é diluída em água, a fim de garantir uniformidade na distribuição da taxa residual de asfalto. Entretanto, o excesso de diluição da emulsão pode gerar a perda de aderência entre as camadas asfál t icas. Emulsões altamente estáveis, com maior poder de aderência através da introdução de polímero e preferencialmente, sem a necessidade da diluição, podem eliminar muitos problemas gerados pela falta de aderência.

Um olhar sobre o Mundo BetunelInformativo Trimestral

Ano 2 / 1ª Edição / 2011

Expediente

Projeto gráfico e editoração:www.odesign.art.br

Jornalista:Silvia Saraiva

Conteúdos e fotos:Betunel Tecnologia em Asfalto

Editorial

Betunel participa da

Edição especial sobre a Road Expo

Uma das grandes atrações da primeira edição do Brazil Expo foi o Brazil Road Summit – uma completa grade de palestras e seminá-rios que aconteceram paralelamente à Feira. Foram ao todo cerca de 60 palestras, incluindo debates e mesas- redondas, visando à transferência de tecnologia e troca de informações entre os profissionais do setor.

A Betunel, junto a outras empresas do mercado de infraestrutura no Brasil, marcou igualmente presença no evento, coordenando as palestras no dia 05 de abril pela manhã e que tiveram por tema principal “Tecnologia em Asfaltos”.

Inegavelmente, o desenvolvimento de nossa indústria rodoviária passará pelo aprimoramento do corpo de profissionais da iniciativa privada e dos governos e eventos como esses, que geram riqueza de informação e conhecimento, farão parte desse processo.

Nossa empresa procura ser fiel a sua missão de disseminar conheci-mento em pavimentação rodoviária para a comunidade brasileira e procurou na Brazil Road Summit promover esse intercambio através de profissionais qualificados e com larga experiência internacional.

Dessa forma, nesta edição do Betunews, traremos um pouco do que foi explanado nestas palestras, já disponibilizando todo o nosso corpo técnico para eventuais esclarecimen-tos necessários ao pleno entendimen-to dos assuntos abordados.

Um grande abraço,

Road

Flávio ViannaDiretor Presidente

Seja pelo grande número de expositores, seja pelos conteúdos apresentados pelo Brazil Road Summit, a primeira edição da Brazil Road Expo foi considerada um sucesso.

A primeira edição da Brazil Road Expo (BRE) – Evento Internacional de Tecnologia em Pavimentação e Infraestrutura Viária e Rodoviária – superou as expectativas dos visitantes e dos expositores. De 04 a 06 de Abril de 2011, mais de 9 mil profissionais do setor puderam conferir as novas soluções e tecnologias em sistemas e métodos para construção e infraestrutura de vias e rodovias, aplicáveis desde o projeto até a conservação e a manutenção, incluindo inovações e tendências mundiais em equipamentos, produtos e serviços. A expectativa de negócios é de R$ 500 milhões gerados durante e a partir da feira. Durante o evento, 40% dos espaços para a próxima Brazil Road Expo, que acontecerá de 02 a 04 de abril de 2012, na Expo Center Norte, em São Paulo, já foram renovados – prova da crescente expansão e amadurecimento do mercado.

Fonte: http://brazilroadexpo.com.br

Membrana de Alívio de Tensões

Importância da Pintura de Ligação entre Camadas Asfálticas

A palestra do Prof. Dr. Guillermo Montestruque, abordou o fenômeno da reflexão de trincas, ou seja, o aparecimento de trincas na superfície asfáltica, provenientes do pavimento antigo trincado ou de juntas das placas de concreto, sob o efeito do tráfego e/ou das variações climáticas. O palestrante ressaltou que esta questão tem sido um dos problemas mais sérios de deterioração de pavimentos restaurados em todo o mundo, merecendo o assunto um cuidado especial nos projetos.

Diversas são as tentativas para solucionar ou minimizar o complexo problema. Uma delas é a interposição de camadas intermediárias especiais entre o revestimento existente e a camada de recapeamento. A alternati-va de menor custo inicial, e a que vem sendo utilizada no exterior, é a aplica-ção da camada asfáltica tipo “Strata”. Esta camada intermediária atua com um SAMI ( “St ress Absorb ing Membrane Interlayer”), constituída por materiais com elevada ductilidade (suportam deformações elevadas), o que resulta em uma redução nas tensões atuantes na camada de recapeamento. A camada de Strata apresenta maior resistência ao trincamento, aceitando maiores energias de fratura e deformações.

