Bloco Cerâmico

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    Bloco Cermico (Tijolo)

    Objetivo

    JustificativaNormas e Documentos de Referncia

    Laboratrio Responsvel pelo EnsaioMarcas Analisadas

    Ensaios Realizados, Parmetros e Critrios de Aceitao e RejeioResultado Obtidos

    Resultado GeralConcluses

    Consequncias

    Objetivo

    A apresentao dos resultados obtidos nos ensaios realizados em amostras de Blocos Cermicospara Alvenaria parte integrante dos trabalhos do Programa de Anlise de Produtos desenvolvido

    pelo Inmetro e que tem por objetivos:

    y prover mecanismos para que o Inmetro mantenha o consumidor brasileiro informadosobre a adequao dos produtos aos Regulamentos e s Normas Tcnicas, contribuindopara que ele faa escolhas melhor fundamentadas, tornando-o mais consciente de seusdireitos e responsabilidades;

    y fornecer subsdios para a indstria nacional melhorar continuamente a qualidade de seusprodutos;

    y diferenciar os produtos disponveis no mercado nacional em relao sua qualidade,tornando a concorrncia mais equalizada;

    y tornar o consumidor parte efetiva deste processo de melhoria da qualidade da indstrianacional.

    Deve ser destacado que estes ensaios no se destinam a aprovar marcas ou modelos de produtos.O fato das amostras analisadas estarem ou no de acordo com as especificaes contidas em umanorma/regulamento tcnico, indica uma tendncia do setor em termos de qualidade, em umdeterminado tempo. A partir dos resultados obtidos, so definidas, em articulao com as partesinteressadas, as aes necessrias de apoio aos setores produtivos na busca da melhoria daqualidade dos produtos, tornando o produto nacional mais competitivo e contribuindo para que oconsumidor tenha, a sua disposio no mercado, produtos adequados as suas necessidades.

    Justificativa

    A anlise da conformidade realizada nas amostras de Bloco Cermico vai ao encontro doProcedimento Geral do Programa de Anlise de Produtos do Inmetro quanto seleo dos

    produtos, priorizando aqueles de consumo intensivo e extensivo pela sociedade e que estejamrelacionados a questes que envolvam a segurana e a sade dos consumidores e o meioambiente.

    Utilizados pelo homem desde 4.000 AC, os materiais cermicos destacam-se pela sua durabilidadee pela facilidade da sua fabricao, dada a abundncia da matria-prima que o origina, a argila.

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    Os blocos cermicos, ou tijolos, como so popularmenteconhecidos, so um dos componentes bsicos de qualquerconstruo de alvenaria, seja ela de vedao ou estrutural..

    Os tijolos so produzidos a partir da argila, geralmente sob a formade paraleleppedo, possuem colorao avermelhada e apresentamcanais/furos ao longo de seu comprimento.

    Os blocos de vedao so aqueles destinados execuo deparedes que suportaro o peso prprio e pequenas cargas deocupao (armrios, pias, lavatrios) e geralmente so utilizadoscom os furos na posio horizontal.

    Os blocos estruturais ou portantes, alm de exercerem a funo da vedao, tambm sodestinados execuo de paredes que constituiro a estrutura resistente da edificao, podendosubstituir pilares e vigas de concreto. Esses blocos so utilizados com os furos sempre na vertical.

    Os blocos cermicos objeto da anlise so aqueles classificados como de vedao.

    Os problemas enfrentados pelo setor cermico brasileiro e o seu reflexo na qualidade dos produtosdisponveis para o consumidor, principalmente em funo da existncia da no conformidadetcnica intencional, foi um dos motivos que levou o Programa Brasileiro da Qualidade e

    Produtividade - PBQP a criar, atravs de um esforo que integra o governo, o setor produtivo e asociedade, a Meta Mobilizadora Nacional voltada para a rea da Habitao:

    "elevar para 90%, at o ano 2002, o percentual mdio de conformidade com as normas tcnicasdos produtos que compem a cesta bsica de materiais de construo".

    De acordo com dados da Secretaria Executiva do Comit Nacional de Desenvolvimento Tecnolgicoda Habitao, de julho de 1998, o percentual mdio de no conformidade dos materiais ecomponentes da construo civil habitacional est em torno de 40%.

