BISSINOSE trabalho de segurança do trabalhador
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BISSINOSE
BISSINOSE
Equipe: Christiane Moura
David Marques
Emanuelle Pereira
Flvia Figueiredo
Tiago Rodrigues
Bissinose
Bissinose
A indstria txtil um dos mais antigos setores de produo em massa no Brasil, teve uma contribuio histrica no sculo XVI para o desenvolvimento do pas. Fazendo a transio entre trabalho artesanal e as primeiras indstrias.
A NR -9, Programa de Preveno de Riscos Ambientais, caracteriza-se como um dos riscos qumico as substncias, compostos ou produtos que possam penetrar no organismo pela via respiratria, nas formas de poeiras, fumos, nvoas, neblinas, gases ou vapores, ou que, pela natureza da atividade de exposio, possam ter contato ou ser absorvido pelo organismo atravs da via respiratria, pele ou ingesto (BRASIL, 2001).
Riscos
Particulado fsico
Qumico
- Biolgico
Os profissionais que atuam no ramo txtil com a fibra do algodo como matria-prima, alguns apresentam sintomas no sistema respiratrio relacionado a uma doena ocupacional chamada de bissinose
A industrializao do algodo implica obrigatoriamente no desprendimento em pequenas ou grandes quantidades de poeira que facilmente atingem o sistema respiratrio do trabalhador (NOGUEIRA, 1973).
Os fragmentos que se desprendem do algodo, em alta quantidade, percorrem o trato respiratrio, possvel visualizar na figura 2, revelando incmodos nas vias areas superiores, (coceira, espirros e obstruo nasal) e inferiores (opresso torcica, dispneia, tosse e expectorao). As pequenas partculas com tamanho menores que 10 m chegam a deposita-se nos alvolos, gerando graves consequncias por uma fibrose difusa com engrossamento pleural interno e acumulo de resduos nas membranas que revestem os pulmes.
O local de deposio no organismo diferenciado por seu tamanho: inalveis, quando menores de que 100 m, depositam no nariz e pela boca, torcicas, partculas menores que 25 m conseguem penetrar alm da faringe, e respirveis, menores que 10 m, chegam at a regio alveolar (SALIBA, 2010).
Sintomatologia:
1 Fase: aps um perodo de exposio de
aproximadamente 10 anos, surge, tosse fraca de inicio que vai ficando intensa no decorre do tempo de exposio, do tipo irritativo, o paciente sente devido tosse constrio torcicas, opresso no peito e dispneia, falta de ar leve.
Tal sintomatologia surge aps um perodo de repouso fora da exposio, retornando a exposio ir desaparecer, nesta fase o afastamento da exposio condiciona o completo desaparecimento dos sintomas, sem deixar danos residuais.
2 Fase: Com um perodo longo de exposio
poeira, os sintomas acima descritos permanecem os
mesmos, porm so sentidos todos os dias, at mesmo
fora do ambiente de trabalho, em folgas ou afastamento.
Progressivamente surge um quadro asmtico, e h um
elevado nmero de absentesmo. Nesta fase ainda
possvel recuperao com o afastamento definitivo da
exposio.
3 Fase: Com um elevado tempo de exposio ao
risco qumico, os sintomas de contrio torcica e
dispneia so mais acentuados, a tosse passa da fase
irritativa para o surgimento de expectorao abundante,
enfisema pulmonar - obstruo alveolar - causando
oxigenao insuficiente e acmulo de gs carbnico no
sangue.
Exames
A realizao de exames radiolgicos no
caracteriza a patologia, apresentando apenas leses
brnquicas, apenas grande incidncia de trabalhadores
acometidos levam a caracterizao de patologia
ocupacional. Testes de funo pulmonar, atravs de
medidores de pico de fluxo da capacidade pulmonar, com
espirometria, facilitam a identificao.
Apesar da literatura temtica descrever que a
bissinose no evolui para doena pulmonar e
incapacidade permanente, na radiogrfia pulmonar do
trabalhador, possvel visualizar alteraes caractersticas
onde h uma dilatao permanente dos espaos areos
distalmente aos bronquolos terminais devido ao acmulo
das partculas que chegam aos pulmes e formam
cicatrizes, isso faz com que o pulmo perca a elasticidade,
reduza a capacidade volumtrica de reserva respiratria,
principal causa da dispneia.
Tratamento:
Seu tratamento somente feito apenas para reduo sintomtica com o uso de broncodilatadores.
Para pacientes da 3 fase exigem tratamentos respiratrios complexos como, nebulizadores, drenagem postural e medicao para reduzir a inflamao pulmonar a exemplo, os corticosteroides
A NR-15 Atividades e Operaes Insalubres, no estabelece limite de tolerncia para exposio ocupacional poeira do algodo. O anexo 12 da referida norma regulamentadora, atravs da Portaria n 3.214/78, estabelece o limite de tolerncia para poeiras fibrognicas, do asbesto e crisotila. Contudo, a NR-9, Riscos Ambientais, descreve que dever ser realizadas medidas de controle quando os resultados da avaliao quantitativa da exposio dos trabalhadores excederem os limites adotados pela ACGIH - Conferncia Americana de Higienistas Industriais Governamental, equivalendo 0,2 mg/m para fibra do algodo cru, e o,10 mg/m para poeira do algodo bruto. E para a jornada de trabalho no
Brasil de 8 horas iguala-se a 0,088 mg/m (SALIBA, 2011).
Avaliao
A avaliao para chegar ao limite de tolerncia, concentrao do agente nocivo a uma quantidade que no cause danos sade em determinado tempo de exposio, feita por vrios aparelhos (elutriador vertical, bomba de amostragem, bomba gravimtrica) que coletam dados para amostragem.
Preveno
A forma mais eficaz para a reduo da inalao a
poeira a adoo do PPR- Programa de Proteo
Respiratria, que segundo o programa descrito pela
FUNDACENTRO deve ser seguido por todo local que
houver necessidade de uso de equipamento de proteo
respiratria, obrigatoriedade existe desde 1994,
determinada pelo Ministrio do Trabalho, porm sabido
que so poucas as empresas que fazem sua produtividade
dentro das normas regulamentadoras para sade e
segurana do trabalhador.
Enquadram-se no programa de proteo
respiratria, aes que minimizem os efeitos da exposio
dos teceles poeira do algodo que so:
1) o planejamento de aes educativas, j que os
mesmos no so acompanhados por especialistas na rea
de segurana no trabalho;
2) incentivar prevenes com arejamento da rea
de trabalho e uso de EPI, como mscaras ou filtros; e
3) regularizar a jornada de trabalho e retirada dos
setores de produo dos locais de domiclio.
A falta de fiscalizao e de pessoas capacitadas na
rea de segurana do trabalho faz com que os
trabalhadores das pequenas indstrias txteis de So
Bento-PB, estejam expostos por longo perodo poeira do
algodo e ao risco do desenvolvimento patognico da
bissinose.
Os aspectos relacionados segurana e sade
ocupacional priorizando a melhoria das condies
laborais e organizacionais. Isso acontece nos ambientes de
risco qumico, com a adoo do PPR- Programa de
Proteo Respiratria e os seguimentos descritos pelas
Normas Regulamentadoras.