Outra questão tratada durante a palestra foi a pouca importância dada à pintura de ligação no Brasil. Esta fina película permite a aderência entre as camadas asfálticas e representa um pequeno detalhe em termos do custo global do pavimento. Se a aderência na interface for inadequada, tensões e deformações podem ser agravadas por efeito do tráfego e conseqüente-mente, reduzir a vida de serviço do pavimento.

As emulsões asfálticas são geral-mente empregadas como pintura de ligação. Antes da aplicação, a emulsão

Em artigo publicado no site do Sinecesp-Sindicato da Indústria da Construção Pesada do Estado de São Paulo, na sessão Boletim Técnico (Edição nº06, de 04/05/2011), o Sr. Osvaldo Tuchumantel Junior, Diretor Marketing Técnico, discorreu sobre a importância da pintura de ligação entre as camadas asfálticas.

« A BETUNEL é uma empresa que está em busca constante de soluções técnicas que possam contribuir para um bom desempenho nos serviços de pavimentação asfáltica. A pintura de ligação é uma das etapas do serviço de pavimentação que, por ser uma operação simples, não recebe a atenção e os cuidados necessários. Devido à sua importância, torna-se necessário um esclarecimento técnico da pintura de ligação no contexto do desempenho final do pavimento asfáltico. (...)»

L e i a a m a t é r i a n a í n t e g r a n o s i t e d o S i n i c e s p : http://www.sinicesp.com.br/boltec.php ou no Betunews on line.

PALESTRANTE

Engenheiro Civil, Mestrado em In f ra ‐Estrutura Aeronáut ica,

Doutorado em Mecânica dos Sólidos e Estruturas pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), Pós Doutorado pela Universidade de São Paulo (USP), possui larga experiência na área de restauração de pav imentos com vár ias participações e publicações c ient í f icas in ternac ionais e nacionais. É consultor na área de pavimentos, além de ser professor da Universidade do Vale do Paraíba.

Guillermo Montestruque Ensaio de aderência na interface entre camadas asfálticas “shear test”

Paulo Ruwer l Flavio Vianna l Eng Uriel Monteiro Equipe Betunel l Visitantes0

5

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quarta-feira, 8 de junho de 2011 18:58:04

Um olhar sobre o Mundo Betunel

PALESTRAS

Uso de Fibras de Celulose na Pavimentação Asfáltica

A apresentação da palestra “Uso

de fibras de celulose na pavimenta-

ção asfáltica”, proferida pelo Eng.°

Mirko Rögner, incluiu um panorama

inicial sobre a CFF, líder mundial em

produção de fibra de celulose para

uso em revestimentos asfálticos.

A empresa foi fundada em 1977,

consta de 85 funcionários, possui um

faturamento previsto de €35 milhões,

capacidade de produção instalada de

42 mil toneladas/ano e possui certifica-

ção ISO, entre outras. Apenas a CFF

detém a tecnologia da produção da

fibra de celulose livre de asfalto

(TOPCEL) para uso rodoviário. A

Betunel é representante exclusiva da

CFF no mercado brasileiro.

Em seguida, foi exposto um

panorama de vendas bastante

segmentado, no qual a área rodoviária

lidera e absorve cerca de 50% das

vendas, seguida pelo segmento

químico, com 30%. O consumo se

encontra dividido entre o mercado

europeu e o asiático, ambos com

cerca de 50% cada.

Na sequência, o palestrante

discursou sobre a tecnologia SMA –

Stone Mastic Asphalt (ou Stone

Matrix Asphalt), que se constitui em

uma matriz de pedra e asfalto, durável,

estável e resistente à trilha de rodas. A

matriz de rocha garante um contato

pedra a pedra, e o mastique filler,

aliado ao asfalto, garantem uma vida

útil maior do que misturas comuns. O

SMA é uma mistura rica em asfalto,

bem acima das misturas asfálticas

usinadas a quente usualmente

fabricada. Este aumento na quantida-

de cria um filme de asfalto mais

espesso, retardando a oxidação da

massa. Para que este asfalto não

escorra durante o transporte da massa

asfáltica quente, é imperativo o uso da

fibra de celulose, que garante a

permanência nos vazios da mistura, na

forma de um mastique composto de

asfalto, filler e fibra.