    Alm disso, o setor depara-se com o crescimento da atividade de no conformidade intencional,prtica que desestabiliza grande parte do mercado. Essa atividade ilegal beneficia somente algunsfabricantes, revendedores de materiais e construtores e prejudica o usurio final da habitao.

    Portanto, a anlise de conformidade realizada pelo Inmetro em materiais de construo tem comoum de seus objetivos principais fornecer informaes que podero orientar os consumidores e osprogramas setoriais da qualidade existentes, obtendo-se resultados mais imediatos e umengajamento maior das partes envolvidas.

    Fontes de Consulta:Revista Viva Qualidade, n 04 Julho/Agosto de 1999Jornal da Associao Nacional da Indstria Cermica/Agosto de 2000Documento do Comit Nacional de Desenvolvimento Tecnolgico da Habitao CTECH: Meta darea de Habitao

    Normas e Documentos de Referncia

    Para a realizao dos ensaios foram utilizados os seguintes documentos:

    y NBR 7.171, de novembro de 1992: Bloco Cermico para Alvenaria: Especificaoy NBR 6.461, de junho de 1983: Bloco Cermico para Alvenaria Verificao da Resistncia

    Compresso: Mtodo de Ensaioy NBR 8.947, de novembro de 1992: Telha Cermica - Determinao da Massa e da

    Absoro de gua: Mtodo de Ensaioy Portaria Inmetro n 152, de 08 de setembro de 1998: estabelece as condies para

    comercializao dos blocos cermicos para alvenaria (dimenses e marcaes) e ametodologia para execuo do exame de verificao da conformidade metrolgica dosmesmos.

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    Laboratrio Responsvel pelos Ensaios

    Os ensaios foram realizados pelo Laboratrio de Tecnologia de Materiais e Produtos paraConstruo Civil da empresa CONCREMAT Engenharia e Tecnologia S/A, integrante da RedeBrasileira de Laboratrios de Ensaios RBLE e referncia em atividades de controle da qualidadeem construo civil.

    A RBLE um conjunto de laboratrios, nacionais e estrangeiros, credenciados pelo Inmetro paraexecuo de servios de ensaios que tem como objetivos:

    y aperfeioar os padres de ensaio e gerenciamento dos laboratrios que prestam serviosno Brasil;

    y identificar e reconhecer oficialmente laboratrios no Brasil;y facilitar o comrcio interno e externo;y utilizar de modo mais racional a capacitao laboratorial do pas.

    Os ensaios que verificaram as dimenses das amostras (largura, altura e comprimento) e apresena das marcaes exigidas pela Portaria Inmetro foram realizados pelas equipes defiscalizao dos rgos da Rede Brasileira de Metrologia Legal e Qualidade - RBMLQ dos estadosnos quais as amostras foram adquiridas (So Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e SantaCatarina).

    Marcas Analisadas

    Com relao s informaes contidas na homepage sobre o resultados dos ensaios, voc vaiobservar que identificamos as marcas dos produtos analisados apenas por um perodo de 90 dias.Julgamos importante que voc saiba os motivos:

    y As informaes geradas pelo Programa de Anlise de Produtos so pontuais, podendo ficardesatualizadas aps pouco tempo. Em vista disso, tanto um produto analisado e julgadoadequado para consumo pode tornar-se imprprio, como o inverso, desde que ofabricante tenha tomado medidas imediatas de melhoria da qualidade, como temosfreqentemente observado. S a certificao d ao consumidor a confiana de que umadeterminada marca de produto est de acordo com os requisitos estabelecidos nasnormas e regulamentos tcnicos aplicveis. Os produtos certificados so aquelescomercializados com a marca de certificao do Inmetro, objetos de um acompanhamentoregular, atravs de ensaios, auditorias de fbricas e fiscalizao nos postos de venda, oque propicia uma atualizao regular das informaes geradas.

