Bioma Amazônico.2015

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 BIOMA AMAZÔNICO  ju l 8 th , 20 15 Profissão Repórter destaca extração ilegal de madeira e pedras preciosas em Novo Progresso e Altamira O Profissão Repórter da Rede Globo desta terça-feira (07- 07) destacou a extração ilegal de madeira em Novo Progresso (PA), e garimpos ilegais em Altamira (PA), ambas as cidades ficam na região sudoeste do Estado do Pará. Além do Pará, o jornalismo esteve em Cacoal (RO) onde mostrou a extração ilegal de diamante. Para assistir o  programa no site da Glob o: http://g1.globo.com/profissao-  reporter/noticia/2015/07/para-desmata-o-equivalente-  cinco-campos-de-futebol-to dos-os-dias.html .   O Profissão Repórter acompanhou uma operação do Ibama contra o desmatamento e os garimpos clandestinos. A base de fiscalização do Ibama fica em Novo Progresso (PA). De lá, os agentes partem em uma força-tarefa que combate o desmatamento e o garimpo ile gal. A cidade paraense é conhecida por ser campeã de desmatamento. A presença do Ibama na região é um incômodo, não só para os madeireiros, mas para toda a população. Comerciantes e moradores dizem que a presença dos f iscais no município atrapalha a economia de Novo Progresso. As autoridades locais também desa provam o rigor do Ibama. O atual prefeito tem uma multa ambiental de quase R$ 7 milhões por ter gado em uma área embargada, mas afirma que não sabia da situação da terra quando comprou. Já a família do ex-secretário de Meio Ambiente acumula mais de R$ 16 milhões em multas ambientais. Em uma das operações, um helicóptero percorre a Floresta Amazônica em linha reta, por 160 quilômetros. Não demora até que o primeiro garimpo em f uncionamento é encontrado. Os agentes do Ibama expulsam os trabalhadores do garimpo e colocam fogo no acampamen- to e nas máquinas. Esse é o procedimento padrão para fechamento dos garimpos ilegais. Para encontrar madeireiros, o Ibama usa caminhões na fiscalização. Os veículos utilizados na operação foram apreendidos e não chamam a atenção dos criminosos. As estradas abertas pelos madeireiros são precárias, quase intransitáveis, o que dificulta o trabalho dos agentes. No oeste do Pará, o desmatamento avança rápido. Os madeireiros destroem uma área que corresponde a ci nco campos de futebol por dia. Os índios que conhecem a região das reservas ajudam as equipes do Ibama em algumas operações. Alguns deles t ambém são brigadistas, contratados por seis meses, para monitorar as queimadas. Em Rondônia, na região das terras i ndígenas Cinta Larga, o tráfico de diamantes é assunto discutido em todo canto, mas poucos assumem a extração i legal. Uma única pedra de diamante pode valer R$ 2 milhões. Em uma semana, em um único garimpo ilegal, foram vendidos R$ 12 milhões. Todo esse diamante é ilegal, uma riqueza imensa, que produz cobiça e tragédias. Quem extrai, carrega ou vende diamante de te rra indígena está cometendo diversos crimes federais, de acordo com a lei brasileira. O material sai do Brasil de forma ilegal e acaba em joalherias internacionais. Os índios ass umem que os garimpeiros pagam uma comissão para aos caciques, para trabalhar dentro da reserva. Com a falta de pagamento ou desentendimento entre eles, acontecem as matanças.

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  • BIOMA AMAZNICO

    jul 8th, 2015

    Profisso Reprter destaca extrao ilegal de madeira e pedras preciosas em Novo Progresso e Altamira

    O Profisso Reprter da Rede Globo desta tera-feira (07-07) destacou a extrao ilegal de madeira em Novo Progresso (PA), e garimpos ilegais em Altamira (PA), ambas as cidades ficam na regio sudoeste do Estado do Par. Alm do Par, o jornalismo esteve em Cacoal (RO) onde mostrou a extrao ilegal de diamante. Para assistir o programa no site da Globo: http://g1.globo.com/profissao-reporter/noticia/2015/07/para-desmata-o-equivalente-cinco-campos-de-futebol-todos-os-dias.html .

