do Instituto relacionada à educação infantil. Com ele, os educadores têm num único tablet tudo o que é necessário para preparar suas atividades, acompanhar a evolução dos alunos, controlar faltas e preparar reuniões. O software inclui até um banco com duas mil atividades para desenvol-ver com os alunos em sala.

O recurso já conquistou os educado-res porque o sistema possibilita acessá--las por idade, por tamanho do grupo, por tema, por habilidade a ser trabalhada ou por tipo: jogos, leituras, brincadeiras, músicas, poemas e até temas para conversas durante as refeições. Todas estão articuladas com o currículo e vêm com orientações e vídeos sobre como desenvolvê-las em sala.

Em Boa Vista, os equipamentos aca-baram de chegar às creches e as equi-pes ainda estão aprendendo a utilizá-los, mas os professores de municípios que já estão com a ferramenta há algumas semanas notaram a diferença: “Eliminei um monte de pastas e livros de registro. Agora, levo no bolso todas as informa-ções sobre os meus alunos e o trabalho desenvolvido com eles, e acesso num clique. E não preciso mais somar as faltas para encaminhar à secretaria. É só sincronizar o tablet”, diz Cristina Alves,

responsável por uma turma de berçário de uma creche de Petrolina (PE).

Outro aspecto do programa que vem merecendo elogios dos novos usuários é a qualidade, diversidade, adequa-ção das atividades a cada faixa etária e, principalmente, o fato de estarem sempre voltadas a fazer as crianças falarem e participarem. Com o banco de atividades, muitos docentes dizem terem passado a poupar muitas horas que eram investidas em pesquisas na internet ou em bibliotecas, com resul-tados nem sempre tão bons como os que o programa apresenta.

Além do roteiro, do banco de ativi-dades e dos quadros para controle do desenvolvimento das crianças, o Zero a Quatro na Palma da Mão traz uma lista de brinquedos por faixa etária, de sucata, materiais recicláveis, orientações sobre alimentação infantil e sobre a melhor forma de organizar e utilizar o espaço para trabalhar com as dife-rentes faixas etárias. Inclui ainda roteiros para reuniões de planejamen-to e reuniões de pais, vídeos de demonstração de atividades motoras para crianças das di-ferentes idades.

Este novo

recurso integra e facilita a implementa-ção da proposta do IAB para a Primeira Infância. A proposta é detalhada no Guia IAB para a Primeira Infância, que é complementada pelo Manual de Ges-tão em Educação Infantil. Essas duas publicações constituem os referentes básicos, e todas as coordenadoras das Casas-mãe já participaram da capaci-tação gerencial em 2014. Em maio de 2015 elas receberam o certificado de conclusão em cerimônia realizada com a presença do Presidente do Instituto Alfa e Beto.

A grande novidade do tablet é re-unir num só instrumento – que cabe na palma da mão – todos os recursos necessários para gerenciar, planejar e implementar um programa robusto de educação infantil. O tablet também per-mite acompanhar o desenvolvimento de cada aluno e gerenciar o empréstimo de livros.

> Planejar atividades com os pequenos agora está mais fácil e divertido

Foto

: Pre

feitu

ra d

e Bo

a Vi

sta