    y Aps a divulgao dos resultados, promovemos reunies com fabricantes, consumidores,laboratrios de ensaio, ABNT Associao Brasileira de Normas Tcnica e outrasentidades que possam ter interesse em melhorar a qualidade do produto em questo.Nesta reunio, so definidas aes para um melhor atendimento do mercado. Oacompanhamento que fazemos pode levar necessidade de repetio da anlise, aps umperodo de, aproximadamente, de 1 ano. Durante o perodo em que os fabricantes estose adequando e promovendo aes de melhoria, julgamos mais justo e confivel, tantoem relao aos fabricantes quanto aos consumidores, no identificar as marcas que foramreprovadas.

    y Uma ltima razo diz respeito ao fato de a INTERNET ser acessada por todas as partes domundo e informaes desatualizadas sobre os produtos nacionais poderiam acarretarsrias conseqncias sociais e econmicas para o pas.

    Ensaios Realizados, Parmetros e Critrios de Aceitao e Rejeio

    CONCREMAT Engenharia e Tecnologia S/A

    De acordo com solicitao do laboratrio responsvel pelos ensaios, foram compradas 80 (oitenta)unidades de cada uma das marcas de Bloco Cermico selecionadas, para que fossem submetidasaos ensaios de conformidade descritos na norma brasileira que verificaram as seguintescaractersticas do produto:

    Caractersticas Fsicas e Mecnicas(segundo NBR 7.171)

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    EnsaiosAbsoro de gua

    Resistncia Compresso Mnima

    Requisitos

    maior que 8% e menor que25%

    Classe 10 1,0 MPa

    Classe 15 1,5 MPa Classe 25 2,5 MPa

    Classe 45 4,5 MPa

    Classe 60 6,0 MPa Classe 70 7,0 MPa

    Classe 100 10,0 MPa

    Caractersticas Geomtricas(segundo NBR 7.171)

    Formas RequisitosDesvio em Relao ao Esquadro (D) 3mm

    Planeza das Faces / Flecha (F) 3mm

    Espessura das Paredes Externas 7mm

    A tabela II descreve a amostragem utilizada pelo laboratrio para ensaiar cada uma das marcas

    de bloco cermico selecionada, baseada na qual um determinado lote aceito ou rejeitado.

    Tabela II

    N de Blocos que Compem aAmostragem

    Nmero de Unidades DefeituosasPrimeira Amostragem Segunda Amostragem

    PrimeiraAmostragem

    SegundaAmostragem

    N deAceitao

    N deRejeio

    N deAceitao N de Rejeio

    13 13 2 5 6 7

    Interpretao da Tabela II

    Primeira Amostragem:

    y Quando o n de unidades defeituosas for menor ou igualao n de aceitao, o lote aceito;

    Nmero de Unidades Defeituosas for igual a 1 (um) ou 2 (dois).

    y Quando o n de unidades defeituosas for maior ou igualao n de rejeio, o lote rejeitado;

    Nmero de Unidades Defeituosas for igual ou superior a 5 (cinco).

    y Quando o n de unidades defeituosas for maiorque o nmero de aceitao e menorque on de rejeio, o ensaio repetido com uma segunda amostragem.

    Nmero de Unidades Defeituosas for igual a 3 (trs) ou 4 (quatro).

    Segunda Amostragem:

    y Quando a soma das unidades defeituosas encontradas na primeira e na segundaamostragens for menor ou igualao nmero de aceitao, olote aceito;

    Nmero de Unidades Defeituosas for igual a 3 (trs), 4 (quatro), 5 (cinco) ou 6 (seis)

    y Quando a soma das unidades defeituosas encontradas na primeira e na segundaamostragens for maior ou igualao nmero de rejeio, o lote rejeitado;

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    Nmero de Unidades Defeituosas for igual ou superior a 7 (sete)

    rgos da Rede Brasileira de Metrologia Legal e Qualidade - RBMLQ

    A verificao dos requisitos descritos na Portaria Inmetro n 152 ficou a cargo dos rgosfiscalizadores dos estados onde as amostras foram adquiridas e foi realizada utilizando-se oprocedimento rotineiro da fiscalizao de produtos pr-medidos no qual as amostras so coletadasnos pontos de venda e transportadas para o laboratrio onde a verificao metrolgica realizada.As empresas responsveis pelos produtos coletados so contactadas e convidadas a presenciar oexame.