    O Profisso Reprter acompanhou uma operao do Ibama contra o desmatamento e os garimpos clandestinos.

    A base de fiscalizao do Ibama fica em Novo Progresso (PA). De l, os agentes partem em uma fora-tarefa que combate o desmatamento e o garimpo ilegal. A cidade paraense conhecida por ser campe de desmatamento.

    A presena do Ibama na regio um incmodo, no s para os madeireiros, mas para toda a populao. Comerciantes e moradores dizem que a presena dos fiscais no municpio atrapalha a economia de Novo Progresso.

    As autoridades locais tambm desaprovam o rigor do Ibama. O atual prefeito tem uma multa ambiental de quase R$ 7 milhes por ter gado em uma rea embargada, mas afirma que no sabia da situao da terra quando comprou. J a famlia do ex-secretrio de Meio Ambiente acumula mais de R$ 16 milhes em multas ambientais.

    Em uma das operaes, um helicptero percorre a Floresta Amaznica em linha reta, por 160 quilmetros. No demora at que o primeiro garimpo em funcionamento encontrado. Os agentes do Ibama expulsam os trabalhadores do garimpo e colocam fogo no acampamen-

    to e nas mquinas. Esse o procedimento padro para fechamento dos garimpos ilegais.

    Para encontrar madeireiros, o Ibama usa caminhes na fiscalizao. Os veculos utilizados na operao foram apreendidos e no chamam a ateno dos criminosos. As estradas abertas pelos madeireiros so precrias, quase intransitveis, o que dificulta o trabalho dos agentes. No oeste do Par, o desmatamento avana rpido. Os madeireiros destroem uma rea que corresponde a cinco campos de futebol por dia.

    Os ndios que conhecem a regio das reservas ajudam as equipes do Ibama em algumas operaes. Alguns deles tambm so brigadistas, contratados por seis meses, para monitorar as queimadas.

    Em Rondnia, na regio das terras indgenas Cinta Larga, o trfico de diamantes assunto discutido em todo canto, mas poucos assumem a extrao ilegal. Uma nica pedra de diamante pode valer R$ 2 milhes. Em uma semana, em um nico garimpo ilegal, foram vendidos R$ 12 milhes. Todo esse diamante ilegal, uma riqueza imensa, que produz cobia e tragdias.

    Quem extrai, carrega ou vende diamante de terra indgena est cometendo diversos crimes federais, de acordo com a lei brasileira. O material sai do Brasil de forma ilegal e acaba em joalherias internacionais.

    Os ndios assumem que os garimpeiros pagam uma comisso para aos caciques, para trabalhar dentro da reserva. Com a falta de pagamento ou desentendimento entre eles, acontecem as matanas.

  • Em maio, o Ministrio Pblico Federal disse que um novo massacre de garimpeiros pode acontecer a qualquer momento e cobrou a Polcia Federal para impedir a explorao na terra indgena. Procuramos a Polcia Federal diversas vezes para saber sobre o andamento da fiscalizao no local, mas ningum retornou nossas ligaes e emails.

    Da Redao com Profisso Reprter/Globo

    http://olharcidade.com.br/profissao-reporter-destaca-extracao-ilegal-de-madeira-e-pedras-preciosas-em-novo-progresso-e-altamira/

    Trs mil garimpos clandestinos no Par ameaam Rio Tapajs Dado do Instituto Chico Mendes, que monitora reas de conservao federais

    POR CLEIDE CARVALHO - 17/06/2013 9:30

    Dragas remexem o leito do Rio Tapajs em busca de ouro no municpio de Itaituba, no Par

    Terceiro / Divulgao/Prefeitura de Itaituba

    SO PAULO Cerca de trs mil garimpos clandestinos ameaam unidades de conservao, reservas indgenas e rios na regio do Tapajs, no Sul do Par, a rea mais preservada da Amaznia Legal. Em cada um trabalham de dez a cem homens, mas alguns chegam a ter 500. S num trecho de dois quilmetros h 63 dragas cavando o leito do Rio Tapajs em busca de ouro. O nmero est num relatrio do Instituto Chico Mendes de Conservao da Biodiversidade (ICMBio), que monitora as unidades de conservao federais. Segundo o documento, mesmo garimpos com autorizao de lavra no tm estudos de impacto ou licena ambiental.