Durante a palestra, foi apresenta-

da igualmente a modificação que

ocorreu na especificação européia

para SMA com redução dos vazios

da mistura, em intervalos de 2,5% ao

máximo de 3,0%.

Dependendo da classificação do

SMA, estes intervalos podem variar de

1,0 a 3,0%. Além do SMA, usa-se

também atualmente fibra de celulose

em misturas asfálticas drenantes (CPA

– Camada Porosa de Atrito ou OGFC –

Open Graded Friction Coarse). Nestas

misturas, o teor de vazio é acima de

20% e a presença da fibra permite um

teor mais alto de ligante asfáltico

normalmente usado (4%), conferindo

à mistura uma maior vida útil, com

menos desagregação. Novamente, o

uso de ligante modificado é imperati-

vo.

Outro tema abordado foi a apresen-

tação de um novo tipo de fibra –

GENICEL – desenvolvida para

aplicação em misturas mornas (ou

WMA – Warm Mix Asphalt). Com o

uso desta fibra, que pode ser adiciona-

da a todos os tipos de concretos

asfálticos (denso, descontínuo ou

aberto), é possível uma redução na

temperatura de usinagem da massa e,

Novo financiamento do Banco Mundial - reabilitando e expandindo a rede paulista de estradas

PALESTRANTE

Gerente de Produtos na CFF, membro da Associação de Asfaltos na Alemanha, responsável pelas atividades internacionais de vendas dos produtos de celulose na pavimentação asfáltica da CFF, responsável pela transferência das experiências da aplicação SMA.

Mirko Rögner

conseqüentemente, de compactação.

As vantagens advindas do uso desta

fibra são a redução das emissões de

compostos orgânicos voláteis (VOC),

economia de combustível, aumento da

distância de transporte da massa e

maior vida útil do ligante asfáltico

( m e n o r e n v e l h e c i m e n t o ) .

Adicionalmente, o uso da fibra

GENICEL também funciona como

modificador de asfalto, aumentando o

ponto de amolecimento do ligante

asfáltico, e tornando-o mais resistente

a deformações plásticas devido à

aplicação repetida de cargas pesadas

impostas pelo tráfego.

Por fim, o palestrante apresentou

inúmeros exemplos de sucesso do uso

de fibras de celulose – TOPCEL e

GENICEL – em diversas obras de

vários países do mundo, mostrando

que esta tecnologia é uma realidade

consolidada e disponível aqui no Brasil

também. Foi citada a execução de

trecho com uso da fibra GENICEL no

Brasil na BR 277, junto à concessioná-

ria Caminhos do Paraná.

Por se tratar de um revestimento extremamente delgado, que possui de 10 a 25 milímetros de espessura, esta técnica tem como principal objetivo alcançar todos os aspectos funcionais necessários a um pavimento de alta qualidade, que garantam segurança e conforto ao usuário. Entre as vanta-gens, destacam-se:

. Resistência à derrapagem devido à excelente micro textura, gerando alto coeficiente de atrito entre pneu e pavimento;

. Redução da aquaplanagem e do efeito “spray” em períodos de chuva, devido à macro textura rugosa do revestimento, garantindo eficiente drenagem superficial;

. Conforto acústico pela redução do ruído entre pneu e pavimento, decor-rente da mistura asfáltica descontínua;

A alta durabilidade deste revesti-mento é alcançada por:

. Combinação de dois comprova-dos conceitos de misturas asfálticas a quente como CPA (Camada Porosa de Atrito) e SMA (Stone Mastique Asphalt) que garante um contato pedra a pedra e excelente filme asfáltico sobre os agregados graúdos;

. Ligante asfáltico modificado por polímero conforme a especificação SUPERPAVE e definido pelo volume de tráfego e clima;

. Graduação específica, agregados

A palestra proferida pelo Dr. Gayle King abordou a utilização de uma técnica única e específica de revestimento asfáltico ultra delgado, destinado a pavimentos rodoviários e urbanos que exigem alto desempe-nho e grande durabilidade.

Com uma história de sucesso de mais de 15 anos na Europa e Estados Unidos, a técnica apresentada pelo Dr. King é direcionada para todos os volumes e tipos de tráfego, e sobre pavimentos asfálticos ou de concreto que possuam boa capacidade estrutural.