    O nmero de amostras coletadas pelo IPEM varia em funo do tamanho do lote existente noponto de venda, de acordo com o descrito na tabela abaixo.

    Tamanho do Lote (Ponto de Venda) Tamanho da Amostra Coletada50 a 149 20

    150 a 4.000 32

    4.001 a 10.000 80

    No caso de eventuais no conformidades, as empresas so autuadas e multadas e os lotesanalisados podem ser interditados para comercializao ou recolhidos pelas empresas para que

    sejam feitas as correes.

    Foram realizados os seguintes ensaios:

    y Verificao das MarcaesDevem trazer gravadas, em alto ou baixo relevo, em uma das suas faces externas, as dimensesnominais em centmetros, nesta ordem: largura (L), altura (H) e comprimento (C);

    Devem trazer gravadas, em alto ou baixo relevo, em uma das suas faces externas, nome e/oumarca que identifique o fabricante.

    y DimensesDimenses Tolerncias das Medies

    Dimenses Reais Tolerncia para MdiaTolerncia Individual Largura (L)

    0,3cm

    0,8cm

    Altura (H) Comprimento (C)

    Observao:As mdias de cada uma das dimenses, largura, altura e comprimento, sodeterminadas a partir da medio bloco a bloco.

    Resultados Obtidos

    Caractersticas Fsicas e Mecnicas

    Determinao da Absoro de gua(Parmetro: 8% < Absoro de gua < 25%)

    Esse ensaio verifica o percentual de gua absorvido pelo bloco cermico, obtido a partir dadiferena entre a massa seca e a massa mida da amostra.

    De acordo com a metodologia de ensaio descrita pela norma brasileira, primeiro determina-se amassa do bloco cermico aps ter sido colocada em estufa para secagem. Feito isso, mergulha-se

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    a amostra em gua, deixando-a submersa por um determinado perodo de tempo. Desta vez,mede-se a massa do bloco mido. Atravs da diferena entre os dois valores encontrados, obtm-se o percentual de gua absorvido pela amostra.

    Nesse ensaio, as amostras da marca J foram consideradas no conformes pois apresentarampercentual de absoro de gua superior a 25% (vinte e cinco por cento), indicando que a paredeconstruda com esses tijolos pode sofrer aumento de carga quando exposta chuva, podendoacarretar problemas estruturais construo.

    Esse problema fica mais evidente quando observamos casas populares que, devido condioeconmica precria de seus moradores, permanecem "cruas", ou seja, sem qualquer revestimentoque proteja suas paredes.

    Alm disso, paredes de tijolos com alta absoro de gua revelam problemas na aderncia daargamassa de reboco, pois a gua existente na composio da argamassa absorvida, resultandoem uma massa seca sem poder de fixao.

    As amostras das demais marcas foram consideradas conformes.

    Determinao da Resistncia Compresso Mnima

    (Parmetro Mnimo: Resistncia Compresso > 1,0 MPa)

    Esse ensaio verifica a capacidade de carga que os blocos cermicos suportam quando submetidosa foras exercidas perpendicularmente sobre suas faces opostas e determina se as amostrasoferecem resistncia mecnica adequada, simulando a presso exercida pelo peso da construosobre os tijolos.

    O no atendimento aos parmetros normativos mnimos indica que a parede poder apresentarproblemas estruturais como rachaduras e, consequentemente, oferecer riscos de desabamento construo.

    Conforme descrito anteriormente, a norma brasileira estabelece 07 (sete) classes de resistncia compresso. Essa resistncia determinada a partir dos resultados obtidos pelas amostrasdurante o ensaio ou em funo da informao prestada pelo fabricante.

    No caso de blocos cermicos com largura (L) inferior a 90mm, a resistncia mnima compressoexigida de 2,5MPa.

    Independentemente da classificao, todas as amostras de blocos cermicos tm de atender aorequisito mnimo de 1,0 MPa.

    A tabela III descreve a classe de resistncia compresso de cada marca e a concluso do ensaio.