    Neste trecho do Rio Tapajs onde as dragas operam est a maior concentrao acumulada de ouro. O problema que a venda clandestina, fica muito pouco para o municpio diz Valfredo Pereira Marques Jnior, diretor de Meio Ambiente e Minerao da Secretaria de Meio Ambiente de Itaituba.

    A extrao legal de ouro paga aos cofres pblicos apenas 1% de Compensao Financeira pela Explorao de Recursos Minerais (CFEM), dos quais 12% vo para a Unio, 23%, para o estado e 65%, para o municpio. Hoje, o ouro ocupa o segundo lugar na exportao mineral do pas, atrs apenas do ferro.

    O ouro comeou a ser explorado na dcada de 50 no Rio das Tropas, afluente do Tapajs, e sempre foi a principal fonte de renda da populao. Com o aumento do preo no mercado internacional, acentuado a partir de 2008, s a regio de Itaituba que inclui os municpios de Trairo, Jacareacanga e Novo Progresso recebeu cerca de cinco mil novos garimpeiros.

    A rapidez da destruio assusta at quem apoia o garimpo. Em fevereiro, o deputado federal Dudimar Paxiba (PSDB-PA), de Itaituba, ex-garimpeiro, discursou na Cmara federal e se disse preocupado pelo fato de as reservas naturais estarem sendo depredadas com rapidez impressionante.

  • Pelo menos metade das dragas chegaram de dezembro para c. Os clandestinos so ousados, operam tambm com escavadeiras na mata. E no s o ouro. Esto retirando areia, pedras, brita e cassiterita conta Marques Jnior.

    Segundo o Sindicato das Indstrias Minerais do Estado do Par, s em 2010 foram dadas pelo Departamento Nacional de Produo Mineral (DNPM) duas mil autorizaes para a instalao de lavras de garimpo na regio. Segundo levantamento do GLOBO, das 610 lavras garimpeiras de ouro ativas no pas, 473 esto no Par, sendo 457 em Itaituba. Alguns garimpos ainda so manuais e usam mercrio, poluindo a gua e contaminando peixes.

    Em abril, o governo do Par proibiu dragas e ps carregadeiras no leito do Tapajs. Houve protestos dos garimpeiros e foi iniciada uma negociao. Segundo Marques Junior, uma instruo normativa deve ser editada pelo estado este ms.

    Apenas em Itaituba, a estimativa que sejam retirados cerca de 250 quilos de ouro por ms e que 80% do dinheiro em circulao venham do garimpo. A compra e venda de ouro to comum que h balanas para pesar o metal em farmcias, bares e armazns.

    http://oglobo.globo.com/brasil/tres-mil-garimpos-clandestinos-no-para-ameacam-rio-tapajos-8710538#ixzz3h8qW658f

    06/06/2012 s 8:52 Olvia de Almeida - Jornal do Commercio

    Viles do desmatamento avanam na Amaznia Madeireiras clandestinas e a criao de gado so hoje os principais motivos de desmate na regio

    Foto: Divulgao/Ibama

    MANAUS Madeireiras clandestinas e a criao de gado so hoje os principais motivos de desmatamento da maior floresta tropical do mundo, segundo informaes do Ministrio do Meio Ambiente. preciso que os produtores rurais faam uso do manejo e melhoramento de pastagem para uma produo sustentvel, afirmou Francisco Oliveira, diretor do Departamento de Polticas para o Combate ao Desmatamento.