Destacou-se que o sucesso desta técnica consiste na correta seleção dos materiais empregados e de um processo único de aplicação – que garante que o revestimento ultra delgado possa ser considerado uma ferramenta altamente durável e apropriada na manutenção preventiva e corretiva de pavimentos rígidos e flexíveis.

Revestimento Asfáltico Ultra Delgado

cúbicos e de alta resistência à abra-são;

. Emulsão asfáltica modificada com polímeros, cuja finalidade é criar uma membrana espessa para a total selagem do substrato e a excelente adesão com o novo revestimento pelo “envelopamento” aos agregados de contato;

. Acabadora especial que realiza simultaneamente o espargimento da emulsão, aplicação e compactação da massa asfáltica a quente.

.Decorrentes destas qualidades e sucessos apresentados, o revestimen-to asfáltico ultra delgado tem sido amplamente utilizado, pois garante que materiais selecionados tenham o uso otimizado e possam exceder todas as expectativas de desempe-nho, garantido segurança, conforto e menor interrupção ao usuário final.

Além disso, apresenta igualmente a melhor relação custo-benefício durante a vida útil de serviço das vias.

PALESTRANTE

PhD em Físico-química pela Universidade do Pacífico na California, consultor em Tecnologia Asfáltica pela GHK Consultoria, pesquisador e membro de importantes associações e comitês da área, 25 anos de pesquisa e desenvolvimento em Asfaltos.

Gayle King

O Processo (Tipo B)

Cobertura de 9-12 mm sobre os agregados.

A emulsão cura, ligando a massa ao pavimento

Pavimento Existente

Aplicação da Emulsão Aplicação da massa

Espessura mín. de 15 mm

Ag. de tamanho nominal de 10 mm

Espessura da membrana de 5 mm

A membrana de emulsão “envelopa-se” em volta dos agregados da mistura asfáltica

Acabadora Especial (Spray Paver)

3 processos:. Espargimento emulsão. Aplicação massa asfática. Compactação da massa

0

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quarta-feira, 8 de junho de 2011 18:58:05

Um olhar sobre o Mundo Betunel

PALESTRAS

Uso de Fibras de Celulose na Pavimentação Asfáltica

A apresentação da palestra “Uso

de fibras de celulose na pavimenta-

ção asfáltica”, proferida pelo Eng.°

Mirko Rögner, incluiu um panorama

inicial sobre a CFF, líder mundial em

produção de fibra de celulose para

uso em revestimentos asfálticos.

A empresa foi fundada em 1977,

consta de 85 funcionários, possui um

faturamento previsto de €35 milhões,

capacidade de produção instalada de

42 mil toneladas/ano e possui certifica-

ção ISO, entre outras. Apenas a CFF

detém a tecnologia da produção da

fibra de celulose livre de asfalto

(TOPCEL) para uso rodoviário. A

Betunel é representante exclusiva da

CFF no mercado brasileiro.

Em seguida, foi exposto um

panorama de vendas bastante

segmentado, no qual a área rodoviária

lidera e absorve cerca de 50% das

vendas, seguida pelo segmento

químico, com 30%. O consumo se

encontra dividido entre o mercado

europeu e o asiático, ambos com

cerca de 50% cada.

Na sequência, o palestrante

discursou sobre a tecnologia SMA –

Stone Mastic Asphalt (ou Stone

Matrix Asphalt), que se constitui em

uma matriz de pedra e asfalto, durável,

estável e resistente à trilha de rodas. A

matriz de rocha garante um contato

pedra a pedra, e o mastique filler,

aliado ao asfalto, garantem uma vida

útil maior do que misturas comuns. O

SMA é uma mistura rica em asfalto,

bem acima das misturas asfálticas

usinadas a quente usualmente

fabricada. Este aumento na quantida-

de cria um filme de asfalto mais

espesso, retardando a oxidação da

massa. Para que este asfalto não

escorra durante o transporte da massa

asfáltica quente, é imperativo o uso da

fibra de celulose, que garante a

permanência nos vazios da mistura, na

forma de um mastique composto de

asfalto, filler e fibra.