    Tabela III

    MarcasClasse de Resistncia

    CompressoTolerncia Mnima

    (MPa)Concluso

    A 10 1,0 No Conforme

    B 10 1,0 No Conforme

    C 10 1,0 ConformeD 10 1,0 Conforme

    E 10 1,0 No ConformeF 10 1,0 No Conforme

    G 10 1,0 No ConformeH 25 2,5 No ConformeI 10 1,0 No Conforme

    J 25 2,5 No ConformeK 15 1,5 Conforme

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    L 25 2,5 No Conforme

    Em relao aos resultados, cabem ser destacados os seguintes pontos:

    Das 08 (oito) marcas de Classe 10 analisadas, 06 (seis) foram consideradas no conformes, ouseja, 75% (setenta e cinco por cento) das marcas de blocos cermicos de Classe 10 noatenderam ao requisito mnimo de resistncia compresso. So elas:A,B,E,F,G e I

    As marcas H,J e L foram classificadas como Classe 25 pois apresentavam a dimenso da largura(L) inferior a 90 mm e foram consideradas no conformes porque no atenderam ao requisito deresistncia compresso estabelecido para esse classe.

    As amostras de 03 (trs) marcas, C, D e K, foram consideradas conformes.

    Dentre elas, as amostras da marca Kforam as que apresentaram melhor desempenho nesseensaio pois atenderam a parmetros de resistncia compresso mais rigorosos.

    Determinao das Caractersticas Geomtricas

    Os ensaios dessa classe tm por objetivo principal verificar a homogeneidade da fabricao dosblocos cermicos de um determinado fornecedor.

    Foram realizados os seguintes ensaios de conformidade:

    y Desvio em relao ao esquadro (D)y Planeza das faces ou Flecha (F)y Espessura das paredes externas

    Desvio em Relao ao Esquadro (D)(Parmetro: D 3 mm)

    O desvio D medido com o auxlio de um instrumento denominadoesquadro metlico e visa verificar a perpendicularidade entre a base dotijolo, onde feito o assentamento do bloco, e a sua face externadestinada ao revestimento. Vide figura ao lado.

    A no conformidade neste ensaio indica que a parede poder terproblemas de esquadro, ou seja, poder ficar "torta".

    Nesse ensaio, das 12 (doze) marcas analisadas, 05 (cinco) foramconsideradas no conformes. So elas: C, F, G, H e J.

    Planeza das Faces ou Flecha (F)(Parmetro: F3 mm)

    Esse ensaio realizado com o auxlio de uma rgua metlica e verifica seas faces externas das amostras de blocos cermicos so planas, ou seja,se no apresentam depresses acima do limite permitido por norma.

    Neste caso, a no conformidade est relacionada com o aparecimento deirregularidades, principalmente, durante a etapa de revestimento, pois aargamassa de reboco apresentar variaes de espessura o querepresentar maiores nus para os consumidores que, na tentativa decorrigir o problema, tero que utilizar quantidade maior de argamassa.

    Todas as amostras analisadas foram consideradas conformes.

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    Espessura das Paredes Externas

    (Parmetro: Espessura 7 mm)

    A espessura das paredes dos blocos cermicos est diretamente relacionada com a sua resistnciamecnica compresso. Quanto menor a espessura, menor ser a resistncia e,consequentemente, haver o comprometimento estrutural da construo.

    Nesse ensaio, das 12 (doze) marcas analisadas, 03 (trs) foram consideradas noconformes. So elas: D, E e J

    Verificao das Marcaes

    Esse ensaio verifica se as amostras de blocos cermicos trazem gravadas, em alto ou baixo relevo,em uma das suas faces externas, as seguintes informaes de carter obrigatrio, segundo aPortaria Inmetro n 152 que regulamenta o produto:

    y As dimenses nominais em centmetros, nesta ordem: largura (L), altura (H) ecomprimento (C), sempre de forma bem visvel

    y O nome e/ou marca que identifique o fabricanteA obrigatoriedade da presena dessas informaes se deve sua relevncia e mais uma garantiapara os consumidores no caso de reclamaes pois facilita a identificao do produto e a do seufabricante.

