Blog 2 - Capítulos 5 e 6

5

Click here to load reader

Transcript of Blog 2 - Capítulos 5 e 6

Page 1: Blog 2 - Capítulos 5 e 6

Blog 2 referente aos capítulos 5 e 6

Capítulo 5

Esse capítulo é dedicado às fibras ópticas, fisicamente falando ela é

composta pelo núcleo envolvido por uma casca, essa casca possibilita a

propagação da luz no núcleo devido ao mecanismo de reflexão total. É

importante destacar o perfil de índice de refração, que mostra a variação do

índice de refração ao longo da fibra, ele pode ser:

Degrau – índice de refração do núcleo é constante e ligeiramente superior

ao da casca, que também é constante (fibra ID);

Gradual – índice de refração do núcleo varia continuamente do centro para

a casca (fibra IG).

As figuras das páginas 138/139 que elucidam bem o comportamento e

diferença entre os perfis.

Uma variável importante é o ângulo de aceitação, pois ele distingue as inclinações

que serão transmitidas ou que serão atenuadas pela casca. Esse conceito

estende-se a um cone de aceitação uma vez que a estrutura é cilíndra e simétrica.

São definidos os modos de propagação, achei importante destacar

algumas passagens:

Para perfis parabólicos, o número de modos de propagação em uma fibra

IG é aproximadamente igual a metade no número de modos de propagação

de uma fibra ID;

Nos modos híbridos, os campos elétrico e magnético possuem

componentes na direção de propagação da onda;

É definido o número V, ele determina quais modos se propagam em uma

fibra ID através da carta de modos.

Os modos vazados são modos associados aos raios oblíquos, eles tendem a

se propagar próximos à casca e seguindo uma trajetória helicoidal.

Page 2: Blog 2 - Capítulos 5 e 6

Os modos irradiados correspondem aos raios que estão fora do cone de

aceitação da fibra óptica, contudo, devido ao material de proteção, alguns

modos irradiados podem ser guiados pela casca, o que reduz a banda

passante da fibra óptica.

A caracterização de uma fibra óptica é dada por sua atenuação e

alargamento dos pulsos. Com isso, a transmissão pode ser limitada em potência

no primeiro caso ou limitada em distorção no segundo caso. A atenuação está

diretamente relacionada às perdas de transmissão, enquanto a

dispersão(alargamento de pulsos) caracteriza a taxa de transmissão de bits e a

banda passante. Em seguida, o texto entra em mais detalhes sobre cada um

desses efeitos. Acredito que essa discussão seja de suma importância no contexto

de transmissão ópticas, pois eles afetam diretamente a qualidade da informação.

Muitos conceitos apresentados em outros capítulos são revisitados. Dentre os

pontos de importância citados, pode-se destacar a atenuação, espalhamento,

absorção, efeitos geométricos, dispersão cromática etc.

Por fim, são mostradas algumas técnicas de fabricação de fibras, este

tópico é complexo e demora-se bem menos tempo nele em relação aos

anteriores e nota-se que há perdas devido a heterogeneidade desde a fabricação.

Depois fala-se sobre os tipos de cabos, estruturas internas, seus prós e contras.

Achei esse capítulo extremamente denso, especialmente tomando como

referência os capítulos anteriores. Acredito que uma inserção maior de figuras

tornaria o capítulo mais digesto. Porém, reconheço que o tratamento de um tema

de tamanha importância realmente exija certo aprofundamento.

Figura do cone de aceitação:

Page 3: Blog 2 - Capítulos 5 e 6

Obtida em:

http://i.stack.imgur.com/D748h.png

Há também um “white paper” publicado pela Agilent Technologies, Inc. que

destaca a importância dos conectores, pois eles que fazem a interface com as

fibras ópticas e os diversos dispositivos! O que pode levar um medidor a uma

medida não confiável.

http://cp.literature.agilent.com/litweb/pdf/5991-1271EN.pdf

Page 4: Blog 2 - Capítulos 5 e 6

Capítulo 6

Esse capítulo começa revisitando alguns conceitos dos campos

eletromagnéticos e matéria a fim de sintetizar um modelo fotônico. Nota-se um

maior flerte com a natureza de partícula da luz, onde o fóton é tratado como

menor unidade de energia possível. Tal modelo é referenciado como POM(Photon

Optics Model).