Durante a palestra, foi apresenta-

da igualmente a modificação que

ocorreu na especificação européia

para SMA com redução dos vazios

da mistura, em intervalos de 2,5% ao

máximo de 3,0%.

Dependendo da classificação do

SMA, estes intervalos podem variar de

1,0 a 3,0%. Além do SMA, usa-se

também atualmente fibra de celulose

em misturas asfálticas drenantes (CPA

– Camada Porosa de Atrito ou OGFC –

Open Graded Friction Coarse). Nestas

misturas, o teor de vazio é acima de

20% e a presença da fibra permite um

teor mais alto de ligante asfáltico

normalmente usado (4%), conferindo

à mistura uma maior vida útil, com

menos desagregação. Novamente, o

uso de ligante modificado é imperati-

vo.

Outro tema abordado foi a apresen-

tação de um novo tipo de fibra –

GENICEL – desenvolvida para

aplicação em misturas mornas (ou

WMA – Warm Mix Asphalt). Com o

uso desta fibra, que pode ser adiciona-

da a todos os tipos de concretos

asfálticos (denso, descontínuo ou

aberto), é possível uma redução na

temperatura de usinagem da massa e,

Novo financiamento do Banco Mundial - reabilitando e expandindo a rede paulista de estradas

PALESTRANTE

Gerente de Produtos na CFF, membro da Associação de Asfaltos na Alemanha, responsável pelas atividades internacionais de vendas dos produtos de celulose na pavimentação asfáltica da CFF, responsável pela transferência das experiências da aplicação SMA.

Mirko Rögner

conseqüentemente, de compactação.

As vantagens advindas do uso desta

fibra são a redução das emissões de

compostos orgânicos voláteis (VOC),

economia de combustível, aumento da

distância de transporte da massa e

maior vida útil do ligante asfáltico

( m e n o r e n v e l h e c i m e n t o ) .

Adicionalmente, o uso da fibra

GENICEL também funciona como

modificador de asfalto, aumentando o

ponto de amolecimento do ligante

asfáltico, e tornando-o mais resistente

a deformações plásticas devido à

aplicação repetida de cargas pesadas

impostas pelo tráfego.

Por fim, o palestrante apresentou

inúmeros exemplos de sucesso do uso

de fibras de celulose – TOPCEL e

GENICEL – em diversas obras de

vários países do mundo, mostrando

que esta tecnologia é uma realidade

consolidada e disponível aqui no Brasil

também. Foi citada a execução de

trecho com uso da fibra GENICEL no

Brasil na BR 277, junto à concessioná-

ria Caminhos do Paraná.

Por se tratar de um revestimento extremamente delgado, que possui de 10 a 25 milímetros de espessura, esta técnica tem como principal objetivo alcançar todos os aspectos funcionais necessários a um pavimento de alta qualidade, que garantam segurança e conforto ao usuário. Entre as vanta-gens, destacam-se:

. Resistência à derrapagem devido à excelente micro textura, gerando alto coeficiente de atrito entre pneu e pavimento;

. Redução da aquaplanagem e do efeito “spray” em períodos de chuva, devido à macro textura rugosa do revestimento, garantindo eficiente drenagem superficial;

. Conforto acústico pela redução do ruído entre pneu e pavimento, decor-rente da mistura asfáltica descontínua;

A alta durabilidade deste revesti-mento é alcançada por:

. Combinação de dois comprova-dos conceitos de misturas asfálticas a quente como CPA (Camada Porosa de Atrito) e SMA (Stone Mastique Asphalt) que garante um contato pedra a pedra e excelente filme asfáltico sobre os agregados graúdos;

. Ligante asfáltico modificado por polímero conforme a especificação SUPERPAVE e definido pelo volume de tráfego e clima;

. Graduação específica, agregados

A palestra proferida pelo Dr. Gayle King abordou a utilização de uma técnica única e específica de revestimento asfáltico ultra delgado, destinado a pavimentos rodoviários e urbanos que exigem alto desempe-nho e grande durabilidade.

Com uma história de sucesso de mais de 15 anos na Europa e Estados Unidos, a técnica apresentada pelo Dr. King é direcionada para todos os volumes e tipos de tráfego, e sobre pavimentos asfálticos ou de concreto que possuam boa capacidade estrutural.

