Bentinho - PerSe · Príncipe das trevas Senisio Antonio 13 Não disse adeus na partida, mas é bom...
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Bentinho
Senisio Antonio 4
Bentinho,
Príncipe das Trevas
Nº. 577.508- L 1.092- F 45 EDA
Senisio Antonio
Texto escrito. 1999-
1ª Edição 2013
Bentinho
Senisio Antonio 6
Copyright © 2013 by Senisio Antonio.
Direitos
Força de Ler Projeto
Senisio Antonio.
37980-000 – Cássia MG
Responsabilidade pela revisão:
Maria Aparecida Marangoni
Educador do colégio São Gabriel.
Ano 2012
Romance Drama
Literatura Brasileira
É proibida a reprodução total ou parcial desta obra.
Por qualquer meio e para qualquer fim, sem a autorização prévia,
por escrito, do autor.
Obra protegida pela Lei de Direitos Autorais.
Príncipe das trevas
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Apresentação
Vi aquele naquele menino uma linda amizade
que surgia e com a parada que dei foi o suficiente para
conversarmos, assim começou nossa amizade em
criança e desta amizade deu o súbito de um drama.
Uma outra amizade construída na infância que
poderia ter tido um rumo diferente e desta amizade
brotou se a paixão e dessa paixão tornou-se um grande
amor para o não viver.
Por infelicidade ou por não ser do destino só
tristeza há na frente, muita solidão dentro do não
esperado já cansado nesta luta sem vitória, sem
nenhuma glória, não existe lar porque não se pode
construir.
Como pode ter guardado esse amor ate o momento se
ficou na distância, cada vez mais longe, deveria, sim,
ter lutado —.
Para tê-la nos braços, sorrir, mas não tinha condição;
pergunta sempre a Deus porque sofre tanto assim.
Triste amargurado, pensando no amor do passado;
sempre.
Como dói saber que nunca esteve entre os
braços como sempre sonhou.
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A vida passa e agente cada dia um pouco morre, noites
e noite de angustia já passou, mas que revolta sente por
dentro, por que será que o mundo é tão diferente, para
uns e para outros.
Dar se duro, mas só regressar um dia a terra, depois de
ter convencido que o que sentiu não passou de
miragem, que o tempo desfaz tudo por isso levara o
riso em vez de pranto.
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Índice
Apresentação 7
Sinopse 11
Inicio - Eu tinha uns sete anos 15
Em um domingo 25
Devia ser umas nove 37
Uma vez eu 57
Bentinho tinha 75
Moramos na 83
Completando dezoito anos 93
Tempos foram passados 103
Fim de ano 111
Tirei um sábado 119
Dedicatória 141
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Agradeço sempre a Deus,
Por estar acoplado a mim nesta batalha.
Eu te louvarei, ó senhor de todo meu coração;
Em ti me alegrarei e saltarei de encanto.
Na hora e no exato andamento
Em que foi designado a Eu.
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Sinopse
Saí chutando pelo corredor boiadeiro, uma
fruta de lobo como bola:
Um chute aqui — ela atravessava batendo no
barranco; outro chute ali — ela se distanciava e assim
eu seguia sempre em frente.
Quando vi aquele menino e com a parada que dei foi o
suficiente para conversarmos.
Assim começou minha amizade em criança.
Mas como eu caminhava para o sentido sul e ele
norte não podíamos trocar muita conversa, ali foi o
suficiente para começar-mos uma amizade de meninice
e desde aquele momento tornamos grandes amigos.
Já passados dias depois conheci Susy a irmã de
Lourival meu primeiro amigo, ela foi também minha
primeira amiga e paixão, Susy gostava muito de jogar
bola e com isso éramos parceiros de time.
Em um outro domingo atravessava um outro
esburacado campinho de futebol, quando vi um outro
menino sentado, com a cabeça baixa perto da trave do
gol e já estava escurecendo.
“Fiquei escutando o menino — que passaria ser
meu segundo melhor amigo do circulo das amizades
que surgiram com o tempo, resolvi então perguntar o
nome dele”.
Daquele momento em diante eu e Bentinho nos
tornamos grandes amigos, apresentei a ele meu
primeiro amigo Lourival e sua irmã Susy.
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Mal sabia eu que Bentinho seria meu amigo-inimigo,
dentro de um futuro que viria.
Tempos depois tivemos que mudar de onde
conheci os amigos na partida ainda pedi meu pai para
falar para o motorista dar uma passadinha perto a
casa deles, mas ele disse que me traria outro dia para
visitá-los.
Com isso mais de cinco anos se passaram, eu
não vi meus amigos Bentinho, Lourival e Susy.
O primeiro desengano eu senti bem cedo, na
inocência de criança não compreendi, porque a vida
quebra nosso encanto de brinquedo, que no caso foi à
amizade.
Lembro-me do quanto sofri na partida sem despedida,
por não entender dos espinhos que a vida tem.
Eu sabia que ao perder a amizade na vida é bem difícil
um dia recuperar, pela distancia que ia nos separar.