No POM, os fótons trafegam entre diferentes níveis discretos quânticos de

energia dos átomos e osciladores quânticos. O fluxo de fótons é aleatório, ou seja,

usamos ferramentas de processos estocásticos para tratar dele. Em frequências

de microondas, não se vê o efeito quântico pois a quantidade de fótons se

dispersa por modo.

Em seguida, fala-se sobre a interação entre a luz e os átomos, detalhando

absorção e emissões espontâneas e estímuladas. Na amplificação óptica, fala-se

sobre a inversão de população, bombeamento laser, cavidade laser em

frequência óptica, condição limiar de ganho, regime estacionário para o laser

monomodo e características da luz emitida por um laser. Onde o feixe de fótons é

amplificado ao passar um meio em inversão de população.

Posteriormente, o livro trata das fontes de luz a semicondutor, onde é

aplicado o princípio da exclusão de Pauli que conhecemos desde o ensino médio,

lasers sintonizáveis e LEDs.

Os lasers a semicondutor têm o nível de energia definido pelos elétrons

compartilhados entre os átomos. Os estados de energia de interesse são: banda

de valência e banda de condução, e quando o eletrón passe de uma banda para a

outra, um fóton é emitido ou absorvido. O fóton é emitido quando o elétron decai

da banda de condução, que é mais energética, para a banda de valência que é

menos energética, esse processo é chamado de recombinação. Esses lasers

possuem melhor eficiência e gasto mais alto. Nesses lasers, há inversão de

população de elétrons possibilitando a emissão estimulada e o efeito laser.

Os lasers sintonizáveis possilitam o controle da frequência da luz emitida, o

que é essencial no processo de multiplexação em frequência.

Page 5: Blog 2 - Capítulos 5 e 6

Os LEDs têm menor custo, são mais consistentes e simples do que os lasers,

todavia eles possuem um espectro mais espalhado, o que acarreta em menor

eficiência espectral no contexto óptico.

O final do capítulo é dedicado aos amplificadores ópticos, podendo ser do

tipo cavidade, de ondas propagantes e a fibra óptica dopada com Érbio. Os

amplificadores possibilitam as comunicações ópticas a longas distâncias, pois eles

podem ser instalados ao longo linha à medida que o sinal vai atenuando-se para

recuperá-lo.

Os amplificadores de cavidade possuem grande flexibilidade quanto à

definição da frequência central, porém há certa instabilidade do ganho em função

da frequência. O amplificador de ondas propagantes é mais estável quanto ao

ganho em função da frequência, contudo o problema persiste para baixas

refletâncias. Já o amplificador dopado com Érbio possui flexibilidade quanto à

operabilidade nas janelas de transmissão, o que não é possível sem a dopagem.

Foi recorrente o uso da teoria de mecânica quântica, o que dificulta

bastante a compreensão do conteúdo, uma vez que o nosso curso não dá muita

ênfase nessa parte da física, além de eu considerar o tema já difícil por si só.

Considero esse capítulo o mais difícil e longo até o momento, apesar de a

matemática usada não ter sido muito pesada. O diferentes tipos de lasers usam

conceitos aprendidos nas matérias de eletrônica, como a junção pn e o uso de

elementos dopantes. O capítulo possui gráficos e tabelas compatíveis e que

complementam o texto.

Um paper do IEEE que sintetiza um módulo 2D de fonte de laser:

http://ieeexplore.ieee.org/stamp/stamp.jsp?tp=&arnumber=6558750

Uma nota de aplicação da Agilent Technologies, Inc., para medir

propriedades importantes dos amplificadores ópticos, como ganho, figura de

ruído:

http://literature.cdn.keysight.com/litweb/pdf/5988-5260EN.pdf