Destacou-se que o sucesso desta técnica consiste na correta seleção dos materiais empregados e de um processo único de aplicação – que garante que o revestimento ultra delgado possa ser considerado uma ferramenta altamente durável e apropriada na manutenção preventiva e corretiva de pavimentos rígidos e flexíveis.

Revestimento Asfáltico Ultra Delgado

cúbicos e de alta resistência à abra-são;

. Emulsão asfáltica modificada com polímeros, cuja finalidade é criar uma membrana espessa para a total selagem do substrato e a excelente adesão com o novo revestimento pelo “envelopamento” aos agregados de contato;

. Acabadora especial que realiza simultaneamente o espargimento da emulsão, aplicação e compactação da massa asfáltica a quente.

.Decorrentes destas qualidades e sucessos apresentados, o revestimen-to asfáltico ultra delgado tem sido amplamente utilizado, pois garante que materiais selecionados tenham o uso otimizado e possam exceder todas as expectativas de desempe-nho, garantido segurança, conforto e menor interrupção ao usuário final.

Além disso, apresenta igualmente a melhor relação custo-benefício durante a vida útil de serviço das vias.

PALESTRANTE

PhD em Físico-química pela Universidade do Pacífico na California, consultor em Tecnologia Asfáltica pela GHK Consultoria, pesquisador e membro de importantes associações e comitês da área, 25 anos de pesquisa e desenvolvimento em Asfaltos.

Gayle King

O Processo (Tipo B)

Cobertura de 9-12 mm sobre os agregados.

A emulsão cura, ligando a massa ao pavimento

Pavimento Existente

Aplicação da Emulsão Aplicação da massa

Espessura mín. de 15 mm

Ag. de tamanho nominal de 10 mm

Espessura da membrana de 5 mm

A membrana de emulsão “envelopa-se” em volta dos agregados da mistura asfáltica

Acabadora Especial (Spray Paver)

3 processos:. Espargimento emulsão. Aplicação massa asfática. Compactação da massa

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quarta-feira, 8 de junho de 2011 18:58:05

é diluída em água, a fim de garantir uniformidade na distribuição da taxa residual de asfalto. Entretanto, o excesso de diluição da emulsão pode gerar a perda de aderência entre as camadas asfál t icas. Emulsões altamente estáveis, com maior poder de aderência através da introdução de polímero e preferencialmente, sem a necessidade da diluição, podem eliminar muitos problemas gerados pela falta de aderência.

Um olhar sobre o Mundo BetunelInformativo Trimestral

Ano 2 / 1ª Edição / 2011

Expediente

Projeto gráfico e editoração:www.odesign.art.br

Jornalista:Silvia Saraiva

Conteúdos e fotos:Betunel Tecnologia em Asfalto

Editorial

Betunel participa da

Edição especial sobre a Road Expo

Uma das grandes atrações da primeira edição do Brazil Expo foi o Brazil Road Summit – uma completa grade de palestras e seminá-rios que aconteceram paralelamente à Feira. Foram ao todo cerca de 60 palestras, incluindo debates e mesas- redondas, visando à transferência de tecnologia e troca de informações entre os profissionais do setor.

A Betunel, junto a outras empresas do mercado de infraestrutura no Brasil, marcou igualmente presença no evento, coordenando as palestras no dia 05 de abril pela manhã e que tiveram por tema principal “Tecnologia em Asfaltos”.

Inegavelmente, o desenvolvimento de nossa indústria rodoviária passará pelo aprimoramento do corpo de profissionais da iniciativa privada e dos governos e eventos como esses, que geram riqueza de informação e conhecimento, farão parte desse processo.

Nossa empresa procura ser fiel a sua missão de disseminar conheci-mento em pavimentação rodoviária para a comunidade brasileira e procurou na Brazil Road Summit promover esse intercambio através de profissionais qualificados e com larga experiência internacional.

Dessa forma, nesta edição do Betunews, traremos um pouco do que foi explanado nestas palestras, já disponibilizando todo o nosso corpo técnico para eventuais esclarecimen-tos necessários ao pleno entendimen-to dos assuntos abordados.

Um grande abraço,

Road

Flávio ViannaDiretor Presidente

Seja pelo grande número de expositores, seja pelos conteúdos apresentados pelo Brazil Road Summit, a primeira edição da Brazil Road Expo foi considerada um sucesso.