    Das 12 (doze) marcas analisadas, 06 (seis), 50% (cinqenta por cento) do total, foramconsideradas no conformes pois no indicavam, pelo menos, uma das informaesexigidas. So elas: B, C, E, G, H e L

    Dimenses Nominais (Largura, Altura e Comprimento)

    Assim como o ensaio de Marcaes, o ensaio de determinao das dimenses nominais dasamostras de blocos cermicos analisadas tambm foi realizado com base nos critrios

    estabelecidos pela Portaria n 152 Inmetro que regulamenta o produto e seguiu o procedimentooficial da Rede Brasileira de Metrologia Legal e Qualidade para a fiscalizao de produtos pr-medidos.

    Foram verificadas as trs dimenses principais do produto, a largura (L), a altura (H) e ocomprimento (C) e sua conformidade aos parmetros definidos pelo referido Regulamento

    Tcnico. Vide figura a seguir.

    Cabe destacar que somente as marcas consideradasconformes no ensaio de Marcaes, ou seja, queapresentavam gravadas as informaes do fabricantesobre as dimenses nominais, foram submetidas verificao metrolgica.

    So utilizados os seguintes procedimentos para averificao dimensional do produto:

    1. Medio das dimenses das amostrasindividualmente

    2. Determinao das mdias das dimenses,utilizando a medio bloco a bloco

    De acordo com o critrio de aprovao da PortariaInmetro, um lote de produo de blocoscermicos"somente considerado prprio para

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    comercializao se a amostra for aprovada nas trs dimenses".

    Portanto, das 06 (seis) marcas que tiveram suas dimenses verificadas, 03 (trs) foramconsideradas conformes, o que representa ndice de no conformidade de 50%(cinqentapopr cento).

    As marcas que tiveram amostras de seus produtos consideradas no conformes so:D, Ie J.

    A tabela IV destaca as marcas consideradas no conformes e as suas respectivas dimenses queapresentaram irregularidades.

    Tabela IV

    MarcasNo Conformidades Detectadas

    Largura (L) Altura (H) Comprimento (C)Individual Mdia Individual Mdia Individual Mdia

    D - - ok ok -

    I - ok ok ok - ok

    J - - - ok - -

    As no conformidades encontradas nas amostras indicam que houve falha no controle defabricao do produto e no controle de aprovao de lote que libera o material para sada dafbrica, consequentemente, o consumidor encontrar no mercado produtos sem padronizao e,ao compr-los, ter problemas ao longo da construo em funo de tijolos com tamanhosdiferentes.

    Resultado Geral

    A tabela V descreve os resultados obtidos pelas amostras de cada uma das marcas analisadas nosensaios de conformidade realizados e a concluso final de cada uma delas.

    Tabela V

    Marcas

    Absorode gua

    Resistncia

    Marcaes

    Compresso

    Desvioem

    Relaoao

    Esquadro

    PlanezadasFaces

    Espessura das Paredes Verificao

    Longitudinal

    Transversal

    Dimensional

    Concluso

    A Conforme NoConforme Conforme Conforme

    Conforme Conforme Conforme Conforme

    NoConform

    e

    B Conforme NoConforme

    NoConforme Conforme

    Conforme Conforme Conforme

    No seAplica

    NoConform

    e

    C Conforme Conforme NoConforme

    NoConform

    e

    Conforme Conforme Conforme

    No seAplica

    NoConform

    e

    D Conforme Conforme Conforme ConformeConforme

    NoConforme Conforme

    NoConforme

    NoConform

    e

    E Conforme NoConforme

    NoConforme Conforme

    Conforme

    NoConforme

    NoConforme

    No seAplica

    NoConform

    eF Conforme No Conforme No Conform Conforme Conforme Conforme No

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    Conforme Conforme

    e Conforme

    G Conforme NoConforme

    NoConforme

    NoConform

    e

    Conforme Conforme Conforme

    No seAplica

    NoConform

    e

    H Conforme NoConforme

    NoConforme

    NoConform

    e

    Conforme Conforme Conforme

    No seAplica

    NoConform

    e

    I ConformeNo

    Conforme Conforme ConformeConform

    e Conforme ConformeNo

    Conforme

    No

    Conforme

    JNo

    Conforme

    NoConforme Conforme

    NoConform

    e

    Conforme

    NoConforme Conforme

    NoConforme

    NoConform

    e

    K Conforme Conforme Conforme ConformeConforme Conforme Conforme Conforme Conforme