    De acordo com ele, j foi comprovado atravs de estudos enquanto o produtor tem meia cabea de gado por hectare, sendo que com at quatro cabeas ele produziria a mesma coisa. Ele acaba expandindo a rea sem necessidade, enquanto produziria da mesma forma com um espao menor, comenta Oliveira.

  • Entre janeiro e maro de 2012, satlites detectaram a perda de 389 km da cobertura florestal, nmero que 188% maior se comparado ao mesmo perodo de 2011 (135 km). Porm, o diretor explica que os dados no representam um crescimento no desmate, j que, a reduo da quantidade de nuvens durante o perodo sobre o bioma amaznico facilitou a fiscalizao feita por sensoriamento remoto. No trimestre do ano passado a quantidade de nuvens era maior o que prejudicou a visualizao do desmatamento naquele perodo, disse.

    O diretor informa que dos 6.238 km2 desmatados, no perodo de agosto de 2010 a julho de 2011, rastreados pelo satlite Deter (Sistema de Deteco em Tempo Real) do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), cerca de 50% era no Par, ao longo da Transamaznica e na BR-163. Em segundo lugar, aparecia o Matogrosso, com 18% e, em terceiro, o Estado de Rondnia, com 14%, com maior concentrao em Porto Velho e Machadinho DOeste. E o Amazonas aparecia em quarto lugar, com os municpios de Lbrea e na Boca do Acre, com maiores incidncias de desmate, informou Francisco.

    J de agosto de 2011 at maro deste ano, os dados apontados mudaram consideravelmente. Para se ter uma ideia, 637km2 de floresta foram desmatados em Mato Grosso, fazendo com que aparea em primeiro lugar do ranking com maior devastao dos ltimos meses. Se comparado com o mesmo perodo do ltimo rastreamento do Inpe, houve um aumento de 96% na devastao da cobertura vegetal no Estado, quando foram desmatados 326 quilmetros quadrados.

    Lista negra dos que mais desmatam

    Oliveira conta que onde ocorre grande parte desses desmatamentos, os municpios passam a serem monitorados mais de perto e por conta disso acabam entrando para a lista criada pelo Ministrio do Meio Ambiente. Para sair dela ele vai precisar reunir mais de 80% das propriedades com registro no Cadastro Ambiental Rural, alm de reduzir o desmatamento a menos de 40 quilmetros quadrados no ano.

    Ou seja, na prtica, como se a cidade inteira estivesse com o nome sujo na praa, sendo proibida a autorizao para qualquer novo desmatamento, mesmo nos casos em que a legislao ambiental permite. Alm disso, os produtores desses municpios ficam sujeitos s restries de crdito agrcola.

    O diretor fala que o Cadastro Ambiental Rural serve para conhecer o dono de cada pedao de terra e com isso mais fcil de monitorar. Isso importante porque no tem como fiscalizarmos toda a Amaznia ao mesmo tempo, cerca de 750 municpios, por isso focamos onde o desmatamento est acontecendo, onde a incidncia maior, dessa forma temos condies de intervir ainda no incio, declarou Francisco.

    Efeitos decorrentes do desflorestamento

    A eroso e a compactao do solo e a exausto dos nutrientes esto entre os impactos mais bvios do desmatamento, segundo Philip Fearnside, pesquisador do Inpa (Instituto Nacional de Pesquisas da Amaznia). Ele destaca que a produtividade agrcola cai na medida em que a qualidade do solo piora, embora um patamar mais baixo de produtividade possa ser mantido por sistemas tais como a alternncia de cultivo.

    A adio contnua de cal, adubo e nutrientes pode conter a degradao, mas as limitaes de recursos fsicos e econmicos tornam o uso desses produtos inefetivo para grandes reas longe dos mercados urbanos. O desmatamento acaba com as opes de manejo florestal sustentvel tanto para os recursos madeireiros quanto para os farmacolgicos e os genticos, salientou o pesquisador.

    A perda da biodiversidade outro efeito devastador do desmatamento. Para Philip o impacto muito maior em reas com pouca floresta remanescente e altos nveis de endemismo, como a Mata Atlntica. Se o desmatamento da Amaznia continuar at prximo de sua completa destruio, os mesmos nveis de risco biodiversidade sero aplicados essa regio, disse.