A primeira edição da Brazil Road Expo (BRE) – Evento Internacional de Tecnologia em Pavimentação e Infraestrutura Viária e Rodoviária – superou as expectativas dos visitantes e dos expositores. De 04 a 06 de Abril de 2011, mais de 9 mil profissionais do setor puderam conferir as novas soluções e tecnologias em sistemas e métodos para construção e infraestrutura de vias e rodovias, aplicáveis desde o projeto até a conservação e a manutenção, incluindo inovações e tendências mundiais em equipamentos, produtos e serviços. A expectativa de negócios é de R$ 500 milhões gerados durante e a partir da feira. Durante o evento, 40% dos espaços para a próxima Brazil Road Expo, que acontecerá de 02 a 04 de abril de 2012, na Expo Center Norte, em São Paulo, já foram renovados – prova da crescente expansão e amadurecimento do mercado.

Fonte: http://brazilroadexpo.com.br

Membrana de Alívio de Tensões

Importância da Pintura de Ligação entre Camadas Asfálticas

A palestra do Prof. Dr. Guillermo Montestruque, abordou o fenômeno da reflexão de trincas, ou seja, o aparecimento de trincas na superfície asfáltica, provenientes do pavimento antigo trincado ou de juntas das placas de concreto, sob o efeito do tráfego e/ou das variações climáticas. O palestrante ressaltou que esta questão tem sido um dos problemas mais sérios de deterioração de pavimentos restaurados em todo o mundo, merecendo o assunto um cuidado especial nos projetos.

Diversas são as tentativas para solucionar ou minimizar o complexo problema. Uma delas é a interposição de camadas intermediárias especiais entre o revestimento existente e a camada de recapeamento. A alternati-va de menor custo inicial, e a que vem sendo utilizada no exterior, é a aplica-ção da camada asfáltica tipo “Strata”. Esta camada intermediária atua com um SAMI ( “St ress Absorb ing Membrane Interlayer”), constituída por materiais com elevada ductilidade (suportam deformações elevadas), o que resulta em uma redução nas tensões atuantes na camada de recapeamento. A camada de Strata apresenta maior resistência ao trincamento, aceitando maiores energias de fratura e deformações.

Outra questão tratada durante a palestra foi a pouca importância dada à pintura de ligação no Brasil. Esta fina película permite a aderência entre as camadas asfálticas e representa um pequeno detalhe em termos do custo global do pavimento. Se a aderência na interface for inadequada, tensões e deformações podem ser agravadas por efeito do tráfego e conseqüente-mente, reduzir a vida de serviço do pavimento.

As emulsões asfálticas são geral-mente empregadas como pintura de ligação. Antes da aplicação, a emulsão

Em artigo publicado no site do Sinecesp-Sindicato da Indústria da Construção Pesada do Estado de São Paulo, na sessão Boletim Técnico (Edição nº06, de 04/05/2011), o Sr. Osvaldo Tuchumantel Junior, Diretor Marketing Técnico, discorreu sobre a importância da pintura de ligação entre as camadas asfálticas.

« A BETUNEL é uma empresa que está em busca constante de soluções técnicas que possam contribuir para um bom desempenho nos serviços de pavimentação asfáltica. A pintura de ligação é uma das etapas do serviço de pavimentação que, por ser uma operação simples, não recebe a atenção e os cuidados necessários. Devido à sua importância, torna-se necessário um esclarecimento técnico da pintura de ligação no contexto do desempenho final do pavimento asfáltico. (...)»

L e i a a m a t é r i a n a í n t e g r a n o s i t e d o S i n i c e s p : http://www.sinicesp.com.br/boltec.php ou no Betunews on line.

PALESTRANTE

Engenheiro Civil, Mestrado em In f ra ‐Estrutura Aeronáut ica,

Doutorado em Mecânica dos Sólidos e Estruturas pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), Pós Doutorado pela Universidade de São Paulo (USP), possui larga experiência na área de restauração de pav imentos com vár ias participações e publicações c ient í f icas in ternac ionais e nacionais. É consultor na área de pavimentos, além de ser professor da Universidade do Vale do Paraíba.

Guillermo Montestruque Ensaio de aderência na interface entre camadas asfálticas “shear test”

Paulo Ruwer l Flavio Vianna l Eng Uriel Monteiro Equipe Betunel l Visitantes0

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