“Dentro dos momentos vividos — eu me
lembrava da passagem dos amigos e sentia tanta
saudade da infância e aflito para chegar a minha casa”.
Fim de ano eu chego, as seis e vinte e cinco
quando desço do ônibus já na nova rodoviária que foi
construída, a cidade mudou, mas não mudou tanto
assim — talvez por ser pequena, isso não importa, o
importante é estar aqui de novo.
Como é bom estar aqui, vou redescobrir todos os
amigos que ficaram, pode não mais existir alguns, isto
sim importa!
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Não disse adeus na partida, mas é bom o regresso traz
um gosto de satisfação, a chegada parece ser por muito
esperada, sinto-me muito bem.
Vou revê-los isso é o que importa por isso voltei estou
aqui, acredito que me dará uma nova chance.
Quem ama de verdade mesmo não estando
junto deseja o bem, sempre quer que tudo de melhor
aconteça para a pessoa amada — já dentro do
aconchego — eu agora ouvia que minha fina flor de
menina não teve sorte, na vida.
O que ouvi doeu assim como uma punhalada — como
se eu é que estivesse passado por aquilo que a minha
amada passou, nunca pensei ou desejei maldade a
minha Susy, eu pensei sempre em tê-la para mim, mas
jamais tive desejo de vê-la infeliz.
Sem saber sofri tanto por nada:
Por isso voltei.
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Bentinho.
Príncipe das Trevas
u tinha uns sete anos — mais ou menos;
quando comecei construir meu circulo de
amizade, primeiro, conheci um menino da mesma
idade que a minha.
Eu ia chutando pelo corredor boiadeiro — uma fruta
de lobo — como bola:
Um chute aqui — ela atravessava batendo no
barranco; outro chute ali, ela se distanciava - e assim
eu seguia sempre em frente.
Às vezes correndo: às vezes parado — falando
sozinho – feito um maluco, depois que já tinha
percorrido uns nove mil passos, de onde sai; parei!
Olhei para os lados e ajeitando a bola para chutar a
penalidade máxima — marcado por mim mesmo,
quando vi!
De frente vinha um menino empurrando uma bicicleta.
Deixei de chutar fixando o olhar no rasteirinho
menino.
Sem mais, sem menos, ele parou em minha
frente e conversou comigo.
Oba, voce está indo aonde?
Estou indo à casa da minha avó!
E voce com essa magrela?
E
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Vou indo para casa e essa bola ai, apanhou aqui
perto?
Xiii é de um pé que tem bem na porta da minha
casa.
E é longe sua casa?
Não é bem pertinho!
Se eu não tivesse que levar essa droga de bicicleta
eu ia tocar uma bolinha com voce, mas não posso.
Nem eu posso ficar fazendo hora; tenho que
chegar rápido na casa de minha avó.
Sei não, parece que voce não está com tanta
pressa assim, pois se estivesse, não estaria
jogando bola.
A,, mas já é meu costume.
Sei!
E voce mora aonde?
No final do corredor, e voce?
Estamos morando aqui no Caricio.
A ta; e porque está empurrando a bicicleta.
Não sei andar fui buscar ela para meu pai que
está trabalhando - e não pode ir buscá-la..
E porque não tenta andar.
Já tentei uma porrada de vez, mas desmoronei,
até ralei o braço, ela é muito alta para mim.
Quer que eu segure para voce tentar andar.
Será que consigo!
Podemos tentar.
Sei não, também tenho medo.
Bem; então isso é diferente, já estamos
conversando há tempos e ainda não sei seu nome;
como voce se chama?
Lourival: e voce?
Carlos, mas pode me chamar de Piau.
Piau!
Ué o que tem de mais.
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Sei lá voce não acha ruim ser chamado por
apelido.
Eu não, o que tem de mais.
Se fosse eu, não ia gostar.
Não to nem aí é só um apelido mesmo, nada mais
que isso..
Isso é, mas eu não gosto de apelido.
Eu não me importo, bem, eu já vou indo, porque
tenho que chegar a casa da vovó, antes do almoço.
Voce vai à casa da sua avó só para comer.
Claro que não, mas que a comida da vovó é boa a
isso é, voce tem avó?
Tenho!
Mas ela mora em outra cidade, nós vamos a casa
dela uma vez por ano.
Eu vou à casa de minha avó, dia sim, dia não, ela
mora só.
‘Entendi’ então precisa mesmo ir visitá-la.
É sim, meu pai fica preocupado com ela e me
pede para ir vê-la, por isso minha pressa, tenho
que ir agora..
Então ta.
Voce vai à escola segunda-feira?
Sim, eu estudo na parte da manhã.
Eu passo na sua casa cedo então, voce quer.
Claro que quero; vai ser muito legal.
Tchau até lá.
Tchau eu te espero.
Como eu caminhava para o sentido sul e ele
norte não podíamos trocar mais conversa, mas foi o
suficiente para começar-mos uma amizade de meninice
e desde aquele momento tornamos muito amigos, já no
primeiro dia de aula passei na casa dele e ele me