    E h ainda, as emisses de gases de efeito estufa maior causador do aquecimento global. De acordo com Fearnside o Brasil precisa mover-se rapidamente para assumir a liderana no esforo para travar o aquecimento. um dos pases que tm mais a perder com esse efeito, detentor da opo menos dolorosa para reduzir signicativamente as suas emisses reduzindo o desmatamento, concluiu.

    O pesquisador conta que o aquecimento global deve alterar o equilbrio entre formao e oxidao de matria orgnica, levando muito do carbono armazenado a escapar. Isso muito grave, porque h um grande estoque de carbono no solo da Amaznia. Isto pode contribuir para um possvel efeito estufa incontrolvel, explicou.

    http://www.portalamazonia.com.br/editoria/meio-ambiente/viloes-do-desmatamento-avancam-na-amazonia/

  • 16/05/2014 17h01 - Atualizado em 16/05/2014 17h02

    Greenpeace: madeireiras fraudam exportao da Amaznia Estado Contedo

    A organizao no-governamental Greenpeace exortou importadores de madeira de pases como a Frana e a Blgica a suspenderem as compras de matrias-primas provenientes da Amaznia. O grupo ambientalista acusa os produtores de madeira do Brasil de fraudar documentos que garantem a legalidade do abate de rvores. As autorizaes so um pr-requisito para o ingresso da madeira na Europa.

    De acordo com o relatrio divulgado pela ONG nesta quinta-feira, 15, em Paris e no Rio, madeireiras brasileiras manipulam planos de manejo com o objetivo de "lavar" a origem ilegal do produto, extrado de reservas ambientais que deveriam ser conservadas. Os desmatadores mentiriam sobre nmero de espcies raras e da altura das rvores em reas de preservao, fraudando os inventrios florestais. Com os documentos em mos, possvel exportar madeira para a Europa obedecendo o novo quadro regulamentar do bloco econmico, que desde maro de 2013 exige a traabilidade da madeira. Na prtica, 78% da madeira exportada entre agosto de 2011 e julho de 2012 teria origem ilegal.

    "A investigao que fizemos prova que os importadores no fizeram o que a legislao europeia exige, o Deal Diligence. Os documentos podem corresponder a madeira ilegal", disse ao jornal "O Estado de S. Paulo" Jrme Frignet, coordenador da campanha Florestas do Greenpeace na Frana, que reclamou da inao do poder pblico no Brasil e na Europa. "A legislao europeia considera que o Brasil no um pas de risco. Mas a documentao que em teoria legaliza a madeira importada pode facilmente ser burlada."

    O Greenpeace anunciou ter protocolado uma denncia no Ministrio Pblico do Par, na Secretaria de Meio Ambiente do mesmo Estado e no Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renovveis (Ibama). Alm disso, a ONG exortou os governos da Frana e da Blgica, os dois maiores importadores europeus de madeira do Brasil, a aprimorar os mecanismos de controle sobre a madeira extrada da Amaznia.

    "A indstria da madeira colocou em prtica muitas tcnicas para transportar e vender madeira abatida ilegalmente graas a documentos oficiais. A partir de ento os importadores no podem ter certeza sobre a legalidade da madeira que eles compram", afirmou agncia de notcias belga Jonas Hulsens, responsvel pela campanha no Greenpeace da Blgica.