    L Conforme NoConforme

    NoConforme Conforme

    Conforme Conforme Conforme

    No seAplica

    NoConform

    e

    Concluses

    De acordo com anlise dos resultados obtidos, conclumos que a tendncia da qualidade dosblocos cermicos existentes no mercado no atenderem aos parmetros vigentes, tanto no que

    se refere aos requisitos estabelecidos pela norma brasileira, quanto aos relacionados PortariaInmetro para verificao da conformidade metrolgica para produtos desta natureza.

    Das 12 (doze) marcas analisadas, 11 (onze) foram consideradas no conformes, ou seja, cerca de92% (noventa e dois por cento) das marcas analisadas apresentaram irregularidades em relaoa, pelo menos, uma das caractersticas verificadas.

    O grfico a seguir descreve o nmero de no conformidades detectadas em cada um dos ensaiosrealizados.

    Como pode ser observado, o ensaio de resistncia compresso apresentou o maior nmero deno conformidades. Nove marcas, ou seja, 75% (setenta e cinco por cento) das marcasanalisadas, apresentaram resistncia abaixo do exigido sendo que, destas, 06 (seis) no atingirama resistncia compresso mnima (Classe 10/1,0MPa), indicando que a tendncia dos blocoscermicos existentes no mercado no atenderem a este requisito.

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    As marcas consideradas no conformes nesse ensaio so: A, B, E, F, G, H, I, J, e L.

    Outro ponto negativo revelado pela anlise e que deve ser destacado o ndice de noconformidades relacionadas aos critrios estabelecidos pelo Regulamento Tcnico Metrolgico doInmetro que estabelece as condies para a comercializao dos blocos cermicos para alvenaria.

    Das 12 (doze) marcas analisadas, 06 (seis) no apresentavam as informaes mnimasnecessrias para a identificao adequada do produto. Essas informaes, segundo a PortariaInmetro, so de carter obrigatrio. So elas: B, C, E, G, H, e L. As empresas responsveis poressas marcas foram autuadas e os produtos foram recolhidos dos pontos de venda para que ascorrees fossem feitas.

    Em funo disso, apenas metade das marcas analisadas puderam ser submetidas ao ensaio deverificao metrolgica.

    Das 06 (seis) marcas, 03 (trs), D, I e J, foram consideradas no conformes pois apresentaramirregularidades em, pelo menos, uma das dimenses verificadas. Neste caso, as empresas foramautuadas e multadas e, por se tratar de uma questo de falta de padronizao, os lotes foraminterditados para comercializao.

    No caso particular da marca D, por se tratar da nica marca analisada que apresenta certificaovoluntria, as no conformidades encontradas foram informadas ABNT, Associao Brasileira de

    Normas Tcnicas, organismo que conferiu a certificao empresa responsvel pelo produto paraque fossem definidas as medidas cabveis.

    Os resultados dos ensaios de conformidade, principalmente daqueles realizados com base naPortaria Inmetro, foram considerados preocupantes pela prpria ANICER, associao que congregaos fabricantes do setor, pois alm de participar diretamente da elaborao do regulamento,promoveu diversas campanhas publicitrias com o objetivo de divulg-lo entre os fabricantes dosetor cermico.

    Diante do exposto, o Inmetro convocar as partes interessadas, laboratrios, institutos depesquisa, ABNT, organismos de defesa dos consumidores, fabricantes, para que se reunam edefinam as medidas de melhoria que possam ser adotadas visando a melhoria da qualidade dosetor.

    Consequncias

    DATA AES

    14/01/2001 Divulgao no Programa "Fantstico" - Rede Globo de Televiso

    06/02/2001

    Reunio do Inmetro com entidade representativa dos fabricantes do setor,fabricantes que tiveram amostras de seus produtos analisadas, laboratrioresponsvel pelos ensaios, representantes da Diviso de Produtos Pr-Medidos do Inmetro e de entidade de defesa dos consumidores, paradefinio de medidas de melhoria para o setor.