    A divulgao do relatrio, realizado a partir de dois anos de investigao, segundo a ONG, veio acompanhada do lanamento de uma campanha "Chega de madeira ilegal", contra o trfico na Amaznia.

    http://info.abril.com.br/noticias/tecnologias-verdes/2014/05/greenpeace-madeireiras-fraudam-exportacao-da-amazonia.shtml

  • 15/06/2012 s 1:27 [email protected]

    Com o tema Acre: Floresta habitada, produtiva e conservada estado se apresenta Rio +20 Estado mostra seu pioneirismo ao mundo aliando desenvolvimento com preservao ambiental

    Acre, a mais de uma dcada elaborando e executando

    polticas pblicas sustentveis/Mirela Pinheiro -

    Portal Amaznia

    RIO BRANCO A mais de uma dcada

    elaborando e executando polticas pblicas sustentveis resultantes de movimentos sociais

    em defesa da floresta e dos direitos de seus povos, o Acre soma resultados de estudos

    apurados sobre as potencialidades e fragilidades do territrio para nortear as aes do Governo, o

    Zoneamento Ecolgico Econmico (ZEE), alm da criao de Unidades de Conservao e Reservas Extrativistas.

    De acordo com a Chefe da Casa Civil Mrcia Regina o Acre foi o primeiro Estado brasileiro a fazer a opo

    poltica de aliar pessoas, meio ambiente e produo, dentro de uma opo concreta, enquanto o mundo ainda discutia os conceitos envolvidos na questo.

    Desta forma pioneira de aliar desenvolvimento com preservao ambiental, o Estado se apresenta na Rio+20 como Acre: Floresta habitada, produtiva e conservada. Com aproximadamente 740 mil habitantes e

    um Produto Interno Bruto (PIB) de R$ 7,38 bilhes, com o quinto maior crescimento do pas segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica (IBGE), mantm 85% de seu territrio coberto por florestas.

    Informaes do Instituto de Pesquisa Espacial (Inpe) mostram que o estado conseguiu manter o desmatamento sob controle apresentando uma das menores taxas da Amaznia. Na conferncia o Acre que

    apresentar a possibilidade de crescer sem derrubar a floresta, apostando no fortalecimento das cadeias produtivas de produtos como a castanha, a farinha, a borracha, o leo de copaba, a pupunha; investimentos

    na agricultura familiar; na piscicultura; na qualidade das redes de gua e esgoto; nos pequenos negcios; em energias alternativas; em solues para os resduos slidos, entre outras aes.

    A Rio+20 para o Acre a oportunidade de reafirmar o compromisso poltico do governo com o desenvolvimento sustentvel, d consistncia as polticas da economia verde, um conceito relativamente

    novo para o crescimento econmico inteligente e responsvel e principalmente buscar investidores dispostos a cooperar com a preservao de suas florestas, apoiando o desenvolvimento sustentvel.

    A Zona de Processamento Econmico (ZPE) no estado, primeira a ser alfandegada no Brasil, est disposio de empresrios ambientalmente comprometidos, e oferece excelentes vantagens fiscais podendo ser a porta de entrada para grandes investidores.

    Indicadores positivos conquistados nos ltimos anos pelo estado demonstram que a escolha pelo

    desenvolvimento sustentvel foi deciso mais acertada e faz do Acre exemplo para o mundo frente poltica ambiental

    http://www.portalamazonia.com.br/editoria/meio-ambiente/intitulado-de-acre-floresta-habitada-produtiva-e-conservada-estado-se-apresenta-a-rio-20/

  • Por que a Amaznia importante?

    WWF-Brasil/Adriano Gambarini

    O que liga a floresta Amaznica, o aquecimento mundial e voc?

    H muito tempo a floresta Amaznica reconhecida como um repositrio de servios ecolgicos, no s para os povos indgenas e as comunidades locais, mas tambm para o restante do mundo. Alm disso, de todas as florestas tropicais do mundo, a Amaznia a nica que ainda est conservada, em termos de tamanho e diversidade. No entanto, medida que as florestas so queimadas ou retiradas e o processo de aquecimento global intensificado, o desmatamento da Amaznia gradualmente desmonta os frgeis processos ecolgicos que levaram anos para serem construdos e refinados. Ironicamente, enquanto as florestas tropicais midas diminuem continuamente, o trabalho cientfico realizado nas ltimas duas dcadas jogou um pouco de luz sobre os vnculos essenciais que existem entre a sade das florestas tropicais e o resto do mundo. Filtragem e reprocessamento da produo mundial de gs carbnico As rvores desempenham um papel-chave na reduo dos nveis de poluio. Para entendermos melhor como isso funciona, vamos tomar como exemplo o gs carbnico (CO2), cujas emisses provm tanto de fontes naturais como da atividade humana. Nos ltimos 150 anos, os seres humanos tm lanado quantidades enormes de CO2 no ar por meio da queima de combustveis fsseis, carvo, petrleo e gs natural e esta uma das principais causas das mudanas climticas no planeta. Entra o gs carbnico, sai o oxignio Em condies naturais, as plantas retiram o CO2 da atmosfera e o absorvem para fazer a fotossntese, um processo de produo de energia. Com a fotossntese, as plantas obtm:

    Oxignio, que liberado novamente no ar, e Carbono, que armazenado para permitir o crescimento das plantas.

    Assim, sem as florestas tropicais midas e todas as suas plantas fazendo fotossntese durante o todo o dia, o efeito estufa provavelmente seria mais pronunciado, e as mudanas climticas podem vir a ser ainda mais graves. Floresta Amaznica e o gs carbnico O que as florestas retiram do ar elas podem devolver. Quando as florestas so queimadas, a matria de carbono da rvore liberada no ar, na forma de CO2, um gs que polui o ar e que j est presente numa quantidade excessiva na atmosfera.

  • Onde antes havia floresta tropical mida e savanas, agora surgem pastagens para a criao de gado. Os pastos esto cheios de gado e tambm de cupins, e as atividades metablicas desses dois animais tambm liberam CO2, embora sua contribuio para a poluio atmosfrica ainda gere muita polmica. As culturas agrcolas que substituem as florestas absorvem apenas uma pequena frao do CO2 consumido pela floresta tropical mida. Ento, sem florestas, o CO2 deixa de ser transformado pela fotossntese. Juntamente com a poluio industrial, o desmatamento descontrolado na Amrica do Sul e em outros lugares aumentou significativamente a quantidade de CO2 na atmosfera.

    A floresta amaznica pode curar voc

    H uma ligao entre os remdios guardados nos armrios de sua casa e a vida silvestre da Amaznia: plantas e animais servem como base para a fabricao de medicamentos. Durante milnios, os seres humanos utilizaram insetos, plantas e outros organismos da regio para vrias finalidades, entre elas a agricultura, vestimentas e, claro, a cura para doenas. Povos indgenas e outros grupos que vivem na floresta amaznica aperfeioaram o uso de compostos qumicos encontrados em plantas e animais. O conhecimento sobre o uso dessas plantas geralmente fica nas mos de um curandeiro, que por sua vez repassa a tradio para um aprendiz. Esse processo se mantm ao longo de sculos e compe uma parte integral da identidade desses povos. No entanto, com o rpido desaparecimento das florestas midas tropicais, a continuidade desse conhecimento para o benefcio das futuras geraes encontra-se ameaada. O potencial inexplorado das plantas amaznicas Os cientistas acreditam que menos de 0,5% das espcies da flora foram detalhadamente estudadas quanto ao seu potencial medicinal. Ao mesmo tempo em que o bioma Amaznia est encolhendo lentamente em tamanho, a riqueza da vida silvestre de suas florestas tambm se reduz, bem como uso potencial das plantas e animais que ainda no foram descobertos.

    WWF-Brasil/Adriano Gambarini

    --------------------------------------------------------- Referncias bibliogrfica

    1Laurance, W.F. 1999. Gaia's lungs: Are rainforests inhaling Earth's excess carbon dioxide? Natural History (abril), p. 96. 2Post et al, 1990, in Kricher 1997 3Vourlitis, G.L. et al, 2002. Seasonal variations in the evapotranspiration of a transitional tropical forest of Mato Grosso, Brazil. Water Resources Research, Vol. 38 4 Phillips et al, 1995, in Kricher 1997 5 Cox and Balick, 1994 in Kricher 1997

    Fonte: http://www.wwf.org.br/natureza_brasileira/areas_prioritarias/amazonia1/bioma_amazonia/porque_amazonia_e_importante/